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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1º VARA CÍVEL DA COMARCA DE

LONDRINA – ESTADO DO PARANÁ

Todas as intimações e notificações deverão ser endereçadas


exclusivamente em nome do primeiro subscritor, JOSÉ ANTÔNIO
CORDEIRO CALVO (OAB-PR 11552), SOB PENA DE NULIDADE,
anotando-se na autuação e no sistema informatizado do
Cartório Distribuidor, visando à facilidade de busca, sem
prejuízo da prática de quaisquer atos processuais, também,
pelos demais procuradores, em conjunto ou isoladamente.

Autos n 0038317-87.2012.8.16.0014

NET SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO S/A – FILIAL LONDRINA,


pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob n.º 00.108.786/0085-
73, sediada e localizada à Rua Santos, n.º 737, Bairro Centro, CEP: 86.020-
021, Londrina, Estado do Paraná, por intermédio de seus advogados,
instrumento de mandato acostados aos autos, com escritório profissional sito
á Rua José Oiticica, n.º 122, CEP 86.060-360, Londrina, Estado do Paraná,
http: www.calvo.adv.br, e-mail: atendimento@calvo.adv.br, aonde recebe
intimações (art. 39, inc. I, do CPC), vem, respeitosamente, perante Vossa
Excelência, apresentar:

CONTESTAÇÃO

em face da AÇÃO DE INDENIZAÇÃO proposta perante este Juízo, por ROSANGELA


APARECIDA RODRIGUES DE SOUZA, devidamente qualificada nos autos em epígrafe.

Nos termos do art. 5° da Constituição Federal, art.


274 do Código de Processo Civil e Código Civil vigente, passa a aduzir suas
razões de fato e de direito através do seguinte articulado e, ao final,
requer:

DA TEMPESTIVIDADE DA CONTESTAÇÃO

A presente contestação encontra-se tempestiva, uma vez


que a ora Requerida, após ser citada para à contestar a presente demanda
acostou aos autos os documentos de representação e procuração em data de
08/02/2013 (sexta feira), retirando os autos em carga na mesma data.

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De tal forma, o prazo para apresentação de contestação
iniciou-se em data de 13/02/2013, tendo em vista que os dias 11 e 12 de
fevereiro houve recesso forense por causa do feriado de Carnaval, portanto, o
prazo final para apresentação de contestação finda-se em data de 27/02/2013.

1. BREVE INTRÓITO

Relata a Requerente que em data de 14/10/2009, às


10h10min, sofreu um grave acidente de trânsito. Informou a Requerente que
trafegava na motocicleta como passageira, o veículo era conduzido pelo Sr.
Roberval Alves, que desempenhava a função de moto táxi à época do infortúnio.

Aduziu a Requerente que estava trafegando pela Rua


Tietê, e ao cruzar com a Rua Itajaí, foi surpreendida pelo abalroamento do
veículo, corsa, dirigido pelo Requerido Cristiano Lopes Cortez, que,
supostamente, desrespeitou a sinalização de “PARE” no cruzamento das vias,
avançando a preferencial da motocicleta.

Explanou a Requerente que o Requerido Cristiano, quem


supostamente deu causa para o acidente, era empregado da S.O.S Digital, e no
momento do ocorrido estava a serviço da Empresa, não obstante, prestando
serviços de instalações à Empresa Net.

Finalmente, informa a Requerente que após o acidente,


vive passando por vários procedimentos médicos-cirúrgicos e não consegue mais
trabalhar como antigamente.

Ingressou com a presente ação, em 11 de junho de 2012,


em face do Motorista, da Empresa para a qual trabalhava e a Contestante.

Eis a síntese do que importa.

PRELIMINARMENTE

2. ILEGITIMIDADE PASSIVA

2.1. Da Extinção Do Feito Sem Julgamento Do Mérito

Inicialmente insta esclarecer que, a Empresa Net


explora na cidade de Londrina os serviços de distribuição de sinais de Tv a
cabo, firmou em data de 30 de outubro de 2008 com a Empresa S.O.S Digital –
Comércio de Equipamentos de Segurança LTDA, contrato de prestação de serviços
(anexo) com o seguinte objeto (cláusula 1.1) de:

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Convém trazer à tona um ponto de extrema relevância
para a elucidação do caso em epigrafe, o qual, concomitantemente, enseja a
ilegitimidade passiva, ora pleiteada.

Conforme previsão contratual, a Empresa SOS Digital


assume toda e qualquer responsabilidade por danos materiais ou morais
causados à Requerida, Net, ou clientes/terceiros, decorrentes da execução do
contrato de prestação de serviços existente entre esta e aquela, ou seja, não
há que se imputar à esta Requerida qualquer responsabilidade decorrente do
lamentável acidente de transito envolvendo a Requerente, a Empresa S.O.S e o
Sr. Cristiano.
Destarte, com o fito de corroborar as afirmativas
lançadas no parágrafo supra oportuno é analisarmos as cláusulas contratuais,
n. 2.1.12 e n. 2.1.13:

Ademais, prevê a cláusula contratual n. 2.1.14, que a


empresa SOS Digital deve, em caso de demanda judicial contra a Requerida Net,
intervir no feito assumindo sua inteira responsabilidade pelos eventuais
danos a que deu causa no exercício de sua função, como ocorreu no presente
caso, tendo em vista que as alegações da parte Requerente limitam-se aos atos
praticados no acidente, que frise-se, foi decorrido pelo funcionário da
Empresa SOS Digital.

Deste modo, por força do contrato havido entre esta


Requerida e a S.O.S Digital, não se verifica nenhuma circunstancia que seja
capaz de imputar à esta Contestante qualquer responsabilidade moral ou
material para com a Requerente em virtude do acidente.

Nesse sentido, oportuna é a citação da recente


jurisprudência, quanto sua posição acerca do assunto:

ACIDENTE DE TRÂNSITO. ILEGITIMIDADE PASSIVA


ACOLHIDA. AUSÊNCIA DE PROVA DA VINCULAÇÃO DA
TERCEIRA COM O SINISTRO. LUCROS CESSANTES NÃO
EVIDENCIADOS. NÃO HAVENDO PROVA DE QUE O CONDUTOR RÉU
ESTIVESSE A SERVIÇO DA OUTRA REQUERIDA POR OCASIÃO DO SINISTRO,
NÃO HÁ COMO RECONHECER A LEGITIMIDADE PASSIVA DA TERCEIRA, QUE

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NÃO É PROPRIETÁRIA DO CAMINHÃO, QUE ESTAVA VAZIO NO MOMENTO DA
COLISÃO, E É UTILIZADO, EVENTUALMENTE, NA DISTRIBUIÇÃO DE SEUS
PRODUTOS, MEDIANTE TERCEIRIZAÇÃO. INVIÁVEL, AINDA, A ACOLHIDA
DO PEDIDO DE LUCROS CESSANTES, COM BASE NOS VALORES ATINENTES
A...
(71003574126 RS , RELATOR: FERNANDA CARRAVETTA VILANDE,
DATA DE JULGAMENTO: 14/03/2012, SEGUNDA TURMA RECURSAL
CÍVEL, DATA DE PUBLICAÇÃO: DIÁRIO DA JUSTIÇA DO DIA
20/03/2012).

No que tange a ilegitimidade ora pugnada, ela está


prevista no artigo 267, especificamente, no inciso VI, do CPC, uma vez que no
caso em epigrafe não concorre entre a Requerente e a ora Requerida as
condições da ação, requisito imprescindível para o regular prosseguimento do
feito.

Como é de farto conhecimento do I. Magistrado, a


ilegitimidade passiva consiste na relação de sujeição diante da pretensão da
Requerente. Destarte, se não há qualquer relação contratual entre a
Contestante e a Requerente, ou mesmo entre o causador do acidente e a ora
Peticionária, não há que se falar em sua responsabilidade.

Cumpre esclarecer que a Contestante não pode ser


responsabilizada por ato de terceiro se nem ao menos há prova de que prestava
serviços em seu favor. A empresa Requerida S.O.S Digital não possui
exclusividade para executar os serviços da Empresa Net, e o motorista
causador do acidente poderia estar executando serviços alheios à Contestante,
fato este que depende de prova e cujo ônus é da Requerente da ação.

Assim, verifica-se que a culpa por eventual dano


causado à Requerente é de inteira responsabilidade da Empresa S.O.S Digital,
não devendo recair sobre esta contestante qualquer ônus decorrente da suposta
atitude daquela.

Oportuna à citação da autorizada jurisprudência do


Tribunal de Justiça de Santa Catarina que com maestria esclarece a questão:

PROCESSUAL CIVIL. RESPONSABILIDADE CIVIL.


INDENIZAÇÃO POR ACIDENTE DE TRABALHO. AÇÃO AJUIZADA
CONTRA DONO DE OBRA E CONTRA EMPRESA PRESTADORA DE
SERVIÇO. CLÁUSULA CONTRATUAL RESPONSABILIZANDO A
EMPRESA CONTRATADA PELA FISCALIZAÇÃO DA SEGURANÇA DA
CONSTRUÇÃO. ILEGITIMIDADE PASSIVA DO PROPRIETÁRIO
CONTRATANTE. SE HÁ CLÁUSULA NO CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE
SERVIÇOS DISPONDO QUE A OBRIGAÇÃO DE ZELAR PELA SEGURANÇA NA
EXECUÇÃO DA OBRA É EXCLUSIVA DA EMPRESA CONTRATADA, QUE TAMBÉM
SE COMPROMETE A PAGAR EVENTUAL INDENIZAÇÃO POR ACIDENTE DO
TRABALHO, NÃO HÁ RAZÃO PARA ATRIBUIR-SE AO CONTRATANTE DONO DA
OBRA QUALQUER RESPONSABILIDADE.
(72392 SC 2004.007239-2, RELATOR: LUIZ CARLOS
FREYESLEBEN, DATA DE JULGAMENTO: 07/10/2004, SEGUNDA CÂMARA
DE DIREITO CIVIL, DATA DE PUBLICAÇÃO: AGRAVO DE INSTRUMENTO
N. 2004.007239-2, DE CHAPECÓ).

Há que se dizer que a atuação da Requerida Net não


contribuiu, de forma alguma, para causar os supostos danos que a Requerente
pretende reparar, vez que, conforme se demonstrará, carece de fundamentos as

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alegações desta, nos moldes do artigo 333, do CPC, bem como carece de
legitimidade desta Requerida, e no caso, não é possível vislumbrar nenhuma
coisa e nem outra.

Excelência, evidentemente que esta Requerida nada tem


haver com a situação narrada na exordial, razão pela qual imperiosa é a
declaração e reconhecimento de ilegitimidade passiva desta Contestante.

Sendo assim, inexistente, portanto, o dever de


sujeição da ora Requerida ao direito alegado pela Requerente na inicial, vez
que os supostos danos, caso sejam comprovados, foram causados exclusivamente
pela Empresa S.O.S Digital e seu funcionário Sr. Cristiano, carecendo a ora
Requerida legitimidade passiva, o que, onde quer que se veja, não há motivos
ensejadores para tanto, devendo o feito ser extinto, sem resolução de mérito,
por carência de ação, a teor do disposto no art. 267, inc. VI, do CPC.

Caso superada a preliminar arguida, o que serenamente


não se acredita confiante no elevado saber jurídico de Vossa Excelência, por
apego aos Princípios da Concentração dos Atos Processuais e da Eventualidade,
adentra-se no mérito para contestar pontualmente os pedidos da Requerente,
pelos motivos de fato e razões de direito adiante articulados.

3. DA RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA/SUBSIDIÁRIA

3.1 Da Responsabilidade Exclusiva dos Requeridos Cristiano e S.O.S Digital -


Ausência de Responsabilidade da Empresa Net

No presente caso, se existente a responsabilidade


solidária, eventuais obrigações são de inteiro encargo da Requerida S.O.S
Digital e do Requerido Cristiano, inexistindo qualquer responsabilidade em
relação a ora Contestante. Vejamos:

É cediço que o ordenamento jurídico dispõe que a


responsabilidade solidária não se presume. Significa dizer que, somente
existirá responsabilidade solidária em duas situações:

(a) Quando resultar de lei;


(b) Quando resultar da vontade das partes.

Disso temos que, no caso em baila inexiste qualquer


norma prevendo responsabilidade solidária entre a Requerida Net e os demais
Requeridos. Outrossim, inexiste trato específico ou particular entre qualquer
das partes prevendo a responsabilidade solidária ou subsidiária entre as
Requeridas.

A eminente jurista brasileira, Maria Helena Diniz, nos


traz o conceito do que vem a ser responsabilidade solidária, a saber:

“em havendo multiplicidade de credores ou de


devedores, ou de uns e outros, cada credor terá
direito à totalidade da prestação, como se fosse o
único credor, ou cada devedor estará obrigado pelo
débito todo, como se fosse o único devedor. (Maria

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Helena Diniz, Curso de Direito Civil Brasileiro, São
Paulo, 1994, ed. Saraiva, 2º volume, p. 128),”

No entanto, sem efeito, a respeitável doutrina supra,


no que diz respeito à Empresa Net, pelo que se verá.

Esclarece-se ao juízo que a Empresa NET SERVIÇOS DE


COMUNICAÇÃO S/A, ora Contestante, formalizou com a Empresa S.O.S Digital,
contrato de prestação de serviços de engenharia (firmado em 30/10/2008),
sendo esta Requerida meramente tomadora de serviços daquela, utilizando-se
das faculdades conferidas pelo artigo 94, II da Lei Geral de Telecomunicações
(Lei 9.472/1997).

Pelo contrato celebrado entre as duas pessoas


jurídicas de direito privado, o qual se carreia, seriam prestados serviços
agindo a Requerida S.O.S Digital por sua própria conta e iniciativa, devendo
suportar a mesma legal e isoladamente todos os riscos decorrentes da
contratação, bem como se responsabilizando por danos causados à Empresa Net
ou Terceiros.

Deste modo, o presente contrato não houve a pactuação


de responsabilização solidária ou subsidiária, assumindo a Empresa S.O.S
digital toda a responsabilidade pelo infortúnio, no muito respondendo
solidariamente o com o condutor do veículo, Sr. Cristiano, ficando a
Requerida Net eximida de qualquer responsabilidade.

Ademais, no caso de Ação judicial deve a Requerida


S.O.S Digital, assumir total responsabilidade por danos causados à Requerida
e ou Terceiros. Razão pela qual se faz análise da cláusula contratual abaixo:

Excelência, a alegação assim é posta porque esta


Requerida, não tem responsabilidade alguma perante os danos causados pelos
funcionários da Prestadora dos serviços, S.O.S Digital, somente importando os
serviços prestados por ela enquanto Empresa e o resultado alcançado. Assim, a
ora Contestante não tem contato direto com os funcionários da Requerida.

Não bastassem, segundo a disposição do artigo 94, II,


da Lei 9.472/97, as empresas concessionárias de serviços de telecomunicações
encontram-se legalmente autorizadas a contratar com terceiros o
desenvolvimento de atividades inerentes, acessórias e complementares ao
serviço concedido.

De então, dada a contratação legal existente para a


terceirização não há que falar que legalmente advém a responsabilização
solidária desta contestante.

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Isto posto, temos que há plena validade no contrato
realizado entre as Requeridas de tal sorte que pelos termos contratuais não
há responsabilização desta Contestante por haveres de danos/indenizações,
restando excluída expressamente de tal dever, o que afasta a possibilidade de
condenação desta Reclamada seja solidária, seja subsidiária.

Diante deste quadro não se pode conceber a


configuração qualquer situação jurídica que enseje a responsabilidade
solidária desta Contestante, devendo exclusivamente recair sobre a Requerida
S.O.S Digital e sobre o Requerido Cristiano.

Pelo que requer a improcedência total dos pedidos


apresentados na inicial em relação a esta Contestante dada a impossibilidade
de sua responsabilização de forma solidária mormente por ausência de pedido.

4. PEDIDO SUCESSIVO

4.1 Pedido Sucessivo – Responsabilidade Subsidiária – Desconsideração da


Personalidade Jurídica

Sucessivamente, uma vez superados os argumentos referentes


a responsabilidade da Requerida Net, entende-se que, no muito, poderá recair
à Empresa Net, a responsabilidade subsidiária.

Caso isso ocorra, o que se aceita por mera suposição,


requer desde já que sejam esgotadas todas as vias possíveis para a satisfação
de eventual crédito oriundo da presente demanda.

Razão pela qual, requer seja determinada desconsideração da


personalidade jurídica da empresa S.O.S Digital, atingindo o patrimônio dos
sócios da Empresa, para o pagamento do possível quantum indenizatório, e tão
somente após esgotadas todas as vias e sem êxito de satisfação do crédito
poderá ser a ora Requerida compelida ao pagamento do quantum.

NO MÉRITO

5. DA INEXISTÊNCIA DE CULPA OU DOLO DA REQUERIDA

Conforme acima explicitado, não houve qualquer atitude


culposa por parte da Requerida para que desse ensejo aos supostos danos que
diz a Requerente ter suportado.

Muito pelo contrário. No dia do acidente, não há prova


de que o motorista estivesse prestando serviços em cumprimento ao contrato
com a Empresa Net, ônus da parte autora, que dele não se desincumbiu.

Não se pode condenar a indenização por ato ilícito a


Contestante, uma vez que não há dolo, culpa ou qualquer nexo de causalidade,
já que não estão presentes os requisitos legais constantes do art. 186 do
Código Civil.

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Ademais, não podemos olvidar o fato de que no caso em
epígrafe não há nexo de causalidade entre os danos sofridos pela Requerente e
eventual conduta ilícita da Requerida Net. O simples contrato entre a
Contestante e a Empresa S.O.S Digital não induz necessariamente ao raciocínio
de nexo de causalidade que diga respeito ao ato ilícito específico.

Outrossim, é cediço que a inexistência de nexo de


causalidade afasta o dever de indenizar, senão vejamos a voz do respeitável
Silvo Rodrigues1 sobre o assunto:

PARA QUE SURJA A OBRIGAÇÃO DE REPARAR, MISTER SE FAZ A PROVA


DA EXISTÊNCIA DE UMA RELAÇÃO DE CAUSALIDADE ENTRE A AÇÃO OU
OMISSÃO CULPOSA DO AGENTE E O DANO EXPERIMENTADO PELO VÍTIMA.
SE A VÍTIMA EXPERIMENTAR UM DANO, MAS SE NÃO EVIDENCIAR QUE O
MESMO RESULTOU DO COMPORTAMENTO OU ATITUDE DO RÉU, O PEDIDO DE
INDENIZAÇÃO FORMULADO POR AQUELE, DEVERÁ SER JULGADO
IMPROCEDENTE. (GRIFAMOS)

A Requerida lamenta o episódio ocorrido com a


Requerente, o Sr. Cristiano e a Empresa S.O.S Digital, contudo, legalmente –
ausência dos requisitos legais – e ainda em decorrência da interpretação
contratual (entre a Net e a S.O.S Digital) não pode ser estendida eventual
responsabilidade pelos danos causados à Requerente resultantes do infortúnio
ocorrido entre aqueles à esta Contestante.

Ora Excelência! O contrato acostado na presente defesa


é claro no sentido de que se houver algum prejuízo de ordem moral ou
patrimonial causados, dentre outros, a terceiros, decorrentes da execução do
serviço contratado, como ocorreu no caso em epígrafe, tais prejuízos devem
ser inteiramente suportados pela Empresa S.O.S Digital.

Destarte, percebe-se que não houve qualquer culpa ou


ato ilícito praticado por esta Contestante, afastando qualquer obrigação de
reparação por danos morais ou materiais de sua parte, devendo ser a presente
ação julgada TOTALMENTE IMPROCEDENTE.

6. DA INEXISTÊNCIA DO DEVER INDENIZAR

Por conta do acidente, a Requerente alega que sofreu


várias lesões, as quais incidiram na sua capacidade laboral, bem como na
redução de 75% do seu membro inferior direito, razão pela qual se acha no
direito de ver-se indenizada moral e materialmente.

Deste modo, passemos doravante, com base na


perfunctória análise do caso concreto analisar os seguintes pontos:

6.1. Da Impugnação ao Laudo Do IML

A Requerente pretende ser indenizada por suposta


invalidez decorrente do acidente automobilístico ocasionado pelo Requerido

1
“Direito Civil”. Vol. 4, p. 18

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Cristiano. Para tanto, a Requerente juntou com sua peça inaugural laudo do
IML de Londrina expedido em data de 04 de maio de 2011.

Outrossim, o laudo do IML não deve ser admitido como


prova cabal para que se apure o grau das lesões suportadas pela Requerente,
em virtude do acidente, vez que, este laudo fora produzido de forma
unilateral, não oportunizando em momento algum à esta Contestante se
manifestar e questionar diretamente o respeitável perito que elaborou o
laudo. Deste modo, temos, portanto, que se trata de um laudo genérico.

Outro ponto de suma relevância para a elucidação da


lide é o fato de que a perícia do IML foi realizado 2 (dois) anos após o
acidente. Assim, as questões indagadas pelo Patrono da Requerente ao perito
foram elaboradas de forma genérica, bem como as suas respectivas respostas,
tudo a favorecer a Requerente, tão somente, de tal modo que, com a máxima
data vênia à Requerente, fazendo parecer que o atestado fora elaborado
visando a propositura da presente ação.

Diante da elaboração unilateral do atestado do IML,


concomitantemente, com o fato de que tal documento fora elaborado após
decorridos 2 (dois) anos do infortúnio, insurge a dúvida, no sentido de como
é possível garantir que Requerente já não sofria de alguma moléstia? Bem como
se a Requerente já não possuía alguma deformidade/fratura? Ou ainda, quem
garante que as supostas lesões não foram em razão de fato diverso?

Em um estudo aprofundado do laudo acostado, por onde


quer que se veja não é possível identificar tais questionamentos, deste modo,
sendo admitido como prova o laudo do IML acarretará uma afronta ao princípio
do contraditório e da ampla defesa.

Por se tratar de pedido de indenização por acidente de


trânsito, alegando a Requerente ter sofrido invalidez, faz-se necessária, a
comprovação de tal pleito, sendo que o instrumento comprobatório competente é
a Perícia Judicial, pormenorizado, e, que atenda as especificações, onde
estabeleça o grau de invalidez e, acima de tudo, não tolha a garantia
constitucional desta Requerida, calcada no princípio do contraditório e ampla
defesa.

Ademais, em caso de invalidez parcial ou permanente, o


que se admite por mera suposição, é cediço que somente será comprovada desde
que esteja terminado o tratamento e seja definitivo o caráter da invalidez,
dados que somente são possíveis de obter por meio de perícia médica judicial,
para que se possa apurar se realmente houve qualquer diminuição parcial ou
permanente da capacidade física da Requerente, e tão somente após tal
diligência é que será possível discutir o eventual direito de indenização.

Destarte, resta claro os documentos acostados aos


autos, especialmente o laudo do IML, não podem servir de princípio basilar,
para que se possa afirmar o grau da alegada invalidez parcial ou permanente
da Requerente, nem mesmo a intensidade da diminuição do sentido ou função, ou
ainda, deformidade permanente do membro, impossibilitando a sua habilitação
para atividade laboral.

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Ante ao exposto, restam impugnados todas as provas
trazidas aos autos com o fito de atestarem eventual invalidez, seja parcial,
seja total, especialmente impugna-se in totum o atestado do Instituto Médico
Legal de Londrina, haja vista que não é o meio de prova adequado para a
pretensão da Requerente, a quem cabe o ônus da prova nesse sentido.

6.2 Do Dano Moral - Inexistência

A Requerente em sua peça inaugural deseja indenização


de ordem moral. No entanto, a pretensão não observa os requisitos ensejadores
da responsabilidade civil, quais sejam:

I) o evento danoso;
II) o dano; e.
III) o nexo causal entre o primeiro e o segundo.

Sendo assim, faltante um dos pressupostos para


caracterização da responsabilização civil, não há direito à indenização ou
qualquer outro tipo de reparação a ser paga à Requerente, senão vejamos:

6.2.1 Da Inexistência do Nexo Causal

Contrariamente ao alegado pela Requerente, o Sr.


Cristiano Lopez Cortez, condutor do veículo, não prestava serviços
diretamente à ora Contestante, mas sim à Empresa S.O.S. Digital.

Ademais conforme já explanado em sede de preliminar, a


referida Empresa era contratada para prestar serviços ao Grupo Net assumindo
ilimitadamente por eventuais prejuízos administrativos, penais ou civis no
curso da prestação dos serviços contratados, como ocorreu no caso em comento.

Deste modo, por onde quer que se veja, não há no


presente caso nexo de causalidade entre a Requerente e a Requerida. Veja
ainda, que a Requerente não se desincumbira do ônus de traçar o nexo de
causalidade entre o dano suportado e o evento danoso por parte da Requerida
Net.

Colaciona-se o escólio do eminente Desembargador do


Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Sérgio Cavalieri Filho2:

“(...) Causa, para ela [teoria da causalidade


adequada de von Kries], é o antecedente não só
necessário mas, também, adequado à produção do
resultado. Logo, nem todas as condições serão causa,
mas apenas aquela que for a mais apropriada a
produzir o evento.
(...) Não basta, como observa Antunes Varela, que o
fato tenha sido, em concreto uma condição sine qua
non do prejuízo. É preciso, ainda, que o fato
constitua, em abstrato, uma causa adequada do dano”.

Não há conduta tomada pela Requerida que seja adequada


a produzir o resultado danoso que a Requerente pretende servir de lastro à
2
CAVALIERI FILHO, Sérgio. Programa de Responsabilidade Civil. São Paulo, SP: Malheiros, 2005.
p.72-73.

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reparação à sua moral. Ora, necessário que se demonstre que o ato praticado
pela Requerida seja adequado para produzir o evento danoso passível de
provocar tal dano.

Oportuna à citação da autorizada jurisprudência do


Tribunal de Justiça de Santa Catarina que com maestria esclarece a questão:

AGRAVO. RESPONSABILIDADE CIVIL. ACIDENTE DE


TRÂNSITO. AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS. VEÍCULO QUE
CONFIADO À GUARDA DE OFICINA MECÂNICA PARA REPARO,
CAUSA ACIDENTE DE TRÂNSITO. ILEGITIMIDADE PASSIVA DA
PROPRIETÁRIA DO VEÍCULO. CORREÇÃO. RECURSO
IMPROVIDO. A PROPRIETÁRIA DO VEÍCULO COMPROVOU QUE O
ACIDENTE OCORREU ENQUANTO O VEÍCULO ESTAVA SOB A
RESPONSABILIDADE DA OFICINA MECÂNICA PARA REPARO, FATO ADMITIDO
PELO AUTOR. LOGO, INEXISTINDO NEXO DE CAUSALIDADE ENTRE O DANO
E SUA CONDUTA, A PROPRIETÁRIA É PARTE ILEGÍTIMA PARA FIGURAR
NO POLO PASSIVO DA AÇÃO.
(1862798020128260000 SP 0186279-80.2012.8.26.0000,
RELATOR: ADILSON DE ARAUJO, DATA DE JULGAMENTO: 16/10/2012,
31ª CÂMARA DE DIREITO PRIVADO, DATA DE PUBLICAÇÃO:
17/10/2012).

Meras afirmações destituídas de suporte probatório,


não podem e não deve dar azo à aplicação da teoria do dano moral, vez que não
se demonstra onde e como os direitos de personalidade da Requerente foram
verdascados por esta Contestante. Nesse sentido, suas débeis afirmações são
forma sem conteúdo, não possuem matéria que as sustente e, portanto, devem
ser desconsideradas.

Nesse sentido, oportuna é a citação da jurisprudência,


quanto sua posição acerca do assunto:

RECURSO DO AUTOR CONTRATO DE EMPREITADA. DONA DA


OBRA. AUSÊNCIA DE RESPONSABILIDADE DA CONTRATANTE.
OJ N. 191 DA SBDI-1 DO TST.NOS TERMOS DA OJ N. 191 DA
SBDI-1 DO TST, O DONO DA OBRA QUE CONTRATA EMPRESA OU PESSOA
FÍSICA PARA A EXECUÇÃO DE OBRA CERTA, SOB A MODALIDADE DE
EMPREITADA, NÃO TEM RESPONSABILIDADE PELAS OBRIGAÇÕES
DECORRENTES DOS CONTRATOS DE TRABALHO FIRMADOS ENTRE OS
TRABALHADORES E O EMPREITEIRO CONTRATADO. RECURSO DO AUTOR NÃO
PROVIDO. RECURSO DE AMBAS AS PARTES ACIDENTE DE
TRABALHO. ÔNUS DA PROVA. EM CONFORMIDADE COM OS ARTIGOS
818 DA CLT E 333, I, DO CPC, PARA A CARACTERIZAÇÃO DO
DEVER DE REPARAR, CABE AO TRABALHADOR PROVAR, ALÉM DA
EXISTÊNCIA DO EVENTO ACIDENTÁRIO, OS DANOS ADVINDOS DO ACIDENTE
OU DA MOLÉSTIA, O NEXO CAUSAL ENTRE O DANO E A ATIVIDADE
LABORATIVA E A CULPA DO EMPREGADOR, DISPENSADO ESSE ÚLTIMO
REQUISITO NOS CASOS EM QUE A RESPONSABILIDADE É OBJETIVA (ART.
927, § ÚNICO). NÃO TENDO O AUTOR LOGRADO PROVAR O NEXO DE
CAUSALIDADE ENTRE AS LESÕES NOTICIADAS E A ATIVIDADE LABORAL
PRESTADA EM FAVOR DA RÉ, HÁ QUE SE REJEITAR OS PLEITOS
REPARATÓRIOS. RECURSO DO AUTOR NÃO PROVIDO E RECURSO DA RÉ AO
QUAL SE DÁ PROVIMENTO.818CLT333ICPC.
(903201002223002 MT 00903.2010.022.23.00-2, RELATOR:
DESEMBARGADORA BEATRIZ THEODORO, DATA DE JULGAMENTO:
13/06/2012, 2ª TURMA, DATA DE PUBLICAÇÃO: 14/06/2012).

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Por final, dessume-se que, através das afirmações
colacionadas pela Requerente e o quadro probatório apontado nos autos, não
houve por parte da Requerida Net qualquer ato ilícito capaz de provocar dano
de ordem moral àquele, devendo serem julgados os pleitos da presente Ação
TOTALMENTE IMPROCEDENTES.

Caso entenda este Juízo que esta Contestante deu causa


ao acidente, afastando a inexistência de nexo causal ao evento, o que
serenamente não se acredita, e ainda por apego aos Princípios da Concentração
dos Atos Processuais e da Eventualidade, adentra no mérito da não cumulação
do dano moral e estético, contestando pontualmente os pedidos da Requerente,
pelos motivos de fato e razões de direito adiante articulados.

6.3 Da Não Cumulação dos Danos Estéticos

A peça inaugural apresentada formula pretensões


autônomas para os chamados danos morais e os danos estéticos.

Porém, com o devido respeito ao entendimento diverso,


a posição mais razoável é quanto à inadmissibilidade da cumulação, sob pena
de, em sendo a mesma admitida, ocorrer bis in idem.

Isso porque o dano estético não é uma terceira espécie


do dano, além do dano material e o moral, mas apenas um aspecto deste último.
De fato, o que se indeniza a título de dano estético é a dor, o vexame, a
humilhação decorrente da deformidade física, e isso nada mais é, repita-se,
que um aspecto do dano moral.

Outro ponto de suma relevância se dá ao fato de que o


dano estético é passível de indenização quando comprovada a sua ocorrência,
ou seja, o dano estético será verificado na aparência da pessoa. Vejamos o
entendimento jurisprudencial:

ACIDENTE DE TRÂNSITO - AÇÃO INDENIZATÓRIA E DENUNCIAÇÃO DA


LIDE - MATERIALIDADE DO EVENTO E CULPA DO MOTORISTA DA RÉ
INCONTROVERSAS - DESPESAS COM MEDICAMENTOS RESSARCIMENTO DEVIDO
- DANOS ESTÉTICOS NÃO COMPROVADOS - DANOS MORAIS - REDUÇÃO
NECESSÁRIA - APELO DA RÉ PROVIDO, PROVIDO EM PARTE O DA
SEGURADORA E IMPROVIDO O ADESIVO.
(9123298612009826 SP 9123298-61.2009.8.26.0000,
RELATOR: VIANNA COTRIM, DATA DE JULGAMENTO: 15/02/2012,
26ª CÂMARA DE DIREITO PRIVADO, DATA DE PUBLICAÇÃO:
17/02/2012). (GRIFAMOS)

ACIDENTE DE TRABALHO. DANOS MORAIS E MATERIAIS


DEVIDOS. DANOS ESTÉTICOS INEXISTENTES. COMPROVADA A
OCORRÊNCIA DO ACIDENTE DE TRABALHO, DEVE SER MANTIDA A SENTENÇA
QUE CONDENOU A RECLAMADA AO PAGAMENTO DE DANOS MORAIS E
MATERIAIS, CONCLUINDO, AINDA, PELA INEXISTÊNCIA DE DANOS
ESTÉTICOS, POR NÃO SER VISÍVEL DEFORMIDADE NO OBREIRO EM
CONSEQUÊNCIA DO INFORTÚNIO.
(38 RO 0000038, RELATOR: DESEMBARGADORA MARIA
CESARINEIDE DE SOUZA LIMA, DATA DE JULGAMENTO:
28/09/2011, PRIMEIRA TURMA, DATA DE PUBLICAÇÃO: DETRT14
N.182, DE 29/09/2011) (GRIFAMOS)

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ACIDENTE DE CONSUMO. QUEDA DE PAPELEIRA EM PERNA DE
USUÁRIA. LESÕES. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO
SHOPPING. INEXISTÊNCIA DE EXCLUDENTE. DANOS MORAIS
CONFIGURADOS PELA DOR E PELOS TRANSTORNOS
DECORRENTES DAS LESÕES. DANOS ESTÉTICOS NÃO
COMPROVADOS. SENTENÇA PARCIALMENTE MODIFICADA.
RECURSO PARCIALMENTE. (RECURSO CÍVEL Nº 71003456308,
TERCEIRA TURMA RECURSAL CÍVEL, TURMAS RECURSAIS, RELATOR:
CARLOS EDUARDO RICHINITTI, JULGADO EM 26/04/2012)
(71003456308 RS , RELATOR: CARLOS EDUARDO RICHINITTI, DATA
DE JULGAMENTO: 26/04/2012, TERCEIRA TURMA RECURSAL CÍVEL,
DATA DE PUBLICAÇÃO: DIÁRIO DA JUSTIÇA DO DIA 02/05/2012).
(GRIFAMOS)

No caso em curso, os laudos médicos e do IML acostados


à peça vestibular, não são provas passiveis de corroborarem o pedido de danos
estéticos formulados pela Requerente, deixando a Requerente de cumprir com o
ônus que lhe incumbia, previsto no artigo 333, I, do CPC.

Portanto, incabível na hipótese vertente a noticiada


pretensão cumulatória de danos formulados pela Requerente, devendo eventual
indenização ser fixada num só valor para os dois pedidos.

Pelo exposto não há amparo para a pretensão das duas


indenização em razão de ocorrer bis in idem, pelo que, restam impugnadas
todas as afirmações em contrário, tendo em vista ausência de provas
contundentes neste sentido, nos termos do art. 302 e 333, I, do Código de
Processo Civil, devendo ser julgados TOTALMENTE IMPROCEDENTES os pedidos da
presente demanda.

6.3.1 Dos Danos Estéticos

Sucessivamente, caso o I. Magistrado entenda ser


devida indenização a título de danos estéticos de forma autônoma, o que
seriamente não se espera, primeiramente, em razão da ausência de culpa desta
Requerida no acidente, depois, em razão da inexistência de provas
contundentes neste sentido, as quais deveriam ser acostadas aos autos pela
Requerente, se manifesta nos seguintes termos:

Em obediência ao princípio da eventualidade, a


Requerida se manifesta sobre o pedido indenizatório, sem a pretensão, porém,
de revelar desprezo às agruras suportadas pela Requerente, mas apenas para
afastar excessos no pedido inicial, através da devida analise dos danos
efetivamente perpetrados.

As lesões sofridas pela Requerente, embora


reconhecidamente de forma média, não autorizam a expressiva condenação da
Requerida.

Por outro lado, se vir a ser constatada a redução da


capacidade laborativa, os danos estéticos estarão necessariamente embutidos
na pensão mensal postulada, porquanto decorrem de um mesmo fato gerador.

Neste momento vale mencionar a intervenção de Wladimir


Valler:

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De qualquer maneira, se a indenização for mesmo
devida, deverá apurar a extensão das lesões, por meio da qual se constatará a
permanência ou não do dano e a possibilidade da sua suavização com o
transcurso do tempo.

Neste particular, merece destaque o fato de que a


Requerida Allians Seguros, cobriu todas as despesas medicas e hospitalares,
dando autonomia para que a Requerente possa ter uma vida normal, inclusive na
parte estética.

Por conseguinte, na eventual hipótese de condenação,


esse aspecto deverá ser devidamente considerado na fixação do quantum, uma
vez que a peça vestibular não ofereceu qualquer explicação sobre o
arbitramento em patamar tão elevado, principalmente se for levado em conta
que a Requerente também formulou pedido autônomo de dano moral.

Ora, tanto num quanto noutro caso, o arbitramento


judicial, na eventualidade de condenação, deve obedecer os critérios da
razoabilidade e da proporcionalidade, não podendo a indenização ser fator de
enriquecimento sem causa da vítima.

Requer que os valores sejam aplicados calcados nos


princípios que norteiam o ordenamento jurídico pátrio, aplicando-se o valor
justo e devido para o caso concreto, não perdendo o foco de que o
locupletamento ilícito deve sempre ser afastado.

6.3.2 Dos Danos Morais

Novamente aqui a pretensão encontra óbice na ausência


de culpa desta Requerida no acidente. Ainda em observância aos princípios da
eventualidade e da concentração da defesa, esta Requerida impugna o pedido
reparatório por danos morais.

Respeita-se profundamente o sofrimento experimentado


pela Requerente em decorrência das lesões geradas pelo acidente. Porem, não é
possível concordar que a reparação extrapatrimonial, se devida, possa chegar
ao montante reclamado na inicial.

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A peça inicial não apresentou qualquer fundamento
jurídico para o arbitramento em tão elevado patamar. Apenas sustenta que a
Requerente teria “merecimento” a tal verba.

Ora, a simples alegação de abalo moral, sem a análise


percuciente da postura, da posição social, cultural e econômica da
Requerente, não pode ensejar o acolhimento do pleito.

A professora Maria Helena Diniz, com a sapiência e


erudição costumeiras, ensina:

“Grande é o papel do magistrado na reparação do


dano moral, competindo, a seu prudente arbítrio,
examinar cada caso, podendo os elementos
probatórios e medindo as circunstâncias,
preferindo o desagravo direito ou compensação
não-econômica à pecúnia, sempre que possível, ou
se não houver risco de novos danos”.

Bem por isso, deverá ser aquilatado o grau de culpa da


alegada ofensora (se houver, será mínimo no presente caso), sem perder de
vista que o padrão moral das pessoas é formado por uma série de elementos
variáveis, decorrentes de múltiplos fatores de ordem pessoal. Da mesma forma,
o nível intelectual, social e econômico de um individuo delimita padrões de
comportamento que influem na edificação de suas regras de moralidade pessoal
e social.

É por todos esses motivos que o pedido constante na


peça vestibular jamais poderá ser admitido, ao menos que sejam vilipendiadas,
data vênia, todas as diretrizes sociológicas, psicológicas e culturais
exigíveis para a delimitação da indenização.

Neste ponto, é absolutamente necessário também


ponderar as circunstâncias do acidente, que apesar das lesões, deve ser
considerado como um sinistro convencional, onde não se verificou dolo ou
culpa grave, muito menos condutas reprováveis.

O acidente noticiado na peça vestibular decorreu de


uma fatalidade, o que deve ser considerado na fixação de eventual quantum
indenizatório (se houver).

No caso, não há qualquer conduta extremamente


reprovável da Requerida que possa dar ensejo aos valores postulados, sendo
ainda certo que a reparação por danos morais não deve servir como fonte de
enriquecimento da vitima.

Feitas tais considerações, espera-se que esse douto


Juízo, se deferir a indenização, o que severamente não se espera, o faça com
extrema moderação, porque não haveria qualquer razão para a punição exemplar
da Requerida, nem caberá enriquecimento indevido. Neste sentido, a
indenização, se devida, não poderá ultrapassar os limites observados pelas
jurisprudências em casos similares.

6.4 Dos Lucros Cessantes

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A Requerente também postula o pagamento de pensão,
pois argumenta que teria sofrido lesões que geraram a diminuição da sua
capacidade laborativa.

Em que pese todo o respeito devido à Requerente, pelas


fraturas, não a torna obrigatoriamente incapacitada para o trabalho.

Deste modo, não significa reconhecer que sua profissão


não seja compatível com sua nova condição física. Além disso, não se fez
prova da rescisão do respectivo contrato de trabalho, o que faz supor a
ausência do alegado prejuízo material.

Ainda neste sentido, fazem-se necessários as seguintes


observações extraídas dos próprios autos:

 1ª observação: A Requerente acostou aos autos


cópia da sua CTPS. Com atenção às fls. 71 dos autos, verifica-se que o último
labor registrado da Requerente foi em 12 de outubro de 1999, ou seja, 10
(dez)anos do acidente.

Diante de tal constatação, chega-se à conclusão de que


a época do acidente a Requerente não possuía nenhuma atividade laboral, por
conseguinte, com base na CTPS da Requerente, esta, não fazendo jus ao pedido
de lucros cessantes que ora estão sendo pleiteados.

 2ª Observação: Não obstante, na qualificação da


Requerente às fls. 02 dos autos, fora informando possuir profissão de
comerciante, não houve qualquer apontamento mais específico sobre no que
consiste a atividade comercial por ela desenvolvida.

Ora Excelência!!! A omissão da Requerente nesse


sentido implica no indeferimento do pedido por ela mesma formulado em sua
peça vestibular, afinal, por mera suposição, fosse acatado o pedido de lucros
cessantes em desfavor de qualquer um dos Requeridos, como seria possível a
apuração/liquidação dos valores a serem restituídos?

Insurge tal questionamento, tendo em vista que não há


notícia nos autos da efetiva atividade comercial desenvolvida pela
Requerente, nem mesmo documentos contundentes que demonstrem qual o efetivo
valor que a Requerente deixou de faturar ou estimativas de quanto deixará de
faturar até a idade entendida, como regra geral, para a sua aposentadoria, em
virtude do lamentável acidente.

Ademais, o entendimento jurisprudencial em relação aos


lucros cessantes é claro:

RESPONSABILIDADE CIVIL EM ACIDENTE DE TRÂNSITO. AÇÃO


DE INDENIZAÇÃO. LUCRO CESSANTE. DANO ESTÉTICO. DANO
MORAL. PENSIONAMENTO. CONDENAÇÃO DIRETA DA
SEGURADORA. JUROS MORATÓRIOS SOBRE O VALOR DA
APÓLICE. VERBA HONORÁRIA.A INDENIZAÇÃO A TÍTULO DE LUCROS
CESSANTES EQUIVALE AO SALÁRIO EFETIVAMENTE COMPROVADO PELO
REQUERENTE E PELO PERÍODO DE INCAPACIDADE EFETIVAMENTE
DEMONSTRADO. PENSIONAMENTO COM BASE NA EFETIVA REDUÇÃO DA
CAPACIDADE LABORAL E UTILIZAÇÃO DA TABELA DPVAT COMO

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PARÂMETRO. O AUTOR NÃO DEMONSTROU O DANO ESTÉTICO, SENDO
INDEVIDA A INDENIZAÇÃO. O DÉCIMO-TERCEIRO...DPVAT.
(70038092136 RS , RELATOR: BAYARD NEY DE FREITAS
BARCELLOS, DATA DE JULGAMENTO: 15/02/2012, DÉCIMA PRIMEIRA
CÂMARA CÍVEL, DATA DE PUBLICAÇÃO: DIÁRIO DA JUSTIÇA DO DIA
29/02/2012). (GRIFAMOS)

APELAÇÕES CÍVEIS ACIDENTE DE TRÂNSITO. REPARAÇÃO POR DANOS


MATERIAIS E MORAIS. INTERPOSIÇÃO CONTRA A SENTENÇA QUE JULGOU
PARCIALMENTE PROCEDENTE OS PEDIDOS FORMULADOS NA INICIAL. CULPA
DEMONSTRADA. DANOS MATERIAIS COMPROVADOS EM PARTE. AFASTADOS
OS LUCROS CESSANTES. DANO MORAL NÃO CONFIGURADO. HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS. INCIDÊNCIA DO PRINCÍPIO DA CAUSALIDADE. SENTENÇA
PARCIALMENTE REFORMADA.
(9225420108260434 SP 0000922-54.2010.8.26.0434,
RELATOR: MARIO A. SILVEIRA, DATA DE JULGAMENTO:
07/11/2011, 33ª CÂMARA DE DIREITO PRIVADO, DATA DE
PUBLICAÇÃO: 09/11/2011)

INDENIZAÇÃO. DANOS MORAIS E MATERIAIS. ERRO MÉDICO.


RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO ESTABELECIMENTO HOSPITALAR. LAUDO
PERICIAL NÃO IMPUGNADO PELAS PARTES. ALTA MÉDICA DADA SEM
TRATAMENTO COMPLETO DA PACIENTE E SEM CURA COMPLETA DA ISQUEMIA
NO MEMBRO SUPERIOR ESQUERDO, OCASIONANDO AMPUTAÇÃO DE TRÊS
DEDOS DE SUA MÃO ESQUERDA. CARACTERIZAÇÃO DOS DANOS MORAIS.
FIXAÇÃO DE ACORDO COM OS CRITÉRIOS DE RAZOABILIDADE E
PROPORCIONALIDADE EM R$ 30.000,00. RECURSO PARCIALMENTE
PROVIDO PARA AFASTAR OS LUCROS CESSANTES E OS DANOS MATERIAIS.
HONORÁRIOS FICADOS EM 10% SOBRE O VALOR DA CONDENAÇÃO.
(2094128920058260100 SP 0209412-89.2005.8.26.0100,
RELATOR: EDSON LUIZ DE QUEIROZ, DATA DE JULGAMENTO:
25/04/2012, 5ª CÂMARA DE DIREITO PRIVADO, DATA DE
PUBLICAÇÃO: 28/04/2012)

Nesta toada, verificamos que mais uma vez a Requerente


não cumpriu com o ônus da prova que lhe incumbia.

Deste modo, não há que se falar em lucro cessante e,


por conseguinte, não há dano material a ser reparado.

Entretanto, mesmo que eventualmente constatada a


redução da capacidade laborativa, não há torna incapacitada de exercer outras
funções e com remuneração digna, razão pela qual, requer a total
improcedência do pedido de lucros cessantes suscitado pela Requerente.

6.5 Da Impossibilidade de Recebimento de Pensão Alimentícia

Inicialmente, para se verificar o valor de eventual


pensão mensal (se devida), o percentual apontado na perícia deverá ser
aplicado não sobre o valor pretendido na inicial, pois cada atividade laboral
tem sua remuneração de acordo com sua função, importância e tempo dedicada à
ela.
Neste sentido, como já demonstrado no curso da
presente defesa, a Requerente não traz provas de que realmente exercia
atividade laboral a época do sinistro, não logrando êxito em comprovar o seu
alegado.

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A pensão, se devida, e se realmente comprovado a
atividade laboral na data do acidente, também não poderá ser vitalícia, nem
mesmo perdurar até os 80 anos como requer. Contrário senso, deverá vigorar
somente até a data em que a Requerente iria adquirir o direito à
aposentadoria por tempo de serviço.

Ainda se devida for à pensão, espera-se também que a


sentença determine expressamente a cessação da obrigação em caso de
falecimento da beneficiária antes da data fixada como limite, bem como o
abatimento dos valores a que porventura tenha direito à Requerente junto ao
INSS, por força dos benefícios previdenciários decorrentes de lei.

Isso porque, embora as indenizações previdenciárias e


civis tenham fundamentos diversos, ambas possuem natureza alimentar, e como
tal, não podem ser cumuladas, sob pena de ofensa ao princípio “non bis in
idem”.

Por sua vez, o termo inicial das pensões só poderá ser


a data da citação, e não a do acidente, tendo em vista que as obrigações
ilíquidas só são exigíveis após a manifestação do interessado.

Diante ao exposto, pugna-se pela improcedência do


pedido de pensionamento suscitado pela Requerente.

7. DA DEDUÇÃO DO SEGURO OBRIGATÓRIO

Ainda na remota hipótese de condenação, espera-se pela


dedução dos valores eventualmente recebidos pela Requerente a título de
seguro obrigatório DPVAT, consoante verbete da Súmula 246 do STJ.

“O valor do seguro obrigatório deve ser deduzido da


indenização judicialmente fixada.”

A verificação de tais pagamentos se dará através de


oficio à Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), conforme requerimento
que se fará adiante.

8. DOS PEDIDOS

Ante ao todo até aqui articulado, requer:

a) O acolhimento da preliminar de ilegitimidade passiva


da Requerida Net, extinguindo-se o processo sem
julgamento de mérito por carência de ação, tendo em
vista a ilegitimidade passiva desta Requerida, a teor
do disposto no artigo 267, inciso VI, do CPC;

b) Na remota hipótese de reconhecimento da culpa, o que


severamente não se acredita, clama-se para que a
condenação atinja apenas os Requeridos Sr. Cristiano
(condutor do veículo), SOS Digital e a Requerida
Allians (seguradora do condutor);

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c) Sucessivamente, caso entenda o Magistrado pela
condenação da Requerida, o que não se espera, que a
condenação seja aplicada de forma subsidiária,
esgotando todas as possibilidades de satisfação do
crédito perante os Requeridos Cristiano e S.O.S
Digital, devendo ainda ser aplicado a desconsideração
da personalidade jurídica desta última, só assim
poderá chegar ao patrimônio desta Contestante,
fixando-se as verbas indenizatórias de acordo com as
ponderações lançadas nesta peça, com abatimento dos
valores eventualmente recebidos pela Requerente a
título de seguro obrigatórios e/ou facultativos, em
tudo sendo observada a responsabilização direta da
seguradora perante a Requerente;

d) Sucessivamente, em entendendo Vossa Excelência de


forma diversa, seja a presente Ação de indenização
julgada improcedente "in totum" pelos pedidos
formulados pela Requerente, uma vez que não trouxe nos
autos qualquer prova do alegado em sua peça de
abertura;

e) Sucessivamente, caso este r. Juízo entenda pela


ocorrência de danos morais e estéticos, o que não se
espera, requer que os valores sejam arbitrados,
utilizando-se dos critérios da proporcionalidade e
razoabilidade, além das peculiaridades do caso
apontadas supra, sempre tendo em mente a vedação do
enriquecimento ilícito;

f) Requer provar o alegado, por todos os meios de prova


em direito admitidos especialmente pelo depoimento
pessoal da parte autora, oitiva de testemunhas,
devendo ser designada audiência de instrução para
tanto, juntada de documentos, perícias, vistorias,
desde que exija o controvertido nos autos.

Nestes Termos,
Pede deferimento.

Londrina, 22 de fevereiro de 2013.

JOSÉ ANTÔNIO CORDEIRO CALVO DANIELA JAQUES BORGES BUENO


OAB/PR 11.552 BACHAREL EM DIREITO

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RAUL PIERETTI SANTIN
BACHAREL EM DIREITO

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