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Papier Maché – Uma técnica para construir formas tridimensionais

Ação realizada nos dias 4, 18 e 25 de fevereiro e 4 de março de 2023.

Nome do Formando (a): José Fernando Félix Vieira

Trabalho 1 – Construção de uma forma tridimensional.

A primeira forma tridimensional trata-se de um Moinho de Vento. Técnica de Papier Maché,


utilizando pedaços de papel de aguarela, mais resistente, em torno de um uma forma construída
em formato de tubo, também em papel de aguarela. A sobreposição dos pedaços de papel,
devido à sua espessura, simula a espessura da pedra da construção do moinho. Foi utilizada cola
branca para madeira, aplicada a pincel. Após os vários momentos intercalares de secagem
natural, foi fechado o fundo da mesma forma.

Encimando a estrutura do moinho, passou-se para a construção do telhado, a partir de um


círculo cortado no seu raio, com uma tesoura, sobreposto e colado, concebendo uma forma
cónica. Depois, foi minuciosamente coberto com pedaços de papel aguarela, em forma de telha
antiga, telha de um cano, tendo-se conseguido a sua curvatura através do enrolamento do papel
em volta de um simples lápis cilíndrico, seguindo-se a colagem uma a uma, com a ajuda de uma
pinça, ora colada virada em posição côncava, ora em posição convexa, até completar o fecho do
telhado. Este foi, depois, colado com cola branca para madeira, ao corpo do moinho já
construído.

Após tudo bem seco, aplicou-se “Aquaplast” diluída com um pouco de água, com cola misturada,
conseguindo-se o alisamento de toda a textura.

Na parte das hélices, foram usados pauzinhos de espetadas, fio de crochê, papel de cozinha e
cola, unidas a um centro em cortiça (corte de rolha) revestido com a técnica Papier Maché,
sendo depois pintado.

O Moinho de Vento, deu mote à temática para todo o trabalho. Sugeriu e surgiu a loucura da
história de D. Quixote e seu amigo Sancho Pança na infindável viagem na procura da sua amada
Dulcineia, e os seus recorrentes confrontos com os moinhos (monstros). Temática de possível
tratamento em aula com as minhas turmas, tendo como elemento de partida, a observação
desta “composição escultórica”, incentivando a leitura e a escrita.

Trabalho 2 – Construção da segunda forma tridimensional.

A segunda forma construída não foi criada de forma isolada. O entusiasmo na criação da
personagem D. Quixote (trabalho 2), implicou o próprio, o seu cavalo, o amigo Sancho Pança e
o seu burrito inseparável. Devido à solução criativa que invoquei para a história, o Moinho de
Vento subiu a uma cota superior, no sentido de representar algo de elevada posição e
superioridade em relação à figura de D. Quixote, simbolizando os “monstros” das suas visões.

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Em termos de materiais e de técnicas, foram usados rolos de papel higiénico para todas as
construções, além da 1ª, a 2.ª ( Corpo de D. Quixote), da 3ª (Cavalo), da 4ª (Sancho Pança) e da
5ª (Burrito).

A técnica, Papier Maché em todas as construções, usou papel de jornal com a cola, papel de
cozinha e papel higiénico. Após cada montagem (estrutura) com os rolos de papel higiénico,
seguiu-se a sua cobertura e robustez com papel de jornal em pequenos pedaços, com o cuidado
de não deixar pontas secas e sem cola, cobrindo todas as superfícies. A textura sempre
homogénea.

A criação de texturas, nomeadamente na base da composição e nas tiras “lianas” e “heras” na


construção de uma realização pictórica invocando uma provocante mini floresta, as raízes
salientes da árvore que eleva o moinho para a tal cota superior, foi conseguida com rasgos de
papel de cozinha e de papel higiénico sobrepostos à estrutura de papel higiénico torcido e
revestido com pedaços de papel de jornal e cola. Estes dois tipos de papel, juntamente com a
cola, a aquaplast e farinha, nas quantidades referidas pelo formador, facultou a construção de
uma pasta para formas volumétricas e nos outros casos, como pasta de enchimento para
regularização das superfícies a trabalhar.

Todas as construções com a estrutura e a textura terminadas, foram pintadas com tintas
acrílicas, nas suas várias combinações cromáticas assim como tinta acrílica dourada, utilizada
nas armas e chapéu de D. Quixote. Para um melhor acabamento e isolamento, toda a
composição foi envernizada com verniz aquoso.

Síntese final:

Esta formação, desde o seu início teve tudo para dar certo! A técnica que dá o nome à formação
deu-me a liberdade de poder criar elementos, estruturas, texturas, estudos cromáticos,
combinações de materiais, permitiu-me e incentivou-me a fazer o que adoro, que me preenche
enquanto docente do grupo 240. Tudo combinou na perfeição: formador entusiasmado com o
seu/ nosso trabalho esteve, de início até ao fim, com a mesma postura de compromisso, com o
trabalho sério e responsável, ao mesmo tempo que nos transmitiu, o tempo todo, o amor pela
nossa Arte, pelas nossas habilidades ou dons, assumindo uma postura de inteira e incansável
disponibilidade para tirar as dúvidas que nos iam surgindo, dando-nos liberdade criativa, com
uma resiliência fantástica para com os colegas formandos com mais dificuldades e que nunca
tinham experimentado a técnica, e mesmo a forma de trabalho nas diferentes ações técnicas e
momentos específicos em cada fase dos trabalhos.

Considero que todos, onde faço questão de me incluir, tiveram nestas sessões, mesmo que
realizadas à distância, de forma síncrona, a sensação que estávamos todos ali, fisicamente, no
mesmo espaço “Ateliê” a desenvolver os nossos projetos. Fantástico o ambiente criado entre
formador e formandos e entre nós mesmos, formandos localizados em diferentes pontos do
país e inclusive com colegas a frequentar a formação a partir do estrangeiro, permitindo
partilhar realidades diferentes ao nível do ensino e do trabalho docente e terminamos como se
já nos conhecêssemos todos há imenso tempo, melhor, impossível!

Quando aprendemos, sentindo prazer pelo trabalho que realizamos, sentindo no formador o
mesmo espírito de partilha, de liberdade e de entreajuda na forma como nos ensina e orienta,
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sem qualquer espécie de barreiras, e especialmente no mundo das Artes, ficamos com a
sensação de que a missão ainda agora teve início.

Termino com uma questão: Marco, caso continues com formações, quero saber delas! Esta foi
a primeira, que realizei contigo! Vamos ter outras?!

José Fernando Félix Vieira, 01/04/2023


Sócio SPZN nº 67667

(Seguem em Anexo, as fotos registadas ao longo de todo o processo de trabalho)

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