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1)Para você, qual a importância de uma antropologia da criança ou da infância?

A antropologia fornece aos estudos das crianças um modelo analítico que


permite entendê-las por si mesmas, além de uma metodologia de coleta de dados, como
a etnografia, entendendo ser esse o melhor meio de compreendê-las em seus próprios
termos porque permite uma observação direta, delas e de suas tarefas, e uma
compreensão de seu ponto de vista sobre o mundo que lhes rodeiam.

Fora esses pontos abordados, a ideia de infância pode simplesmente não existir
ou ser vista de uma forma diferente da nossa dependendo de uma cultura para outra.
Questões como o que é ser uma criança, o que define seu início e o seu fim, pode ser
visto de outros modos em contextos socioculturais diferentes, cabe a antropologia da
criança ser capaz de apreender essas diversificações.

2)Como você entende a ideia da criança produtora de cultura?

O conceito deixa de ser de natureza quantitativa e passa a ser qualitativa, não é


mais sobre o quanto a criança sabe ou absorve, mas sim como a criança constrói um
sentido ao mundo em que ela esta imersa. A criança não sabe menos do que um adulto,
ela sabe de outra forma. Para a antropologia a questão não é saber em que condição
cognitiva a criança elabora sentidos e significados, e sim a partir de que sistema
simbólico o faz. Essa autonomia deve ser reconhecida, mas também relativizada:
digamos, portanto, que elas têm uma relativa autonomia cultural.

3)Para você, o que é necessário para que todas as crianças tenham direito a infância?

Antes de responder é necessário deixar claro que o conceito de infância pode


variar dependendo do tempo e espaço analisado. Falando em uma infância aqui no
Brasil, é previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) que criança é o
indivíduo até 12 anos incompletos, além disso, esse mesmo documento permitiu que as
crianças e adolescentes passassem a serem vistos como sujeitos, culturalmente e
legalmente, promovendo leis de proteção e liberdade de desenvolvimento nas condições
humanitárias. As leis e regulamentações que garantem direito a saúde, educação, ao
brincar e outros mais, já existem, é necessário agora que todas essas leis sejam postas
em prática.

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