ADVOGADOS

Emanuel Garriga de Lima da Silva -OAB/SP 319.239 Eliana Garriga da Silva -OAB/SP 176.757
Rua: Shiguetoshi Suzuki, 280, Vila Paulista, Mogi das Cruzes-SP, CEP: 08744-120.
Fones: (11)4723-1993/(11)96415-9209, emanuel_garriga@adv.oabsp.org.br

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ª

VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE MOGI DAS
CRUZES/SP

Joel Delmiro dos Santos, brasileiro, casado, técnico

em refrigeração, portador da Cédula de Identidade 41.221.828-8 SSP/SP, e
inscrito no CPF 345.180.438-71, joeldelmiro212@gmail.com, residente e
domiciliado na Estrada Antiga Imperial, 360, BL 10, Apto 303, Vila São Paulo,
Mogi das Cruzes – SP, CEP: 08840-070, consoante documentos pessoais
anexos, através de seus advogados, consoante procurações anexas, vem, perante
Vossa Excelência, ajuizar

AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS MATERIAIS DECORRENTES DE

ACIDENTE DE TRÂNSITO

Contra Patrícia Aparecida da Silva, brasileira,

motorista de aplicativo, portadora do RG nº 42.513.672 SSP/SP, inscrita no
CPF/MF sob o nº 308.330.288-63, CNH nº registro 05324996033, residente e
domiciliada à Rua Vereador José Silveira, 725, Vila Mogi Moderno, Mogi das
Cruzes – SP, CEP 08717-350, e-mail desconhecido, e Movida Locação De
Veículos S.A., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF nº
07.976.147/0001-60, sediada à Avenida Saraiva, 400, Brás Cubas, Mogi das
Cruzes, São Paulo – SP, CEP: 08745-140, telefone: 0800 749 0029, e-mail
presidencia@movida.com.br, e, pelos motivos de fato e de direito a seguir
aduzidos.

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I - PRELIMINARMENTE

Requer os benefícios da justiça gratuita, por ser pobre

na forma da lei, conforme dispositivos insertos na Lei Federal 1.060/50,
acrescida das alterações estabelecidas na Lei Federal 7.115/83, bem como em
atendimento ao preceito constitucional, na esfera federal, tudo por apego a égide
semântica prevista no artigo 5°, LXXIV da Carta da República de 1988.

Protesta provar o alegado por todos os meios de prova

em Direito permitidos, tais como: testemunhal, documentais.

Diante do exposto pedimos Gratuidade da Justiça nos

termos do artigo 99, § 3 º estes não sendo suficientes, junto argumentos e
documentos aqui trazidos.

II - DOS FATOS

Na data de 14 de junho de 2023, por volta das 05h

45min, a 1ª requerida Sr.ª Patrícia, dirigindo o veículo de propriedade da 2ª
Requerida, de marca e modelo FIAT/CRONOS DRIVE 1.0, branca, ano
2022/modelo 2023, PLACA RUZ1D32, Belo Horizonte - MG, Renavan:
01319734089, Chassis nº 8AP359AFNPU232899, de propriedade da ré Movida
Locação de Veículos S.A.

A Sr.ª Patrícia estava com o carro estacionado em

cima da calçada embarcando um passageiro, após o embarque do mesmo
cruzou a via sem dar atenção a circulação de veículos no local.

Nesse momento o Requerente, conduzindo seu veículo

de marca e modelo I/Jac J3, ano 2012/modelo 2013, PLACA FGQ1J38,
Renavan 00527329118, Chassi LJ12EKR17D4303580, estava em sua via de
circulação quando então foi surpreendido com o veículo atravessado na

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pista momento em que bateu na lateral do veículo da 1ª Requerida, próximo

a roda traseira foto anexa.

Vale frisar que é um ponto de bastante circulação de

veículo pois o fato ocorreu na frente da estação Estudantes de Trem, com o
agravante, pois a via é sinalizada com faixa continua de circulação
PROIBINDO a manobra irregular que a Sr.ª Patrícia realizou.

O fato ocorreu na data de 14 de junho de 2023, por

volta das 05h45min da manhã, na rua Professor Álvaro Pavan, 491, Centro
Cívico, 08773-000, Mogi das Cruzes – SP, resultando nos danos materiais em
seu veículo, conforme documentos comprobatórios anexos e Boletins de
Ocorrência.

A 1ª Requerida, logo após o ocorrido, reconheceu estar

errada disse que pagaria os custos do conserto do veículo do Requerente, e que o
mesmo poderia ficar tranquilo que a segunda Requerida, Movida, tinha seguro e
que cobriria todos os custos.

Ao fazer os orçamentos o Requerente então passou-

lhes a Patrícia, e para surpresa do autor, aquela mudara de ideia dizendo que não
teria condições de arcar com o conserto e nem com a franquia do seguro da
segunda Requerida.

Especificadamente, por áudio, enviado pelo aplicativo

do WhatsApp, a primeira Requerida Patrícia, mandou o Sr.º Joel, Requerente
procurar seus direitos, áudio salvo em seu celular.

Os prejuízos materiais, em relação ao veículo do autor

está detalhado em orçamentos que seguem. O primeiro, da oficina "Imperio
Car", no valor de R$5.460,00 (cinco mil quatrocentos e sessenta reais), o
segundo, da oficina "Oficina do Samuca", no valor de R$4.485,95 (quatro mil
quatrocentos e oitenta e cinco reais e noventa e cinco centavos), e o terceiro, da

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oficina "FURLAN Funilaria e pintura” esta oficina indicada pela Sr.ª Patrícia, no
valor de R$4.185,00 (quatro mil cento e oitenta e cinco reais).

O autor já realizou a reparação de seu veículo que ficou

no valor de R$4.485,95 (quatro mil quatrocentos e oitenta e cinco reais e
noventa e cinco centavos), valor médio entre os orçamentos, portanto, para que
o réu alegue qualquer vantagem indevida ou preço fora da realidade do serviço
executado.

III - DO DIREITO

Em primeiro, quanto a questão de competência, o ato

ilícito ocorreu na região que compete ao Foro de Mogi das Cruzes

Em segundo, ad cautelam, a pessoa jurídica passa a

figurar no polo ativo da presente ação, em razão do veículo estar em seu nome.

O direito material dos autores está fundamentado, em

especial no artigo 186 do Código Civil, e, nesse particular, convém adentrar na
questão de legitimidade passiva: em se tratando de acidente que a Requerida Sr.ª
Patrícia por sua imperícia e imprudência provocou, utilizando-se de veículo de
propriedade da empresa Movida, isso faz com que ela também figure no polo
passivo da relação processual, em razão do disposto no artigo 942 do Código
Civil.

Temos ainda entendimento sumulado sobre esse

assunto como trata a S. 492, STF, sendo explicita nesse sentido, trazendo que, as
empresas locadora de veículos responde, civil e solidariamente com o locatário,
pelos danos por este causados a terceiro, no uso do carro locado.

Nesse mesmo sentido a jurisprudência deste tribunal

direciona unanimemente como vemos:

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ACIDENTE DE TRÂNSITO APLICAÇÃO DA SÚMULA 492

DO STF RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DA
LOCADORA DE CARROS COM O LOCATÁRIO PELOS
DANOS CAUSADOS A TERCEIRO SENTENÇA
MANTIDA. Apelação improvida. (TJSP; Apelação Cível
1104813-91.2019.8.26.0100; Rel. Jayme Queiroz Lopes; 36ª
Câmara de Direito Privado; j. 26/10/2020) Agravo de
instrumento. Indenizatória. Acidente de automóvel. Motocicleta
que era guiada pelo autor que foi abalroada por veículo alugado
por empresa para o exercício de sua atividade. Inclusão no polo
passivo da locadora, que alega preliminar ilegitimidade passiva
e pede a denunciação da lide da seguradora. Rejeição.
Responsabilidade solidária da locadora de veículos com o
locatário. Súmula 492 do E. STF. Aplicabilidade. Relação de
consumo entre o autor da ação, vítima de acidente, e a locadora.
Figura do consumidor por equiparação prevista no art. 17 do
CDC. Vedação à denunciação da lide constante do art. 88 do
CDC que não se limita aos casos de responsabilidade do
comerciante do art. 13. Precedente do STJ. Art. 101, II do CDC.
Intervenção de terceiro que, no caso, apenas retardaria o
andamento do processo, em prejuízo do consumidor, porquanto
a locadora possui patrimônio suficiente para arcar com a
eventual condenação. Ausência de prejuízo para a locadora, que
poderá exercer seu direito de regresso em ação autônoma.
Decisão mantida. Recurso improvido. (TJSP; Agravo de
Instrumento Apelação Cível nº 1062310-53.2022.8.26.0002 -
Voto nº 361586 2227234-75.2019.8.26.0000; Rel. Walter Exner;
36ª Câmara de Direito Privado; j. 23/01/2020)

Portanto, as duas requeridas são legítimas para a ação e

devem reparar os danos materiais e civis causados ao autor

IV – INDENIZAÇÃO HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS - PRINCÍPIO DA

RESTITUIÇÃO INTEGRAL

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O autor faz jus a indenização em danos morais,

também em seus gastos com honorários advocatícios, pois vejamos:

A Sr.ª Patrícia sabendo estar errada e ter causado por

sua imprudência e imperícia o acidente de trânsito e os danos materiais no
veículo do autor, mandou que esse procurasse a justiça para que recebesse,
inclusive em tom irônico e de deboche.

Exclusivamente sob essa circunstância, o Requerente

não teve outra opção, a não ser contratar este causídico para ingressar com a
devida demanda.

Em seu pedido principal pede o ressarcimento dos

gastos que teve na reparação de seu veículo sendo R$ 1.345,78 (mil trezentos e
quarenta e cinco reais e setenta e oito centavos), com juros e correção monetária,
e sobre este valor em contrato de risco, na certeza do sucesso da ação, pagará a
título de honorários 30% sobre as vantagens pecuniárias advindas nesses autos.

Ora excelência, se a condenação vier estritamente

sobre o valor do concerto do veículo, então o Requerente arcará com o prejuízo
por mero capricho e deboche da 1ª Requerida, que poderia ter assumido sua
responsabilidade e pagado o conserto de diversas formas, e inclusive parcelado,
opção que lhe foi proposta.

Há de se frisar que a 1ª Requerida deu causa ao

ingresso da ação, exclusivamente por suas ações com inclusive áudio
requerendo que o Autor ingressasse com a ação.

Nesse sentido temos julgados deste tribunal:

AÇÃO INDENIZATÓRIA. DANOS MATERIAIS.

HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS CONTRATUAIS. TERMO
INICIAL DA CORREÇÃO MONETÁRIA E DOS JUROS DE
MORA. 1. Os valores dispendidos com honorários advocatícios

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contratuais, desde que devidamente comprovados, compõem os

danos materiais, visando a reparação, de movo integral, do
patrimônio lesionado. 2. A correção monetária incide desde o
desembolso (C. STJ, Súmula nº 43) e os juros de mora desde a
citação (Código Civil, art. 405). Recurso de apelação
parcialmente provido. (TJ-SP - APL: 10013086020148260100
SP 1001308-60.2014.8.26.0100, Relator: Roberto Mac Cracken,
Data de Julgamento: 26/03/2015, 22ª Câmara de Direito
Privado, Data de Publicação: 07/04/2015)

Desta maneira requer-se a condenação em R$

1.354,58(mil trezentos e cinquenta e quatro reais e cinquenta e oito centavos),
corrigido com juros e correção monetária a título de danos materiais em
obediência ao Princípio da restituição integral, não podendo o Requerente
arcar com tal valor por capricho da 1ª Requerida.

V – Dos pedidos:

Por todo o exposto, requer:

a) A citação postal dos réus para que caso queiram conteste a ação, dentro
do prazo legal, sob pena de confissão e revelia;
b) Seja concedida Gratuidade de Justiça;
c) Requer seja julgada procedente a ação, condenando as Requeridas
solidariamente ao pagamento de R$4.485,95 (quatro mil quatrocentos e
oitenta e cinco reais e noventa e cinco centavos), pelos danos materiais,
tudo devidamente corrigido com juros e correção monetária;
d) Condenação em R$ 1.354,58(mil trezentos e cinquenta e quatro reais e
cinquenta e oito centavos) indenização aos honorários advocatícios pelo
Princípio da restituição integral;
e) Condene os réus ao pagamento de custas, despesas processuais e
honorários advocatícios em 20%;

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Pretende a produção de provas por todos os meios em

direito admitidos, requerendo o depoimento dos réus e oitiva das testemunhas
que requer sejam deferidas o arrolamento.

Neste ato, os autores manifestam desinteresse na

realização de audiência de conciliação, evento que ordinariamente vem
causando maior demora ao curso do processo sem o correspondente resultado
esperado.

Nada impede e tudo recomenda que os Patronos das

Requeridas possam entrar em contato com os Patronos do Requerente para
composição.

Valor da causa R$5.840,73 (cinco mil oitocentos e

quarenta reais e setenta e três centavos).

Nestes termos, pede deferimento.

Data do protocolo.

__________________________

Emanuel Garriga L. da Silva

OAB/SP 319.239

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