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7 PASSOS
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO
AULA 1. AMOR À SABEDORIA AULA 5. ESTÉTICA
RESUMO P.06 RESUMO P.38
PLANO P.07 PLANO P.39
QUESTÕES P.11 QUESTÕES P.42
REFERÊNCIAS P.12 REFERÊNCIAS P.43
Amor à Sabedoria
I. Resumo
N
a introdução, esta aula apresenta a proposta do curso, que convida a percorrer os sete
passos do horizonte abrangente e circular da filosofia.
(I) Na primeira parte, o conceito de filosofia como amor à sabedoria, ressaltando
a dimensão universal dessa atividade intelectual que interroga, com radicalidade e
profundidade, todo o universo inteligível. Ainda nesta parte, apresenta as três dimensões
constitutivas da vida filosófica: a intelectual, a moral e a pedagógica.
(II) Na segunda parte, trata da origem da filosofia como admiração diante da beleza
e diversidade do mundo, que gera o espírito questionador e científico.
(III) Na terceira parte, discorre sobre os dois métodos da filosofia, o analítico (conceitual
e abstrato) e o hermenêutico (dialético e histórico).
Por fim, (IV) na quarta parte, enumera as disciplinas filosóficas, a partir da distinção
elementar de disciplinas práticas (ética, política e estética) e teóricas (metafísica, ontologia
e epistemologia, e filosofia da religião).
II. Plano
INTRODUÇÃO: A proposta do curso
1. Partes da aula
1.1. Definição
1.2. Origem
1.3. Método histórico e analítico
1.4. Disciplinas
3. Coordenadas do mapa
3.1. Possibilidade de iniciar na reflexão filosófica
3.2. Principais escolas, temas e autores
1. Amor à sabedoria
1.1. Etimologia: Philo (amor) – Sophia (sabedoria)
1.2. Crise da sabedoria tradicional
1.2.1. Sábios
1.2.2. Filósofos
1.3. Dogma (resposta) e questão (dúvida)
1.4. Sócrates como fundador da filosofia
1.5. Definição etimológica que corresponde à essência da filosofia
2.Natureza do amor
2.1. Demorar-se diante da coisa amada
2.2. Aprofundar, intensificar, buscar mais o que ama
2.3. O filósofo ama o conhecimento
1. Analítico
1.1. Conceitual
1.2. Lógico
1.3. Abstrato: independente das condições sociais e históricas
2. Hermenêutico
2.1. Histórico
2.2. Contextual
2.3. Dialético: distinções e transições entre autores e períodos
2.4. Elenca os autores numa linha do tempo
2. Teórica: contemplação
2.1. Metafísica
2.1.1. Ontologia: ser, totalidade do que existe, do ponto de vista substancial
2.1.2. Epistemologia: conhecer, relação entre os sentidos e o pensamento
2.2. Religião: existência e essência de Deus (do princípio divino que engendra
a realidade)
III. Questões
Introdução
1. Por que a filosofia é uma caminhada e não um porto seguro?
Parte I. Definição
4. Por que a definição etimológica de filosofia explicita a sua essência?
5. Quais são as principais características do amor? Por que a filosofia é uma forma
de amor?
6. Por que a filosofia não se reduz a uma atividade técnica e especializada, restrita
a intelectuais acadêmicos, certificados por uma universidade?
7. Quais são as três dimensões constitutivas da vida filosófica e como elas estão
intrinsecamente interligadas?
15. Qual é o método mais oportuno para refletir sobre as disciplinas práticas?
E sobre as teóricas?
IV. Referências
Básica
1. PIEPER, Josef. Que é filosofar? São Paulo: Loyola, 2007.
2. SERTILLANGES, Introdução à vida intelectual. Seu espírito, condições e métodos.
São Paulo: É Realizações, 2010.
Complementar
3. MELENDO, Tomás. Iniciação à filosofia. Razão, Fé e Verdade. São Paulo: Instituto
Brasileiro de Filosofia e Ciência Raimundo Lúlio, 2005.
4. ROBINET, Jean-François. O tempo do pensamento. São Paulo: Paulus, 2004.
Panorama da História
da Filosofia
I. Resumo
N
a introdução, esta aula apresenta a questão filosófica e historiográfica da história da
filosofia, como diálogo com a tradição de pensamento, elencado os modelos básicos
de Aristóteles, Hegel e Gadamer e delineando os quatro períodos didáticos da filosofia:
(I) Antiguidade, (II) Idade Média, (III) Modernidade e (IV) Contemporaneidade.
(I) Na primeira parte, explora a filosofia antiga, com o nascimento entre os naturalistas,
que permitem a ascensão dos primeiros grandes edifícios especulativos de Platão e
Aristóteles, na esteira de Sócrates.
(II) Na segunda parte, passa ao cristianismo, que se considera herdeiro do projeto
filosófico, mas o qualifica pela crença na revelação do Logos feito carne. Divide a história
da filosofia medieval em Patrística e Escolástica, com a influência maior do platonismo e do
aristotelismo, respectivamente.
(III) Na terceira parte, aborda a filosofia moderna, a partir dos marcos iniciais do
Renascimento e da Reforma, com seu humanismo antropocêntrico, chegando na Revolução
Científica, que expande o conhecimento sobre o mundo material. Trata também do
iluminismo, positivismo e romantismo, como movimentos filosóficos importantes e repletos
de consequências culturais, sociais, políticas e intelectuais.
(IV) Na quarta parte, explica as duas linhas principais da filosofia contemporânea,
a hermenêutica de Heidegger e Sartre, concentrada na existência humana, e a analítica,
focada na linguagem e na lógica, ambas marcadas pelo reposicionamento da filosofia numa
era de desencanto, pessimismo, ceticismo e relativismo.
II. Plano
INTRODUÇÃO
1. História da filosofia
1.1. Diálogo intergeracional e tradicional
1.2. Imagem do banquete, em que cada conviva responde aos antecessores
1.3. Responder às perguntas antigas e superá-las por novas
2. Dois métodos
2.1. Analítico: conceitual, abstrato, lógico
2.2. Hermenêutico: histórico, diacrônico, sucessão temporal de passado e presente
2.2.1. Tradição: as ideias que permanecem influentes e relevantes ao longo
do tempo
2.2.2. A filosofia é um dos componentes da Civilização Ocidental, como
a religião e o direito
2. Sofistas
2.1. Professores de retórica: persuasão pela performance verbal
2.2. Estudo do comportamento, das normas sociais e da linguagem normativa
(“nomos”)
2.3. Contexto da ascensão da democracia
6. Questões centrais
6.1. Cosmos
6.2. Logos
6.3. Eros
6.4. Ethos
6.5. Polis
2. Patrística (I-VII)
2.1. Maior influência de Platão (neoplatonismo de Plotino)
2.2. Destaque: Santo Agostinho de Hipona (IV-V): o último dos Antigos e o primeiro
dos medievais
2.3. Padres da Igreja
2.3.1. Latina: Agostinho, Ambrósio, Jerônimo e Gregório Magno
2.3.2. Grega: Basílio, Gregório de Nissa, Gregório de Nazianzo, Crisóstomo
2.4. Questões filosóficas da Teologia e da Religião, como a Trindade
2.4.1. Disputas conceituais dos Concílios Ecumênicos de Niceia e Constantinopla
(sec. IV)
3. Escolástica (XIII-XV)
3.1. Maior influência de Aristóteles (mediado por árabes e judeus)
3.2. Destaque: Santo Tomás de Aquino (XIII)
3.3. Amadurecimento da Cristandade: Catedrais e Universidades (Escolas)
3.4. Filósofos e teólogos: Alberto Magno, Duns Escoto, Guilherme de Ockham
3.5. Filosofia Islâmica aristotélica (VII-XIII)
3.5.1. Conquista do Egito e Síria: contato com Aristóteles (VII)
3.5.2. Conquista da Península Ibérica (Córdoba) (VIII)
3.6. Neoescolástica (XVIII): Suarez, Vitória, Molina
3.7. Questões centrais
3.7.1. Revelação do logos encarnado: cristianismo e platonismo
3.7.2. Fé e Razão
3.7.3. Ontologia: Deus
3.7.4. Lógica
1. Marcos iniciais
1.1. Renascimento (XV-XVI)
1.2. Grandes navegações intercontinentais (a partir do XV)
1.3. Reforma Protestante (XVI)
2. Antropocentrismo
2.1. Humanismo platônico (contra o teocentrismo aristotélico)
2.2. Protágoras: “o homem é a medida de todas as coisas”
2.3. Pico della Mirandolla, Discurso sobre aa dignidade humana
2.4. Maquiavel: realismo da política de poder
2.5. Erasmo de Roterdã: questões culturais e religiosas
2.6. Thomas Morus: questões éticas, culturais e religiosas
5. Iluminismo (XVIII)
5.1. Protagonista: Kant
5.1.1. Síntese transcendental de empirismo e racionalismo
5.2. Tomada de consciência do projeto da modernidade
5.3. Emancipação, pelas luzes da razão, da superstição religiosa e do absolutismo
político
5.4. Enciclopédia: Diderot, Voltaire, Rousseau, Montesquieu
5.5. Debate público de intelectuais no contexto francês revolucionário
7. Romantismo (XIX)
7.1. Ruptura com o racionalismo moderno exacerbado
7.2. Valorização dos sentimentos e do inconsciente
7.3. Importância das artes e sobretudo da grande música alemã, com a de Beethoven
e Wagner
7.4. Protagonistas
7.4.1. Arthur Schopenhauer
7.4.2. Friedrich Nietzsche
7.5. Questões centrais
7.5.1. Conhecimento científico (Epistemologia): razão autônoma (sem fé)
7.5.2. Humanismo
7.5.3. Política (Ciência política)
7.5.4. Beleza (Estética)
2. Filosofia hermenêutica
2.1. O problema da existência humana
2.1.1. Heidegger: analítica do ser-aí, desconstrução da metafísica clássica
e moderna
2.1.2. Sartre
2.1.2.1. Incomunicabilidade entre os sujeitos
2.1.2.2. Ateísmo, humanismo e liberdade absurda
2.2. Desilusão e pessimismo com as guerras mundias
2.2.1. Theodor Adorno (Escola de Frankfurt): falência da razão científica
2.2.2. Desencantamento do mundo (Max Weber): relativismo de valores
3. Filosofia analítica
3.1. Principal nome: Wittgenstein
3.2. Redução do escopo da filosofia para análise e terapia da linguagem
3.3. Positivismo lógico do Círculo de Viena
3.4. Esvaziamento da filosofia moral, política, da arte e da religião
7. Questões centrais
7.1. Linguagem, discurso, retórica, ideologia e poder
7.2. Pluralismo, liberalismo e secularização
7.3. Lógica: limites da linguagem
7.4. Crítica da modernidade
7.4.1. Pré-modernidade (retomada dos clássicos, pagãos e cristãos)
7.4.2. Pós-modernidade
III. Questões
Introdução
1. Por que a história da filosofia pode ser considerada um diálogo tradicional?
10. Em que medida Santo Tomás de Aquino representa o apogeu da filosofia cristã?
IV. Referências
Básica
1. MARIAS, Julian. História da filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 2015.
2. MARCONDES, Danilo. Iniciação à história da filosofia. Rio de Janeiro: Jorge
Zahar, 2007.
Complementar
3. REALE, Giovani; ANTISERI, Dario. História da filosofia. 3 vols. São Paulo:
Loyola, 2017.
4. ROBINET, Jean-François. O tempo do pensamento. São Paulo: Paulus, 2004.
Ética
I. Resumo
N
a introdução, esta aula apresenta os fundamentos da ética e sublinha as principais
correntes da história da filosofia moral, sublinhando os desafios atuais do ceticismo e
relativismo.
(I) Na primeira parte, apresenta a ética clássica de Aristóteles, com suas noções de
finalidade (teleologia), virtude, felicidade e bem comum.
(II) Na segunda parte, introduz a ética de Kant, pautada na liberdade racional de
autodeterminação pela ação incondicionada do dever pelo imperativo categórico.
(III) Por fim, na terceira parte, menciona a ética da autenticidade, inspirada em
Nietzsche, que suprime a função normativa da razão moral, tanto clássica quanto moderna,
em nome da vontade de poder e da vida para além do bem e do mal.
II. Plano
INTRODUÇÃO
2. Delimitação conceitual
2.1. Moral (“morus”, hábito, costume): código social normativo, que integra
o indivíduo na sociedade
2.2. Ética (ciência do “ethos”, a Filosofia Moral): dimensão intelectual que visa
a compreender e sistematizar os princípios e teorias da moral
6. Fundamento da Ética
6.1. Faculdade da Razão prática: reflexão sobre o agir correto
6.2. Homem não age só por “instintos” animais, mas por “princípios” racionais
6.3. Homem “fala”, conversa, debate, discorda sobre a ação, se arrepende
6.3.1. Sentamos para comer e falamos do que fizemos (no passado) e do que
vamos fazer (no futuro)
6.4. Relação intrínseca entre ética e política, na filosofia clássica
6.4.1. Cisão na modernidade, com Maquiavel e Hobbes: autonomização da
política, que não poderia mais ser julgada pela ética
6.5. Liberdade, inteligência e vontade
6.5.1. Seguir o bem
6.5.2. Variedade e relatividade dos valores morais
6.5.3. Platão contestou o relativismo cultural dos sofistas
6.6. Relativismos morais
6.6.1. Cultural
6.6.2. Histórico
6.6.3. Individual
6.6.3.1. Caim e Abel (Antigo Testamento da Bíblia)
6.6.3.2. Etéocles e Polinice (Antígona de Sófocles)
4. Dialética
4.1. Moralidade: dever vs. inclinação
4.2. Liberdade: autonomia vs. heteronomia
4.3. Razão: imperativo categórico vs. hipotético
4.3.1. Forma do raciocínio moral, incondicional e independente do contexto
4.3.1.1. Não é uma ética substantiva e material, como o Decálogo
4.3.2. Universalizar a máxima (razão para ação): agir por princípio, pelo puro
dever racional
4.3.3. Tratar as pessoas, sempre, como fins em si mesmos: capazes de
estabelecer os seus fins
1. Ética da autenticidade
1.1. Não apela à razão das virtudes (Aristóteles)
1.2. Nem apela à razão da liberdade do imperativo categórico (Kant)
1.3. Apelas às emoções e paixões
1.4. Vontade de poder, autoafirmação do indivíduo
III. Questões
Introdução
1. Por que a ética é a disciplina mais importante da filosofia?
11. Por que Nietzsche pode ser considerado uma das principais fontes
do relativismo pós-moderno?
IV. Referências
Básica
1. DUHOT, Jean-Joël, Sócrates ou o despertar da consciência. São Paulo:
Loyola, 2004.
2. PINHEIRO, Victor Sales. A crise da cultura e a ordem do amor. Ensaios filosóficos.
São Paulo: É Realizações, 2021.
Complementar
3. MACINTYRE, Alasdair, Depois da virtude – um estudo em teoria moral,
São Paulo, Ed.USC, 2007.
4. ROBINET, Jean-François. O tempo do pensamento. São Paulo: Paulus, 2004.
Política
I. Resumo
N
a introdução, esta aula trata das formas básicas de experiência política, baseada no
poder e no consentimento, retomando a célebre imagem da caverna de Platão, para
refletir sobre o poder retórico de manipulação e a crítica das ideologias políticas pela
filosofia.
(I) Na primeira parte, ressalta os atributos antropológicos de racionalidade e
sociabilidade, a fim de contornar o desafio sofístico da retórica.
(II) Na segunda parte, trata de alguns dos conceitos fundamentais da política, como
autoridade, legitimidade, bem comum, amizade e liberdade.
(III) Por fim, na terceira parte, contrasta a liberdade dos antigos (republicana e
positiva) à dos modernos (liberal e negativa).
II. Plano
INTRODUÇÃO
1. Filosofia nasce num contexto de diálogo sobre a melhor forma de vida boa e de política
8. Definição de Autoridade
8.1. Política é a ordenação da sociedade por meio da autoridade de quem possa
resolver os problemas de cooperação
8.2. A virtude está no meio de dois extremos (Aristóteles)
8.2.1. Excesso de autoridade: tirania (despotismo, ditadura ou totalitarismo)
8.2.2. Ausência: anarquia
12. Republicanismo clássico (ou ateniense): pertença e participação ativa na coisa comum
12.1. Ex. do condomínio
III. Questões
Introdução
1. Como o contexto político grego contribui para a origem da filosofia como arte
da crítica e do diálogo?
IV. Referências
Básica
1. BARZOTTO, Luiz Fernando. Filosofia do Direito. Os conceitos fundamentais
e a tradição jusnaturalista. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2010.
2. BIRD, Colin. Introdução à filosofia política. São Paulo: Madras, 2009.
Complementar
3. GOYARD-FABRE, Simone. Os princípios filosóficos do direito político moderno.
São Paulo: Martins Fontes, 1999.
4. KYMLICKA, Will. Filosofia política contemporânea. São Paulo: Martins Fontes,
2006.
Estética
I. Resumo
P
artindo da experiência elementar da apetência da beleza, esta aula reflete sobre a
ontologia da beleza em Platão e a questão da subjetividade do gosto em Hume.
Na introdução, distingue a razão teórica da prática, a fim de ressaltar os aspectos
intelectuais, técnicos e éticos da beleza e da arte.
(I) Na primeira parte, explora a metafísica de Platão, com sua teoria das ideias e
a participação mimética dos graus do ser, sublinhando o ideal realista da arte clássica,
pautada na perfeição e proporção harmônica da matemática.
(II) Na segunda parte, questiona o desafio do subjetivismo de Hume, para quem o
gosto é relativo a cada um.
(III) Por fim, na terceira parte, propõe uma hermenêutica e uma pedagogia da união
estética, em que convergem o sujeito e o objeto, superando os riscos das afirmações
unilaterais e excludentes do objetivismo e do subjetivismo.
II. Plano
INTRODUÇÃO
1. Paradoxo (ironia): Diálogos são mimesis escritas das conversas orais de Sócrates
1.1. O grande escritor criticou a escrita (Fedro)
1.2. O grande poeta criticou a poesia mimética (República)
8. O conteúdo comunicado pela arte pode ser questionado por um critério intelectual
de verdade
8.1. Crítica metafísica (filosófica) à arte (poética) e à retórica
8.2. Ex. da propaganda política, retórica e estética de Hitler
3. Subjetivismo estético: a beleza está no sujeito (nos olhos, na boca ou na mente) e não
no objeto (propriedade real do ente)
3.1. Ditado popular: “Quem ama o feio, bonito lhe parece”
2. A estética tem uma dimensão sensível e inteligível, sendo esta última a capacidade de
reconhecer os critérios objetivos de harmonia e beleza
3. A estética está ligada, inexoravelmente, à experiência, que pode ser educada e instruída
4. Exclusões e reducionismos
4.1. Com a exclusão do polo objetivo, recai-se num relativismo subjetivista radical,
que, no limite, pode chegar a nega a própria existência do objeto
4.2. Com a exclusão do polo subjetivo, recai-se num objetivismo potencialmente
opressor
III. Questões
Introdução
1. É possível resistir completamente à atração da beleza? Há quem possa
ignorá-la completamente?
2. Por que a distinção entre razão teórica e prática é importante para a estética?
IV. Referências
Básica
1. ECO, Umberto. História da beleza. Rio de Janeiro: Record, 2010.
2. NUNES, Benedito. Introdução à filosofia da arte. 5ª ed. São Paulo, Ática, 2005.
3. SCRUTON, Roger. Beleza. São Paulo: É Realizações, 2013.
Complementar
4. DUARTE, Rodrigo (org.). O belo autônomo. Textos clássicos de Estética. 2ª ed.
rev.amp. Belo Horizonte: Autêntica; Crisálida, 2012.
5. HADDOCK-LOBO, Rafael (org.). Os filósofos e a arte. Rio de Janeiro: Rocco, 2010.
Aula 6
Metafísica
I. Resumo
N
a introdução, esta aula apresenta a metafísica no quadro das ciências universais, a fim
de esclarecer o seu conceito.
(I) Na primeira parte, explica a compreensão clássica de Aristóteles, o da metafísica
como teoria das causas, do ser, da substância e de Deus.
(II) Na segunda parte, avança para a crítica da metafísica em Kant, com o problema
epistemológico dos juízos sintéticos a priori e dos postulados da razão prática, liberdade,
imortalidade da alma e Deus.
(III) Por fim, na terceira parte, apresenta a filosofia de Heidegger, pautada na liberação
da questão do ser pela destruição da história da ontologia, da hermenêutica da facticidade
e da analítica do ser-aí, sublinhando a dimensão existencial da angústia e do ser-para-a-
morte.
II. Plano
INTRODUÇÃO
2. Ambiguidade do temo
2.1. Abstração, formalidade e vagueza
4. Plano da aula
4.1. Metafísica do ser em Aristóteles: afirmação da metafísica
4.2. Metafísica do conhecer em Kant: negação da metafísica
4.3. Metafísica do ser-aí em Heidegger: desconstrução da metafísica
1. Origem do termo
1.1. Questão editorial
1.1.1. Nome do livro de Aristóteles que foi editado depois do livro da Física
1.1.2. Meta significa depois, cronológica ou editorialmente
1.2. Questão substancial
1.2.1. Meta significa, também, além dos entes físicos
6. Saber divino
6.1. Dimensão objetiva: Deus, ser eterno e imutável, o mais universal, perfeito
e abrangente, que engendrou todo o mundo, o mais real dos entes
6.1.1. Saber sobre Deus
6.2. Dimensão subjetiva
6.2.1. Saber que Deus tem de si, perfeito
6.2.2. Saber que plenifica o sujeito
6.2.3. Saber Com Deus
6.2.4. Felicidade, perfeição, identificação e assimilação com Deus
6.2.5. Realização da sua natureza, que é essencialmente racional
6.2.5.1. Realização ético-política: vida ativa, humana
6.2.5.2. Realização racional: vida contemplativa, divina
6.2.6. Interpretação mística da tradição neoplatônica e cristã, que reconhece
que Deus é uma pessoa, com quem se pode relacionar, falar
6.2.7. Dimensão metafísica como atualização máxima da potência intelectual
1. Kant e Heidegger são autores que que se opuseram ao projeto metafísico clássico
1.1. Kant se opõe pela epistemologia
1.2. Heidegger se opõe pela existência
2. Fim da metafísica
2.1. Não há metafísica, no sentido objetivo: o ser em si é incognoscível
2.2. Filosofia transcendental: condições de possibilidade de conhecimento
2.2.1. Crítica: projeto epistemológico de entender a razão e aquilo de que
ela é capaz
2.3. Quatro perguntas fundamentais
2.3.1. Metafísica: que posso saber?
2.3.2. Ética: que devo fazer?
2.3.3. Religião: que posso esperar?
2.3.4. Antropologia: que é o homem?
5. Estética Transcendental
5.1. Esse juízos sintéticos a priori se baseiam nas formas puras de intuição
5.2. Tempo e espaço não dependem da experiência sensível, são formas
de apreensão, condições e possibilidade do conhecimento das coisas
5.2.1. Condição transcendental para as coisas serem objeto de conhecimento
5.2.2. Possibilidade de haver percepções sensíveis
5.2.3. Formas de sensibilidade, da faculdade de ter percepções sensíveis
6. Analítica Transcendental
6.1. Falha em alcançar a coisa em si (o númeno)
6.2. Só podemos conhecer os fenômenos, que são constituídos pelas categorias
transcendentais do conhecimento
7. Dialética Transcendental
7.1. Metafísica tradicional
7.1.1. Alma (síntese das vivências subjetivas)
7.1.2. Universo (síntese das vivências objetivas)
7.1.3. Deus (síntese final e suprema)
7.2. Crítica da razão pura afirma que a metafísica não alcança juízos sintéticos
a priori, sendo portanto uma ciência impossível
7.3. Para falar de Deus e alma, deve-se apelar à razão prática, à consciência moral
10. Conclusão
10.1. Da metafísica ou ontologia, Kant se desvia para a subjetividade e para
a razão prática
10.2. Atenção às pressuposições que condicionam o pensamento filosófico
2. Influências
2.1. Filosofias da existências
2.1.1. Kierkegaard e Nietzsche (poesia romântica alemã)
2.1.2. Concentração na existência humana individual: dasein, como o sujeito
capaz de alcançar o ser
2.2. Fenomenologia de Husserl
2.2.1. Intencionalidade
6. Filosofia da linguagem
6.1. Poesia capaz de desvelar o ser
6.2. Escuta hermenêutica dos poetas, que permitem a epifania do ser na linguagem
6.3. Pensadores originários: Heráclito e Parmênides
6.4. Poetas românticos: Hölderlin e Rilke
6.5. Filosofia como ontologia (não metafísica) é subversiva à existência inautêntica,
massificada, impessoal, pautada na linguagem engessada e opaca das
atividades cotidianas, mecânicas
7. A angústia e a morte
7.1. A pergunta pelo ser parte pelo ser do homem, na sua temporalidade autêntica,
da finitude do homem como ponto de partida de toda ontologia (filosofia),
com que se articulam a finitude do ser, do conhecimento e da verdade
7.2. Estado afetivo que rompe com a cotidianidade inautêntica e imprópria
7.2.1. Ser-aí como ser-para-morte
7.3. A morte nos singulariza; é o fato fundamental da nossa existência temporal
(finita)
7.4. O enfrentamento dessa questão da mortalidade, finitude nos torna autênticos
7.5. A morte é o que há de mais pessoal e irredutível na vida
7.6. Enquanto o medo é de algo, a angústia é de nada, não tem um objeto
especificado: o mundo se torna irrelevante, sem importância ou apelo, não
reivindicando mais a nossa atenção e ocupação; experiência de desapego e
desafeição
7.7. Ser-no-mundo como possibilidade: “angústia individualiza o Dasein em ser-no-
mundo mais próprio, que, enquanto algo que compreende, projeta-se
essencialmente em direção às possibilidade” (Ser e tempo, § 40)
7.8. A morte, o ser e o nada (niilismo)
III. Questões
Introdução
1. Qual é a ambiguidade do termo metafísica?
10. Por que é necessária uma destruição da história da ontologia para libertar
a questão do ser?
12. Qual é o método mais oportuno para refletir sobre as disciplinas práticas?
E sobre as teóricas?
IV. Referências
Básica
1. ARISTÓTELES. Metafísica. Introdução e tradução Giovanni Reale. 3 volumes.
São Paulo: Ed. Loyola, 2013.
2. AUBENQUE, Pierre. Desconstruir a metafísica? São Paulo: Loyola, 2012.
3. BRAGUE, Rémi. Âncoras no céu. A infraestrutura metafísica. São Paulo:
Loyola, 2013.
Complementar
4. CASANOVA, Marco Antonio. Compreender Heidegger. 5ª ed. Petrópolis:
Vozes, 2014.
5. ZILLES, Urbano. Filosofia da religião. 7ª ed. São Paulo: Paulus, 2009.
Filosofia da Religião
I. Resumo
N
a introdução, esta aula distingue filosofia da religião de teologia e ciências da religião,
a fim de classificar os dois momentos centrais da filosofia da religião: o teísmo clássico
e os ateísmos modernos.
(I) Na primeira parte, apresenta o argumento ontológico, a priori, de Santo Anselmo
e o argumento cosmológico, a posteriori, de Santo Tomás de Aquino (as cinco vias da
demonstração da existência de Deus).
(II) Na segunda parte, explica três formas modernas de ateísmo, a psicológica de
Freud, a filosófica de Nietzsche e a sociológica de Marx.
(III) Na conclusão, convida a explorar ainda mais o universo da filosofia, pela
participação da comunidade filosófica nas redes sociais.
II. Plano
INTRODUÇÃO
1.Distinção básica
1.1. Filosofia da religião: especulação sobre o âmbito superior e transcendente
da realidade – o eterno, o absoluto, o sagrado, o divino (Deus)
1.1.1. Questão ontológica (sobre o ser de Deus)
1.1.2. Questão epistemológica (sobre a possibilidade de conhecê-Lo)
1.1.3. Questão ética (sobre como agir para obedecê-lo e agradá-lo)
1.1.3.1. Política (instituições sociais)
1.2. Teologia: articulação racional da fé
1.2.1. Apologética: argumentos racionais em defesa da fé
1.2.2. Filosofia religiosa: parte das premissas da fé
1.2.3. Convergência de teologia e filosofia
1.2.3.1. Teologia filosófica e filosofia teológica
1.2.3.2. Santo Agostinho e Santo Tomás de Aquino
1.3. Ciências (modernas) da religião: descrição “neutra” dos fenômenos humanos
1.3.1. Ideal positivista de ciência
1.3.2. Sociologia (política e/ou econômica)
1.3.3. Psicologia
1.3.4. História (das religiões comparadas)
1.3.5. Antropologia
III. Questões
Introdução
1. Quais são as diferenças entre filosofia da religião, teologia e ciências da religião?
IV. Referências
Básica
1. ADLER, Mortimer. Como provar que Deus existe. Campinas: Vide, 2013.
2. GRONDIN, Jean. Que saber sobre filosofia da religião. São Paulo: Idéias e Letras,
2012.
Complementar
3. FESER, Edward. A última superstição. Uma refutação do neoateísmo.
Belo Horizonte: Edições Cristo Rei, 2017.
4. LUBAC, Henri de. O drama do ateísmo. Itapevi: Nebli, 2015.
Bibliografia
I. Geral
1. ALBERT, Karl. Platonismo. Caminho e essência do filosofar ocidental. São Paulo:
Loyola, 2011.
2. BERTI, Enrico. Convite à filosofia. São Paulo: Loyola, 2013.
3. CASERTANO, Giovanni. Uma introdução à República de Platão. São Paulo:
Paulus, 2011.
4. HADOT, Pierre, O que é a filosofia antiga?, São Paulo, Loyola, 1999.
5. HADOT, Pierre, Elogio da filosofia antiga. São Paulo, Loyola, 2012.
6. HADOT, Pierre, Elogio de Sócrates. São Paulo, Loyola, 2012.
7. MARCONDES, Danilo; FRANCO, Irley. A Filosofia. O que é? Para que serve?
Rio de Janeiro: Ed. Jorge Zahar; PUC-RJ, 2011.
8. MARITAIN, Jacques. Sete lições sobre o ser. São Paulo: Loyola, 2005.
9. MORENTE, Gabriel Garcia. Lições preliminares de filosofia. São Paulo:
Mestre Jou, 1970.
10. NUNES, Benedito. ‘O fazer filosófico ou oralidade e escrita em filosofia’.
In: Ensaios filosóficos. Organização e apresentação Victor Sales Pinheiro.
São Paulo: Martins Fontes, 2010.
11. ROOCHINIK, David. Pensar filosoficamente – Uma introdução aos grandes
debates. São Paulo: Loyola, 2018.
12. PORTA, Mario Ariel González. A filosofia a partir de seus problemas. São Paulo:
Loyola, 2002.
13. WEISCHEDEL, Wilhelm. A escada dos fundos da filosofia. A vida cotidiana
e a o pensamento de 34 grandes filósofos. São Paulo: Angra, 2001.
II. Enciclopédias
A editora Ideias & Letras tem traduzido os importantes Companions da Universidade
de Cambridge, que são compilados de artigos acadêmicos de especialistas sobre temas
(como Filosofia medieval, Ciência e Religião e Filosofia crítica) ou autores (como Primórdios
da Filosofia grega, Sócrates, Platão, Aristóteles, Plotino Agostinho, Aquino, Scotus, Descartes,
Spinoza, Hobbes, Locke, Kant, Hegel, Nietzsche, Freud, Foucault e James). Todos eles são
valiosos e retratam o estado da arte da pesquisa acadêmica sobre o assunto, com suas
múltiplas interpretações.
III. Dicionário
ABBAGNO, Nicolas. Dicionário de filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 2012.
IV. Os clássicos
Estas obras permitem o mergulho efetivo na filosofia. Ainda que não sejam plenamente
entendidas, merecem ser lidas e estudadas com calma e dedicação.
Ao procurar as edições dos próprios filósofos, nem sempre disponíveis em português,
prefira as editoras universitárias (como a Ed. UFPA, no caso de Platão, Ed. UNESP, no caso
de Aristóteles, Descartes, Hume e Schopenhauer, e Ed. UNICAMP, no caso de Heidegger),
assim como editoras consolidadas (como a Martins Fontes, no caso de Aristóteles, Hobbes
e Kant, Companhia das Letras, no caso de Nietzsche e Freud, Loyola, no caso de Aristóteles
Complementar
3. MELENDO, Tomás. Iniciação à filosofia. Razão, Fé e Verdade. São Paulo: Instituto
Brasileiro de Filosofia e Ciência “Raimundo Lúlio”, 2005.
4. ROBINET, Jean-François. O tempo do pensamento. São Paulo: Paulus, 2004.
Aula 3. Ética
Básica
1. DUHOT, Jean-Joël, Sócrates ou o despertar da consciência. São Paulo:
Loyola, 2004.
2. PINHEIRO, Victor Sales. A crise da cultura e a ordem do amor. Ensaios filosóficos.
São Paulo: É Realizações, 2021.
Complementar
3. MACINTYRE, Alasdair, Depois da virtude – um estudo em teoria moral,
São Paulo, Ed.USC, 2007.
4. ROBINET, Jean-François. O tempo do pensamento. São Paulo: Paulus, 2004.
Aula 4. Política
Básica
Complementar
3. GOYARD-FABRE, Simone. Os princípios filosóficos do direito político moderno.
São Paulo: Martins Fontes, 1999.
4. KYMLICKA, W. Filosofia política contemporânea. São Paulo: Martins Fontes,
2006.
Aula 5. Estética
Básica
1. ECO, Umberto. História da beleza. Rio de Janeiro: Record, 2010.
2. NUNES, Benedito. Introdução à filosofia da arte. 5ª ed. São Paulo, Ática, 2005.
3. SCRUTON, Roger. Beleza. São Paulo: É Realizações, 2013.
Complementar
4. DUARTE, Rodrigo (org.). O belo autônomo. Textos clássicos de Estética. 2ª ed.
rev.amp. Belo Horizonte: Autêntica; Crisálida, 2012.
5. HADDOCK-LOBO, Rafael (org.). Os filósofos e a arte. Rio de Janeiro: Rocco, 2010.
Aula 6. Metafísica
Básica
1. ARISTÓTELES. Metafísica. Introdução e tradução Giovanni Reale. 3 volumes.
São Paulo: Ed. Loyola, 2013.
2. AUBENQUE, Pierre. Desconstruir a metafísica? São Paulo: Loyola, 2012.
3. BRAGUE, Rémi. Âncoras no céu. A infraestrutura metafísica. São Paulo:
Loyola, 2013.
Complementar
3. FESER, Edward. A última superstição. Uma refutação do neoateísmo.
Belo Horizonte: Edições Cristo Rei, 2017.
4. LUBAC, Henri de. O drama do ateísmo. Itapevi: Nebli, 2015.
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