É possível construir (ou resgatar) uma diversidade de culturas e identidades a partir dos produtos culturais que surgiram dentro do modelo capitalista/industrial e da cultura de massas?
É possível construir (ou resgatar) uma diversidade de culturas e identidades a partir dos produtos culturais que surgiram dentro do modelo capitalista/industrial e da cultura de massas?
É possível construir (ou resgatar) uma diversidade de culturas e identidades a partir dos produtos culturais que surgiram dentro do modelo capitalista/industrial e da cultura de massas?
Atividade: É possível construir (ou resgatar) uma diversidade de culturas e identidades a
partir dos produtos culturais que surgiram dentro do modelo capitalista/industrial e da
cultura de massas?
Segundo o primeiro texto trabalhado em aula, Fundamentos de antropologia: um
ideal de excelência humana, a cultura significa a detenção de conhecimentos, riqueza interior, mundo íntimo, e o seu berço se daria no núcleo criativo e afetivo do indivíduo. Um saber que cresce de dentro para fora, visto que primeira dimensão da cultura se dá da na internalização e o incremento de cada pessoa. Já a identidade cultural, é um conjunto de aspectos, como vestimentas, alimentação e hábitos de um povo que faz com que eles se identifiquem como tal. A identidade cultural é a identificação essencial da cultura de uma sociedade, é repleta de riquezas e elementos que rementem a aquele povo específico. As mulheres Padaung com as argolas em seus pescoços ou as pinturas corporais das aldeias indígenas brasileiras são costumes culturais desses povos e carregam um grande peso simbólico rico de sentidos, eles têm motivo e explicação para existirem, não são vazios de significado. Entendendo esses conceitos já escorridos, podemos falar agora sobre indústria cultural. Com o final da Guerra Fria na década de 80, houve uma enchente da cultura norte-americana, dominando os meios de comunicação e criando uma massificação de conteúdo padronizado e sem complexidade com o objetivo de agradar o maior número de consumidores, influenciando e criando o interesse por produtos de origem em objetivos econômicos de grandes grupos empresariais. Compreende-se, então, a engrenagem da indústria de massa, os meios de comunicações, influenciados pelos empresários, influenciam o maior número de pessoas através de conteúdos artificiais para consumirem produtos das empresas. No decorrer de todo esse processo de esvaimento do conteúdo, perdesse a essência do que é entregue ao consumidor. Se retomarmos o exemplo das pinturas corporais das aldeias indígenas, hoje em nosso país não é comum pessoas sem descendência indígena com essas pinturas, mas se os meios de comunicação iniciarem a promover esses símbolos em novelas e filmes, sem uma explicação do significado, as pessoas começariam a reproduzir sem se darem ao trabalho de saber qual o sentido daquelas pinturas e de qual povo elas pertencem. Diante de tudo que foi exposto, não acredito que a indústria cultural possa construir ou resgatar a identidade cultural de um povo. Pelo fato de que sua principal característica consiste na hegemonia cultural para consumo de todas as classes e facilidade na produção e reprodução dessa cultura padronizada. A industrialização cultural coloca o hábito cultural imposto no lugar do tradicional. Além disso, a perca de significado de costumes, símbolos e ações, indo contra o primeiro significado de cultura adotado para esse texto, causando a perda pertencimento do sujeito em sua cultura original. O processo de resgate cultural deve partir do intrínseco indivídual, e não um processo de fora para dentro, forçado “guela abaixo”.