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Técnico Superior de Segurança no Trabalho

Avaliação de Riscos na Atividade


Agropecuária e prestação de serviços Turísticos
e Cinegéticos

“O Monte do Alhinho – Turismo Rural Lda.”

Mértola, Janeiro de 2018

Francisco Alho
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Apresentação

Curso de Técnico Superior de Segurança no Trabalho

Título: Avaliação de Riscos na Atividade Agropecuária e prestação de serviços


Turísticos e Cinegéticos - “O Monte do Alhinho – Turismo Rural Lda.”

Autor: Francisco Manuel Ribeiro Alho

Empresa Beneficiária do Estágio: “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda”

Orientador da entidade Formadora: Eng. Rui José

Orientador da Entidade Beneficiária: Maria Odete Morais Ribeiro Alho

Trabalho final de Curso apresentado à entidade


formadora Espiral Soft, como parte dos requisitos para a
obtenção do Titulo Profissional de Técnico Superior de
Segurança no Trabalho.

I
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Agradecimentos

Em primeiro lugar um agradecimento especial à administração da empresa O Monte do


Alhinho – Turismo Rural, Lda. e a todos os colaboradores presentes no decurso do estágio
pela oportunidade que concederam.

A toda a equipa da entidade formadora Espiral Soft quer pelo empenho que tiveram na
transmissão de conhecimentos quer pela inteira disponibilidade para dar apoio sempre que
solicitado.

A todos os meus colegas do curso de Técnico Superior de Segurança no Trabalho, pelo


companheirismo, boa disposição, simpatia e colaboração demonstrada ao longo destes
meses.

Por último, mas não menos importante, um agradecimento especial á minha família e
amigos mais próximos pelo apoio fundamental que sempre demonstraram.

II
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Resumo

O presente trabalho insere-se no Curso de Formação Profissional, nomeadamente, na


formação de Técnico Superior de Segurança no Trabalho - Nível VI, instruída pela Espiral
Soft, Soluções Informáticas.

Refere-se ao estágio de 120 horas realizado por Francisco Manuel Ribeiro Alho,
Licenciado em Ciências de Engenharia Mecânica (pós Tratado de Bolonha), na empresa O
Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda. localizada em Mértola, Portugal.

O trabalho apresentado consistiu na avaliação de riscos profissionais a nível da


Segurança e Saúde no Trabalho nas tarefas relacionadas com os segmentos de atividade
desenvolvidos na empresa, nomeadamente na atividade Agropecuária, na prestação de
serviços cinegéticos serviços de Agroturismo.

A atividade Agropecuária, terá uma avaliação mais exaustiva, mas não mais importante
que as restantes atividades, já que se trata da atividade principal da empresa e exige um
maior número horas de trabalho anuais em diversas tarefas, tais como a operação de
máquinas agrícolas, manutenção de instalações e no tratamento de animais. Sendo que as
atividades relacionadas com a prestação de cinegéticos e de Agroturismo possuem um
carácter sazonal, não foi possível verificar todas as tarefas que decorrem ao longo do ano.
Desta forma pretende-se identificar todos os riscos existentes e fazer uma avaliação dos
mesmos com o intuído de identificar os pontos mais críticos no que respeita à Segurança e
Saúde no Trabalho dos colaboradores que intervêm e desta forma estabelecer medidas
preventivas adequadas a cada caso.

III
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Índice

Apresentação ................................................................................................................. I
Agradecimentos............................................................................................................ II
Resumo ........................................................................................................................ III
Índice de Tabelas ........................................................................................................ VII
Índice de Gráficos ........................................................................................................ IX
Índice de Figuras .......................................................................................................... X
Lista de Abreviaturas e Siglas .................................................................................... XI
Introdução ..................................................................................................................... 1
Capitulo I – Enquadramento Teórico da Segurança e Saúde no Trabalho ............... 3
1.1 A importância da Segurança e Saúde no Trabalho ........................................... 3
1.2 OMS – Organização Mundial da Saúde (WHO) ................................................ 4
1.3 OIT – Organização Internacional do Trabalho (ILO) ......................................... 5
1.4 AESST - Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho (EU-OSHA)
6
1.5 ACT – Autoridade Para as Condições do Trabalho........................................... 7
1.6 Legislação de Enquadramento da SST............................................................. 9
1.6.1 Código do Trabalho e SST ........................................................................ 9
1.6.2 Regime Jurídico para a Promoção da SST .............................................. 10
1.7 Certificação e Código Deontológico do Técnico Superior de ST ..................... 11
1.8 Relatório Único; .............................................................................................. 13
1.9 Organização dos Serviços de SST ................................................................. 14
1.9.1 O serviço interno ..................................................................................... 15
1.9.2 O serviço comum, (artigo 82º): ................................................................ 15
1.9.3 O serviço externo (artigo 83º): ................................................................. 16
1.10 Acidentes de Trabalho e doenças profissionais .......................................... 18
1.10.1 Consequências dos Acidentes ............................................................... 19
1.10.2 Custos diretos e indiretos da ocorrência de um acidente:....................... 20
1.10.3 Dados Estatísticos de Acidentes em Portugal ........................................ 21
1.10.4 Acidentes de trabalho mortais, segundo o Sector de Atividade .............. 22
1.10.5 Acidentes de Trabalho mortais por distrito.............................................. 25
1.10.6 Prevenção de acidentes ......................................................................... 26
1.11 Segurança no Trabalho ............................................................................... 28

IV
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

1.11.1 Fatores de Riscos Elétricos .................................................................... 28


1.11.2 Fatores de Riscos Mecânicos................................................................. 30
1.11.3 Fatores de Riscos Ergonómicos ............................................................. 30
1.11.4 Fatores de Riscos Psicossociais ............................................................ 31
1.12 Higiene do Trabalho .................................................................................... 31
1.12.1 Agentes Químicos .................................................................................. 31
1.12.2 Agentes Físicos ...................................................................................... 32
1.12.2.1 Ruído .................................................................................................. 32
1.12.2.2 Vibrações ............................................................................................ 33
1.12.2.3 Temperatura........................................................................................ 33
1.12.3 Agentes Biológicos ................................................................................. 34
1.13 Equipamentos de Medição .......................................................................... 34
1.13.1 Acelerómetro .......................................................................................... 34
1.13.2 Sonómetro.............................................................................................. 37
Capitulo II – Contextualização do estágio curricular e da entidade beneficiária ... 41
2.1 Contextualização do estágio ........................................................................... 41
2.2 Caracterização da Empresa Beneficiária do Estágio ...................................... 41
2.2.1 Sector de atividade .................................................................................. 42
2.2.2 Missão ..................................................................................................... 42
2.2.3 Visão ....................................................................................................... 42
2.2.4 Valores .................................................................................................... 42
2.2.5 Organograma .......................................................................................... 43
2.2.6 Organização dos serviços de SST da empresa ....................................... 43
Capitulo III – Atividades analisadas, Identificação de perigos e análise de riscos
associados .................................................................................................................. 44
3.1 Atividades desenvolvidas ............................................................................... 44
Capitulo IV – Medidas Preventivas e de Segurança Implementadas e Equipamentos de
Proteção Coletiva e Individual ................................................................................... 67
4.1 Medidas preventivas ....................................................................................... 67
4.2 Medidas de Proteção Coletiva (EPC) ............................................................. 68
4.3 Medidas de Proteção Individual (EPI) ............................................................. 70
4.4 Organização de emergência e sinalética ........................................................ 72
Capitulo VI – Avaliação de Riscos Profissionais ...................................................... 73
5.1 Noção de Perigo, Risco e Dano ...................................................................... 73
5.2 Processo de Avaliação e Controlo de Riscos Profissionais............................. 75

V
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

5.3 Método de Avaliação de Riscos Profissionais ................................................. 76


5.4 Tabelas de Avaliação de Riscos Profissionais ................................................ 81
Capitulo VII – Plano de Controlo de Riscos Profissionais ..................................... 124
Capitulo VIII – Análises e Recomendações ............................................................ 126
Conclusões ............................................................................................................... 128
Bibliografia ................................................................................................................ 129
Webgrafia .................................................................................................................. 130
Legislação ................................................................................................................. 131
1. Enquadramento legal de SST ....................................................................... 131
2. Acidentes de Trabalho e Doenças Profissionais ........................................... 132
3. Estatísticas da Sinistralidade laboral ............................................................ 132
4. Certificação profissional de Técnico e Técnico Superior de Segurança e Saúde
no Trabalho .................................................................................................................... 133
5. Licenciamento Industrial ............................................................................... 133
6. Locais de Trabalho ....................................................................................... 134
7. Agentes Biológicos ....................................................................................... 134
8. Equipamentos de Trabalho ........................................................................... 134
9. Segurança de Máquinas Novas .................................................................... 135
10. Segurança de Máquinas Usadas .................................................................. 135
11. Equipamentos de proteção individual ........................................................... 135
12. Movimentação Manuela de Cargas .............................................................. 136
13. Sinalização de Segurança ............................................................................ 136
14. Comércio e serviços ..................................................................................... 136
15. Agentes Físicos - Ruído ............................................................................... 136
16. Agentes Físicos - Vibrações ......................................................................... 137
17. Agentes Químicos – Enquadramento Geral.................................................. 137
Glossário ................................................................................................................... 138

VI
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Índice de Tabelas

Tabela 1 – Anexos do Relatório Único ........................................................................ 13


Tabela 2 - Acidentes de trabalho mortais por mês (2014-2017) .................................. 21
Tabela 3 – Acidentes de trabalho por secção do CAE, (2014-2017) ........................... 22
Tabela 4 – Acidentes de trabalho mortais por distrito, (2014-2017). ........................... 25
Tabela 5 – Princípios Gerais da prevenção. ............................................................... 27
Tabela 6 - Valores Limite de Exposição ao ruído ........................................................ 32
Tabela 7 - Valores Limite de Exposição à vibração..................................................... 33
Tabela 8 – Valores limite e valores de ação de exposição. ......................................... 35
Tabela 9 – VAE e VLE dadas pelo Decreto-lei n.º 182/2006, de 6 de setembro ......... 37
Tabela 10 - Descrição das atividades desenvolvidas. ................................................. 45
Tabela 11 – Atividades Desenvolvidas durante a realização do estágio. .................... 49
Tabela 12 – EPI’s existentes nas instalações. ............................................................ 71
Tabela 13 – Nível de Deficiência ................................................................................ 77
Tabela 14 – Nível de Exposição ................................................................................. 78
Tabela 15 – Nível de Probabilidade ............................................................................ 78
Tabela 16 – Nível de Severidade ................................................................................ 79
Tabela 17 – Níveis de Risco ....................................................................................... 79
Tabela 18 – Níveis de Controlo................................................................................... 80
Tabela 19 – Matriz de Avaliação de Riscos Profissionais de acordo com as atividades
analisadas durante a realização do estágio. ........................................................................ 81
Tabela 20 – Matriz de Controlo de Riscos profissionais de acordo com as atividade
analisadas durante a realização do estágio. ...................................................................... 124
Tabela 21 – Classificação dos riscos identificados ................................................... 126
Tabela 22 – Principal legislação relacionada com o enquadramento de SST. .......... 131
Tabela 23 – Principal legislação relativa a Acidentes de Trabalho e Doenças
Profissionais. ..................................................................................................................... 132
Tabela 24 – Principal legislação relativa aos dados estatísticos da sinistralidade laboral.
.......................................................................................................................................... 132
Tabela 25 – Principal legislação relacionada com a certificação de Técnico e Técnico
Superior de Segurança e Saúde no Trabalho .................................................................... 133
Tabela 26 – Principal legislação relativa ao Licenciamento Industrial. ...................... 133
Tabela 27 – Principal legislação relativa aos Locais de Trabalho. ............................ 134
Tabela 28 – Principal legislação relativa aos Agentes Biológicos. ............................ 134

VII
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Tabela 29 – Principal legislação relacionada com os Equipamentos de Trabalho..... 134


Tabela 30 - Principal legislação sobre a Segurança de Máquinas Novas ................. 135
Tabela 31 - Principal legislação sobre a Segurança de Máquinas Usadas ............... 135
Tabela 32 - Principal legislação relativa aos EPI´s.................................................... 135
Tabela 33 - Principal legislação relativa á movimentação manual de cargas ............ 136
Tabela 34 - Principal legislação relativa á sinalização de segurança. ....................... 136
Tabela 35 - Principal legislação relativa á segurança em edifícios de comercio e
serviços. ............................................................................................................................ 136
Tabela 36 - Principal legislação relativa ao Ruído..................................................... 136
Tabela 37 - Principal legislação relativa a Vibrações. ............................................... 137
Tabela 38 - Principal legislação relativa a Agentes Químicos ................................... 137

VIII
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Índice de Gráficos

Gráfico 1 – Evolução dos acidentes de trabalho mortais de 2014 a 2017. .................. 21


Gráfico 2 – Acidentes de trabalho mortais, por sector de atividade (2014-2017)......... 24
Gráfico 3 – Acidentes de trabalho mortais, por distrito, (2014-2017). .......................... 26
Gráfico 4 – Representação das incidências segundo o nível de risco. ...................... 127

IX
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Índice de Figuras

Figura 1 - Logotipo da Organização Mundial da Saúde. ............................................... 4


Figura 3 – Logotipo da Organização Internacional do Trabalho. ................................... 5
Figura 4 – Logotipo da AESST. .................................................................................... 6
Figura 5 – Logotipo da Autoridade para as Condições do Trabalho. ............................. 7
Figura 6 – Modalidade dos serviços de prevenção. .................................................... 14
Figura 7 – Garantia mínima de funcionamento dos Serviços Externos. ...................... 16
Figura 8 – Hierarquização dos acidentes de trabalho. ................................................ 19
Figura 9 – Iceberg de Heinrich. ................................................................................... 20
Figura 10 – Risco elétrico. .......................................................................................... 28
Figura 11 – Exemplo de riscos mecânicos. ................................................................. 30
Figura 12 – Exemplo de riscos ergonómicos. ............................................................. 30
Figura 13 – Exemplos de agentes químicos. .............................................................. 31
Figura 14 – Exemplo de risco de ruído. ...................................................................... 32
Figura 15 – Exemplo de risco de vibrações. ............................................................... 33
Figura 16 – Exemplo de riscos térmicos. .................................................................... 34
Figura 17 – Acelerómetro ........................................................................................... 35
Figura 18 – Medições de vibração com acelerómetros. .............................................. 36
Figura 19 – Sonómetro ............................................................................................... 37
Figura 20 – Escala Decibel. ........................................................................................ 39
Figura 21 – Logotipo de empresa O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda. ............ 41
Figura 22 – Localização da empresa O Monte do Alhinho, Lda. ................................. 42
Figura 23 - Organograma da empresa O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda. ..... 43
Figura 24 - Sistema de deteção e alarme contra incêndios. ........................................ 68
Figura 25 - Identificação de homologação do trator agrícola. ...................................... 69
Figura 26 - Extintores presentes nas instalações e tratores agrícolas......................... 69
Figura 27 – Alguns dos extintores existentes nas instalações..................................... 72
Figura 28 – Processo de Avaliação e Controlo de Riscos Profissionais ...................... 75
Figura 29 – Etapas de avaliação de riscos profissionais. ............................................ 76
Figura 30 – Esquema do método MARAT .................................................................. 77

X
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Lista de Abreviaturas e Siglas

ACT – Autoridade para as Condições do Trabalho


AESST – Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho (EU-OSHA)
AT – Acidente de Trabalho
EPC – Equipamento de Proteção Coletiva
EPI – Equipamento de Proteção Individual
HST – Higiene e Saúde no Trabalho
LMELT – Lesões Músculo-esqueléticas Ligadas com o Trabalho
MARAT – Método de Avaliação de Riscos de Acidentes de Trabalho
OIT – Organização Internacional do Trabalho (ILO)
OMS – Organização Mundial da Saúde (WHO)
ONU – Organização das Nações Unidas (UN)
PGP – Princípios Gerais da Prevenção
RU – Relatório Único
SHT – Segura e Higiene no Trabalho
SST – Segurança e Saúde no Trabalho
ST – Segurança no Trabalho
TDF – Tomadas de Força
TSST – Técnico Superior de Segurança no Trabalho
TST – Técnico de Segurança no Trabalho
UV – Raios Ultra Violeta
VAE – Valor de Ação de Exposição
VLE – Valor Limite de Exposição

XI
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Introdução

A política de Segurança e Saúde ao ser implantada tem como principal objetivo a


definição das medidas necessárias à prevenção e minimização de todos os riscos para a
Segurança e Saúde dos trabalhadores e de terceiros.

“ Homem morreu em acidente com trator”

“Um homem morreu, este sábado, em Góis, devido a um acidente com um trator
quando realizava trabalhos agrícolas, disseram fontes dos bombeiros…”1

Noticias como estas surgem com cada vez maior frequência no nosso dia-a-dia e
chegam ao nosso conhecimento através dos diversos meios de comunicação a que
temos acesso. Ao mesmo tempo ouvem-se cada vez mais notícias de campanhas de
sensibilização para a melhoria das condições de trabalho e cumprimento de regras de
segurança.

No final do século XVIII, altura em que se dá a Revolução Industrial, as


necessidades de produção em grande escala eram enormes, e os trabalhadores eram
considerados apenas um meio para alcançar o produto final. Não existia qualquer
preocupação pelo seu bem-estar ou segurança. A carga horária de trabalho era enorme,
não existia qualquer preocupação pelos direitos dos operários e ainda, verificava-se a
exploração de crianças e mulheres como fonte de mão-de-obra barata. A conjugação
destes fatores implicou a ocorrência de um grande número de acidentes de trabalho
(incêndios, explosões) bem como ao aparecimento de novas doenças profissionais

1 1
Jornal de Noticias – Edição Online – 11/05/2013
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

(surdez, aparecimento de tumores, etc.) derivados à falta de experiência dos operários, a


não existência de equipamentos de proteção e às próprias condições do trabalho em si
(ambiente de trabalho e higiene). É nesta altura, em que o conceito de HST começa a ter
relevância, após a constatação das chefias da necessidade de implementação de
medidas de proteção aos trabalhadores e inclusive com os locais de trabalho onde se
verificavam maiores riscos do aparecimento de doenças ou ocorrência de acidentes. Em
1802, o governo britânico aprova a 1ª lei para proteção dos trabalhadores que estabelece
o limite de 12 horas de trabalho.

No ano de 1890 é realizada a Conferência de Berlim, que contou com a participação


de 14 países com o objetivo em comum de fazer aprovar a 1ª legislação no que concerne
à HST. De referir, que anos mais tarde esta associação deu lugar à OIT - Organização
Internacional do Trabalho.

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Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Capitulo I – Enquadramento Teórico da Segurança e Saúde


no Trabalho

1.1 A importância da Segurança e Saúde no Trabalho

A aplicação de uma política de Segurança e Saúde no Trabalho implica a


implementação de normas e procedimentos que proporcionem condições apropriadas
para, por um lado, prever e controlar os riscos humanos e materiais inerentes às
atividades e procedimentos e que, por outro lado, prevejam as necessidades de eliminar
os denominados riscos do ambiente. Estes riscos, geralmente culminam em condições
de higiene insatisfatórias, em doenças profissionais de gravidade variável, constituindo,
necessariamente um instrumento indissociável das metas e objetivos globais de
qualidade das organizações.

Desta forma, a avaliação e monitorização periódica das presumíveis fontes de risco,


a aplicação de medidas preventivas e de proteção e a adequação aos diplomas legais
aplicáveis, são fatores a que as organizações devem dar especial atenção.

Como em qualquer outra atividade, o trabalhador, no seu posto de trabalho


encontra-se rodeado de uma diversidade muito grande de fatores de risco que derivam
do seu posto de trabalho, dos materiais, dos equipamentos, dos processos, do espaço
disponível, da movimentação de cargas, materiais e pessoas, do meio ambiente (pó,
ruído, vibrações, etc.), fatores estes que normalmente estão na origem direta dos danos.

O que é preciso ter em conta é que não existe uma separação entre cada um dos
tipos de fatores. Por exemplo, um problema familiar de um funcionário (fator humano),
pode levá-lo a uma desconcentração na execução de uma tarefa e que causaria um
acidente, o que seria normalmente atribuído a um fator material, como por exemplo, mau
estado dos materiais.

Ambos os fatores podem estar na génese de um acidente com consequências e


por hábito, sempre se olha para o que aparentemente originou o dano, mas não se olha
um pouco mais para trás e se investiga o que esteve na origem da falha desse fator.
Muitas vezes, o principal causador do acidente encontra-se mais atrás na cadeia de
acontecimentos que levaram à produção desse acidente, mas a responsabilidade é
atribuída apenas ao último fator antecessor do acidente.

De referir que muitos trabalhadores acreditam ter capacidades autossuficientes


para evitar, minimizar ou pelo menos controlar a hipótese de virem a ser vítimas de

3
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

acidentes de trabalho, pois como eles referem, e passo a citar: “Oh! Já faço isto há
muitos anos!”

1.2 OMS – Organização Mundial da Saúde (WHO)

A Organização Mundial de Saúde (OMS) ou World Health Organization (WHO) é


uma instituição das Nações Unidas (ONU) composta por 193 Estados-membros, sendo
especializada na saúde global.

Figura 1 - Logotipo da Organização Mundial da Saúde.

Foi fundada em 7 de Abril de 1948 e tem a sua sede em Genebra, na Suíça. As


suas origens remontam às guerras do fim do século XIX (México, Crimeia), mas somente
após a Primeira Guerra Mundial a Sociedade das Nações criou o comitê de higiene, que
foi o embrião da atual OMS.

A OMS tem por objetivo desenvolver ao máximo possível o nível de saúde de todos
os povos. A saúde sendo definida nesse mesmo documento como um «estado de
completo bem-estar físico, mental e social e não consistindo somente da ausência de
uma doença ou enfermidade.»

Segundo a OMS, a verificação de condições de Higiene e Segurança consiste "num


estado de bem-estar físico, mental e social e não somente a ausência de doença e
enfermidade ".

A Higiene do Trabalho propõe-se combater, de um ponto de vista não médico, as


doenças profissionais, identificando os fatores que podem afetar o ambiente do trabalho
e o trabalhador, visando eliminar ou reduzir os riscos profissionais (condições inseguras
de trabalho que podem afetar a saúde, segurança e bem estar do trabalhador).

A Segurança do Trabalho propõe-se combater, também dum ponto de vista não


médico, os acidentes de trabalho, quer eliminando as condições inseguras do ambiente,
quer educando os trabalhadores a utilizarem medidas preventivas.

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Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

1.3 OIT – Organização Internacional do Trabalho (ILO)

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) ou International Labour


Organization (ILO) foi instituída como uma agência da Liga das Nações após a assinatura
do Tratado de Versalhes (1919), que deu fim à Primeira Guerra Mundial. A sua
Constituição corresponde à Parte XIII do Tratado de Versalhes.

Figura 2 – Logotipo da Organização Internacional do Trabalho.

A criação de uma organização internacional para as questões do trabalho baseou-


se em argumentos:

 Humanitários: condições injustas, difíceis e degradantes de muitos trabalhadores;


 Políticos: risco de conflitos sociais ameaçando a paz;
 Económicos: países que não adotassem condições humanas de trabalho seriam
um obstáculo para a obtenção de melhores condições em outros países.

Desenvolve o seu trabalho no âmbito da redução da pobreza, de uma globalização


justa e na melhoria das oportunidades para que mulheres e homens possam ter acesso
a trabalho digno e produtivo em condições de liberdade, equidade, segurança e dignidade
humana.

Num contexto marcado por mudanças cada vez mais rápidas, o empenho e os
esforços dos Membros e da Organização, com vista a cumprir o mandato constitucional
da OIT, nomeadamente através das normas internacionais do trabalho, e a colocar o
pleno emprego produtivo e o trabalho digno no âmago das políticas económicas e sociais,
deveriam pautar-se pelos quatro objetivos estratégicos da OIT.

1. Promover o emprego através da criação de um ambiente institucional e económico


sustentável;
2. Desenvolver e reforçar medidas de proteção social – segurança social e proteção
dos trabalhadores – sustentáveis e adaptadas às circunstâncias nacionais;
3. Promover o diálogo social e o tripartis-mo, como método mais adequado;

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Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

4. Respeitar, promover e aplicar os princípios e direitos fundamentais no trabalho, que


se revestem de particular importância, não só como direitos, mas também como
condições necessárias à plena realização de todos os objetivos estratégicos.

1.4 AESST - Agência Europeia para a Segurança e


Saúde no Trabalho (EU-OSHA)

A Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho (EU-OSHA) contribui


para tornar mais seguros, mais saudáveis e mais produtivos os locais de trabalho na
Europa. Promovendo uma cultura de prevenção de riscos para melhorar as condições de
trabalho na Europa.

Figura 3 – Logotipo da AESST.

O que faz?

 Campanhas: Promove a sensibilização nesta área e divulga informação sobre a


importância de que se reveste a saúde e segurança dos trabalhadores para a
estabilidade social e económica e o crescimento europeus.
 Prevenção: Concebe e desenvolve instrumentos práticos pensados para ajudar as
micro, pequenas e médias empresas a avaliar os riscos nos seus locais de trabalho
e a partilhar conhecimentos e boas práticas de saúde e segurança dentro dos
respetivos ramos de atividade e para além deles.
 Parcerias: Trabalha lado a lado com governos, organizações de empregadores e
de trabalhadores, organismos e redes da UE e empresas privadas.
 Investigação: Identifica e avalia riscos novos e emergentes no trabalho e integra a
saúde e segurança no trabalho em outras áreas de política, nomeadamente a
educação, a saúde pública e a investigação.

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Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

1.5 ACT – Autoridade Para as Condições do Trabalho

Figura 4 – Logotipo da Autoridade para as Condições do Trabalho.

A Autoridade para as condições do Trabalho (ACT) é um serviço central da


administração direta do Estado Português, dotado de autonomia administrava, que tem
como foco lidar com questões relativas à promoção da melhoria das condições de
trabalho, com sede em Lisboa e dispões atualmente de 32 serviços desconcentrados.

ACT, tem por missão a promoção da melhoria das condições de trabalho, através
da fiscalização do cumprimento das normas em matéria laboral e o controlo do
cumprimento da legislação relativa à segurança e saúde no trabalho, bem como a
promoção de políticas de prevenção dos riscos profissionais, quer no âmbito das relações
laborais privadas, quer no âmbito da Administração Pública.

A ACT prossegue, designadamente, as seguintes principais atribuições segundo a


lei orgânica da ACT – Decreto Regulamentar nº 47/2012 de 31Jul-artigo 2º

a) Promover, controlar e fiscalizar o cumprimento das disposições legais,


regulamentares e convencionais, respeitantes às relações e condições de trabalho,
designadamente as relativas à SST, de acordo com os princípios vertidos nas
Convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT), ratificadas pelo
Estado Português;
b) Promover ações de sensibilização e prestar informações com vista ao
esclarecimento dos sujeitos das relações laborais e das respetivas associações;
c) Promover o desenvolvimento, a difusão e a aplicação de conhecimentos científicos
e técnicos no âmbito da segurança e saúde no trabalho;
d) Promover a formação especializada nos domínios da segurança e saúde no
trabalho e apoiar as organizações patronais e sindicais na formação dos seus
representantes;
e) Promover e participar na elaboração de políticas de segurança e saúde no trabalho;
f) Promover a execução das políticas de segurança, saúde e bem -estar no trabalho;

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Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

g) Assegurar a gestão do sistema de prevenção dos riscos profissionais, visando a


efetivação do direito à saúde e segurança no trabalho;
h) Gerir o processo de autorização de serviços de segurança e saúde no trabalho;
i) Coordenar o processo de formação e certificação de técnicos superiores e técnicos
de segurança do trabalho, incluindo a gestão de eventuais fundos europeus para o
efeito;
j) Difundir a informação e assegurar o tratamento técnico dos processos relativos ao
sistema internacional de alerta para a segurança e saúde dos trabalhadores, bem
como a representação nacional em instâncias internacionais;
k) Assegurar o procedimento das contraordenações laborais e organizar o respetivo
registo individual;
l) Apoiar as entidades públicas e privadas na identificação dos riscos profissionais, na
aplicação de medidas de prevenção e na organização de serviços de segurança,
saúde e bem-estar no trabalho;
m) Emitir carteiras profissionais, nos termos da lei;
n) Exercer as competências em matéria de licenciamento industrial que lhe sejam
atribuídas por lei;
o) Exercer as competências em matéria de trabalho de estrangeiros que lhe sejam
atribuídas por lei;
p) Prevenir e combater o trabalho infantil, em articulação com os diversos
departamentos governamentais;
q) Colaborar com outros órgãos da Administração Pública com vista ao respeito
integral das normas laborais, nos termos previstos na legislação europeia e nas
Convenções da OIT, ratificadas por Portugal;
r) Sugerir as medidas adequadas em caso de falta ou inadequação de normas legais
ou regulamentares;
s) Recolher e analisar informação e elaborar relatórios regulares sobre o
funcionamento e a eficácia da ACT;
t) Proceder à conservação dos registos e arquivos, relativos a acidentes e incidentes
e à avaliação e exposição aos riscos referentes aos trabalhadores em caso de
encerramento da empresa;
u) Avaliar o cumprimento das normas relativas a destacamento de trabalhadores e
cooperar com os serviços de fiscalização das condições de trabalho de outros
Estados membros do espaço económico europeu, em especial no que respeita aos
pedidos de informação neste âmbito;
v) Prosseguir as demais atribuições que lhe forem conferidas por lei.

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Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

1.6 Legislação de Enquadramento da SST

1.6.1 Código do Trabalho e SST

O Código do Trabalho – Lei n.º 7/2009, de 12 de Fevereiro, no artigo.º 284 dá conta


que a matéria relacionada com a promoção da segurança e saúde no trabalho é
demasiado importante para ser legislada em meia dúzia de artigos. Assim, foi lançado
recentemente um diploma específico que regulamenta o regime jurídico da promoção e
prevenção da segurança e da saúde no trabalho.

O artigo 281.º estabelece os princípios gerais em matéria de segurança e saúde no


trabalho, indicando os direitos e as obrigações dos trabalhadores e dos empregadores,
conforme apresentado a seguir:

 O trabalhador tem direito a prestar trabalho em condições de segurança e saúde.


 O empregador deve assegurar aos trabalhadores condições de segurança e saúde
em todos os aspetos relacionados com o trabalho, aplicando as medidas
necessárias tendo em conta princípios gerais de prevenção.
 Na aplicação das medidas de prevenção, o empregador deve mobilizar os meios
necessários, nomeadamente nos domínios da prevenção técnica, da formação,
informação e consulta dos trabalhadores e de serviços adequados, internos ou
externos à empresa.
 Os empregadores que desenvolvam simultaneamente atividades no mesmo local
de trabalho devem cooperar na proteção da segurança e da saúde dos respetivos
trabalhadores, tendo em conta a natureza das atividades de cada um.
 A lei regula os modos de organização e funcionamento dos serviços de segurança
e saúde no trabalho, que o empregador deve assegurar.
 São proibidos ou condicionados os trabalhos que sejam considerados, por
regulamentação em legislação especial, suscetíveis de implicar riscos para o
património genético do trabalhador ou dos seus descendentes.
 Os trabalhadores devem cumprir as prescrições de segurança e saúde no trabalho
estabelecidas na lei ou em instrumentos de regulamentação coletiva de trabalho,
ou determinadas pelo empregador.

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Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

1.6.2 Regime Jurídico para a Promoção da SST

A Lei n.º 102/2009, de 10 de Setembro, vem regulamentar o regime jurídico da


promoção da segurança e saúde no trabalho, conforme estava previsto no artigo 284.º do
Código do Trabalho. Esta lei sofreu algumas atualizações, sendo a última feita através da
Lei n.º 28/2016, de 23 de Agosto.

Esta Lei aplica-se:

 A todos os ramos de atividade, nos sectores privado ou cooperativo e social;


 Ao trabalhador por conta de outrem e respetivo empregador, incluindo as pessoas
coletivas de direito privado sem fins lucrativos;
 Ao trabalhador independente;
 Ao serviço doméstico, sempre que compatível com as suas especificidades;
 Ao trabalho prestado sem subordinação jurídica, quando o prestador de trabalho se
considerar na dependência económica do beneficiário da atividade, sempre que
compatível com as suas especificidades.

No artigo 17.º, numero 1, encontram-se previstas as Obrigações do Trabalhador:

 Cumprir as prescrições de segurança e de saúde no trabalho estabelecidas nas


disposições legais e em instrumentos de regulamentação coletiva de trabalho, bem
como as instruções determinadas com esse fim pelo empregador;
 Zelar pela sua segurança e pela sua saúde, bem como pela segurança e pela saúde
das outras pessoas que possam ser afetadas pelas suas ações ou omissões no
trabalho, sobretudo quando exerça funções de chefia ou coordenação, em relação
aos serviços sob o seu enquadramento hierárquico e técnico;
 Utilizar corretamente e de acordo com as instruções transmitidas pelo empregador,
máquinas, aparelhos, instrumentos, substâncias perigosas e outros equipamentos
e meios postos à sua disposição, designadamente os equipamentos de proteção
coletiva e individual, bem como cumprir os procedimentos de trabalho
estabelecidos;
 Cooperar ativamente na empresa, no estabelecimento ou no serviço para a
melhoria do sistema de segurança e de saúde no trabalho, tomando conhecimento
da informação prestada pelo empregador e comparecendo às consultas e aos
exames determinados pelo médico do trabalho;
 Comunicar imediatamente ao superior hierárquico ou, não sendo possível, ao
trabalhador designado para o desempenho de funções específicas nos domínios da

10
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

segurança e saúde no local de trabalho as avarias e deficiências por si detetadas


que se lhe afigurem suscetíveis de originarem perigo grave e iminente, assim como
qualquer defeito verificado nos sistemas de proteção;
 Em caso de perigo grave e iminente, adotar as medidas e instruções previamente
estabelecidas para tal situação, sem prejuízo do dever de contactar, logo que
possível, com o superior hierárquico ou com os trabalhadores que desempenham
funções específicas nos domínios da segurança e saúde no local de trabalho.
 O artigo 20.º determinou que o trabalhador deve receber formação adequada no
domínio da segurança e saúde no trabalho, tendo em atenção o posto de trabalho
e o exercício de atividades de risco elevado.

1.7 Certificação e Código Deontológico do Técnico


Superior de ST

Segundo a Lei n.º42/2012, de 28 de agosto o título Profissional de Técnico Superior


de Segurança no Trabalho consiste numa certificação profissional que estabelece os
princípios e competências para o exercício da atividade profissional. Apenas os
detentores de título de TSST e TST válido podem exercer atividade profissional em
território nacional. A certificação profissional de Técnico Superior de Segurança no
Trabalho e de Técnico de Segurança no Trabalho permite aos profissionais participar na
definição da política da empresa, coordenar as atividades de prevenção e proteção,
avaliar e identificar os riscos inerentes à atividade laboral, integrar a prevenção nos
sistemas de informação e comunicação da empresa, programar e implementar medidas
de prevenção, preparar os mecanismos de formação e informação dos trabalhadores,
organizar a documentação e os registos, articular as relações com os organismos da rede
de prevenção, coordenar os processos de consulta e participação dos trabalhadores,
enquadrar o processo de utilização de recursos externos e por fim acompanhar os
processos conexos com a organização do trabalho.

A necessidade de atualização científica e técnica, e de formação contínua advém


do facto de não ser necessário a renovação do título profissional de TSST desde a
entrada em vigor da Lei n.º 42/2012, de 28 de agosto. Contudo, a cada período de 5 anos,
a ACT exige a atualização científica e técnica através da frequência em formação
contínua correspondente ao mínimo de 30 horas e de 100 hora de formação contínua
quando o titular tenha exercício profissional inferior a 2 anos.

11
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

De acordo com a Lei 42/2012, de 28 de Agosto, considera-se Técnico Superior de


Segurança no Trabalho, o profissional que organiza, desenvolve, coordena e controla as
atividades de prevenção de proteção contra riscos profissionais. São estabelecidos pelo
artigo 7.º da Lei n.º42/2012, de 28 de agosto os princípios do código deontológico do
técnico superior de segurança no trabalho e do técnico de segurança no trabalho,
segundo os quais, os técnicos detentores de título válido devem considerar para
desenvolver o exercício profissional.

Os princípios deontológicos indicados na Lei n.º 42/2012, de 28 de agosto são os


seguintes:

 Considerar a segurança e saúde dos trabalhadores como fatores prioritários da sua


intervenção;
 Basear a sua atividade em conhecimentos científicos e competência técnica e
propor a intervenção de peritos especializados, quando necessário;
 Adquirir e manter a competência necessária ao exercício das suas funções;
 Executar as suas funções com autonomia técnica, colaborando com o empregador
no cumprimento das suas obrigações;
 Informar o empregador, os trabalhadores e seus representantes, eleitos para a
segurança, higiene e saúde no trabalho, sobre a existência de situações
particularmente perigosas que requeiram uma intervenção imediata;
 Colaborar com os trabalhadores e os seus representantes, incrementando as suas
capacidades de intervenção sobre os fatores de risco profissional e as medidas de
prevenção adequadas;
 Abster-se de revelar segredos de fabricação, comércio ou processos de exploração
de que, porventura, tenham conhecimento em virtude do desempenho das suas
funções;
 Proteger a confidencialidade dos dados que afetem a privacidade dos
trabalhadores;
 Consultar e cooperar com os organismos da rede nacional de prevenção de riscos
profissionais.

Ainda, de acordo com Lei n.º 42/2012 de 28 de agosto, o não cumprimento o dos
princípios deontológicos constitui uma contraordenação punível com coima de €500 a
€1.000 imputável ao técnico de segurança no trabalho ou técnico superior de segurança
no trabalho. E todas as cláusulas contratuais têm efeito nulo quando violem os princípios
deontológicos ou obriguem o técnico de segurança no trabalho ou o técnico superior de
segurança no trabalho ao incumprimento dos seus deveres profissionais.

12
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

1.8 Relatório Único;

Conforme a Portaria nº 55/2010 de 21 de Janeiro estabeleceu o conteúdo e prazo


de entrega da informação sobre a atividade social da empresa, por parte do empregador,
prevista no artigo 32º da Lei nº 105/2009 de 14 de Setembro, que estabeleceu a
regulamentação do novo Código do Trabalho.

O Relatório Único é um documento elaborado pelos empregadores sobre a


atividade da empresa e que condensa a informação indispensável a prestar à
administração do trabalho e às autoridades de saúde, tendo um caracter obrigatório e a
sua entrega deve ser feita entre 16 de março e 15 de abril do ano seguinte ao qual o
relatório diz respeito.

O Relatório Único é um documento composto, para além do próprio relatório que


identifica o empregador, por 6 anexos que complementam a informação:

Tabela 1 – Anexos do Relatório Único

Anexos Conteúdo

A Quadro de Pessoal

B Fluxo de entrada e saída de trabalhadores

C Relatório anual de formação contínua

D Relatório anual das atividades do serviço de segurança e saúde

E Greves

F Informação sobre prestadores de serviço

Cabe ao Técnico Superior de Segurança e Saúde no Trabalho a responsabilidade


do preenchimento do Anexo D. O TSST deve fornecer toda a informação relativamente
às atividades dos serviços de segurança no trabalho, atividades desenvolvidas nos
domínios da segurança no trabalho e no âmbito da saúde no trabalho e também
informação relativa aos acidentes de trabalho e doenças profissionais registados.

A informação relativa ao Relatório Único deve ainda ser conservada durante 5 anos
pelo empregador.

13
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

O posto relatório, como tem um carácter informativo e regista toda a informação


relativa ao funcionamento do serviço de segurança e saúde no trabalho permite averiguar
o desempenho das medidas de prevenção para a segurança e saúde no trabalho,
possibilitando avaliar a adoção de novas medidas ou adequação das medidas existentes
de acordo com o objeto de trabalho.

1.9 Organização dos Serviços de SST

Segundo os artigos 73º a 110º da Lei nº 102/2009, alterados pela Lei 3/2014 de
28 de Janeiro, e sendo a sua versão mais recente atualizada pela Lei n.º 28/2016, de 23
de Agosto, o empregador deve organizar o serviço de segurança e saúde no trabalho de
acordo com as seguintes modalidades:

 Serviço interno;
 Serviço comum;
 Serviço externo.

Figura 5 – Modalidade dos serviços de prevenção.

14
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

1.9.1 O serviço interno

 É constituído pelo empregador;


 Constitui parte integrante da empresa;
 Abrange os trabalhadores por cuja segurança e saúde o empregador é responsável;

O Serviço Interno é obrigatório quando a empresa abrange (artigo 78.º):

 “O estabelecimento que tenha pelo menos 400 trabalhadores;


 O conjunto de estabelecimentos distanciados até 50 km daquele que ocupa maior
número de trabalhadores e que, com este, tenham pelo menos 400 trabalhadores;
 O estabelecimento ou conjunto de estabelecimentos que desenvolvam atividades
de risco elevado, nos termos do disposto no artigo seguinte, a que estejam expostos
pelo menos 30 trabalhadores”.

O empregador pode, através de autorização do organismo competente do ministério


que tutela a área laboral (no domínio da segurança e higiene) e do organismo competente
do ministério que tutela a área da saúde (no domínio da saúde do trabalho), obter
dispensa, (artigo 80º), em relação ao estabelecimento em que:

 Não exerça atividades de risco elevado;


 Apresente taxas de incidência e de gravidade de acidentes de trabalho, nos últimos
dois anos, não superiores à média do respetivo sector;
 Não existam registos de doenças profissionais contraídas ao serviço da empresa;
 O empregador não tenha sido punido por infrações muito graves respeitantes à
violação da legislação de SST, nos últimos dois anos;
 Se verifique que são respeitados os valores limite de exposição a substâncias ou
fatores de risco.

1.9.2 O serviço comum, (artigo 82º):

 É instituído por acordo entre várias empresas ou estabelecimentos pertencentes a


sociedades que não se encontrem nas condições obrigatórias para serviços
internos;
 Abrange os trabalhadores por cuja segurança e saúde o empregador é responsável;

15
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

1.9.3 O serviço externo (artigo 83º):

 Desenvolvido por entidade que, mediante contrato com o empregador, realiza


atividade de SST
 O contrato entre o empregador e a entidade prestadora de serviços externos é
celebrado por escrito;
 Os serviços externos encontram-se obrigados a autorização prévia, a qual compete,
quer ao organismo competente para a promoção da segurança e saúde no trabalho
do ministério responsável pela área laboral, quer ao organismo competente do
ministério responsável pela área da saúde;

Figura 6 – Garantia mínima de funcionamento dos Serviços Externos.

São consideradas atividades de risco elevado (artigo 79º), todas aquelas que
impliquem:

 Trabalhos em obras de construção, escavação, movimentação de terras, de túneis,


com riscos de quedas de altura ou de soterramento, demolições e intervenção em
ferrovias e rodovias sem interrupção de tráfego;
 Atividades de indústrias extrativas;
 Trabalho hiperbárico;
 Atividades que envolvam a utilização ou armazenagem de produtos químicos
perigosos, suscetíveis de provocar acidentes graves;
 Fabrico, transporte e utilização de explosivos e pirotecnia;

16
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

 Atividades de indústria siderúrgica e construção naval;


 Atividades que envolvam contato com correntes elétricas de média e alta tensão;
 Produção e transporte de gases comprimidos, liquefeitos ou dissolvidos ou a
utilização significativa dos mesmos;
 Atividades que impliquem a exposição a radiações ionizantes;
 Atividades que impliquem a exposição a agentes cancerígenos, mutagénicos ou
tóxicos para a reprodução;
 Atividades que impliquem a exposição a agentes biológicos dos grupos 3 ou 4;
 Trabalhos que envolvam exposição a sílica.

De acordo com a legislação, artigos 103º a 110º, da Lei nº102/2009, o empregador


deve promover a realização de exames de saúde adequados aos riscos profissionais das
atividades laborais, por forma a comprovar e a avaliar a aptidão física e psíquica dos
trabalhadores para as desempenhar.

As atividades de saúde no trabalho são desenvolvidas por e asseguradas sob a


responsabilidade de um ou mais médicos do trabalho. Em empresa com mais de 250
trabalhadores, o médico do trabalho deve ser coadjuvado por um enfermeiro com
experiência adequada.

Devem ser realizados os seguintes exames de saúde:

 Exames de Admissão - Antes do início da prestação de trabalho ou, se a urgência


da admissão o justificar, nos 15 dias seguintes;
 Exames Periódicos - Anuais para os menores e para os trabalhadores com idade
superior a 50 anos, e de 2 em 2 anos param os restantes trabalhadores;
 Exames Ocasionais - Sempre que haja alterações substanciais nos componentes
materiais de trabalho que possam ter repercussão nociva na saúde do trabalhador,
bem como depois de uma ausência superior a 30 dias, por motivo de doença ou
acidente

17
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

1.10 Acidentes de Trabalho e doenças profissionais

Segundo a Lei 99/2003 de 27 de Agosto, acidente de trabalho define-se por: “o


sinistro, entendido como acontecimento súbito e imprevisto, sofrido pelo trabalhador que
se verifique no local e no tempo de trabalho”, sendo que o local de trabalho é “todo o lugar
em que o trabalhador se encontra ou deva dirigir-se em virtude do seu trabalho e que
esteja, direta ou indiretamente, sujeito ao controlo do empregador” e o tempo de trabalho
“o tempo além do período normal, o que precedo o seu inicio, em atos de preparação ou
com ele relacionados, e o que se lhe segue, em atos também com ele relacionados, e
ainda as interrupções normais ou forçosas de trabalho”.

Considera-se também acidente de trabalho o que ocorra:

 No trajeto de ida para o local de trabalho ou de regresso deste, nos termos definidos
em legislação especial;
 Na execução de serviços espontaneamente prestados e de que possa resultar
proveito económico para o empregador;
 No local de trabalho, quando no exercício do direito de reunião ou de atividade de
representante dos trabalhadores, nos termos previstos no Código;
 No local de trabalho, quando em frequência de curso de formação profissional ou,
fora do local de trabalho, quando exista autorização expressa do empregador para
tal frequência;
 Em atividade de procura de emprego durante o crédito de horas para tal concedido
por lei aos trabalhadores com processo de cessação de contrato de trabalho em
curso.
 Fora do local ou do tempo de trabalho, quando verificado na execução de serviços
determinados pelo empregador ou por este consentido.

Quando ocorre um acidente de trabalho, este não é devido a uma única causa, mas
sim a várias. Os acidentes são difíceis de justificar e o avaliador necessita de algum tempo
para estudar os mesmos. Este terá por objetivos proceder à identificação do acidente, às
causas para a sua ocorrência, medidas de correção bem como à definição dos prazos de
implementação das medidas corretivas (estes prazos deverão ser acordados entre o
avaliador e o próprio cliente/empregador).

Após a identificação das causas, têm que ser adotadas soluções/medidas para
evitar a recorrência do acidente, percebendo se as mesmas serão práticas e se de fácil
implementação. De referir que a consulta aos trabalhadores poderá ser uma forma de
averiguar se as medidas a implementar serão as mais adequadas.

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Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

O Técnico e/ou responsável HST não são os únicos responsáveis pela


implementação das medidas de correção, mas também ao empregador e aos
trabalhadores compete garantir o seu cumprimento. Assim, caberá ao empregador
promover e dar toda a formação necessária aos seus trabalhadores, enquanto os
trabalhadores, terão a obrigatoriedade do cumprimento das normas de segurança no seu
local de trabalho quer seja no manuseamento de máquinas e/ou atividades em que estão
inseridos.

Os acidentes poderão ser classificados e hierarquizados da seguinte forma:

Figura 7 – Hierarquização dos acidentes de trabalho.

1.10.1 Consequências dos Acidentes

Em certos casos, pior que o acidente são as consequências inerentes ao próprio


acidente. A pessoa que sofre o acidente, para além do sofrimento físico e moral, irá ter
uma diminuição do seu potencial de trabalho em termos psicológicos, uma
perda/diminuição do seu salário no caso de tratar-se de um acidente com baixa
temporária ou permanente. A própria família terá o seu padrão de vida afetado bem como
um sofrimento moral e aparecimento de novas preocupações.

Relativamente aos colegas de trabalho, estes poderão ser afetados


psicologicamente, gerando-se um mal-estar e inquietação no posto de trabalho consoante
o tipo de acidente ocorrido. Paralelamente, terão que acumular trabalho até à substituição
do colega acidentado que em certos casos não é imediata dada a especificidade do posto
de trabalho.

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Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

A empresa, para além da perda de mão-de-obra e tempo fica com uma má


“reputação”. Aquando de um acidente, dar-se-á a paragem e/ou estragos das máquinas,
perdas na produção e atrasos na fabricação do produto/processo final que originará, o
aumento dos custos operacionais. Mas ainda, o próprio país sofrerá uma baixa de
potencial Humano (uma vez que investiu na sua formação ao longo da sua vida) ou então
terá que suportar os custos de recuperação da vítima. Este acarretará com todo o
conjunto de efeitos negativos dos acidentes de trabalho.

1.10.2 Custos diretos e indiretos da ocorrência de um acidente:

Para além dos danos acima descritos, os acidentes implicam também custos para
as próprias empresas e para o Estado. Estes tipos de custos poderão ser diretos ou
indiretos. De salientar que os custos indiretos implicam custos 3 a 4 vezes mais que
diretos. Seguidamente identifica-se os custos intrínsecos mais comuns aquando da
ocorrência de um acidente:

Custos Diretos:

 Indeminizações ao trabalhador ou família;


 Pensões por morte ou invalidez;
 Despesas hospitalares;
 Despesas de transporte e deslocações;
 Despesas de formação.

Custos Indiretos:

 Substituição do trabalhador ou trabalhadores;


 Danos nos equipamentos, ferramentas, propriedade;
 Atrasos na concretização da atividade
 Aumento dos custos da atividade

Figura 8 – Iceberg de Heinrich.

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Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

1.10.3 Dados Estatísticos de Acidentes em Portugal

Tabela 2 - Acidentes de trabalho mortais por mês (2014-2017)

Mês 2014 2015 2016 2017

Janeiro 17 25 23 15
Fevereiro 2 10 17 5
Março 12 15 13 13
Abril 14 7 8 13
Maio 12 5 10 8
Junho 11 13 13 13
Julho 13 10 7 5
Agosto 11 12 13 7
Setembro 10 5 12 9
Outubro 17 21 7 6
Novembro 8 9 10 5
Dezembro 8 8 5 0
Total 135 140 138 99
(Fonte: Autoridade para as Condições no Trabalho, consultado a 30 de Novembro de 2017)

30

25
Nº de acidentes mortais

20

2014
15
2015

10 2016
2017
5

Gráfico 1 – Evolução dos acidentes de trabalho mortais de 2014 a 2017.

Na análise á tabela 2, é possível verificar que nos últimos 4 anos, o número de


acidentes de trabalho mortais em Portugal, manteve-se praticamente constante. Sendo

21
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

que em 2014 foi de 135 acidentes, em 2015 foi de 140 acidentes, em 2016 foi de 138
acidentes e em 2017 (30 Novembro de 2017) é de 99 acidentes. O que faz prever uma
redução do número de acidentes de trabalho mortais em Portugal até ao final de 2017.

Esta evolução deve-se essencialmente à implementação das medidas de


prevenção no trabalho, nomeadamente adoção de proteções coletivas, obrigatoriedade
no uso de proteção individual, à formação dos trabalhadores e consciência dos
empregadores da importância da SST.

Na análise ao gráfico 1, a evolução anual do número de acidentes de trabalho


mortais em Portugal revela-se favorável, ou seja, verifica-se uma redução absoluta, ainda
que ligeira, do número de acidentes de trabalho mortais. No entanto, nos meses de Março
e Julho apresentam um constante no número de acidentes de trabalho mortais e o mês
de Outubro apresente um pico de ocorrências. Apesar de se verificar um pico de
ocorrências no mês de Outubro a tendências existe uma tendência anual para a redução
do número de acidentes de trabalho mortais.

Os acidentes mortais no trabalho diminuíram no decorrer dos anos, mas há ainda


falhas na “cultura de prevenção mais instalada, uma preocupação com as novas
patologias dos riscos profissionais”, nomeadamente, o stresse no trabalho. ”Há uma
necessidade de olhar para o stresse no trabalho que é, atualmente, uma das principais
causas dos acidentes”.

1.10.4 Acidentes de trabalho mortais, segundo o Sector de Atividade

Tabela 3 – Acidentes de trabalho por secção do CAE, (2014-2017)

Secção
Designação 2014 2015 2016 2017
do CAE

Agricultura, Produção Animal, Caça, Floresta


A 20 27 17 9
e Pesca

B Indústrias Extrativas 4 4 5 1

C Indústrias Transformadoras 28 22 27 21

Eletricidade, Gás, Vapor, Água Quente e Fria


D 0 0 0 0
e Ar Frio
Captação, Tratamento e Distribuição de
E Água; Saneamento, Gestão de Resíduos e 1 2 2 1
Despoluição

F Construção 41 44 42 31

22
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Comércio por grosso e a retalho; Reparação


G 9 11 16 13
de veículos automóveis e motociclos

H Transportes e Armazenagem 10 12 12 6

I Alojamento, restauração e similares 4 0 1 2

J Atividades de Informação e de Comunicação 0 1 1 0

K Atividades Financeiras e de Seguros 1 0 0 1

L Atividades Imobiliárias 0 1 0 0

Atividades de Consultoria, Científicas,


M 1 1 1 1
Técnicas e Similares

Atividades Administrativas e dos Serviços de


N 9 11 10 9
Apoio

Administração Pública e Defesa; Segurança


O 2 0 0 3
Social Obrigatória

P Educação 1 0 1 0

Q Atividades de Saúde Humana e Apoio Social 1 0 1 1

Atividades Artísticas, de Espetáculos,


R 0 0 0 0
Desportivas e Recreativas

S Outras Atividades de Serviços 3 2 2 0

Atividades das Famílias Empregadoras de


T Pessoal Doméstico e Atividades de 0 0 0 0
Produção das Famílias para Uso Próprio
Atividades dos Organismos Internacionais e
U 0 0 0 0
Outras Instituições Extraterritoriais

CAE ignorada 0 2 0 0

Total 135 140 138 99

(Fonte: Autoridade para as Condições no Trabalho, consultado a 30 de Novembro de 2017)

23
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

2014 2015 2016 2017

50

45

40
Nº de acidentes mortais

35

30

25

20

15

10

Gráfico 2 – Acidentes de trabalho mortais, por sector de atividade (2014-2017).

Como é possível verificar no gráfico 2, o sector económico com mais número de


acidentes de trabalho mortais entre 2014 e 2017 é o sector da Construção (CAE F),
seguido do sector da Industria Transformadora (CAE C) e do sector da Agricultura,
Produção Animal, Caça, Floresta e Pesca (CAE A). Estes três sectores de atividade
económica representam cerca de 80% das ocorrências de acidentes de trabalho mortais
entre 2014 e 2017.

24
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

1.10.5 Acidentes de Trabalho mortais por distrito

Tabela 4 – Acidentes de trabalho mortais por distrito, (2014-2017).

Distrito 2014 2015 2016 2017

Aveiro 7 14 12 9

Beja 3 12 7 6

Braga 9 10 12 10

Bragança 2 5 2 1

Castelo Branco 2 1 2 2

Coimbra 3 9 2 3

Évora 5 2 2 0

Faro 7 6 3 8

Guarda 5 3 1 1

Leiria 10 9 15 3

Lisboa 21 18 21 14

Portalegre 2 2 3 1

Porto 18 20 20 16

Santarém 13 10 13 3

Setúbal 6 4 10 6

Viana do Castelo 12 4 2 4

Vila Real 8 2 5 9

Viseu 2 9 6 3

Total 135 140 138 99


(Fonte: Autoridade para as Condições no Trabalho, consultado a 30 de Novembro de 2017)

25
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

2014 2015 2016 2017

25
Nº de acidentes mortais

20

15

10

Gráfico 3 – Acidentes de trabalho mortais, por distrito, (2014-2017).

É possível verificar, através da análise do gráfico 3, que os distritos situados no


litoral de Portugal continental apresentam um número mais elevado de sinistralidade
laboral relativamente aos distritos do interior. O distrito de Lisboa e Porto apresentam os
valores mais elevados, enquanto nos distritos de Castelo Branco e Portalegre as
ocorrências são bastante mais reduzidas. Pode-se concluir que os valores da
sinistralidade são proporcionais á densidade populacional em cada distrito.

1.10.6 Prevenção de acidentes

A prevenção de acidentes consiste em todo o conjunto de medidas em todas as


fases de uma determinada empresa, estabelecimento ou serviço, com o objetivo de
eliminar ou diminuir os riscos profissionais a que estão normalmente expostos os
trabalhadores.

Os Princípios Gerais da Prevenção (PGP) surgem na Diretiva Quadro n.º


89/391/CEE de 12 de Junho quando se refere às obrigações gerais de entidade patronal
(artigo 6º), que tem a obrigação de tomar as medidas necessárias à defesa da segurança
e da saúde dos trabalhadores. Essas medidas, consagradas no Capítulo II, Artigo.º 15º
da Lei n.º 102/2009 de 10 de Setembro, (atualizadas recentemente pela Lei nº28/2016
de 23 de Agosto) deverão basear-se nos seguintes onze princípios gerais de prevenção:

26
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Tabela 5 – Princípios Gerais da prevenção.

(Fonte: Autoridade para as Condições no Trabalho, consultado a 21 de Maio de 2014)

Na análise ao quadro acima apresentado, podemos concluir que primeiramente


devemos eliminar os riscos e quando não seja possível, implementar então medidas de
prevenção.

As medidas de prevenção que poderão ser implementadas, poderão ser medidas


de proteção coletiva e medidas de proteção individual, sendo que as proteções coletivas
deverão ter sempre prioridade relativamente às segundas, uma vez que estas não
dependem do trabalhador.

27
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Proteção Coletiva

A implementação da proteção coletiva nos postos de trabalho tem por objetivo todos
os trabalhadores expostos a riscos profissionais. Esta atua na minimização dos riscos e
apresenta como principal vantagem, não depender do trabalhador.

Proteção individual

A proteção individual deve ser adotada quando não existam meios de proteção
coletiva. Consiste na utilização do equipamento de segurança específico para o tipo de
tarefa que o trabalhador execute, em ordem à proteção integral das partes mais sensíveis
do corpo, nomeadamente cabeça, olhos, tronco e membros.

1.11 Segurança no Trabalho

1.11.1 Fatores de Riscos Elétricos

A utilização da eletricidade exige vários cuidados, uma vez que quando são
negligenciados os devidos procedimentos de segurança esta fonte de energia pode
provocar não só danos patrimoniais, como também ser fatal ou causar lesões
profissionais irrecuperáveis.

A origem da maioria dos acidentes elétricos está relacionada com a falta de


informação, ou imprudência, de quem opera e utiliza recursos elétricos.

Principais causas de acidentes elétricos:

 Desconhecimento ou falta de formação para lidar com os riscos elétricos;


 Aparelhos e instalações em condições deficientes e desatualizados;
 Subestimação dos riscos.

Figura 9 – Risco elétrico.

28
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Regras Técnicas das Instalações Elétricas de Baixa Tensão

As Regras Técnicas das Instalações Elétricas de Baixa Tensão (RTIEBT),


estabelecidas pela Portaria nº 949-A/2006, definem as normas pelas quais o
estabelecimento e a exploração das instalações elétricas, assim como a utilização de
energia, devem ser regidas.

Estas regras visam garantir a segurança de todos os utilizadores mas também


assegurar que há condições para que as atividades económicas se desenvolvam,
reduzindo ao máximo os danos materiais.

Principais Perigos Elétricos

Os principais perigos elétricos resultam do contacto entre pessoas com a corrente


elétrica. Este tipo de contacto pode acontecer de forma direta, ou indireta, sendo que as
consequências do contacto com a energia elétrica podem resultar em queimaduras
graves e mesmo morte.

Contacto Direto

Acontece quando um indivíduo entra em contacto com uma parte ativa de um


circuito que está sob tensão. É o tipo de contacto que acontece quando alguém toca num
elemento condutor de um circuito.

Contacto Indireto

Acontece quando um indivíduo entra em contacto com massas (partes metálicas)


acidentalmente sob tensão. Ocorre, por exemplo, quando se toca na cobertura metálica
de uma máquina elétrica que por deficiência no isolamento está sob tensão elétrica.

Este tipo de contacto resulta de falhas no isolamento dos equipamentos elétricos,


geralmente causados pelo envelhecimento dos materiais dos mesmos.

29
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

1.11.2 Fatores de Riscos Mecânicos

Correspondem a um conjunto de fatores físicos que podem estar na origem de um


ferimento causado pela ação mecânica de equipamentos, máquinas, elementos de
máquinas, de ferramentas, de peças ou de projeções de materiais sólidos ou fluídos.

Figura 10 – Exemplo de riscos mecânicos.

1.11.3 Fatores de Riscos Ergonómicos

Os principais riscos capazes de originar alterações do sistema músculo-esquelético


a que os trabalhadores estão expostos são:

 Trabalho monótono / repetitivo;


 Movimentação Manual de Cargas;
 Trabalho com equipamento dotado de visor;
 Posições incorretas;

Figura 11 – Exemplo de riscos ergonómicos.

30
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

1.11.4 Fatores de Riscos Psicossociais

Os riscos psicossociais englobam as características das condições de trabalho e,


sobretudo, da sua organização, que afetam a saúde das pessoas através de mecanismos
psicológicos e fisiológicos. Manifestam-se através de problemas como o absentismo, a
rotação de pessoal, o stresse ou os defeitos de qualidade que, em conjunto, representam
importantes custos tanto em termos de saúde para as pessoas como económicos para a
empresa.

Quando ocorre um desequilíbrio entre as interações de, por um lado, o trabalho, o


seu ambiente, a satisfação no trabalho e as condições da sua organização e, por outro
lado, a capacidade do trabalhador, as suas necessidades, a sua cultura e a situação
pessoal fora do trabalho, aparece o risco de origem psicossocial.

 Carga de trabalho;
 Stresse;
 Autonomia.

1.12 Higiene do Trabalho

1.12.1 Agentes Químicos

Os riscos químicos presentes nos locais de trabalho são encontrados na forma


sólida, líquida e gasosa e classificam-se em: poeiras, fumos, névoas, gases, vapores,
neblinas, substâncias compostas e produtos químicos em geral.

Figura 12 – Exemplos de agentes químicos.

31
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

POEIRAS

São partículas sólidas geradas mecanicamente por rutura de partículas maiores. As


poeiras são classificadas em:

 Poeiras minerais (sílica, amianto, carvão mineral).


 Poeiras vegetais (algodão, cerais).
 Poeiras alcalinas (calcário)

1.12.2 Agentes Físicos

1.12.2.1 Ruído

Sempre que o trabalhador encontra-se exposto a um ambiente em que o nível


sonoro contínuo equivalente a um período de 8 horas é igual ou superior a 80 dBA,
existem grandes riscos para a sua saúde, nomeadamente, a deterioração progressiva da
sua capacidade auditiva, podendo mesmo atingir a surdez, aparecimento de fadiga, mau
estar físico, stresse e assim, desenvolver uma maior apetência para a ocorrência de
acidentes.

Tabela 6 - Valores Limite de Exposição ao ruído

Decreto-Lei nº 182/2006, de 6 de Setembro (artigo 3º, 8º e 11º)

Figura 13 – Exemplo de risco de ruído.

32
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

1.12.2.2 Vibrações

Este tipo de risco é frequente no manuseamento de máquinas portáteis, onde as


vibrações destas são transmitidas a todo o corpo do trabalhador, particularmente às mãos
e aos braços. Este tipo de vibrações poderá ser um grande risco para o trabalhador
quando este esteja exposto por longos períodos a este tipo de situação. Poderão surgir
mais tarde, doenças profissionais relacionadas com este fator (perturbações vasculares,
neurológicas, osteoarticulares, etc.).

Tabela 7 - Valores Limite de Exposição à vibração

Decreto-Lei nº 46/2006, de 24 de Fevereiro (artigo 3º)

Figura 14 – Exemplo de risco de vibrações.

1.12.2.3 Temperatura

Este tipo de riscos poderá causar queimaduras derivadas do contacto com objetos
a uma temperatura muito alta, por chamas ou explosões e pela radiação de fontes de
calor.

33
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Figura 15 – Exemplo de riscos térmicos.

1.12.3 Agentes Biológicos

Os agentes biológicos são microrganismos capazes de originar qualquer tipo de


infeção, alergia ou toxicidade no corpo humano. Da sua presença nos locais de trabalho
podem advir situações de risco para os trabalhadores.

Os agentes biológicos estão omnipresentes em todo o meio que nos rodeia e


coabitam com todos os seres vivos. Todavia, apenas uma pequena porção destes
microrganismos que abundam na natureza, provoca doenças nas pessoas. São os
microrganismos patogénicos que, englobando as bactérias, vírus, parasitas e fungos,
conseguem vencer as defesas do organismo humano e infetar os tecidos da pessoa
saudável. A patogenia é a capacidade de desenvolver uma doença.

1.13 Equipamentos de Medição

Durante a realização do presente estágio, não foi possível efetuar medições,


todavia iremos descrever de seguida os procedimentos para medição do ruído e
vibrações.

1.13.1 Acelerómetro

As vibrações podem afetar o conforto, reduzir o rendimento do trabalhado e causar


desordens fisiológicas, dando lugar ao desenvolvimento de doenças quando a exposição
for intensa.

34
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Os riscos devido a vibrações mecânicas tem efeitos sobre a segurança e saúde dos
trabalhadores e deles podem resultar perturbações músculo-esqueléticas neurológicas e
vasculares, para além de outras patologias.

A medição das vibrações são fundamentais para:

 Avaliar e controlar as situações de risco para a saúde;


 Determinar o momento ótimo de execução de manutenção a máquinas e
equipamentos.

O equipamento que regista a vibração converte a energia vibratória mecânica em


sinal elétrico e tem capacidade para medir o deslocamento e a velocidade ou aceleração.

Figura 16 – Acelerómetro

A avaliação e medição das vibrações estão reguladas através do Decreto-Lei nº


46/2006, de 24 de Fevereiro, que transpôs a Diretiva 20002/44/CE relativa às prescrições
mínimas de segurança e Saúde dos trabalhadores expostos ás vibrações mecânicas.

De acordo com esta Diretiva, o Valor Limite de Exposição (VLE) é o valor limite de
exposição pessoal diária, calculado num período de referência de oito horas, expresso
em metros por segundo quadrado, que não deve ser ultrapassado.

Tabela 8 – Valores limite e valores de ação de exposição.

Tendo em conta que:


 Valor limite de exposição (VLE): Valor da exposição pessoal, calculado num
período de referência de 8 horas, expresso em metros por segundo quadrado, que
não deve ser ultrapassado;

35
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

 Valor de ação de exposição (VAE): valor da exposição pessoal diária, calculado


num período de referência de 8 horas, expresso em metros por segundo quadrado,
que, uma vez ultrapassado, implica a tomada de medidas preventivas adequadas.

Sempre que seja excedido um valor limite de exposição, a periocidade mínima da


avaliação dos riscos é de dois anos

Figura 17 – Medições de vibração com acelerómetros.

A metodologia de avaliação da exposição às vibrações passará por:

 Determinar o local onde se deve colocar o acelerómetro;


 Estimar o tipo e os níveis de vibração;
 Selecionar o acelerómetro mais adequado em função do tipo de aceleração,
temperatura, humidade, campos elétricos e acústicos;
 Avaliar e determinar os pontos da máquina com maiores níveis de vibração;
 Registar os dados da máquina (fabricante, numero de serie, condições de
funcionamento);
 Realizar as medições nas condições normais de funcionamento da máquina.

A duração da medição deverá ser suficiente para garantir uma razoável exatidão
estatística e assegurar que a vibração medida seja representativa da exposição avaliada.

Durante o estágio realizado foi possível identificar várias tarefas onde a exposição
a vibrações é considerável, nomeadamente nas tarefas realizadas com tratores agrícolas,
equipamentos motorizados (roçadora) ferramentas elétricas. No caso do risco de
vibrações corpo inteiro estão presentes na utilização do trator agrícola, da roçadeira, do
distribuidor de fertilizante, do distribuidor de ração e corta-relva.

36
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

No que diz respeito às vibrações no sistema mão-braço foi possível identificar nos
seguintes equipamentos: rebarbadora, ferramentas pneumáticas, utilização da lavadora
de alta pressão, berbequim e corta-sebes.

1.13.2 Sonómetro

O Sonómetro é um instrumento de medida de intensidades sonoras, expressando


as medições em decibel (dB). Apresenta duas gamas de valores ("Low" e "High") a
primeira de 35 dB a 100 dB e a segunda de 65 dB a 130 dB, o que permite a leitura de
ruídos ambientais desde o ruído noturno até ao ruído extremo. É um instrumento muito
preciso e prático

Figura 18 – Sonómetro

O ruído é pois um agente físico que pode afetar de modo significativo a qualidade
de vida. Mede-se o ruído utilizando um instrumento denominado medidor de pressão
sonora, e a unidade usada como medida é o decibel ou abreviadamente dB.

Tabela 9 – VAE e VLE dadas pelo Decreto-lei n.º 182/2006, de 6 de setembro

Sempre que se atinjam valores iguais ou superiores aos níveis de ação inferior,
o empregador deve:

 Assegurar informação e formação adequada aos trabalhadores;

37
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

 Colocar á disposição equipamentos de proteção auditiva adequados ao ruido a que


os operadores estão expostos.
 Avaliar a exposição recorrendo à medição, com periocidade mínima anual.

Sempre que se atinjam valores iguais ou superiores aos níveis de ação


superior, o empregador deve:

 Delimitar e sinalizar os postos de trabalho;


 Desencadear um conjunto de medidas técnicas e organizacionais destinadas a
diminuir a produção e propagação do ruido.
 Limitar o acesso aos postos de trabalho apenas aos operadores indispensáveis;
 Garantir a vigilância medica e audiométrica da função auditiva dos trabalhadores,
com periodicidade anual ou inferior se o médico o entender.

Sempre que se atinjam valores iguais ou superiores aos valores limite de


exposição, o empregador deve:

 Tomar medidas imediatas para reduzir os níveis de ruido;


 Assegurar que a exposição ao ruido dos trabalhadores seja reduzida ao mínimo
possível e, em qualquer das situações, não ultrapasse os valores limite.

Sem medidas de controlo ou proteção, o excesso de intensidade do ruído, acaba


por afetar o cérebro e o sistema nervoso.

Quando se pretende levar a efeito ações de limitação do ruido, as medições


constituem um ponto de partida importante.

Com as medições do ruido pretende-se:

 Determinar se os níveis sonoros podem levar ou não a lesões auditivas


permanentes. Um nível de pressão sonora equivalente ou superior a 85 dB (A),
durante um turno de trabalho de 8 horas, deve conduzir a exames mais
aprofundados;
 Obter uma base útil para ações de redução de ruido sobre as máquinas e
equipamento;
 Assegurar que o nível sonoro não incomoda terceiros, por exemplo, em zonas
residenciais;
 Estudar as condições de conforto, em termos de qualidade acústica no ambiente
de trabalho.

38
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Figura 19 – Escala Decibel.

Para avaliar a exposição sonora dos trabalhadores ao ruido, é necessário ter em


conta o tempo de exposição. A avaliar pessoal diária é feita com aparelhos de medida,
que medem o nível sonoro contínuo equivalente ponderado A, durante uma dado intervalo
de tempo.

O sonómetro regista um nível global ou linear de energia sobe a totalidade do


espetro de 0 a 20000 Hz.

As medições devem ser realizadas de acordo com o que se encontra no Decreto-


lei nº 186/2006 de 06 de Setembro:

 Quando a presença do trabalhador é necessária, o microfone deve ser colocado a


uma distância entre 0,10 a 0,30 m em frente à orelha mais exposta do trabalhador;
 A direção de referência do microfone, deve ser, se possível a do máximo ruido,
determinado por um varrimento angular do microfone em torno da posição de
medida.

Na utilização do sonómetro é necessário respeitar as seguintes regras:

Verificar a bateria antes da utilização do equipamento;

 Calibrar o instrumento antes e no fim se se efetuarem as medições;


 Assegurar que a temperatura, a humidade e a pressão atmosférica não são
suscitáveis de causar avarias no microfone;
 Desenhar um croqui do locar e fazer algumas medições de controlo antes de anotar
os valores reais;
 Se o som vier de várias direções, é importante empregar um microfone e uma
montagem unidirecionais;

39
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

 Usar adequadamente o fundo de escala em dB do aparelho, para obter maior


precisão;
 Manter o sonómetro na extremidade dos braços estendidos ou utilizar uma
extensão para evitar a reflexão devida ao operador;
 Fazer as devidas correções quando se utiliza o cabo de extensão.

Durante as medições, o operador deve:

 Manter-se afastado das superfícies refletoras;


 Medir a uma distância adequada da fonte;
 Medir o nível de ruido de fundo;
 Não medir por detrás de obstáculos.

Decreto-lei n.º 186/2006 de 06 de Setembro: Transpõe para a ordem jurídica


interna a Diretiva n.º 2003/10/CE relativa às prescrições mínimas de segurança e saúde
respeitantes à exposição dos trabalhadores aos riscos devidos ao ruído.

Similarmente á exposição a vibrações, a exposição a ruído também não foi avaliada


quantitativamente, no entanto foram identificados todos os equipamentos e tarefas que
são suscetíveis de expor o trabalhador a níveis acima dos valores da ação de exposição.

Assim nos equipamentos e tarefas onde o risco de exposição ao ruído foi


identificado são: a utilização de rebarbadora, a utilização do maçarico de oxiacetileno, a
circulação em trator agrícola sem cabine, a utilização de ferramentas pneumáticas,
lavadora de alta pressão, utilização do moinho e misturador de ração, utilização do tapete
rolante e sem-fim, a utilização da roçadeira, utilização de máquinas agrícolas (trator com
distribuidor de fertilizante e distribuidor de ração), aspirador doméstico, utilização do
corta-relva e do corta-sebes. Sendo que os equipamentos que representam maior
preocupação dado á suspeita de que a exposição ao ruído provocada pode estar acima
do valor de ação, quer pelas suas características intrínsecas como pela sua antiguidade
e desgaste de funcionamento dos equipamentos são: o trator agrícola sem cabine,
rebarbadora, moinho e misturador de ração e as ferramentas pneumáticas. Nos restantes,
ainda que não efetuando medições, é previsível que a exposição ao ruído não ultrapasse
os valores de ação.

40
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Capitulo II – Contextualização do estágio curricular e da


entidade beneficiária

2.1 Contextualização do estágio

O estágio foi realizado nas instalações da empresa O Monte do Alhinho – Turismo


Rural, Lda., localizadas em Mértola, e permitiu concretizar e consolidar os conhecimentos
adquiridos no âmbito do curso de Técnico Superior de Segurança no Trabalho. Durante
as 120 horas de duração de estágio em contexto laboral, na realização e acompanhando
as tarefas relacionas com a atividade agropecuária e prestação de serviços cinegéticos e
de Agroturismo foi possível colaborar na identificação, avaliação e controlo de riscos
profissionais inerente às tarefas e métodos de trabalho utilizados.

2.2 Caracterização da Empresa Beneficiária do


Estágio

O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda., é uma empresa com atividades no sector
turístico, cinegético e agropecuário, sendo este ultimo o de maior expressão. Pretende
assegurar uma presença importante no mercado de criação de bovinos, ovinos e na
prestação de serviços turísticos com a garantia de um elevado nível de serviço, inovação
e qualidade.

Figura 20 – Logotipo de empresa O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.

Situa-se no Alentejo, concelho de Mértola, onde possui uma unidade de turismo


rural, uma zona de caça turística e uma área de produção agropecuária em regime
extensivo. Nas instalações onde opera possui apenas 2 colaboradores (ambos sócios
gerentes) a tempo inteiro.

41
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Figura 21 – Localização da empresa O Monte do Alhinho, Lda.

2.2.1 Sector de atividade

O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda. desenvolve atividade comercial no sector


primário, agropecuária e caça, e no sector terciário o turismo.

O sector económico de referência e o analisado no âmbito do estágio é o sector


Agropecuário, já que é o sector que decorre durante todo o ano e de forma continua. No
entanto, o sector de atividade cinegética e de agroturismo também será alvo de análise
tendo em consideração as principais situações/tarefas desempenhadas.

2.2.2 Missão

Construir um negócio nacional de criação, produção e comercialização de carne


bovina biológica, eficiente, sustentável com qualidade sob a marca O Monte do Alhinho,
aliado á partilha de experiências únicas e de excelência no quotidiano rural a nível
ambiental, social e sensorial.

2.2.3 Visão

Ser referência de qualidade e excelência a nível turístico, cinegético e no mercado


da produção de carne de bovino e ovino, no cotexto nacional.

2.2.4 Valores

 Eficiência e otimização de recursos


 Transparência e credibilidade

42
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

 Marca/mercado/consumidor
 Pessoas/colaboradores
 Empreendedorismo e inovação
 Sustentabilidade e responsabilidade social e ambiental

2.2.5 Organograma

Administração

Agropecuária Turismo Rural Atividade Cinegética

Produção Animal
Serviços

Figura 22 - Organograma da empresa O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.

2.2.6 Organização dos serviços de SST da empresa

A empresa O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda. tem os serviços de SST


organizados através da modalidade de serviços externos, conforme está previsto no
artigo 74º da Lei n.º 102/2009, de 10 de Setembro, com as alterações da Lei n.º 28/2016
de 23 de agosto.

Os serviços de segurança e saúde no trabalho, assim como os serviços de


segurança contra incêndio estão atribuídos a duas empresas externas e destintas.

43
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Capitulo III – Atividades analisadas, Identificação de perigos


e análise de riscos associados

3.1 Atividades desenvolvidas

Na análise das atividades/tarefas desenvolvidas foi analisado com maior atenção o


sector agropecuário da empresa, já que este envolve várias tarefas de risco para os
trabalhadores. As atividades analisadas estão divididas na componente agrícola que
compreende as tarefas realizadas com recurso a operação com máquinas agrícolas e na
componente pecuária que compreende o tratamento e maneio/contacto com os animais.
A este sector da empresa apenas estão afetos dois colaboradores, um a tempo inteiro e
outro trabalhador sazonal.

No entanto, o sector de atividade referente ao agroturismo foi analisado tendo em


consideração as medidas de segurança das inerentes às instalações e as principais
tarefas relacionadas com os trabalhos realizados no período de maior funcionamento da
unidade hoteleira. A este sector da empresa estão afetos dois colaboradores, um a tempo
inteiro e outro trabalhador sazonal.

Relativamente ao sector de atividade cinegético, apenas foi possível verificar uma


tarefa relacionada, dado ao seu carácter sazonal. Assim foram pedidas informações
sobre o seu funcionamento e sobre as principais tarefas desenvolvidas durante a
atividade cinegética para que seja possível avaliar e determinar os riscos associados à
atividade.

Dado ao carácter sazonal de alguma das atividade da empresa os recursos são


mobilizado de acordo com a demanda existente em cada período.

Na tabela 8 são indicadas e descritas as várias atividades e tarefas realizadas e


acompanhadas durante o período de estágio, mas também estão indicadas algumas das
tarefas relativas á atividade cinegética que possuem caráter sazonal.

44
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Tabela 10 - Descrição das atividades desenvolvidas.

Atividade 01 – Reparação de máquina agrícola (Grade de discos) - A reparação da


grade de discos compreende as etapas de desmontagem, substituição e montagem dos
componentes danificados. A desmontagem dos componentes é efetuada através da
libertação dos parafusos de fixação do veio da grade com recuso a ferramentas manuais
(chaves de parafusos) e ferramentas elétricas (rebarbadora). Após a libertação dos
parafusos o equipamento é elevado através da utilização de macaco hidráulico para que
seja possível retirar os componentes danificados do equipamento. Os componentes
danificados são transportados para as instalações e reparados/substituídos com recurso a
processos de corte (rebarbadora e maçarico) e soldadura. Quando os componentes
danificados são substituídos, é efetuado de novo o transporte dos componentes para o
campo e procedeu-se á sua montagem na grade de discos.

Atividade 02 – Manutenção de trator agrícola – As tarefas presentes durante a


manutenção de trator agrícola consistem na lavagem (lavadora de alta pressão) e
posicionamento do trator em espaço adequado para o efeito, na substituição dos
componentes em desgaste (filtros e fluídos de lubrificação) e verificação/inspeção da
integridade dos elementos de segurança ativa e passiva do trator agrícola.

Atividade 03 – Transporte/Transferência de Animais (Ovinos) – Para o


transporte/mudança dos animais é necessário recolher o rebanho que está disperso no
campo recorrendo a técnicas de maneio, cães pastor e parques de gado. Assim que que os
animais são recolhidos é feita a seleção dos animais através da leitura do identificativo
auricular e posterior separação para outros parques de gado. O Transporte dos animais é
feito através de veículo pesado apropriado, sendo que a carga e descarga dos animais do
veículo é efetuada com o recurso a um elevador de carga e devidamente apropriado para
gado.

Atividade 04 – Alimentação de Animais (Bovinos) – Nas tarefas executadas para a


alimentação dos animais (gado bovino), são utilizados diferentes processos e
equipamentos. A atividade inicia-se com a preparação da ração, que consiste em colocar
diferentes tipos e quantidades de cereais, compostos orgânicos e vegetais dentro do silo
do moinho e misturador. A alimentação do moinho e do misturador é feita recorrendo á
utilização de equipamentos de elevação (trator agrícola, tapete rolante e sem-fim) Quando
os elementos da ração são triturados e misturados é necessário colocar a mistura em sacos
de 1000kg cada, (big bags), que ficam armazenados até serem distribuídos aos animais. O
procedimento de distribuição da ração aos animais é realizada com recurso ao trator
agrícola munido de equipamento de distribuição de ração.

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Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Atividade 05 – Limpeza das instalações – A limpeza das instalações é realizada no


interior e no exterior das mesmas, recorrendo á utilização de equipamentos manuais e
equipamentos motorizados. A limpeza interior é uma tarefa pouco frequente, já que apenas
é realizada uma a duas vezes por ano e consiste em recolher os dejetos dos animais (ovinos
em crescimento) do parque de gado, que posteriormente serão utilizados como substrato
animal para aplicação nas culturas. A recolha deste substrato é realizada inteiramente de
forma manual, já que o espaço não permite a utilização de máquinas.

A limpeza exterior é realizada como forma de manutenção do espaço envolvente às


instalações e como prevenção de eventuais riscos de incêndio. Neste caso a limpeza
consiste no desbaste da vegetação em excesso nas imediações dos edifícios e parques de
gado presentes nas instalações, sendo que o desbaste é feito através da utilização de um
moto-roçador. Os resíduos deste tipo de limpeza são recolhidos e utilizados para um
processo de compostagem, também com a finalidade de produção de substrato vegetal
para aplicação nas culturas.

Atividade 06 – Aplicação de Fertilizante – A tarefa de aplicação de fertilizante nos campos


de cultivo consiste na distribuição de compostos químicos através da utilização de
distribuidores acoplados ao trator agrícola. Assim, a tarefa inicia-se acoplando o distribuidor
ao trator agrícola, nesta tarefa é necessário operar o trator agrícola para fazer o engate do
equipamento. Após o engate do equipamento o procedimento continua enchendo o
distribuidor de fertilizante utilizando outro trator equipado com carregador frontal para
deslocar as paletes com os sacos de fertilizante, para junto do local de enchimento, que por
sua vez é realizado manualmente. Este procedimento é realizado em ambiente exterior
devidamente ventilado e utilizando os EPI’s adequados (luvas, máscara, óculos de proteção
e fatos). Quando o distribuidor atinge a sua capacidade de carga, o trator agrícola é
conduzido até ao terreno de cultivo e aí será aplicado o fertilizante. Este processo é repetido
as vezes necessárias até que se tenha coberto a área de plantação. O trator agrícola está
munido de cabine fechada e filtros de habitáculo devidamente homologados e válidos para
o efeito.

Atividade 07 – Reparação de Canalização de águas residuais das instalações – A


reparação da canalização consiste em desmontar e remover as condutas danificadas com
recurso a ferramentas manuais, executando um limpeza prévia do sistema antes de iniciar
a montagem e substituição da canalização danificada. A limpeza requer a utilização de
produtos de químicos de limpeza. Após a limpeza do sistema inicia-se o procedimento de
montagem e substituição da canalização onde foi utilizado o processo de vulcanização das
tubagens.

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Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Atividade 08 – Distribuição de alimentação pelos comedouros (Atividade Cinegética)


– O procedimento de distribuição de alimentação pelos comedouros inicia-se com o
enchimento de sacos de cereal utilizando o bocal de enchimentos existente na alimentação
do silo. Cada saco possui uma capacidade de cerca de 30 kg. Depois de cheios, os
trabalhadores carregam manualmente e acondicionam cada um dos sacos para a caixa de
carga do veículo de transporte. Chegando ao local os sacos são despejados no contentor
de cada um dos comedouros, sendo que cada comedouro tem capacidade para dois sacos.
Este procedimentos e repetido até todos os comedouros ficarem cheios de cereais.

Atividade 09 – Distribuição de água pelos bebedouros (Atividade Cinegética) – No


fornecimentos de água pelos bebedouros é necessários instalar previamente o depósito de
água no veículo de transporte. Assim depósito de água é deslocado e fixado na caixa de
carga do veículo e só depois é abastecido com água. Este depósito tem a capacidade de
600l. Quando o depósito está cheio é transportado até junto de cada um dos bebedouros e
utilizando uma mangueira flexível é feito o enchimento de cada bebedouro. Cada bebedouro
possui uma capacidade de 200l, o que implica repetir o processo de enchimento do depósito
de águas várias vezes para completar a tarefa.

Atividade 10 – Preparação e limpeza de caminhos rurais (Atividade Cinegética) – O


procedimento a executar para a preparação e limpeza dos caminhos rurais consiste na
verificação do estado dos caminhos, vedações e cancelas existentes, desobstruir as
vedações nas linhas de água, retificar a tensão de aperto nas vedações e lubrificar as
cancelas. Para a limpeza dos detritos e vegetação acumulada junto as vedações, cancelas
e linhas de água é utlizado um trator agrícola equipado com um corta-mato e lâmina frontal.

Atividade 11 – Serviço de limpeza de quarto (Atividade Turística) – Na execução do


serviço de limpeza de quarto os trabalhadores iniciam o procedimento pela recolha dos
caixotes do lixo, que é devidamente embalado e depositado em contentor adequado nas
instalações. Posteriormente é realizada a limpeza dos wc’s com recurso a produtos
químicos de limpeza adequados e trocadas as toalhas. A limpeza da área do quarto consiste
em trocar as roupas de cama, limpar o pó em todas as superfícies lavar o chão. Durante o
período de limpeza os quartos estão vazios e devidamente ventilados.

Atividade 12 – Serviço de lavandaria (Atividade Turística) – A tarefa referente ao serviço


de lavandaria consiste na separação e categorização das peças de roupa por tipo, cor e
material, que posteriormente são colocadas na respetivas máquinas de lavar roupa. Após
o ciclo de lavagem a roupa é retiradas da máquina de lavar roupa e passam para a máquina
de secar roupa onde completam mais um ciclo. Acabado o processo de lavagem e secagem

47
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

cada peça de roupa é passada a ferro e posteriormente dobrada e arrumada em


compartimentos adequados. Todo o procedimento de transferência da roupa de uma
máquina a outra e arrumação é realizado manualmente.

Atividade 13 – Manutenção da piscina (Atividade Turística) – A manutenção da piscina


é uma tarefa realizada semanalmente e implica a recolha de amostras de água para análise
e controlo dos níveis de ph e salinidade, escovagem e limpeza do fundo e laterias da piscina
e por fim a recolha diária de detritos existentes no fundo e á tona da água. Estes
procedimentos são realizados utilizados equipamentos manuais com a escova de fundo e
o cesto, sendo que o controlo do ph e salinidade da água é realizado adicionado, se
necessário produtos químicos na água. No entanto, a manutenção do sistema de filtração
da água requer a execução de um procedimento de limpeza diário que implica a
manipulação do distribuidor do filtro repetindo o processo 4 a 5 vezes.

Atividade 14 – Manutenção do jardim e espaços exteriores (Atividade Turística) – A


manutenção do jardim e espaços exteriores é muito diversificada e implica a manutenção
de mobiliário de jardim, das infraestruturas existentes no exterior (pérgolas) e a manutenção
do próprio jardim. Assim a manutenção do jardim executada foi o corte da relva e sebes
envolventes, utilizando uma máquina corta relvas e um corta sebes elétricos, assim como
tesouras de poda, vassouras e carro de mão para a recolha dos detritos e folhas secas. O
material resultante do corte da relva e das sebes foi depositado na zona de compostagem
utilizado um carro de mão. A manutenção das pérgolas foi feita através da aplicação manual
de óleo vegetal hidratante em todas a superfície de madeira. Para esta tarefa o trabalhador
utilizou um recipiente para o óleo e uma trincha. A manutenção do mobiliário de jardim
realizada consistiu na substituição e reparação de componentes de madeira, danificados,
nas cadeiras e espreguiçadeiras. Foi necessário que o trabalhador serra-se a peça
danificada para possibilitar a sua extração e posterior reparação. Os espaços exteriores
também foram limpos com recuso a lavadora de alta pressão, nomeadamente o pavimento
do jardim e imediações assim como a zona da piscina e acesso às instalações.

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Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Tabela 11 – Atividades Desenvolvidas durante a realização do estágio.


Atividade 01 – Reparação de máquina agrícola (Grade de discos)
Tarefa Perigo Risco Dano
Lesões nos membros inferiores e/ou
Queda de objetos/materiais
Utilização de pés
ferramentas manuais Esforços excessivos, posturas
LMELT, lombalgias, fadiga física
inadequadas
Posturas inadequadas LMELT, lombalgias, fadiga física
Libertação dos
Projeção de fragmentos Lesões por corte, lacerações
parafusos de fixação do
Contacto com superfícies
veio Lesões por corte, lacerações
Utilização de cortantes
rebarbadora Incêndio Morte
Exposição a Ruído Surdez profissional
Exposição a vibrações no Lesões nos membros superiores,
sistema mão braço articulações, stresse
Lesões várias, fraturas
Queda de objetos/materiais
Morte
Elevação da grade de Utilização de macaco
Lesões permanentes para o corpo
discos hidráulico Entalamento, compressão
humano
Posturas inadequadas LMELT, lombalgias, fadiga física
Lesões nos membros inferiores e/ou
Queda de objetos/materiais
Utilização de pés
Substituição do veio
ferramentas manuais Esforços excessivos, posturas
LMELT, lombalgias, fadiga física
inadequadas
Esforços excessivos, posturas
Deslocação de LMELT, lombalgias, fadiga física
inadequadas
ferramentas e Movimentação manual
Lesões nos membros inferiores e/ou
componentes a de cargas Queda de objetos/materiais
pés
substituir na alfaia
Queda ao mesmo nível Contusões, entorses

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Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Lesões nos membros inferiores ou


Choque com objetos/materiais
pés
Queda em altura Lesões várias, fraturas
Entalamento/compressão Escoriações, fraturas
Lesões várias, fraturas
Queda de objetos/materiais
Elevação da grade com Morte
Cargas suspensas
trator Queda da carga por rotura dos Lesões várias, fraturas
acessórios de elevação Morte
Exposição a contaminantes
Irritações cutâneas, oculares e
químicos (Fumos metálicos e
respiratórias
Fixação de barra de Utilização da máquina Gases)
reforço de soldar (Arco elétrico) Exposição a radiação não Inflamações oculares, queimaduras
ionizantes cutâneas
Exposição a Ruído Stresse, Fadiga auditiva
Exposição a contaminantes Intoxicações
Utilização de maçarico Exposição a Ruído Surdez profissional
Libertação de cavilhas
Oxiacetileno Fuga de Gases
Intoxicações, Asfixia
(Oxigénio/Acetileno)
Efeitos nocivos sobre a pele e os
Exposição a radiações UV
órgãos visuais.
Trabalhos no exterior
Exposição a temperaturas Náuseas, vertigens, fadiga cardíaca,
Comum a todas as extremas queimaduras, hipotermia
tarefas Manipulação de
Queda de objetos/materiais Lesões várias, fraturas
diversos objetos
Objetos não arrumados
Tropeçar em objetos Contusão, entorse
(Ferramentas)

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Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Atividade 02 – Manutenção de trator agrícola


Tarefa Perigo Risco Dano
Lesões várias, fraturas
Capotamento / Tombo
Morte

Circulação de Lesões várias, fraturas


Atropelamento
máquinas Morte
Lesões várias, fraturas
Colisão / Pancada
Preparação do trator Morte
para manutenção
Utilização de
Incêndio Morte
equipamentos
Ruído das máquinas
Exposição a ruídos Surdez profissional
agrícolas
Vibrações das Exposição a vibrações no corpo
Efeito das vibrações
máquinas agrícolas inteiro
Contato elétrico indireto Choque elétrico
Utilização de lavadora
Esforços excessivos, posturas
de pressão LMELT, lombalgias, fadiga física
inadequadas
Limpeza e lavagem da
Piso irregular e
máquina Queda ao mesmo nível Contusões, Entorses
escorregadio
Utilização de produtos Irritações cutâneas, irritações
Contato com produtos químicos
químicos oculares
Lesões nos membros inferiores e/ou
Queda de objetos/materiais
Utilização de pés
ferramentas manuais Esforços excessivos, posturas
Desmontar rodas e LMELT, lombalgias, fadiga física
inadequadas
diversos componentes
Objetos não arrumados
Tropeçar em objetos Contusão, entorse
(Ferramentas)
Queda de objetos/materiais Lesões várias, fraturas

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Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Morte
Utilização de macaco Lesões permanentes para o corpo
Entalamento, compressão
hidráulico humano
Posturas inadequadas LMELT, lombalgias, fadiga física
Incêndio Morte
Contato elétrico indireto Choque elétrico
Utilização de
Esforços excessivos, posturas
compressor e LMELT, lombalgias, fadiga física
inadequadas
acessórios
Exposição a ruídos Surdez profissional
pneumáticos
Exposição a vibrações no Lesões nos membros superiores,
sistema mão braço articulações, stresse
Esforços excessivos, posturas
LMELT, lombalgias, fadiga física
inadequadas
Deslocação de
Lesões nos membros inferiores e/ou
ferramentas e Queda de objetos/materiais
Movimentação manual pés
componentes a
de cargas Queda ao mesmo nível Contusões, entorses
substituir no trator
Lesões nos membros inferiores ou
agrícola Choque com objetos/materiais
pés
Entalamento/compressão Escoriações, fraturas
Substituição de óleos Utilização de produtos Irritações cutâneas, irritações
Contato com produtos químicos
Lubrificação químicos oculares

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Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Atividade 03 – Transporte/Mudança de Animais (Ovinos)


Tarefa Perigo Risco Dano
Esforços excessivos, Posturas
LMELT, lombalgias, fadiga física
inadequadas

Contato com animais Queda ao mesmo nível Contusões, Entorses

Entalamento / Atropelamento Escoriações, Fraturas

Esforços excessivos, Posturas


LMELT, lombalgias, fadiga física
inadequadas

Lesões várias, Fraturas


- Recolher o rebanho;
Entalamento / Atropelamento
- Selecionar os animais
a transportar; Morte
Elevação dos animais
- Colocar os animais no
(Carga e descarga)
veículo; Lesões várias, Fraturas
Queda da carga por rotura dos
- Retirar os animais do
acessórios de elevação
veículo. Morte

Queda em altura Lesões várias, Fraturas

Contato com animais e Exposição a agentes biológicos Infeções, efeitos da exposição a


resíduos orgânicos (vírus, bactérias, fungos) agentes biológicos
Efeitos nocivos sobre a pele e os
Exposição a radiações UV
Trabalhos no exterior órgãos visuais.

Exposição a temperaturas Náuseas, vertigens, fadiga cardíaca,


extremas queimaduras, hipotermia

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Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Atividade 04 – Alimentação de Animais (Bovinos)


Tarefa Perigo Risco Dano
Queda de objetos/Materiais Lesões várias, Fraturas
Esforços excessivos, Posturas
LMELT, lombalgias, fadiga física
Utilização de moinho e inadequadas
Preparação da ração
misturador Incêndio Morte
Contato elétrico indireto Choque elétrico

Exposição a Ruído Surdez profissional


Utilização de Lesões várias, Fraturas
equipamentos de Capotamento / Tombo
elevação Morte

Lesões permanentes para o corpo


Carga e descarga Entalamento / Compressão
humano
Queda da carga por rotura dos Lesões várias, Fraturas
- Movimentação dos acessórios de elevação Morte
cereais (grão e feno) Lesões várias, fraturas
Carga suspensas Queda de objetos/materiais
Morte
- Movimentação dos
Queda da carga por rotura dos Lesões várias, Fraturas
compostos orgânicos
acessórios de elevação Morte
(Ureia)
Lesões permanentes para o corpo
Entalamento / Compressão
humano
Incêndio Morte

Utilização de tapete Contato elétrico indireto Choque elétrico


rolante e sem-fim Exposição a poeiras Intoxicação, asfixia
Exposição e elementos Efeitos da exposição a elementos
biológicos biológicos
Exposição a Ruído Surdez profissional

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Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Esforços excessivos, posturas


LMELT, lombalgias, fadiga física
inadequadas
Lesões nos membros inferiores e/ou
Queda de objetos/materiais
Movimentação manual pés
de cargas Queda ao mesmo nível Contusões, entorses
Lesões nos membros inferiores ou
Choque com objetos/materiais
pés
Queda em altura Lesões várias, fraturas
Lesões várias, fraturas
Capotamento / Tombo
Morte
Distribuição da ração Circulação de Lesões várias, fraturas
Atropelamento
aos animais máquinas Morte
Lesões várias, fraturas
Colisão / Pancada
Morte
Utilização de
Incêndio Morte
equipamentos
Contato com animais e Exposição a agentes biológicos Infeções, efeitos da exposição a
resíduos orgânicos (vírus, bactérias, fungos) agentes biológicos
Efeitos nocivos sobre a pele e os
Exposição a radiações UV
órgãos visuais.
Trabalhos no exterior
Exposição a temperaturas Náuseas, vertigens, fadiga cardíaca,
extremas queimaduras, hipotermia
Comum a todas as Transporte de Lesões nos membros inferiores e/ou
Queda de objetos/materiais
tarefas materiais pés

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Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Atividade 05 – Limpeza das instalações


Tarefa Perigo Risco Dano
Esforços excessivos, Posturas
LMELT, lombalgias, fadiga física
incorretas
Lesões nos membros inferiores ou
Movimentação manual Queda de Objetos / Materiais
pés
de cargas
Queda ao mesmo nível Contusões, Entorses
Lesões nos membros inferiores ou
Choque de objetos / Materiais
pés
Limpeza Interior
Queda de objetos / Materiais Lesões várias, Fraturas
Manipulação de Esforços excessivos, Posturas
LMELT, lombalgias, fadiga física
Objetos diversos incorretas
Choque / pancada com objetos Lesões várias, Fraturas
Piso irregular Queda ao mesmo nível Contusões, Entorses
Contato resíduos Exposição a agentes biológicos Infeções, efeitos da exposição a
orgânicos (vírus, bactérias, fungos) agentes biológicos
Incêndio Queimaduras, Intoxicação
Esforços excessivos, Posturas
LMELT, lombalgias, fadiga física
incorretas

Queda ao mesmo nível Contusões, Entorses


Choque / pancada com objetos Lesões várias, Fraturas
Utilização de
Limpeza Exterior Exposição a Ruído Surdez profissional
Moto-roçador
LMELT, lombalgias, fadiga física,
Exposição a vibração no corpo
problemas de visão, Acentuação dos
inteiro
efeitos do ruído.

Exposição a poeiras Intoxicação, asfixia

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Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Atividade 06 – Aplicação de Fertilizante


Tarefa Perigo Risco Dano
Esforços excessivos, Posturas
LMELT, lombalgias, fadiga física
incorretas
Lesões nos membros inferiores ou
Movimentação manual Queda de Objetos / Materiais
pés
de cargas
Queda ao mesmo nível Contusões, Entorses
Lesões nos membros inferiores ou
Choque de objetos / Materiais
pés
Queda de objetos / Materiais Lesões várias, Fraturas
Encher o distribuidor de
Manipulação de Esforços excessivos, Posturas
fertilizante LMELT, lombalgias, fadiga física
Objetos diversos incorretas
Choque / pancada com objetos Lesões várias, Fraturas
Piso irregular Queda ao mesmo nível Contusões, Entorses
Lesões permanentes para o corpo
Contato com TDF Entalamento / Compressão
humano
Contacto com
Exposição a agentes químicos Irritações cutâneas e oculares
químicos (Azoto)

Libertação de poeiras Exposição a agentes químicos Intoxicação, asfixia


Lesões várias, fraturas
Capotamento / Tombo
Morte
Circulação de Lesões várias, fraturas
Atropelamento
máquinas Morte
Aplicação de fertilizante
Lesões várias, fraturas
com máquina agrícola Colisão / Pancada
Morte
Lesões permanentes para o corpo
Contato com TDF Entalamento / Compressão
humano

Libertação de poeiras Exposição a agentes químicos Intoxicação, asfixia

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Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Atividade 07 – Reparação de Canalização de águas residuais das instalações


Tarefa Perigo Risco Dano
Manipulação de
Queda de Objetos / Materiais Lesões várias, Fraturas
objetos diversos
Lesões nos membros inferiores e/ou
Queda de objetos/materiais
Remoção da Utilização de pés
canalização danificada ferramentas manuais Esforços excessivos, posturas
LMELT, lombalgias, fadiga física
inadequadas
Contato resíduos Exposição a agentes biológicos Infeções, efeitos da exposição a
orgânicos (vírus, bactérias, fungos) agentes biológicos
Utilização de Posturas incorretas LMELT, lombalgias, fadiga física
equipamentos Entalamento / Compressão Lesões nos membros superiores
Manipulação de
Queda de Objetos / Materiais Lesões várias, Fraturas
objetos diversos
Limpeza dos tubos
Contato resíduos Exposição a agentes biológicos Infeções, efeitos da exposição a
orgânicos (vírus, bactérias, fungos) agentes biológicos
Utilização de produtos Irritações cutâneas, oculares e
Contato com produtos químicos
químicos respiratórias
Esforços excessivos, Posturas
LMELT, lombalgias, fadiga física
incorretas
Lesões nos membros inferiores ou
Movimentação manual Queda de Objetos / Materiais
pés
Montagem dos novos de cargas
Queda ao mesmo nível Contusões, Entorses
tubos através de
Lesões nos membros inferiores ou
vulcanização Choque de objetos / Materiais
pés
Posturas incorretas LMELT, lombalgias, fadiga física
Utilização de
Queimaduras, Intoxicação
equipamentos Incêndio
Morte

58
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Utilização de produtos Exposição a contaminantes Irritações cutâneas, oculares e


químicos químicos (Fumos e Gases) respiratórias
Efeitos nocivos sobre a pele e os
Exposição a radiações UV
órgãos visuais.
Trabalhos no exterior
Exposição a temperaturas Náuseas, vertigens, fadiga cardíaca,
Comum a todas as extremas queimaduras, hipotermia
tarefas Manipulação de
Queda de Objetos / Materiais Lesões várias, Fraturas
objetos diversos
Piso escorregadio e
Queda ao mesmo nível Contusões, Entorses
irregular

Atividade 08 – Distribuição de alimentação pelos comedouros (Atividade Cinegética)


Tarefa Perigo Risco Dano
Piso escorregadio e
Queda ao mesmo nível Contusões, Entorses
irregular
Exposição a agentes
Contato resíduos Infeções, efeitos da exposição a
biológicos (vírus, bactérias,
orgânicos agentes biológicos
fungos)
Esforços excessivos,
LMELT, lombalgias, fadiga física
Posturas incorretas
Encher/carregar/distribuir Movimentação manual de
Queda de Objetos / Lesões nos membros inferiores ou
os sacos de sementes cargas
Materiais pés
pelos comedouros
Queda ao mesmo nível Contusões, Entorses

Libertação de poeiras e Intoxicação, asfixia, irritações


Exposição a poeiras
várias partículas orgânicas respiratórias, cutâneas e oculares
Efeitos nocivos sobre a pele e os
Exposição a radiações UV
órgãos visuais.
Trabalhos no exterior
Exposição a temperaturas Náuseas, vertigens, fadiga cardíaca,
extremas queimaduras, hipotermia

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Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Atividade 09 – Distribuição de água pelos bebedouros (Atividade Cinegética)


Tarefa Perigo Risco Dano
Esforços excessivos, Posturas
LMELT, lombalgias, fadiga física
incorretas
Lesões nos membros inferiores ou
Queda de Objetos / Materiais
Preparar o depósito de Movimentação manual pés
água de cargas
Queda ao mesmo nível Contusões, Entorses

Lesões nos membros inferiores ou


Choque de objetos / Materiais
pés

Lesões várias, fraturas


Capotamento / Tombo
Morte

Circulação de Lesões várias, fraturas


Deslocação e enchimento
máquinas Atropelamento
dos bebedouros
(Trator Agrícola) Morte

Lesões várias, fraturas


Colisão / Pancada
Morte

Efeitos nocivos sobre a pele e os


Exposição a radiações UV
órgãos visuais.

Trabalhos no exterior Exposição a temperaturas Náuseas, vertigens, fadiga cardíaca,


Comum a todas as tarefas
extremas queimaduras, hipotermia

Intoxicação, asfixia, irritações


Exposição a poeiras
respiratórias, cutâneas e oculares

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Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Atividade 10 – Preparação e limpeza de caminhos rurais (Atividade Cinegética)


Tarefa Perigo Risco Dano
Manipulação de
objetos diversos
Queda de Objetos / Materiais Lesões várias, Fraturas
(Arame, pregos, postes
Reparação de vedações e de madeira)
cancelas Lesões nos membros inferiores e/ou
Utilização de Queda de objetos/materiais
pés
ferramentas manuais
Esforços excessivos, posturas
(Alicate, martelo, serra) LMELT, lombalgias, fadiga física
inadequadas
Contato resíduos
Exposição a agentes biológicos Infeções, efeitos da exposição a
orgânicos
(vírus, bactérias, fungos) agentes biológicos
(vegetação diversa)
Lesões várias, fraturas
Capotamento / Tombo
Morte
Limpeza de detritos e
Utilização de máquinas Lesões várias, fraturas
vegetação acumulada Atropelamento
agrícolas Morte
Lesões várias, fraturas
Colisão / Pancada
Morte
Utilização de produtos Exposição a contaminantes Irritações cutâneas, oculares e
químicos (herbicidas) químicos (vapores e gases) respiratórias
Efeitos nocivos sobre a pele e os
Exposição a radiações UV
órgãos visuais.
Exposição a temperaturas Náuseas, vertigens, fadiga cardíaca,
Comum a todas as tarefas Trabalhos no exterior
extremas queimaduras, hipotermia

Intoxicação, asfixia, irritações


Exposição a poeiras
respiratórias, cutâneas e oculares

61
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Atividade 11 – Serviço de limpeza de quarto (Atividade Turística)


Tarefa Perigo Risco Dano
Movimentação manual
de cargas
(Aspirador, balde, Esforços excessivos, Posturas
LMELT, lombalgias, fadiga física
esfregona, produtos de incorretas
limpeza, toalhas,
lenções)
Manipulação de Queda de Objetos / Materiais Lesões várias, Fraturas
objetos diversos
(Aspirador, balde, Contato elétrico indireto Choque elétrico

esfregona, produtos de
Exposição a Ruído Surdez profissional
limpeza)
Piso escorregadio e
Queda ao mesmo nível Contusões, Entorses
irregular
Limpeza da área do
Contato resíduos Exposição a agentes biológicos Infeções, efeitos da exposição a
quarto e wc
orgânicos (vírus, bactérias, fungos) agentes biológicos

Utilização de produtos Irritações cutâneas, oculares e


Contato com produtos químicos
químicos respiratórias

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Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Atividade 12 – Serviço de lavandaria (Atividade Turística)


Tarefa Perigo Risco Dano

Contato resíduos Exposição a agentes biológicos Infeções, efeitos da exposição a


orgânicos (vírus, bactérias, fungos) agentes biológicos

Esforços excessivos, Posturas


Movimentação manual LMELT, lombalgias, fadiga física
incorretas
de cargas
(Detergentes, toalhas,
Seleção e preparação das Exposição a poeiras e Intoxicação, asfixia, irritações
lenções)
roupas a lavem microfibras dos tecidos respiratórias, cutâneas e oculares

Piso escorregadio Queda ao mesmo nível Contusões, Entorses

Utilização de produtos Irritações cutâneas, oculares e


Contato com produtos químicos
químicos respiratórias

Movimentação manual
Esforços excessivos, Posturas
de cargas LMELT, lombalgias, fadiga física
incorretas
(toalhas, lenções)

Passar a ferro as roupas Contato elétrico indireto Choque elétrico


Utilização de ferro de
engomar
Contacto com vapor a alta
Lesões cutâneas
temperatura

Movimentação manual
Esforços excessivos, Posturas
Organização das roupas de cargas LMELT, lombalgias, fadiga física
incorretas
(toalhas, lenções)

63
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Atividade 13 – Manutenção da piscina (Atividade Turística)


Tarefa Perigo Risco Dano

Manipulação de Queda de objetos/materiais Lesões nos membros inferiores e/ou pés


Recolha de detritos
objetos diversos
presente á tona da água Esforços excessivos, posturas
(cesto de recolha) LMELT, lombalgias, fadiga física
inadequadas
Contato resíduos Irritações cutâneas, oculares e
Contato com produtos químicos
orgânicos respiratórias

Queda de objetos/materiais Lesões nos membros inferiores e/ou pés


Escovagem e aspiração Manipulação de
da piscina objetos diversos Esforços excessivos, posturas
LMELT, lombalgias, fadiga física
(aspirador e escova de inadequadas
piscina)
Contato elétrico indireto Choque elétrico

Aplicação dos químicos Utilização de produtos Exposição a contaminantes Irritações cutâneas, oculares e
reguladores da água químicos químicos (Fumos e Gases) respiratórias
Manutenção dos Utilização de
Contato elétrico indireto Choque elétrico
equipamentos da piscina equipamentos elétricos
(programação do sistema Objetos não arrumados
Tropeçar em objetos Contusão, entorse
de filtragem) (Ferramentas diversas)

Efeitos nocivos sobre a pele e os órgãos


Exposição a radiações UV
visuais.

Trabalhos no exterior
Comum a das todas as
Exposição a temperaturas Náuseas, vertigens, fadiga cardíaca,
tarefas
extremas queimaduras, hipotermia

Piso escorregadio e
Queda ao mesmo nível Contusões, Entorses
irregular

64
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Atividade 14 – Manutenção do jardim e espaços exteriores (Atividade Turística)


Tarefa Perigo Risco Dano
Contato resíduos Exposição a agentes biológicos Infeções, efeitos da exposição a agentes
orgânicos (vírus, bactérias, fungos) biológicos
Queimaduras, Intoxicação
Incêndio
Morte
Esforços excessivos, Posturas
LMELT, lombalgias, fadiga física
Utilização de máquinas incorretas
Cortar a relva/Cortar as elétricas Queda ao mesmo nível Contusões, Entorses
sebes (Corta-relva e corta
Choque / pancada com objetos Lesões várias, Fraturas
sebes)
Exposição a Ruído Surdez profissional
LMELT, lombalgias, fadiga física,
Exposição a vibração no corpo
problemas de visão, Acentuação dos
inteiro
efeitos do ruído.
Utilização de produtos Irritações cutâneas, oculares e
Contato com produtos químicos
químicos respiratórias
Utilização de Queda de objetos/materiais Lesões nos membros inferiores e/ou pés
ferramentas manuais
Apanhar folhagem seca Esforços excessivos, posturas
(ancinho, apanha LMELT, lombalgias, fadiga física
inadequadas
folhas, pá, balde)
Manipulação de Queda de Objetos / Materiais Lesões várias, Fraturas
Movimentação e objetos diversos
colocação de mobiliário de (espreguiçadeiras, Esforços excessivos, posturas
LMELT, lombalgias, fadiga física
jardim mesas, cadeiras, inadequadas
chapéus de sol)
Contacto com superfícies
Manutenção dos Utilização de Lesões por corte, lacerações
cortantes
equipamentos de jardim ferramentas manuais
Queda de objetos/materiais Lesões nos membros inferiores e/ou pés

65
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

(serra, martelo, chave Esforços excessivos, posturas


LMELT, lombalgias, fadiga física
de parafusos) inadequadas
Efeitos nocivos sobre a pele e os órgãos
Exposição a radiações UV
visuais.
Trabalhos no exterior
Exposição a temperaturas Náuseas, vertigens, fadiga cardíaca,
extremas queimaduras, hipotermia
Comum a todas as tarefas Piso escorregadio e
Queda ao mesmo nível Contusões, Entorses
irregular
Movimentação manual
Esforços excessivos, Posturas
de cargas LMELT, lombalgias, fadiga física
incorretas
(objetos diversos)

66
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Capitulo IV – Medidas Preventivas e de Segurança


Implementadas e Equipamentos de Proteção Coletiva e
Individual

4.1 Medidas preventivas

As medidas preventivas podem ser tipificadas em várias classes, dependendo das


suas caraterísticas e objetivos. Assim, temos as seguintes classes:

 Medidas de engenharia e/ou manutenção e/ou monitorização (EMM) – são


aplicadas em projeto ou na garantia das construções ou funcionamento dos
equipamentos a eliminar ou reduzir os riscos.
 Medidas organizacionais (ORG) – atuam diretamente sobre o sistema Homem-
máquina-ambiente, afastando o trabalhador da fonte de risco, através da gestão do
trabalho.
 Medidas de proteção coletiva e individual, e sinalética (EQP) – quando as medidas
anteriores não forem consideradas suficientes para eliminar os perigos identificados
ou reduzir o risco a um nível adequado e aceitável, deverão utilizar-se
equipamentos de proteção coletiva ou individual e assinalá-los através da correta
sinalética.
 Medidas de formação/informação/sensibilização (FOR) – atuam sobre o
conhecimento dos riscos, traduzindo-se em processos estruturados de
disponibilização e transmissão do mesmo.
 Medidas de vigilância medica (VM) – quando as medidas anteriores não são para
eliminar ou reduzir o risco, é necessário o controlo sobre o estado de saúde do
profissional e se esta exposto a situações de risco que possam afetar a sua saúde.

Na análise á documentação existente relativa aos colaboradores verificou-se que


todos os trabalhadores são submetidos a exames médicos periodicamente, através de
consulta das respetivas fichas de aptidão médica.

Relativamente á formação dos colaboradores, estes realizam ações de formação e


atualização anualmente, tendo plena noção dos riscos inerentes aos seus postos de
trabalho e das boas condutas que deverão seguir em termos de manuseamento de
máquinas, equipamentos e materiais.

67
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

4.2 Medidas de Proteção Coletiva (EPC)

Por Equipamento de Proteção Coletiva (EPC) entende-se o conjunto de meios a


empregar destinados a proteger todos ou grupos definidos de trabalhadores do estaleiro.
A implementação dessas medidas baseia-se na definição dos EPC’s a empregar e
respetiva implantação nos locais adequados em função dos riscos a que os trabalhadores
poderão estar expostos e que devem ser prevenidos.

As medidas de proteção coletiva, através dos equipamentos de proteção coletiva


(EPC), devem ter prioridade, conforme determina a legislação, uma vez que beneficiam
todos os trabalhadores, indistintamente.

Deve-se:

 Usá-los apenas para a finalidade a que se destina;


 Comunicar qualquer alteração que o torne improprio para uso;
 Treinar o trabalhador sobre o seu uso adequado;
 Tornar obrigatório o seu uso;
 Substitui-lo quando danificado.

Figura 23 - Sistema de deteção e alarme contra incêndios.

68
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Dado ao caráter das instalações, nomeadamente instalações agrícolas para


diversas utilizações os equipamentos de proteção coletiva existentes são:

 Caixa Primeiros Socorros;


 Máquinas agrícolas com certificado CE de conformidade e manual de instruções de
acordo com o Regulamento (UE) nº. 167/2013 de 5 de fevereiro de 2013;
 Tratores agrícolas com sinalização sonora e luminosa em devidas condições de
funcionamento;
 Tratores agrícolas equipado com extintores;

Figura 24 - Identificação de homologação do trator agrícola.

Figura 25 - Extintores presentes nas instalações e tratores agrícolas.

69
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

4.3 Medidas de Proteção Individual (EPI)

Por Equipamento de Proteção Individual (EPI) entende-se qualquer equipamento


ou seu acessório destinado a uso pessoal do trabalhador para proteção contra riscos
suscetíveis de ameaçar a sua segurança ou saúde ou desempenho das tarefas que lhe
estão atribuídas.

Os EPI’s devem ser utilizados sempre que os riscos existentes não possam ser
evitados de forma satisfatória por meios técnicos de proteção coletiva ou por medidas,
métodos ou processos de organização do trabalho (o DL nº 348/93, de 1 de Outubro e a
Portaria nº 988/93 de 6 de Outubro, definem as regras de utilização dos EPI’s).

Os EPI’s devem ser utilizados também como medidas preventivas complementares,


sempre que se considere justificável.

Na definição dos EPI’s que cada trabalhador deverá utilizar, distinguem-se os que
são de uso permanente e os de uso temporário.

Os primeiros destinam-se a serem utilizados durante a permanência de qualquer


trabalhador no local de trabalho, considerando-se no mínimo o capacete de proteção, as
botas de proteção e roupa de trabalho com propriedades refletoras. Os segundos são
utilizados pelo trabalhador dependendo do tipo de tarefa que desempenha (por exemplo,
uso de protetores auriculares quando em ambientes com elevada intensidade sonora) e
dependendo das condições de trabalho excecionais a que este possa vir a estar sujeito.

Antes da utilização de qualquer EPI, é assegurada a transmissão ao trabalhador


que vai utilizar o EPI, todas as instruções necessárias para o correto uso do equipamento
e os riscos que esses EPI’s pretendem proteger face às tarefas que cada trabalhador irá
desempenhar.

Ao trabalhador caberá a responsabilidade de respeitar as instruções de utilização e


participar todas as anomalias ou defeitos que detetem no equipamento.

70
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Tabela 12 – EPI’s existentes nas instalações.

Óculos de Proteção Protege contra partículas a


alta velocidade;
(EN166)
Proteção lateral contra UV,
Óculos com lentes incolor de
salpicos, pó e impactos.
policarbonato, anti risco, leve
e resistente ao impacto.

Protetor auricular em ABS e


possui ranhuras laterais para Alto nível SNR de 33dB

um melhor ajuste e conforto Resiste (ABS e Poliestireno)


para o utilizador.

3322

Luvas de Proteção em couro, 1º Nível: abrasão (0-4)


elásticas e adaptáveis. 2º Nível: corte (0-5)
EN 420 3º Nível: desgaste (0-4)
EN 382 4º Nível: perfuração (0-4)

A – Calçado anti estático


Calçado de Segurança
E – absorção de energia no
(EN20345) impacto

S3 (A+E+FO+WRU+P) FO – Sola resistente a


hidrocarbonetos
Biqueira de proteção conta
choques de 200J e WRU – Resistente à
esmagamento de 15KN. penetração e absorção de
água

P – Palmilha anti perfurante

71
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

4.4 Organização de emergência e sinalética

A aplicação de sinalização acontece quando as medidas, métodos ou processos de


organização do trabalho se demonstram insuficientes para conseguir evitar ou eliminar
os riscos presentes no ambiente de trabalho. Os extintores encontram-se devidamente
sinalizados, dentro do prazo de validade e a uma altura inferior a 1,20 m.

Figura 26 – Alguns dos extintores existentes nas instalações.

 Decreto-lei n.º 141/95 de 14 de Junho: Transpõe para a ordem jurídica interna a


Diretiva n.º 92/58/CEE relativa às prescrições mínimas para a sinalização de
segurança e saúde no trabalho.
 Portaria nº.1456-A/95 de 11 de Dezembro: Regulamenta as prescrições mínimas
de colocação e utilização da sinalização de segurança e saúde no trabalho.

72
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Capitulo VI – Avaliação de Riscos Profissionais

Uma avaliação de Riscos poderá ser definida como um exame cuidadoso, realizado
nos locais de trabalho, de forma a detetar os componentes aí existentes capazes de
causar danos aos trabalhadores. Trata-se de uma forma de averiguar em que medida
uma determinada situação de trabalho é segura. É o “coração” do sistema de SST, tendo
por objetivo a identificação de todos os perigos e respetivas consequências, estudar o
comportamento dos trabalhadores e posteriormente procedera uma avaliação.

Esta avaliação permite identificar:

 O que é suscetível de causar lesões ou danos;


 A possibilidade de os perigos serem eliminados e, em caso de impossibilidade, a
sua redução;
 As medidas de prevenção ou proteção que existem, ou deveriam existir, para
controlar os riscos.

Para que possamos implementar medidas de prevenção num posto de trabalho,


numa determinada atividade ou na execução de uma determinada tarefa torna-se
necessário que seja realizada previamente uma avaliação de riscos associados a esta.
Trata-se de uma ferramenta muito útil para a tomada de decisões.

Numa correta avaliação de riscos, torna-se necessário abranger todos os


equipamentos e materiais utilizados para a execução de determinadas tarefas quer estas
sejam rotineiras ou ocasionais. À que considerar também o local de trabalho,
infraestruturas existentes e inclusive todos recursos humanos afetos às mesmas, uma
vez que a qualificação dos mesmos e seus comportamentos poderão ser fatores
importantes a considerar numa dada análise.

5.1 Noção de Perigo, Risco e Dano

À que estabelecer bem a ideia de perigo e de risco, uma vez que estes dois
conceitos encontram-se diretamente interligados e poderão ser facilmente confundidos.
Assim, segundo o art.º 4º (alínea g) e h)) da Lei n.º 102/2009 de 10 Setembro, diferencia
o PERIGO e o RISCO da seguinte forma:

Perigo: Representa a “propriedade intrínseca de uma instalação, atividade,


equipamento, um agente ou outro componente material do trabalho com potencial para
provocar dano”.

73
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Risco: Representa a “probabilidade de concretização do dano em função das


condições de utilização, exposição ou interação do componente material do trabalho que
apresente perigo”, ou seja, é a combinação da probabilidade de ocorrência de um dano
perigoso.

Entende-se então, que para poder existir um risco terá que haver um ou mais
perigos.

Dano: no âmbito da segurança e saúde no trabalho, o dano pode ser considerado


como uma doença, patologia ou outro tipo de lesão sofrida pelo trabalhador, por motivo
ou durante o desenvolvimento das suas atividades profissionais.

Desta forma, para uma correta avaliação de riscos, os perigos deverão ser
identificados e os riscos inerentes a estes, deverão ser avaliados segundo o grau de
probabilidade de ocorrência e estimativa de gravidade dos mesmos.

Para termos um local de trabalho completamente seguro, temos que “trabalhar” com
os dois fatores da equação atrás apresentada, ou seja, primeiramente tentar fazer com
que a probabilidade de ocorrência seja nula (e assim o risco seja nulo), e quando não
seja possível eliminar este fator, então à que “trabalhar” a vertente gravidade tentando
diminui-la ao máximo.

Desta forma, surgem dois aspetos que deverão ser tidos em conta para a
eliminação do risco, designadamente, a implementação de medidas de prevenção e de
medidas de proteção. As medidas de prevenção têm por objetivo diminuir a probabilidade
da ocorrência de acontecer algo quando em exposição ao perigo, enquanto a
implementação de medidas de proteção tem por objetivo “trabalhar” em tudo o que
permita diminuir a vertente gravidade, ou seja, reduzir ao máximo as consequências de
uma exposição a um determinado perigo.

74
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

5.2 Processo de Avaliação e Controlo de Riscos


Profissionais

Na figura seguinte pode observar-se as diversas fases da avaliação e controlo de


riscos:

Figura 27 – Processo de Avaliação e Controlo de Riscos Profissionais

Na fase da identificação dos perigos deve ser recolhida toda a informação ligada
a atividade, função ou equipamento a analisar (legislação, manuais de instrução de
máquinas, fichas de dados de segurança de produtos químicos, processos e métodos de
trabalho, dados estatísticos, depoimentos de trabalhadores, entre outros).

Com base nos dados recolhidos deve-se proceder a estimativa dos riscos, que
pode ser feita de forma quantitativa ou qualitativa, devendo esta ser valorada
conjuntamente com a probabilidade da ocorrência bem como a gravidade, que também
pode ser interpretada como as consequências para o meio envolvente em caso de ocorrer
acidente.

A valoração dos riscos é a etapa final da análise do risco e esta é a fase


particularmente mais complexa para o TSST, uma vez que depende do juízo de valor que
irá ser feito dos perigos identificados.

Para isto é importante comentar o conceito de aceitabilidade do risco, que


corresponde ao ponto onde todas as ações para a eliminação do risco foram tomadas
sem no entanto eliminá-lo completamente ou simplesmente as medidas de correção têm
inconvenientes que interferem no processo ou na prática de difícil aplicação.

75
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Neste ponto, cabe ao técnico informar/sensibilizar os trabalhadores que incorrem


em situação de risco, destas ou para estas condicionantes que dificultam a aplicabilidade
das medidas de eliminação/correção.

Nesta fase fica concluída a avaliação do risco, onde o risco já está suficientemente
caracterizado podendo-se avançar para a definição das medidas de controlo.

O controlo / mitigação / eliminação do risco é a etapa onde os riscos


identificados na análise vão gerar um conjunto de ações que visam prevenir ou reduzir os
danos resultantes dos acidentes de trabalho.

Através das etapas anteriores efetuar-se-á a gestão do risco, através da análise


dos índices de frequência e da gravidade e suas consequências bem como as medidas
a serem tomadas para a redução destes índices.

Figura 28 – Etapas de avaliação de riscos profissionais.

5.3 Método de Avaliação de Riscos Profissionais

Dado o contexto laboral em que foi feito o estágio, resolveu-se utilizar o Método de
Avaliação de Riscos de Acidentes de Trabalho (MARAT) para a avaliação de riscos
profissionais na atividade agropecuária.

Foi escolhido este método porque, através do seu cariz indutivo e pró-ativo, é uma
ferramenta simples de estimar quantitativamente os níveis de risco e identificar as
prioridades de intervenção através da identificação e hierarquização dos principais riscos.

76
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

O MARAT não permite a utilização de valores absolutos, mas sim intervalos


discretos que serão enunciados como níveis. Assim o nível de risco (NR) será função do
nível de probabilidade (NP) e do nível de consequência (NC). O método pode ser
representado pelo seguinte fluxograma:

Figura 29 – Esquema do método MARAT

Nível de Deficiência (ND) – designa-se por nível de deficiência (ND) ou nível de


ausência de medidas preventivas, a magnitude esperada entre o conjunto de fatores de
risco considerados e a sua relação casual direta com o acidente. Deve ser determinado
com base numa lista de verificação que analise os possíveis fatores de risco de cada
situação.

Tabela 13 – Nível de Deficiência

Nível de Exposição (NE) – o nível de exposição é uma medida que traduz a


frequência com que se está exposto ao risco. Para um risco concreto, o nível de
exposição pode ser estimado em função dos tempos de permanência nas áreas de
trabalho, operações com máquinas, procedimentos, ambiente de trabalho.

77
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Tabela 14 – Nível de Exposição

Nível de Probabilidade (NP) – o nível de probabilidade é função das medidas


preventivas existentes e do nível de exposição ao risco. Pode ser expresso num produto
de ambos os termos, como é apresentado em seguida:

Tabela 15 – Nível de Probabilidade

Nível de Severidade (NS) – são considerados cinco níveis de consequências onde


se categorizam os danos físicos causados às pessoas e os danos materiais. Ambas as
categorias devem ser consideradas independentemente, tendo sempre mais peso os

78
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

danos nas pessoas que os danos materiais. O nível de severidade do dano refere-se ao
dano mais grave que é razoável de esperar de um incidente envolvendo o perigo avaliado.

Tabela 16 – Nível de Severidade

Nível de Risco (NR) – trata-se do resultado do produto do nível de probabilidade


pelo nível de consequência.

Tabela 17 – Níveis de Risco

Através da análise e interpretação da matriz de níveis de risco é possível


caracterizar diferentes níveis de controlo (NC).

79
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Nível de Controlo (NC) – possibilita a classificação e hierarquização da


implementação das medidas de controlo para eliminar ou reduzir os riscos existentes.

Tabela 18 – Níveis de Controlo

80
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

5.4 Tabelas de Avaliação de Riscos Profissionais


Tabela 19 – Matriz de Avaliação de Riscos Profissionais de acordo com as atividades analisadas durante a realização do estágio.

Nível de Probabilidade (NP) Nível


= ND x NE de Medida
Nível de Risc Nível de de
Atividade/ Legislação Medidas preventivas
Perigo Risco Dano Severidade o Controlo Control
Tarefa aplicável implementadas
ND NE NP (NS) (NR) (NC) o
=NP (MC)
x NS
Atividade 01 – Reparação de máquina agrícola
Lesões nos Decreto
Queda de 3 - Limpeza e arrumação
membros 1 3 25 41821 de
objetos / Muito 75 V ordenada dos materiais,
inferiores Aceitável Ocasional Leve 11 Ago
materiais Baixa equipamentos e ferramentas
e/ou pés 1958
Utilização
de - Alternância de tarefas
Esforços
ferramentas
excessivos, LMELT, 2 2 - Adaptação do tempo de
manuais 1 60 DL 50/2005
posturas lombalgias, Pouco Muito 120 IV trabalho
Aceitável Moderado de 25 Fev
inadequada fadiga física Frequente Baixa - Eliminar períodos de
Libertação
s elevada frequência de
Parafusos da
movimentos repetitivos
fixação do
veio - Alternância de tarefas

Posturas LMELT, 2 - Adaptação do tempo de


2 4 60
inadequada lombalgias, Pouco 240 IV trabalho
Utilização Insuficiente Baixa Moderado
s fadiga física Frequente DL 50/2005 - Eliminar períodos de
de
de 25 Fev elevada frequência de
rebarbadora
movimentos repetitivos
Lesões por 2 2 - Utilizar e mantar em bom
Projeção de 1 90
corte, Pouco Muito 180 IV estado os equipamentos e
fragmentos Aceitável Grave
lacerações Frequente Baixa sistemas de proteção.

81
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

- Respeitar os procedimentos
Contacto
Lesões por 2 2 - Formação e informação
com 1 90
corte, Pouco Muito 180 IV sobre os procedimentos
superfícies Aceitável Grave
lacerações Frequente Baixa corretos de utilização dos
cortantes
equipamentos.
3 - Utilizar equipamento em
1 3 155 MC -
Incêndio Morte Muito 465 III adequado estado de
Aceitável Ocasional Mortal
Baixa conservação. 07
- Utilizar equipamento em
adequado estado de
Exposição Surdez DL 182/206 conservação.
ao Ruído Profissional de 6 Set - Utilizar EPI adequado,
2 2 nomeadamente protetores
1 60
Pouco Muito 120 IV auriculares.
Aceitável Moderado
Lesões nos Frequente Baixa
Exposição a
membros DL 46/2006 - Fazer pausas no trabalho
vibrações
superiores, de 24 de ou alternar com tarefas não
no sistema
articulações Fev sujeitas a vibrações.
mão braço
, stresse
- Prever a existência de
ventilação adequada;
Exposição a - Leitura das fichas de dados
contaminant Irritações de segurança dos produtos
2 2 DL 24/2012
es químicos cutâneas, 1 60 em uso, para conhecimento
Pouco Muito 120 IV de 6 de
(Fumos oculares e Aceitável Moderado do correto manuseamento;
Fixação de Utilização de Frequente Baixa Fev
metálicos e respiratórias - Utilizar EPI adequado,
barra de máquina de
Gases) máscara de proteção das
reforço soldar
vias respiratórias e luvas de
proteção.
Exposição a Inflamações - Reduzir o tempo de
2 2
radiação oculares, 1 25 Lei 25/2010 exposição às radiações,
Pouco Muito 50 V
não queimadura Aceitável Leve de 30 Ago alternando com outra
Frequente Baixa
ionizantes s cutâneas atividade;

82
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

- Usar barreiras de proteção


entre o trabalhador e
terceiros e a fonte de
radiação;
- Utilizar EPI adequado,
nomeadamente, máscara
facial de soldadura.
- Utilizar equipamento em
adequado estado de
Stresse, 2 2
Exposição a 1 60 DL 182/206 conservação;
Fadiga Pouco Muito 120 IV
Ruído Aceitável Moderado de 6 Set - Utilizar EPI adequado,
auditiva Frequente Baixa
nomeadamente protetores
auriculares.

Lesões - Garantir o com estado de


60 360
várias, III conservação dos
Queda de 1 Moderado
fraturas 6 6 equipamentos de elevação e
objetos/mat Esporádic
Deficiente Baixa seus acessórios. MC –
eriais a 155
Morte 930 III Respeitar os procedimentos
DL 50/2005 06
Mortal durante o processo
de 25 Fev MC –
Lesões
08
Elevação da Utilização de Entalament permanente 1
6 6 90 540 - Procedimentos de operador
grade de macaco o, s para o Esporádic III
Deficiente Baixa Grave - Sinalização adequada
discos hidráulico compressão corpo a
humano

- Alternância de tarefas

Posturas LMELT, 1 2 - Adaptação do tempo de


2 60 120 DL 50/2005
inadequada lombalgias, Esporádic Muito IV trabalho
Insuficiente Moderado de 25 Fev
s fadiga física a Baixa - Eliminar períodos de
elevada frequência de
movimentos repetitivos

83
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

- Prever a existência de
ventilação adequada;
- Leitura das fichas de dados
de segurança dos produtos
Exposição a DL 24/2012
Intoxicaçõe em uso, para conhecimento
contaminant de 6 de
s do correto manuseamento;
es químicos Fev
- Utilizar EPI adequado,
máscara de proteção das
vias respiratórias (se
aplicável).
- Utilizar equipamento em
adequado estado de
Exposição a Surdez DL 182/206 conservação.
Ruído profissional de 6 Set - Utilizar EPI adequado, MC –
nomeadamente protetores 05
Utilização de 2 auriculares.
Libertação de 6 12 60 MC –
maçarico Pouco 720 III - As garrafas de gás deverão
cavilhas Deficiente Média Moderado
Oxiacetileno Frequente permanecer de pé e estar 06
presas;
MC -
- Promover o bom estado de
08
conservação/manutenção de
tubagens, garrafas e
maçarico;
Fuga de
- Manter mangueiras
Gases Intoxicaçõe DL 50/2005
afastadas dos locais de
(Oxigénio/A s, Asfixia de 25 Fev
trabalho e protegidas;
cetileno)
- Utilizar mangueiras e
acessórios de ligação em
bom estado;
Prever a existência de
ventilação adequada;
- Leitura das fichas de dados
de segurança dos produtos

84
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

em uso, para conhecimento


do correto manuseamento.

- Zonas apropriadas a
Lesões nos
Queda de 1 utilização de ferramentas e
membros 6 6 60 DL348/93 MC -
objetos/mat Esporádic 360 III local de armazenamento
inferiores Deficiente Baixa Moderado de 1 de Out
eriais a 06
adequado
e/ou pés
Utilização de - Sinalização adequada
Substituição do
ferramentas - Alternância de tarefas
veio Esforços
manuais
excessivos, LMELT, 1 - Adaptação do tempo de
6 6 60 DL 50/2005 MC -
posturas lombalgias, Esporádic 360 III trabalho
Deficiente Baixa Moderado de 25 Fev 09
inadequada fadiga física a - Eliminar períodos de
s elevada frequência de
movimentos repetitivos.

- Alternância de tarefas
Esforços MC -
- Adaptação do tempo de
excessivos, LMELT, 10 1
10 90 trabalho
05
posturas lombalgias, Muito Esporádic 900 III
Média Grave MC -
inadequada fadiga física deficiente a - Eliminar períodos de
s elevada frequência de 09
movimentos repetitivos

Deslocação de - Zonas apropriadas a


Lesões nos
ferramentas e Movimentaç Queda de 10 1 utilização de ferramentas e
membros 10 25 DL 330/93
componentes ão manual objetos/mat Muito Esporádic 250 IV local de armazenamento
inferiores Média Leve de 25 Set
a substituir na de cargas eriais deficiente a adequado
e/ou pés
alfaia - Sinalização adequada
Queda ao 10 1 - Limpeza e arrumação
Contusões, 10 60
mesmo Muito Esporádic 600 III ordenada dos materiais e MC –
entorses Média Moderado
nível deficiente a ferramentas.
06
Choque Lesões nos
10 1 MC -
com membros 10 60 - Zonas apropriadas a
Muito Esporádic 600 III
objetos/mat inferiores ou Média Moderado 09
utilização de ferramentas e
deficiente a
eriais pés

85
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Lesões 10 1 local de armazenamento


Queda em 10 90
várias, Muito Esporádic 900 III adequado
altura Média Grave
fraturas deficiente a - Sinalização adequada
Entalament 10 1
Escoriações 10 60
o/compress Muito Esporádic 600 III
, fraturas Média Moderado
ão deficiente a
MC -
Lesões
1 90 Decreto
- Zonas apropriadas a 06
Queda de várias, 10 900 III
Grave utilização de ferramentas e MC -
fraturas Esporádic 10 41821 de
objetos/mat Muito local de armazenamento
a Média 11 Ago 08
eriais deficiente adequado
1958
155 - Sinalização adequada
MC –
Morte 1550 II
Elevação da Mortal 04
Cargas
grade com -Acondicionar devidamente a
suspensas MC -
trator Lesões carga no transporte manual
Queda da 90 06
várias, 1 900 III -Limpeza e arrumação
carga por 10 Grave MC -
fraturas Esporádic 10 DL 50/2005 ordenada dos materiais,
rotura dos Muito 08
a Média de 25 Fev equipamentos e ferramentas
acessórios deficiente
- Impedir circulação de
de elevação 155 MC –
Morte 1550 II trabalhadores na zona de
Mortal 04
carga
Manipulação Queda de Lesões 1 1
1 60
de diversos objetos/mat várias, Esporádic Muito 60 V - Zonas apropriadas a
Aceitável Moderado
objetos eriais fraturas a Baixa utilização de ferramentas e
DL348/93
Objetos não local de armazenamento
1 2 de 1 de Out
arrumados Tropeçar Contusão, 2 60 adequado
Esporádic Muito 120 IV
Comum a (Ferramenta em objetos entorse Insuficiente Moderado - Sinalização adequada
a Baixa
todas as s)
tarefas - Utilizar equipamento em
Efeitos
Lei nº 25- adequado estado de
Exposição a nocivos 3
Trabalhos 1 3 60 2010, de conservação.
radiações sobre a pele Muito 180 IV
no exterior Aceitável Ocasional Moderado 30 de - Utilizar EPI adequado,
UV e os órgãos Baixa
agosto nomeadamente protetores
visuais.
oculares e vestuário.

86
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Náuseas,
vertigens,
- Fazer pausas no trabalho
Exposição a fadiga 3 DL 348/93
1 3 25 ou alternar com tarefas não
temperatura cardíaca, Muito 75 V de 1 de
Aceitável Ocasional Leve sujeitas a exposição a
s extremas queimadura Baixa OUt
temperaturas extremas.
s,
hipotermia

Atividade 02 – Manutenção de trator agrícola

Lesões - Garantir o uso do cinto de


90
várias, 270 IV segurança
Grave
fraturas
- A cabina da máquina deve
3
Capotament 1 3 ser do tipo ROPS (sistema
Muito
o / Tombo Aceitável Ocasional de proteção contra
Baixa 155 tombamento).
MC -
Morte 465 III
Mortal - Operador habilitado e com 08
Circulação DL 50/2005 formação específica para o
de máquinas de 25 Fev equipamento em causa.
Preparação do
Lesões 2 2
trator para Atropelame 1 90 180 - Criação de acessos
várias, Pouco Muito IV
manutenção nto Aceitável Grave separados para os tratores e
fraturas Frequente Baixa
a circulação dos
trabalhadores
Lesões 2 2
Colisão / 1 90 180 - Sinalização das zonas de
várias, Pouco Muito IV
Pancada Aceitável Grave passagem dos tratores
fraturas Frequente Baixa
- Campo de visão livre
Utilização
3 - Utilizar equipamento em
de 1 3 155 DL 50/2005 MC -
Incêndio Morte Muito 465 III adequado estado de
equipamento Aceitável Ocasional Mortal de 25 Fev 08
Baixa conservação.
s

87
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

- Utilizar equipamento em
adequado estado de
Ruído das
Exposição a Surdez DL 182/206 conservação.
máquinas
ruídos profissional de 6 Set - Utilizar EPI adequado,
agrícolas 2 2
1 60 nomeadamente protetores
Pouco Muito 120 IV
Aceitável Moderado auriculares.
Frequente Baixa
Vibrações Exposição a
DL 46/2006 - Fazer pausas no trabalho
das vibrações Efeito das
de 24 de ou alternar com tarefas não
máquinas no corpo vibrações
Fev sujeitas a vibrações.
agrícolas inteiro
Contato 2 - Utilizar equipamento em
Choque 2 4 60 DL 50/2005
elétrico Pouco 240 IV adequado estado de
elétrico Insuficiente Baixa Moderado de 25 Fev
indireto Frequente conservação.
Utilização de
- Alternância de tarefas
lavadora de Esforços MC -
pressão excessivos, 2 - Adaptação do tempo de
LMELT, 05
2 4 90
posturas Pouco 360 III trabalho
lombalgias,
Insuficiente Baixa Grave MC -
inadequada Frequente - Eliminar períodos de
fadiga física
s elevada frequência de 09
movimentos repetitivos
Limpeza e - Pegas e zonas
Decreto
lavagem da Piso Queda ao 2 antiderrapantes
Contusões, 6 12 60 41821 de MC -
máquina irregular e mesmo Pouco 720 III - Utilização de calçado
Entorses Deficiente Média Moderado 11 Ago 06
escorregadio nível Frequente antiderrapante
1958
- Sinalização adequada
- Prever a existência de
ventilação adequada;
Contato Irritações - Leitura das fichas de dados
Utilização 2 2 DL 24/2012
com cutâneas, 1 60 de segurança dos produtos
de produtos Pouco Muito 120 IV de 6 de
produtos irritações Aceitável Moderado em uso, para conhecimento
químicos Frequente Baixa Fev
químicos oculares do correto manuseamento;
- Utilizar EPI adequado,
máscara de proteção das

88
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

vias respiratórias e luvas de


proteção.

- Zonas apropriadas a
Lesões nos Decreto
Queda de 2 utilização de ferramentas e
membros 2 4 25 41821 de
objetos/mat Pouco 100 IV local de armazenamento
inferiores Insuficiente Baixa Leve 11 Ago
eriais Frequente adequado
e/ou pés 1958
Utilização de - Sinalização adequada

ferramentas - Alternância de tarefas


Esforços
manuais
excessivos, LMELT, 2 - Adaptação do tempo de
2 4 60 DL 50/2005
posturas lombalgias, Pouco 240 IV trabalho
Insuficiente Baixa Moderado de 25 Fev
inadequada fadiga física Frequente - Eliminar períodos de
s elevada frequência de
movimentos repetitivos

- Zonas apropriadas a
Objetos não
2 utilização de ferramentas e
Desmontar arrumados Tropeçar Contusão, 2 4 25 DL348/93
Pouco 100 IV local de armazenamento
rodas e (Ferramenta em objetos entorse Insuficiente Baixa Leve de 1 de Out
Frequente adequado
diversos s)
componentes - Sinalização adequada

- Zonas apropriadas a
1
Queda de Lesões 2 utilização de ferramentas e
2 Esporádic 90 DL348/93
objetos/mat várias, Muito 180 IV local de armazenamento
Insuficiente a Grave de 1 de Out
eriais fraturas Baixa adequado

- Sinalização adequada
Utilização
Lesões MC -
de macaco
Entalament permanente 1
hidráulico 6 6 90 06
o, s para o Esporádic 540 III - Formar e informar sobre as
Deficiente Baixa Grave MC -
compressão corpo a DL 50/2005 técnicas e métodos de
humano de 25 Fev movimentação manual de 08
Posturas LMELT, 2 cargas
2 4 90 MC -
inadequada lombalgias, Pouco 360 III
Insuficiente Baixa Grave 05
s fadiga física Frequente

89
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

MC -
09
1 1
1 155 - Utilizar equipamento em
Incêndio Morte Esporádic Muito 155 IV
Aceitável Mortal adequado estado de
a Baixa
conservação.
Contato 1 1
Choque 1 60 - Não retirar as proteções
elétrico Esporádic Muito 60 V
elétrico Aceitável Moderado dos equipamentos
indireto a Baixa
DL 50/2005
de 25 Fev - Alternância de tarefas
Esforços
excessivos, LMELT, 1 2 - Adaptação do tempo de
2 90
posturas lombalgias, Esporádic Muito 180 IV trabalho
Utilização Insuficiente Grave
inadequada fadiga física a Baixa - Eliminar períodos de
de
s elevada frequência de
compressor
movimentos repetitivos
e acessórios
- Utilizar equipamento em
pneumáticos
adequado estado de
Exposição a Surdez DL 182/206 conservação.
ruídos profissional de 6 Set - Utilizar EPI adequado, MC -
2 nomeadamente protetores
2 4 90 02
Pouco 360 III auriculares.
Insuficiente Baixa Grave MC -
Lesões nos Frequente
Exposição a
membros DL 46/2006 - Fazer pausas no trabalho 06
vibrações
superiores, de 24 de ou alternar com tarefas não
no sistema
articulações Fev sujeitas a vibrações.
mão braço
, stresse

- Alternância de tarefas
Deslocação de Esforços MC -
ferramentas e Movimentaç excessivos, LMELT, 2 - Adaptação do tempo de
2 4 90 DL 330/93 05
componentes ão manual posturas lombalgias, Pouco 360 III trabalho
Insuficiente Baixa Grave de 25 Set MC -
a substituir no de cargas inadequada fadiga física Frequente - Eliminar períodos de
trator agrícola s elevada frequência de 09
movimentos repetitivos

90
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Lesões nos
Queda de 1 2
membros 2 90 - Zonas apropriadas a
objetos/mat Esporádic Muito 180 IV
inferiores Insuficiente Grave utilização de ferramentas e
eriais a Baixa
e/ou pés local de armazenamento

Queda ao 1 2 adequado
Contusões, 2 60
mesmo Esporádic Muito 120 IV - Sinalização adequada
entorses Insuficiente Moderado
nível a Baixa
- Formar e informar sobre as
Choque Lesões nos
1 2 técnicas e métodos de
com membros 2 60
Esporádic Muito 120 IV movimentação manual de
objetos/mat inferiores ou Insuficiente Moderado
a Baixa cargas
eriais pés

- Formar e informar sobre as


MC -
Entalament 2
Escoriações 2 4 90 técnicas e métodos de 04
o/compress Pouco 360 III
, fraturas Insuficiente Baixa Grave movimentação manual de MC -
ão Frequente
cargas
06
- Prever a existência de
Substituição de ventilação adequada;
óleos - Leitura das fichas de dados
Contato Irritações de segurança dos produtos
Utilização 2 2 DL 24/2012
com cutâneas, 1 60 em uso, para conhecimento
de produtos Pouco Muito 120 IV de 6 de
produtos irritações Aceitável Moderado do correto manuseamento;
químicos Frequente Baixa Fev
químicos oculares - Utilizar EPI adequado,
Lubrificação
máscara de proteção das
vias respiratórias e luvas de
proteção.

91
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Atividade 03 – Transporte/Mudança de Animais (Ovinos)

- Alternância de tarefas
Esforços MC –
excessivos, LMELT, 2 - Adaptação do tempo de
6 12 90 05
Posturas lombalgias, Pouco 1080 III trabalho
Deficiente Média Grave MC –
inadequada fadiga física Frequente - Eliminar períodos de
s elevada frequência de 07
Contato com
DL 50/2005 movimentos repetitivos
animais
Queda ao 2 de 25 Fev - Formação e informação
Contusões, 6 12 60
mesmo Pouco 720 III sobre técnicas de maneio e
Entorses Deficiente Média Moderado
nível Frequente contato direto com animais
MC –
Entalament - Utilizar equipamento em
- Recolher o 1 06
o/ Escoriações 6 6 60 adequado estado de
rebanho; Esporádic 360 III
Atropelame , Fraturas Deficiente Baixa Moderado conservação.
- Selecionar os a
nto
animais a
transportar; - Alternância de tarefas
Esforços
- Colocar os - Adaptação do tempo de
excessivos, LMELT, 2 2
animais no 1 90
Posturas lombalgias, Pouco Muito 180 IV trabalho
veículo; Aceitável Grave
inadequada fadiga física Frequente Baixa - Eliminar períodos de
- Retirar os elevada frequência de
s
animais do movimentos repetitivos
veículo.
Elevação Lesões - Garantir o bom
60
dos animais Entalament várias, 60 V DL 50/2005 funcionamento dos
1 1 Moderado
(Carga e o/ Fraturas 1 de 25 Fev equipamentos
Esporádic Muito
descarga) Atropelame Aceitável - Formação e informação
a Baixa 155
nto Morte 155 IV sobre os procedimentos de
Mortal
trabalho
Queda da Lesões - Utilizar equipamento em
60
carga por várias, 1 1 60 V adequado estado de
1 Moderado
rotura dos Fraturas Esporádic Muito conservação.
Aceitável
acessórios a Baixa 155 - Não retirar as proteções
Morte 155 IV
de elevação Mortal dos equipamentos

92
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

- Manobrar a carga de forma


suave
- Garantir o bom
funcionamento dos
Lesões 1 2
Queda em 2 60 equipamentos
várias, Esporádic Muito 120 IV
altura Insuficiente Moderado - Formação e informação
Fraturas a Baixa
sobre os procedimentos de
trabalho
Exposição a - Prever a existência de
Infeções, MC –
Contato com agentes ventilação adequada;
efeitos da DL 84/97
animais e biológicos 6 3 18 60 - Utilizar EPI adequado, 05
exposição a 1080 III de16 de
resíduos (vírus, Deficiente Ocasional Média Moderado máscara de proteção das MC -
agentes Abril
orgânicos bactérias, vias respiratórias e luvas de
biológicos 07
fungos) proteção.
- Utilizar equipamento em
Efeitos
Lei nº 25- adequado estado de
Exposição a nocivos
2010, de conservação.
radiações sobre a pele
30 de - Utilizar EPI adequado,
UV e os órgãos
agosto nomeadamente protetores
visuais.
3 oculares e vestuário.
Trabalhos 1 3 25
Náuseas, Muito 75 V
no exterior Aceitável Ocasional Leve
vertigens, Baixa
Fazer pausas no trabalho ou
Exposição a fadiga DL 348/93
alternar com tarefas não
temperatura cardíaca, de 1 de
sujeitas a exposição a
s extremas queimadura OUt
temperaturas extremas.
s,
hipotermia

93
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Atividade 04 – Alimentação de Animais (Bovinos)

- Zonas apropriadas a
Queda de Lesões 3 utilização de ferramentas e
1 3 60 DL 330/93
objetos/Mat várias, Muito 180 IV local de armazenamento
Aceitável Ocasional Moderado de 25 Set
eriais Fraturas Baixa adequado

- Sinalização adequada

- Alternância de tarefas
Esforços
excessivos, LMELT, 1 1 - Adaptação do tempo de
1 90
Posturas lombalgias, Esporádic Muito 90 IV trabalho
Aceitável Grave
inadequada fadiga física a Baixa - Eliminar períodos de

Utilização s elevada frequência de


Preparação da DL 50/2005
de moinho e movimentos repetitivos
ração de 25 Fev
misturador 3
1 3 155 - Utilizar equipamento em
Incêndio Morte Muito 465 III
Aceitável Ocasional Mortal adequado estado de
Baixa MC –
conservação.
Contato 3 08
Choque 1 3 60 - Não retirar as proteções
elétrico Muito 180 IV
elétrico Aceitável Ocasional Moderado dos equipamentos
indireto Baixa
- Utilizar equipamento em
adequado estado de
3
Exposição a Surdez 1 3 90 DL 182/206 conservação.
Muito 270 IV
Ruído profissional Aceitável Ocasional Grave de 6 Set - Utilizar EPI adequado,
Baixa
nomeadamente protetores
auriculares.

Utilização Lesões
- 90 - Garantir o uso do cinto de
de várias, 3 270 IV
Movimentaçã Capotament 1 3 Grave segurança
equipamento Fraturas Muito
o dos cereais o / Tombo Aceitável Ocasional DL 50/2005
s de Baixa 155 - A cabina da máquina deve MC –
(grão e feno) Morte 465 III de 25 Fev
elevação Mortal ser do tipo ROPS (sistema 08
-Movimentação
de proteção contra
dos compostos Carga e Entalament Lesões 1 90
2 2 180 IV tombamento).
descarga o/ permanente Aceitável Grave

94
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

orgânicos Compressã s para o Pouco Muito - Operador habilitado e com


(Ureia) o corpo Frequente Baixa formação específica para o
humano equipamento em causa.
Lesões - Utilizar equipamento em
90
Queda da várias, 360 III adequado estado de MC –
Grave
carga por Fraturas 2 conservação.
2 4 DL 50/2005 04
rotura dos Pouco - Não retirar as proteções
Insuficiente Baixa de 25 Fev MC –
acessórios Frequente 155 dos equipamentos
Morte 620 III
de elevação Mortal - Manobrar a carga de forma 08
suave
Carga
Lesões -Acondicionar devidamente a
suspensas 60
várias, 240 IV carga no transporte manual
Moderado
fraturas Decreto -Limpeza e arrumação
Queda de 2
2 4 41821 de ordenada dos materiais, MC –
objetos/mat Pouco
Insuficiente Baixa 11 Ago equipamentos e ferramentas
eriais Frequente 155 04
Morte 620 III 1958 - Impedir circulação de
Mortal MC –
trabalhadores na zona de
carga 08

- Aplicação de
Lesões procedimentos de operação
Entalament
permanente 2 2
o/ 1 90 - Sinalização adequada
s para o Pouco Muito 180 IV
Compressã Aceitável Grave - Meios de proteção de
corpo Frequente Baixa
Utilização o vários pontos e resguardos
humano
de tapete DL 50/2005 nos veios móveis de
rolante e de 25 Fev transmissão de potência.
sem-fim 3
1 3 155 - Utilizar equipamento em MC –
Incêndio Morte Muito 465 III
Aceitável Ocasional Mortal adequado estado de 05
Baixa
conservação.
Contato 3
Choque 1 3 60 - Não retirar as proteções
elétrico Muito 180 IV
elétrico Aceitável Ocasional Moderado dos equipamentos
indireto Baixa

95
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

- Prever a existência de
ventilação adequada;
DL 24/2012
Exposição a Intoxicação, - Utilizar EPI adequado,
de 6 de
poeiras asfixia máscara de proteção das
Fev
vias respiratórias e luvas de
proteção.
- Prever a existência de
Efeitos da ventilação adequada;
MC –
Exposição e DL 84/97
exposição a 2 3 6 90 - Utilizar EPI adequado, 04
elementos 540 III de16 de
elementos Insuficiente Ocasional Baixa Grave máscara de proteção das MC -
biológicos Abril
biológicos vias respiratórias e luvas de
06
proteção.
- Utilizar equipamento em
adequado estado de
Exposição a Surdez DL 182/206 conservação.
Ruído profissional de 6 Set - Utilizar EPI adequado,
nomeadamente protetores
auriculares.
- Alternância de tarefas
Esforços MC –
- Adaptação do tempo de
excessivos, LMELT, 1
6 6 90 trabalho 05
posturas lombalgias, Esporádic 540 III
Deficiente Baixa Grave - Eliminar períodos de MC –
inadequada fadiga física a
elevada frequência de
s 09
movimentos repetitivos
Lesões nos
Distribuição da Movimentaç Queda de 2 2
membros 1 25 DL 330/93
ração aos ão manual objetos/mat Pouco Muito 50 V
inferiores Aceitável Leve de 25 Set
animais de cargas eriais Frequente Baixa - Zonas apropriadas a
e/ou pés
utilização de ferramentas e
Queda ao 2
Contusões, 2 4 60 local de armazenamento
mesmo Pouco 240 IV
entorses Insuficiente Baixa Moderado adequado
nível Frequente
- Sinalização adequada
1 1
Choque Lesões nos 1 25
Esporádic Muito 25 V
com membros Aceitável Leve
a Baixa

96
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

objetos/mat inferiores ou
eriais pés

Lesões 1 1
Queda em 1 60
várias, Esporádic Muito 60 V
altura Aceitável Moderado
fraturas a Baixa
Lesões - Garantir o uso do cinto de
90
várias, 360 III segurança
Grave
fraturas - A cabina da máquina deve MC –
ser do tipo ROPS (sistema
Capotament 1 4 4 02
de proteção contra
o / Tombo Aceitável Frequente Baixa MC –
155 tombamento).
Morte 620 III
Mortal - Operador habilitado e com 08
formação específica para o
equipamento em causa.
Lesões
90 - Criação de acessos
várias, 270 IV
Grave separados para os tratores e
Circulação 3
Atropelame fraturas 1 3 a circulação dos
de máquinas Muito
nto Aceitável Ocasional trabalhadores
Baixa 155 DL 50/2005 MC –
Morte 465 III - Sinalização das zonas de
Mortal de 25 Fev 08
passagem dos tratores
Lesões - Utilização de sinalização
90
várias, 270 IV adequada
Grave
fraturas - Formar e informar o
3
Colisão / 1 3 operador sobre
Muito
Pancada Aceitável Ocasional procedimentos a adotar.
Baixa 155 MC –
Morte 465 III - Criar zonas específicas
Mortal 06
para a circulação das
máquinas
Utilização
3 - Utilizar equipamento em
de 1 3 155 MC –
Incêndio Morte Muito 465 III adequado estado de
equipamento Aceitável Ocasional Mortal 08
Baixa conservação.
s

97
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

MC –
Exposição a - Prever a existência de
Infeções, 03
Contato com agentes ventilação adequada;
efeitos da DL 84/97
animais e biológicos 6 3 18 90 - Utilizar EPI adequado, MC –
exposição a 1620 II de16 de
resíduos (vírus, Deficiente Ocasional Média Grave máscara de proteção das 05
agentes Abril
orgânicos bactérias, vias respiratórias e luvas de
biológicos MC –
fungos) proteção.
06
- Utilizar equipamento em
Efeitos
Lei nº 25- adequado estado de
Exposição a nocivos
2010, de conservação.
radiações sobre a pele
30 de - Utilizar EPI adequado,
UV e os órgãos
agosto nomeadamente protetores
visuais.
3 oculares e vestuário.
Trabalhos 1 3 60
Náuseas, Muito 180 IV
no exterior Aceitável Ocasional Moderado
vertigens, Baixa
- Fazer pausas no trabalho
Exposição a fadiga DL 348/93
ou alternar com tarefas não
temperatura cardíaca, de 1 de
sujeitas a exposição a
s extremas queimadura OUt
temperaturas extremas.
s,
hipotermia

- Zonas apropriadas a
Lesões nos
Queda de 2 2 utilização de ferramentas e
Comum a todas Transporte membros 1 60 DL 330/93
objetos/mat Pouco Muito 120 IV local de armazenamento
as tarefas de materiais inferiores Aceitável Moderado de 25 Set
eriais Frequente Baixa adequado
e/ou pés
- Sinalização adequada

98
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Atividade 05 – Limpeza das instalações

- Alternância de tarefas
Esforços
MC –
LMELT, 1 - Adaptação do tempo de
excessivos, 6 6 90 05
lombalgias, Esporádic 540 III trabalho
Posturas Deficiente Baixa Grave MC –
fadiga física a - Eliminar períodos de
incorretas
elevada frequência de 09
movimentos repetitivos
Lesões nos
Movimentaç Queda de 2 2
membros 1 60 DL 330/93
ão manual Objetos / Pouco Muito 120 IV
inferiores ou Aceitável Moderado de 25 Set
de cargas Materiais Frequente Baixa
pés - Zonas apropriadas a
Queda ao 1 2 utilização de ferramentas e
Contusões, 2 60
mesmo Esporádic Muito 120 IV local de armazenamento
Entorses Insuficiente Moderado
nível a Baixa adequado
Lesões nos - Sinalização adequada
Choque de 2 2
Limpeza membros 1 60
objetos / Pouco Muito 120 IV
Interior inferiores ou Aceitável Moderado
Materiais Frequente Baixa
pés
- Acondicionar devidamente
Queda de Lesões 2 2 a carga no transporte manual
1 90 DL348/93
objetos / várias, Pouco Muito 180 IV - Limpeza e arrumação
Aceitável Grave de 1 de Out
Materiais Fraturas Frequente Baixa ordenada dos materiais,
equipamentos e ferramentas
- Alternância de tarefas
Manipulação MC –
Esforços - Adaptação do tempo de
de Objetos LMELT, 1
excessivos, 6 6 90 DL 50/2005 trabalho 05
diversos lombalgias, Esporádic 540 III
Posturas Deficiente Baixa Grave de 25 Fev - Eliminar períodos de MC –
fadiga física a
incorretas elevada frequência de
09
movimentos repetitivos
Choque / Lesões 1 2
2 90 DL348/93 Acondicionar devidamente a
pancada várias, Esporádic Muito 180 IV
Insuficiente Grave de 1 de Out carga.
com objetos Fraturas a Baixa

99
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

- Pegas e zonas
Decreto
Queda ao 2 antiderrapantes
Piso Contusões, 6 12 60 41821 de MC –
mesmo Pouco 720 III - Utilização de calçado
irregular Entorses Deficiente Média Moderado 11 Ago 06
nível Frequente antiderrapante
1958
- Sinalização adequada
Exposição a - Prever a existência de
Infeções,
agentes ventilação adequada;
Contato efeitos da 2 DL 84/97
biológicos 6 12 25 - Utilizar EPI adequado,
resíduos exposição a Pouco 300 IV de16 de
(vírus, Deficiente Média Leve máscara de proteção das
orgânicos agentes Frequente Abril
bactérias, vias respiratórias e luvas de
biológicos
fungos) proteção.
Queimadura 2 2 - Utilizar equipamento em
1 90
Incêndio s, Pouco Muito 180 IV adequado estado de
Aceitável Grave
Intoxicação Frequente Baixa conservação.
- Alternância de tarefas
DL 50/2005 MC –
Esforços - Adaptação do tempo de
LMELT, 2 de 25 Fev
excessivos, 6 12 90 trabalho 05
lombalgias, Pouco 1080 III
Posturas Deficiente Média Grave - Eliminar períodos de MC –
fadiga física Frequente
incorretas elevada frequência de
09
movimentos repetitivos
Queda ao 2 2 - Limpeza e arrumação
Utilização Contusões, 1 60
Limpeza mesmo Pouco Muito 120 IV ordenada dos materiais e
de motor- Entorses Aceitável Moderado
Exterior nível Frequente Baixa ferramentas.
roçadeira DL 330/93
de 25 Set - Zonas apropriadas a
Choque / Lesões 2 2
1 90 utilização de ferramentas e
pancada várias, Pouco Muito 180 IV
Aceitável Grave local de armazenamento
com objetos Fraturas Frequente Baixa
adequado
- Utilizar equipamento em
adequado estado de
2 2
Exposição a Surdez 1 90 DL 182/206 conservação.
Pouco Muito 180 IV
Ruído profissional Aceitável Grave de 6 Set - Utilizar EPI adequado,
Frequente Baixa
nomeadamente protetores
auriculares.

100
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

LMELT,
lombalgias,
fadiga
Exposição a
física, DL 46/2006 - Fazer pausas no trabalho
vibração no
problemas de 24 de ou alternar com tarefas não
corpo
de visão, Fev sujeitas a vibrações.
inteiro
Acentuação
dos efeitos
do ruído.
- Utilizar EPI adequado,
DL 24/2012
Exposição a Intoxicação, máscara de proteção das
de 6 de
poeiras asfixia vias respiratórias e luvas de
Fev
proteção.
- Utilizar equipamento em
Efeitos
Lei nº 25- adequado estado de
Exposição a nocivos
2010, de conservação.
radiações sobre a pele
30 de - Utilizar EPI adequado,
UV e os órgãos
agosto nomeadamente protetores
visuais.
Trabalhos 3 oculares e vestuário.
1 3 60
no exterior Náuseas, Muito 180 IV
Aceitável Ocasional Moderado
vertigens, Baixa
- Fazer pausas no trabalho
Exposição a fadiga DL 348/93
ou alternar com tarefas não
temperatura cardíaca, de 1 de
sujeitas a exposição a
s extremas queimadura Outubro
temperaturas extremas.
s,
hipotermia

101
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Atividade 06 – Aplicação de Fertilizante


- Alternância de tarefas
Esforços - Adaptação do tempo de
MC –
LMELT, 2
excessivos, 6 12 90 trabalho 05
lombalgias, Pouco 1080 III
Posturas Deficiente Média Grave - Eliminar períodos de MC –
fadiga física Frequente
incorretas elevada frequência de
09
movimentos repetitivos
Lesões nos
Queda de 1 1
Movimentaç membros 1 60
Objetos / Esporádic Muito 60 V DL 330/93
ão manual inferiores ou Aceitável Moderado
Materiais a Baixa de 25 Set
de cargas pés - Zonas apropriadas a
Queda ao 2 utilização de ferramentas e
Contusões, 2 4 60
mesmo Pouco 240 IV local de armazenamento
Entorses Insuficiente Baixa Moderado
nível Frequente adequado
Lesões nos - Sinalização adequada
Choque de 2 2
membros 1 60
objetos / Pouco Muito 120 IV
Encher o inferiores ou Aceitável Moderado
Materiais Frequente Baixa
distribuidor de pés
fertilizante - Zonas apropriadas a
Queda de Lesões 1 2 utilização de ferramentas e
2 90
objetos / várias, Esporádic Muito 180 IV local de armazenamento
Insuficiente Grave
Materiais Fraturas a Baixa adequado
- Sinalização adequada
DL 50/2005
- Alternância de tarefas
de 25 Fev MC –
Esforços - Adaptação do tempo de
Manipulação LMELT, 1
excessivos, 6 6 90 trabalho 04
de Objetos lombalgias, Esporádic 540 III
Posturas Deficiente Baixa Grave - Eliminar períodos de MC –
diversos fadiga física a
incorretas elevada frequência de
06
movimentos repetitivos
- Zonas apropriadas a MC –
Choque / Lesões 2 utilização de ferramentas e
2 4 90 DL 330/93 04
pancada várias, Pouco 360 III local de armazenamento
Insuficiente Baixa Grave de 25 Set MC –
com objetos Fraturas Frequente adequado
- Sinalização adequada 06

102
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

- Pegas e zonas
antiderrapantes
Queda ao 1 2
Piso Contusões, 2 60 - Utilização de calçado
mesmo Esporádic Muito 120 IV
irregular Entorses Insuficiente Moderado antiderrapante
nível a Baixa
- Sinalização adequada em
cada equipamento

- Aplicação de MC –
Lesões procedimentos de operação 02
Entalament
permanente 10 DL - Sinalização adequada
Contato com o/ 3 30 90 MC –
s para o Muito 2700 II 50/2005 de - Meios de proteção de
TDF Compressã Ocasional Alta Grave 04
corpo deficiente 25 Fev vários pontos e resguardos
o
humano nos veios móveis de MC –
transmissão de potência. 08
Contacto - Prever a existência de MC –
com ventilação adequada;
01
substâncias Exposição a Irritações - Leitura das fichas de dados
químicas agentes cutâneas e de segurança dos produtos
MC –
14 42 DL 24/2012
(Enxofre, químicos oculares 3 90 em uso, para conhecimento 02
Deficiência Muito 3780 I de 6 de
Potássio e Ocasional Grave do correto manuseamento; MC –
Total Alta Fev
Azoto) - Utilizar EPI adequado,
05
Exposição a máscara de proteção das
Libertação Intoxicação, MC –
agentes vias respiratórias (se
de poeiras asfixia 06
químicos aplicável).
Lesões - Garantir o uso do cinto de
90
várias, 270 IV segurança
Grave
fraturas - A cabina da máquina deve
Aplicação de
3 DL ser do tipo ROPS (sistema
fertilizante com Circulação Capotament 1 3
Muito 50/2005 de de proteção contra
máquina de máquinas o / Tombo Aceitável Ocasional
Baixa 155 25 Fev tombamento). MC –
agrícola Morte 465 III
Mortal - Operador habilitado e com
08
formação específica para o
equipamento em causa.

103
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Lesões - Criação de acessos


90
várias, 270 IV separados para os tratores e
3 Grave
Atropelame fraturas 1 3 a circulação dos
Muito
nto Aceitável Ocasional trabalhadores
Baixa 155 MC –
Morte 465 III - Sinalização das zonas de
Mortal
passagem dos tratores 08
Lesões
90 - Utilização de sinalização
várias, 270 IV
Grave adequada
fraturas
- Formar e informar o
3
Colisão / 1 3 operador sobre MC –
Muito
Pancada Aceitável Ocasional procedimentos a adotar.
Baixa 155 06
Morte 465 III - Criar zonas específicas
Mortal
para a circulação das MC –
máquinas 08
MC –
- Aplicação de
Lesões procedimentos de operação 02
Entalament
permanente 10 - Sinalização adequada
Contato com o/ 3 30 90 MC –
s para o Muito 2700 II - Meios de proteção de
TDF Compressã Ocasional Alta Grave 04
corpo deficiente vários pontos e resguardos
o
humano nos veios móveis de MC –
transmissão de potência.
08
- Prever a existência de
ventilação adequada; MC –
- Leitura das fichas de dados
05
de segurança dos produtos
Exposição a 2 DL 24/2012
Libertação Intoxicação, 6 12 90 em uso, para conhecimento MC –
agentes Pouco 1080 III de 6 de
de poeiras asfixia Deficiente Média Grave do correto manuseamento;
químicos Frequente Fev 06
- Utilizar EPI adequado,
máscara de proteção das MC –
vias respiratórias (se 08
aplicável).

104
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Atividade 07 – Reparação de Canalização de águas residuais das instalações


Manipulação Queda de Lesões 1 1
1 60 DL 50/2005
de objetos Objetos / várias, Esporádic Muito 60 V - Zonas apropriadas a
Aceitável Moderado de 25 Fev
diversos Materiais Fraturas a Baixa utilização de ferramentas e
Lesões nos local de armazenamento
Queda de 1 1
membros 1 60 adequado
objetos/mat Esporádic Muito 60 V
inferiores Aceitável Moderado - Sinalização adequada
eriais a Baixa
e/ou pés
Utilização de
DL 50/2005 - Alternância de tarefas
ferramentas Esforços
Remoção da de 25 Fev - Adaptação do tempo de
manuais excessivos, LMELT, 1 2
canalização 2 90 trabalho
posturas lombalgias, Esporádic Muito 180 IV
danificada Insuficiente Grave - Eliminar períodos de
inadequada fadiga física a Baixa
elevada frequência de
s
movimentos repetitivos
Exposição a
Infeções, MC –
agentes - Utilizar EPI adequado,
Contato efeitos da 1 DL 84/97
biológicos 6 6 90 máscara de proteção das 06
resíduos exposição a Esporádic 540 III de16 de
(vírus, Deficiente Baixa Grave vias respiratórias e luvas de MC –
orgânicos agentes a Abril
bactérias, proteção.
biológicos 08
fungos)
- Alternância de tarefas
- Adaptação do tempo de
LMELT, 1 2
Posturas 2 90 trabalho
lombalgias, Esporádic Muito 180 IV
Utilização incorretas Insuficiente Grave - Eliminar períodos de
fadiga física a Baixa
de DL 50/2005 elevada frequência de
equipamento de 25 Fev movimentos repetitivos

Limpeza dos s Entalament


Lesões nos 1 1 - Utilizar equipamento em
tubos o/ 1 60
membros Esporádic Muito 60 V adequado estado de
Compressã Aceitável Moderado
superiores a Baixa conservação.
o

- Zonas apropriadas a
Manipulação Queda de Lesões 1 1
1 60 DL 50/2005 utilização de ferramentas e
de objetos Objetos / várias, Esporádic Muito 60 V
Aceitável Moderado de 25 Fev local de armazenamento
diversos Materiais Fraturas a Baixa
adequado

105
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

- Sinalização adequada
Exposição a - Prever a existência de
Infeções,
agentes ventilação adequada;
Contato efeitos da DL 84/97
biológicos - Utilizar EPI adequado,
resíduos exposição a de16 de
(vírus, máscara de proteção das
orgânicos agentes Abril
bactérias, vias respiratórias e luvas de
biológicos
fungos) proteção. MC –
- Prever a existência de
1 05
6 6 90 ventilação adequada;
Esporádic 540 III MC –
Deficiente Baixa Grave - Leitura das fichas de dados
a
Contato Irritações de segurança dos produtos 06
Utilização DL 24/2012
com cutâneas, em uso, para conhecimento
de produtos de 6 de
produtos oculares e do correto manuseamento;
químicos Fev
químicos respiratórias - Utilizar EPI adequado,
máscara de proteção das
vias respiratórias (se
aplicável).
- Alternância de tarefas
Esforços - Adaptação do tempo de
LMELT, 1 1
excessivos, 1 90 trabalho
lombalgias, Esporádic Muito 90 IV
Posturas Aceitável Grave - Eliminar períodos de
fadiga física a Baixa
incorretas elevada frequência de
movimentos repetitivos
Lesões nos
Montagem dos Queda de 1 1
Movimentaç membros 1 60
novos tubos Objetos / Esporádic Muito 60 V DL 330/93
ão manual inferiores ou Aceitável Moderado
através de Materiais a Baixa de 25 Set
de cargas pés - Zonas apropriadas a
vulcanização
Queda ao 1 utilização de ferramentas e
Contusões, 6 6 60 MC –
mesmo Esporádic 360 III local de armazenamento
Entorses Deficiente Baixa Moderado 06
nível a adequado
Lesões nos - Sinalização adequada
Choque de 1 1
membros 1 60
objetos / Esporádic Muito 60 V
inferiores ou Aceitável Moderado
Materiais a Baixa
pés

106
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

- Alternância de tarefas
- Adaptação do tempo de
LMELT, 1 1
Posturas 1 90 trabalho
lombalgias, Esporádic Muito 90 IV
incorretas Aceitável Grave - Eliminar períodos de
Utilização fadiga física a Baixa
elevada frequência de
de DL 50/2005
movimentos repetitivos
equipamento de 25 Fev
Queimadura
s 90
s, 1 1 90 IV - Utilizar equipamento em
1 Grave
Incêndio Intoxicação Esporádic Muito adequado estado de
Aceitável
a Baixa 155 conservação.
Morte 155 IV
Mortal
- Prever a existência de
ventilação adequada;
- Leitura das fichas de dados
Exposição a MC –
Irritações de segurança dos produtos
Utilização contaminant 1 DL 24/2012
cutâneas, 6 6 90 em uso, para conhecimento 03
de produtos es químicos Esporádic 540 III de 6 de
oculares e Deficiente Baixa Grave do correto manuseamento; MC –
químicos (Fumos e a Fev
respiratórias - Utilizar EPI adequado,
Gases) 08
máscara de proteção das
vias respiratórias (se
aplicável).
Manipulação
Queda de Lesões 1 1 - Pegas e zonas
de objetos 1 60 DL 50/2005
Objetos / várias, Esporádic Muito 60 V antiderrapantes
diversos Aceitável Moderado de 25 Fev
Materiais Fraturas a Baixa - Utilização de calçado
antiderrapante
Piso Queda ao 1
Contusões, 6 6 60 DL 330/93 - Sinalização adequada em MC –
Comum a todas escorregadio mesmo Esporádic 360 III
Entorses Deficiente Baixa Moderado de 25 Set cada equipamento 06
as tarefas e irregular nível a
Efeitos
Lei nº 25- - Fazer pausas no trabalho
Exposição a nocivos 1 1
Trabalhos 1 60 2010, de ou alternar com tarefas não
radiações sobre a pele Esporádic Muito 180 IV
no exterior Aceitável Moderado 30 de sujeitas a exposição a
UV e os órgãos a Baixa
agosto temperaturas extremas.
visuais.

107
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Náuseas,
vertigens,
Exposição a fadiga DL 348/93
temperatura cardíaca, de 1 de
s extremas queimadura OUt
s,
hipotermia

Atividade 08 – Distribuição de alimentação pelo comedouros (Atividade cinegética)


- Utilização de calçado
Piso Queda ao 1
Contusões, 6 6 60 DL 330/93 antiderrapante MC –
escorregadio mesmo Esporádic 360 III
Entorses Deficiente Baixa Moderado de 25 Set - Sinalização adequada em 06
e irregular nível a
cada equipamento
Exposição a
Infeções,
agentes - Utilizar EPI adequado,
Contato efeitos da 2 DL 84/97
biológicos 2 4 60 máscara de proteção das
resíduos exposição a Pouco 240 IV de16 de
(vírus, Insuficiente Baixa Moderado vias respiratórias e luvas de
orgânicos agentes Frequente Abril
bactérias, proteção.
biológicos
Encher/carrega fungos)
r/distribuir os - Alternância de tarefas
sacos de Esforços - Adaptação do tempo de
LMELT, 1 1
sementes pelos excessivos, 1 90 trabalho
lombalgias, Esporádic Muito 90 IV
comedouros Posturas Aceitável Grave - Eliminar períodos de
fadiga física a Baixa
incorretas elevada frequência de
Movimentaç movimentos repetitivos
DL 330/93
ão manual Lesões nos
Queda de 1 1 de 25 Set
de cargas membros 1 60 - Zonas apropriadas a MC –
Objetos / Esporádic Muito 60 V
inferiores ou Aceitável Moderado utilização de ferramentas e
Materiais a Baixa 04
pés local de armazenamento
MC –
Queda ao 1 adequado
Contusões, 6 6 60
mesmo Esporádic 360 III - Sinalização adequada 06
Entorses Deficiente Baixa Moderado
nível a

108
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Lesões nos MC –
Choque de 1 1
membros 1 60
objetos / Esporádic Muito 60 V 08
inferiores ou Aceitável Moderado
Materiais a Baixa
pés

Intoxicação, - Prever a existência de


Libertação
asfixia, ventilação adequada;
de poeiras e 2 DL 24/2012
Exposição a irritações 6 12 90 - Utilizar EPI adequado, MC –
várias Pouco 1080 III de 6 de
poeiras respiratórias Deficiente Média Grave máscara de proteção das 04
partículas Frequente Fev
, cutâneas e vias respiratórias (se
orgânicas
oculares aplicável).

- Utilizar equipamento em
Efeitos
Lei nº 25- adequado estado de
Exposição a nocivos
2010, de conservação.
radiações sobre a pele
30 de - Utilizar EPI adequado,
UV e os órgãos
agosto nomeadamente protetores
visuais.
Trabalhos 3 oculares e vestuário.
1 3 60
no exterior Náuseas, Muito 180 IV
Aceitável Ocasional Moderado
vertigens, Baixa
- Fazer pausas no trabalho
Exposição a fadiga DL 348/93
ou alternar com tarefas não
temperatura cardíaca, de 1 de
sujeitas a exposição a
s extremas queimadura Outubro
temperaturas extremas.
s,
hipotermia

109
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Atividade 09 – Distribuição de água pelos bebedouros (Atividade cinegética)


- Alternância de tarefas
Esforços - Adaptação do tempo de
LMELT, 1 1
excessivos, 1 90 trabalho
lombalgias, Esporádic Muito 90 IV
Posturas Aceitável Grave - Eliminar períodos de
fadiga física a Baixa
incorretas elevada frequência de
movimentos repetitivos
Lesões nos
Queda de 1 1
Preparar o Movimentaç membros 1 60
Objetos / Esporádic Muito 60 V DL 330/93
depósito de ão manual inferiores ou Aceitável Moderado
Materiais a Baixa de 25 Set
água de cargas pés - Zonas apropriadas a MC –
Queda ao 1 utilização de ferramentas e
Contusões, 6 6 60 05
mesmo Esporádic 360 III local de armazenamento
Entorses Deficiente Baixa Moderado MC –
nível a adequado
Lesões nos - Sinalização adequada 08
Choque de 1 1
membros 1 60
objetos / Esporádic Muito 60 V
inferiores ou Aceitável Moderado
Materiais a Baixa
pés
Lesões - Garantir o uso do cinto de
90
várias, 270 IV segurança
Grave
fraturas - A cabina da máquina deve
3 ser do tipo ROPS (sistema
Capotament 1 3 MC –
Muito de proteção contra
o / Tombo Aceitável Ocasional 08
Baixa 155 tombamento).
Circulação Morte 465 III
Deslocação e Mortal DL - Operador habilitado e com
de máquinas
enchimento dos 50/2005 de formação específica para o
(Trator
bebedouros 25 Fev equipamento em causa.
Agrícola)
Lesões - Criação de acessos
90 MC –
várias, 270 IV separados para os tratores e
3 Grave
Atropelame fraturas 1 3 a circulação dos 04
Muito
nto Aceitável Ocasional trabalhadores MC –
Baixa 155
Morte 465 III - Sinalização das zonas de
Mortal 05
passagem dos tratores

110
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Lesões - Utilização de sinalização


90
várias, 270 IV adequada
Grave MC –
fraturas - Formar e informar o
3
Colisão / 1 3 operador sobre 04
Muito
Pancada Aceitável Ocasional procedimentos a adotar. MC –
Baixa 155
Morte 465 III - Criar zonas específicas
Mortal 05
para a circulação das
máquinas
- Utilizar equipamento em
Efeitos
Lei nº 25- adequado estado de
Exposição a nocivos 3
1 3 2010, de conservação.
radiações sobre a pele Muito
Aceitável Ocasional 30 de - Utilizar EPI adequado,
UV e os órgãos Baixa
agosto nomeadamente protetores
visuais.
oculares e vestuário.
60
Náuseas, 180 IV
Moderado
vertigens,
- Fazer pausas no trabalho
Trabalhos Exposição a fadiga 3 DL 348/93
Comum a todas 1 3 ou alternar com tarefas não
no exterior temperatura cardíaca, Muito de 1 de
as tarefas Aceitável Ocasional sujeitas a exposição a
s extremas queimadura Baixa OUt
temperaturas extremas.
s,
hipotermia

Intoxicação, - Prever a existência de

asfixia, ventilação adequada;


2 2 DL 24/2012
Exposição a irritações 1 60 - Utilizar EPI adequado,
Pouco Muito 120 IV de 6 de
poeiras respiratórias Aceitável Moderado máscara de proteção das
Frequente Baixa Fev
, cutâneas e vias respiratórias (se

oculares aplicável).

111
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Atividade 10 – Preparação e limpeza de caminhos rurais (Atividade cinegética)


Manipulação
de objetos
diversos Queda de Lesões 1 1
1 60 DL 50/2005
(Arame, Objetos / várias, Esporádic Muito 60 V - Zonas apropriadas a
Aceitável Moderado de 25 Fev
pregos, Materiais Fraturas a Baixa utilização de ferramentas e
postes de local de armazenamento
madeira) adequado
Reparação de Lesões nos - Sinalização adequada
Queda de 1 1
vedações e membros 1 60
objetos/mat Esporádic Muito 60 V
cancelas inferiores Aceitável Moderado
Utilização de eriais a Baixa
e/ou pés
ferramentas
DL 50/2005 - Alternância de tarefas
manuais Esforços
de 25 Fev - Adaptação do tempo de
(Alicate, excessivos, LMELT, 1 2
2 90 trabalho
martelo, serra) posturas lombalgias, Esporádic Muito 180 IV
Insuficiente Grave - Eliminar períodos de
inadequada fadiga física a Baixa
elevada frequência de
s
movimentos repetitivos
Exposição a
Contato Infeções,
agentes - Utilizar EPI adequado,
resíduos efeitos da 2 DL 84/97
biológicos 2 4 60 máscara de proteção das
orgânicos exposição a Pouco 240 IV de16 de
(vírus, Insuficiente Baixa Moderado vias respiratórias e luvas de
(vegetação agentes Frequente Abril
bactérias, proteção.
diversa) biológicos
fungos)
Limpeza de
Lesões - Garantir o uso do cinto de
detritos e 90
várias, 270 IV segurança
vegetação Grave
fraturas - A cabina da máquina deve
acumulada
Utilização 3 DL ser do tipo ROPS (sistema
Capotament 1 3
de máquinas Muito 50/2005 de de proteção contra MC –
o / Tombo Aceitável Ocasional
agrícolas Baixa 155 25 Fev tombamento). 04
Morte 465 III
Mortal - Operador habilitado e com
MC –
formação específica para o
05
equipamento em causa.

112
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Lesões
90
várias, 270 IV - Criação de acessos
Grave
fraturas separados para os tratores e
3
Atropelame 1 3 a circulação dos MC –
Muito
nto Aceitável Ocasional trabalhadores
Baixa 155 04
Morte 465 III - Sinalização das zonas de
Mortal MC –
passagem dos tratores
05
Lesões - Utilização de sinalização
90
várias, 270 IV adequada
Grave
fraturas - Formar e informar o
3
Colisão / 1 3 operador sobre MC –
Muito
Pancada Aceitável Ocasional procedimentos a adotar.
Baixa 155 04
Morte 465 III - Criar zonas específicas
Mortal MC –
para a circulação das
máquinas 05
- Prever a existência de
ventilação adequada;
- Leitura das fichas de dados
Exposição a
Utilização Irritações de segurança dos produtos
contaminant 1 DL 24/2012
de produtos cutâneas, 6 6 60 em uso, para conhecimento
es químicos Esporádic 360 III de 6 de
químicos oculares e Deficiente Baixa Moderado do correto manuseamento;
(vapores e a Fev
(herbicidas) respiratórias - Utilizar EPI adequado,
gases)
máscara de proteção das
vias respiratórias (se
aplicável).
- Utilizar equipamento em
Efeitos
Lei nº 25- adequado estado de
Exposição a nocivos 3
Comum a todas Trabalhos 1 3 60 2010, de conservação.
radiações sobre a pele Muito 180 IV
as tarefas no exterior Aceitável Ocasional Moderado 30 de - Utilizar EPI adequado,
UV e os órgãos Baixa
agosto nomeadamente protetores
visuais.
oculares e vestuário.

113
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Náuseas,
vertigens,
- Fazer pausas no trabalho
Exposição a fadiga 3 DL 348/93
1 3 60 ou alternar com tarefas não
temperatura cardíaca, Muito 180 IV de 1 de
Aceitável Ocasional Moderado sujeitas a exposição a
s extremas queimadura Baixa OUt
temperaturas extremas.
s,
hipotermia

Intoxicação, - Prever a existência de

asfixia, ventilação adequada;


2 2 DL 24/2012
Exposição a irritações 1 60 - Utilizar EPI adequado,
Pouco Muito 120 IV de 6 de
poeiras respiratórias Aceitável Moderado máscara de proteção das
Frequente Baixa Fev
, cutâneas e vias respiratórias (se

oculares aplicável).

Atividade 11 – Serviço de limpeza de quarto (Atividade turística)


Movimentaç
ão manual
de cargas - Alternância de tarefas
(Aspirador, Esforços - Adaptação do tempo de
MC –
LMELT,
balde, excessivos, 1 4 4 90 DL 330/93 trabalho 05
lombalgias, 360 III
esfregona, Posturas Aceitável Frequente Baixa Grave de 25 Set - Eliminar períodos de MC –
fadiga física
produtos de incorretas elevada frequência de
09
limpeza, movimentos repetitivos
Limpeza da
toalhas,
área do quarto
lenções)
e wc
Manipulação - Zonas apropriadas a
de objetos Queda de Lesões utilização de ferramentas e
1 4 4 60
diversos Objetos / várias, 240 IV local de armazenamento
Aceitável Frequente Baixa Moderado
(Aspirador, Materiais Fraturas DL 50/2005 adequado
balde, de 25 Fev - Sinalização adequada
esfregona, Contato - Utilizar equipamento em
Choque 1 4 4 60
produtos de elétrico 240 IV adequado estado de
elétrico Aceitável Frequente Baixa Moderado
limpeza) indireto conservação.

114
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

- Não retirar as proteções


dos equipamentos
- Utilizar equipamento em
adequado estado de
Exposição a Surdez 1 4 4 60 DL 182/206 conservação.
240 IV
Ruído profissional Aceitável Frequente Baixa Moderado de 6 Set - Utilizar EPI adequado,
nomeadamente protetores
auriculares.
- Utilização de calçado
Piso Queda ao
Contusões, 2 3 6 60 DL 330/93 antiderrapante MC –
escorregadio mesmo 360 III
Entorses Insuficiente Ocasional Baixa Moderado de 25 Set - Sinalização adequada em 06
e irregular nível
cada equipamento
Exposição a
Infeções,
agentes - Utilizar EPI adequado,
Contato efeitos da DL 84/97
biológicos 2 3 6 60 máscara de proteção das
resíduos exposição a 360 III de16 de
(vírus, Insuficiente Ocasional Baixa Moderado vias respiratórias e luvas de
orgânicos agentes Abril
bactérias, proteção.
biológicos
fungos)
- Prever a existência de
ventilação adequada;
- Leitura das fichas de dados
Contato Irritações de segurança dos produtos
Utilização DL 24/2012
com cutâneas, 1 4 4 60 em uso, para conhecimento
de produtos 240 IV de 6 de
produtos oculares e Aceitável Frequente Baixa Moderado do correto manuseamento;
químicos Fev
químicos respiratórias - Utilizar EPI adequado,
máscara de proteção das
vias respiratórias (se
aplicável).

115
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Atividade 12 – Serviço de lavandaria (Atividade turística)


Exposição a
Infeções,
agentes - Utilizar EPI adequado,
Contato efeitos da DL 84/97
biológicos 2 3 6 60 máscara de proteção das
resíduos exposição a 360 III de16 de
(vírus, Insuficiente Ocasional Baixa Moderado vias respiratórias e luvas de
orgânicos agentes Abril
bactérias, proteção.
biológicos
fungos)
- Alternância de tarefas
Esforços - Adaptação do tempo de
MC –
LMELT,
excessivos, 1 4 4 90 DL 330/93 trabalho 05
lombalgias, 360 III
Movimentaç Posturas Aceitável Frequente Baixa Grave de 25 Set - Eliminar períodos de MC –
fadiga física
ão manual incorretas elevada frequência de
09
de cargas movimentos repetitivos

(Detergente Intoxicação, - Prever a existência de


s, toalhas, Exposição a asfixia, ventilação adequada;
DL 24/2012
lenções) poeiras e irritações 1 4 4 60 - Utilizar EPI adequado,
Seleção e 240 IV de 6 de
microfibras respiratórias Aceitável Frequente Baixa Moderado máscara de proteção das
preparação das Fev
dos tecidos , cutâneas e vias respiratórias (se
roupas a lavem
oculares aplicável).

- Utilização de calçado
Queda ao
Piso Contusões, 2 3 6 60 DL 330/93 antiderrapante MC –
mesmo 360 III
escorregadio Entorses Insuficiente Ocasional Baixa Moderado de 25 Set - Sinalização adequada em 06
nível
cada equipamento
- Prever a existência de
ventilação adequada;
- Leitura das fichas de dados
Contato Irritações de segurança dos produtos
Utilização DL 24/2012
com cutâneas, 1 4 4 60 em uso, para conhecimento
de produtos 240 IV de 6 de
produtos oculares e Aceitável Frequente Baixa Moderado do correto manuseamento;
químicos Fev
químicos respiratórias - Utilizar EPI adequado,
máscara de proteção das
vias respiratórias (se
aplicável).

116
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

- Alternância de tarefas
Movimentaç MC –
Esforços - Adaptação do tempo de
ão manual LMELT,
excessivos, 1 4 4 90 DL 330/93 trabalho 05
de cargas lombalgias, 360 III
Posturas Aceitável Frequente Baixa Grave de 25 Set - Eliminar períodos de MC –
(toalhas, fadiga física
incorretas elevada frequência de
lenções) 09
movimentos repetitivos
Passar a ferro
Contato
as roupas Choque
elétrico - Utilizar equipamento em
elétrico
Utilização indireto adequado estado de
1 4 4 60 DL 50/2005
de ferro de Contacto 240 IV conservação.
Aceitável Frequente Baixa Moderado de 25 Fev
engomar com vapor Lesões - Não retirar as proteções
a alta cutâneas dos equipamentos
temperatura
- Alternância de tarefas
Movimentaç MC –
Esforços - Adaptação do tempo de
ão manual LMELT,
Organização excessivos, 1 4 4 90 DL 330/93 trabalho 05
de cargas lombalgias, 360 III
das roupas Posturas Aceitável Frequente Baixa Grave de 25 Set - Eliminar períodos de MC –
(toalhas, fadiga física
incorretas elevada frequência de
lenções) 09
movimentos repetitivos

117
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Atividade 13 – Manutenção da piscina (Atividade turística)


- Zonas apropriadas a
Lesões nos
Queda de 3 utilização de ferramentas e
membros 1 3 60 DL 50/2005
objetos/mat Muito 180 IV local de armazenamento
Manipulação inferiores Aceitável Ocasional Moderado de 25 Fev
eriais Baixa adequado
Recolha de de objetos e/ou pés
- Sinalização adequada
detritos diversos
- Alternância de tarefas
presente á tona (cesto de Esforços
- Adaptação do tempo de
da água recolha, excessivos, LMELT, 3
1 3 90 DL 330/93 trabalho
escova) posturas lombalgias, Muito 270 IV
Aceitável Ocasional Grave de 25 Set - Eliminar períodos de
inadequada fadiga física Baixa
elevada frequência de
s
movimentos repetitivos
Exposição a
Infeções,
agentes - Utilizar EPI adequado,
Contato efeitos da 3 DL 84/97
biológicos 1 3 60 máscara de proteção das
resíduos exposição a Muito 180 IV de16 de
(vírus, Aceitável Ocasional Moderado vias respiratórias e luvas de
orgânicos agentes Baixa Abril
bactérias, proteção.
biológicos
fungos)
- Zonas apropriadas a
Lesões nos
Queda de 3 utilização de ferramentas e
membros 1 3 60 DL 50/2005
objetos/mat Muito 180 IV local de armazenamento
inferiores Aceitável Ocasional Moderado de 25 Fev
eriais Baixa adequado
Escovagem e e/ou pés
- Sinalização adequada
aspiração da
Manipulação - Alternância de tarefas
piscina Esforços MC –
de objetos - Adaptação do tempo de
excessivos, LMELT,
diversos 1 4 4 90 DL 330/93 trabalho 05
posturas lombalgias, 360 III
(aspirador e Aceitável Frequente Baixa Grave de 25 Set - Eliminar períodos de MC –
inadequada fadiga física
escova de elevada frequência de
s 09
piscina) movimentos repetitivos
- Utilizar equipamento em
Contato adequado estado de
Choque 1 4 4 60 DL 50/2005
elétrico 240 IV conservação.
elétrico Aceitável Frequente Baixa Moderado de 25 Fev
indireto - Não retirar as proteções
dos equipamentos

118
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

- Prever a existência de
ventilação adequada;
MC –
- Leitura das fichas de dados
Exposição a 03
Aplicação dos Irritações de segurança dos produtos
Utilização contaminant DL 24/2012
químicos cutâneas, 1 4 4 90 em uso, para conhecimento MC –
de produtos es químicos 360 III de 6 de
reguladores da oculares e Aceitável Frequente Baixa Grave do correto manuseamento; 05
químicos (Fumos e Fev
água respiratórias - Utilizar EPI adequado,
Gases) MC –
máscara de proteção das
06
vias respiratórias (se
aplicável).
- Utilizar equipamento em
Utilização
Contato adequado estado de
Manutenção de Choque 1 4 4 25 DL 50/2005
elétrico 100 IV conservação.
dos equipamento elétrico Aceitável Frequente Baixa Leve de 25 Fev
indireto - Não retirar as proteções
equipamentos s elétricos
dos equipamentos
da piscina
- Zonas apropriadas a
(programação Objetos não
2 utilização de ferramentas e
do sistema de arrumados Tropeçar Contusão, 2 4 60 DL348/93
Pouco 240 IV local de armazenamento
filtragem) (Ferramenta em objetos entorse Insuficiente Baixa Moderado de 1 de Out
Frequente adequado
s diversas)
- Sinalização adequada
- Utilizar equipamento em
Efeitos
Lei nº 25- adequado estado de
Exposição a nocivos 3
1 3 25 2010, de conservação.
radiações sobre a pele Muito 75 V
Aceitável Ocasional Leve 30 de - Utilizar EPI adequado,
UV e os órgãos Baixa
agosto nomeadamente protetores
visuais.
oculares e vestuário.
Comum a todas Trabalhos
Náuseas,
as tarefas no exterior
vertigens,
- Fazer pausas no trabalho
Exposição a fadiga 3 DL 348/93
1 3 25 ou alternar com tarefas não
temperatura cardíaca, Muito 75 V de 1 de
Aceitável Ocasional Leve sujeitas a exposição a
s extremas queimadura Baixa OUt
temperaturas extremas.
s,
hipotermia

119
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

- Utilização de calçado
Piso Queda ao
Contusões, 2 3 6 60 DL 330/93 antiderrapante MC –
escorregadio mesmo 360 III
Entorses Insuficiente Ocasional Baixa Moderado de 25 Set - Sinalização adequada em 06
e irregular nível
cada equipamento

Atividade 14 – Manutenção do jardim e espaços exteriores (Atividade turística)


Exposição a
Infeções, MC –
agentes - Utilizar EPI adequado,
Contato efeitos da DL 84/97
biológicos 2 3 6 60 máscara de proteção das 05
resíduos exposição a 360 III de16 de
(vírus, Insuficiente Ocasional Baixa Moderado vias respiratórias e luvas de MC –
orgânicos agentes Abril
bactérias, proteção.
biológicos 06
fungos)
Queimadura
90
s, 3 270 IV - Utilizar equipamento em
1 3 Grave DL 50/2005
Incêndio Intoxicação Muito adequado estado de
Aceitável Ocasional de 25 Fev
Baixa 155 conservação. MC –
Morte 465 III
Mortal 08
Cortar a
relva/Cortar as - Alternância de tarefas
Utilização de Esforços - Adaptação do tempo de
sebes LMELT, 2 2
máquinas excessivos, 1 90 DL 50/2005 trabalho
elétricas lombalgias, Pouco Muito 180 IV
Posturas Aceitável Grave de 25 Fev - Eliminar períodos de
(Corta-relva fadiga física Frequente Baixa
incorretas elevada frequência de
e corta movimentos repetitivos
sebes) Queda ao 2 2 - Limpeza e arrumação
Contusões, 1 60
mesmo Pouco Muito 120 IV ordenada dos materiais e
Entorses Aceitável Moderado
nível Frequente Baixa ferramentas.
DL 330/93
- Zonas apropriadas a
Choque / Lesões 2 2 de 25 Set
1 90 utilização de ferramentas e
pancada várias, Pouco Muito 180 IV
Aceitável Grave local de armazenamento
com objetos Fraturas Frequente Baixa
adequado

120
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

- Utilizar equipamento em
adequado estado de
Exposição a Surdez DL 182/206 conservação.
Ruído profissional de 6 Set - Utilizar EPI adequado,
nomeadamente protetores
auriculares.
LMELT, 2 2
1 90
lombalgias, Pouco Muito 180 IV
Aceitável Grave
fadiga Frequente Baixa
Exposição a
física, DL 46/2006 - Fazer pausas no trabalho
vibração no
problemas de 24 de ou alternar com tarefas não
corpo
de visão, Fev sujeitas a vibrações.
inteiro
Acentuação
dos efeitos
do ruído.
- Prever a existência de
ventilação adequada;
Utilização - Leitura das fichas de dados
de produtos Contato Irritações de segurança dos produtos
2 2 DL 24/2012
químicos com cutâneas, 1 90 em uso, para conhecimento
Pouco Muito 180 IV de 6 de
(Fertilizante produtos oculares e Aceitável Grave do correto manuseamento;
Frequente Baixa Fev
se químicos respiratórias - Utilizar EPI adequado,
herbicidas) máscara de proteção das
vias respiratórias (se
aplicável).
Utilização - Zonas apropriadas a
Lesões nos
de Queda de 2 2 utilização de ferramentas e
membros 1 60 DL 50/2005
ferramentas objetos/mat Pouco Muito 120 IV local de armazenamento
inferiores Aceitável Moderado de 25 Fev
Apanhar manuais eriais Frequente Baixa adequado
e/ou pés
folhagem seca (ancinho, - Sinalização adequada
apanha Esforços LMELT, 2 2 - Alternância de tarefas
1 90 DL 50/2005
folhas, pá, excessivos, lombalgias, Pouco Muito 180 IV - Adaptação do tempo de
Aceitável Grave de 25 Fev
balde) posturas fadiga física Frequente Baixa trabalho

121
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

inadequada - Eliminar períodos de


s elevada frequência de
movimentos repetitivos
- Zonas apropriadas a
Manipulação Queda de Lesões utilização de ferramentas e
1 4 4 60 DL 50/2005
de objetos Objetos / várias, 240 IV local de armazenamento
Aceitável Frequente Baixa Moderado de 25 Fev
diversos Materiais Fraturas adequado
Movimentação
(espreguiça - Sinalização adequada
e colocação de
deiras, - Alternância de tarefas
mobiliário de Esforços MC –
mesas, - Adaptação do tempo de
jardim excessivos, LMELT,
cadeiras, 1 4 4 90 DL 330/93 trabalho 05
posturas lombalgias, 360 III
chapéus de Aceitável Frequente Baixa Grave de 25 Set - Eliminar períodos de MC –
inadequada fadiga física
sol) elevada frequência de
s 09
movimentos repetitivos
- Respeitar os procedimentos
Contacto
Lesões por 2 2 . Formação e informação
com 1 90
corte, Pouco Muito 180 IV sobre os procedimentos
superfícies Aceitável Grave
Utilização lacerações Frequente Baixa corretos de utilização dos
cortantes
de equipamentos.
Manutenção ferramentas Lesões nos
Queda de 3
dos manuais membros 1 3 60 DL 50/2005
objetos/mat Muito 90 IV - Alternância de tarefas
equipamentos (serra, inferiores Aceitável Ocasional Moderado de 25 Fev
eriais Baixa - Adaptação do tempo de
de jardim martelo, e/ou pés
trabalho
chave de Esforços MC –
- Eliminar períodos de
parafusos) excessivos, LMELT,
2 3 6 90 elevada frequência de 05
posturas lombalgias, 540 III
Insuficiente Ocasional Baixa Grave movimentos repetitivos MC –
inadequada fadiga física
s 09
- Utilizar equipamento em
Efeitos
Lei nº 25- adequado estado de
Exposição a nocivos 3
Comum a todas Trabalhos 1 3 25 2010, de conservação.
radiações sobre a pele Muito 75 V
as tarefas no exterior Aceitável Ocasional Leve 30 de - Utilizar EPI adequado,
UV e os órgãos Baixa
agosto nomeadamente protetores
visuais.
oculares e vestuário.

122
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Náuseas,
vertigens,
- Fazer pausas no trabalho
Exposição a fadiga 3 DL 348/93
1 3 25 ou alternar com tarefas não
temperatura cardíaca, Muito 75 V de 1 de
Aceitável Ocasional Leve sujeitas a exposição a
s extremas queimadura Baixa OUt
temperaturas extremas.
s,
hipotermia
- Utilização de calçado
Piso Queda ao 3
Contusões, 1 3 60 DL 330/93 antiderrapante
escorregadio mesmo Muito 180 IV
Entorses Aceitável Ocasional Moderado de 25 Set - Sinalização adequada em
e irregular nível Baixa
cada equipamento
- Alternância de tarefas
Esforços
- Adaptação do tempo de
excessivos, LMELT, 3
1 3 90 DL 330/93 trabalho
posturas lombalgias, Muito 270 IV
Aceitável Ocasional Grave de 25 Set - Eliminar períodos de
inadequada fadiga física Baixa
elevada frequência de
s
movimentos repetitivos
- Zonas apropriadas a
Lesões nos
Movimentaç Queda de 3 utilização de ferramentas e
membros 1 3 60
ão manual objetos/mat Muito 180 IV local de armazenamento
inferiores Aceitável Ocasional Moderado
de cargas eriais Baixa adequado
e/ou pés
(objetos - Sinalização adequada
diversos) Queda ao 3 - Limpeza e arrumação
Contusões, 1 3 60
mesmo Muito 180 IV ordenada dos materiais e
entorses Aceitável Ocasional Moderado
nível Baixa ferramentas.
- Zonas apropriadas a
Choque Lesões nos
3 utilização de ferramentas e
com membros 1 3 60
Muito 180 IV local de armazenamento
objetos/mat inferiores ou Aceitável Ocasional Moderado
Baixa adequado
eriais pés
- Sinalização adequada

123
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Capitulo VII – Plano de Controlo de Riscos Profissionais

Tabela 20 – Matriz de Controlo de Riscos profissionais de acordo com as atividade analisadas durante a realização do estágio.

Medida de
Prioridade Tipologia das Prazo de
controlo Medidas preventivas/corretivas a implementar Legislação aplicável Responsável
NC - NR medidas implementação
(MC)

Existência de instalações/local apropriado ao armazenamento e


Decreto-Lei n.º 50/2005,
MC – 01 I – 3780 manipulação de fertilizantes químicos. Engenharia Imediato Empregador
de 25 de Fevereiro
Certificação dos equipamentos utilizados

Substituição dos equipamentos utilizados por equipamentos


Decreto-Lei n.º 50/2005,
MC – 02 II - 2700 atuais e com as devidas proteções e resguardos. Engenharia 30 dias * Empregador
de 25 de Fevereiro
Atualização dos equipamentos

Formação Lei n.º 102/2009, de 10


MC – 03 II - 1620 Informação e sensibilização dos riscos associados à tarefa. 30 dias * Empregador
Informação de Setembro

Instalação de mecanismos de transporte e alimentação Decreto-Lei n.º 50/2005,


MC – 04 II - 1550 Engenharia 30 dias * Empregador
adequados aos materiais utilizados. de 25 de Fevereiro

MC - 05 III - 1080 Fazer pausas durante as tarefas, alternado com outras atividades. Organizacional DL n.º330/93 de 25 Set 60 dias * Empregador

Formação
MC – 06 III - 1080 Formação e informação sobre a importância do uso de EPI’s. DL n.º330/93 de 25 Set 60 dias * Empregador
Informação

Formação sobre técnicas e métodos de maneio e contacto direto Formação


MC – 07 III - 1080 DL n.º330/93 de 25 Set 60 dias * Empregador
com animais. Informação

124
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Lei n.º 102/2009, de 10


Formação de Setembro; Decreto-
MC – 08 III – 930 Formação sobre o correto funcionamento dos equipamentos 60 dias * Empregador
Informação Lei n.º 50/2005, de 25 de
Fevereiro

Fracionar a carga ou distribuir o peso por mais do que uma


MC – 09 III - 900 Organizacional DL n.º330/93 de 25 Set 60 dias * Empregador
pessoa

* Dependendo da análise custo/benefício a implementação das medidas de controlo e prevenção pode ser imediata.

125
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Capitulo VIII – Análises e Recomendações

Após a análise da avaliação de riscos, podemos verificar que foram identificados


233 riscos passíveis de atuação. A tabela seguinte resume os riscos encontrados de
acordo com os níveis de controlo através do método MARAT.

Tabela 21 – Classificação dos riscos identificados

Nível de Controlo Incidências

NC-I 1 0,5 %

NC-II 5 2,1 %

NC-III 82 35,2 %

NC-IV 116 49,8 %

NC-V 29 12,4 %

Total 233 100 %

Assim, a avaliação de riscos demonstrou que: 12,4% (NC-V) dos riscos se deve
intervir apenas se uma análise mais pormenorizada o justificar; 49,8% (NC-IV) dos riscos
resultam de situações que necessitam de atenção; 35,2% (NC-III) dos riscos advém de
situações a melhorar; 2,1% (NC-II) dos riscos correspondem a situações a corrigir, onde
se encontram riscos de Quedas de objetos/materiais, Queda de carga por rotura dos
acessórios de elevação, Exposição a agentes biológicos (vírus, bactérias, fungos),
Entalamento/Compressão). Nesta análise foi identificado ainda um risco com NC-I,
“Situação Critica”, correspondente a 0,5% dos riscos avaliados, que é referente ao risco
de Exposição a agentes químicos (poeiras, Enxofre, Potássio e Azoto), considerado com
extrema importância em eliminar ou reduzir, através das medidas propostas.

126
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

2.1%
0.5%
12.4%

35.2%

49.8%

Gráfico 4 – Representação das incidências segundo o nível de risco.

De notar que existem medidas corretivas que são comuns a vários níveis de riscos.
Por esta razão não é necessário proceder à sua repetição no quadro, visto que
implementando uma medida corretiva de um nível de risco elevado o prazo de execução
será relativamente curto, ficando a medida implementada para todos os níveis de risco
inferiores.

Para um futuro desenvolvimento de trabalhos, sugere-se as diversas avaliações:

- Avaliação dos níveis de ruído: É recomendável a realização de medições dos


níveis de ruído para as atividades relacionadas com a com a utilização de máquinas
agrícolas (tratores e alfaias agrícolas), ferramentas elétricas e pneumáticas e também
nas atividade de limpeza e manutenção, a quando da utilização de corta-relva e corta-
sebes.

- Avaliação dos níveis de vibrações: É aconselhável efetuar a medição dos níveis


de vibração a que os trabalhadores estão expostos nas atividades relacionadas com a
com a utilização de máquinas agrícolas (tratores e alfaias agrícolas), ferramentas
elétricas e pneumáticas, na distribuição de ração e fertilizante, e também nas atividade
de limpeza e manutenção, a quando da utilização de corta-relva, corta-sebes e lavadora
de alta pressão.

127
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Conclusões

Neste trabalho procedeu-se à avaliação de riscos nas atividades de Agropecuária,


prestação de serviços cinegéticos e Agroturismo desenvolvidas durante o decorrer do
estágio na empresa O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.

A análise da avaliação de riscos permite concluir que as medidas que se encontram


implementadas mostram-se eficazes na maioria das ocorrências de exposição aos riscos
(49.8%) uma vez que a maioria dos níveis de risco calculados corresponde ao nível de
controlo IV.

Contudo, também se verificaram algumas situações a melhorar e para as quais


devem ser implementadas mais medidas, com nível de controlo III, nomeadamente
situações em que se verificam riscos de incêndio, queda de carga e objetos, capotamento,
atropelamento e colisão aos quais estão associados danos muito severos.

Podemos afirmar que a empresa O Monte do Alhinho – Turismo Rural Lda. está
num bom caminho relativamente à prevenção de acidentes de trabalho, bem como da
proteção e promoção da saúde dos trabalhadores.

128
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Bibliografia

 Guia de Segurança e Saúde no Trabalho para o setor Agro-Florestal – Lisboa: ACT,


2015;

 MIGUEL, A.S.S.R. (2004), Manual de Higiene e Segurança do Trabalho, 7ª. Edição,


Porto: Porto Editora.

 Material bibliográfico de apoio ao Curso de Técnico Superior de Segurança do


Trabalho. Espiralsoft – Soluções Informáticas. (2017)

 Cabral, F., et al. (2008). Higiene, Segurança, Saúde e Prevenção de Acidentes de


Trabalho. (29ª Atualização). Verlag Dashöfer. Lisboa.

 Espiralsoft, Manual de Avaliação de Riscos Profissionais (2017).

 Espiralsoft, Manual de Controlo de Riscos Profissionais (2017).

 Espiralsoft, Manual de Higiene do Trabalho (2017).

129
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Webgrafia

www.act.gov.pt

www.un.org

www.who.int

www.pgdlisboa.pt

www.ilo.org

www.osha.europa.eu

www.relatoriounico.pt

www.dre.pt

www.google.pt

130
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Legislação

1. Enquadramento legal de SST

Tabela 22 – Principal legislação relacionada com o enquadramento de SST.

Instrumentos Descrição
Lei n.º 35-2014, de 20 de
Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas
junho
Regime Jurídico da Promoção da Segurança e Saúde no
Lei n.º 102-2009, de 10 Trabalho (Regulamenta o Regime jurídico da promoção e
de Setembro prevenção da segurança e saúde no trabalho, de acordo com
o previsto no art.º 284º da Lei n.º 7/2009, de 12 de fevereiro)
Lei nº 7-2009, de 12 de Código do Trabalho Art. º 281º a 284º (Estabelece os
fevereiro - Código do princípios gerais em matéria de segurança e saúde no
Trabalho trabalho)
Aprova o modelo do requerimento de autorização de serviço
Portaria nº 255-2010, de comum, de serviço externo e de dispensa de serviço interno
5 de maio de segurança e saúde no trabalho, bem como os termos em
que o requerimento deve ser instruído.
Fixa os valores das taxas devidas pelos serviços prestados
Portaria nº 275-2010, de pelos organismos, no âmbito dos ministérios responsáveis
19 de maio pelas áreas laboral e da saúde, competentes para a
promoção da segurança e saúde no trabalho.
Portaria nº 299-2007, de Aprova o modelo de ficha de aptidão de exame de saúde
16 de março para o trabalho.
Regula a prestação de cuidados de saúde primários do
trabalho através dos Agrupamentos de centros de saúde
(ACES) visando assegurar a promoção e vigilância da saúde
Portaria n.º 112/2014, de a grupos de trabalhadores específicos, de acordo com o
23 de maio previsto no artigo 76.º da Lei n.º 102/2009, de 10 de
setembro, alterada pela Lei n.º 42/2012 de 28 de agosto e
Lei n.º 3/2014 de 28 de janeiro)

131
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

2. Acidentes de Trabalho e Doenças Profissionais

Tabela 23 – Principal legislação relativa a Acidentes de Trabalho e Doenças Profissionais.

Instrumentos Descrição
Código do Trabalho Art º 283º e 284º (Prevê o direito à
Lei nº 7/2009, de 12 de
reparação de acidentes de trabalho e de doenças
fevereiro
profissionais)
Lei nº 98/2009, de 4 de Regulamenta o regime de reparação de acidentes de
setembro trabalho e de doenças profissionais
Determina a obrigatoriedade da participação de todos os
Decreto-Lei nº 2/82, de 5
casos de doença profissional à Caixa Nacional de Seguros
de janeiro
de Doenças Profissionais
Decreto-Lei nº 159/99, de
11 de maio, alterado
Regulamenta o seguro obrigatório de acidentes de trabalho
pelo Decreto-Lei nº
para os trabalhadores independentes)
382A/99, de 22 de
setembro
Decreto Regulamentar
nº 6/2001, de 5 de maio,
alterado pelo Decreto Índice Codificado das doenças profissionais
Regulamentar nº
76/2007, de 17 de julho
Aprova a parte uniforme das condições gerais da apólice de
Portaria nº 256/2011, de seguro obrigatório de acidentes de trabalho para
5 de julho trabalhadores por conta de outrem, bem como as respetivas
condições especiais uniformes
Portaria nº 122/2012, de Procede à atualização anual das pensões de acidentes de
3 de maio trabalho, para o ano de 2012

3. Estatísticas da Sinistralidade laboral

Tabela 24 – Principal legislação relativa aos dados estatísticos da sinistralidade laboral.

Instrumentos Descrição
Decreto-Lei nº 362/93, de Regula a informação estatística sobre acidentes de trabalho
15 de outubro e doenças profissionais)
Portaria nº 137/94, de 8 Aprova os modelos de participação e mapas relativos a
de março acidentes de trabalho

132
Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

4. Certificação profissional de Técnico e Técnico Superior


de Segurança e Saúde no Trabalho

Tabela 25 – Principal legislação relacionada com a certificação de Técnico e Técnico Superior de


Segurança e Saúde no Trabalho

Instrumentos Descrição
Aprova os regimes de acesso e de exercício das profissões
Lei nº 42/2012, de 28 de
de técnico superior de segurança no trabalho e de técnico de
agosto
segurança no trabalho
Altera a Portaria nº 55/2012, de 9 de março, a qual especifica
as profissões regulamentadas abrangidas na área do
Portaria nº 384/2012, de emprego e designa a respetiva autoridade competente para
26 de novembro proceder ao reconhecimento das qualificações profissionais,
nos termos da Lei nº 9/2009, de 4 de março, alterando
também a designação da profissão

5. Licenciamento Industrial

Tabela 26 – Principal legislação relativa ao Licenciamento Industrial.

Instrumentos Descrição
Estabelece o regime do exercício da atividade industrial
Decreto-Lei nº 209/2008,
(REAI) e revoga o Decreto-Lei nº 69/2003, de 10 de abril, e
de 29 de outubro
respetivos diplomas regulamentares)
Declaração de
Retificação nº 77A/ 2008, Retifica o Decreto-Lei nº 209/2008, de 29 de outubro
de 26 de dezembro
Declaração de Retifica a Declaração de Retificação nº 77A/ 2008, de 26 de
Retificação nº 15/2009, dezembro
de 10 de fevereiro
Cria o Sistema da Indústria Responsável, que regula o
Decreto-Lei nº 169/2012, exercício da atividade industrial, a instalação e exploração de
de 1 de agosto zonas empresariais responsáveis, bem como o processo de
acreditação de entidades no âmbito deste Sistema
Portaria nº 302/2013, de Identifica os requisitos formais do formulário e os elementos
16 de outubro instrutórios que devem acompanhar os procedimentos

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6. Locais de Trabalho

Tabela 27 – Principal legislação relativa aos Locais de Trabalho.

Instrumentos Descrição
Decreto-Lei nº 347/93, de Prescrições mínimas de segurança e de saúde para os locais
1 de outubro de trabalho
(Regulamentação das normas técnicas respeitantes às
Portaria nº 987/93, de 6 prescrições mínimas de segurança e de saúde para os locais
de outubro de trabalho

7. Agentes Biológicos

Tabela 28 – Principal legislação relativa aos Agentes Biológicos.

Instrumentos Descrição
Estabelece as prescrições mínimas de proteção da
Decreto-Lei nº 84/97, de
segurança e da saúde dos trabalhadores contra os riscos da
16 de abril
exposição a agentes biológicos no trabalho
Portaria nº 405/98, de 11
Aprova a classificação dos agentes biológicos
de julho
Portaria nº 1036/98, de Altera a Lista dos agentes biológicos classificados, constante
15 de dezembro do anexo à Portaria nº 405/98, de 11 de julho
Regula a utilização confinada de microrganismos
Decreto-Lei nº 2/2001, de
geneticamente modificados, tendo em vista a proteção da
4 de janeiro
saúde humana e do ambiente

8. Equipamentos de Trabalho

Tabela 29 – Principal legislação relacionada com os Equipamentos de Trabalho.

Instrumentos Descrição
Estabelece as prescrições mínimas de segurança e de saúde
Decreto-Lei nº 50/2005,
para a utilização pelos trabalhadores de equipamentos de
de 25 de fevereiro
trabalho
Decreto-Lei nº 221/2006, Estabelece as regras em matéria de emissões sonoras de
de 8 de novembro equipamento para utilização no exterior

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9. Segurança de Máquinas Novas

Tabela 30 - Principal legislação sobre a Segurança de Máquinas Novas

Instrumentos Descrição
Decreto-Lei nº 103/2008, Estabelece as regras relativas à colocação no mercado e
de 24 de junho entrada em serviço das máquinas e respetivos acessórios

10. Segurança de Máquinas Usadas

Tabela 31 - Principal legislação sobre a Segurança de Máquinas Usadas

Instrumentos Descrição
Estabelece as condições de utilização e comercialização de
Decreto-Lei nº 214/95, de
máquinas usadas, visando a proteção da saúde e segurança
18 de agosto
dos utilizadores e de terceiros
Portaria nº 172/2000, de Define a complexidade e características das máquinas
23 de março usadas que revistam especial perigosidade

11. Equipamentos de proteção individual

Tabela 32 - Principal legislação relativa aos EPI´s

Instrumentos Descrição
Prescrições Mínimas de Segurança e Saúde para a utilização
Decreto-Lei nº 348/93, de
pelos trabalhadores de equipamento de proteção individual
1 de outubro
no trabalho
(Estabelece as prescrições mínimas de segurança e de
Portaria nº 988/93, de 6 saúde dos trabalhadores na utilização de Equipamento de
de outubro Proteção Individual, previstas no Decreto-Lei nº 348/93, de 1
de outubro
Portaria nº 1131/93, de 4
de novembro alterada
Estabelece as exigências essenciais relativas à saúde e
pela Portaria nº 109/96,
segurança aplicáveis aos equipamentos de proteção
de 10 de abril e Portaria
individual)
nº 695/97, de 19 de
agosto
Decreto-Lei nº 128/93, de
22 de março alterado
pelo Decreto-Lei nº Prescrições mínimas de segurança a que devem obedecer o
139/95, de 14 de junho, e fabrico e comercialização de máquinas, de instrumentos de
pelo Decreto-Lei nº medição e de equipamentos de proteção individual
374/98, de 24 de
novembro

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12. Movimentação Manuela de Cargas

Tabela 33 - Principal legislação relativa á movimentação manual de cargas

Instrumentos Descrição
Decreto-Lei nº 330/93, de Estabelece as prescrições mínimas de segurança e de saúde
25 de setembro na movimentação manual de cargas

13. Sinalização de Segurança

Tabela 34 - Principal legislação relativa á sinalização de segurança.

Instrumentos Descrição
Decreto-Lei nº 141/95, de Estabelece as prescrições mínimas para a sinalização de
14 de junho segurança e de saúde no trabalho
Regulamenta as prescrições mínimas de colocação e
Portaria nº 1456A/95, de
utilização da sinalização de segurança e de saúde no
11 de dezembro
trabalho, previstas no Decreto-Lei nº 141/95, de 14 de junho

14. Comércio e serviços

Tabela 35 - Principal legislação relativa á segurança em edifícios de comercio e serviços.

Instrumentos Descrição
Decreto-Lei nº 220/2008, Aprova o regime jurídico de segurança contra incêndios em
de 12 de novembro edifícios.
Portaria nº 1532/2008, de Aprova o regulamento técnico de segurança contra incêndios
29 de dezembro em edifícios.

15. Agentes Físicos - Ruído

Tabela 36 - Principal legislação relativa ao Ruído.

Instrumentos Descrição
Prescrições mínimas de segurança e de saúde em matéria
Decreto-Lei nº 182/2006,
de exposição dos trabalhadores aos riscos devidos aos
de 6 de setembro
agentes físicos (ruído).

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Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

16. Agentes Físicos - Vibrações

Tabela 37 - Principal legislação relativa a Vibrações.

Instrumentos Descrição
Prescrições mínimas de segurança e saúde respeitantes à
Decreto-Lei nº 46/2006,
exposição dos trabalhadores aos riscos devidos a vibrações
de 24 de fevereiro
mecânicas.

17. Agentes Químicos – Enquadramento Geral

Tabela 38 - Principal legislação relativa a Agentes Químicos

Instrumentos Descrição
Consolida as prescrições mínimas em matéria de proteção
Decreto-Lei nº 24/2012,
dos trabalhadores contra os riscos para a segurança e a
de 6 de fevereiro
saúde devido à exposição a agentes químicos no trabalho.
Regula a proteção dos trabalhadores contra os riscos ligados
Decreto-Lei nº 301/2000,
à exposição a agentes cancerígenos ou mutagénicos durante
de 18 de novembro
o trabalho.
Decreto-Lei nº 479/85, de
Fixa as substâncias, os agentes e os processos industriais
13 de novembro e
que comportam risco cancerígeno, efetivo ou potencial, para
Decreto Retificativo DR
os trabalhadores profissionalmente expostos.
nº 26/86, de 31 de janeiro
Assegura a execução, na ordem jurídica nacional, das
obrigações decorrentes do Regulamento (CE) nº 1907/2006,
Decreto-Lei nº 293/2009, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 18 de dezembro,
de 13 de outubro relativo ao registo, avaliação, autorização e restrição dos
produtos químicos (REACH) e que procede à criação da
Agência Europeia dos Produtos Químicos.
Estabelece o regime a que obedece a classificação,
Decreto-Lei nº 98/2010,
embalagem e rotulagem das substâncias perigosas para a
de 11 de agosto
saúde humana ou para o ambiente.
Decreto-Lei nº 220/2012, Classificação, rotulagem e embalagem de substâncias e
de 10 de outubro mistura.

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Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Glossário

Acidente – Acontecimento ocasional, que decorre de uma situação imprevista com


lesões ou danos materiais. Através do seu estudo, deve-se determinar medidas de
prevenção.

Agentes biológicos – São os microrganismos, incluindo os geneticamente


modificados, as culturas de células e os endoparasitas humanos suscetíveis de provocar
infeções, alergias ou intoxicações.

Agentes físicos – São as diversas formas de energia, a que possam estar expostos
os trabalhadores, que têm capacidade de modificar as características físicas do meio
ambiente, causando doenças profissionais que abrangem as lesões por agentes
mecânicos, alterações por calor e frio, por radiação e eletricidade.

Agentes químicos – Qualquer elemento ou composto químico, isolado ou em


mistura, que se apresente no estado natural ou seja produzido, utilizado ou libertado em
consequência de uma atividade laboral, incluindo sob a forma de resíduo, seja ou não
intencionalmente produzido ou comercializado.

Acidente de trabalho – Um acidente que se verifique no local e tempo de trabalho


e produza direta ou indiretamente lesão corporal, perturbação funcional ou doença de que
resulte redução da capacidade de trabalho ou ganho de morte.

Avaliação de riscos – Processo pelo qual se obtém a informação necessária para


que a organização tenha condições de tomar uma decisão apropriada sobre a melhor
ocasião de adotar ações de Prevenção e, se for caso disso, sobre o tipo de ações a
adotar.

Controlo de riscos – Controlar os riscos significa intervir sobre eles, no sentido de


se obter a minimização dos seus efeitos até a um nível aceitável. A eficácia do controlo
depende, assim, em larga medida de tal ação incidir na fonte da sua génese e se
direcionar no sentido da adaptação do trabalho ao homem.

Doença profissional – A doença profissional é aquela que resulta diretamente das


condições de trabalho e causa incapacidade para o exercício ou morte.

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Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) – é qualquer dispositivo ou meio


destinado a ser utilizado por mais que uma pessoa, cuja utilização não dependa da
vontade própria, com vista à proteção coletiva contra um ou mais riscos suscetíveis de
ameaçar a segurança ou a saúde dos trabalhadores expostos.

Equipamentos de Proteção Individual (EPI) – é qualquer dispositivo ou meio


destinado a ser utilizado por uma pessoa com vista à sua proteção contra um ou mais
riscos suscetíveis de ameaçar a sua segurança ou a sua saúde.

Empregador – Pessoa singular ou coletiva com um ou mais trabalhadores ao seu


serviço e responsável pela empresa ou estabelecimento ou, quando se trate de
organismos sem fins lucrativos, que detenha competência para a contratação de
trabalhadores;

Incidente – Acontecimentos (s) relacionado (s) com o trabalho em que ocorreu ou


poderia ter ocorrido lesão, afeção da saúde ou morte.

Perigo – Fonte ou situação com potencial para o dano, em termos de lesões ou


ferimentos para o corpo humano ou danos para a saúde, perdas para o património, para
o ambiente do local de trabalho, ou uma combinação destes.

Prevenção – Conjunto de políticas e programas, disposições e medidas tomadas


nas fases de licenciamento e de exploração da atividade da empresa, estabelecimento
ou serviço que visem eliminar, ou diminuir, os riscos profissionais a que estão
potencialmente expostos os trabalhadores.

Prevenção – Conjunto de técnicas com o objetivo de controlo dos fatores de risco


no trabalho.

Representante dos trabalhadores – O trabalhador eleito para exercer funções de


representação dos trabalhadores nos domínios da segurança e saúde no trabalho;

Risco – Combinação da probabilidade e da (s) consequência (s) da ocorrência de


um determinado acontecimento perigoso. O risco é por definição, o produto da
probabilidade de uma ocorrência, pela severidade (consequências provocadas pela
ocorrência).

Risco tolerado – Risco que foi reduzido a um nível que possa ser aceite pela
organização, tomando em atenção as suas obrigações legais e a sua própria política de
SST.

Trabalhador – Pessoa singular que, mediante retribuição, se obriga a prestar um


serviço a um empregador, o tirocinante, estagiário e o aprendiz que estejam na

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Avaliação de Riscos – “O Monte do Alhinho – Turismo Rural, Lda.”

dependência económica do empregador, em razão dos meios de trabalho e do resultado


da sua atividade.

Trabalhador Independente – Pessoa singular que exerce uma atividade por conta
própria.

Técnico de Segurança no Trabalho (TST) – Profissional que desenvolve atividade


de prevenção e de proteção contra riscos profissionais.

Técnico Superior de segurança no Trabalho (TSST) – Profissional que organiza,


desenvolve, coordena e controla as atividade de prevenção e proteção contra riscos
profissionais.

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