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Estado do Rio de Janeiro

Prefeitura Municipal de Macaé


Secretaria Municipal de Educação
Secretaria Municipal Adjunta de Ensino Superior
Faculdade Professor Miguel Ângelo da Silva Santos – FeMASS

Recredenciamento - Parecer CEE-RJ- nº


Recredenciamento 172 de
Parecer 26/05/2015,
CEE-RJ publicado
nº 172 de no D.O./RJ
26/05/2015, nº 103,
publicado no seção 1, pág. 12 de 15/06/2015
D.O./RJ nº 103, seção 1, pág. 12 de 15/06/2015
Cursos: Licenciatura em Matemática e Bacharelado em Engenharia de Produção
Disciplina: Física II (Laboratório)
Professor: Nícolas Mota
PRÁTICA EXPERIMENTAL N1 – 2023.1

Lei de Boyle

Objetivos

• Realizar um processo termodinâmico isotérmico;


• Utilizar um manômetro para medir pressões manométricas;
• Verificar a lei de Boyle aplicando o método dos mínimos quadrados;
• Calibrar o equipamento, determinando o volume inicial e a pressão do gás confinado.
• Estimar o número de mols de ar atmosférico a partir dos dados experimentais.

Introdução

Os gases existentes na natureza, que são os gases reais, têm um comportamento termodinâmico bastante complicado.
Isto se deve ao fato de existirem forças de interação entre as moléculas de um gás que são difíceis de descrever.

Em particular, os gases reais têm um comportamento termodinâmico bastante simples quando estão a uma temperatura
bem acima da temperatura de condensação e a uma baixa pressão. Quando um gás está submetido a essas duas
condições, as forças entre as moléculas do gás podem ser consideradas muito pequenas. Ao considerar o limite ideal,
quando não existem forças entre as moléculas, surge o conceito de gás ideal. O comportamento dos gases ideais, também
conhecidos como gases perfeitos, é uma aproximação do comportamento dos gases reais. Em processos termodinâmicos
isotérmicos, onde não ocorre variação da temperatura do sistema (∆T = 0), o produto da pressão p pelo volume V de um
gás ideal permanece inalterado,
𝑝𝑉 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 (1)

Em especial, quando o processo leva o estado de equilíbrio do sistema (p0, V0) em um outro estado de equilíbrio (p0 + ∆p,
V0 − ∆V), conclui-se que

𝑝0 𝑉0 = 𝑝𝑉 = 𝑝(𝑉0 − ∆𝑉) (2)

Assim, verifica-se que há uma relação linear entre a variação de volume do gás ∆V e o inverso da pressão p−1,

∆𝑉 = −(𝑝0 𝑉0 )𝑝−1 + 𝑉𝑜 → ∆𝑉 = 𝑎𝑝−1 + 𝑏 (3)

sendo coeficiente linear numericamente igual ao volume inicial b = V0 ocupado pelo gás, e o coeficiente angular igual ao
produto a = −p0V0, de onde pode-se determinar a pressão (total) inicial do gás confinado.

Procedimento experimental

O equipamento utilizado nesta experiência consiste num manômetro, uma seringa graduada com êmbolo móvel, e
mangueiras que conectam um ao outro. É possível variar o volume ocupado pelo gás confinado girando o parafuso que
pressiona o êmbolo da seringa.

Rua Aloísio da Silva Gomes, 50 - Granja dos Cavaleiros - Macaé/RJ - CEP 27.930-560 Telefones: Secretaria (22) 3399-1845 | Direção- (22) 3399-1844
www.macae.rj.gov.br/femass - E-mail: direcao.femass@macae.rj.gov.br
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Parecer 26/05/2015,
CEE-RJ publicado
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26/05/2015, nº 103,
publicado no seção 1, pág. 12 de 15/06/2015
D.O./RJ nº 103, seção 1, pág. 12 de 15/06/2015
Note que não se conhece, de início, o volume de gás contido nas mangueiras, tampouco no interior do manômetro.
Portanto, mede-se a variação de volume do ar ∆V com o auxílio da graduação existente na parede da seringa a partir da
subtração de um valor de referência Vref, e da leitura da graduação V,

∆𝑉 = 𝑉𝑟𝑒𝑓 − 𝑉 (4)

Siga os seguintes passos:

• Abra a válvula de admissão, e desça o êmbolo da seringa até o nível mais baixo
• Feche a válvula, e eleve o êmbolo até que a marcação da seringa atinja pouco mais de 15 ml (valor de referência).
• Anote a temperatura ambiente em ◦C usando um termômetro de álcool. Converta sua medição para a unidade do SI, K.
Apresente a medida da maneira usual: T = ( ± )K
• Gire o parafuso de suporte do êmbolo para comprimir o gás confinado na seringa, e anote os dados na Tabela 1.

pm (kgf/cm²) Δp (kgf/cm²) V (mL) δV (mL)

Tabela 1: Medidas diretas do experimento.

A primeira coluna é a pressão manométrica pm = p − patm (sendo p a pressão total e patm = 1,033 kgf/cm2 a pressão exterior);
a segunda coluna é o volume V do gás, registrado em relação a marcação inicial da seringa, Vref. (Registre os dados
experimentais com suas respectivas incertezas)

Atenção: Observe se a leitura do manômetro permanece fixa, pois haverá uma diminuição da pressão manométrica com
o tempo em caso de vazamento de ar. Ao suspeitar de vazamento, verifique a válvula de admissão e as conexões da
mangueira.

Análise de dados

• A partir da Tabela 1, preencha a tabela 2:


A primeira coluna é o inverso da pressão total, e a segunda a variação de volume do gás, ∆V = Vref − V , conforme a equação
4. (Registre os dados experimentais com suas respectivas incertezas.)
• Construa um gráfico de ∆V × p−1.
• Ajuste a reta aos seus dados experimentais, ∆V = ap−1 + b. Desenvolva o cálculo numérico dos coeficientes da reta e
compare-os com o resultado obtido a partir de um programa ou aplicativo.

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publicado no seção 1, pág. 12 de 15/06/2015
D.O./RJ nº 103, seção 1, pág. 12 de 15/06/2015

Tabela 2: Medidas indiretas do experimento.

Apresente os resultados da regressão linear com suas respectivas incertezas: o volume inicial V0 = b (manômetro + seringa
+ mangueiras), e a pressão do gás inicial no interior do equipamento p0 = −a/b. Apresente cada estimativa na forma
padrão, p0 = ( ± ) 105 Pa e V0 = ( ± ) 10−5 m3.
.

• Faça uma estimativa para o número de mols de ar contido no equipamento,

𝑝0 𝑉𝑜
𝑛=
𝑅𝑇

sendo R = 8,31 J/mol · K a constante universal dos gases, e apresente o resultado na forma padrão, n = ( ± ) mol

Através do tratamento dos dados obtidos nessa experiência consegue-se calibrar o equipamento, uma vez que é possível
determinar o volume inicial ocupado pelo gás.

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