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Após tudo bem seco, aplicou-se “Aquaplast” diluída com um pouco de água, com cola misturada,
conseguindo-se o alisamento de toda a textura.
Na parte das hélices, foram usados pauzinhos de espetadas, fio de crochê, papel de cozinha e
cola, unidas a um centro em cortiça (corte de rolha) revestido com a técnica Papier Maché,
sendo depois pintado.
O Moinho de Vento, deu mote à temática para todo o trabalho. Sugeriu e surgiu a loucura da
história de D. Quixote e seu amigo Sancho Pança na infindável viagem na procura da sua amada
Dulcineia, e os seus recorrentes confrontos com os moinhos (monstros). Temática de possível
tratamento em aula com as minhas turmas, tendo como elemento de partida, a observação
desta “composição escultórica”, incentivando a leitura e a escrita.
A segunda forma construída não foi criada de forma isolada. O entusiasmo na criação da
personagem D. Quixote (trabalho 2), implicou o próprio, o seu cavalo, o amigo Sancho Pança e
o seu burrito inseparável. Devido à solução criativa que invoquei para a história, o Moinho de
Vento subiu a uma cota superior, no sentido de representar algo de elevada posição e
superioridade em relação à figura de D. Quixote, simbolizando os “monstros” das suas visões.
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Formando: José Fernando Félix Vieira - Papier Maché – Uma técnica para construir formas tridimensionais Página | 1
Em termos de materiais e de técnicas, foram usados rolos de papel higiénico para todas as
construções, além da 1ª, a 2.ª ( Corpo de D. Quixote), da 3ª (Cavalo), da 4ª (Sancho Pança) e da
5ª (Burrito).
A técnica, Papier Maché em todas as construções, usou papel de jornal com a cola, papel de
cozinha e papel higiénico. Após cada montagem (estrutura) com os rolos de papel higiénico,
seguiu-se a sua cobertura e robustez com papel de jornal em pequenos pedaços, com o cuidado
de não deixar pontas secas e sem cola, cobrindo todas as superfícies. A textura sempre
homogénea.
Todas as construções com a estrutura e a textura terminadas, foram pintadas com tintas
acrílicas, nas suas várias combinações cromáticas assim como tinta acrílica dourada, utilizada
nas armas e chapéu de D. Quixote. Para um melhor acabamento e isolamento, toda a
composição foi envernizada com verniz aquoso.
Síntese final:
Esta formação, desde o seu início teve tudo para dar certo! A técnica que dá o nome à formação
deu-me a liberdade de poder criar elementos, estruturas, texturas, estudos cromáticos,
combinações de materiais, permitiu-me e incentivou-me a fazer o que adoro, que me preenche
enquanto docente do grupo 240. Tudo combinou na perfeição: formador entusiasmado com o
seu/ nosso trabalho esteve, de início até ao fim, com a mesma postura de compromisso, com o
trabalho sério e responsável, ao mesmo tempo que nos transmitiu, o tempo todo, o amor pela
nossa Arte, pelas nossas habilidades ou dons, assumindo uma postura de inteira e incansável
disponibilidade para tirar as dúvidas que nos iam surgindo, dando-nos liberdade criativa, com
uma resiliência fantástica para com os colegas formandos com mais dificuldades e que nunca
tinham experimentado a técnica, e mesmo a forma de trabalho nas diferentes ações técnicas e
momentos específicos em cada fase dos trabalhos.
Considero que todos, onde faço questão de me incluir, tiveram nestas sessões, mesmo que
realizadas à distância, de forma síncrona, a sensação que estávamos todos ali, fisicamente, no
mesmo espaço “Ateliê” a desenvolver os nossos projetos. Fantástico o ambiente criado entre
formador e formandos e entre nós mesmos, formandos localizados em diferentes pontos do
país e inclusive com colegas a frequentar a formação a partir do estrangeiro, permitindo
partilhar realidades diferentes ao nível do ensino e do trabalho docente e terminamos como se
já nos conhecêssemos todos há imenso tempo, melhor, impossível!
Quando aprendemos, sentindo prazer pelo trabalho que realizamos, sentindo no formador o
mesmo espírito de partilha, de liberdade e de entreajuda na forma como nos ensina e orienta,
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sem qualquer espécie de barreiras, e especialmente no mundo das Artes, ficamos com a
sensação de que a missão ainda agora teve início.
Termino com uma questão: Marco, caso continues com formações, quero saber delas! Esta foi
a primeira, que realizei contigo! Vamos ter outras?!
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