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Universidade Federal Fluminense – UFF

Aluno: Thársila Mattos Thomaz


220084089

Pesquisa, leitura, análise e comparação descritiva entre; (Convenção Internacional


sobre a Eliminação de todas as formas da Discriminação Racial de 1965 x Convenção
Interamericana contra o Racismo, a Discriminação Racial e Formas Correlatas de
Intolerância de 2013).

Macaé- RJ
Maio de 2023
Diferença entre Convenção Internacional sobre a Eliminação de todas as formas da
Discriminação Racial e a Convenção Interamericana contra o Racismo, a Discriminação
Racial e Formas Correlatas de Intolerância.

Partindo dos precedentes de que tratados importantes que retratavam a respeito da dignidade e
igualdade inerentes a todos os seres humanos, e repudiam qualquer tipo de segregação social,
inclusive pela prática do colonialismo, como Tratado das nações unidas, declaração sobre a
concessão sobre a independência países e povos coloniais, entre outros, ainda se expandia atos
repudio-os de segregação e inferiorização de determinadas raças, como o apartheid e o
nazismo. Desse modo, houve a extrema necessidade de criar um ordenamento específico que
repudiasse toda e qualquer forma de discriminação e com uma aplicabilidade global. Nesse
viés, a matéria desta convenção discorre a respeito de políticas.
Convenção Racial e Formas Correlatas de Intolerância de 2013 tratassem da mesma matéria,
combater o racismo, e inclusive faça parte do ordenamento jurídico brasileiro, equiparado às
emendas constitucionais, o conteúdo da convenção interamericana se mostra com um
conteúdo muito mais abrangente e recente do que a convenção promulgada pela ONU, uma
vez que sua promulgação se deu 59 anos posteriormente a Convenção internacional. Sendo
assim, Convenção Interamericana contra o Racismo, a Discriminação Racial e Formas
Correlatas de Intolerância de 2013 trouxe em sua matéria a ampliação e atualização de uma
série de formas pelas quais se pode estar cometendo o racismo ou a intolerância.

De início a convenção interamericana aborda três vertentes da discriminação racial; a direta, a


indireta, e a múltipla ou agravada, além de diferenciar o termo discriminação racial, racismo e
intolerância. Outro ponto abordado se diz respeito as políticas afirmativas, que não devem ser
confundidas como atos de discriminação ou que promove a desigualdade e que não deve
também ser algo perpetuo, sendo só utilizado enquanto o grupo vulnerável apoiado por essa
política não consiga seu papel de equiparação.

Direitos humanos e Discriminação social na contemporaneidade


A classificação das populações por categorias ou "raças" em sistemas taxonômicos
considerados científicos, até meados do século XX, tendia a criar hierarquias que, em
princípio, "naturalizavam" todo e qualquer tipo de segregação e discriminação racial, tendo
como fito de criar um papel de superioridade do homem branco. Dessa forma, como um modo
de reparar o prejuízo que essas raças sofreram por século houvesse a necessidade de criar na
sociedade contemporaneidade um instrumento com caráter necessariamente temporário, em
favor de grupos raciais ou étnicos que se encontrem em situação de inferioridade real, a partir
da distribuição de recursos sociais e fixação de quotas e outras formas de "ação afirmativa"
Sendo assim, a partir da perspectiva dos direitos humanos essa medida se torna de viés
excepcional, partindo da premissa de dignidade humana e igualdade de todos no gozo das
liberdades fundamentais. Criando institutos jurídicos mais específicos, como Convenção
sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial prevê, em seu artigo 1º,
parágrafo 4º, a possibilidade de "discriminação positiva" (a chamada "ação afirmativa")
mediante a adoção de medidas especiais de proteção ou incentivo a grupos, ou indivíduos,
visando a promover sua ascensão na sociedade até um nível de equiparação com os demais.
As ações afirmativas constituem medidas especiais e temporárias que, buscando remediar um
passado discriminatório, objetivam acelerar o processo com o alcance da igualdade
substantiva por parte dos grupos socialmente vulneráveis, como as minorias étnicas e raciais,
entre outros grupos. Cabe destacar também o documento oficial brasileiro apresentado à
Conferência das Nações Unidas contra o Racismo, em Durban, na África do Sul (31 de agosto
a 7 de setembro de 2001), defende, do mesmo modo, a adoção de medidas afirmativas para a
população afro-descendente nas áreas de educação e trabalho. O documento propôs a adoção
de ações afirmativas para garantir o maior acesso de afrodescendentes às universidades
públicas, bem como a utilização, em licitações públicas, de um critério de desempate que
considere a presença de afro-descendentes, homossexuais e mulheres no quadro funcional das
empresas concorrentes.

Outro ponto importante a se destacar condiz a respeito de um tema atual no ordenamento


jurídico brasileiro, uma vez que a lei 14.532, foi promulgada no ano de 2023 e aborda a
matéria da injúria racial equiparando a pena ao crime de racismo. Posto isso, por mais que a
injúria racial seja uma discriminação social e a “convenção Interamericana contra o Racismo,
a Discriminação Racial e Formas Correlatas de Intolerância” a diversifique do racismo
necessário analisar o grau lesividade que esta conduta causa, tornando tão banal e cruel ao
ponto de ser comparado ao racismo, inclusive partindo da premissa de igualdade racial e
dignidade da pessoa humana.

Correlação dos 0aspectos do conteúdo do texto “Direitos humanos e Améfrica Ladina:


Por uma crítica amefricana ao colonialismo jurídico e o teor das Convenções e
discussões contemporâneas.”
O texto produzido por Thalu Pires, com objetivo de mobilizar o pensamento Lelia Gonzalez
indaga a respeito do colonialismo jurídico e como as lutas dos povos negros para adquirirem
seus direitos no Brasil são diminuíveis do ponto de vista jurídico e histórico. Sendo assim
cabe levantar uma crítica a respeito das convenções que dispõe a respeito das matérias raciais,
de tal modo ao analisar a totalidade de seu conteúdo percebe-se que os Direito humanos ao
defender o ponto racial não se atentam a respeito dos fatores intrínsecos relacionados à
questão racial, como a cultura e costumes.
Dessa forma, percebe-se que por mais que os direitos humanos busquem a felicidade e
dignidade dos indivíduos como pessoa, ainda é possível ver que essas determinadas normas
não se adentram na temática racial.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Decreto nº 10.932, 10 de janeiro de 2022. Promulga a Convenção Interamericana
contra o Racismo, a Discriminação Racial e Formas Correlatas de Intolerância, firmado pela
República Federativa do Brasil, na Guatemala, em 5 de junho de 2013. Brasília, DF:
Presidência da República, [2022]. Disponível em: http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2022/decreto/D10932.htm. Acesso em:16 de maio de 2023.

BRASIL. Decreto nº 65.810, 8 de dezembro de 1969. Promulga a Convenção Internacional


sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial. Brasília, DF: Presidência da
República, [1969]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1950-1969/
D65810.html. Acesso em:16 de maio de 2023

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