Você está na página 1de 61

ESTADO DE MARANHÃO

SECRETARIA DE ESTADO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO


UNIVERSIDADE DA REGIÂO TOCANTINA DO ESTADO DO MARANHÂO
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE AÇAILÂNDIA
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, SOCIAIS, TECNOLÓGICAS E LETRAS
BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL
| Sistemas de Classificação| Class. Granulométrica| Sistema AASHTO| Class. Unificada |

IMPORTÂNCIA DA CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS

A diversidade e a enorme diferença de comportamento apresentada pelos


diversos solos perante as solicitações de interesse da engenharia, levou ao
seu natural agrupamento em conjuntos distintos.
O objetivo da classificação dos solos, sob o ponto de vista de engenharia, é
o de poder estimar o provável comportamento do solo ou, pelo menos, o de
orientar o programa de investigação necessário para permitir a adequada
análise do problema.

Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS


Prof. Lucas Manoel da Silva 2
| Sistemas de Classificação| Class. Granulométrica| Sistema AASHTO| Class. Unificada |

SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS

A elaboração de um sistema de classificação deve partir dos conhecimentos


qualitativos e quantitativos.
A identificação pode ser feita através de testes visuais e tácteis, rápidos e
específicos a cada tipo de solo. A NBR 6484/2001: Solo - Sondagens de
simples reconhecimentos com SPT - Método de ensaio (em substituição à
NBR 7250/1982) orienta a identificação e descrição de amostras obtidas
em sondagens de simples reconhecimento de solos.

Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS


Prof. Lucas Manoel da Silva 3
| Sistemas de Classificação| Class. Granulométrica| Sistema AASHTO| Class. Unificada |

SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS

A classificação dos solos a partir dos tamanhos de suas partículas é uma


das formas mais comuns.
Como a fração argila pode diferenciar amplamente nas suas propriedades
físicas, a classificação apenas pelo tamanho é inadequada quando se
contém finos, especialmente os argilo-minerais.
Portanto, sistemas de classificação de solos mais elaborados levam em
conta os limites de Atterberg, associados à granulometria.

Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS


Prof. Lucas Manoel da Silva 4
| Sistemas de Classificação| Class. Granulométrica| Sistema AASHTO| Class. Unificada |

SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS

Para a fração grossa, pedregulhos e areias, informações quanto a


composição granulométrica, forma das partículas, existência ou não de
finos são sempre necessárias; estas partículas são ásperas ao tato,
visíveis ao olho nu e se separam quando secas.

Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS


Prof. Lucas Manoel da Silva 5
| Sistemas de Classificação| Class. Granulométrica| Sistema AASHTO| Class. Unificada |

SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS

Para os solos finos, siltes e argilas, são importantes informações sobre


plasticidade, resistência à compressão do solo quando seco e seu
comportamento do quando imerso em água.
De acordo com o resultado dos testes, o solo será identificado por um
nome, conforme recomendado pela NBR 6484/2001.

Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS


Prof. Lucas Manoel da Silva 6
| Sistemas de Classificação| Class. Granulométrica| Sistema AASHTO| Class. Unificada |

SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS

Na Mecânica dos Solos


procura-se criar um sistema
de classificação que permita
o agrupamento de solos
dotados de características
similares tanto do ponto de
vista geotécnico como do
comportamento.

Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS


Prof. Lucas Manoel da Silva 7
| Sistemas de Classificação| Class. Granulométrica| Sistema AASHTO| Class. Unificada |

SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS

Sob aspecto mais prático pode-se dizer que é necessário haver várias
classificações, que possam atender mais especificamente aos vários
campos da geotecnia. Um sistema de classificação que atenda aos
interesses da área de estradas pode não atender com a mesma eficiência
à área de fundações.

Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS


Prof. Lucas Manoel da Silva 8
| Sistemas de Classificação| Class. Granulométrica| Sistema AASHTO| Class. Unificada |

SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS

Muitas das características físicas, químicas e biológicas dos solos são


relacionadas à sua textura, fazendo de sua determinação uma das mais
básicas análises de solos.
O Sistema de Classificação baseado apenas na textura utiliza a curva
granulométrica e uma escala de classificação.
A curva granulométrica define a distribuição das diferentes dimensões das
partículas enquanto a escala define a posição relativa aos quatros grupos:
pedregulhos, areias, siltes e argilas.
Existem várias escalas, mas as diferenças entre elas alteram sutilmente o
nome dado ao solo.

Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS


Prof. Lucas Manoel da Silva 9
| Sistemas de Classificação| Class. Granulométrica| Sistema AASHTO| Class. Unificada |

CLASSIFICAÇÃO GRANULOMÉTRICA

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas


MIT- Massachusetts Institute of Technology
USDA - Department of Agriculture
AASHTO - American Association of State Highway and Transportation Officials
USCS - Unified Soil Classification System (USACE - U.S. Army Corps of Engineers, U.S. Bureau of Reclamation
ASTM - American Society for Testing and Materials)
Fonte: Das, 2006

Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS


Prof. Lucas Manoel da Silva 10
| Sistemas de Classificação| Class. Granulométrica| Sistema AASHTO| Class. Unificada |

CLASSIFICAÇÃO GRANULOMÉTRICA

A identificação de amostras de solo pela granulometria inicia na


classificação nas duas grandes divisões, solos grossos (ásperos) ou solos
finos (macios ao tato).
Quando predominam grãos maiores que 2 mm, o solo deve ser classificado
como pedregulho.
Se percebida a predominância de grãos na faixa de 0,1 mm a 2 mm, deve
ser classificado como areia. Um exame mais acurado de areias permite a
classificação em areias grossas (ordem de grandeza 1mm), médias
(0,5mm) ou finas (0,1mm).
A classificação em solos grossos ou solos finos também pode ser feito com
auxílio de lavagem da amostra em uma peneira de 0,075mm (#200) e
avaliação da porcentagem retida.

Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS


Prof. Lucas Manoel da Silva 11
| Sistemas de Classificação| Class. Granulométrica| Sistema AASHTO| Class. Unificada |

CLASSIFICAÇÃO GRANULOMÉTRICA

Para a classificação do solo, segundo a textura, a partir da curva


granulométrica obtida em laboratório, serão determinadas as porcentagens
de cada fração de acordo com a escala adotada.
A fração predominante dará nome ao solo, que será adjetivado pela fração
imediatamente inferior em termos percentuais.

Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS


Prof. Lucas Manoel da Silva 12
| Sistemas de Classificação| Class. Granulométrica| Sistema AASHTO| Class. Unificada |

CLASSIFICAÇÃO GRANULOMÉTRICA

Para a classificação granulométrica podem-se utilizar as curvas


granulométricas indicando a finura do solo e a forma da curva, ou então,
através dos diagramas triangulares (triângulo de FERET).
Nos diagramas triangulares, fazem-se corresponder aos três lados do
triângulo as porcentagens respectivas de argila, silte e pedregulho e areia.
Os lados do triângulo são então divididos em segmentos representando as
porcentagens de 0 a 100 para cada uma dessas frações, num sentido
previamente estabelecido.

Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS


Prof. Lucas Manoel da Silva 13
| Sistemas de Classificação| Class. Granulométrica| Sistema AASHTO| Class. Unificada |

TRIÂNGULO DE FERRET 0 100

90
Classificação de um solo com: 10

– 49 % de areia 80
20
– 23 % de silte e
– 28 % de argila 30
70

ARGILA
60
40

50
50

40
ARGILA ARGILA
60 ARENOSA SILTOSA
30
70
AREIA SILTE
ARGILOSA ARGILOSO 20
80

10
90 AREIA SILTE
AREIA SILTOSA ARENOSO SILTE
0
100
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

% SILTE

Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS


Prof. Lucas Manoel da Silva 14
| Sistemas de Classificação| Class. Granulométrica| Sistema AASHTO| Class. Unificada |

0 100
TRIÂNGULO DE FERRET
90
10

80
20

70
30
ARGILA
60
40

50
50

40
ARGILA ARGILA
60 ARENOSA SILTOSA
30
70
AREIA SILTE
ARGILOSA ARGILOSO 20
80

10
90 AREIA SILTE
AREIA SILTOSA ARENOSO SILTE
0
100
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

% SILTE

Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS


Prof. Lucas Manoel da Silva 15
| Sistemas de Classificação| Class. Granulométrica| Sistema AASHTO| Class. Unificada |

SISTEMA AASHTO

Sistema elaborado para uso dos engenheiros rodoviários, principalmente,


classificando os solos de acordo com a demanda para materiais de subleito
em rodovias.
Nesta classificação os solos são reunidos em grupos e subgrupos os "solos
granulares“ compreendem os grupos A-1, A-2, A-3 e os "solos finos" os
grupos A-4, A-5, A-6 e A-7, três dos quais divididos em subgrupos.

Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS


Prof. Lucas Manoel da Silva 16
| Sistemas de Classificação| Class. Granulométrica| Sistema AASHTO| Class. Unificada |

SISTEMA AASHTO

IP
A 7-6
A 2-7

A 7-5
A 6 ou A 2-6 A 2-7
10
A 4 ou A 2-4 A 5 ou A 2-5

40 LL

Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS


Prof. Lucas Manoel da Silva 17
| Sistemas de Classificação| Class. Granulométrica| Sistema AASHTO| Class. Unificada |

SISTEMA AASHTO

O melhor material de subleito é um solo bem graduado constituído


principalmente de pedregulho e areia, mas contendo pequena quantidade
de finos para servir de liga e enquadrado como A-1.

Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS


Prof. Lucas Manoel da Silva 18
| Sistemas de Classificação| Class. Granulométrica| Sistema AASHTO| Class. Unificada |

SISTEMA AASHTO

Solos mal graduados, como areias finas, são difíceis de serem


compactados para alcançar altas densidades e são menos desejáveis (ex:
solo A-3).
Solos contendo grande quantidade de finos são inadequadas como material
de subleito. Estes são classificados de A-4 a A-7, na ordem decrescente de
adequação como material de sub-leito.
Argila com altos valores de LL e LP estão sujeitos a amplas variações na
resistência durante os ciclos de secagem e umedecimento, o que é muito
indesejável. Quando estes solos estão presentes em quantidades
suficientes, o solo é enquadrado como A-6 e A-7.

Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS


Prof. Lucas Manoel da Silva 19
| Sistemas de Classificação| Class. Granulométrica| Sistema AASHTO| Class. Unificada |

SISTEMA AASHTO

Algumas modificações foram introduzidas na classificação original, entre as


quais a criação do chamado índice de Grupo (IG), um número inteiro
variando de 0 a 20 que define a "capacidade de suporte" do terreno de
fundação de um pavimento.
Os seus valores extremos representam solos ótimos (IG = 0) e solos
péssimos (IG = 20).
A determinação do IG, se baseia nos limites de Atterberg do solo e na
porcentagem do material fino que passa na peneira # 200.

Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS


Prof. Lucas Manoel da Silva 20
| Sistemas de Classificação| Class. Granulométrica| Sistema AASHTO| Class. Unificada |

SISTEMA AASHTO

O IG é determinado pela equação empírica

IG = 0,2.a +0,005.a.c +0,01.b.d

a= (P-35) → parcela do solo que passa na peneira #200 superior a 35% e


inferior a 75%, expressa por um número entre 0 e 40.
b= (P-15) → parcela do solo passando na peneira #200 for superior a 15%
e inferior a 55%, expressa por um número entre 0 e 40.
c= (LL-40) → parcela do limite de liquidez superior a 40% e inferior a 60%,
expressa por um número entre 0 e 20.
d= (IP-10) → parcela do índice de plasticidade superior a 10% e inferior a
30%, expressa por um número entre 0 e 20.

Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS


Prof. Lucas Manoel da Silva 21
| Sistemas de Classificação| Class. Granulométrica| Sistema AASHTO| Class. Unificada |

SISTEMA AASHTO

Exemplo:
Porcentagem que passa #10 = 100%
Porcentagem que passa #40 = 100%
Porcentagem que passa #200 = 24%
Limite de Liquidez = 22%
Limite de Plasticidade = 20%

IP= LL-LP → IP= 22-20 = 2


a= (P-35) → a= 35-35 = 0 Como P<35%, adota-se 35.

b= (P-15) → b= 24-15 = 9
c= (LL-40) → c= 40-40 = 0 Como LL<40%, adota-se 40.
d= (IP-10) → d= 10-10 = 0 Como IP<10, adota-se 10.

Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS


Prof. Lucas Manoel da Silva 22
| Sistemas de Classificação| Class. Granulométrica| Sistema AASHTO| Class. Unificada |

SISTEMA AASHTO

Exemplo:
Porcentagem que passa #10 = 100%
Porcentagem que passa #40 = 100%
Porcentagem que passa #200 = 24%
Limite de Liquidez = 22%
Limite de Plasticidade = 20%

IG = 0,2xa +0,005xaxc +0,01xbxd

IG = 0,2x0 +0,005x0x0 +0,01x9x0

IG = 0

Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS


Prof. Lucas Manoel da Silva 23
| Sistemas de Classificação| Class. Granulométrica| Sistema AASHTO| Class. Unificada |

SISTEMA AASHTO

O quadro a seguir, mostra como são classificados os solos segundo o TRB


Determina-se o grupo do solo, por eliminação da esquerda para a direita.
O primeiro grupo a partir da esquerda, com o qual os valores do solo
ensaiado coincidir, será a classificação correta.

Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS


Prof. Lucas Manoel da Silva 24
| Sistemas de Classificação| Class. Granulométrica| Sistema AASHTO| Class. Unificada |

SISTEMA AASHTO
Materiais siltosos e argilosos (p)
Materiais granulares (p)
Classificação (mais de 35% passando na
(35% ou menos passando na peneira nº 200)
Geral peneira de nº 200)
A-1 A-2 A-7
A-3 A-4 A-5 A-6 A-7-5
Grupo A-1-a A-1-b A-2-4 A-2-5 A-2-6 A-2-7
A-7-6
Peneiração % que
passa na peneira
Nº10 50 máx
Nº40 30 máx 50 máx 51 máx

Nº200 (p) 15 máx 25 máx 10 máx 35 máx 35 máx 35 máx 35 máx 36 mín 36 mín 36 mín 36 mín
Características da
fração que passa na
nº40:
Limite de Liquidez
40 máx 41 mín 40 máx 41 mín 40 máx 41 mín 40 máx 41 mín
(%)
Índice de
Plasticidade (%) 6 máx NP 10 máx 10 máx 11 mín 11 mín 10 máx 10 máx 11 mín 11 mín
Índice de Grupo (IG) 0 0 0 4 máx 8 máx 12 máx 16 máx 20 máx
Materiais que Pedra britada
Areia Fina Areia e areia siltosa ou argilosa Solos siltosos Solos argilosos
predominam pedregulho e areia
Comportamento
Excelente a bom Fraco a pobre
geral como subleito

Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS


Prof. Lucas Manoel da Silva 25
| Sistemas de Classificação| Class. Granulométrica| Sistema AASHTO| Class. Unificada |

SISTEMA UNIFICADO DE CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS - SUCS

Os solos são distribuídos da seguinte maneira:

• G (gravel) → pedregulhos
• S (sand) → areias
• M (mo) → siltes inorgânicos e areias finas
• C (clay) → argilas inorgânicas
• O (organic) → siltes e argilas orgânicas

Cada grupo é dividido em subgrupos de acordo com suas propriedades


índices mais significativas.

• W (well graded) → bem graduado


• P (poorly graded) → mal graduado
• H (high) → alta compressibilidade
• L (low) → baixa compressibilidade

Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS


Prof. Lucas Manoel da Silva 26
| Sistemas de Classificação| Class. Granulométrica| Sistema AASHTO| Class. Unificada |

SISTEMA UNIFICADO DE CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS - SUCS

Os pedregulhos e areias com pouco ou nenhum material fino são


subdivididos de acordo com suas propriedades de distribuição
granulométrica dentro de bem graduado (GW e SW) ou uniforme (GP e
SP). A expressão “bem graduado” expressa o fato de que a existência de
grãos com diversos diâmetros confere ao solo, em geral, melhor
comportamento, sob o ponto de vista da engenharia. Esta característica dos
solos granulares é expressa pelo “coeficiente de uniformidade” e pelo
“coeficiente de curvatura”.

D 60 D60 é o diâmetro abaixo do qual situam-se 60%,


Cu = em peso, das partículas
D 10
D30 é o diâmetro abaixo do qual situam-se 30%,
em peso, das partículas
D 230
Cc = D10 é o diâmetro abaixo do qual situam-se 10%,
D 60  D 10 em peso, das partículas

Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS


Prof. Lucas Manoel da Silva 27
| Sistemas de Classificação| Class. Granulométrica| Sistema AASHTO| Class. Unificada |

SISTEMA UNIFICADO DE CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS - SUCS

Para areias bem graduadas: Para pedregulhos bem graduados:


D 60 D 60
Cu =  Cu  6 Cu =  Cu  4
D 10 D 10
D 230
D 230 Cc =  1 Cc  3
Cc =  1  Cc  3 D 60  D 10
D 60  D 10

Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS


Prof. Lucas Manoel da Silva 28
| Sistemas de Classificação| Class. Granulométrica| Sistema AASHTO| Class. Unificada |

SISTEMA UNIFICADO DE CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS - SUCS

Como a fração fina nos solos pode ter substancial influência no


comportamento do solo, os pedregulhos e areias têm outras duas
subdivisões.
Aquelas com fração fina que servem como materiais de boa liga
(principalmente siltes) são enquadradas em GM ou SM.
Se os finos contêm argilas plásticas, os solos são do tipo GC ou SC.
Como característica complementar dos solos finos, é indicada sua
compressibilidade, sendo utilizados os termos alta compressibilidade (H) e
baixa compressibilidade (L) para os solos M, C ou O.

Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS


Prof. Lucas Manoel da Silva 29
| Sistemas de Classificação| Class. Granulométrica| Sistema AASHTO| Class. Unificada |

SISTEMA UNIFICADO DE CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS - SUCS

Para finos a propriedade índice mais importante é o limite de consistência.


Sendo assim, Casagrande criou o Gráfico de Plasticidade, montado a partir
dos limites de consistência dos solos finos, usado para subdividir as argilas
dos siltes, tanto na classificação dos solos finos quanto da fração fina dos
solos grossos.

Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS


Prof. Lucas Manoel da Silva 30
| Sistemas de Classificação| Class. Granulométrica| Sistema AASHTO| Class. Unificada |

SISTEMA UNIFICADO DE CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS - SUCS


Na quinta região, hachurada, com LL < 50% e 4% < IP < 7%, há
superposição nas propriedades dos solos argilosos e siltosos. Nessa região
o solo deverá ter um símbolo duplo, CL-ML.

60

Índice de Plasticidade (IP) 50

40

30

20

10
7
4
CL - ML
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Limite de Liquidez (LL)


Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS
Prof. Lucas Manoel da Silva 31
| Sistemas de Classificação| Class. Granulométrica| Sistema AASHTO| Class. Unificada |

SISTEMA UNIFICADO DE CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS - SUCS


A linha vertical LL = 50% separa os solos de alta plasticidade (MH, CH) dos
de baixa plasticidade (ML, CL), baseando-se na observação empírica de
que a compressibilidade do solo cresce com o LL.

60

Índice de Plasticidade (IP) 50 CH

40

30
CL
20

10
MH
7
4
CL - ML ML
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Limite de Liquidez (LL)


Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS
Prof. Lucas Manoel da Silva 32
| Sistemas de Classificação| Class. Granulométrica| Sistema AASHTO| Class. Unificada |

SISTEMA UNIFICADO DE CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS - SUCS


A Linha A é uma fronteira arbitrária entre as argilas inorgânicas (CL e CH),
que estão acima desta linha, e os siltes inorgânicos e argilas orgânicas (ML,
MH, OL e OH).

60

Índice de Plasticidade (IP) 50 CH

40

30
CL
20

10
MH OH
7
4
CL - ML ML OL
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Limite de Liquidez (LL)


Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS
Prof. Lucas Manoel da Silva 33
| Sistemas de Classificação| Class. Granulométrica| Sistema AASHTO| Class. Unificada |

SISTEMA UNIFICADO DE CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS - SUCS


Na última revisão do Sistema Unificado foi introduzida a Linha U que
estabelece um limite superior empírico para os solos naturais. Qualquer
ponto que venha se situar acima dessa linha deve ter os resultados dos
ensaios verificados.

60

Índice de Plasticidade (IP) 50 CH

40

30
CL
20

10
MH O
7 H
4
CL - ML ML OL
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 10
0
Limite de Liquidez (LL)
Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS
Prof. Lucas Manoel da Silva 34
| Sistemas de Classificação| Class. Granulométrica| Sistema AASHTO| Class. Unificada |

SISTEMA UNIFICADO DE CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS - SUCS


A Linha U,inicia-se na vertical para LL = 16% até IP = 7% e a partir desse
ponto é representada por:
Linha U → IP = 0,9 (LL - 8)

60

Índice de Plasticidade (IP)


50 CH

40

30
CL
20

10
MH O
7 H
4
CL - ML ML OL
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Limite de Liquidez (LL)


Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS
Prof. Lucas Manoel da Silva 35
| Sistemas de Classificação| Class. Granulométrica| Sistema AASHTO| Class. Unificada |

SISTEMA UNIFICADO DE CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS - SUCS


A Linha A é representada por:
Linha A → IP = 0,73(LL-20)

60

Índice de Plasticidade (IP)


50 CH

40

30
CL
20

10
MH OH
7
4
CL - ML ML OL
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Limite de Liquidez (LL)

Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS


Prof. Lucas Manoel da Silva 36
| Sistemas de Classificação| Class. Granulométrica| Sistema AASHTO| Class. Unificada |

SISTEMA UNIFICADO DE CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS - SUCS

Além do gráfico de plasticidade, o Sistema Unificado de Classificação dos


Solos ainda possui um método auxiliar na identificação dos solos em
laboratório, como apresentado no esquema a seguir.

Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS


Prof. Lucas Manoel da Silva 37
| Sistemas de Classificação| Class. Granulométrica| Sistema AASHTO| Class. Unificada |

SISTEMA UNIFICADO DE CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS - SUCS

Exame Táctil-Visual do Solo

Grosso Orgânico Fino

Em casos limites, determinar % partículas Ø 0.074mm (#200)

Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS


Prof. Lucas Manoel da Silva 38
| Sistemas de Classificação| Class. Granulométrica| Sistema AASHTO| Class. Unificada |

SISTEMA UNIFICADO DE CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS - SUCS

Orgânico – Pt
Estrutura fibrosa, cor
escura, cheiro.Teor de
umidade alto,restos de
vegetais ou animais

Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS


Prof. Lucas Manoel da Silva 39
| Sistemas de Classificação| Class. Granulométrica| Sistema AASHTO| Class. Unificada |

Grossos % Partículas Ø < 0.074mm (#200) < 50%

% que passa # 4 < 50 % que passa # 4 > 50


Pedregulho (G) Areias (S) da fração grossa

% que passa % que passa % que passa # 200 % que passa % que passa
# 200 > 12 # 200 < 5 entre 5 - 12 # 200 < 5 # 200 > 12

LL – LP Curva Casos limites Curva LL – LP


Solo que passa # 40 granulométrica símbolo duplo granulométrica Solo que passa # 40
função da
LINHA A LINHA A
plasticidade e
Abaixo Acima granulometria Abaixo Acima
IP < 4 IP > 7 IP < 4 IP > 7

Acima Bem Mal Bem Mal Acima


4<IP<7 graduada graduada graduada graduada 4<IP<7

GM GM-GC GC GW GP SW SP SM SM-SC SC

Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS


Prof. Lucas Manoel da Silva 40
| Sistemas de Classificação| Class. Granulométrica| Sistema AASHTO| Class. Unificada |

Finos % partículas Ø < 0,074mm (#200) > 50%

Ensaios LL - LP
partículas Ø < 0,42mm (#40)

LL < 50 LL > 50

Abaixo Acima
Acima Abaixo Acima
ou IP < 4 4 < IP < 7

CL Cor, cheiro, LL, LP: Cor, cheiro, LL, LP: CH


solo natural e solo natural e
seco em estufa seco em estufa

Orgânicos Inorgânicos Orgânicos Inorgânicos

OL ML ML - CL OH MH
Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS
Prof. Lucas Manoel da Silva 41
| Sistemas de Classificação| Class. Granulométrica| Sistema AASHTO| Class. Unificada |

Grosso Orgânico – Pt
Exame de Solo Estrutura fibrosa, cor escura, cheiro.
Táctil-Visual Teor de umidade alto, restos de
Fino vegetais ou animais

Em casos limites, determinar % partículas Ø 0,074mm (#200)


Grossos Finos
% partículas Ø < 0.074mm (#200) < 50% % partículas Ø < 0,074mm (#200) > 50%

Ensaio de peneiramento Ensaios LL - LP


partículas Ø < 0,42mm (#40)

% que passa # 4 < 50 % que passa # 4 > 50


LL < 50 LL > 50
Areias (S) LINHA A LINHA A
Pedregulho (G)
da fração grossa
Acima Acima Abaixo Acima
4<IP<7
% passa % passa % passa # 200 % passa % passa Abaixo
# 200 > 12 # 200 < 5 entre 5 - 12 # 200 < 5 # 200 > 12 CL ou IP < 4 CH
ML - CL
LL – LP Curva Casos Limites Curva LL – LP
Solo passante # 40 granulo- Símbolo duplo granulo- Solo passante # 40 Cor, cheiro, LL, LP: Cor, cheiro, LL, LP:
função da solo natural e seco solo natural e seco
LINHA A métrica métrica LINHA A
plasticidade e em estufa em estufa
Abaixo Acima granulometria Abaixo Acima
ou IP<4 IP > 7 ou IP<4 IP > 7
Acima Bem Mal Bem Mal Acima Orgânicos Inorgânicos Orgânicos Inorgânicos
4<IP<7 graduada graduada graduada graduada 4<IP<7

GM GM-GC GC GW GP SW SP SM SM-SC SC OL ML OH MH

Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS


Prof. Lucas Manoel da Silva 42
| Sistemas de Classificação| Class. Granulométrica| Sistema AASHTO| Class. Unificada |

CLASSIFICAÇÃO PARA SOLOS TROPICAIS

Tendo em vista que o Sistema Unificado de Classificação dos Solos não se


tem mostrado satisfatório para solos tropicais, em face do seu
comportamento diferenciado, uma classificação mais apropriada aos solos
tropicais, com ênfase em projetos de estradas, foi proposta por Nogami e
Villibor, 1961, separando-se os solos em dois grupos:

• O primeiro com comportamento laterítico;


• O segundo com comportamento não-laterítico.

Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS


Prof. Lucas Manoel da Silva 43
| Sistemas de Classificação| Class. Granulométrica| Sistema AASHTO| Class. Unificada |

CLASSIFICAÇÃO PARA SOLOS TROPICAIS

São considerados lateríticos os solos:

• Resultam de um processo pedológico inerente aos perfis de solos bem


drenados, desenvolvidos em climas quentes e úmidos.
• Permanência da caolinita como argilo-mineral exclusivo, ou predominante,
e fração argila caracterizada pela riqueza em óxidos hidratados de ferro
e/ou alumínio.
• Os solos apresentam, ainda, macroestrutura e microestrutura porosas
características, sobretudo, em sua parte argilosa.
• Morfologia peculiar dos perfis naturais, caracterizada pela grande
espessura do horizonte pedológico, constituintes pouco nítidas, cores
típicas, macrofábrica aglomerada.

Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS


Prof. Lucas Manoel da Silva 44
| Sistemas de Classificação| Class. Granulométrica| Sistema AASHTO| Class. Unificada |

CLASSIFICAÇÃO PARA SOLOS TROPICAIS

A técnica permite avaliar propriedades fundamentais dos solos associados


à contração, permeabilidade, expansão, coeficiente de penetração d'água,
coesão, capacidade de suporte e famílias de curvas de compactação,
utilizando corpos-de-prova de dimensões reduzidas (50 x 50 mm).
O gráfico da classificação MCT é subdividido em sete regiões, onde os
solos de comportamento não-laterítico ocupam a parte superior e os de
comportamento laterítico estão situados na parte inferior do gráfico.
A cada uma das regiões foram associadas duas letras: a primeira letra N ou
L indica o comportamento não-laterítico ou laterítico e a segunda A, A', S',
G' complementam a classificação.
Há também uma referência ao tipo de mineral encontrado no solo (quartzo,
mica ou caulinita). No gráfico, os solos coesivos estão localizados à direita
e os não coesivos à esquerda.

Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS


Prof. Lucas Manoel da Silva 45
| Sistemas de Classificação| Class. Granulométrica| Sistema AASHTO| Class. Unificada |

CLASSIFICAÇÃO PARA SOLOS TROPICAIS

N – Solos de comportamento não-laterítico


L – Solos de comportamento laterítico

2,0

NA NS’ A - areias
1,5
NG’ A’ - arenosos

NA’ S’ - siltosos
e’

1,0 LA G’ - argilosos
LA’ LG’

0,5
0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5

c’
Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS
Prof. Lucas Manoel da Silva 46
| Sistemas de Classificação| Class. Granulométrica| Sistema AASHTO| Class. Unificada |

CLASSIFICAÇÃO PARA SOLOS TROPICAIS

A execução da metodologia MCT baseia-se resumidamente no seguinte


procedimento:
a) Compactação de cerca de 200 g de solo com diferentes umidades, em
molde cilíndrico de 50 mm de diâmetro, para determinação de curvas de
compactação (γd x w) em diferentes energias, ou número de golpes
aplicados por soquete padronizado e curvas correlacionando a redução
de altura do corpo-de-prova (Δh) em função do número de golpes
aplicados;

Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS


Prof. Lucas Manoel da Silva 47
| Sistemas de Classificação| Class. Granulométrica| Sistema AASHTO| Class. Unificada |

CLASSIFICAÇÃO PARA SOLOS TROPICAIS

Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS


Prof. Lucas Manoel da Silva 48
| Sistemas de Classificação| Class. Granulométrica| Sistema AASHTO| Class. Unificada |

CLASSIFICAÇÃO PARA SOLOS TROPICAIS

A execução da metodologia MCT baseia-se resumidamente no seguinte


procedimento:

b) Perda por imersão (Pi) dada pela relação percentual entre as massas
seca e úmida da parte primitivamente saliente desprendida por imersão,
cerca de 1,0cm, do molde de compactação.

Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS


Prof. Lucas Manoel da Silva 49
| Sistemas de Classificação| Class. Granulométrica| Sistema AASHTO| Class. Unificada |

CLASSIFICAÇÃO PARA SOLOS TROPICAIS

Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS


Prof. Lucas Manoel da Silva 50
| Sistemas de Classificação| Class. Granulométrica| Sistema AASHTO| Class. Unificada |

CLASSIFICAÇÃO PARA SOLOS TROPICAIS

A execução da metodologia MCT baseia-se resumidamente no seguinte


procedimento:

Os resultados obtidos são associáveis ao valor mini-MCV definido pela


expressão: mini-MCV = 10 log N
em que:
N é o número de golpes a partir do qual o solo compactado não sofre
redução sensível de altura (Δh ≤ 1 mm)

Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS


Prof. Lucas Manoel da Silva 51
| Sistemas de Classificação| Class. Granulométrica| Sistema AASHTO| Class. Unificada |

CLASSIFICAÇÃO PARA SOLOS TROPICAIS

A execução da metodologia MCT baseia-se resumidamente no seguinte


procedimento:

Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS


Prof. Lucas Manoel da Silva 52
| Sistemas de Classificação| Class. Granulométrica| Sistema AASHTO| Class. Unificada |

CLASSIFICAÇÃO PARA SOLOS TROPICAIS

A execução da metodologia MCT baseia-se resumidamente no seguinte


procedimento:

c) Determinam-se os parâmetros classificatórios C', d', P1 e e', onde:


C' é a inclinação da reta que passa pelo ponto de mini-MCV = 10,
interpolada entre os trechos retos das curvas mais próximas;
d' é a inclinação, multiplicada por 103, do ramo seco da curva de
compactação correspondente a 10 golpes;
Pi é determinado para o mini-MCV = 10 e na curva que relaciona as perdas
por imersão dos corpos-de-prova ensaiados e os mini-MCV’s
correspondentes, para ΔH = 2 mm;

Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS


Prof. Lucas Manoel da Silva 53
| Sistemas de Classificação| Class. Granulométrica| Sistema AASHTO| Class. Unificada |

CLASSIFICAÇÃO PARA SOLOS TROPICAIS


A execução da metodologia MCT baseia-se resumidamente no seguinte
procedimento:

d) Com os valores de e' e C', o solo é classificado em subclasses.

2,0

NA NS A - areias

1,5
NG’ A’ - arenosos

NA’ S’ - siltosos
e’

1,0 LA G’ - argilosos
LA’ LG’

0,5
0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5

c’
54
| Sistemas de Classificação| Class. Granulométrica| Sistema AASHTO| Class. Unificada |

CLASSIFICAÇÃO PARA SOLOS TROPICAIS

A necessidade de modificações por melhoria no processo de classificação


de solos tem trazido modificações nos métodos de ensaios desde 1981.
Procurando reduzir a complexidade dos procedimentos, Nogami e
Cozzolino (1985) introduziram o método expedito das pastilhas para tornar
a classificação mais rápida eficiente.
O método tem finalidade de tomar uma fração de solo que passa na peneira
de 0,42mm e, utilizando anéis metálicos, moldar corpos de prova que, uma
vez secos, fornecem a medida da contração diametral e, depois de
submetidas reabsorção de água são solicitados à resistência de penetração
de uma agulha padrão. Nogami e Villibor (1994) propuseram a classificação
MCT com o desenvolvimento da técnica expedita reunindo os valores da
contração diametral (Cd) e da penetração (p) das pastilhas em milímetros.

Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS


Prof. Lucas Manoel da Silva 55
| Sistemas de Classificação| Class. Granulométrica| Sistema AASHTO| Class. Unificada |

CLASSIFICAÇÃO PARA SOLOS TROPICAIS

Fonte: RAZIA, P.(2013)

Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS


Prof. Lucas Manoel da Silva 56
| Sistemas de Classificação| Class. Granulométrica| Sistema AASHTO| Class. Unificada |

CLASSIFICAÇÃO PARA SOLOS TROPICAIS

A necessidade de modificações por melhoria no processo de classificação


Para a classificação preliminar obtida por este método, tem-se uma tabela
que fornece o grupo MCT de acordo com a penetração e o valor de c’.
O coeficiente c’, que está presente no gráfico de classificação, é um fator
aproximadamente correlacionado com a granulometria assim, quanto maior
for seu valor, menor será o tamanho dos grãos que predominam no solo.
Para se obtê-lo, deve-se aplicar as seguintes equações:

Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS


Prof. Lucas Manoel da Silva 57
| Sistemas de Classificação| Class. Granulométrica| Sistema AASHTO| Class. Unificada |

CLASSIFICAÇÃO PARA SOLOS TROPICAIS


Coeficiente c’ Penetração p (mm) Grupo MCT
≤ 0,5 ≤ 3,0 LA
3,1 a 3,9 NA
≥ 4,0 NA/NS’
0,6 a 0,9 ≤ 2,0 LA – LA’
2,1 a 3,9 NA’/NS’
≥ 4,0 NS’/NA’
1,0 a 1,3 ≤ 2,0 LA’
2,1 a 3,9 NA’/NS’
≥ 4,0 NS’/NA’
1,4 a 1,7 ≤ 2,0 LA’ – LG’
2,1 a 3,9 NA’/NG’ – NS’
≥ 4,0 NS’ – NG’
≥ 1,8 ≤ 2,0 LG’
2,1 a 3,9 NG’
≥ 4,0 NG’
Fonte: VILLIBOR e NOGAMI (2009)

Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS


Prof. Lucas Manoel da Silva 58
| Sistemas de Classificação| Class. Granulométrica| Sistema AASHTO| Class. Unificada |

CLASSIFICAÇÃO PARA SOLOS TROPICAIS

A Tabela a seguir apresenta as propriedades típicas dos solos, segundo os


diferentes grupos classificatórios.

Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS


Prof. Lucas Manoel da Silva 59
| Sistemas de Classificação| Class. Granulométrica| Sistema AASHTO| Class. Unificada |

Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS


Prof. Lucas Manoel da Silva 60
ESTADO DE MARANHÃO
SECRETARIA DE ESTADO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
UNIVERSIDADE DA REGIÂO TOCANTINA DO ESTADO DO MARANHÂO
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE AÇAILÂNDIA
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, SOCIAIS, TECNOLÓGICAS E LETRAS
BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL

Você também pode gostar