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5 coisas que melhoram a gestão do

agronegócio
O bom funcionamento de qualquer negócio está diretamente ligado à forma
como ele é administrado, especialmente quando falamos de agronegócio.
O setor segue ganhando destaque e continua em constante crescimento,
sendo responsável por impulsionar a economia do país, principalmente com a
adoção de novas tecnologias capazes de reduzir os custos e aumentar a
produtividade rural.
Além de técnicas eficientes nas atividades dentro das fazendas, o sucesso do
agronegócio envolve uma boa gestão a fim de utilizar recursos, equipamentos
e pessoas da melhor forma possível, promovendo melhor aproveitamento e
resultados.
A MM Sperandio separou algumas das principais estratégias para melhorar a
gestão do seu agronegócio:
Invista no planejamento do seu negócio: O planejamento é a ação primordial
para qualquer empresa, em qualquer área ou lugar. Ele é o fator que determina
o sucesso da sua atividade agropecuária, sendo a sendo a ferramenta mais
importante para as tomadas de decisão em qualquer empreendimento ligado
ao agronegócio. Com um bom planejamento é possível criar um plano de
ações eficazes para se atingir um determinado objetivo. Esse planejamento
consiste, basicamente, na compreensão detalhada do cenário atual (interno e
externo) do seu negócio e, com o apoio desta análise, é possível desenhar
seus objetivos que podem ser alcançadas por meio de ações táticas e
programadas.
Seja organizado: Se há planejamento, então deve haver organização.
Disciplina e organização são atividades fundamentais para serem
implementadas no seu dia a dia, para tornar toda a gestão mais eficiente.
Controle de despesas, receitas e investimentos, aquisições de insumos, peças
e demais itens necessários, são realizados com mais agilidade e precisão
através da organização, sendo possível a relação de relatórios para avaliar as
necessidades do seu negócio. Neste sentido, é essencial que você faça o
registro do que entrou, do que saiu e para que finalidade, somente assim há a
possibilidade de inventariar todos os itens armazenados, verificando se as
quantidades à disposição estão em conformidade com o esperado.
Avalie resultados: Uma boa análise da performance do seu empreendimento
fará você entender se a metodologia aplicada é eficaz ou não. Com uma boa
análise você conseguirá entender o que está funcionando e o que precisa ser
aprimorado ou modificado. Além disso, você tem os dados para realizar
comparativos dos mais diversos formatos, para saber se os resultados estão
sendo alcançados como deveriam.
Treinamentos: Muitas práticas de gestão no agronegócio deixam de ser
implantadas ou aplicadas de forma eficiente quando existe falta de treinamento
ou comprometimento com os objetivos no negócio por parte dos colaboradores.
Por isso, é tão importante investir na capacitação dos funcionários e do próprio
produtor rural, a fim de tornar seu negócio mais rentável e aumentar a
produtividade, além de evitar gastos com retrabalho e desperdício recursos.
Dados atualizados e monitorados: Mais uma tarefa obrigatória na gestão do
agronegócio é o acompanhamento dos dados da produção. O produtor rural
precisa ter acesso a informações precisas para conhecer com exatidão a
situação de seu negócio e, desta forma, implementar estratégias que
impulsionem a capacidade de controle da atividade rural. O correto
monitoramento permite ao gesto ter acesso a diversos indicadores como, por
exemplo:
Comparação com anos anteriores para estimar um potencial de produção;
Rendimento da produção por hectare/planta;
Dados como lucro e produtividade nas safras;
Controle de custos, aproveitando oportunidades que geram melhorias de
processo, maior lucratividade e, consequentemente, sucesso no negócio.
Com estas estratégias, você certamente conseguirá melhorar a gestão do
agronegócio e atingir um novo patamar.

Soja: Qualidade de semeadura define


potencial produtivo da safra

Uma lavoura uniforme, vigorosa e sem falhas no estande são algumas das
características responsáveis pelo sucesso de um sistema produtivo. Um dos fatores
mais importantes e que está diretamente relacionado com esse resultado é a
qualidade das sementes.
Mas afinal, o que é a qualidade de sementes e qual é o impacto no estabelecimento
da cultura?

Produção das sementes


É comum ouvir que a qualidade das sementes se faz no campo, afinal, a qualidade
das sementes não pode ser melhorada, e sim conservada ao longo do
armazenamento. Antes da comercialização, amostras representativas dos lotes de
sementes passam por testes laboratoriais a fim de verificar se os padrões mínimos
exigidos por lei estão sendo atendidos.
Isso porque a produção de sementes é exigente e cautelosa. A legislação vigente
engloba normas desde antes da implementação do campo de produção até a
comercialização e distribuição do material.

A atual lei de sementes e mudas (Lei Nº 10.711/2003) exige uma série de


documentos para inscrição, credenciamento e certificação, relatórios técnicos e
fiscalização pelo MAPA. Por exemplo, todas as pessoas que trabalham na produção
precisam estar inscritas no RENASEM (Registro Nacional de Sementes e Mudas).
As cultivares lançadas no mercado exigem registro no RNC (Registro Nacional de
Cultivares). Algumas atividades exigem supervisão de um responsável técnico
registrado no CREA, que deve elaborar projetos, vistorias, boletins de análise, entre
outros documentos obrigatórios.

Ainda existe o processo de certificação de sementes baseado no controle de gerações


para as categorias certificadas (C1 e C2) ou garantidas por termo de conformidade
(S1 e S2). Cada etapa da produção responde a exigências legais que passam por
inspeções e vistorias específicas para a cultura a fim de atender os padrões de
qualidade necessários para a comercialização.

Alguns pontos que se destacam durante a produção são:

 Escolha da área: varia conforme as exigências de cada cultura. Alguns pontos

importantes a serem avaliados são a luminosidade, temperatura, regime de chuvas,

umidade do ar, condições do solo, e o histórico de pragas e doenças na área e nas

proximidades.

 Sistema de produção e planejamento do campo: este item varia entre culturas.

Está relacionado ao espaçamento entre plantas e entre linhas, à exigência de

bordadura, isolamento do campo, barreiras, época de semeadura, entre outros.

 Roguing: é a prática de remover as plantas indesejadas do campo de produção de

sementes. Plantas indesejadas são todas as plantas que podem contaminar (atípicas)
o lote e reduzir o grau de pureza varietal, genética e/ou física. Também são

eliminadas, com muito rigor, as plantas daninhas e plantas de outra espécie (milho

em campo de soja) que competem por água e nutrientes.

 Inspeções: para cada cultura, as inspeções são realizadas em momentos críticos do

desenvolvimento das plantas, como o período de prefloração, floração, pós-floração,

pré-colheita e colheita. Para auxiliar nas questões ligadas às vistorias, o MAPA

disponibiliza o Guia de Inspeção de Campos para Produção de Sementes.

 Colheita: para atingir a máxima germinação e vigor, as sementes tem momentos

ideais de colheita que buscam convergir entre a maturidade fisiológica da semente e

as condições da entrada na área com o maquinário sem causar embuchamento.

 Cuidado com o maquinário: as sementes comercializadas passam por diversos

maquinários desde a colheita, passando pelos processos de beneficiamento até a

embalagem e armazenamento. Por isso, é essencial que sejam feitas limpezas

regulares e rigorosas nas máquinas e UBS para evitar contaminação.

Qualidade de Sementes
A qualidade de sementes abrange um conjunto de características responsáveis por
assegurar a capacidade de originar plântulas de alto desempenho e levar para o
campo o resultado da pesquisa e tecnologia investida pelo melhoramento genético.
São essas características que determinam o valor de um lote para a comercialização.
A qualidade é analisada por quatro atributos: genético, sanitário, físico e fisiológico.
Todos igualmente importantes.

Genético das sementes


A pureza genética das sementes garante uma lavoura com plantas homogêneas que
expressam a característica da cultivar escolhida. Esta característica é importante pois
está ligada a produtividade esperada, para destinação em áreas com presença de
patógenos, onde deve ser usada cultivar resistente, ou para controle de plantas
daninhas, dessecação pré-colheita e até para a região edafoclimática de cultivo.
Sanitário

O atributo da sanidade está relacionado à presença de microrganismos e insetos. Esta


determinação, além de proteger o ataque imediato ou ao longo do armazenamento
nas sementes, evita que elas sejam veículo de propagação e dispersão desses
organismos no campo.

Físico
A pureza física é a composição física e mecânica do lote. É o indicativo das
impurezas como outras sementes, sementes chochas, quebradas, palhas e pedras.
Cada um destes fatores contribuem para o fornecimento de dados que confirmam se
o manejo do campo de produção, a colheita e o beneficiamento foram eficientes. É
importante, por exemplo, na semeadura, uma vez que palhas, pedras ou até outras
sementes poderiam ocupar o espaço no disco de plantio e causar falhas no estande.

Fisiológico

A qualidade fisiológica está relacionada ao metabolismo da semente. É avaliada


quanto ao poder de germinação e vigor, que asseguram o desenvolvimento das
plântulas e um estande adequado e uniforme. Esta qualidade também é muito
estudada para o potencial de armazenamento, emergência rápida e maior tolerância a
estresses abióticos. Os padrões para comercialização de sementes exigem limites
mínimos no percentual de germinação, que varia conforme a espécie. Para a soja ser
considerada semente, o lote deve ter no mínimo 80% de germinação; para o milho,
85%. Se os valores obtidos nos laboratórios de análises forem inferiores a estes, o
material é destinado ao uso como grão.
Estabelecimento da cultura graças às
sementes
O estabelecimento da cultura tem relação direta com a qualidade deste insumo e
impacta toda a cadeia produtiva. É o uso de sementes com todos os atributos
descritos acima que assegura um campo homogêneo, sadio e vigoroso. Isso permite
um melhor planejamento dos tratos culturais e de colheita, facilita a tomada de
decisão quanto a aplicação de agroquímicos, reduz os problemas com plantas
daninhas, as sementes sadias não sofrem com perda de vigor causada por patógenos,
há distribuição adequada das sementes no solo quando as máquinas estão
devidamente reguladas, a utilização de
fertilizantes e sistema de irrigação se torna mais eficiente devido ao adequado
desenvolvimento e vigor das plantas, entre outros fatores. Com isso, o uso de
sementes de qualidade pode ser considerado um dos fatores mais importantes para o
bom estabelecimento da lavoura e para alcançar a alta produtividade.

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