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ensino de línguas
Simone Batista da Silva*
1
2
Marlene de Almeida Augusto de Souza**
3
Vanderlei J. Zacchi***
Introdução
O
■ prefixo trans– tem estado em evidência nos últimos tempos, especial-
mente nas teorias sociais. O que provavelmente motiva esse movi-
mento são as recentes transformações sociais, políticas e culturais
ocasionadas por fenômenos atualmente em curso, em geral reunidos sob
aparatos conceituais como globalização e tecnologias digitais. A ideia de com-
pressão espaço-temporal que esses conceitos comportam indica também um
esmaecimento de fronteiras que favorece o fortalecimento de pensamentos em
torno de transposições e transgressões, tornando instáveis as delimitações
compartimentadas.
* Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil. E-mail: simonebatista@uol.com.br
** Universidade Federal de Sergipe (UFS), Aracaju, SE, Brasil. E-mail: marlenesouza04@yahoo.com.br
*** Universidade Federal de Sergipe (UFS), Aracaju, SE, Brasil. E-mail: vanderleiz@yahoo.com
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Simone Batista da Silva, Marlene de Almeida Augusto de Souza e Vanderlei J. Zacchi
DOSSIÊ
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Translinguagem
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Transdisciplinaridade
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Transculturalidade
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Pennycook (2007) aponta também que esse fluxo de formas culturais não se
passa apenas transnacionalmente, dando ênfase à complexidade interna das
sociedades contemporâneas. As fronteiras estão presentes também no interior
das culturas nacionais, devido à grande diversidade de identidades existentes
aí, um processo que Bhabha (1998, p. 209) chama de “fronteiras internas da
nação”, atuando na articulação da heterogeneidade conflituosa do seu povo.
Pennycook (2007) também traz o conceito de hibridismo de Bhabha (1998),
não no sentido de uma mistura harmoniosa e igualitária, ou de uma síntese.
Para Bhabha (1998, p. 165), o hibridismo não “resolve a tensão entre duas cul-
turas”, mas permite que “saberes negados se infiltrem no discurso dominante
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Conclusão
Referências
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