Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1
Bacharel em Direito pela Faculdade Gama e Souza.
2
this agenda should be dealt with frankly and democratically in the light of day. In order
to proceed with the empirical support of the theme, I turned the historical part of
prohibitionism, the social movement and libertarian "Marijuana's March", to the issue of
affection of access to users' health so that we can reflect on the current policy of the
Antidrug Law and whether, in this device listed, it is effective or not.
Introdução
2
Segundo o dicionário Aurélio: Planta de origem asiática, da família da canabáceas (Cannabis
sativa), pode atingir até 2,5m de altura, com folhas verdes picotadas nas bordas, muito conhecida
por seus efeitos alucinágenos; maconha.
3
Sentença C-221/94 da Corte Constitucional Colombiana, de 05 de maio de 1994.
4
Corte Suprema de Justica de la Nación. Recurso de Hecho A.891. XLIV (25.08.09), p.284.
3
5
Em que pese haver outras drogas, pretendo tratar no artigo apenas sobre a questão da maconha.
4
6
Lei Proibicionista é um termo jurídico utilizado para se referir as normas restritivas de direitos.
7
É um substantivo de origem espanhola, que é a tradução de maconha.
8
Nos EUA emerge um movimento em direção a proibição da maconha em seu território, desta forma,
surge então o primeiro modelo proibicionista de fato, em 1913
9
Canabidiol, THC – são derivados farmacológicos da planta do gênero Cannabis, que tem como principal
constituinte psicoativo o tetrahidrocanabinol (THC), incluindo outros canabinoides como canabidiol
(CBO), entre outros mais de 400 canabinoides.
10
"Guerra contra as drogas" é um termo que se popularizou nos Estados Unidos da América, a partir de
1971, quando aquele país definiu uma política intervencionista em determinados países da América
Latina, contra grupos guerrilheiros, e usou como pretexto tal ação. Ver The war on drugs: how President
Nixon tied addiction to crime, in: The Atlantic, 26/03/2012.
6
... o cânhamo provará, tanto para o agricultor quanto para o público, ser a
cultura mais rentável e desejável que pode cultivar, e que pode fazer as usinas
americanas independentes de importação...
É o cânhamo, uma cultura que vai competir com outros produtos americanos.
Em vez disso ele vai substituir a importação de matéria-prima e produtos
manufaturados (...) que irá fortalecer milhares de empregos para os para os
trabalhadores norte-americanos em todo país. (...) O cânhamo é o padrão de
fibra do mundo. Possui grande resistência à tração e durabilidade. Ela é
utilizada para produzir mais de 5.000 produtos têxtis, (...) e o amadeirado
(“hurds”) remanescente após a fibra removida contém mais do que 77% de
celulose, que pode ser utilizado para produzir mais de 25.000 produtos, que
vão de dinamite ao celofane (...) A indústria de papel oferece ainda mais
possibilidades. Como uma indústria que equivale a mais de U$$ 1 Bilhão por
ano, e que 80% são importados. (RAMOS, 2014)
11
Em 1916, o governo dos Estados Unidos previu que, na década de 1940, todo o papel viria do cânhamo e que não
mais árvores precisariam ser cortadas.
7
12
Logomarca oficial da Sherwin-Williams.
13
A indústria da quimicalização e do petróleo apropriou-se do mercado energético de comoditeis, no qual
a cannabis ocupava um espaço considerável.
8
geração”. Assim percebe-se que o etanol que conhecemos hoje no Brasil não é algo
novo, já existia e foi descoberto nos EUA, por Henry Ford.
Nesse diapasão é preciso pensar e analisar, porque esse protótipo não foi adiante,
ou seja, não se desenvolveu a ponto de termos veículos rodando com etanol de celulose
de cânhamo e carroceria de fibra também de cânhamo, isso leva a crer que, o interesse
era sim da nova política energética de introdução do petróleo na nova matriz energética,
pois só assim se ganha mais dinheiro, a corrida sem escrúpulos pelo controle da
pirâmide da dependência econômica e fortalecida na América do Norte, a qual seja não
se levou em conta o prejuízo ambiental e humano que essa corrida poderia custar.
Construiu-se assim uma nova commodites energética, fortalecendo a demonização da
maconha/cânhamo nos EUA e se estendendo para o mundo.
Por outro lado, quando Rudolf Diesel inventou o seu motor (motor
Diesel) não estava pensando em petróleo, mas na utilização de óleos
de origem vegetal. Em 1900, quando fez demonstração do seu motor
na Exposição Universal de Paris, o combustível utilizado foi o óleo de
amendoim. (RAMOS, 2014, p.118)
Porém, também funcionaria com outros tipos de óleo, como por exemplo:
mamona e cânhamo. Rudolf Diesel assim como Henry Ford eram empresários
visionários.
Por esse motivo a maconha foi proibida e demonizada nos EUA. Assim, uma
interpretação possível é que a principal vertente da criminalização da planta “cannabis”,
além do caráter de controle social, foi de interesse do grande capital.
As fontes levaram a crer que a proibição das drogas não é fruto de ideias vãs,
desarticuladas da realidade social. A propositura de determinada conduta como crime
associa-se a grandes interesses econômicos e escusos.
Segundo Ramos (2014) “A proibição de drogas não é algo novo, foi concebida
na segunda metade do século XIX nos EUA. Os objetivos dessa política podem ser
entendidos no contexto social e global da época”.
14
Referente ao livro “Operação Rio: o mito das classes perigosas, de Cecilia Coimbra- Classes perigosas e espaços
urbanos como, traços que dizem respeito à formação de alguns espaços urbanos brasileiros, seu reordenamento, assim
como algumas teorias que, desde meados do século XIX, pretendem explicar as chamadas “classes perigosas”,
vinculando-as ao cidadão pobre e à condição de pobreza.
15
Estilo americano de vida
11
16
A origem da Marcha da Maconha, é datada em 20 de abril de 1971 no estado americano da Califórnia (EUA), não é
de estranhar, foi aonde se fortaleceu a proibição da planta em questão. Nos EUA a data 4-20 passou a simbolizar uma
espécie de senha para os ativistas e simpatizantes, desde então, a sigla (420) passou a simbolizar a luta
antiproibicionista, em busca da liberdade dos direitos da utilização da planta proibida.
17
Drogas classificadas como ilícitas
12
Vale ressaltar que a punição imposta pelo Estado, além de ser inconstitucional,
não se apresenta compatível com cariz democrático, que precisamente caracteriza-se por
não ser a prima, nem mesmo a única ratio, mas sim a última e extrema ratio, ou seja, a
mais violenta instância de controle social, assim deve ser evitada e usado somente em
fatos e desvios capazes de ofender bens jurídicos e interesses essenciais à vida
comunitária.
Considerações finais
Percebe-se que a maconha foi e é uma planta muito importante para o ser
humano, tanto para fins medicamentais, quanto para fins industriais e que a proibição
desta planta aqui no Brasil é puramente racista e irracional. Trata-se de uma comodite
que foi muito importante no passado e que por si só se apresenta como a grande saída
econômica/industrial para o Brasil.
sustenta, diante das evidências não existem estudos suficientes para sustentar a atual
política de drogas que apresentem ser a repressão ao consumo de drogas, o instrumento
mais eficaz para o combate ao tráfico de drogas.
Referências
BOTTINI, Pierpaolo Cruz. Porte de drogas para uso próprio e o Supremo Tribunal
Federal. Rio de Janeiro: VivaRio, 2015.
COIMBRA, Cecília. O mito das classes perigosas. Rio de Janeiro: Intertexto, Oficina
do Autor, 2001.
FIGUEIREDO, Lívia Guilherme; SILVA, Luís Cláudio de Jesus; SILVA, Raíssa Pires
da. A Marcha da Maconha sob os parâmetros dos direitos e garantias
fundamentais. Disponível em:
file:///C:/Users/FGS/Downloads/MARCHA%20DA%20MACONHA%20OFICIAL%2
0PDF1.pdf. Acesso em: 16 mar 2016