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Margareth Costa
TRT PB Aula 00

Aula 00
Características básicas das organizações formais modernas:
tipos de estrutura organizacional, natureza, finalidades e
critérios de departamentalização.
Convergências e diferenças entre a gestão pública e a gestão
privada.

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Sumário
CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DAS ORGANIZAÇÕES FORMAIS MODERNAS: TIPOS DE ESTRUTURA
ORGANIZACIONAL, NATUREZA, FINALIDADES E CRITÉRIOS DE DEPARTAMENTALIZAÇÃO ................................... 3
1. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL ............................................................................................................................................. 3
1.1 Tipos de estrutura organizacional ............................................................................................................................... 4

CONVERGÊNCIAS E DIFERENÇAS ENTRE A GESTÃO PÚBLICA E A GESTÃO PRIVADA ........................................... 13


1.3 Reforma do serviço civil (mérito, flexibilidade e responsabilização) ........................................................................ 15
2. Administração pública do modelo racional-legal ao paradigma pós-burocrático........................................................... 19

QUESTÕES DE PROVA COMENTADAS ................................................................................................................ 30

LISTA DE QUESTÕES ......................................................................................................................................... 43

GABARITO ......................................................................................................................................................... 50

RESUMO DIRECIONADO .................................................................................................................................... 51

REFERÊNCIAS .................................................................................................................................................... 53

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Características básicas das organizações formais


modernas: tipos de estrutura organizacional,
natureza, finalidades e critérios de
departamentalização

1. Estrutura organizacional

De acordo com Chiavenato (2010) estrutura organizacional é a forma como a organização se articula para
desenvolver suas atividades. Além disso, a estrutura organizacional não é estática, ou seja, ela está sujeita a
interferências externas, como o ambiente em que está inserida, e internas, como a estratégia adotada, a
tecnologia disponível e o potencial humano (MEDEIROS et al, 2011).

Pensando assim, a estrutura organizacional determina relações formais de subordinação, identifica o


agrupamento de indivíduos em departamentos e de departamentos na organização como um todo, bem como
visa assegurar comunicação eficaz, coordenação e integração de esforços entre os departamentos.

Vale ressaltar que a estrutura organizacional não é estática, ela está sujeita a interferências externas, como o
ambiente em que está inserida, e internas, como a estratégia adotada, a tecnologia disponível e o potencial
humano (MEDEIROS et al, 2011).

A estrutura organizacional, que é um meio para o alcance dos objetivos, está relacionada com a
estratégia da organização, de tal forma que mudanças na estratégia precedem e promovem mudanças na
estrutura.

Pensando assim, não existe uma estrutura organizacional perfeita, nem mesmo uma estrutura
organizacional moderna. Pois, a estrutura organizacional precisa ser flexível para o ajuste do momento que a
organização está passando, tendo como finalidade suprir as suas necessidades.

Nesse sentido, a estrutura organizacional moderna é flexível e adaptável (resiliente) às conjunturas existentes
visa adaptar-se às mudanças conjunturais.

Conforme Burns e Stalker (1960), as estruturas organizacionais classificam-se em orgânicas e mecânicas.


Essa conceituação surgiu desde a época das ideias do Taylorismo e do Fordismo e se repercute até nos dias de
hoje.

Para tanto, de acordo com Medeiros et al (2011), uma organização é considerada mecanicista quando as
atividades são divididas em tarefas separadas por especialidades.

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A centralização no tipo de organização mecânica é bastante evidente. Além disso, a organização possui
muitas regras, regulamentos e controles. A centralização também apresenta vantagens nas organizações
modernas. Dentre as vantagens, a centralização: torna o processo mais ágil (porém, não flexível); gera decisões
mais consistentes com os objetivos globais da organização (tendo em vista que essas decisões são geradas pela
alta cúpula da organização, então essas decisões são tomadas relacionando a organização como um todo e
levando em consideração os objetivos (globais) da organização.

Já para uma organização orgânica ou organização formal moderna, Medeiros et al (2011), leva em
consideração que o trabalho é desenvolvido em grupos ou equipes. Além disso, os funcionários tendem a receber
menos ordens, pois a comunicação é bem evidente entre todos os níveis da organização.

Considera-se organização formal moderna aquela que possui grupos e equipes definidos, comunicação evidente
entre todos os níveis organizacionais, como também flexibilidade.

Vale ressaltar que na organização orgânica a supervisão direta é menor e a quantidade de regras formais
também. É considerada uma organização do tipo flexível.

Organização mecânica Organização orgânica

Cargos estreitos em conteúdo Cargos amplamente definidos

Muitas regras e procedimentos Poucas regras e procedimentos

Tarefas e metas conhecidas Tarefas e metas vagas

empregados responsivos e recompensas empregados motivados por necessidades


monetárias complexas

1.1 Tipos de estrutura organizacional

A estrutura de uma organização pode ser definida como a soma total das maneiras pelas quais o trabalho
é dividido em tarefas distintas e depois como a coordenação dessas tarefas é realizada. Nesse sentido, os tipos
de os tipos de estrutura podem ser definidos como linear, funcional e linha staff.

Existem alguns tipos de estruturas organizacionais que podem cair na sua prova: estrutura linear,
estrutura funcional, estrutura linha-staff, estrutura divisional e estrutura matricial.

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A estrutura linear é a mais simples e a mais antiga dos tipos organizacionais. Sendo que a estrutura
organizacional da organização linear se baseia na ideia da unidade de comando, em que cada superior tem
autoridade única e absoluta sobre seus subordinados.

Já a estrutura funcional aplica o princípio da especialização das funções. Ou seja, esse princípio reflete a
ideia da descentralização, bem como no desempenho das finalidades específicas. A estrutura funcional é a mais
adequada para um ambiente estável, tendo como intuito reduzir os custos operacionais. Vale lembrar que esse
tipo de estrutura é muito comum nas organizações existentes. Nesse caso, são criadas áreas nas organizações e
pessoas especialistas para gerir as atividades nessas diferentes áreas. Porém, importante destacar que a
estrutura funcional possui como desvantagem a coordenação entre os departamentos, visto que essa estrutura
visa a descentralização, com isso dificultando a coordenação entre os departamentos.

A organização funcional aplica o princípio da especialização das funções. Ou seja, esse princípio reflete a ideia da
descentralização, bem como no desempenho das finalidades específicas.

A estrutura do tipo linha-staff é construída a partir da soma entre organização linear e organização
funcional.

Enquanto que a estrutura divisional possui como mecanismo de coordenação o foco nos resultados
(outputs), bem como o favorecimento da inovação e do crescimento da organização.

Por fim, a estrutura matricial leva em consideração a estrutura funcional mais a estrutura por projetos.
Assim sendo, a estrutura funcional aplica a ideia de especialização das funções e a estrutura por projetos, leva em
consideração a perspectiva de inovação de produto, processo, serviço ou até mesmo a perspectiva da área
geográfica. A estrutura matricial, por levar em consideração tanto a estrutura funcional como por projeto, com o
intuito de viabilizar a inovação no produto, articulando a área de produção e a área financeira da empresa.

Estrutura organizacional

Linear Funcional Linha-staff

- Mais simples e mais antiga;

- Unidade de comando: cada - Especialização das funções; - Soma entre a organização


superior possui autoridade linear e funcional
- Descentralização
única sobre seus
subordinados.

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Já que estamos abordando sobre estrutura organizacional, convém comentar também acerca da organização do
ambiente de trabalho. Para tanto, são consideradas vantagens de uma organização do ambiente de trabalho:
melhor qualidade em produtos e serviços, eliminação de excessos e desperdício, aumento da produtividade
satisfação e pessoal e da equipe e maior rapidez para encontrar objetos e informações.

2. Departamentalização, linha e assessoria

São contextos da estrutura organizacional e indispensáveis para a sua compreensão na prova.

2.1 Departamentalização

De acordo com Chiavenato (2007), o termo departamento ou divisão é empregado com um significado genérico
e aproximativo: pode ser um departamento ou uma divisão, seção, unidade organizacional ou setor.

Em algumas empresas, a terminologia departamental é levada a sério e indica relações hierárquicas bem
definidas: um superintendente cuida de uma divisão; um gerente, de um departamento; um chefe, de uma
seção; um supervisor, de um setor (CHIAVENATO, 2007).

Ao abordar sobre departamentalização, algumas bancas costumam cobrar acerca das organizações achatadas.
Sendo que as organizações achatadas são organizações menores, com menos níveis hierárquicos intermediários
e hoje em dia esse tipo de organização tem se tornado cada vez mais comum. Por isso, as organizações
achatadas permitem que as decisões sejam tomadas mais prontamente, fazendo com que haja maior rapidez em
responder aos clientes.

A estrutura matricial, bem como a funcional, a linear e a divisional também podem ser contextualizadas em
questões ao abordarem sobre departamentalização. Visto que, de acordo com Chiavenato (2007), o termo
departamento ou divisão é empregado com um significado genérico e aproximativo: pode ser um departamento
ou uma divisão, seção, unidade organizacional ou setor. Nesse sentido, os departamentos possuem diferentes
estruturas.

Uma estrutura bastante cobrada em concurso público é a matricial. Pois, a estrutura matricial se caracteriza
como um modelo de departamentalização organizacional que é frequentemente adotada em contextos de alta
instabilidade, formando equipes temporárias para cada tipo de tarefa. A estrutura matricial é condicionada por
equipes regidas simultaneamente por dois comandos (funcional + projetos). Assim, essa dualidade condiciona
uma autoridade dual. Uma das vantagens da estrutura matricial é buscar uma facilitação da cooperação entre
departamentos. Ou seja, uma cooperação entre departamentos e isso pode acontecer em virtude da sua
dualidade (funcional + projetos).

2.1.1 Tipos de departamentalização

A departamentalização, para Chiavenato (2007), consiste em escolher modalidades de homogeneização de


atividades, agrupando os componentes da organização em departamentos ou divisões. Para tanto, os tipos de
departamentalização para Chiavenato (2007) são:

1. Por funções: também chamada de departamentalização funcional, tem como intuito agrupar as atividades e
tarefas, conforme as funções principais desenvolvidas dentro da empresa. Estrutura organizacional que permite
maximizar a eficiência operacional, via economia de escala e uso eficiente dos recursos. Essa
departamentalização procura agrupar as atividades e tarefas, conforme as funções principais desenvolvidas

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dentro da empresa. Com isso, essa estrutura tem como intuito facilitar a coordenação dentro das áreas
funcionais. Porém, a departamentalização por funções possui pouca cooperação interdepartamental.

Logo, para uma organização que atua em ambiente com grau de mudança baixo e adota produção em massa a
estrutura mais eficaz é funcional.

2. Por produtos ou serviços: envolve diferenciação e agrupamento de atividades, conforme o resultado da


organização. Em outras palavras, de acordo com o produto ou serviço realizado.

3. Por localização geográfica: é denominada departamentalização territorial ou regional ou por localização


geográfica. Essa departamentalização é denominada departamentalização territorial ou regional ou por
localização geográfica e essa estrutura possui como vantagem promover a redução de custos.

4. Por clientes: a organização na base da clientela envolve a diferenciação e o agrupamento das atividades de
acordo com o tipo de pessoa ou pessoas para quem o trabalho é executado

5. Por fases do processo (ou processamento): também chamada de departamentalização por fases do processo,
por processamento ou ainda por equipamento. É utilizada em áreas produtivas ou de operações de empresas
industriais. Conforme Chiavenato (2007), a departamentalização por processo procura extrair vantagens
econômicas oferecidas pela própria natureza do equipamento ou da tecnologia. A tecnologia passa a ser o foco e
o ponto de referência para o agrupamento de unidades e posições. Com a ênfase nos processos surgiu a
reengenharia. A reengenharia procura reinventar as organizações por meio do total redesenho dos processos
empresariais. Importante destacar que essa departamentalização por processos possui pouca flexibilidade e
adaptação às mudanças.

6. Por projetos: o agrupamento ou organização na base de projetos envolve a diferenciação e o agrupamento das
atividades de acordo com as saídas e os resultados (outputs) relativos a um ou a vários projetos da empresa.
Importante destacar que a departamentalização por projetos possui descontinuidade e imprevisibilidade quanto
à permanência das pessoas.

7. Matricial: a estrutura matricial dificulta a coordenação causada pela autoridade dual. Isso ocorre em virtude da
dupla subordinação (funcional + projetos). Com isso, em função dessa dualidade acaba surgindo conflitos e
desequilíbrios.

2.2 Linha

De acordo com Chiavenato (2007), a organização linear é um tipo de estrutura organizacional que apresenta uma
forma piramidal. Nela ocorre a supervisão linear (ou autoridade linear). Logo, linhas formais de comunicação e
centralização de decisões são características da estrutura organizacional do tipo linear.

Na organização linear, os órgãos de linha, ou seja, os órgãos que compõem a organização, seguem rigidamente
o princípio escalar (autoridade de comando). Sendo assim, a organização do tipo linear não é considerada uma
organização flexível, mas sim rígida.

Na organização linear, os órgãos de linha, ou seja, os órgãos que compõem a organização, seguem rigidamente
o princípio escalar (autoridade de comando), conforme Chiavenato (2007).

A organização linha-assessoria, um dos tipos de arquitetura organizacional, permite a coexistência eficiente da


estrutura linear com a funcional. Para Chiavenato (2007), o tipo de organização linha-staff (assessoria) é o

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resultado da combinação dos tipos de organização linear e funcional, buscando incrementar as vantagens desses
dois tipos de organização e reduzir as suas desvantagens. Vale salientar que alguns autores o denominam
organização do tipo hierárquico-consultivo.

Vale destacar que a linha de autoridade formal de uma organização que define a estrutura hierárquica de
relações entre seus membros ou unidades organizacionais é conhecida como cadeia de comando.

2.3 Assessoria

Para Chiavenato (2007), os órgãos prestadores de serviços - denominados órgãos de staff ou de assessoria -
fornecem aos órgãos de linha serviços, conselhos, recomendações, assessoria e consultoria, que esses órgãos
não têm condições de prover por si próprios.

Importante salientar que os órgãos de staff não obedecem ao princípio escalar nem possuem autoridade de
comando em relação aos órgãos de linha. Assim sendo, sua autoridade - chamada autoridade de staff - é
autoridade de especialista e não autoridade de comando.

Em virtude de poucas questões referentes à assessoria, nesse bloco iremos abordar questões referentes à
estrutura matricial e estrutura linha-staff.

A estrutura matricial leva em consideração aspectos relacionados a projetos atrelados a uma estrutura funcional.
Ou seja, o especialista tem compromissos funcionais em seu departamento e ao mesmo tempo está envolvido
em projetos. Assim sendo, esses especialistas recebem dualidade de subordinação.

De acordo com Chiavenato (2007), a organização linha staff possui características unidade de comando ou
supervisão única, unidade de direção, centralização da autoridade e cadeia escalar. Sendo assim, o gabarito é a
organização LINHA-STAFF mantém o princípio da hierarquia (cadeia escalar).

Para Chiavenato (2007), na organização linha-staff coexistem órgãos de linha (órgãos de execução) e de
assessoria (órgãos de apoio e de consultoria) mantendo relações entre si. Os órgãos de linha caracterizam-se
pela autoridade linear e pelo princípio escalar, enquanto os órgãos de staff prestam assessoria e serviços
especializados.

3. Atribuições das unidades organizacionais: delegação, centralização e descentralização

As atribuições das unidades organizacionais têm como base a especialização do trabalho. Para tanto, a
especialização é o principal elemento que determinado exige para ser realizado.

3.1 Delegação

Para Chiavenato (2007), delegação é o processo de transferir autoridade e responsabilidade para posições
inferiores na hierarquia.

Tendo em vista que muitas organizações satisfazem as necessidades do cliente e se adaptam ao ambiente, assim
buscam encorajar seus gerentes a delegar autoridade aos níveis mais baixos e assim proporcionar o máximo de
flexibilidade. Delegar não envolve apenas em transferir a responsabilidade, mas sim em transferir a
responsabilidade e a autoridade.

De acordo com Chiavenato (2007), delegação é o processo de transferir autoridade e responsabilidade para
posições inferiores na hierarquia. Quando se delega dá ao mesmo tempo liberdade, já que esse funcionário vai

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passar a exercer uma atividade que antes não exercia, mas ao mesmo tempo impõe uma certa responsabilidade
para que essa atividade não seja exercida de qualquer maneira. Logo, por exemplo, um executivo, ao delegar aos
seus subordinados o poder para a tomada de decisões define o grau de liberdade para a ação das pessoas.

Ainda conforme Chiavenato (2007), as técnicas de delegação de autoridade são as seguintes:

1. Delegar a tarefa inteira: o gerente deve delegar uma tarefa inteira a uma pessoa ao invés de subdividi-la entre
várias pessoas.

2. Delegar à pessoa certa: o gerente deve conciliar o talento da pessoa com a tarefa para que a delegação seja
eficaz.

3. Delegar responsabilidade e autoridade: designar apenas tarefas não constitui uma delegação completa.

4. Manter retroação: retroação significa linhas abertas de comunicação com o subordinado para responder
questões e proporcionar orientação, mas sem exercer controle.

5. Avaliar e recompensar o desempenho: quando a tarefa é executada, o gerente deve avaliar os resultados e não
os métodos.

3.2 Centralização

Para Chiavenato (2007), A centralização enfatiza as relações escalares, isto é, a cadeia de comando. Assim sendo,
a organização é desenhada dentro da premissa de que o indivíduo no topo possui a mais alta autoridade. Além
disso, a cadeia escalar ou cadeia de comando está intimamente relacionada com a unidade de comando.

Chiavenato (2007) elenca algumas vantagens e desvantagens de organizações centralizadas. Conforme eu te


mostro a seguir:

Organização centralizada

Vantagens Desvantagens

As decisões são tomadas por administradores As decisões são tomadas na cúpula que está
que possuem visão global da empresa distanciada dos fatos e das circunstâncias.

A centralização elimina esforços duplicados de


Os tomadores de decisão no topo têm pouco
vários tomadores de decisão e reduz custos
contato com as pessoas e situações envolvidas.
operacionais.

As linhas de comunicação ao longo da cadeia


As decisões são mais consistentes com os
escalar provocam demora e maior custo
objetivos empresariais globais.
operacional.

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É considerada uma das vantagens da centralização: as decisões são tomadas mais rapidamente pelos próprios
executores. Assim, a centralização elimina esforços duplicados de vários tomadores de decisão e reduz custos
operacionais.

E como desvantagem: pode ocorrer falta de informação e coordenação entre os departamentos envolvidos. Pois,
os tomadores de decisão no topo têm pouco contato com as pessoas e situações envolvidas. As decisões são
tomadas na cúpula que está distanciada dos fatos e das circunstâncias.

As decisões acerca do grau de centralização ou descentralização dependem de um conjunto de fatores, tais


como: tamanho da organização; ambiente externo onde ela está inserida; e características internas da
organização. Dessa forma, ao abordar sobre decisões referentes ao grau de centralização ou descentralização,
uma organização vai levar em consideração a sua estrutura, ou seja, o seu tamanho, os seus produtos/serviços
ofertados, os seus concorrentes diretos e indiretos, dentre outros. Assim, o tamanho da organização afeta as
decisões.

3.3 Descentralização

De acordo com Chiavenato (2007), a descentralização faz com que as decisões sejam pulverizadas nos níveis
mais baixos da organização. A tendência moderna é no intuito de descentralizar para proporcionar melhor
utilização dos recursos humanos. Ou seja, as decisões na descentralização são tomadas mais rapidamente pelos
próprios executores.

Para o autor Chiavenato (2007), o princípio que rege a descentralização é assim definido: a autoridade para
tomar ou iniciar a ação deve ser delegada tão próxima da cena quanto possível.

Além disso, a descentralização não é considerada nem boa e nem má, pois depende das circunstâncias.

PULO DO GATO

Existem vantagens e desvantagens quando o assunto descentralização é tratado no contexto da Administração.


Conforme vou te mostrar a seguir, Chiavenato (2007) elenca essas vantagens e desvantagens.

Descentralização

Vantagem Desvantagem

Falta de uniformidade nas decisões. A


Os gerentes ficam mais próximos do ponto onde
padronização e a uniformidade favorecem a
se devem tomar as decisões.
redução de custos operacionais.

Insuficiente aproveitamento dos especialistas.


Melhora a qualidade das decisões à medida que
Em geral, os maiores especialistas de staff estão
seu volume e complexidade se reduzem.
concentrados nos escritórios centrais.

Permite a formação de executivos locais ou Falta de equipe apropriada no campo de


regionais mais motivados e conscientes dos seus atividades. Ao proceder-se à descentralização,

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resultados operacionais. deve-se prover o treinamento.

Conforme Chiavenato (2007), uma das vantagens da descentralização é aumenta a eficiência e a motivação,
aproveitando melhor o tempo e a aptidão dos funcionários, evitando que fujam à responsabilidade, por ser mais
fácil recorrer à matriz ou ao chefe. Assim sendo, uma das vantagens é maior agilidade e flexibilidade na tomada
de decisões. Uma outra vantagem da descentralização é melhorar a qualidade das decisões à medida que seu
volume e complexidade se reduzem. Dessa forma, a descentralização faz com que os tomadores de decisão
tenham mais informações sobre a situação.

Se há uma descentralização na organização, necessariamente o fluxo de tomada de decisão não parte do topo
para a base, pois essa é a ideia preconizada de organizações centralizadas. Na descentralização, a maioria das
decisões partem dos níveis hierárquicos inferiores da organização.

4. Amplitude de controle e níveis hierárquicos

Quanto maior a organização, maior tende a ser o número de níveis hierárquicos de sua estrutura. Pensando
assim, é importante estudar e analisar os diferentes contextos acerca da amplitude de controle, bem como sobre
os níveis hierárquicos, no contexto organizacional.

4.1 Amplitude de controle

De acordo com Chiavenato (2007), a amplitude administrativa (ou amplitude de comando ou ainda amplitude de
controle) significa o número de subordinados que um administrador pode supervisionar, ou seja, a amplitude de
controle refere-se ao número de subordinados que um gerente consegue dirigir com eficácia e eficiência. Logo, o
número de subordinados pelos quais um gestor é responsável e que determina, no processo de organização,
formatos mais verticais ou horizontais das estruturas organizacionais é conhecido como amplitude de controle/
administrativa/ comando.

Pensando assim, quando um administrador tem muitos subordinados, ele tem uma amplitude de comando
grande e ampla, consequentemente essa empresa terá diferentes níveis hierárquicos.

Vale ressaltar que, conforme Chiavenato (2007), a tendência atual nas organizações é de achatar e comprimir a
estrutura organizacional no sentido de aproximar a base da cúpula e melhorar as comunicações.

De acordo com Chiavenato (2007), quando um administrador tem muitos subordinados, ele tem uma amplitude
de comando grande e ampla. Na prática, a amplitude média adotada por uma organização determina a
configuração geral de sua estrutura organizacional.

Ainda conforme Chiavenato (2007), uma amplitude média estreita com um maior número de níveis hierárquicos
produz uma estrutura organizacional alta e alongada.

Por fim, Chiavenato (2007), informa que ao contrário, uma amplitude média larga com poucos níveis hierárquicos
produz uma estrutura organizacional achatada e dispersada horizontalmente.

Conforme Chiavenato (2007), a tendência atual nas organizações é de achatar e comprimir a estrutura
organizacional no sentido de aproximar a base da cúpula e melhorar as comunicações.

PULO DO GATO

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Se o gestor de uma organização possui uma maior amplitude, então é necessário que ele possua um apoio, um
suporte consistente e preciso para a execução das atividades.

A amplitude de controle menor tem um custo administrativo maior, se comparada a uma amplitude de controle
maior. Pois, possui um custo administrativo maior (um chefe para pouco funcionário, logo a tendência é de ter
maior custo).

É incorreto afirmar que uma amplitude de controle maior é indicada para trabalhos que necessitem de
supervisão e orientação frequente. É fundamental observar a estrutura organizacional e todo o contexto
organizacional, ou seja, não existe uma receita de bolo para isso.

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Convergências e diferenças entre a gestão pública e a


gestão privada
1. As reformas administrativas e a redefinição do papel do Estado

No tocante a esse assunto constata-se que todos os Estados modernos se dedicam à redistribuição da renda, à
gestão macroeconômica e à regulação de mercados. A diferença está nas prioridades dadas por cada país na
utilização dessas funções, que tendem a variar ao longo da história. É oportuno recordar que, as teorias político-
econômicas modernas do Estado identificam três formas de intervenção pública na economia: redistribuição de
renda, estabilização macroeconômica e regulação de mercados. O processo de redistribuição de renda abrange
todas as transferências de recursos de um grupo de indivíduos, regiões ou países, para um outro grupo, bem
como o atendimento de setores específicos e especiais, como, por exemplo, educação primária, seguro social,
entre outros, que os governos obrigam os cidadãos a consumir ou a utilizar.

1.1 Reforma do aparelho do Estado

Alinhada com os princípios da nova gestão pública, a reforma de 1995 foi uma reforma do aparelho do Estado,
não do Estado. O documento que sintetiza os objetivos da reforma denomina-se Plano Diretor de Reforma do
Aparelho do Estado (MAXIMIANO; NOHARA, 2017).

Entende-se por aparelho do Estado a Administração Pública em sentido amplo, ou seja, a estrutura
organizacional do Estado, em seus três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) e três níveis (União, Estados-
membros e Municípios). O aparelho do Estado é constituído pelo governo, isto é, pela cúpula dirigente nos Três
Poderes, por um corpo de funcionários, e pela força militar (MAXIMIANO; NOHARA, 2017). Dessa maneira, o
Estado é mais abrangente que o aparelho porque compreende adicionalmente o sistema constitucional-legal,
que regula a população nos limites de um território.

O Estado é a organização burocrática que tem o monopólio da violência legal, é o aparelho que tem o poder de
legislar e tributar a população de determinado território. Estes conceitos permitem distinguir a reforma do
Estado da reforma do aparelho do Estado. A reforma do Estado é um projeto amplo que diz respeito às várias
áreas do governo e, ainda, ao conjunto da sociedade brasileira, enquanto a reforma do aparelho do Estado tem
um escopo mais restrito: está orientada para tornar a Administração Pública mais eficiente e mais voltada para a
cidadania. Este Plano Diretor focaliza sua atenção na Administração Pública Federal, mas muitas das suas
diretrizes e propostas podem também ser aplicadas nos níveis estadual e municipal (MAXIMIANO; NOHARA,
2017).

1.2 Projetos da Reforma

A reforma de 1995 fez-se por meio de projetos e outras iniciativas. Entre os principais projetos estão os
seguintes, conforme Maximiano e Nohara (2017):

1.Projeto Cidadão. Este projeto tem como objetivo aperfeiçoar as relações entre os órgãos da Administração
Pública e os cidadãos, atuando nas seguintes áreas: simplificação de obrigações de natureza burocrática

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instituídas, implementação de sistema de recebimento de reclamações e sugestões do cidadão sobre a qualidade


e a eficácia dos serviços públicos, implementação de sistema de informação ao cidadão a respeito do
funcionamento e acesso aos serviços públicos, e quaisquer outros esclarecimentos porventura solicitados;
definição da qualidade do serviço, que deverá constar dos indicadores de desempenho. Um elemento
fundamental será o tempo de espera do cidadão para ser atendido.

2. Indicadores de Desempenho. Esforço sistemático e amplo para definir indicadores de desempenho


quantitativos para as atividades exclusivas do Estado.

3. Qualidade e Participação. Este projeto tem como objetivo a introdução de novos conceitos e técnicas de
gestão pública, baseados no desempenho, na redução ao mínimo dos erros e na participação dos funcionários na
definição dos processos de trabalho.

4. Nova Política de Recursos Humanos. Profissionalização e valorização do servidor público.

5. Valorização do Servidor para a Cidadania. Este projeto tem como objetivo resgatar os talentos individuais e
promover sinergia dos grupos e organizações que constituem a Administração Pública Federal, visando oferecer
ao cidadão brasileiro serviços de melhor qualidade e maior prontidão às suas demandas.

6. Desenvolvimento de Recursos Humanos. Este projeto deverá ser implementado pelas diversas escolas de
Administração Pública do Estado; tem como objetivo a formação e capacitação dos servidores públicos para o
desenvolvimento de uma Administração Pública ágil e eficiente.

7. Sistemas de Gestão Pública (Controle e Informações Gerenciais). Processamento do orçamento fiscal e da


seguridade social, o registro dos gastos efetuados pelo Tesouro Nacional (Siafi), a folha de pagamento e os
dados cadastrais dos servidores civis federais (Siape), o orçamento de investimentos (Sidor), a movimentação do
cadastro de fornecedores, de preços e do catálogo de materiais e serviços (Siasg) e o fornecimento de
informações sobre a organização governamental e suas macro-atribuições (Siorg).

Em suma, os principais projetos da Reforma de 1995 foram:

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1.3 Reforma do serviço civil (mérito, flexibilidade e responsabilização)

O consenso que se formou em relação à necessidade de reformar o Estado fica evidenciado na pauta de
objetivos definidos para a reforma (PDRAE/MARE, 1995). Nesse contexto, podemos identificar dois importantes
paradigmas: o novo gerencialismo e a perspectiva democratizante. É perceptível que o denominado novo
gerencialismo contém um paradigma hegemônico, e que a perspectiva democratizante é menos formalizada
conceitualmente. Não devemos desconsiderar, entretanto, que dela resultam diversas experiências locais de
inovação gerencial e de democratização do Estado.

Registre-se que a reforma do Estado brasileiro de 1995 foi dividida em dois estágios. No primeiro estágio,
foram realizadas a privatização, descentralização, desregulamentação, entre outras medidas. No segundo, foi
feita a estruturação de capacidade administrativa institucional.

Os efeitos decorrentes das disfunções da Constituição de 1988 começaram a ser percebidos de forma
imediata no funcionamento da Administração Pública. Na busca de soluções para melhorar a performance do
setor público, o governo Collor (1990-1992), entre outras medidas, propõe-se a reduzir o tamanho e o número de
servidores da máquina governamental. O desmonte do setor público e o enfraquecimento do papel do Estado,
feitos de forma inadequada por esse governo, agravaram ainda mais os problemas existentes. Após o
impedimento do presidente Collor no poder, assume o vice-presidente, Itamar Franco. Em seu mandato
procurou promover a recomposição dos salários dos servidores, que haviam sido violentamente reduzidos.
Registre-se que foi no governo Itamar Franco que foi lançado o Plano Real.

Podemos verificar que a questão da reforma administrativa somente volta a entrar na agenda de
discussão política do país a partir de 1994. Com a deflagração da campanha presidencial, o tema é novamente
introduzido nos programas da maioria dos candidatos, em particular, a intenção de implantação da
Administração Pública gerencial. Com a eleição do presidente Fernando Henrique Cardoso (1994-1998/1999-
2002), reinicia-se o processo de mudança organizacional e cultural da Administração Pública. A preocupação
com a revitalização do Estado, em que pese as suas dificuldades, também está presente na agenda política do
governo Lula (2003-2006/2007-2010).

Para uma melhor visão da trajetória das reformas administrativas, modernização administrativa e
reforma do Estado no Brasil, veja o Quadro a seguir:

Ações Casos Medidas orientadoras Processos adotados

Reforma administrativa DASP O problema está nos Soluções (a burocracia


meios. Reforça o papel da ortodoxa); busca de

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burocracia. problemas (burocracia


patrimonial).
Princípios – centralização
e padronização.

Modernização Administração paralela O problema está na Problemas


Administrativa (Governo JK) adequação entre meios e (rigidez e incapacidade)
fins – necessidade de uma em busca de soluções
burocracia flexibilizada (grupos executivos e
Administração para o
para os fins de Decreto-lei nº 200,
Desenvolvimento (regime
desenvolvimento (Plano respectivamente).
militar)
de Metas e Planos
Nacionais de
•Elabora-se diagnóstico
Desenvolvimento,
(Comissão de
respectivamente).
Simplificação Burocrática
– COSB; e Comissão
Amaral Peixoto,
respectivamente);
proposições legais; e
implementa-se mediante
forte liderança top-down
(grupos executivos) ou de
forma autoritária
(Decreto-lei nº 200).

Reforma do Estado Governo Collor – Princípios – Soluções (desmonte e


1990/1991 descentralização e enfraquecimento do
flexibilização. papel do Estado).

O Estado como problema.

Reforma do Estado Governos FHC – O Estado como problema Soluções (nova gestão
1995/2002 (a crise do Estado e da pública; “administração
administração gerencial”) em busca de
burocrática segundo a problemas (a

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visão neoinstitucionalista “administração


econômica). burocrática”).

Construção do Estado Elaboram-se planos (PD,


regulador. PPA) com baixo
envolvimento e
participação dos atores
Descolamento entre
envolvidos, o que gera
planejamento e gestão –
baixo grau de
um plano de adequação
implementação.
do Estado (Plano Diretor)
não atrelado a metas de
desenvolvimento; e um As políticas de gestão se
plano de fragmentam e prevalece a
desenvolvimento (PPA orientação do ajuste
2000-2003) sem um fiscal.
modelo de adequação do
Estado para sua
implementação.

Orientação dominante do
ajuste fiscal obstruiu
tanto o Plano Diretor
quanto o PPA.

Princípios –
desestatização,
flexibilidade, foco no
cliente, orientação para
resultados, controle
social.

Revitalização do Estado O Plano de Gestão O Estado como solução – Problemas (diagnóstico

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Pública do Governo Lula papel ativo na redução institucional da APF) em


das desigualdades e busca de soluções (um
–2003/2006
promoção do plano de gestão pública).
–2007/2010
desenvolvimento.

O Plano de Gestão como


O Plano de Gestão
A Administração Pública uma agenda positiva –
Pública do Governo Dilma
pode e deve ser otimizada implementação dos PPAs
para aumentar a – 2004-2007 e 2008-2011,

–2011/2014 capacidade de governo. inovações gerenciais e


equacionamento de
problemas estruturais da
Princípios – redução do
administração federal.
déficit institucional;
fortalecimento da
capacidade de formular e Busca-se elaborar um
implementar políticas; diagnóstico participativo;
otimização de recursos; debatem-se os
participação, problemas; elabora-se um
transparência e ética. plano coletivo de
governo; constrói-se uma
rede de implementação
O Estado como solução –
com ampla sustentação.
papel ativo na redução
das desigualdades e
promoção do Os resultados do primeiro
desenvolvimento. mandato (2003-2006)
ficam abaixo do
esperado, em termos de
Continuidade das ações e
eficiência, eficácia e
princípios adotados no
efetividade, bem como na
governo Lula (2003/2010).
transparência e ética.

Pretende-se no período
2007-2011 reforçar a

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governança, com a
superação das
dificuldades encontradas
para se implantarem as
políticas públicas, devido
à rigidez e ineficiência da
máquina administrativa.

Continuidade e
aperfeiçoamento dos
processos adotados no
governo Lula.

Fonte: adaptado de Presidência da República (2004) e Matias-Pereira (2016).

2. Administração pública do modelo racional-legal ao paradigma pós-burocrático

A Administração Pública tem como premissa visar a satisfação das necessidades da população e tem como
função executar serviços. Nesse sentido, de acordo com Maximiano e Nohara (2017), a Administração Pública se
apresenta como uma organização que tem o objetivo de pôr em prática funções políticas e serviços realizados
pelo governo. Em outras palavras, as atividades que se destinam à execução de obras e serviços, comissionados
ao governo para o interesse da sociedade são chamadas de Administração Pública.

Existem na trajetória da Administração Pública – a partir do surgimento do Estado moderno – três diferentes
formas de atuação: Administração Pública patrimonialista, a burocrática e a gerencial. A Administração Pública
tem por finalidade a operacionalização das funções políticas e serviços que o governo deseja realizar a favor da
sociedade. Disso você já sabe, né? O que você ainda não sabe é que a Administração Pública passou por alguns
modelos teóricos, que nada mais são do que formas de atuação. São elas: patrimonialista, burocrática e
gerencial. São esses os modelos que iremos nos debruçar na presente aula.

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Vale ressaltar que nenhum dos modelos teóricos foi totalmente superado, em algum contexto histórico e social
algum desse modelo volta a ser prevalecido, por isso é importante ter em mente para a sua prova os três
modelos de Administração Pública. Para melhorar a contextualização, primeiramente o modelo a ser estudado é
o Patrimonialista, seguido pelo modelo Burocrático e, posteriormente, o modelo do Gerencialismo (o mais
recente). Não se podem entender esses três momentos como uma cronologia evolutiva porque os traços de
patrimonialismo nunca desapareceram da Administração Pública no Brasil. Além disso, a reforma gerencial
almejada em 1995 também não alcançou plenamente seus objetivos, em grande parte devido à resistência do
funcionalismo.

Em se tratando da Administração Pública, observa-se que o Estado se apresenta concomitantemente como um


sistema político e uma organização. Ele nasce com um sistema político absoluto, passa a ter um sistema político
liberal ao longo do século XIX, e adota a democracia no século XX. Por sua vez, como organização, o Estado
nasce como uma organização patrimonial, atravessa o século XIX e chega quase até o final do século XX como
burocrático. No final do século XX, passa a ser uma organização gerencial (MAXIMIANO; NOHARA, 2017).

Encontra-se na Administração Pública patrimonialista, o Estado atuando como uma extensão do poder do
monarca. Os servidores públicos possuem status de nobreza real. Os cargos funcionam como recompensas, o
que gera o nepotismo (MAXIMIANO; NOHARA, 2017). Em outras palavras, a Administração Pública
patrimonialista contribui para a prática de corrupção e do controle do órgão público por parte dos soberanos.

No que concerne à Administração Pública burocrática, apoia-se em normas rígidas e com o tempo tornou-se
inadequada aos interesses da população, uma vez que suas regras passaram a se sobrepor aos interesses da
sociedade (MAXIMIANO; NOHARA, 2017).

Conforme Maximiano e Nohara (2017), a Administração Pública gerencial é orientada para o cidadão, voltada
para o consumidor, e se concentra nas necessidades e perspectivas desse consumidor, o cliente-cidadão. No
gerencialismo, o administrador público preocupa-se em oferecer serviços, e não em gerir programas; visa
atender aos cidadãos, e não às necessidades da burocracia.

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Registre-se que o modelo de Administração Pública que está sendo superado na atualidade foi a solução
encontrada para administrar um Estado burocrático. A gestão pública, por seu turno, foi a forma encontrada
para administrar os Estados que estão adotando o modelo gerencial. Constata-se, nesse sentido, que na
trajetória histórica do Estado moderno ocorreram apenas duas reformas administrativas significativas: Reforma
burocrática e a Reforma da gestão pública. No tocante à reforma burocrática, que teve início na segunda metade
do século XIX, tratou do processo de transição do Estado patrimonial para o Estado burocrático weberiano.
Enquanto que a reforma da gestão pública, busca orientar a transição do Estado burocrático para o Estado
gerencial.

Veja um esquema-resumo do que trataremos durante essa aula:

2.1 O Estado oligárquico e patrimonial

Observa-se que as reformas que ocorreram no Brasil não se deram por meio de uma imposição autoritária, mas
sim serem reformas necessárias com o intuito de gerir e organizar o Estado por meio de um sistema político.
Nesse sentido, na vigência do Estado absoluto, a administração podia ser patrimonial, visto que não havia
nenhuma necessidade de os monarcas separarem o seu patrimônio do patrimônio público (MAXIMIANO;
NOHARA, 2017).

No Estado liberal, entretanto, com as conquistas políticas e sociais da população, essa mudança se fez
necessária. A separação entre o patrimônio dos governantes e dos cidadãos – que pagam impostos e passam
exigir garantias das suas liberdades – se tornou uma imposição. Dessa maneira, conforme Maximiano e Nohara
(2017), a Administração Pública patrimonialista, o aparelho de Estado atua como uma extensão do poder do
monarca. O modelo de administração pública patrimonialista era própria das monarquias absolutas, em que o
patrimônio do rei se confundia com o patrimônio público. O Estado era considerado propriedade do rei. O
Tesouro Real seria o tesouro público, numa clara confusão de público e privado. Uma visão religiosa do exercício
da autoridade real associava o rei, investido de poder pela providência divina, à imagem de protetor e
proprietário de seus súditos que deveriam lealdade a ele, não à nação. O regicídio, ou qualquer ameaça ao poder
do rei, seria, nesse contexto, um sacrilégio (COSTIN, 2020).

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Essa forma de administração associou-se, nas democracias representativas incipientes, ao clientelismo e ao


fisiologismo, mas com o seu amadurecimento, mostrou-se incompatível com a lógica e as demandas de uma
sociedade civil estruturada, urbana e uma economia de mercado. Bresser-Pereira (1966) procura esclarecer por
que esse modelo de administração não convive com a sociedade industrial moderna: “É essencial para o
capitalismo a clara separação entre o Estado e o mercado; a democracia só pode existir quando a sociedade civil,
formada por cidadãos, distingue-se do Estado ao mesmo tempo em que o controla”.

Nesse contexto, conforme Costin (2020), a evolução do capitalismo industrial tende a tornar obsoleta e
insustentável essa forma de administração e a buscar a constituição de outra forma de administração pública que
partisse de uma separação entre o espaço público e o privado (sem, contudo, eliminar a possibilidade de
influências) e o domínio do político e do técnico.

Após a concepção da Administração Pública patrimonialista, surge a administração burocrática, associada ao


tipo ideal de dominação racional-legal de Max Weber. Essa concepção de Administração Pública burocrática,
conforme Costin (2020), busca estabelecer o comportamento esperado pelo servidor ou administrador público
na forma de regulamentos exaustivos, enfatizar a impessoalidade, seja na forma de acesso ao serviço público,
seja na progressão na carreira (o que, no fim das contas, leva a tornar quase impossível a premiação do
desempenho diferenciado) e torna o conhecimento das regras um recurso de poder (o que decorre do poder
racional-legal de Weber).

São consideradas características da Administração Pública patrimonialista:

1.Confusão Patrimonial: não há uma separação entre o patrimônio público e o patrimônio dos reis;

2.Extensão do Poder Soberano: os monarcas faziam uso dela em benefício próprio e é dessa forma que a
Administração Pública é tratada no Patrimonialismo;

3. Nepotismo: essa característica prevalece aspectos pessoais como parentesco e amizade.Dessa maneira, as
pessoas assumem os cargos públicos por indicação, sem qualquer tipo de meritocracia.

4. Clientelismo: em consequência do nepotismo, os cargos eram negociados, segundo a velha ideia do “toma lá,
dá cá”.

5. Dominação tradicional: esse é o tipo de dominação presente no modelo Patrimonialista.

Esse modelo de Administração Pública está pautado, dentro outros aspectos, na confusão patrimonial, na
extensão do Poder Soberano, no nepotismo, no clientelismo e na dominação tradicional. Para José Matias-
Pereira (2018), na transição para o Estado liberal e com o advento das reformas administrativas, a mudança se
tornou imperiosa. Como consequência disso, a característica que reinava na administração patrimonialista que
era a confusão patrimonial se tornou urgentemente de uma mudança.

Só frisando mais uma vez, o modelo de Administração Pública patrimonialista deixou de existir completamente
até hoje e é exatamente isso que eu preciso que você se atente ao fato de que algumas das características da
Administração Patrimonialista podem ser observadas até hoje, infelizmente, inclusive em sua prova.

Para você não mais esquecer as características do modelo da Administração Pública patrimonialista:

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2.2 O Estado autoritário e burocrático

A Administração Pública burocrática nasce na segunda metade do século XIX, com o objetivo de combater a
corrupção e o nepotismo patrimonialista (MAXIMIANO; NOHARA, 2017). Essa concepção de administração
pública, pregava os princípios do desenvolvimento, da profissionalização, ideia de carreira pública, hierarquia
funcional, impessoalidade, formalismo; tudo cominava no poder legal, colocando a priori as metas de acabar
com o nepotismo e com a corrupção (MAXIMIANO; NOHARA, 2017).

Enquanto o Estado desempenhava um papel restrito a pouco mais que a proteção de contratos, segurança
interna e externa da população e arbitragem de seus conflitos, esse modelo de administração pública pareceu ser
suficiente, naturalmente com algumas contaminações do modelo anterior. A complexidade das novas tarefas
atribuídas ao poder público no Estado Social — como a prestação de diversos serviços públicos, como educação e
saúde, a regulação de atividades passíveis de externalidades, como a vigilância sanitária, a proteção do meio
ambiente, as diferentes políticas sociais voltadas ao combate às desigualdades — tornou indispensável a ideia da
eficiência da máquina pública, a qual, para tanto, deveria levar em conta seus custos, ter uma administração
menos hierárquica e mais flexível e, sobretudo, buscar a melhoria da qualidade dos serviços prestados ao cidadão
(COSTIN, 2020).

Ao observar que um dos princípios que norteiam a administração pública burocrática diz respeito à
impessoalidade das normas, destaca que não há espaço para a informalidade e o desenvolvimento de noções
mais flexíveis de gerenciamento, em que o elemento humano termina por ser desconsiderado na organização
(MERTON, 1966). Dessa maneira, a rigidez burocrática tenderia a produzir desajustes, fontes de conflitos
potenciais entre o público e o funcionário, visto que os objetivos formais se tornariam dogmas imutáveis, pois
derivam da norma burocrática, e esta enrijece qualquer tentativa de reformulação (MATIAS-PEREIRA, 2018).

Um outro aspecto interessante da Administração Pública burocrática diz respeito ao necessário controle rígido
dos processos e do ingresso à carreira pública, com regras na admissão, controle nas compras, visando evitar
abusos, ineficiência e incapacidade. A administração burocrática tornou-se inadequada aos interesses da
população, visto que suas regras passaram a se sobrepor aos interesses da sociedade (MAXIMIANO; NOHARA,
2017).

São características da Administração Pública burocrática

1.Caráter legal das normas: a atuação da Administração Pública se restringe ao cumprimento dessas normas;

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2.Caráter formal das comunicações: todo o processo de comunicação baseia-se nas normas;

3. Rotinas e procedimentos padronizados: todas as decisões são estruturadas, padronizadas e baseadas


procedimentos descritos e padronizados;

4. Competência técnica e meritocracia: com o intuito de combater o nepotismo, a competência técnica e a


meritocracia, prevalecem na Administração Pública burocrática.

5. Previsibilidade e decisões constantes, rápidas: é uma consequência das rotinas e dos procedimentos.

6. Centralização das decisões (organização linear) e hierarquia funcional: as tarefas são realizadas através da
divisão funcional, ou hierarquia funcional.

Assim, tendo em vista a adoção do modelo de Estado burocrático, impõe-se a reforma do serviço público para
tornar efetiva a ação da organização estatal. Nesse contexto, quando o Estado passa a ser democrático (século
XX), e tem como responsabilidade gerar o bem comum, por meio do atendimento adequado das crescentes
demandas da população. O modelo de Administração Pública burocrática era funcional para responder às
demandas de um Estado pequeno como era o caso do Estado liberal. Apoiava-se em normas rígidas, o que não
exigia um sistema descentralizado de gestão. Nesse modelo burocrático, o Estado – cujas funções são mínimas –
não tem dificuldade de executar diretamente os serviços sob sua responsabilidade (MATIAS-PEREIRA, 2018).

Com o tempo, o aumento dessas pressões e a incapacidade do Estado burocrático de atendê-las de maneira
satisfatória colocam em xeque o Estado burocrático. Tem-se, portanto, o início do processo de transformações,
com a introdução da reforma da gestão pública, que busca transformar o modelo de Estado burocrático em
Estado gerencial.

Para você não mais esquecer as características do modelo da Administração Pública burocrática:

2.2.1 Max Weber e a burocracia

Com papel tão importante na sociedade, as organizações atraíram a atenção de inúmeros estudiosos. O principal
foi Max Weber. De acordo com ele, qualquer sociedade, organização ou grupo que se baseie em leis racionais é

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uma burocracia. Para Weber, a burocracia viabilizou o desenvolvimento do capitalismo, que, diante do
crescimento e da maior complexidade das instituições, passou a exigir modelos mais bem definidos de
organizações (MAXIMIANO; NOHARA, 2017).

Apesar de a burocracia ter adquirido um sentido pejorativo nos dias atuais, apontando para distanciamento,
frieza e ineficiência organizacional, este não foi o sentido que Weber trabalhou em sua obra. Outro ponto digno
de menção é que atualmente se fala em burocracia com associação à Administração Pública, mas Weber não
restringiu sua análise à burocracia estatal, tendo focado a burocracia estabelecida em variadas organizações.
Burocracias são todas as organizações formais modernas, públicas e privadas. Como você fará uma prova de
administração pública, é importante que você saiba disso.

Entre os conceitos fundamentais de Weber que permitem entender as organizações e a burocracia estão
a dominação e a racionalidade.

Dessa maneira, a dominação é a “probabilidade de um mandato (ordem ou comando), de determinado


conteúdo, entre pessoas, ser obedecido. Uma associação se chama associação de dominação quando seus
membros estão submetidos a relações de dominação em virtude da ordem vigente” (MAXIMIANO; NOHARA,
2017).

Existem três tipos puros de dominação legítima, segundo Weber. A de caráter racional, a primeira em sua
análise, “repousa sobre a crença na legalidade de ordenações estatuídas e dos direitos de mando dos que foram
chamados por essas ordenações a exercer a autoridade (autoridade legal). No caso da autoridade legal, as
pessoas seguem ordenações impessoais e objetivas, legalmente estatuídas, e as pessoas por elas designadas,
por causa da legalidade formal de suas disposições dentro do círculo de sua competência”.

A autoridade impessoal da lei contrasta com a autoridade tradicional, em que se obedece à pessoa que
representa as tradições, e com a autoridade carismática, em que se obedece à pessoa que representa revelação,
heroísmo ou exemplo.

Na abordagem weberiana, o domínio legítimo se subdivide em três formas: carismático, tradicional e legal-
burocrático (MAXIMIANO; NOHARA, 2017). Preste atenção, pois vez ou outra as bancas de concursos públicos
costumam cobrar essas formas de dominação, principalmente a racional-legal.

1. o domínio carismático é legitimado com base na suposição de que o líder detém poderes e qualidades
excepcionais, o que justifica a presença de discípulos no aparelho administrativo. Estes são indivíduos escolhidos
pelo chefe por cultivarem devoção afetiva pela pessoa do senhor, sendo o reconhecimento dessas qualidades
visto quase como dever, numa relação pessoal e autoritária. Para atuação dessa dominação nos quadros
administrativos é necessário que haja ordens proclamadas de forma pessoal e geralmente não dialogada;

2. o domínio tradicional é constituído pela crença de regras e poderes antigos, considerados imutáveis. O tipo do
que ordena é o senhor e os que obedecem são vistos como súditos. O quadro administrativo é formado por
servidores. Trata-se de uma área em que imperam o arbítrio e a graça, em que o patriarca age de acordo com
simpatias e antipatias, isto é, de forma pessoal, sendo a administração preenchida por dependentes pessoais,
amigos e pessoas ligadas por fidelidade ao senhor;

3. o domínio racional-legal se baseia na regra estatuída, que submete também quem ordena. Os estatutos
contemplam regras de competência determinadas por utilidade objetiva e especialização nas atividades. A base
de funcionamento técnico é alicerçada na hierarquia, a ser realizada de forma impessoal, segundo regras

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racionais, afastando-se do arbítrio. Admite-se, no máximo, a conveniência objetiva com base em direito de
representação regulamentado.

Em síntese, as características da Administração Pública burocrática são:

As pessoas que integram as organizações modernas aceitam a autoridade legal como forma racional e legítima
de convivência. Também aceitam que algumas pessoas representem a autoridade da lei: guardas de trânsito,
juízes, prefeitos e gerentes.

A autoridade é contrapartida da responsabilidade que têm essas pessoas de zelar pelo cumprimento da lei e
pelos interesses da comunidade. A obediência é devida às leis, formalmente definidas, e às pessoas que as
representam, que agem dentro de uma jurisdição. Qualquer sociedade, organização ou grupo que se baseie em
leis racionais é uma burocracia. Essa é a interpretação ideal da burocracia, que Weber consolidou no seu tipo
ideal.

2.3 O Estado do bem estar

O Estado de Bem-Estar Social (Welfare State), é considerada a forma moderna mais avançada de exercício
público da proteção social, também chamada de o New Deal norteamericano de Roosevelt. Essa concepção tem
como característica a intervenção do Estado na vida social e econômica. Dessa maneira, o Estado busca intervir
na economia com a intenção de garantir oportunidades iguais para todos os cidadãos optando pela distribuição
de renda e a prestação de serviços públicos, como por exemplo, saúde e educação.

O Estado do Bem-Estar social é considerado assistencialista, uma vez que busca auxiliar a população do mínimo
existencial, de serviços e itens com os quais não havia preocupação no Estado Liberal. Dessa maneira, para
Norberto Bobbio (2007), “o Estado de Bem-Estar Social (welfare state) ou Estado Assistencial” é compreendido
como aquele que satisfaz o cidadão com direitos essenciais, como mínimos de renda, alimentação, saúde,
habitação, educação, assegurados a todo cidadão, não como caridade, mas como direito político”.

Augustinho Paludo (2013) chama atenção ao fato de que a luta de classes é considerada por muitos autores
como a principal causa do surgimento do Estado de Bem-Estar Social. Importante frisar que o Estado de Bem-

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estar social defende que o cidadão ficou desprotegido e vulnerável. Com isso, percebeu-se que o Estado Liberal,
que teve seu apogeu durante o Estado Absolutista, deixou a sociedade em uma situação de carência de vários
serviços essenciais, como saúde, segurança, educação, saneamento, habitação, dentre outros.

Conforme Andersen (1991), o Welfare State não pode ser compreendido apenas em termos de direitos e
garantias. Também precisamos considerar de que forma as atividades estatais se entrelaçam com o papel do
mercado e da família em termos de provisão social. As ações sociais são representadas nos planos de
aperfeiçoamento das “falhas do mercado”. Com isso, o campo de preocupação da economia é reconhecer a
incapacidade do mercado para garantir o pleno-emprego, como também reconhecer a desigual distribuição da
riqueza e dos rendimentos (KEYNES, 1964).

O estado de bem-estar social é, conforme Gurgel e Justen (2021), o produto de uma época em que se tentou
construir a eternidade do capitalismo, sem crises e sem guerra. A premissa que levou a isso remete ao contexto
que Wolff e Oliveira se referem em seu artigo “O ‘espírito de Dunquerque’ e o NHS inglês: teoria, história e
evidências”. O texto é uma alusão, como dizem os autores, “ao esforço nacional para resgatar as tropas
britânicas encurraladas em uma faixa cada vez mais estreita na região de Dunquerque, na costa francesa”
(GURGEL; JUSTEN, 2021). Para uma melhor compreensão de uma taxonomia do estado de bem-estar
social, Esping-Andersen (1991) e Titmuss (1963), citados por Fiori, oferecem um debate para explanar melhor.
Essa tipologia é usada por Fiori no contexto para iniciar a apresentação dos autores que compreendem a
possibilidade do welfare state no Brasil seja a solução mais econômica que se nos apresenta.

i. "The residual welfare model of social policy", o padrão ou modelo residual, "onde a política social intervém ex-
post. e possui o caráter temporalmente limitado". Seria o caso contemporâneo dos Estados Unidos.

ii. "The industrial achievement performance model of social policy", em geral traduzido como modelo ou padrão
maritocratico-particularista, onde a política social intervém apenas para corrigir a ação do mercado. “O sistema
de welfare”, nestes casos, é tão-somente complementar às instituições de mercado.

iii. "The redistributive model of social policy", ou padrão institucionalredistributivo, "voltado para a produção e
distribuição de bens e serviços sociais ‘extramercado’ os quais são garantidos a todos os cidadãos
universalmente cobertos e protegidos".

Essa mesma tipologia também pode ser analisada no quadro a seguir:

The residual welfare model of social policy O padrão ou modelo residual, "onde a política social
intervém ex-post. e possui o caráter temporalmente
limitado". Seria o caso contemporâneo dos Estados
Unidos.

The industrial achievement performance model of Em geral traduzido como modelo ou padrão
social policy maritocratico-particularista, onde a política social
intervém apenas para corrigir a ação do mercado. “O
sistema de welfare”, nestes casos, é tão-somente
complementar às instituições de mercado.

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The redistributive model of social policy ou padrão institucionalredistributivo, "voltado para a


produção e distribuição de bens e serviços sociais
‘extramercado’ os quais são garantidos a todos os
cidadãos universalmente cobertos e protegidos".

A verdade é que a construção e expansão do Estado de Bem-Estar Social, conforme Fiori, tem como vertentes a
natureza, forma e ritmo do desenvolvimento econômico; o grau, intensidade e organicidade da mobilização da
classe operária; o grau de avanço do desenvolvimento político-institucional; a extensão ou impacto do efeito de
difusão das inovações ocorridas nos países paradigmáticos; a forma peculiar e a intensidade em que se
desenvolve a luta política envolvendo os partidos que tradicionalmente representaram o mundo do trabalho.

Por fim, Fiori esclarece que é possível prever uma “transição” dos welfare states, situadas em algum ponto entre
os diferentes modelos liberais. Além disso, é esclarecido que o próprio processo de reorganização da economia
mundial afeta as estruturas dos modelos liberais dos países. Frisa-se que as crises fiscais e financeiras dos
Estados vêm sendo enfrentadas com propostas de cortes cada vez mais profundos no gasto público, sobretudo o
de natureza social.

É necessário encontrar uma solução de modelo que seja capaz de dar a devida assistência às pessoas ao mesmo
tempo sem entrar em colapso. Nesse contexto, o Estado regulador surge como solução, já que é o “meio termo”
entre o modelo liberal e o modelo do bem-estar social.

No mesmo sentido evolutivo e de relação de antítese que ocorreram as transições entre os modelos anteriores, o
Estado Regulador tem origem justamente no fato que causou a decadência do Estado do Bem-Estar social.
Nesse sentido, não há como sustentar uma nação em todos os seus anseios e necessidades. O modelo Regulador
é considerado o mais atual e veremos no próximo tópico.

2.4 O Estado regulador

Para Matias-Pereira (2018), o Estado, entendido como poder político, que possui uma estrutura
organizacional e política, é o garantidor da existência dos contratos e da propriedade, essenciais para a
sobrevivência do sistema capitalista. Nesse sentido, pode-se afirmar que a capacidade regulatória do Estado,
intervindo quando necessário na vida econômica e social, é inerente ao próprio Estado, desde o início da sua
existência.

A regulação, tendo como referência as suas finalidades, pode ser econômica, social ou administrativa
(MATIAS-PEREIRA, 2018).

•A regulação econômica visa permitir a criação de uma estrutura institucional para agentes econômicos,
empresas e mercados. Tem como objetivo principal facilitar, limitar ou intensificar os fluxos e trocas de
mercado, por meio de políticas tarifárias, princípios de confiabilidade do serviço público e regras de entrada e
saída do mercado.

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•A regulação social é a que atua na provisão dos bens públicos e na proteção do interesse público,
estabelecendo parâmetros para saúde, segurança e meio ambiente e os mecanismos de oferta dos
mencionados bens.

•A regulação administrativa refere-se à intervenção nos procedimentos administrativos e burocráticos, bem


como aos procedimentos administrativos adotados pelo Poder Público em sua relação com os
administrados.

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Questões de prova comentadas

1. FGV – IBGE - ANALISTA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO – 2016


Na administração pública devem ser constantes os esforços no sentido de modernização das estruturas
organizacionais, de forma a promover a integração da organização ao ambiente externo.

Essa integração deve estar adequadamente centrada na ideia de:

a) serviços estabelecidos pela oferta;

b) processos orientados pelos técnicos;

c) formação de equipes dependentes;

d) extinção da configuração hierárquica;

e) adaptação às mudanças conjunturais.

RESOLUÇÃO

A questão solicita uma forma de estrutura organizacional moderna, sendo essa a que promove a integração da
organização ao ambiente externo. Com isso, ressalta-se que esse tipo de estrutura organizacional visa adaptar-
se às mudanças conjunturais. Pois, a estrutura organizacional moderna é flexível e adaptável (resiliente) às
conjunturas existentes.

Resposta e.

2. FGV - TRT - 12ª REGIÃO (SC) - TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2017


Em um órgão público, as decisões são concentradas nos níveis mais altos da hierarquia. A direção do órgão
gostaria de promover a descentralização das decisões como forma de incentivar a autonomia e a
responsabilização dos gerentes. No entanto, a centralização das decisões apresenta vantagens em relação à
descentralização, tais como:

a) torna o processo decisório mais ágil e flexível;

b) estimula a aprendizagem dos gerentes médios;

c) gera decisões mais consistentes com os objetivos globais da organização;

d) reduz os custos e o tempo de implementação das decisões;

e) facilita o fluxo de informações e a comunicação organizacional.

RESOLUÇÃO

A centralização também apresenta vantagens nas organizações modernas. Então, frise que centralização e
descentralização apresentam vantagens e desvantagens nas organizações modernas. Com relação à vantagem,

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a centralização: torna o processo mais ágil (porém, não flexível); gera decisões mais consistentes com os
objetivos globais da organização (tendo em vista que essas decisões são geradas pela alta cúpula da organização,
então essas decisões são tomadas relacionando a organização como um todo e levando em consideração os
objetivos (globais) da organização.

Resposta c.

3. FGV - CÂMARA DE SALVADOR – BA - ASSISTENTE LEGISLATIVO MUNICIPAL – 2018


O presidente de uma empresa pública que opera em ambiente estável quer rever a estrutura organizacional, com
vistas a favorecer ao máximo a redução dos custos operacionais. No entanto, o presidente quer estar atento a
possíveis desvantagens na adoção dessa estrutura. Tendo em vista o ambiente em que a empresa opera, a
estrutura mais adequada para tal fim e uma de suas desvantagens são, respectivamente:

a) divisional; reforçar a tendência à burocratização;

b) matricial; dificultar a responsabilização;

c) matricial; produzir redundância de esforços;

d) funcional; dificultar a especialização;

e) funcional; dificultar a coordenação entre departamentos.

RESOLUÇÃO

A estrutura funcional é a mais adequada para um ambiente estável, tendo como intuito reduzir os custos
operacionais. Porém, vale lembrar que a estrutura funcional possui como desvantagem a coordenação entre os
departamentos, visto que essa estrutura visa a descentralização, com isso dificultando a coordenação entre os
departamentos.

Resposta e.

4. FGV - TRE-PA - ANALISTA JUDICIÁRIO – 2011


A respeito da estrutura organizacional, analise as afirmativas a seguir:

I. A estrutura organizacional determina relações formais de subordinação, entre as quais o número de níveis na
hierarquia e amplitude de controle de gerentes e supervisores.

II. A estrutura organizacional identifica o agrupamento de indivíduos em departamentos e de departamentos na


organização como um todo.

III. A estrutura organizacional inclui o projeto de sistemas para assegurar comunicação eficaz, coordenação e
integração de esforços entre os departamentos.

Assinale

a) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.

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b) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.

c) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.

d) se nenhuma afirmativa estiver correta.

e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

RESOLUÇÃO

A estrutura organizacional, de acordo com Chiavenato (2010) é a forma como a organização se articula para
desenvolver suas atividades. Além disso, a estrutura organizacional não é estática, ela está sujeita a
interferências externas, como o ambiente em que está inserida, e internas, como a estratégia adotada, a
tecnologia disponível e o potencial humano (MEDEIROS et al, 2011).

Pensando assim, a estrutura organizacional determina relações formais de subordinação, identifica o


agrupamento de indivíduos em departamentos e de departamentos na organização como um todo, bem como
visa assegurar comunicação eficaz, coordenação e integração de esforços entre os departamentos.

Resposta e.

5. FGV - AL-MT – ADMINISTRADOR – 2013


A configuração de uma estrutura organizacional, na qual o mecanismo de coordenação é a padronização
dos outputs, denomina-se

a) estrutura simples.

b) burocracia mecanizada.

c) forma divisionalizada.

d) adhocracia.

e) burocracia profissional.

RESOLUÇÃO

A forma divisionalizada ou departamentalização divisional possui como mecanismo de coordenação o foco nos
resultados (outputs), bem como o favorecimento da inovação e do crescimento da organização.

Resposta c.

6. FGV - MPE-MS - TÉCNICO ADMINISTRATIVO – 2013


"A estrutura de uma organização pode ser definida como a soma total das maneiras pelas quais o trabalho é
dividido em tarefas distintas e depois como a coordenação dessas tarefas é realizada."

Assinale a alternativa que indica os tipos de estrutura.

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a) Departamentalizada, funcional e linear.

b) Linear, funcional e linha-staff.

c) Linear, funcional e gerencial

d) Departamentalizada, formal e linha-staff.

e) Linear, formal e departamentalizada.

RESOLUÇÃO

Existem três tipos de estruturas organizacionais os tipos de estruturas que podem cair na sua prova: organização
linear, organização funcional e organização linha-staff.

A organização linear é a mais simples e a mais antiga dos tipos organizacionais. Sendo que a estrutura
organizacional da organização linear se baseia na ideia da unidade de comando, em que cada superior tem
autoridade única e absoluta sobre seus subordinados.

Já a organização funcional aplica o princípio da especialização das funções. Ou seja, esse princípio reflete a ideia
da descentralização, bem como no desempenho das finalidades específicas.

Por fim, a organização do tipo linha-staff é construída a partir da soma entre organização linear e organização
funcional.

Resposta b.

7. FGV - PGE-RO - ANALISTA DA PROCURADORIA – ADMINISTRADOR – 2015


A XYZ é uma fabricante de produtos eletrodomésticos. Recentemente, a área de marketing propôs uma
alteração em um dos principais produtos da empresa, que representará uma inovação significativa no mercado.
No entanto, essa alteração exige um investimento significativo, envolvendo mudanças no projeto do produto e
na linha de produção, além de investimentos em marketing. O presidente da empresa acredita no potencial da
proposta e gostaria de “renovar os produtos e a imagem da empresa”, mas considera que os riscos envolvidos
não são desprezíveis. Assim, o presidente gostaria de criar um grupo dedicado a estudar e viabilizar a inovação
no produto, sob a responsabilidade do gerente de marketing, que contasse com a participação de pessoas da
área de produção e da área financeira da empresa.

Para tal, o presidente deveria adotar uma estrutura:

a) em equipe, com autoridade funcional para o gerente de marketing;

b) divisional, com autoridade de projeto para o gerente de marketing;

c) em linha, com autoridade funcional para o gerente de marketing;

d) em staff, com autoridade funcional para o gerente de marketing;

e) matricial, com autoridade de projeto para o gerente de marketing.

RESOLUÇÃO

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A estrutura matricial leva em consideração a estrutura funcional mais a estrutura por projetos. Assim sendo, a
estrutura funcional aplica a ideia de especialização das funções e a estrutura por projetos, leva em consideração a
perspectiva de inovação de produto, processo, serviço ou até mesmo a perspectiva da área geográfica. Assim
sendo, o comando da questão informa uma estrutura matricial, por levar em consideração tanto a estrutura
funcional como por projeto, com o intuito de viabilizar a inovação no produto, articulando a área de produção e a
área financeira da empresa.

Resposta e.

8. FGV - DPE-MT - ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – 2015


Analise a estrutura organizacional a seguir.

Considerando as possibilidades de arranjos de estruturas organizacionais por departamento, a figura analisada


corresponde a um arranjo

a) divisional.

b) funcional.

c) horizontal.

d) matricial.

e) multidirecionado.

RESOLUÇÃO

A estrutura por função ou funcional é aquela que possui uma área de vendas, uma área financeira, comercial,
engenharia, produção. Ou seja, é a estrutura descentralizada e que leva em consideração a especialização das
funções.

Vale lembrar que esse tipo de estrutura é muito comum nas organizações existentes. Nesse caso, são criadas
áreas nas organizações e pessoas especialistas para gerir as atividades nessas diferentes áreas.

Resposta b.

9. FGV – IBGE - AGENTE CENSITÁRIO MUNICIPAL E SUPERVISOR - 2017


Uma empresa que opera em um ambiente estável está passando por uma redefinição da sua estratégia de
negócio e quer adotar uma estrutura organizacional que permita maximizar a eficiência operacional, via

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economia de escala e uso eficiente dos recursos. Para isso, dentre as opções abaixo, a estrutura mais adequada
seria:

a) funcional;

b) divisional;

c) matricial;

d) em rede;

e) por produto.

RESOLUÇÃO

Estrutura por funções: também chamada de departamentalização funcional, tem como intuito agrupar as
atividades e tarefas, conforme as funções principais desenvolvidas dentro da empresa.

Resposta a.

10. FGV - TRT - 12ª REGIÃO (SC) - TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2017


Determinado cartório passou por uma profunda reestruturação organizacional e alguns níveis hierárquicos
intermediários foram eliminados. Uma das características das organizações achatadas é que:

a) os níveis de automação e de informação são altos;

b) os empregados de níveis mais baixos sentem-se mais distantes da cúpula;

c) os salários são maiores, visto que possuem menos empregados;

d) existem mais oportunidades para progressão na carreira;

e) as decisões são tomadas mais prontamente, o que permite maior rapidez em responder aos clientes.

RESOLUÇÃO

As organizações achatadas são organizações menores, com menos níveis hierárquicos intermediários e hoje em
dia esse tipo de organização tem se tornado cada vez mais comum. Por isso, as organizações achatadas
permitem que as decisões sejam tomadas mais prontamente, fazendo com que haja maior rapidez em responder
aos clientes.

Resposta e.

11. FGV - AL-RO - ASSISTENTE LEGISLATIVO – 2018


A estrutura matricial se caracteriza como um modelo de departamentalização organizacional que é
frequentemente adotada em contextos de alta instabilidade, formando equipes temporárias para cada tipo de
tarefa.
Assinale a opção que apresenta uma desvantagem desse modelo.

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a) A perda da cooperação entre os departamentos.

b) A dificuldade de coordenação causada pela autoridade dual.

c) A rigidez processual causada pelo controle excessivo.

d) A inibição do conflito construtivo no ambiente organizacional.

e) A limitação dos objetivos organizacionais, disputados por cada área funcional.

RESOLUÇÃO

A estrutura matricial dificulta a coordenação causada pela autoridade dual. Isso ocorre em virtude da dupla
subordinação (funcional + projetos). Com isso, em função dessa dualidade acaba surgindo conflitos e
desequilíbrios.

Resposta b.

12. FGV - PREFEITURA DE PAULÍNIA – SP - AGENTE DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – 2016


A estrutura organizacional influencia diversos pontos do cotidiano de uma empresa. É possível, inclusive,
determinar o tipo de comando existente em uma organização quando se analisa como sua estrutura se
estabelece.

Assinale a opção que apresenta a relação correta entre a estrutura organizacional e sua caracterização.

a) Territorial: usada quando a empresa se concentra geograficamente em um único local.

b) Matricial: em que equipes são controladas simultaneamente por dois comandos.

c) Projetos: a distribuição fixa de equipes varia, em posicionamento geográfico, de acordo com o cliente.

d) Mista: junção apenas da estrutura territorial e de projetos, característica de organizações modernas.

e) Clientes: estrutura mais robusta que torna o cliente o foco do atendimento, adaptando-se a diversos tipos de
clientes.

RESOLUÇÃO
A estrutura Matricial é condicionada por equipes regidas simultaneamente por dois comandos (funcional +
projetos). Assim, essa dualidade condiciona uma autoridade dual

Resposta b.

13. FGV - CÂMARA DE SALVADOR – BA - ASSISTENTE LEGISLATIVO MUNICIPAL – 2018


O processo de organização é pautado por alguns princípios ou elementos básicos, formulados por autores como
Fayol e Weber. O número de subordinados pelos quais um gestor é responsável e que determina, no processo de
organização, formatos mais verticais ou horizontais das estruturas organizacionais é conhecido como:

a) cadeia de comando;

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b) amplitude de controle;

c) descentralização;

d) divisão do trabalho;

e) especialização horizontal.

RESOLUÇÃO

De acordo com Chiavenato (2007), a amplitude administrativa (ou amplitude de comando ou ainda amplitude de
controle) significa o número de subordinados que um administrador pode supervisionar.

Logo, o número de subordinados pelos quais um gestor é responsável e que determina, no processo de
organização, formatos mais verticais ou horizontais das estruturas organizacionais é conhecido como amplitude
de controle.

Resposta b.

14. IBEG - PREFEITURA DE RESENDE – RJ – ADMINISTRADOR – 2016


Acerca dos conceitos de amplitude administrativa, também denominada amplitude de controle ou amplitude de
comando, analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa correta:
I – A amplitude de controle menor é mais adequada para trabalhos rotineiros e previsíveis do que amplitude de
controle maior.
II – A amplitude de controle maior é mais adequada para trabalhos com necessidade de criatividade e inovação.
III – A amplitude de controle maior é indicada para trabalhos que necessitem de supervisão e orientação
frequente.
IV – A amplitude de controle menor tem um custo administrativo menor, se comparada a uma amplitude de
controle maior.
V – A amplitude de controle menor implica na utilização de sistemas de apoio e suporte consistentes e precisos,
indispensáveis para a execução das atividades.

a) Todas as assertivas estão incorretas.

b) Todas as assertivas estão corretas.

c) Apenas as assertivas III e IV estão corretas.

d) As assertivas II e IV estão incorretas.

e) Apenas a assertiva I está correta.

RESOLUÇÃO

Vamos aos itens!

“A amplitude de controle menor é mais adequada para trabalhos rotineiros e previsíveis do que amplitude de
controle maior.” Conforme Chiavenato (2007), a tendência atual nas organizações é de achatar e comprimir a
estrutura organizacional no sentido de aproximar a base da cúpula e melhorar as comunicações. Porém, o item

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se torna incorreto pelo fato de afirmar que a amplitude de controle menor ser a mais adequada para trabalhos
rotineiros e não existe isso de ser mais adequada ou menos adequada. É fundamental observar a estrutura
organizacional e todo o contexto organizacional, ou seja, não existe uma receita de bolo para isso.

“A amplitude de controle maior é mais adequada para trabalhos com necessidade de criatividade e inovação”. O
item está incorreto pelo mesmo motivo: dizer que uma estrutura é mais adequada que outra.

“A amplitude de controle maior é indicada para trabalhos que necessitem de supervisão e orientação frequente”.
Afirmar que uma estrutura é mais adequada/indicada que outra torna o item incorreto.

“A amplitude de controle menor tem um custo administrativo menor, se comparada a uma amplitude de
controle maior.” Na verdade, possui um custo administrativo maior (um chefe para pouco funcionário, logo a
tendência é de ter maior custo).

“A amplitude de controle menor implica na utilização de sistemas de apoio e suporte consistentes e precisos,
indispensáveis para a execução das atividades”. Na verdade, isso pode ser de uma amplitude maior. Já que o
gestor possui uma maior amplitude, então é necessário que ele possua um apoio, um suporte consistente e
preciso para a execução das atividades.

Resposta a.

15. ESAF – ANAC - ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE AVIAÇÃO CIVIL – 2016


A respeito do desenho organizacional, julgue as afirmativas a seguir como verdadeiras (V) ou falsas (F). Ao final,
assinale a opção correta.
I. Em organizações planas, a amplitude de controle é estreita.
II. Em organizações altas, a amplitude de controle é estreita.
III. Em organizações planas, a amplitude de controle é extensa.
IV. Em organizações altas, a amplitude de controle é extensa.

a) Apenas as afirmativas I e IV são verdadeiras.

b) Apenas as afirmativas II e III são verdadeiras.

c) Apenas a afirmativa I é verdadeira.

d) Apenas a afirmativa II é verdadeira.

e) Todas as afirmativas são verdadeiras.

RESOLUÇÃO

De acordo com Chiavenato (2007), quando um administrador tem muitos subordinados, ele tem uma amplitude
de comando grande e ampla. Na prática, a amplitude média adotada por uma organização determina a
configuração geral de sua estrutura organizacional.

Ainda conforme Chiavenato (2007), uma amplitude média estreita com um maior número de níveis hierárquicos
produz uma estrutura organizacional alta e alongada.

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Por fim, Chiavenato (2007), informa que ao contrário, uma amplitude média larga com poucos níveis hierárquicos
produz uma estrutura organizacional achatada e dispersada horizontalmente.

Logo, o gabarito é a letra “b”.

Resposta b.

16. Quadrix - CRO - AC Administrador - Gerente Geral -2019

Quanto aos conceitos introdutórios da administração, julgue o item.

Durante o período de administração patrimonialista, houve um esforço do governo no sentido de reprimir o


nepotismo e a corrupção.

Certo

Errado

RESOLUÇÃO: Na verdade é totalmente o inverso. Durante o período de administração patrimonialista, houve


bastante nepotismo e a corrupção. No entanto, os governantes se aproveitavam dessa situação e em nenhum
momento houve um esforço em reprimir, até porque eles se beneficiavam com tanto “desgoverno”.

Portanto, o gabarito para esta questão é errado.

Resposta: Errado

17. Quadrix - CRF-BA - Assistente Técnico Administrativo - 2019

A respeito das características da Administração Pública, julgue o item. A Administração Pública é um


instrumento do Estado para a promoção do desenvolvimento do País e do bem comum da sociedade.

Certo

Errado

RESOLUÇÃO: Sim, claro! Pois a administração pública, nos dias atuais, surge com essa proposta de trazer
promoção no tocante ao desenvolvimento do País e trazer o bem comum da sociedade. Isso se dará por meio de
mecanismos que privilegiam a transparência, a comunicação e a autonomia para que o cidadão participe (direta
e/ou indiretamente) dos comandos do país.

Resposta: Certo

18. Quadrix - Prefeitura de Canaã dos Carajás - PA - Administrativo - 2020

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Acerca da evolução da Administração Pública brasileira e da reforma do Estado, julgue o item. A Administração
Pública brasileira passou por três grandes fases, denominadas patrimonialista, burocrática e gerencial.

Certo

Errado

RESOLUÇÃO

Existem na trajetória da Administração Pública – a partir do surgimento do Estado moderno – três diferentes
formas de atuação: Administração Pública patrimonialista, a burocrática e a gerencial. A Administração Pública
tem por finalidade a operacionalização das funções políticas e serviços que o governo deseja realizar a favor da
sociedade. Disso você já sabe, né? O que você ainda não sabe é que a Administração Pública passou por alguns
modelos teóricos, que nada mais são do que formas de atuação. São elas: patrimonialista, burocrática e
gerencial.

Portanto, o gabarito está correto.

Resposta: Certo

19. Quadrix - CRF - SE – Administrador - 2019


Acerca da evolução da administração, julgue o item.

Vargas, ao implantar o DASP, referenciou‐se no modelo idealizado por Weber, acreditando que o
patrimonialismo, devido a seu caráter flexível e sem hierarquias, poderia ordenar a máquina administrativa no
País.

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Certo

Errado

RESOLUÇÃO O governo de Vargas não diz respeito ao modelo patrimonialista, mas sim o burocrático. O item se
torna incorreto também pois nem o modelo patrimonialista e nem o burocrático possuem caráter de flexibilidade
e sem hierarquias. Nesse sentido, o item está totalmente incorreto.

Portanto, o gabarito está errado.

Resposta: Errado

20. Quadrix - CRM-DF - 2018

Quanto às principais abordagens da administração e à evolução da Administração Pública no Brasil, julgue o item
a seguir.

A criação do Departamento Administrativo do Setor Público (DASP) pelo governo Vargas é considerada como o
marco de transição do modelo de administração burocrática para o modelo patrimonialista.

Certo

Errado

RESOLUÇÃO A questão dá a entender que primeiro existiu o modelo burocrático e em seguida o


patrimonialista. Na verdade não é assim, a questão simplesmente inverteu os marcos dos modelos.

São elas: patrimonialista, burocrática e gerencial. São esses os modelos e essa é a ordem apresentada na
administração pública.

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Portanto, o gabarito está incorreto.

Resposta: Errado

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Lista de questões

1. FGV – IBGE - ANALISTA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO – 2016


Na administração pública devem ser constantes os esforços no sentido de modernização das estruturas
organizacionais, de forma a promover a integração da organização ao ambiente externo.

Essa integração deve estar adequadamente centrada na ideia de:

a) serviços estabelecidos pela oferta;

b) processos orientados pelos técnicos;

c) formação de equipes dependentes;

d) extinção da configuração hierárquica;

e) adaptação às mudanças conjunturais.

2. FGV - TRT - 12ª REGIÃO (SC) - TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2017


Em um órgão público, as decisões são concentradas nos níveis mais altos da hierarquia. A direção do órgão
gostaria de promover a descentralização das decisões como forma de incentivar a autonomia e a
responsabilização dos gerentes. No entanto, a centralização das decisões apresenta vantagens em relação à
descentralização, tais como:

a) torna o processo decisório mais ágil e flexível;

b) estimula a aprendizagem dos gerentes médios;

c) gera decisões mais consistentes com os objetivos globais da organização;

d) reduz os custos e o tempo de implementação das decisões;

e) facilita o fluxo de informações e a comunicação organizacional.

3. FGV - CÂMARA DE SALVADOR – BA - ASSISTENTE LEGISLATIVO MUNICIPAL – 2018


O presidente de uma empresa pública que opera em ambiente estável quer rever a estrutura organizacional, com
vistas a favorecer ao máximo a redução dos custos operacionais. No entanto, o presidente quer estar atento a
possíveis desvantagens na adoção dessa estrutura. Tendo em vista o ambiente em que a empresa opera, a
estrutura mais adequada para tal fim e uma de suas desvantagens são, respectivamente:

a) divisional; reforçar a tendência à burocratização;

b) matricial; dificultar a responsabilização;

c) matricial; produzir redundância de esforços;

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d) funcional; dificultar a especialização;

e) funcional; dificultar a coordenação entre departamentos.

4. FGV - TRE-PA - ANALISTA JUDICIÁRIO – 2011


A respeito da estrutura organizacional, analise as afirmativas a seguir:

I. A estrutura organizacional determina relações formais de subordinação, entre as quais o número de níveis na
hierarquia e amplitude de controle de gerentes e supervisores.

II. A estrutura organizacional identifica o agrupamento de indivíduos em departamentos e de departamentos na


organização como um todo.

III. A estrutura organizacional inclui o projeto de sistemas para assegurar comunicação eficaz, coordenação e
integração de esforços entre os departamentos.

Assinale

a) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.

b) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.

c) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.

d) se nenhuma afirmativa estiver correta.

e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

5. FGV - AL-MT – ADMINISTRADOR – 2013


A configuração de uma estrutura organizacional, na qual o mecanismo de coordenação é a padronização
dos outputs, denomina-se

a) estrutura simples.

b) burocracia mecanizada.

c) forma divisionalizada.

d) adhocracia.

e) burocracia profissional.

6. FGV - MPE-MS - TÉCNICO ADMINISTRATIVO – 2013


"A estrutura de uma organização pode ser definida como a soma total das maneiras pelas quais o trabalho é
dividido em tarefas distintas e depois como a coordenação dessas tarefas é realizada."

Assinale a alternativa que indica os tipos de estrutura.

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a) Departamentalizada, funcional e linear.

b) Linear, funcional e linha-staff.

c) Linear, funcional e gerencial

d) Departamentalizada, formal e linha-staff.

e) Linear, formal e departamentalizada.

7. FGV - PGE-RO - ANALISTA DA PROCURADORIA – ADMINISTRADOR – 2015


A XYZ é uma fabricante de produtos eletrodomésticos. Recentemente, a área de marketing propôs uma
alteração em um dos principais produtos da empresa, que representará uma inovação significativa no mercado.
No entanto, essa alteração exige um investimento significativo, envolvendo mudanças no projeto do produto e
na linha de produção, além de investimentos em marketing. O presidente da empresa acredita no potencial da
proposta e gostaria de “renovar os produtos e a imagem da empresa”, mas considera que os riscos envolvidos
não são desprezíveis. Assim, o presidente gostaria de criar um grupo dedicado a estudar e viabilizar a inovação
no produto, sob a responsabilidade do gerente de marketing, que contasse com a participação de pessoas da
área de produção e da área financeira da empresa.

Para tal, o presidente deveria adotar uma estrutura:

a) em equipe, com autoridade funcional para o gerente de marketing;

b) divisional, com autoridade de projeto para o gerente de marketing;

c) em linha, com autoridade funcional para o gerente de marketing;

d) em staff, com autoridade funcional para o gerente de marketing;

e) matricial, com autoridade de projeto para o gerente de marketing.

8. FGV - DPE-MT - ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – 2015


Analise a estrutura organizacional a seguir.

Considerando as possibilidades de arranjos de estruturas organizacionais por departamento, a figura analisada


corresponde a um arranjo

a) divisional.

b) funcional.

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c) horizontal.

d) matricial.

e) multidirecionado.

9. FGV – IBGE - AGENTE CENSITÁRIO MUNICIPAL E SUPERVISOR - 2017


Uma empresa que opera em um ambiente estável está passando por uma redefinição da sua estratégia de
negócio e quer adotar uma estrutura organizacional que permita maximizar a eficiência operacional, via
economia de escala e uso eficiente dos recursos. Para isso, dentre as opções abaixo, a estrutura mais adequada
seria:

a) funcional;

b) divisional;

c) matricial;

d) em rede;

e) por produto.

10. FGV - TRT - 12ª REGIÃO (SC) - TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2017


Determinado cartório passou por uma profunda reestruturação organizacional e alguns níveis hierárquicos
intermediários foram eliminados. Uma das características das organizações achatadas é que:

a) os níveis de automação e de informação são altos;

b) os empregados de níveis mais baixos sentem-se mais distantes da cúpula;

c) os salários são maiores, visto que possuem menos empregados;

d) existem mais oportunidades para progressão na carreira;

e) as decisões são tomadas mais prontamente, o que permite maior rapidez em responder aos clientes.

11. FGV - AL-RO - ASSISTENTE LEGISLATIVO – 2018


A estrutura matricial se caracteriza como um modelo de departamentalização organizacional que é
frequentemente adotada em contextos de alta instabilidade, formando equipes temporárias para cada tipo de
tarefa.
Assinale a opção que apresenta uma desvantagem desse modelo.

a) A perda da cooperação entre os departamentos.

b) A dificuldade de coordenação causada pela autoridade dual.

c) A rigidez processual causada pelo controle excessivo.

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d) A inibição do conflito construtivo no ambiente organizacional.

e) A limitação dos objetivos organizacionais, disputados por cada área funcional.

12. FGV - PREFEITURA DE PAULÍNIA – SP - AGENTE DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – 2016


A estrutura organizacional influencia diversos pontos do cotidiano de uma empresa. É possível, inclusive,
determinar o tipo de comando existente em uma organização quando se analisa como sua estrutura se
estabelece.

Assinale a opção que apresenta a relação correta entre a estrutura organizacional e sua caracterização.

a) Territorial: usada quando a empresa se concentra geograficamente em um único local.

b) Matricial: em que equipes são controladas simultaneamente por dois comandos.

c) Projetos: a distribuição fixa de equipes varia, em posicionamento geográfico, de acordo com o cliente.

d) Mista: junção apenas da estrutura territorial e de projetos, característica de organizações modernas.

e) Clientes: estrutura mais robusta que torna o cliente o foco do atendimento, adaptando-se a diversos tipos de
clientes.

13. FGV - CÂMARA DE SALVADOR – BA - ASSISTENTE LEGISLATIVO MUNICIPAL – 2018


O processo de organização é pautado por alguns princípios ou elementos básicos, formulados por autores como
Fayol e Weber. O número de subordinados pelos quais um gestor é responsável e que determina, no processo de
organização, formatos mais verticais ou horizontais das estruturas organizacionais é conhecido como:

a) cadeia de comando;

b) amplitude de controle;

c) descentralização;

d) divisão do trabalho;

e) especialização horizontal.

14. IBEG - PREFEITURA DE RESENDE – RJ – ADMINISTRADOR – 2016


Acerca dos conceitos de amplitude administrativa, também denominada amplitude de controle ou amplitude de
comando, analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa correta:
I – A amplitude de controle menor é mais adequada para trabalhos rotineiros e previsíveis do que amplitude de
controle maior.
II – A amplitude de controle maior é mais adequada para trabalhos com necessidade de criatividade e inovação.
III – A amplitude de controle maior é indicada para trabalhos que necessitem de supervisão e orientação
frequente.
IV – A amplitude de controle menor tem um custo administrativo menor, se comparada a uma amplitude de

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controle maior.
V – A amplitude de controle menor implica na utilização de sistemas de apoio e suporte consistentes e precisos,
indispensáveis para a execução das atividades.

a) Todas as assertivas estão incorretas.

b) Todas as assertivas estão corretas.

c) Apenas as assertivas III e IV estão corretas.

d) As assertivas II e IV estão incorretas.

e) Apenas a assertiva I está correta.

15. ESAF – ANAC - ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE AVIAÇÃO CIVIL – 2016


A respeito do desenho organizacional, julgue as afirmativas a seguir como verdadeiras (V) ou falsas (F). Ao final,
assinale a opção correta.
I. Em organizações planas, a amplitude de controle é estreita.
II. Em organizações altas, a amplitude de controle é estreita.
III. Em organizações planas, a amplitude de controle é extensa.
IV. Em organizações altas, a amplitude de controle é extensa.

a) Apenas as afirmativas I e IV são verdadeiras.

b) Apenas as afirmativas II e III são verdadeiras.

c) Apenas a afirmativa I é verdadeira.

d) Apenas a afirmativa II é verdadeira.

e) Todas as afirmativas são verdadeiras.

16. Quadrix - CRO - AC Administrador - Gerente Geral -2019

Quanto aos conceitos introdutórios da administração, julgue o item.

Durante o período de administração patrimonialista, houve um esforço do governo no sentido de reprimir o


nepotismo e a corrupção.

Certo

Errado

17. Quadrix - CRF-BA - Assistente Técnico Administrativo - 2019

A respeito das características da Administração Pública, julgue o item. A Administração Pública é um


instrumento do Estado para a promoção do desenvolvimento do País e do bem comum da sociedade.

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Certo

Errado

18. Quadrix - Prefeitura de Canaã dos Carajás - PA - Administrativo - 2020


Acerca da evolução da Administração Pública brasileira e da reforma do Estado, julgue o item. A Administração
Pública brasileira passou por três grandes fases, denominadas patrimonialista, burocrática e gerencial.

Certo

Errado

19. Quadrix - CRF - SE – Administrador - 2019


Acerca da evolução da administração, julgue o item.

Vargas, ao implantar o DASP, referenciou‐se no modelo idealizado por Weber, acreditando que o
patrimonialismo, devido a seu caráter flexível e sem hierarquias, poderia ordenar a máquina administrativa no
País.

Certo

Errado

20. Quadrix - CRM-DF - 2018

Quanto às principais abordagens da administração e à evolução da Administração Pública no Brasil, julgue o item
a seguir.

A criação do Departamento Administrativo do Setor Público (DASP) pelo governo Vargas é considerada como o
marco de transição do modelo de administração burocrática para o modelo patrimonialista.

Certo

Errado

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Gabarito

1. E 11. B

2. C 12. B

3. E 13. B

4. E 14. A

5. C 15. B

6. B 16. Errado

7. E 17. Certo

8. B 18. Certo

9. A 19. Errado

10. E 20. Errado

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Resumo direcionado
Chegamos ao final de mais uma aula para o seu concurso do TRT PB. Para tanto, estudamos tópicos muito
importantes do seu edital.

De acordo com Chiavenato (2010) estrutura organizacional é a forma como a organização se articula para
desenvolver suas atividades. Além disso, a estrutura organizacional não é estática, ou seja, ela está sujeita a
interferências externas, como o ambiente em que está inserida, e internas, como a estratégia adotada, a
tecnologia disponível e o potencial humano (MEDEIROS et al, 2011).

Pensando assim, a estrutura organizacional determina relações formais de subordinação, identifica o


agrupamento de indivíduos em departamentos e de departamentos na organização como um todo, bem como
visa assegurar comunicação eficaz, coordenação e integração de esforços entre os departamentos.

Vale ressaltar que a estrutura organizacional não é estática, ela está sujeita a interferências externas, como o
ambiente em que está inserida, e internas, como a estratégia adotada, a tecnologia disponível e o potencial
humano (MEDEIROS et al, 2011).

A estrutura organizacional, que é um meio para o alcance dos objetivos, está relacionada com a
estratégia da organização, de tal forma que mudanças na estratégia precedem e promovem mudanças na
estrutura.

De acordo com Chiavenato (2007), o termo departamento ou divisão é empregado com um significado genérico
e aproximativo: pode ser um departamento ou uma divisão, seção, unidade organizacional ou setor.

Em algumas empresas, a terminologia departamental é levada a sério e indica relações hierárquicas bem
definidas: um superintendente cuida de uma divisão; um gerente, de um departamento; um chefe, de uma
seção; um supervisor, de um setor (CHIAVENATO, 2007).

Ao abordar sobre departamentalização, algumas bancas costumam cobrar acerca das organizações achatadas.
Sendo que as organizações achatadas são organizações menores, com menos níveis hierárquicos intermediários
e hoje em dia esse tipo de organização tem se tornado cada vez mais comum. Por isso, as organizações
achatadas permitem que as decisões sejam tomadas mais prontamente, fazendo com que haja maior rapidez em
responder aos clientes.

A estrutura matricial, bem como a funcional, a linear e a divisional também podem ser contextualizadas em
questões ao abordarem sobre departamentalização. Visto que, de acordo com Chiavenato (2007), o termo
departamento ou divisão é empregado com um significado genérico e aproximativo: pode ser um departamento
ou uma divisão, seção, unidade organizacional ou setor. Nesse sentido, os departamentos possuem diferentes
estruturas.

Uma estrutura bastante cobrada em concurso público é a matricial. Pois, a estrutura matricial se caracteriza
como um modelo de departamentalização organizacional que é frequentemente adotada em contextos de alta
instabilidade, formando equipes temporárias para cada tipo de tarefa. A estrutura matricial é condicionada por

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equipes regidas simultaneamente por dois comandos (funcional + projetos). Assim, essa dualidade condiciona
uma autoridade dual. Uma das vantagens da estrutura matricial é buscar uma facilitação da cooperação entre
departamentos. Ou seja, uma cooperação entre departamentos e isso pode acontecer em virtude da sua
dualidade (funcional + projetos).

Para Chiavenato (2007), A centralização enfatiza as relações escalares, isto é, a cadeia de comando. Assim sendo,
a organização é desenhada dentro da premissa de que o indivíduo no topo possui a mais alta autoridade. Além
disso, a cadeia escalar ou cadeia de comando está intimamente relacionada com a unidade de comando.

De acordo com Chiavenato (2007), a descentralização faz com que as decisões sejam pulverizadas nos níveis
mais baixos da organização. A tendência moderna é no intuito de descentralizar para proporcionar melhor
utilização dos recursos humanos. Ou seja, as decisões na descentralização são tomadas mais rapidamente pelos
próprios executores.

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Referências
BURNS, T.; STALKER, G. M. The management of innovations. London: Tavistock, 1961.

CHIAVENATO, I. Introdução à Teoria Geral da Administração. 7ª edição. Ed. Campus. São Paulo, 2007.

OLIVEIRA, D. P. R. Sistemas, Organização e Métodos: uma abordagem gerencial. 16ª edição. Ed. Atlas. São
Paulo, 2006.

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