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A todo momento, o ser humano e os outros animais que habitam o planeta terra estão em
contato com os fluídos, estejam eles no ar da atmosfera, na água que abastece as casas e
energiza as usinas hidrelétricas, ou mesmo nos óleos dos motores. Com importância vital no
cotidiano dos seres vivos, surge ao homem a necessidade de entender o funcionamento
dessas substâncias.
A Mecânica dos Fluídos é o segmento da física que se empenha em estudar o efeito das forças
em fluídos. Os primeiros estudos nesta área datam da Grécia Antiga, e seu aprimoramento
trouxe inúmeras aplicações que atualmente se fazem essenciais ao estilo de vida humano, tais
como sistemas de irrigação, encanamento, máquinas industriais e domésticas, dentre outros
incontáveis exemplos. Este ramo é ainda dividido em dois segmentos: a Hidrostática, a quem
cabe o estudo sobre os fluídos em estado de repouso estático, e a Hidrodinâmica, que se
preocupa em explicar os fenômenos envolvidos com os fluídos que estão sujeitos à forças
diferentes de zero. Neste último estão inseridos os conceitos de Vazão, tema central deste
trabalho.
Vazão
A Vazão é uma grandeza física que relaciona a quantidade de fluido que escoa através de um
conduto num determinado período de tempo. Ela geralmente é medida utilizando-se a o
volume de água em escoamento, e por isso a unidades de medida mais comumente
relacionada a esta grandeza é o m3s. Desta forma, a chamada Vazão Volumétrica pode ser
calculada por:
Q = V/t
Q = Vazão, em volume
V = quantidade (volume) de fluido deslocado; no intervalo de tempo considerado
t = intervalo de tempo considerado
Além da Vazão Volumétrica, há também a Vazão Mássica, que relaciona a massa de água em
escoamento ao invés do volume, configurando-se assim a equação:
𝑚
𝑄𝑚 = 𝑡 , onde:
Q = Vazão, em massa.
m = quantidade (massa) de fluido deslocado; no intervalo de tempo considerado.
t = intervalo de tempo considerado.
Altura
Como já vimos em Física no segundo ano, a Pressão Hidrostática, ou seja, a pressão exercida
pelo fluído que está em repouso, pode ser calculada pela fórmula:
𝑃 = 𝑑∗𝑔∗ℎ
Onde:
d é a densidade;
g é a gravidade e
h é altura do ponto que estamos considerando.
Neste caso, vemos que tanto a altura quanto a gravidade influenciam diretamente na pressão.
Com isso, podemos concluir que quanto maior a altitude em que o líquido se encontra, maior é
a pressão hidrostática e a velocidade de queda. Consequentemente a vazão também será
maior.
É por conta dessa relação que as caixas d’água, tanto as de distribuição para o município,
quanto as residenciais, devem idealmente estar localizadas numa altitude maior que o local
que ela irá abastecer.
Regimes de Escoamento
Regime de escoamento diz respeito, em mecânica dos fluidos, a como os fluidos se comportam
em relação a diversas variáveis.
O escoamento da água em um tubo pode ser classificado de várias maneiras para ajudar na
análise dos problemas hidráulicos. As categorias mais básicas são:
Experimento de Reynolds: não vou explicar muitos detalhes do experimento, mas basicamente
nós temos um determinado volume de água escoando através do duto, e também uma certa
quantidade de tinta sendo injetada neste mesmo duto. A forma como a tinta vai interagir com
a água indicará se o escoamento é laminar ou turbulento. Caso seja laminar a tinta irá
percorrer o caminho no formato de filete, e caso o escoamento seja turbulento, a tinta irá se
misturar com a água.
Escoamento Permanente: Ocorre quando a descarga (ou vazão) não muda ao longo do tempo.
No escoamento permanente, as oscilações na vazão são mínimas.