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Instituto Superior De ciências E Tecnologia de Moçambique

Medicina Dentária

Materiais Dentários

Tema: Cimentos odontológicos

Discentes: Docentes:
 Célio Mussengue – 20220200         Lurdes Figia
 Ilka Rafael – 20200760 Carla Bombi
 Ivan Alves - 20210955     Lória Pelembe
 Salomão Nhar - 20220340
 Shirley Machava - 20200465

  

Maputo, Abril de 2023


Índice
Introdução..............................................................................................................................................1
Objectivos..........................................................................................................................................2
Objectivos Gerais................................................................................................................................2
Objectivos Específicos........................................................................................................................2
Conceito.................................................................................................................................................3
Indicações..............................................................................................................................................3
Cimentos para restaurações:..............................................................................................................3
Requisitos gerais.................................................................................................................................3
Composição............................................................................................................................................4
Classificação.......................................................................................................................................5
Cimento de Oxido de Zinco e Eugenol (OZE).......................................................................................5
Composição............................................................................................................................................6
Indicação............................................................................................................................................6
Reacção de presa................................................................................................................................7
Propriedades......................................................................................................................................7
Diferentes tipos de toxicidade................................................................................................................7
Tipos de cimentos de OZE.......................................................................................................................8
Cimento de OZE para cimentaçação provisoria (Tipo I).......................................................................8
Cimento de OZE para cimentacao de longa duracao (Tipo II)..............................................................8
Manipulação..........................................................................................................................................8
Cimento Ionomero de vidro...................................................................................................................9
Indicação-contraindicação......................................................................................................................9
Indicações:.........................................................................................................................................9
Contraindicações:.............................................................................................................................10
Classificação.........................................................................................................................................10
Cimento de ionómero de vidro Convencional anidro........................................................................10
Cimentos reforçados por metais.......................................................................................................11
Cimentos modificados por resina......................................................................................................11
Reacção de presa..................................................................................................................................12
Em modificados por resina...............................................................................................................12
Propriedades........................................................................................................................................12
Manipulação.....................................................................................................................................14
Cimento Fosfato de Zinco.....................................................................................................................14
Composição..........................................................................................................................................14
Indicação..............................................................................................................................................15
Reação de presa...................................................................................................................................15
Tempo de presa....................................................................................................................................15
Propriedades (físicas e biológicas)........................................................................................................15
Manipulação.....................................................................................................................................16
Conclusão.........................................................................................................................................18
Introdução 

Cimento, é uma substancia que toma presa para agir como base, forrador, materia restaurador ou
adesivo para reter dispositivos e proteses a estrutura dentaria ou exercer mais de uma dessas
funçoes ao mesmo tempo 

O cimento possui uma consistencia de baixa viscosidade, sendo ele rígido. Apressenta se em
forma de pó-líquido ou em duas pastas.

O cimento de fosfato de zinco e o cimento de óxido de zinco e eugenol. Estes dois tipos de
cimento são muito usados para os efeitos de restaurações sendo elas temporárias ou
intermediárias.Suas composições são a base do pó óxido de zinco.

Possui uma aplicabilidade diversa, como a união de peças protéticas, protecção pulpar ou como
material restaurador.

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Objectivos

Objectivos Gerais

 Conhecer as propriedades cimentos odontológicos;

Objectivos Específicos

 Identificar os cimentos odontológicos;


 Descrever as propriedades do oxido de zinco e eugenol;
 Descrever as propriedades do ionómero vidro;
 Descrever as propriedades de fosfato zinco;
 Identificar as indicaçoes e contra-indicaçoes, oxido de zinco e eugenol, ionómero vidro e
fosfato zinco;

              

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Conceito 

Os cimentos odontológicos são biomateriais formados pela mistura de diferentes componentes,


geralmente em pó (base) e líquido (ácido), que em estado fluido são aplicados entre duas
superfícies até adquirirem suficiente firmeza. Portanto, devem cumprir dois objectivos:

 Manter a restauração em posição durante um período de tempo indefinido;


 Actuar como uma barreira que evita a filtração entre o material que foi cimentado e a
peça dentária.

Indicações

Odontológicos cimentos são usados como materiais restauradores apresentam baixa resistência
quando comparados à amálgama e a resina composta. Além disso também são usados, como
forramento e base de restaurações e principalmente como agente cimentante de restaurações
indirecta, de prótese fixa e aparelhos ortodônticos, forro para dentes restaurados com outros
materiais, tais como o amálgama,m compositos. (ANUSAVISE,2005)

Cimentos para restaurações:

 Temporários;
 Intermediários;
 Permanentes;
 Protecção pulpar; 
 Selantes de fissuras;
 Construção de núcleos em dentes extensamente destruídos;
 Obturação de canais.

Requisitos gerais

 Compatibilidade biológica
 Fácil manuseio
 Tempo de trabalho
 Escoamento
 Resistência as forças funcionais
 Selamento marginal
 Custo acessível

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Composição

O cimento dentário é um biomaterial de composição múltipla e de consistência fluida que se


aplica entre duas superfícies com duplo objectivo de as unir, mantendo o tratamento restaurador
efectuado pelo médico dentista, e de as proteger, actuando como uma barreira que impede a
infiltração de bactérias e resíduos entre os dois elementos aderidos.

O uso do cimento dentário em clinicas é muito habitual, porque está presente em diversos
processos de cuidado e manutenção da dentição: na cirurgia oral, o cimento dentário é utilizado
para cicatrizar feridas e acelerar o pós-operatório; na reabilitação oral, é aplicado como
complemento da cimentação de próteses fixas; na endodontia, o cimento dentário finaliza o
selamento dos canais após a limpeza da polpa; na odontologia preventiva, e tem a função de selar
fossulas e fissuras; na odontologia conservadora, é uma ótima opção para efectuar obturações
provisórias que impedem o avanço da patologia oral e, por último, na ortodontia, o cimento
dentário tem um papel muito importante como elemento de ligação entre os aparelhos e as peças
dentárias.

A escolha do de um cimento dentário de alta qualidade é fundamental para evitar o aparecimento


de imperfeições e assegurar a hermeticidade do material, para o selamento completo que
favoreça a restauração da função mastigatória e da estética dentaria após o tratamento aplicado.

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Classificação

Os cimentos dentários podem ser classificados em:

 Cimentos para cimentação;


 Cimentos para Protecção Pulpar;
 Cimentos para Restaurações.

Os cimentos classificados em bases ou revestimentos de baixa resistencia protegem a polpaq


dentaria contra irritantes, ou atuam como agentes terapeuticos para a proteccao pulpar.
(ANUSAVISE,2005)

Em relacão a cimentacao podemos encontrar fosfato de zinco,OZE,CIV; para a protecao pulpar


encontramos OZE e CIV, no grupo das restauracoes  encontramos CIV e OZE.

Cimento de Oxido de Zinco e Eugenol (OZE)

O cimento de óxido de zinco e eugenol é uma pasta preparada, que apresenta se em forma de
líquida (eugenol) e pó (óxido de zinco), utilizada para restaurações temporárias e intermediárias,
como forramento cavitário, é uma base com isolante térmico e um agente cimentante temporário
e permanente.

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Composição

Este cimento é composto por 

 Pó de óxido de zinco
 Acetato de zinco
 Estearado de zinco
 Líquido de eugenol (extraídodo óleo de cravo da índia, com pequenas quantidades de
óleo de oliva).

Possui também na sua composição o cimento reforçado por polímero 80% de óxido de zinco e
20% de polimetilmetacrilato, o cimento reforçado por EBA alumina (inibe sensação de
queimação causada pelo eugenol), e o cimento de óxido de zinco sem eugenol.

Indicação

O cimento de óxido de zinco e eugenol é indicado para 

 Restaurações temporárias
 Restaurações intermediárias
 Forramento de cavidades
 Base para isolamento térmico
 Cimentação temporária e permanente

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 Endodontia
 Cimento cirúrgico

Reacção de presa

ZnO + H2O – Zn(H2O)2


Zn(OH)2 + 2HE – ZnE2 + 2H2O
A reaccao de presa depende do tipo de OZE,quanto menor for o tamanho das particulas do pó,
mais rapido sera o endurecimento.
A reacção de presa é retardada quando há menor relação de pó-líquido e a placa esteja resfriada
A reacção de presa é acelerada quando há maior relação de pó-líquido e a temperatura esteja
elevada. 

Propriedades 

Físicas 

 Tempo de presa (relação pó-líquido, adicionar água, resfriamento da placa)


 Resistencia á compressão (tamanho das partículas)
 Á desintegração
 Espessura do filme
 Possui ph neutro

Químicas

 Tamanho das partículas (afeta tempo de presa)

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Propriedades toxilogicas do Eugenol
Lesao caustica ou queimadura superficial quando colocado de forma directa e em altas
temperaturas nos tecidos orais moles.(ANUSAVISE,2005)

Diferentes tipos de toxicidade

1. Lesao directa ao tecido mole oral;


2. Dermatites
3. Reaçação alérgica;
4. Hipoglicemia sevéra;

Tipos de cimentos de OZE

 Cimento de OZE para cimentacao provisoria;(Tipo I)


 Cimento de OZE para cimentacao de longa duração (Tipo II)
 Cimento de OZE para restauracaes temporarias (Tipo III)
 Cimento de OZE para restauracoes provisorias (Tipo IV)

Cimento de OZE para cimentaçação provisoria (Tipo I)

A resistencia do cimento temporario deve ser suficientemente baixa para permitir a remocao da
restauracao sem traumatizar o dente e danificar.Ele sela a cavidade, surpreenedentemente bem,
contra o ingresso de fluidos orais durante um curto espaco de tempo; consequentimente, a
irritacao causada pela microinfiltracao e minimizada. (ANUSAVICE,2005)

Cimento de OZE para cimentacao de longa duracao (Tipo II)

As versoes comercializadas deste tipo de cimento, uma baseada no aumento da resistencia e


outra na resistencia a abrasao. Um sistema substitui uma parte do eugenol do líquido por um
acido ortoetoxibenzoico (EBA) liquido e a alumina e acidicionada ao po.  Po:óxido de zn-70 e
alumina-30. Liquido: acido ortoetoxibenzoico-62,5 e eugenol-37,5 (ANUSAVI,2005)

Manipulação

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Proporciona se em uma placa de vidro resfriada. Compacta se o pó fazendo um rectangulo,
dividindo o em duas partes iguais.

Proporciona se o líquido, e espatula se vigirisamente até a obtenção de massa de vidraceiro,


tendo como base uma placa grossa.

Cimento Ionomero de vidro

 Ionómero de vidro, é o nome genérico de um grupo de materiais baseados na reação do pó de


vidro de silicato e do ácido poliacrílico.(ANUSAVISE,2005)
   
 Inicialmente foi planeado para restaurações estéticas de dentes anteriores, preparos cavitários Classe
III e Classe V.  
Em virtude da adesão à estrutura dentária e seu potencial de prevenir cáries, os tipos de Ionómero de
vidro aumentaram e passaram a incluir como indicação, o uso como: 
 
 agentes de cimentação,  

 adesivos de colagem de bráquetes ortodônticos,  


 selantes de sulcos e fissuras,  
 forramentos e bases,  • núcleos de preenchimento e 
 restaurações intermédias. 

Indicação-contraindicação

Indicações:

 Selamentos de cicatrículas fissuras


 Classe I conservativas
 Classe II tipo túnel e slot horizontal

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 Classe III e 5 – lesões cariosas
 Classe 5 – erosão, abrasão e abração
 Restaurações laminadas ou mistas (sanduiche)
 Material de proteção (forramento)
 Restaurações de dentes decíduos
 Núcleos de preenchimento
 Cimentação de coroas parciais, totais e próteses fixas
 Cimentação de bandas e colagem de acessórios ortodônticos
 Agente de cimentação em endodontia e como selador apical em cirurgias para
endodônticas.

Contraindicações: 

São matérias frágeis de baixa resistência a tração e ao cisalhamento e, portanto, são


contraindicados para áreas sujeitas a grandes cargas oclusais. Também apresentam pouca
translucidez para a sua empregação em superfície vestibular visível. Estão contraindicados para
restaurações:

 Classe II com envolvimento da crista marginal


 Classe 4 
 Com grande perda de esmalte vestibular
 Em áreas de cúspides
 Em áreas submetidas a grandes esforços mastigatórios.

Classificação

Classificação pela composição química:

 Convencional-anidro
 Reforçados por metais
 Modificados por resinas

Cimento de ionómero de vidro Convencional anidro

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Apresenta uma contextura em pó, caracterizado pela sua recção química com uma solução
aquosa de polímeros de homo e copolímerode ácido acrílico contendo ácido tartárico. Sua
composição química está apresentada na seguinte tabela.

pó Líquido
Elementos Elementos
CaF 2 Água
SiO 2 Ácido
Al O
2 3 Poliacrílico
Mg,Na, etc. Ácido tartárico

Estes elementos que constituem o pó, são responsáveis pelas características de resistência,
rigidez, e libertação de flúor. O ácido tartárico é adicionado ao líquido para aumentar o tempo de
endurecimento do material e o ácido itaconico é incorporado a fim de impedir ou retardar a
reacção química dos ácidos, quando armazenado.

Cimentos reforçados por metais

Alguns ionómeros convencionais podem ser reforçados pela incorporação de iões metálicos ao
vidro- geralmente a prata, durante a etapa de manipulação, no qual partículas de liga são
acrescentadas ao pó de ionómero em volume, ou são sintetizadas a altas temperaturas e fundidas
ao vidro durante o processo de fabricação do material.

Com o objectivo de melhorar a resistência final do cimento de ionómero de vidro, simmons em


1983, adicionou limalha para amálgama no cimento, o que foi chamado de- mistura milagrosa.
Mas, devido ao escurecimento das margens das cavidades e a não significativa melhora em sua
resistência, fez com que houvesse um impedimento do uso deste material.

Em 1985, McLean e Gasser, incluíram partículas de prata ao pó de ionómero de vidro, tendo


desenvolvido um material radiopaco, o qual facilitou o vidro reagir com o ácido se
transformando em gel, e as porções não reagidas atuam como carga da matriz de gel plissais.
Com a formação desta matriz, o cimento endurece. Com mais lentidão o alumínio liberado vai
reagindo, formando poliacrilato de alumínio, proporcionando a maturação da matriz.

Cimentos modificados por resina

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Estes apresentam na sua composição uma mistura de água-HEMA.  A quantidade de água
absorvida é diretamente proporcional ao conteúdo de HEMA do material.

Classificação pela indicação


 Tipo I – utilizados para cimentação (maior escoamento)
 Tipo II – indicado para restaurações principalmente em regiões cervicais que sofreram
abrasão, erosão, abração e caries
 Tipo III – indicados para forramento, base de restaurações de amalgama ou resina
composta
 Tipo IV- confecção de núcleos

Reacção de presa

A reação de presa de cimentos de ionómero de vidro convencionais ocorre em 3 fases:

 Fase de deslocamento de iões


 Fase de formação de matriz poliácidos
 Fase de formação de gel sílica incorporação do vidro a matriz

Em modificados por resina

A reacção de presa de cimento de ionómero de vidro modificado por resina apresenta3 sistemas:

 Sistema foto ativado;


 Sistema de presa dual;
 Sistema quimicamente ativado;

Propriedades 

Físicas:
 Libertação do flúor

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Ocorre com maior intensidade nas primeiras 24 a 48 hora, permanecendo em menor
concentração por longos períodos. O cimento de ionómero de vidro tem a capacidade de adquirir
flúor de diversas fontes, funcionando como um reservatório deste, permitindo sua libertação
constante, mantendo assim suas propriedades anticariogenicas a longo prazo. .(LURDES
FIGIA,2021)

 Adesividade
União adesiva é mais forte com o esmalte pois este contem maior percentual de cálcio e sua
capacidade de vedamento marginal é altamente efetiva, isto em função da grande quantidade de
grupos carboxílicos estão disponíveis para ligações com o esmalte.
A consistência da mistura deve ser plástica e brilhante, denotando a disponibilidade de líquido
suficiente para que ocorra esta adesão ao dente.
A adesividade dos ionómeros modificados por resina é superior á dos convencionais.

 Coeficiente de alteração volumétrica térmica


Os cimentos de ionómero de vidro apresentam coeficientes de expansão térmica mais próximos
aos da estrutura dentaria.

 Compatibilidade biológica
 O cimento de ionómero de vidro e mais biocompatível do que os outros cimentos dentários
como o fosfato de zinco e o policarboxilato de zinco.
 Resistência a compressão e a tração
Limita a indicação em lesões de caries extensas
 Estética
Não apresentam estética satisfatória devido a sua opacidade, por isso sua aplicação fica limitada
a áreas que não comprometem a estética e em regiões maias opacas do dente como a região dos
pré-molares e molares.
 Solubilidade
Apresentam alto grau de solubilidade e desintegração ao meio bucal, por isso estes devem
receber proteção superficial através dos próprios materiais ou resinas fluidas.(LURDES
FIGIA,2021)

Proporção do Pó e o Líquido : 
O Pó e o Líquido devem ser proporcionados de acordo com as instruções do fabricante; 

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A adição  de pouco pó → mistura fluída, aumenta a solubilidade e diminui a resistência; 
 A adição de muito pó → menor tempo de trabalho e de presa, diminui a adesividade e reduz a
translucidez.(ANUSAVISE,2005)

Manipulação

Apresentação: frasco de pó e frasco de liquido

Acessórios usados: placa de vidro ou bloco de papel e espátula de plástico ou de metal,


dependendo do uso de material e medidor de pó.

Coloca se a quantidade de epo recomendado para cada caso sobre a placa de vidro ou bloco de
papel. Divide se o pó em duas partes iguais. Goteja se o liquido com o frasco na posição
perpendicular, aglutinando a primeira parte do pó ao liquido manipulando por 15 segundos.
Adiciona se a segunda parte do pó a massa e manipula se por mais 15 segundos, para se obter
uma massa vítrea, cremos e húmida
A modificação na proporção pó-liquido altera profundamente as propriedades do cimento:
- Falta de liquido – pouca adesividade
- Excesso de liquido – porosidade, aumento de solubilidade, diminuição da resistência a fratura e
ao desgaste.

Cimento Fosfato de Zinco 

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O cimento de fosfato de zinco é o mais antigo dos agentes cimentantes. É o cimento com mais
longo tempo de vida clínica e serve de padrão para que os novos sistemas possam ser
comparados, sendo esse apresentado na forma de liquido e pó em dois recipientes separados. 

Composição

A composição do cimento de fosfato de zinco é uma reação ácido-base do liquido – pó.


A reação forma, após a presa, uma matriz coesiva e amorfa de alumínio fosfato de zinco, que
embebem os núcleos constituídos de partículas de zinco que não reagiram. 
Na tabela abaixo pode encontrar-se as composições em pó e liquido;

COMPOSIÇÃO
PÓ LIQUIDO
ZnO (Óxido de Zinco) 90% H PO (Ácido Orto-fosforico) 62%
3 4

MgO (Óxido de Magnésio) 9,60% Fosfatos 4,9%


Si O (Óxido de Silício)
2 4 0,33% H O
2 33,1%

Indicação 

O cimento de fosfato de zinco é indicado para:

 Forração de cavidades 
 Processo de confecção de aparelhos ortodônticos
 Indicado em dentes sem vitalidade

Reação de presa

2H2PO4 + 3ZnO – Zn3(PO4)2 +4H2O

Óxido de zinco mais eugenol > (água) > eugenolato de zinco.

Mos cimentos forçados, os polímeros reagem com o óxido de zinco enrijecendo a matriz.

Tempo de presa 

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O tempo de presa é o ponto atingido pela formação da matriz onde distúrbios físicos externos
não causarão alterações dimensionais permanentes.

Um tempo de presa razoável para um cimento de fosfato de zinco varia entre 5 a 9 minutos. 

Propriedades (físicas e biológicas)

 Características mecanicas
 Solubilidade
 Resistencia a compressão
 Consistencia a espessura do filme
 Viscosidade
 Alta acidez
 Reacção ácido-base formando um sal

Manipulação

Para a manipulação deste material a medida do pó e do líquido depende da sua consistencia.

A quantidade máxima de pó cria uma pasta coom solubilidade mínima e resistencia máxima.

A manipulação deste exige mais cuidados, pois a mistura libera calor :

 Usa se uma placa grossa, capaz de dissipar calor ( a placa de vidro pode estar resfriada de
18-25 C)
 Colaca se o pó no canto superior e o líquido no centro
 Utiliza se a maior área possível da placa para espatulação 
 Usa se 6 porções de pó para minimizar o efeito da reacção
 Faz se a espatulação por 1 minuto e 30 segundos

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Faz se a descompactação do pó, mergulha se o medidor do produto e tira se o pó em execesso.
Com uma espátula flexível, faz se uma rasante para se ter a medida ideal e assenta se o pó  na
placa, dividindo o em 6 porções.

Para o líquido, cada fabricante possui sua própria recomendação, mas o consenso é de que a
aplicação seja de 3 gotas na placa.

Manipula se cada porção por seu respectivo tempo: as duas primeiras por 10 segundos cada, a
quarta e a quinta por 15 segundos cada e a sexta por 30 segundos. Este método é aplicado   para
que o calor da recção seja dissipado, neutralizar se o ácido, incorporar se maior quantidade de pó
ao líquido, diminuir glanulometria das partículas do pó e aumenta o tempo de trabalho ( 5 a 9
minutos ). 

Aplica se uma camada de verniz ou cobertura impermeável sobre a margem, com a finalidade de
possibilitar tempo para a maturação do cimento antes do contacto do mesmo com os fluídos
orais.

A mistura deve ser utilizada de imediato, para não perder a consistencia. Se espatulada por muito
tempo, acaba enfraquecendo-a.

A consistencia ideal da pasta é a de um fio inquebrável. Utiliza se a primeira espátula para inserir
o material e os condensadores para o assentamento da massa na cavidade.

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Conclusão 

O presente trabalho centrou-se fundamentalmente em todas as particularidades referentes aos


cimentos odontológicos onde vimos que necessariamente que são utilizados para fazer o dente
voltar ao seu estado anatómico normal após o paciente ser alvo de algum tratamento em
específico que necessite o uso deste material, fazendo uso por exemplo dos cimentos
restauradores do tpo Oze como foi referido anteriormente e que tem o seu tempo útil de uso que
podem variar em temporário e de longa duração,o que se verifica é que todos os cimentos são
extremamentes importantes para o exercício do médico dentista devido as suas
especificidades,pudemos concluir também que há que se ter em conta ao factor da indicação bem
como as propriedades referentemente aos cimentos odontológicos para se fazer o bom manuseio
deste dispositivo odontológico,e no que concerne a manipulação concluímos que deve-se tomar
em consideração todas as especificidades referidas anteriormente para se garantir uma maior
eficácia e precisão no uso deste equipamento.

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Bibliografia 

Anusavice, Kenneth. (2005).“ Phillips Materiais Dentários”. 11a Edição

https://www.google.co.za/url?esrc=s&q=&rct=j&sa=U&url=https://www.studocu.com/pt-br/
document/universidade-federal-da-bahia/materiais-odontologicos/resumo-fosfato-de-zinco-e-
oxido-de-zinco/
4404594&ved=2ahUKEwjvg6vQ68r3AhWLWcAKHb_KC1AQFnoECAcQAg&usg=AOvVaw
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