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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DO

JUÍZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE ALTAMIRA/PA.

GLEYSON LUIZ GOMES DA SILVA, brasileiro, casado, pedagogo, portador


da cédula de identidade Rg nº 713.144 SSP/TO, inscrito no CPF sob o nº 000.570.123-69,
residente e domiciliado na travessa Lindolfo Aranha, 704, Centro, nesta cidade de
Altamira/PA, por meio de seu advogado in fine assinado, devidamente constituído através
do instrumento procurató rio em anexo, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência,
propor a presente:

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS

contra RENAULT DO BRASIL S.A, pessoa jurídica de direito privado,


inscrita no CNPJ nº 00.913.443/0001-73, com endereço na Av. Renault, 1300,
Roseira de Sã o Sebastiã o, CEP: 83.070-900, Sã o Jose dos Pinhais/PR; DU NORT
COMERCIO DE AUTOMOVEIS LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita
no CNPJ sob o nº 06.972.813/0001-20, com endereço na Quadra 19 (dezenove),
FL.27, S/N, Nova Marabá , sala do prédio Revemar, CEP: 68.509-280, Marabá /PA,
pelos motivos a seguir aduzidos:

Rua Hernani Lameira, nº 536, Bairro Av. Brigadeiro Eduardo Gomes, 2660, Jd.
Centro, Castanhal/Pa, CEP: 68740- Esplanada do Xingu - Altamira/Pa.
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I - DOS FATOS

Na data 15/01/2019 o Autor adquiriu um veículo Renault Duster


Dynamique 1.6 16v SCE CVT Xtronic, ano 2018, modelo 2019, 0 km, na
concessioná ria Renault Dunorte, conforme nota fiscal de compra realizada (Doc.
anexo – Nota fiscal de Compra).

O Autor reside em Altamira/PA, onde as vias de acesso até a comarca


se dã o pela BR 230 (famosa transamazô nica), e na data de 03 de junho de 2019,
um funcioná rio de sua empresa, quando na conduçã o do veículo, sofreu um
sinistro na citada BR, cã es na rodovia.

Em consequência ao fato ocorrido, o veículo sofreu avarias. Houve,


em resumo, o rompimento de uma mangueira que ocasionou o derramamento de
ó leo do motor, e em procura de uma autorizada, foi diagnosticado pela
concessioná ria Dunort da cidade de Marabá a necessidade de troca completa do
motor, o que foi feito via seguradora Porto Seguro (Doc. Anexo – Orçamento De
Troca Do Motor Em Virtude Das Avarias).

Dado o orçamento pela concessioná ria, o Autor imediatamente


acionou seu seguro, para que cobrissem as despesas do diagnó stico e orçamento
realizados, sendo estes pagos pela seguradora, sem nenhum vínculo com a garantia
da fabricante. (Doc. Anexo – AUTORIZAÇÃO PARA TROCA DO MOTOR PELA PORTO
SEGURO).

Feito a troca do motor, bem como a de outras peças que


envolvem o sistema funcional no carro, este foi liberado no dia 13/06/2019,
aparentemente sem avarias ou defeitos.

Em meados do mês de setembro de 2019, o Autor começou a


perceber um “tranco” na troca de marchas do veículo, sendo que este foi se
agravando cada vez mais.

Desconfortá vel com a situaçã o, entrou em contato com o SAC da


Renault já no mês de novembro, onde a situaçã o estava insuportá vel, informando

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o problema e pedindo a remoçã o do veículo, porém, foi informado de uma despesa
de mais de R$ 1.500,00 (hum mil e quinhentos reais) para realizar tal serviço de
remoçã o, sendo imprescindível destacar que o veículo ainda estava dentro da
garantia.

Obviamente, tanto por falta de recursos e também por nã o concordar


com o termos da empresa, se recusou pagar o valor exorbitante, entã o no dia
18/11/2019, o Autor estava a caminho da concessioná ria em Marabá , em uso de
seu veículo, quando o carro parou de realizar a troca de marchas em meio à
viagem, precisando de remoçã o de guincho para chegada até a concessioná ria
Dunort em Marabá , sito Fl 27, Qd. 19, Lt. 12, Bairro Nova Marabá .

Após alguns dias do veículo na concessionária, o Autor foi


informado do diagnó stico, que um retentor, peça de borracha que serve para
contençã o do ó leo, estava defeituoso ocasionando o vazamento do ó leo e que,
portanto, necessitaria de substituiçã o. Além disso, disseram ser necessá rio a troca
do corpo de borboletas e mais um retentor que está ocasionando vazamento.

A concessioná ria enviou um orçamento, alegando que essas peças de


borracha nã o seriam cobertas pela garantia de fá brica, conforme manual, e que
especificamente o corpo de borboletas nã o seria trocado porque a falta de revisã o
aos 10.000 km fez o Autor perder a garantia do motor. Nesse momento o carro
estava com 13.885 km (Doc. Anexo - Troca Dos Anéis De Vedação Da Caixa Não
Pagos Pela Garantia Do Veículo).

O fato é que, mesmo sabendo que aquele vício era devido ao primeiro
incidente ao qual a garantia cobriu o prejuízo, o Autor realizou o pagamento pela
troca das peças, uma vez que precisa do veículo para trabalhar, onde teve que
pagar o valor de R$ 3.707,02 (três mil setecentos e sete reais e dois centavos),
sendo que a nota fiscal envolve também a revisã o do veículo totalizando (Vide
Anexo - Troca Dos Anéis De Vedação Da Caixa Não Pagos Pela Garantia Do Veículo).

Note-se, Excelência, o Autor na primeira avaria do carro, trocou


inú meras peças do veículo que envolvem o sistema de engrenagem do veículo, nã o

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sendo possível nem sequer proporcional que a concessioná ria se esconda em uma
garantia procedimental de seus veículos. Pois os vícios permaneceram mesmo
apó s os consertos da primeira avaria.

Para que sua situaçã o nã o se agrava-se ainda mais, e necessitando do


veículo para uso profissional, o Autor irresignado decidiu pagar o valor cobrado
pela concessioná ria, se sentido lesado por isso.

Deste modo, o Autor nã o enxerga outra soluçã o se nã o a de vir até


este juízo, com fito de clamar por justiça aos danos decorrentes de um produto
defeituoso e uma má prestaçã o de serviços.

II – DO DIREITO
II.I – DA APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR.

A relaçã o descrita acima é uma típica relaçã o de consumo, em que de


um lado figura o consumidor, ora Requerente, e do outro está o fornecedor do
produto, ora requeridas.

Assim demonstram o art. 2º, caput, e o art. 3º, caput, do Có digo de


Defesa do Consumidor:

Art. 2º. Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que


adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatá rio
final.
Art. 3º. Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica,
pú blica ou privada, nacional ou estrangeira, bem como
os entes despersonalizados, que desenvolvem
atividades de produçã o, montagem, criaçã o, construçã o,
transformaçã o, importaçã o, exportaçã o, distribuiçã o ou
comercializaçã o de produtos ou prestaçõ es de serviços.
(...)

Em contínuo raciocínio, a nota fiscal em anexo demonstra muito bem


a situaçã o comercial que extrema os polos do fornecedor e do consumidor. Nela
averígua-se a passagem de domínio de um bem ou de algum direito.

Sendo o fornecedor conceituado legalmente, impende destacar que é


visível a preocupaçã o da lei em introduzir um conceito bastante amplo de
fornecedor, procurando abarcar todos os possíveis componentes de uma relaçã o
de consumo.
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Desta maneira, mister se faz a aplicaçã o da Lei 8.078/90, visto que,
as partes se enquadram no atributo exigido.

II.II– DA COMPETÊNCIA
Por se enquadrar na qualidade de fornecedor, este perante o Có digo
de Defesa do Consumidor e por tal situaçã o merecer a aplicaçã o do retro citado
có digo, está clara a definiçã o de competência.

Nos termos do art. 101, inciso I do Có digo de Defesa do Consumidor:

Art. 101 – Na açã o de responsabilidade civil do


fornecedor de produtos e serviços, sem prejuízo do
disposto nos Capítulos I e II deste Título, serã o
observadas as seguintes normas.
I – a açã o pode ser proposta no domicilio do autor.

Desta maneira, se faz perfeitamente competente o presente juízo


para julgar a presente pretensã o autoral.

II.III – DA RESPONSABILIDADE OBJETIVA.

Também por se enquadrar na qualidade de fornecedor, este perante


o Có digo de Defesa do Consumidor, responderá pelos danos causados ao
consumidor independentemente de culpa, nos termos do art. 14, in verbis:

Art. 14 - O fornecedor de serviços responde,


independentemente da existência de culpa, pela
reparaçã o dos danos causados aos consumidores por
defeitos relativos à prestaçã o dos serviços, bem como
por informaçõ es insuficientes ou inadequadas sobre sua
fruiçã o e riscos.

Portanto, nã o há como a requerida se eximir da responsabilidade que


lhe cabe, uma vez que os danos que foram suportados pelo Requerente, sã o de
responsabilidade objetiva das demandadas, restando preenchidos, assim, os
requisitos da responsabilidade civil objetiva, nos termo do artigo 14, do Có digo de
Defesa do Consumidor.

II. IV - DA FALHA NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO

Excelência, entende-se que deve ser apreciado a reexecução do


serviço prestado, devido a falha no mesmo.

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Nos termos da legislaçã o consumerista vigente, configura-se
consumidor “toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou
serviço como destinatário final” (art. 2º, CDC), de modo que o Autor, na presente
situaçã o, enquadra-se em tal conceito.

Do mesmo modo, as empresas Rés sã o fornecedoras de serviços,


harmonizando-se no conceito previsto no art. 3º do CDC.

Excelê ncia, da primeira vez que ocorreu o problema com o carro,


onde a seguradora teve que substituir o motor do veículo, houve falha na
prestaçã o deste serviço. Explica-se: O motor funciona conjuntamente com a caixa
de marcha. Se ambos nã o estiverem PERFEITAMENTE alinhados e
completamente sincronizados, um dos dois começará a apresentar problemas,
sendo o que ocorreu no caso em tela.

Da primeira vez, como relatado no relató rio em anexo, um retentor,


peça de borracha que serve para contençã o do ó leo dentro da caixa de marchas,
estava defeituoso ocasionando o vazamento do ó leo e que, portanto, necessitaria
de substituiçã o, e também disseram ser necessá rio a troca do corpo de borboletas
e mais um retentor que está ocasionando vazamento no motor. Tudo isso
encontra-se localizado na caixa de marcha.

Pois bem, apó s o pagamento, o mesmo problema voltou a surgir, pois


como dito, o motor e caixa de marcha NÃO ESTAVAM PERFEITAMENTE
SINCRONIZADOS/FUNCIONANDO EM CONJUNTO, sendo assim o segundo
diagnó stico dado pela concessioná ria o de substituiçã o total da caixa de marcha.

Excelência, está claro que houve vício no serviço prestado


primeiramente pela seguradora no primeiro acidente, o que foi coberto pelo
seguro. Desde então o carro começou a apresentar problemas nas partes que
derivam do motor justamente porque o serviço prestado foi mal feito.

Dispõe o art. 20 do CDC:

Art. 20. O fornecedor de serviços responde pelos vícios


de qualidade que os tornem impró prios ao consumo ou

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lhes diminuam o valor, assim como por aqueles
decorrentes da disparidade com as indicaçõ es
constantes da oferta ou mensagem publicitá ria,
podendo o consumidor exigir, alternativamente e à sua
escolha:
I - a reexecuçã o dos serviços, sem custo adicional e
quando cabível;
II - a restituição imediata da quantia paga,
monetariamente atualizada, sem prejuízo de
eventuais perdas e danos;
III - o abatimento proporcional do preço.

Diante dos fatos até aqui expostos, é possível depreender que


houve evidente vício na prestaçã o do serviço prestado pelas Rés, ao qual a mando
da concessioná ria, a empresa seguradora procedeu com o serviço, o qual
acarretou ao Autor/consumidor diversos transtornos, dentre eles o mais grave, o
de ter que desembolsar a quantia de R$ 4.166,02 (quatro mil cento e sessenta e
seis reais e dois centavos). Por consequência de uma má prestaçã o de serviços no
primeiro conserto realizado no veículo, advieram os novos problemas mecâ nicos.

Sendo assim, diante do vício na prestaçã o do serviço, há que se falar


em reparaçã o de danos, ou seja, a restituiçã o imediata da quantia paga, como
preceitua o art. 20 do CDC, em seu inciso primeiro, acima citado.

III – DOS DANOS MORAIS

No que se refere à reparaçã o dos danos morais, o dano causado ao


promovente foi proveniente de vá rios fatores:
01 – Primeiramente, os aborrecimentos de ter
levado o veículo recém comprado à segunda promovida, por
três vezes, em menos de 10 meses;

02 – Em segundo lugar, pelo fato de que o mesmo


utiliza o veículo para trabalho, logo, o mesmo está sem
trabalhar por conta do serviço “porco” realizado pelas Rés.

03 – Do perigo de vida que o Autor correu quando o


veículo simplesmente parou no meio de uma autoestrada,
devido aos serviços mal prestados pela concessioná ria.

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04 – Dias de lazer perdidos na concessionária
para ajeitar o problema em que na verdade o autor
deveria estar viajando em seu CARRO NOVO;

Assim, das causas acima relacionas percebe-se que o Demandante


realmente faz jus a uma indenizaçã o por estes abalos psicoló gicos sofridos, cujo
embasamento legal é, além da já citada Carta Magna, o Có digo de defesa do
consumidor, in verbis:

Art. 6º São direitos básicos do consumidor:


I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos
provocados por práticas no fornecimento de produtos e
serviços considerados perigosos ou nocivos;
VI - a efetiva prevenção e reparação de danos
patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos;

Registre-se que a jurisprudência, como demonstrado


anteriormente, é firme no sentido de reconhecer o direito à reparaçã o pelos danos
decorrentes do produto viciado.

E no que se refere aos requisitos caracterizados da indenizaçã o,


todos estã o presentes, senã o vejamos:

A) O dano ocorreu, pois o Autor teve que gastar


dinheiro do pró prio bolso para pagamento de conserto de
um problema oriundo de uma má prestaçã o de serviços;

B) A açã o/omissã o do agente (promovidas) também


aconteceram, no sentido de que não resolveram o
problema e, pior, realizaram vários serviços repetidos
que foram mal feitos;

C) A culpa é evidente, pois o bem fabricado possuía


vício que nã o foi sanado totalmente pela concessioná ria no
primeiro conserto do veículo;

D) O nexo de causalidade também é indiscutível,


pois o bem restou viciado, e a empresa concessionária

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autorizada não conseguiu consertar totalmente na
primeira vez o que deu origem a outro problema o qual nã o
se dispuseram a resolver;

Sendo assim, Exa., requer-se que seja reconhecido o dever de


indenizar e que as promovidas sejam condenadas, solidariamente, a reparar os
danos sofridos, através de uma indenizaçã o que deverá ser arbitrada por Vossa
Exa., observando os diversos fatores que influenciaram os aborrecimentos
sofridos.

A seguir, abordar-se-á a responsabilidade da segunda promovida,


que foi quem forneceu serviços de péssima qualidade.

IV – DA RESPONSABILIDADE CIVIL DA SEGUNDA PROMOVIDA

Como se viu, a concessioná ria Dunort atuou de uma forma


totalmente irresponsá vel, tendo em vista que por vá rias vezes fez um serviço e
pouco tempo depois teve que repará -lo.

O Có digo de Defesa do consumidor assim destaca:

Art. 14. O fornecedor de serviços


responde, independentemente da existência de
culpa, pela reparação dos danos causados aos
consumidores por defeitos relativos à prestação dos
serviços, bem como por informações insuficientes
ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.
§ 1º O serviço é defeituoso quando não fornece a
segurança que o consumidor dele pode esperar,
levando-se em consideraçã o as circunstâ ncias
relevantes, entre as quais:
I - o modo de seu fornecimento;
II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se
esperam;
III - a época em que foi fornecido.

Sendo assim, requer o autor a reparaçã o dos danos (morais e


materiais) sofridos em razã o da prestaçã o de um serviço de má qualidade, cujo
resultado foi totalmente negativo.

V – DOS DANOS MATERIAIS

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Além do sofrimento por ter vivido tudo o que já consta nesta peça de
arranque, o Autor também efetuou gastos em razã o dos defeitos já descritos, cuja
reparaçã o também é devida, à luz da legislaçã o vigente e do entendimento
jurisprudencial.

Como se sabe, os danos materiais devem ser quantificados e


comprovados. In casu, por causa de um produto defeituoso por conta de um
serviço mal feito, o demandante teve que realizar a troca de um retentor e do
corpo de borboletas, custeando assim ao mesmo o valor de R$ 4.166,02 (quatro mil
cento e sessenta e seis reais e dois centavos), conforme nota fiscal em anexo.

Sabendo-se que o Autor precisa do carro para realizar seu trabalho, o


mesmo foi obrigado a pagar a quantia exigida, sem saber que o problema derivava
do anterior, onde o serviço prestado continha um vício.

Na mesma linha de raciocínio, o Autor por mais que tenha


comprado um carro 0 km, em virtude dos problemas do veículo teve o
dispêndio de alugar carros na comarca em que mora para poder ser
locomover, sendo que por óbvio esses gastos não seriam necessários se o
Autor pudesse utilizar seu carro.

O Valor gasto pelo autor foi de R$ 1.560,00 (hum mil quinhentos


e sessenta reais), que correspondentes ao uso de 12 diárias de veículo
locado, conforme nota fiscal em anexo (Doc. Anexo – nota fiscal prefeitura)

Portanto, requer-se a restituiçã o dos valores gastos, a título de danos


materiais, cujo montante é de R$ 5.726,00 (cinco mil setecentos e vinte e seis
reais).

VI – DOS PEDIDOS

Ante o exposto, requer-se a Vossa Excelência:

A. A CITAÇÃ O das promovidas em seus


respectivos endereços, na forma legal, para caso queiram, contestem;

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B. As promovidas sejam condenadas,
solidariamente, a pagar um valor de INDENIZAÇÃO PELOS DANOS MORAIS
SOFRIDOS, na quantia de R$ 15.000,00 (quinze mil reais), levando-se em
consideraçã o os fatos ocorridos, bem como os serviços repetidos e mal feitos;
C. Seja determinada a condenaçã o ao
pagamento dos DANOS MATERIAIS gastos devidamente comprovados, nos termos
do art. 20, inc. II do CDC, e conforme exposto, no montante R$ 5.726,00 (cinco mil
setecentos e vinte e seis reais);

D. Seja determinada a condenaçã o das


requeridas ao indébito, nos termos do art. 42 P. ú nico, do Có digo de Defesa do
Consumidor, haja vista pagamento indevido do valor de R$ 4.166,02 (quatro mil
cento e sessenta e seis reais e dois centavos), o que corresponde ao dobro em R$
8.332,04 (oito mil trezentos e trinta e dois reais e quatro centavos);

Protesta provar o alegado através de todos os meios de provas


admitidos em direito, especialmente pelo depoimento pessoal das partes, oitiva de
testemunhas e juntada de novas provas.

Nos termos do art. 319, VII, do CPC, a requerente registra “que não se
opõe à designação de audiência de conciliação”.

Dar por autêntico todos os documentos em anexo com base nos


inciso IV e VI do art. 425 do CPC.

Dá -se à causa o valor de R$ 24.892,04 (vinte e quatro mil oitocentos


e noventa e dois reais e quatro centavos).

Por fim, vem este patrono requerer, expressamente, que todas as


intimaçõ es/notificaçõ es veiculadas pelo Diá rio Oficial sejam feitas exclusivamente
em nome do Dr. VICTOR MONTEIRO DA SILVA, OAB/PA sob nº 29.683, sob
pena de nulidade do ato praticado na forma do art. 272, § 5, do Novel Có digo de
Processo Civil.

Nestes termos,

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Telefone: (91) 99336-8558
Pede e espera deferimento.

Altamira/PA, 6 de março de 2020

VICTOR MONTEIRO DA SILVA


OAB/PA nº 29.683

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