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PARECER TÉCNICO II

NOME: Aline Mendes da Silva

Projeto: A MINIMIZAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS


O estabelecimento de programas de minimização para os resíduos sólidos
gerados nas Atividades cotidianas de uma cidade é complexo, pois o modelo
de desenvolvimento atual está Baseado no uso crescente de descartáveis e no
desperdício de recursos naturais e energéticos. Além disso, os RSU
caracterizam-se por sua contínua geração, sofrendo variações ao longo Do
tempo e sendo influenciados pela cultura, renda, atividades desempenhadas e
hábitos da População local. A minimização exige novas posturas da sociedade,
com mudanças Comportamentais em direção a um consumo sustentável.
A minimização de resíduos – que inicialmente, foi implantada no setor
industrial, Gerador de resíduos perigosos, mas que pode ser estendida aos
resíduos urbanos – pode Acontecer, basicamente, por meio da redução na
fonte, muitas vezes chamada de prevenção de Resíduos, que, segundo a
agência americana de proteção ambiental, a Environmental Protection Agency
(USEPA, 2001), significa consumir e jogar fora menos, incluindo a Aquisição de
bens duráveis e busca por produtos e embalagens que tenham o mínimo de
Toxicidade possível. Isso pode significar redesenhar um produto que tenha
menos matéria-Prima na produção, vida mais longa ou, ainda, que seja usado
de novo depois que seu uso Original terminou (reutilização).
A USEPA considera como minimização “qualquer alteração na forma,
produção, Comercialização ou uso de materiais ou produtos (incluindo
embalagens) que reduza a Quantidade ou toxicidade antes que este se
transforme em resíduo sólido urbano” (USEPA, 1998, apud PUC, 1999, p. 132).
A realidade, o problema dos resíduos sólidos domiciliares tem início muito
antes de Sua coleta nas ruas da cidade – começa com a concepção, e uso do
bem, aliados ao comportamento e atitudes da população. Mesmo tendo
aumentado a consciência dos impactos causados ao meio ambiente pela
grande quantidade de resíduos gerados, as pessoas, em geral, margem para
“se desfazer rapidamente dos resíduos que produzem e lançá-los o mais longe
possível de sua visão e olfato”, como afirma Schneider (1994, apud
MANDELLI, 1999, p. 1795).
Além disso, mesmo sendo uma das responsáveis por essa crescente
geração de resíduos sólidos, há uma rejeição por parte da população em
relação à implantação de aterros sanitários próximos à sua residência
(preocupações com cheiro, vetores, lixo, poluição e desvalorização de suas
casas, entre outros motivos), comportamento esse denominado pelos
americanos de NIMBY ou “not in my backyard” (no meu quintal, não) (RAMOS,
2001). Esse comportamento confirma a assertiva de Mandelli (1999) quanto à
população querer livrar-se do lixo e não ter a consciência de que é necessário
se dispor esses resíduos em algum lugar, já que foram gerados. As pessoas
acham, em geral, que é responsabilidade unicamente dos governos e não se
envolvem com essa problemática.
O enfoque tradicional abordado pelo sistema de gerenciamento de resíduos é
o controle final dos efeitos, atuando a partir da geração de resíduos, no
momento do pós-consumo, enquanto a minimização tem seu enfoque principal
na prevenção, buscando maneiras de eliminar a geração de resíduos ou, se
possível, reduzir sua geração, com reaproveitamento e tratamento dos
resíduos remanescentes.
Na área dos RSU, tem-se verificado, também, uma tendência para as
estratégias preventivas; diversos autores - Barciotte (1994), Demajorovic
(1996), Eighmy e outros (1997), Skinner (1997), AEMA (1998), Ramos (1998),
OECD (2002) e USEPA (2003) - enfatizam o enfoque da hierarquia dos
resíduos, ou hierarquia de gestão de resíduos, ou ainda, hierarquia de opções
para a gestão dos resíduos, considerado a forma de gestão mais desejável
para alcançar uma redução na quantidade gerada, alinhado com o princípio do
desenvolvimento sustentável.
Considera-se que existe uma cadeia de geração dos RSU, que vai desde a
concepção, produção do bem e embalagem na fábrica, chega na cidade, é
adquirido pelo habitante para uso, e finalmente é jogado fora; entrando no
sistema de gestão dos RSU para sua disposição

REFERÊNCIAS:
Ministério de meio ambiente – Coleta seletiva
Ministério de meio ambiente – Resíduos sólidos
SALVADOR. SESP. LIMPURB. Relatório anual de atividades: documento
interno.. Salvador, 2002.
______.______.______. Relatório anual de atividades: documento interno.
Salvador, 2001.
______.______.______. Relatório anual de atividades: documento interno.
Salvador, 2000.
______.______.______. Relatório anual de atividades: documento interno.
Salvador, 1999.
______.______.______. Relatório anual 1998: documento interno. Salvador,
1998.
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desenvolvimento Sustentável do Brasil. Salvador, (s/d).
TOCCHIO, Sérgio. A evolução e os desafios do programa de coleta seletiva do
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Universidade de Santa Maria. Santa Maria-RS: EDITORA UFSM, 1999. P.100
108.
METROPOLITANO. Remoção e disposição final dos resíduos sólidos urbanos
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