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EXMO (A) SR (A) DR (A) JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CIVIL DA COMARCA DE

___________/___.
FULANO DE TAL, brasileiro, casado, motorista, RG ____, CPF ______, residente e domiciliado
na rua ___, nº ___, bairro _____, CEP: _____, cidade de _________/__., vem respeitosamente à
presença de Vossa Excelência, com fundamento na lei 9.099/95, propor a presente
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS
Em face de SEGURADORA COMPANHIA DE SEGUROS, pessoa jurídica de direito privado,
inscrita no CNPJ/MF nº __________, com sede na Avenida ____, nº____, bairro ______,cidade
de______, CEP: _____, doravante denominada 1ª requerida,
OFICINA CENTRO AUTOMOTIVO, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF
nº ______________, com sede na Rua ________, nº ____, Bairro _____, cidade de _________ - __, CEP:
______, doravante denominada 2ª requerida,
FABRICA DE AUTOMOVEIS LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF
nº _____________, com sede na Avenida ______, nº ____, Bairro _____, CEP: _____, cidade de _____ - __,
CEP: ______, doravante denominada 3ª requerida, pelos motivos a seguir aduzidos:
1 - DOS FATOS
O requerente é proprietá rio de um veículo _____ FLEX,ANO DE FABRICAÇÃ O ____, MODELO
_____, COR ____, RENAVAN ______, conforme faz prova os documentos em anexo. O veículo
acima descrito é utilizado pelo requerente exclusivamente para seu trabalho, uma vez que é
motorista de aplicativo e necessita do veículo para transportar passageiros.
Na data de ______ à s 00hs:00min, o autor conduzia seu veículo, quando estava no
cruzamento da rua Presidente Artur Bernardes com a rua Presidente Afonso Pena, no
Bairro Boa Esperança, nesta cidade tendo o seu veículo abalroado por um veículo que vinha
pela esquerda.
O seguro foi acionado, junto ao 1º requerido, imediatamente tendo sido o autor informado
de que nã o era necessá rio o registro da Ocorrência Policial, pois o mesmo só é exigido em
casos de roubo, furto e em acidentes que envolvam vítimas.
O veículo foi encaminhado para a 2ª requerida no dia ________ e só foi liberado no dia ______,
a 2º requerida sempre alegava nã o estar encontrando as peças no mercado.
Ora excelência, como nã o encontrar tais peças no mercado de um veículo utilitá rio com
grande quantidade em circulaçã o?
O requerente utiliza o veículo para o trabalho e ficou todo esse tempo parado sem aferir
renda.
Diversas foram as tentativas de soluçã o para que o veículo fosse reparado em tempo há bil
contudo, a 2º requerida sempre dizia que nã o estava encontrando a peça (_____).
A princípio a previsã o de entrega era para o dia ___, mas foi alterada para ____, em seguida
alterada para _____, mais uma vez alterada para ______, contudo no dia ______ disseram que a
peça chegou, mas veio do lado errado.
Sempre que se aproximava da data prometida vinha uma triste notícia, (conforme
conversas anexas).
Como se nã o bastasse foi comunicado pela 1º requerida que a roda também estava em falta,
código e descrição da peça ______ – RODA EM LIGA ARO 20, sendo oferecido o valor em
espécie pela peça incluindo manutençã o, tendo sido aceito pelo requerente que recebeu o
valor de R$_______ (_____________________________).
O requerente esclarece que decidiu aceitar a proposta no que tange a roda para acelar a
entrega do veículo, considerando que o mecâ nico da 2º requerida informou que apesar do
defeito na roda, ainda é possível transitar com o veículo.
Por fim, reitera que o veículo permaneceu parado na oficina da 2º requerida por oitenta e
sete dias, quase três meses, tendo sido entregue apenas no dia ___________.
2 - DO DIREITO
De acordo com os fatos transcorridos acima, a presente açã o trata-se de açã o indenizató ria
decorrente de danos advindos de um acidente. O Autor pretende ter reparadas as perdas
patrimoniais e morais causadas pelas empresas demandadas em razã o de terem falhado na
prestaçã o dos serviços, deixado de efetuar os reparos necessá rios em seu veículo e por
terem tardado demasiadamente em realizar os reparos feitos. Ainda, cumpre destacar que
o Autor atualmente continua suportando transtornos e aborrecimentos decorrentes da má
prestaçã o do serviço.
A pretensã o do Autor encontra amparo em vá rios dispositivos legais, muitos deles
inseridos no Có digo de Defesa do Consumidor e no Có digo Civil pá trio, os quais
demonstram e comprovam o seu direito à indenizaçã o pelos danos patrimoniais e morais
sofridos.
Em vista disso, importante trazer à discussã o o artigo 927, o qual prevê a regra da
responsabilidade civil e a obrigaçã o de indenizar, ao preconizar que aquele que, por ato
ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará -lo. In verbis: "Art.
927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a
repará -lo”.
Quatro sã o os elementos essenciais da responsabilidade civil e os quais estã o
flagrantemente presentes no caso em questã o: ação ou omissão (serviço mal feito e
demora excessiva na resoluçã o do caso e na realizaçã o do conserto do veículo), culpa ou
dolo do agente (negligência das rés), relaçã o de causalidade (conduta das demandadas
ocasionaram o dano) e o dano experimentado pela vítima (perda financeira, transtornos,
aborrecimentos, humilhaçã o, frustraçã o e angú stia).
Importante adequar também à presente situaçã o aos dispositivos emanados do Có digo de
Defesa do Consumidor, haja vista que a relaçã o jurídico-material estabelecida entre as
partes litigantes é dotada de cará ter de consumo, em que a seguradora e a corretora
figuram como prestadoras de serviços, enquanto que o Autor se enquadra como
consumidor, conforme disposto no artigo 2º do CDC (“Consumidor é toda pessoa física ou
jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatá rio final”) ou até mesmo
enquadrando-se como consumidor equiparado, consoante artigo 17 do mesmo diploma
legal (“equiparam-se aos consumidores todas as vítimas do evento”).
Demonstrada a relaçã o de consumo, deve ser aplicada ao caso a inversã o do ô nus da prova,
levando-se em conta a vulnerabilidade do consumidor (artigo 6.º, VIII do CDC).
Ademais, a responsabilidade civil no caso em tela é objetiva, embora esteja evidente a culpa
das demandadas, devendo-se aplicar o artigo 14, § 1º e incisos da Lei Consumerista, in
verbis:
Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela
reparaçã o dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestaçã o dos
serviços, bem como por informaçõ es insuficientes ou inadequadas sobre sua fruiçã o e
riscos.
§ 1º O serviço é defeituoso quando nã o fornece a segurança que o consumidor dele pode
esperar, levando-se em consideraçã o as circunstâ ncias relevantes, entre as quais:
I - o modo de seu fornecimento;
II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam;
III - a época em que foi fornecido.
Verifica-se do mencionado artigo que o fornecedor de serviços responde pelos riscos
gerados por seus atos, consubstanciado na teoria do risco do empreendimento, devendo
sofrer as obrigaçõ es decorrentes da operaçã o, independentemente de culpa, da qual apenas
se exime provando a culpa exclusiva da vítima ou de terceiro.
Em se tratando de relaçã o de consumo, portanto, imperioso que se aplique a regra da
responsabilidade objetiva para todo fato de serviço, que prescinde da evidência da culpa,
nos moldes do art. 14 da Lei 8.078/90.
No caso em apreço, regrado pelas normas consumeristas, é irrelevante a caracterizaçã o da
culpa para configuraçã o do dever de indenizar. Quanto à configuraçã o da conduta ilícita
praticada pelas Demandadas, verifica-se que a mesma repousa em duas questõ es: 1) no
reparo insuficiente e mal feito; 2) na demora excessiva na realizaçã o do serviço.
A falta de reparaçã o adequada e o lapso temporal prolongado para resoluçã o dos serviços
no bem mó vel do Demandante encontram-se devidamente comprovado através das
mensagens trocados, demonstrando um tempo mais do que razoá vel e aceitá vel para a
execuçã o do conserto.
Os outros dois requisitos configuradores da responsabilidade civil sã o facilmente
identificados pelo nexo de causalidade existente entre a conduta da 2º requerida
(inexecuçã o dos serviços de forma completa e em tempo razoá vel), pela 1º requerida (pela
falta de respostas bem como alternativas plausíveis capazes de impedir a demora) e pela 3º
requerida (que tem o dever de disponibilizar peças para os veículos fabricados por ela) e os
danos suportados pelo Demandante (dificuldade financeira, perca de tempo na busca de
ver solucionado o problema, transtornos, aborrecimentos, constrangimentos, angú stia,
humilhaçã o, frustraçã o entre outros).
Nestes termos, está caracterizada a responsabilidade civil das Rés, bem como, que o Autor
teve prejuízo e transtornos em virtude da privaçã o da utilizaçã o de seu veículo, pelo
período em que este ficou disponível para conserto e que até hoje tem prejuízos e sofre
aborrecimentos pelo fato de seu carro ainda nã o estar devidamente consertado.
3 - DOS DANOS MATERIAIS

O requerente conforme informado utiliza o veículo como objeto de trabalho como


motorista de aplicativo e ficou quase ___ meses sem trabalhar e consequentemente aferir
renda, conforme documentos em anexo, sendo legítimo o seu direito de ser ressarcido de
tais valores visto que tal despesa só existiu pela inércia dos requeridos que nã o
consertaram seu veículo em tempo há bil, jogando a responsabilidade um para o outro,
neste sentido:
EMENTA: APELAÇÃ O CÍVEL - AÇÃ O DE PROCEDIMENTO COMUM - INDENIZAÇÃ O POR
LUCROS CESSANTES - INDEFERIMENTO DE PROVA PERICIAL CONTÁ BIL - CERCEAMENTO
DE DEFESA - NÃ O OCORRÊ CNIA - TERMO DE QUITAÇÃ O - INTERESSE DE AGIR - DEMORA
EXCESSIVA NO CONSERTO DE VEÍCULO - AUSÊ NCIA DE JUSTIFICATIVA -
RESPONSABILIDADE DA SEGURADORA - CAMINHÃ O UTILIZADO PARA FRETES - LUCROS
CESSANTES - VALOR A SER APURADO EM LIQUIDAÇÃ O DE SENTENÇA. Como o juiz é o
destinatá rio das provas, cabe-lhe aferir sobre a necessidade das requeridas pelas partes
(artigo 370 do Có digo de Processo Civil), conforme sua pertinência e relevâ ncia para a
elucidaçã o dos fatos e soluçã o da lide. Nã o está obrigado a admitir provas inú teis ou
desnecessá rias para o julgamento da causa. A prova pericial contá bil nã o é necessá ria para
aferir a existência de lucros cessantes, apenas do seu valor, o qual, por sua vez, pode ser
apurado em liquidaçã o sentença através de perícia. A assinatura de termo de quitação
referente aos reparos realizados no veículo não tem o condão de afastar a pretensão
indenizatória do segurado por eventuais lucros cessantes constatados. Nã o
comprovado pela seguradora motivo plausível para demora no conserto do veículo, esta
responde por eventuais danos causados ao segurado. Havendo prova da paralisação
excessiva do caminhão, bem como do seu uso para atividade comercial, é inconteste
a ocorrência de prejuízos suportados pelo proprietário. O valor devido a título lucros
cessantes, por se tratar de indenizaçã o por dano de natureza material, deve ser
efetivamente comprovado, de sorte que presunçõ es e estimativas nã o devem ser utilizadas
para aferir o montante da indenizaçã o, devendo ser apurado em sede de liquidaçã o de
sentença por meio de perícia.(TJ-MG - AC: 10000205726623002 MG, Relator: Marcelo
Pereira da Silva (JD Convocado), Data de Julgamento: 08/09/2021, Câ maras Cíveis / 12ª
CÂ MARA CÍVEL, Data de Publicaçã o: 14/09/2021).
Insta informar que o promovente é casado e possui duas filhas que dependem
exclusivamente do promovente que é o responsá vel pelo sustento do grupo familiar, que
devido ao fato ocorrido deixou de alferir em média R$370,82 (trezentos e setenta e sete
reais e oitenta centavos) por semana, que totaliza o valor de R$ 4.079,72 (quatro mil
setenta e nove reais e setenta e dois centavos).
4 - DO DANO MORAL
A excessiva demora causou danos ao autor diante da impossibilidade deste de usufruir o
bem em tal período, inclusive o prejudicando profissionalmente, eis que autô nomo, o que
fere os preceitos contidos no Có digo de Defesa do Consumidor, ensejando, assim, a
indenizaçã o pelo dano imaterial suportado, além dos lucros cessantes.
ACIDENTE DE TRÂ NSITO – AÇÃ O DE REPARAÇÃ O DE DANOS MATERIAIS, MORAIS E
LUCROS CESSANTES – ATRASO NO CONSERTO DO VEÍCULO – AUSÊ NCIA DE PEÇAS DE
REPOSIÇÃ O – RESPONSABILIDADE SOLIDÁ RIA DA OFICINA E DA FABRICANTE
RECONHECIDAS – SEGURADORA QUE CUMPRIU SUA OBRIGAÇÃ O – RECURSOS
PARCIALMENTE PROVIDOS.
I - Considerando-se que a seguradora autorizou o conserto do veículo, e já pagou o valor de
todos os gastos e peças para o conserto do mesmo, nã o pode à ela ser imputada a
responsabilidade pelo atraso no conserto do veículo. No entanto, tanto a oficina como a
fabricante das peças devem responder solidariamente, vez que injustificá vel a demora de
tantos meses para recebimento de uma peça de reposiçã o de um veículo novo, e que ainda
é fabricado.
II – A excessiva demora causou danos ao autor diante da impossibilidade deste de
usufruir o bem em tal período, inclusive o prejudicando profissionalmente, eis que
autônomo, o que fere os preceitos contidos no Có digo de Defesa do Consumidor,
ensejando, assim, a indenizaçã o pelo dano imaterial suportado, além dos lucros
cessantes.DANO MORAL – FIXAÇÃ O – PARÂ METROS – EXCESSO RECONHECIDO –
REDUÇÃ O – FIXAÇÃ O EM R$ 10.000,00 – RECURSO NESTA PARTE PROVIDO.
Ainda neste mesmo sentido colaciona mais uma jurisprudência:
APELAÇÃ O CÍVEL - AÇÃ O DE OBRIGAÇÃ O DE FAZER C/C INDENIZAÇÃ O POR DANOS
MATERIAIS E MORAIS - FALHA NA PRESTAÇÃ O DO SERVIÇO - DEMORA EXCESSIVA NO
REPARO DO VEÍCULO - CADEIA DE FORNECEDORES - RESPONSABILIDADE DA
CONCESSIONÁ RIA - VERIFICAÇÃ O - DANOS MATERIAIS COMPROVADOS - DANO MORAL
CONFIGURADO - VALOR INDENIZATÓ RIO RAZOÁ VEL. Nã o obstante ser da montadora a
responsabilidade pela fabricaçã o e disponibilizaçã o das peças, tal regra nã o tem o condã o
de afastar a solidariedade de tal responsabilidade em relaçã o aos demais sujeitos que se
encontrem na cadeia de fornecedores, de modo que, sendo a concessioná ria incumbida
pelo reparo do veículo sinistrado, também responde por eventuais atrasos na realizaçã o do
reparo. Restando comprovados os danos materiais suportados pela parte autora em razã o
da conduta das empresas rés, deverã o elas responder pelos prejuízos efetivamente
suportados. O evento descrito nos autos deixa patente a configuração de um
verdadeiro dano moral suportado pelos consumidores, face à frustração e aos
grandes transtornos experimentados em decorrência do excessivo atraso no
recebimento do veículo, sendo plenamente cabível a reparação moral respectiva. A
indenizaçã o por danos morais deve ser arbitrada segundo critérios de razoabilidade e
proporcionalidade, com observâ ncia das peculiaridades do caso e sempre tendo em vista os
objetivos do instituto, quais sejam, compensar a vítima pelos prejuízos morais vivenciados,
punir o agente pela conduta já adotada e inibi-lo na prá tica de novos ilícitos. (TJ-MG - AC:
10000181336850001 MG, Relator: Arnaldo Maciel, Data de Julgamento: 12/02/2019,
Câ maras Cíveis / 18ª CÂ MARA CÍVEL, Data de Publicaçã o: 13/02/2019).
A quantificaçã o da compensaçã o derivada de dano moral deve levar em consideraçã o o
grau da culpa e a capacidade contributiva do ofensor, a extensã o do dano suportado pela
vítima e a sua participaçã o no fato, de tal sorte a constituir em um valor que sirva de
bá lsamo para a honra ofendida e de puniçã o ao ofensor, desestimulando-o e a terceiros a
ter comportamento idêntico.
5 - DO PEDIDO
Diante de todo o exposto requer:
1. A procedência da presente demanda, condenando á s requeridas em ressarcir ao
requerente, a título de dano material no valor de R$ ____ (___________________________).
2. A condenaçã o das requeridas no pagamento de danos morais no importe de R$
____________(__________).
3. Sejam as Rés condenadas ao reembolso do valor da franquia despendido na quantia de
R$ _________ (__________________0;
4. A condenaçã o da requerida ao pagamento dos honorá rios advocatícios e demais verbas
de sucumbência.
5. A concessã o do benefício de Assistência Judiciá ria Gratuita nos termos do art. 5º, incisos
LXXIV da Constituiçã o Federal c/ o art. 4º da Lei nº 1060/50.
6. Seja concedida a inversã o do ô nus da prova;
7. Protesta provar o alegado por todos os meios de provas em direito admitidas,
especialmente pelo depoimento pessoal do requerido, juntada de documentos, oitiva de
testemunhas, que serã o arroladas no momento oportuno, expediçã o de ofícios e
precató rias, bem como demais provas que se fizerem necessá rias.
Dá -se a causa o valor de R$ 10.839,72(dez mil oitocentos e trinta e nove reais e setenta e
dois centavos).
Nestes termos Pede deferimento.
Santa Luzia/MG, 07 de outubro de 2021.
Camila Régia dos Santos
OAB/MG 174.883

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