Você está na página 1de 3

Como a dislexia é vista na sociedade

-A dislexia é causa ainda ignorada de evasão escolar em nosso país, e uma das causas
do chamado ‘analfabetismo funcional’, que, por permanecer envolta no
desconhecimento ou na informação imprecisa, não é considerada como desencadeante
de insucessos no aprendizado

-Segundo Frank10, o sentimento de frustração e fracasso que o indivíduo vivencia,


enquanto negocia sua vida com a dislexia, pode aparecer de várias formas, sentimentos
comuns que vão reaflorar de tempos em tempos, seja ao abordar seus trabalhos
escolares ou ao se interagir com colegas e familiares.

-Segundo Selikowitz11, as crianças com dislexia percebem que enfrentam obstáculos


que outras crianças não enfrentam. Muitas criam mecanismos bem-sucedidos para
manter sua auto-estima, apesar das dificuldades; mas algumas desenvolvem
mecanismos inadequados para enfrentar o problema.

-Segundo Frank10, os lados emocional e cognitivo da dislexia estão sempre


entrelaçados, por isso que para o disléxico é importante o apoio, a compreensão, a
paciência e a dedicação daqueles que o cercam, pois o fato da criança se sentir diferente
dos demais já é um grande desafio, uma vez que este indivíduo terá de vivenciar os
efeitos da dislexia, que é uma questão para a vida toda.

-devem-se ressaltar as habilidades e não as limitações do indivíduo, propondo, assim,


uma educação apropriada, pensada, planejada e elaborada, levando-se em conta as
necessidades do indivíduo e da sociedade na qual está inserido.

-Segundo Frank10, este é um dos aspectos, emocionalmente, mais doloroso, pois, às


vezes, é impossível lembrarse de certas experiências do passado. Este fato pode levar os
indivíduos disléxicos a se esquivar e se isolar para não serem descobertos ou por não
saber lidar com essa dificuldade, sentindo vergonha e medo de ser diferente dos demais

-nenhum disléxico deixará de ser disléxico, mas com o consistente apoio e


encorajamento por parte de familiares e compreensão dos amigos vão ajudar este
indivíduo a se conhecer melhor e aprender a viver com seu transtorno e ser bem-
sucedido.

-O sujeito em estudo relatou que em vários momentos de sua vida se deparou com o
sentimento de fracasso e, consequentemente, baixaestima, e isto é o que mostra o
recorte abaixo: [...] eu mesmo me condenando pela preguiça, pela safadeza, né. Esse ato
meu de se esconder e não ir na escola.

ARTIGO 2

-a falta de informação sobre o transtorno faz com que a criança disléxica seja vista
como preguiçosa e, consequentemente, tratada como incapaz.
-“dislexia pode ser mais nociva para as classes menos favorecidas” (MARTINS, 2017),
considerando que famílias ricas possuem condições financeiras para arcarem com o
acompanhamento multiprofissional e infelizmente as crianças de famílias menos
favorecidas dependem apenas da prática pedagógica desenvolvida na escola em que
estejam matriculadas.

-, é necessário definir também quais são os primeiros sintomas, quais os erros que o
indivíduo disléxico costuma cometer, quais são os tipos de dislexia e como ela surge,
desmistificar que se trata de um aluno preguiçoso ou com limitações cognitivas
qualquer e esclarecer que a legislação protege os direitos desses indivíduos.

-muitas vezes educadores e/ou pais julgam a criança como preguiçosa, pois não
conseguem diagnosticar por conta própria o problema. Quando há a suspeita de dislexia,
a prática educacional vem se mostrando ineficiente para atender as necessidades de
alunos disléxicos e muitos deles acabam por abandonar a escola.

-O autor também demonstra que apesar do transtorno atingir diretamente a leitura, ele
tinha uma verdadeira paixão pelos livros, mas o pai e a professora não entendiam que
ele era um aluno disléxico e por isso demandava mais paciência e atenção ao invés da
exposição em sala de aula, na frente de todos e do castigo de perder suas HQ’S. Isso só
deixa mais claro o que já foi dito sobre os estigmas que o individuo disléxico carrega
durante sua vida, sobre ser preguiçoso ou problemático. (pág 39).
É comum que muitas pessoas leigas no assunto fiquem confusas com a definição
da dislexia, pelo fato de que a mesma pode apresentar-se de diferentes formas e níveis
de intensidades, levando em consideração todos os contextos em que a criança pode
estar inserida.

Dito isso, era mais comum que, por falta de conhecimento ou um olhar mais
atencioso, a dislexia dessas crianças passem despercebidas, como o caso de Odete, uma
empresária paulista que descobriu o seu quadro do transtorno quando seu filho foi
diagnosticado como disléxico aos 15 anos. O garoto sofria bullying por parte dos outros
estudantes devido a suas dificuldades, e sua mãe relata que, quando criança, os colegas
de classe a chamavam de “burra” por também ter dificuldades em matérias como
história e português.

As crianças conseguem perceber essas dificuldades pelo fato de, às vezes, não
corresponderem ao esperado em determinado ambiente social, nesse caso a escola,
passando sinais de distração, atraso no desenvolvimento da fala e linguagem e atenção
insatisfatória, por exemplo. Dessa forma, crianças com dislexia podem ter sua
autoestima fortemente afetada se não for dado o devido apoio, compreensão, paciência e
a dedicação daqueles que a cercam, pois o fato da criança se sentir diferente das outras
já se torna um grande desafio, uma vez que estes indivíduos terão de vivenciar os
obstáculos que a dislexia traz.

Por muitas vezes, por estar em envolta no desconhecimento ou na informação


imprecisa, a sociedade ignora o fato da dislexia ser uma causa da evasão escolar no
Brasil e que o fracasso escolar dos indivíduos que possuem tal transtorno está
diretamente ligado a dislexia em si e não a estigmas que o individuo disléxico carrega
durante sua vida, sobre ser preguiçoso ou problemático. Ainda hoje, muitas vezes
educadores e/ou pais julgam a criança como preguiçosa, pois não conseguem
diagnosticar por conta própria o problema ou não tem o conhecimento do transtorno.
Quando há a suspeita de dislexia, muitos educadores acabam falhando para o ato de
compreender e atender as necessidades de alunos disléxicos e muitos deles acabam por
abandonar a escola devido a falta de acolhimento, sensibilidade e adaptação
educacional.

Por fim, é necessário definir quais são os primeiros sintomas, quais os erros que
o indivíduo disléxico costuma cometer, quais são os tipos de dislexia e como ela surge,
propagar todo o conhecimento a respeito do transtorno, tanto para os agentes da
educação como para os pais, a fim de desmistificar que se trata de um aluno preguiçoso
e esclarecer que a legislação protege os direitos desses indivíduos. Devendo também
ressaltar as habilidades e não as limitações dos aprendentes, propondo, assim, uma
educação apropriada, pensada, adaptada e elaborada, levando-se em conta as
necessidades do indivíduo e da sociedade na qual está inserido.

Você também pode gostar