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PROJUDI - Processo: 0010207-17.2020.8.16.0170 - Ref. mov. 1.

1 - Assinado digitalmente por Lucas Augusto Pasqualli


25/09/2020: JUNTADA DE PETIÇÃO DE INICIAL. Arq: Petição Inicial

Documento assinado digitalmente, conforme MP nº 2.200-2/2001, Lei nº 11.419/2006, resolução do Projudi, do TJPR/OE
DOUTO JUÍZO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE TOLEDO, ESTADO
DO PARANÁ.

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FABIO MUZOLON SILVA, brasileiro, solteiro, motorista de Uber, portador do RG
10.363.466-0 SSP/PR, inscrito no CPF sob n. 089.869.769-78, residente e domiciliado na Rua
12 de Outubro, nº 508, Sobrado I, Centro, na Cidade de Toledo, Estado do Paraná, CEP
85.900-210, por intermédio de seu advogado infra assinado, com procuração em anexo, vem,
respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fulcro nos artigos 3º, inciso I da Lei
9.099/95 c/c art. 186 e art. 927 do Código Civil, propor a presente:

AÇÃO INDENIZATÓRIA POR DANOS MORAIS E MATERIAIS DECORRENTES


DE ACIDENTE DE TRÂNSITO

Em face de

VINICIUS EDUARDO MODESTO, portador do RG 9152858-4/SESP-PR, inscrito no


CPF sob nº 077.502.309-47., com endereço na Rua Rafael Picolli, n° 2791, bairro Country, CEP
85.813-230, na Cidade de Cascavel, Estado do Paraná e,
ZODIAC PRODUTOS FARMACÊUTICOS S.A, pessoa jurídica de direito privado
inscrita no CNPJ sob n. 55.980.684/0004-70, cidade de Barueri/SP, pelas razões de fato e de
direito abaixo expostas:
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25/09/2020: JUNTADA DE PETIÇÃO DE INICIAL. Arq: Petição Inicial

Documento assinado digitalmente, conforme MP nº 2.200-2/2001, Lei nº 11.419/2006, resolução do Projudi, do TJPR/OE
ALD AUTOMOTIVE S.A, pessoa jurídica de direito privado inscrita no CNPJ sob n.
07.563.781/0004-14, cidade de São Paulo/SP, pelas razões de fato e de direito abaixo
expostas:

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I – DOS FATOS

O Requerente propôs a presente ação de indenização por danos materiais e morais,


decorrentes de acidente de trânsito, envolvendo o veículo Fiat Palio, placas AXP-5H93,
Renavam 588759490 de propriedade do Autor, e o veículo FORD / KA, GNJ - 5888, conduzido
pelo réu.

No dia 22 de agosto de 2020, sábado, por volta das 16h22min, o Autor, estava
transitando pela Avenida Tiradentes, em período laboral, transportando uma passageira até
seu destino final, quando o acidente ocorreu.

O Requerente que trafegava dentro do limite de velocidade permitido pela via, e


sempre tomando os devidos cuidados no trânsito, pois até a data do fato nunca tinha se
envolvido em qualquer acidente automobilístico, foi pego de surpresa quando o veículo
conduzido pelo réu, Sr. Vinicius, que estava realizando manobra de marcha ré, sem apresentar
qualquer sinalização ou dever de atenção com os veículos que trafegavam pela preferencial,
bem como, realizou o movimento de uma vez, conforme comprovado no vídeo que segue em
anexo, colidiu com o carro do autor.

De imediato o Autor parou o carro, no meio da rua, pois devido ao ocorrido, ocasionou
avarias no carro, e a junta homocinética quebrou, impossibilitando a retirada do veículo. Sendo
assim, finalizou a corrida com a passageira, que não sofreu nenhum tipo de lesão, assim como
o autor, sinalizou a via e entrou em contato com o Guincho para fazer a retirada do veículo, a
fim de evitar possíveis tumultos na rua.

Enquanto realizava os procedimentos supramencionados, aproveitou para conversar


com Réu, que de início já quis sair na defensiva insinuando que a responsabilidade era total
do Requerente pois ele havia batido atrás do veículo. Tal entendimento é ultrapassado, usado
como desculpa para intimidar a vítima, nem sempre o indivíduo que bate atrás é culpado,
conforme será demonstrado nos tópicos a seguir.
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Além do mais, informou o réu ao Autor, que apesar do carro ter seguro, como era de
propriedade da empresa que trabalha, Zodiac Produtos Farmacêuticos, o seguro só cobria
acidentes ocorridos entre segunda à sexta-feira, dentro das dependências da Cidade de

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Cascavel/PR.
Deste modo, aproveitou-se da boa-fé do requerente, informando que não iria adicionar
o seguro, mas pediu para esperar até segunda feira para realizar o B.O, pois ao pensar em
uma maneira de resolver a situação a fim de ficar “bom para ambos” (palavras de Vinicius).

Acontece que, ao contrário do que foi dito, o Réu registrou boletim em Cascavel,
apenas pensando em benefício próprio, com o objetivo de obter o conserto de seu carro
através da seguradora, informando ao Autor, que este deveria arcar com os custos do próprio
carro, pois o problema dele já estava sendo resolvido.

Dessa forma, após ter sido ludibriado, não restou outra alternativa para o Autor, a não
ser propor a presente demanda judicial, a fim de resguardar os seus direitos garantidos por
lei.

II – DO DIREITO

II.I DO NEXO DE CAUSALIDADE E ILICITUDE DO RÉU

Conforme breve síntese dos fatos apresentados, o Réu ao realizar manobra de marcha
ré, sendo está uma ação que é sempre de risco e que demanda muita atenção do motorista,
incorreu em própria culpa pelo acidente.

Ou seja, a parte ré, deixou de exerceu o devido dever de cautela na direção, expondo
os demais que trafegavam na Av. Tiradentes ao risco; por culpa exclusiva do réu, devido a
sua imprudência e falta de atenção ao sair rapidamente do local que estava estacionado, o
acidente ocorreu, gerando o dever de indenizar; a situação do caso em comento, não ocorreu
devido a caso fortuito ou força maior, tampouco, foi culpa do Requerente, que estava dentro
de sua rota, obedecendo as normas de trânsito.

Além do mais, o ato danoso infringiu o disposto no art. 28 do Código de Trânsito


Brasileiro, que dispõe:
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Art. 28. O condutor deverá, a todo momento, ter domínio de seu veículo,
dirigindo-o com atenção e cuidados indispensáveis à segurança do trânsito.

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Constituindo dessa forma, ato ilícito, pois se tratando de manobra que envolva marcha
ré, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, apresenta o seguinte entendimento:

PROCESSUAL CIVIL - AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS - ACIDENTE


DE TRÂNSITO - MANOBRA DE MARCHA À RÉ - AUSÊNCIA DE
ATENÇÃO - CULPA EXCLUSIVA NÃO ILIDIDA. Sendo a manobra de
marcha à ré de alto risco e perigosa, a culpa do motorista que a
empreende, em caso de acidente de trânsito, é presumida,
competindo a ele, dada a inversão do ônus da prova, ilidir esta presunção
através de prova eficiente, sob pena de não se eximir da responsabilidade
de indenizar. Provado o dano ou prejuízo, a culpa do agente e o nexo causal
entre um elemento e outro, surge a obrigação de indenizar, que só será
inexistente em hipóteses de caso fortuito ou força maior, ou se a
responsabilidade pelo evento danoso for exclusiva da vítima.
(TJ-MG 200000046938360001 MG 2.0000.00.469383-6/000(1), Relator:
ANTÔNIO SÉRVULO, Data de Julgamento: 27/04/2005, Data de Publicação:
21/05/2005)

Fica demonstrado que, se tivesse sido observado o devido dever de cuidado/atenção,


ao realizar a ré, o acidente teria sido evitado, evidenciando a culpa do Réu, portanto o dever
de indenizar.

Insta ressaltar que o acidente causado exclusivamente pelo ato do Réu, no caso em
comento, independe do dolo ou culpa do agente, nesse sentido Maria Helena Diniz, aduz:

“não se reclama que o ato danoso tenha sido, realmente, querido pelo
agente, pois ele não deixará de ser responsável pelo fato de não ter-se
apercebido do seu ato nem medido as suas consequências.”

Portanto, pleiteia-se pela responsabilização do réu pelo acidente e danos causados a


vítima.

II.II DA AUSÊNCIA DE CULPA CONCORRENTE

Quando se trata de culpa concorrente, faz-se necessário aferir a causa determinante


do acidente. No presente caso, o fator causador do acidente, foi a manobra da ré executada
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pelo Réu, sem sinalização e realizada de uma vez, sem prestar nos carros que estavam
circulando pela via, conforme restou perfeitamente demonstrado pelo vídeo do acidente,
anexo.

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Além disso, o art. 34 do CTB, estabelece sobre a responsabilidade do condutor ao
realizar uma manobra:

Art. 34. O condutor que queira executar uma manobra deverá certificar-se
de que pode executá-la sem perigo para os demais usuários da via
que o seguem, precedem ou vão cruzar com ele, considerando sua posição,
sua direção e sua velocidade.

Verifica-se, que foi a imprudência do Réu ao realizar a manobra, em uma via conhecida
por ser constante o tráfego de automóveis, que resultou o acidente, pois não se atentou aos
possíveis veículos que pudessem estar passando no momento que deu a ré.

Neste sentido converge o comentário de Arnaldo Rizzo sobre tal regra de trânsito:

"[...] sempre, antes de iniciar qualquer manobra, o condutor


precaver-se-á com as cautelas necessárias para que conduza o
veículo de forma e tranqüila e segura. Deve certificar-se de que a
manobra não acarretará nenhum perigo aos demais usuários da via.
Evitará, assim, que um ato repentino e inoportuno possa exigir do veículo
que está atrás uma manobra brusca e até a perda do controle do automóvel.
Cumpre se levem sempre em conta, na realização da manobra, a
posição do veículo na pista, para que não atrapalhe o tráfego; a
direção em que segue e a velocidade atingida, de forma que, seja
qual for a manobra a ser executada, possa, o condutor, manter o
total controle do veículo”. (Comentários ao código de trânsito brasileiro,
11.ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2012, p. 171)

Assim, mesmo que o Autor estivesse transitando em alta velocidade, o que não é o
caso, não cabe imputar a ele a responsabilidade, vez que, o dever prioritário de cuidado é de
quem executa uma manobra em uma via preferencial e rápida, bem como, a forma que o Réu
arrancou seu carro para sair do local que estava, foi tão rápida, que qualquer carro que
estivesse na situação que o Autor estava, não conseguiria frear para evitar o acidente.

Deste modo, não há o que se falar em culpa exclusiva da vítima, tampouco, em culpa
concorrente.

II.III DA RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DAS EMPRESAS


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No que tange à responsabilidade do Réu, Vinícius, não resta dúvidas quanto ao dever
de figurar no polo passivo e indenizar. Deste modo julgou o Tribunal de Justiça do Mato Grosso
do Sul:

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"É parte legítima passiva para responder pelo polo passivo da ação o
motorista que, embora não sendo proprietário do veículo, conduzia-
o quando do acidente" (TJMS - 1ª T. Cível - Ap. 575/87 - Rel. Alécio
Antônio Tamiozzo).

Conforme informado pelo Réu ao Autor no dia do fato, o veículo que estava em sua
posse naquele sábado, dia 22.08.2020, pertence à empresa ZODIAC PRODUTOS
FARMACÊUTICOS, na qual o Réu labora como Representante de vendas, desde o ano de 2017,
na região de Cascavel/PR.

Assim, ao utilizar o veículo de propriedade da mesma, resta demonstrado o vínculo


entre o condutor e a empresa, na qual evidencia também a culpa do corréu ZODIAC
PRODUTOS FARMACÊUTICOS.

Tal culpa é evidenciada pelo disposto no art. 932 do CC:

"Art. 932 . São também responsáveis pela reparação civil:


I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua
companhia;
II - o tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se acharem nas
mesmas condições;
III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e
prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele;
IV - os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se
albergue por dinheiro, mesmo para fins de educação, pelos seus hóspedes,
moradores e educandos;
V - os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, até
a concorrente quantia.

O artigo supra, ao enumerar as pessoas responsáveis pelos atos de outrem, o faz em


decorrência da responsabilidade pelo fato da coisa, cujo fundamento jurídico reside na guarda
da coisa, firmando-se o entendimento de que o dono do veículo responde sempre pelos atos
culposos de terceiro a quem o entregou, seja seu preposto ou não.

A responsabilidade do proprietário do veículo não resulta de culpa alguma, direta ou


indireta. Não se exige a culpa in vigilando ou in eligendo, nem qualquer relação de
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subordinação, mesmo porque o causador do acidente pode não ser subordinado ao
proprietário do veículo.

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Nesse sentido, além da jurisprudência corroborar o dever de indenizar, o entendimento
é que se trata de responsabilidade solidária entre o tomador do serviço e o condutor do veículo,
nesse sentindo o Supremo Tribunal de Justiça, tem o seguinte entendimento:

AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.


RESPONSABILIDADE CIVIL. AÇÃO INDENIZATÓRIA POR DANOS MORAIS E
MATERIAIS. (...) 2. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA ENTRE O
TOMADOR DO SERVIÇO E O CONDUTOR DO VEÍCULO. (...) 2. Em
relação à responsabilidade da agravante pelos danos derivados do acidente
de trânsito, registre-se que a conclusão alcançada na origem coaduna-se
com a orientação perfilhada por esta Casa, que reconhece, em matéria de
acidente automobilístico, a responsabilidade objetiva e solidária da
empresa tomadora de serviços. 3. A alteração do entendimento firmado
no aresto impugnado, no sentido de que o condutor do veículo, no momento
do acidente, prestava serviço de transporte para agravante, só seria possível
mediante o revolvimento do acervo fático-probatório dos autos, providência
vedada nessa instância extraordinária em decorrência do disposto nas
Súmulas 5 e 7 do STJ. 4. Agravo interno a que se nega provimento.
(STJ, AgInt no AREsp 1182925/PR, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE,
TERCEIRA TURMA, julgado em 20/02/2018, DJe 06/03/2018).

É primordial salientar, excelência, que a empresa AUD Automotive S.A, também deve
figurar no polo passivo da demanda, conforme entendimento já sumulado pelo STF
Súmula 492 STF: A empresa locadora de veículos responde, civil e solidariamente com o
locatário, pelos danos por este causados a terceiro, no uso do carro locado.
APELAÇÃO CÍVEL. INDENIZATÓRIA. 1. ACIDENTE DE TRÂNSITO. COLISÃO
TRANSVERSAL ENTRE CARRO E MOTO EM CRUZAMENTO. PRIMEIRO
REQUERIDO QUE AVANÇOU O SINAL VERMELHO, O QUE RESTOU
COMPROVADO ATRAVÉS DO DEPOIMENTO DE TESTEMUNHAS, COLHIDOS
TANTO PELA AUTORIDADE POLICIAL, COMO EM JUÍZO. INFRINGÊNCIA A
NORMAS DE TRÂNSITO. DEVER DE INDENIZAR CONFIGURADO. 2.
RESPONSABILIDADE CIVIL E SOLIDÁRIA DA SEGUNDA REQUERIDA,
LOCADORA DE AUTOMÓVEIS, PELOS DANOS CAUSADOS AO
TERCEIRO, NO USO DO VEÍCULO LOCADO. A empresa locadora de
veículos responde, civil e solidariamente com o locatário, pelos
danos causados a terceiro, no uso do carro locado (Súmula 492 do
STF). 3. INEXISTÊNCIA DE PROVAS APTAS A JUSTIFICAR A PERCEPÇÃO DE
LUCROS CESSANTES. DESPROVIMENTO DA PRETENSÃO AUTORAL. 3.1.
ELEMENTOS ENSEJADORES DO DEVER DE INDENIZAR OS DANOS
EMERGENTES PRESENTES, CONSUBSTANCIADOS NAS DESPESAS QUE TEVE
O AUTOR, INCLUINDO O SEU TRATAMENTO ODONTOLÓGICO E A PERDA
TOTAL DA MOTOCICLETA. QUANTUM ARBITRADO COM BASE NO VALOR
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DO VEÍCULO DE ACORDO COM A TABELA FIPE APRESENTADA PELA
SEGUNDA REQUERIDA. 4. DANOS MORAIS E ESTÉTICOS POR IGUAL
DEMONSTRADOS. FIXAÇÃO EM OBEDIÊNCIA AO PRINCÍPIO DA
RAZOABILIDADE E DA PROPORCIONALIDADE, AO CARÁTER PUNITIVO E
PEDAGÓGICO DA REPRIMENDA E AOS PARÃMETROS DA CÂMARA PARA

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SITUAÇÕES AFINS. 4. DENUNCIAÇÃO DA LIDE ACEITA. LITISCONSÓRCIO
PASSIVO VOLUNTÁRIO. CONDENAÇÃO SOLIDÁRIA DA DENUNCIANTE E
DENUNCIADA. COBERTURA SECURITÁRIA A SER PRESTADA SEGUNDO OS
LIMITES DA APÓLICE. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO.

Portanto, diante do exposto, postula-se pela responsabilidade solidaria das empresas


supramencionadas, não podendo ser excluída tal responsabilidade, haja vista que o veículo
que deu causa ao acidente, era de responsabilidade da empresa empregatícia e de propriedade
da empresa locadora.
Caso não seja visto dessa maneira por Vossa Excelência, que seja considerada a culpa
exclusiva do Réu, tendo em vista que este estava sobre a direção do veículo na cidade de
Toledo, no sábado dia 22/08, portanto sabia que deveria tomar mais cuidado ao conduzir o
veículo da empresa, tendo em vista que o seguro só cobriria no período compreendido de
segunda á sexta-feira, e apenas na cidade de Cascavel.

II.IV DO DEVER DE INDENIZAR

Douto Magistrado, resta demonstrado nas alíneas acima, assim como nos documentos
anexados aos autos, que o caso em comento versa sobre um ato ilícito indenizável, de acordo
com os artigos 186, 187 c/c 927 do Código Civil, que assim disciplinam:

Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou


imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que
exclusivamente moral, comete ato ilícito.

Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-
lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou
social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.

Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem,
fica obrigado a repará-lo.

Tendo em vista que para a caracterização da responsabilidade civil, é imprescindível o


preenchimento dos pressupostos concretos e abstratos. Quanto ao fator concreto são eles: i)
a existência de uma conduta omissiva ou comissiva; ii) a ocorrência de um dano ou prejuízo;
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iii) nexo de causalidade entre a ação e o dano. Já sobre o fator abstrato, concretiza-se na
culpa.

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Diante do presente caso, fica evidenciado o preenchimento de todos os requisitos, visto
que houve a colisão que gerou danos ao requerente, devido à conduta exclusiva do requerido.
Evidente também é a culpa do requerido, pois dar marcha ré de maneira abrupta para sair da
vaga, foi a conduta responsável por ocasionar a colisão, sem que fosse possível ter tempo de
ser evitada pelo requerente.

Deste modo é inquestionável que o requerido não se ateve aos cuidados, atenção e à
devida cautela no trânsito que a situação exige, afinal quem está trafegando na prefencial
conforme a lei, confia que os outros motoristas também irão respeitar as leis e os cuidados no
trânsito, havendo, portanto, o dever de indenizar.

II.IV.I – DOS DANOS PATRIMONIAIS

A) DO DANO EMERGENTE

Os danos emergentes são caracterizados por serem os valores que o requerente,


efetivamente e imediatamente, teve diminuído em seu patrimônio em razão do ato cometido
por outrem, alheio a sua vontade.

Com a colisão dos veículos, o autor teve um prejuízo em seu patrimônio, pois seu carro
sofreu graves avarias, diminuindo consideravelmente seu valor de mercado, e restou
impossibilitada a sua utilização. É necessário que seja realizado o conserto do veículo, com a
devida indenização do causador do acidente.

O art. 944 do Código Civil dispõe que: “a indenização mede-se pela extensão do dano”.
Ou seja, quer dizer que todo gasto necessário para que o veículo volte ao estado prévio do
acidente, seja custeado pelo requerido.

A respeito do assunto, extrai-se da doutrina pátria, segundo a lição do saudoso jurista


J.M. Carvalho Santos:
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“[...] quer o código que o devedor inadimplente indenize o prejuízo, ou seja,
a perda certa e não eventual”.

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Além disso, quanto a mensuração do dano emergente, ensina o desembargador Sérgio
Cavalieri Filho em sua obra de Programa de Responsabilidade Civil:

“a mensuração do dano emergente, como se vê, não enseja maiores


dificuldades. Via de regra, importará no desfalque sofrido no patrimônio da
vítima; será a diferença do valor do bem jurídico entre aquele que
ele tinha antes e depois do ato ilicito.(...) dano emergente é tudo aquilo
que se perdeu, sendo certo que a indenização haverá de ser suficiente para
a restitutio in integrum. (Programa de Responsabilidade Civil. 9. ed. São
Paulo: Atlas, 2010, p. 91.)”

Deste modo, caracterizado a incidência dos danos emergentes (patrimoniais) se faz


imprescindível que seja totalmente indenizado pelo requerido os valores referentes ao guincho,
chapeação, mecânica e pintura, todos decorrentes do infeliz acidente.

B) DOS LUCROS CESSANTES

Os lucros cessantes podem ser caracterizados como a quantia que a vítima de dano
deixou de auferir em razão de algum ato cometido por outrem, alheio a sua vontade.

Este direito está elencado no art. 402 do Código Civil:

“Art. 402. Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e


danos devidas ao credor abrangem, além do que ele efetivamente
perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar.”

Conforme documento anexo, o autor, que é motorista do UBER e do aplicativo 99,


comprova a quantia média que auferia diariamente R$ 300,00 (trezentos reais), conforme é
demonstrado pelo próprio diário do aplicativo juntado ao processo, por esse diário é possível
levantar a média diária e semanal que o autor recebia com o seu trabalho. Tomando em conta
que desde a data do acidente (22/08/2020) até a data de 05/09/2020 encontrou-se afastado
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de sua atividade, sem perceber renda alguma, devido à impossibilidade de laborar por
depender exclusivamente de seu veículo para tanto. Pleiteia, mais do que corretamente, a
restituição pelo dano material experimentado.

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Sobre este assunto a melhor doutrina trata:

“Lucro cessante é aquilo que a vítima do acidente razoavelmente


deixou de ganhar. (...) na maioria das vezes esses lucros cessantes são
os dias de serviço perdidos do empregado, ou a expectativa de
ganho do trabalhador autônomo, demostrada através daquilo que vinha
ganhando às vésperas do evento danoso, e que por conseguinte, muito
provavelmente ele continuaria a ganhar se não fosse o infeliz acidente”
(Silvio Rodrigues, Direito Civil – Responsabilidade Civil).

Sergio Cavalieri Filho assim também dispõe:

“Consiste, portanto, o lucro cessante na perda do ganho esperável, na


frustração da expectativa de lucro, na diminuição do potencial do
patrimônio da vítima. Pode decorrer não só da paralisação da
atividade lucrativa ou produtiva da vítima, como, por exemplo, a
cessação dos rendimentos que alguém já vinha obtendo da sua
profissão, como, também, da frustração daquilo que era
razoavelmente esperado.” (Programa de Responsabilidade Civil).

Assim já foi decidido pelo Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Paraná:

RECURSO INOMINADO. AÇÃO INDENIZATÓRIA. ACIDENTE DE TRÂNSITO.


DANOS MATERIAIS. LUCROS CESSANTES COMPROVADOS.
MOTORISTA DA UBER. PROVA DO PREJUÍZO MATERIAL. SENTENÇA
MANTIDA. Recurso conhecido e desprovido. (TJPR – 5ª Turma Recursal dos
Juizados Especiais – 0023492-94.2019.8.16.0014 – Londrina – Rel.: Juíza
Fernanda de Quadros Jorgensen Geronasso – J. 20.07.2020)
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25/09/2020: JUNTADA DE PETIÇÃO DE INICIAL. Arq: Petição Inicial

Documento assinado digitalmente, conforme MP nº 2.200-2/2001, Lei nº 11.419/2006, resolução do Projudi, do TJPR/OE
Sendo assim, está demonstrada a natureza dos lucros cessantes em nosso
ordenamento jurídico, e necessário é a indenização devida pelo requerido ao autor neste caso
concreto.

Validação deste em https://projudi.tjpr.jus.br/projudi/ - Identificador: PJ87G 3DC94 HL9WV NLH83


II.IV.II – DOS DANOS MORAIS

É inegável que este fato ultrapassa os limites de mero aborrecimento cotidiano, pois o
requerido abusou da boa-fé do autor, e enganou-lhe ao propor que este “esperasse até
segunda feira” para realizar o B.O, a fim de que permitisse resolver a situação de modo a ficar
“bom para ambos”, sendo que posteriormente, o requerido agiu de forma contraria àquilo que
tinham combinado, se eximindo da responsabilidade de indenizar e, dolosamente deixando
sem amparo o motorista de Uber, que até agora está sem sua fonte de renda.

Pelo exposto, requer a Vossa Excelência a cominação da reparação por dano moral em
patamar suficiente, pelo dano sofrido pelo autor, pela expectativa frustrada em relação ao
acordo amigável para consertar seu veículo, que é seu meio de renda, e pelo tempo que está
impossibilitado de trabalhar devido à conduta ilícita danosa exclusivamente cometida pelo
requerido, além de impor seu caráter educativo e pedagógico do instituto e ainda que seja
também arbitrado em seu caráter punitivo.

Dispõe a Constituição Federal em seus artigos 1º e 5º:

“Artigo 1º - A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel


dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado
Democrático de Direito e tem como fundamentos:
(...)
III - a dignidade da pessoa humana;”

“Artigo 5º - (...)
(...)
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da
indenização por dano material, MORAL ou à imagem;”

Assim, no tocante ao dano moral, o autor deve ser compensado por todo o
constrangimento, transtornos e aborrecimentos sofridos neste período, pois, tais superam, e
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muito, os limites do que se entende por razoável no cotidiano de um ser humano, em razão
do descaso do réu.

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Cabe salientar a lição do Professor Desembargador SÉRGIO CAVALIERI FILHO, em sua
obra “Programa de responsabilidade Civil”, Ed. Malheiros, 1998, o qual ensina que:

“...deve ser reputado como dano moral, a dor, o vexame, sofrimento ou


humilhação que, fugindo a normalidade, interfira intensamente no
comportamento psicológico do indivíduo, causando-lhe aflições, angústia e
desequilíbrio em seu bem-estar... Se assim não se entender, acabaremos por
banalizar o dano moral, ensejando ações judiciais em busca de indenizações
pelos mais triviais aborrecimentos”.

O civilista CAIO MÁRIO DA SILVA PEREIRA, ensina que quando se cuida de dano moral,
o fulcro do conceito ressarcitório acha-se deslocado para a convergência de duas forças:

”'caráter punitivo', para que o causador do dano, pelo fato da condenação,


se veja castigado pela ofensa que praticou; e o 'caráter compensatório' para
a vítima, que receberá uma soma que lhe proporcione prazeres como
contrapartida do mal sofrido" (Responsabilidade civil, Rio de Janeiro,
Forense, 1.990, p. 62).

É exatamente isso o que se pretende com a presente ação: uma satisfação, uma
compensação pelo sofrimento que experimentou o autor devido ao abuso da confiança,
prejuízo econômico pela impossibilidade de trabalhar e pelo desgaste emocional decorrente
do acidente causado pelo requerido, que nada nada mais é do que uma contrapartida do mal
sofrido, com caráter satisfativo para o LESADO e punitivo para a ré, causadora do dano, para
que se abstenha de realizar essa conduta lesiva com outros consumidores.

III – DOS PEDIDOS

Diante do exposto, requer a Vossa Excelência, que se digne:


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1. A citação das partes contrárias, para audiência conciliatória aprazada pelo Juízo, e
querendo oferecer defesa, sob pena dos efeitos da revelia;

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2. A procedência da presente demanda, culminando no arbitramento das seguintes
indenizações de forma solidária, ou subsidiariamente, exclusiva do requerido
Vinicius:
a) Dos danos emergentes (patrimoniais), que se consubstanciam pelas avarias
ocasionadas ao veículo do autor, requer a indenização no valor de R$ 2.460,00
em chapeação, R$ 1.300,00 em mecânica, R$ 180,00 em guincho, totalizando
R$ 3.940,00 (três mil novecentos e quarenta reais);
b) Dos lucros cessantes, devido a impossibilidade laborativa do requerente, que
depende do bem móvel para seu sustento. Considerando que auferia uma
média diária de R$ 300,00 (trezentos reais) pelo UBER e 99 taxi. Que desde o
dia 22/08/2020 até o dia 05/09/2020 ficou impossibilitado de auferir renda.
Requer a indenização de lucros cessantes no valor de R$ 2.500,00 (dois mil e
quinhentos reais);
c) Do dano moral, requer que seja arbitrado o valor não inferior que R$ 5.000,00
(cinco mil reais), diante dos fatos descritos, uma vez que são mais do que
meramente dissabores experimentados. Tanto a dignidade da pessoa humana
quanto a liberdade de trabalho foram privadas do requerente pelo ilícito do
requerido.
3. Requer a produção de prova documental, testemunhal e demais provas em direitos
admitidas que se fizerem necessárias ao pleno conhecimento dos fatos.

Atribui-se à causa o valor de R$ 8.940,00 (oito mil novecentos e quarenta reais)

Nestes termos,
Pede e Espera Deferimento

Toledo, 23 de setembro de 2020


LUCAS AUGUSTO PASQUALLI
OAB/PR 100.593

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