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BARROS, M. F. M.
RESUMO
Este estudo analisa a Gestão da Biblioteca Universitária e seus serviços com base
na teoria da Gestão do Conhecimento e suas propostas inovadoras para melhoria do
desempenho bibliotecário e melhoria da qualidade dos serviços. Baseado no modelo
apresentado por Takeuchi e Nonaka, na visão gerencial de Peter Drucker, em
estudos do comportamento organizacional e da qualidade, identificamos elementos
e requisitos para compor um referencial que auxilie a implementar a qualidade e
inovação, na gestão de Bibliotecas Universitárias e principalmente em motivar e
adaptar os recursos humanos, capacitando-os a utilizar melhor os recursos da
biblioteca. Desenvolvido para servir como base conceitual para auxiliar aos
bibliotecários a empreender; com foco em otimizar os recursos disponíveis através
das práticas sugeridas.
Palavras-chaves: Biblioteca universitária. Administração de bibliotecas. Inovação.
Gestão do conhecimento. Empreendedorismo.
ABSTRACT
This study is based in the University Library management and its services through
the theory of the Knowledge Management, innovation and its proposals for
improvement of the librarian services performance and the quality improvement.
Based in the model presented by Takeuchi and Nonaka, in the managerial vision of
Peter Drucker, in studies of the organizacional behavior and the quality, we identify
some elements and requirements to compose a referencial that assists to implement
the quality methodologies and innovation in the University Libraries management to
motivate and to adapt the human resources, enabling the resources of the library to
better serving as a conceptual base to assist the librarians to undertake; with focus to
improve available resources through the suggested practices.
Keywords: University library, Library Management, Innovation. Knowledge
management, Entrepreneurship management.
2
1 INTRODUÇÃO
2 DESENVOLVIMENTO
diário e não há tempo para acomodação. E assim, Drucker (1974, p. 38) observa:
“As relações entre os que “trabalham com a cabeça” são especialmente
consumidoras de tempo”. Ele também enfatiza que o trabalho intelectual não pode
ser medido da mesma forma que um trabalho manual (por quantidade) e esclarece:
“Com o trabalhador intelectual, têm-se de sentar com ele e raciocinar sobre o que
deveria ser feito e por que, antes de se verificar se ele está de fato realizando um
trabalho satisfatório ou não. E isso consome tempo.” Assim, para gerenciar uma
biblioteca universitária, precisamos antes de mais nada, refletir sobre o trabalho
intelectual que se desempenha, sobre as demandas decorrentes das necessidades
acadêmicas, sobre o ambiente propício ao desenvolvimento do conhecimento e,
principalmente, sobre o papel do bibliotecário e demais auxiliares de biblioteca,
funcionários em geral, que devem estar unidos por uma missão comum e envolvidos
numa tarefa maior do que suas atribuições individuais sugerem. Drucker (1974. p.
39), contudo acrescenta, que as relações pessoais no trabalho também podem
resultar em atritos se forem apressadas: “Quanto mais pessoas estiverem reunidas,
tanto mais tempo será necessário para sua atuação conjunta, e tanto menos tempo
estará disponível para elas, para trabalhar, realizar e obter resultados.” Desta forma,
acreditamos ser possível que o investimento em técnicas gerenciais que utilizem as
ferramentas teóricas da transferência do conhecimento, aliadas a práticas de busca
pela qualidade, possam trazer grandes benefícios ao clima interno das BUs de
maneira a criar ambiente propício a gerenciar seus ativos intangíveis e capital
intelectual na busca pela missão comum: a satisfação das necessidades
informacionais da comunidade a que se destina; aliando o conhecimento aos
processos formais de que já dispomos.
nível abaixo de sua capacidade de eficácia...” Assim, temos que pensar em modificar
nossa visão de que acervo gigante constitui excelência, ou que aquisições
demasiadas justifiquem aumento de instalações e mão-de-obra. Precisamos
repensar a distribuição das tarefas antes apresentadas simplesmente como divisão
de setores X, como por exemplo: Chefia da Biblioteca, Aquisição e Desenvolvimento
de coleções, Processamento técnico manual e automatizado, Periódicos, Materiais
Especiais, Referência e Circulação; espremidos entre as tarefas cumulativas de
treinamento de usuários, normalização de bibliografias, pesquisa bibliográfica,
estatísticas, relatórios, eventos etc Hoje em dia não se pode ter um funcionário fixo
exclusivamente em cada função, não há mais mercado para o bibliotecário
exclusivamente catalogador/classificador ou para o conhecido “diretor da biblioteca”
– que geralmente fica alheio aos processos. Segundo Figueiredo (1991, p. 14) “a
profissão deve avançar, desfazer-se de procedimentos arcaicos, criar uma imagem
de entidade dinâmica, alerta, relevante, desenvolvendo uma sociedade dependente
de informação.”
Nonaka (2001, p. 212) nos sugerem a figura do “ativista do conhecimento” cujo perfil
deve ser constituído por diversas habilidades pessoais, tais como: motivação,
respeito, intervenção analítica e rede social/conhecimento operacional. É difícil
encontrar quem concentre todas as qualidades necessárias, segundo os autores,
uma equipe se caracterizará pela complementaridade de habilidades: “A equipe
também precisará desenvolver e compartilhar um protótipo do serviço a ser
prestado.” Ainda nesse contexto, não se exclui interações fora do espaço físico dos
ambientes de trabalho, tais como e-mails e ambientes virtuais de comunicação.
Acrescenta-se as “comunidades de prática” onde, segundo eles: “é um lugar onde os
membros aprendem conhecimentos já existentes no ambiente específico, o contexto
capacitante ajuda a criar novos conhecimentos.” Tendem a ser constantes e ricas do
ponto de vista a “deflagrar as verdadeiras inovações.” Um contexto capacitante
promove a convivência e catalisa a com a ajuda dos ativistas do conhecimento as
ferramentas para a inovação. É necessário que este conhecimento seja formalizado
e que os bibliotecários possam usufruir destas práticas conforme quadro abaixo:
3 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
__________________
1
Maria de Fátima Moraes Barros, Universidade Federal do Rio de Janeiro, CCJE, COPPEAD,
mfatima@coppead.ufrj.br.