ANOTAÇÃO SOBRE A AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 6.
586 DISTRITO FEDERAL
Esta ADI está julgando a validade da vacinação obrigatória e a quem cabe
essa vacinação (governo municipal, estadual ou federal).
Recusar a vacina do COVID-19 não se configura como recusa terapêutica,
uma vez que esta é algo que interfere apenas no âmbito individual do cidadão e o cidadão já tem uma enfermidade e não deseja trata-la com a vacina, e a recusa da vacina do COVID-19, recusa vacinal, é um fator que infere no meio social e em todos os cidadãos, haja vista sua destruidora potência infectocontagiosa e o cidadão não apresenta a enfermidade em questão, é uma forma de prevenção.
No caso Testemunhas de Jeová de Moscou versus Rússia, a Corte
enfatizou que “a livre escolha e a autodeterminação eram constituintes fundamentais da vida e que, na ausência de qualquer indicação da necessidade de para proteger terceiros, o Estado deve abster-se de interferir na liberdade de escolha individual na esfera dos cuidados de saúde, pois tal interferência só pode diminuir e não aumentar o valor da vida”
Assim, por todo o exposto, subscrevo a conclusão do Ministro
Lewandowski no sentido de conferir interpretação conforme à Constituição ao art. 3º, III, d, da Lei 13.979/2020, de maneira a estabelecer que: vacinação compulsória não pode se traduzir em vacinação forçada, por exigir sempre o consentimento do usuário, podendo, contudo, ser implementada por meio de medidas indiretas.
Tais medidas, com as limitações acima expostas, podem ser
implementadas tanto pela União como pelos Estados, Distrito Federal e Municípios, respeitadas as respectivas esferas de competência. A União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal poderão autorizar excepcional e temporariamente a importação e distribuição de quaisquer materiais, medicamentos, equipamentos e insumos da área de saúde sujeitos à vigilância sanitária sem registro na Anvisa considerados essenciais para auxiliar no combate à pandemia do coronavírus, desde que registrados, de forma definitiva ou temporária, pelas autoridades sanitárias estrangeiras listadas no art. 3, inciso VIII, alínea “a”, da Lei 13.979, de 6 de fevereiro de 2020.
STF decide que a vacinação obrigatória contra o COVID-19 é
constitucional, desde que não seja forçada; e decide que todos os entes da união são autorizados, e obrigados, a criar medidas sanitárias contra a COVID-19, bem como usar-se da vacinação.
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