Você está na página 1de 9

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA


INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE
RORAIMA – CAMPUS BOA VISTA
CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA

EREMILDA DA SILVA SOUZA

GINÁSTICA GERAL

Boa Vista - RR
2023
GINÁSTICA GERAL

1. Teoria do descanso ou do recreio - Foi criada por Guts Muths, Lazarus e Schaller.
Nessa teoria o jogo seria uma forma de recreio, com o objetivo de proporcionar
descanso ao organismo e ao espírito fatigados. Brincar é visto como uma atividade que
serve para descansar, relaxar e ajudar na reposição de energia consumida em outras
atividades. O jogo não produz gasto de energia, mas ao contrário, surge como
compensação e relaxamento do cansado produzido pela realização de outras atividades.
→ Boneco de trapo

A criança deve imaginar que é um robô. Deve atuar como tal, com muita rigidez e tensão. A
seguir, deve imaginar que, em um instante, esse robô se transforma em um boneco de pano sem
força no corpo. É assim que a criança aprende a liberar toda a tensão que tem no corpo. Apenas
quando se sente liberada desse mal-estar é quando consegue buscar soluções ao problema.
2. Teoria do Atavismo ou da Recapitulação - Foi criada por Granville Stanley Hall, ela
baseia-se na lei biogenética de Haeckel (a ontogênese recapitula a filogênese). Os jogos
representariam atividades das gerações passadas, a criança recapitularia aos estádios da
civilização.
→ Batata quente

• Material para a execução da atividade: Bola de vôlei.

A agilidade é fundamental nesse jogo e as crianças vão adorar brincar de batata quente. Todos
se sentam em círculo e começam a passar a bola muito rápido, enquanto uma pessoa fica de
fora falando “batata quente, quente, quente…, queimou!”. Quando o chefe grita “queimou!”,
quem estiver com a bola na mão sai do jogo. Vence quem ficar por último.
3. Teoria de Exercício Preparatório ou Prévio - Foi criada por Karl Gross. O jogo é
uma preparação para a vida séria. Cada classe de animal utilizaria certos jogos que
correspondem às atividades dos animais adultos de sua espécie.
→ Circuitos e pistas

• Material para a execução da atividade: Fita, barbante, corda ou (e) até mesmo cabo de
vassoura.
Com fita crepe no chão, cria-se uma trilha para a criança percorrer. Pode ter uma cadeira no
meio desse caminho, e a criança precisa decidir se passa por baixo ou por cima. Coloca-se uma
fita ou corda nas paredes ou em moveis como cadeiras e mesa numa altura que a criança tenha
que pular. O grau de dificuldade pode ir aumentando conforme a criança for demonstrando
mais habilidade. Ela pode ter que levar um objeto de um canto a outro sem deixar cair, uma
batata equilibrada na colher, ou fazer o caminho de costas, num pé só, e por aí vai… Esses
circuitos são bons para desenvolver consciência corporal, além de equilíbrio, planejamento e
estratégias de locomoção.
4. Teoria do Exercício Complementar ou da Compensação - Foi criado por Konrad
Lange. A infância existe "para" brincar. O jogo teria por função despertar habilidades
que se encontrassem reprimidas no indivíduo.
→ Pula sela

A brincadeira pula sela ajuda a desenvolver várias habilidades, como: a agilidade, atenção,
força, socialização, coordenação motora, resistência e equilíbrio. Os participantes saltam uns
sobre os outros apoiando a mão sobre as costas dos jogadores agachados, ‘‘selando’’ as costas
do amigo. Os jogadores devem formar uma fila, e somente um jogador ficará de fora para pular.
Mantendo uma distância de aproximadamente 2 metros entre uma criança e outra, os
participantes devem ficar numa posição em que as costas fiquem curvadas, apoiando as mãos
nos joelhos.

5. Teoria Catártica - Foi criada por Harvey A. Carr. A função do jogo seria livrar o
indivíduo de tendências antissociais, sexuais, seriam livrados por intermédio do jogo,
que possibilitaria no individuo a descarga momentânea, de modo inofensivo, de
impulsos violentos que poderiam ser prejudiciais a vida em sociedade.
→ Jogos de tabuleiro

• Material para a execução da atividade: Joos de tabuleiros.


Os jogos de tabuleiros desenvolvem a função cognitiva ao jogar, os jogadores conseguem
melhorar as suas funções cognitivas, uma vez que o cérebro consegue processar informações
de maneira mais rápida, pensar estrategicamente, tomar decisões, gerir emoções e trabalhar a
memória. Contribui para o aperfeiçoamento da autonomia. Ao jogar, as pessoas conseguem,
em simples tarefas do dia a dia, encontrar mais disposição para fazê-las de forma mais leve e
descontraída, uma vez que sua mente está focada e se desenvolvendo com o jogo. Ajuda a
fortalecer vínculos afetivos por meio da prática de jogos de tabuleiro, várias áreas
cognitivas e socioemocionais são aprimoradas, uma delas é o fortalecimento de vínculos.
O contato com pessoas, sejam elas família ou amigos, faz com que melhore a saúde mental e
psicológica, sendo um excelente momento para se divertir e ao mesmo tempo se desenvolver
com os jogos de tabuleiro. Além de ser uma das formas de sair da rotina!
Com a correria do dia a dia, o estresse que acabamos absorvendo muito estresse devido o
excesso de atividades, ter um horário reservado para a prática de jogos de tabuleiro, podem
trazer muitos benefícios para o desenvolvimento socioemocional e pode ajudar a descarregar
os estresses do dia a dia.
6. Teoria do Jogo Estimulante do crescimento - Foi criada por H. Carr. O jogo
produziria no organismo, entre outros estímulos, o necessário ao crescimento dos
órgãos. O sistema nervoso seria beneficiado com o jogo, que lhe ofereceria os estímulos
indispensáveis ao exercício e ao desenvolvimento das suas funções.
→ Pular corda
• Material para a execução da atividade: Corda.
Pular corda é uma brincadeira popular e divertida, que desafia a superar os limites do próprio
corpo. Além disso, ‘‘estimula’’ a coordenação motora e a consciência corporal, desenvolve o
equilíbrio, a agilidade e a flexibilidade, melhora a concentração, estimula a circulação
sanguínea e fortalece o sistema respiratório e cardíaco. As brincadeiras têm um papel muito
maior do que propiciar lazer e diversão, elas têm o potencial de contribuir com o
desenvolvimento infantil, favorecendo o bem-estar físico e mental das crianças. Elas aprendem
e se desenvolvem pelo brincar, pois podem vivenciar sensações e ter experiências fundamentais
para o desenvolvimento físico, sensorial, cognitivo e emocional.
7. Teoria Estrutural - Foi criada por Frederik Jacobus Johannes Buytendijk, o jogo
representa uma adaptação incompleta que possui suas próprias leis, o que fica coerente
consigo mesma no interior da dinâmica infantil. "O jogo existe porque existe uma
infância."
→ Jacaré do Lago

Tem como potenciais a serem desenvolvidos a atenção e a concentração, a lateralidade, a


expressão corporal e a oralidade. Pode ser explorado com crianças a partir de 2 anos. Para
brincar é preciso demarcar o espaço em dois lugares representando um rio; escolher uma
criança para ser o jacaré e esta ficará no meio (“dentro do rio”), enquanto as demais ficarão de
um lado, atrás da marcação. Cantar a música do Jacaré do Lago e, ao finalizar, as crianças
devem atravessar o rio correndo, sem deixar o jacaré pegar. Pode repetir várias vezes e quem
for pego será o jacaré da rodada. Música: “Jacaré do Lago, jacaré do lago, de olho arregalado,
olhando para o lado, querendo me pegar, mas eu sou bem esperto, o lago é bem aberto, eu vou
atravessar”.
8. Teoria da derivação pela ficção - Foi criada por Claparède. O jogo seria um fenômeno
da derivação pela ficção.
→ Criação de um ‘‘Forte’’.

• Material para a execução da atividade: Balões ou bolas de silicones e objetos de fácil


acesso.
Para criar uma “aventura, podemos soltar a imaginação, dois terços das crianças podem utilizar
coisas que tem ao seu redor, por exemplo, a criação de um forte de mesas, cadeiras e até mesmo
pessoas, já o restante da turma pode usar balões com água ou bolas de silicone para atacar o
forte e criar uma guerra de balões d’água.
9. Teoria Hórmica - Foi criada por Taylor, nela a criança jogaria para se libertar dos
conflitos e satisfazer a razões próprias.
→ Teia de aranha

• Material para a execução da atividade: Barbante.


Todos os participantes devem passar por uma teia de aranha sem tocá-la. O objetivo é estimular
a capacidade coletiva de tomar decisões, ser pacientes e resolver conflitos em grupo. Além
disso, as crianças aprenderão confiar nos colegas e valorizar a cooperação.
10. Teoria da Recreação - Foi criada por Patrick, a criança jogaria para "recrear-se", isto
é, "criar-se novamente".

→ Dança das cadeiras

• Material para a execução da atividade: Cadeiras.


A dança das cadeiras é uma brincadeira que pode ser feita com crianças de qualquer idade e
até mesmo em ambientes pequenos. As únicas coisas necessárias são cadeiras e em um número
a menos do que a quantidade de participantes. O objetivo da atividade é conseguir se sentar
quando a música parar de tocar. Para isso os participantes devem colocar as mãos para trás do
corpo e andar ao redor das cadeiras, quando a música parar todos devem tentar sentar-se. A
pessoa que ficar em pé é desclassificada e uma cadeira também é retirada antes da próxima
rodada.
11. Teoria da Rivalidade - Foi criada por Mc Dougas, O jogo existiria pela necessidade
de satisfazer ao instinto de rivalidade.
→ Bandeirinha

• Material utilizado: Espaço amplo que permita correr, giz e algum objeto que represente
2 bandeiras.
No "pique-bandeira ou bandeirinha", será necessária a utilização de algum objeto que
represente a bandeira a ser capturada pelas equipes. Número de participantes: 4 ou mais. O
objetivo principal é pegar a bandeira do time oposto e "Colar" ou não se deixar "colar".
12. Teoria da Necessidade Biológica - Foi criada por Appleton. O tipo de jogo é
determinado de um lado pela necessidade da criança, de outro pelo estádio do seu
desenvolvimento orgânico.
→ Quebra-cabeças

• Material para a execução da atividade: Quebra-cabeças.


A atividade lúdica possui diferentes graus de dificuldade e, por isso, é indicada para qualquer
idade a partir dos dois anos. Para os menorzinhos, podemos oferecer quebra-cabeças com peças
bem grandes, de até quatro peças. A partir daí, podemos aumentar o nível de dificuldade aos
poucos. Aos 10 anos, por exemplo, as crianças já são perfeitamente capazes de montar quebra-
cabeças complexos com mais de 100 peças. Essa atividade reforça as conexões do cérebro –
são elas que permitem que ele esteja com bom funcionamento –, além de ajudar na formação
de novas conexões, estimulando diversas habilidades cognitivas.
13. Teoria da Transfiguração - Foi criada por Inezil Pen Marinho. Pela Teoria da
Transfiguração, o passado, o presente e o futuro estabelecem uma determinada ordem
de evolução nos jogos das crianças, evolução está condicionada aos seus interesses,
que, em última análise, buscariam oportunidades para satisfazer ao instinto da
transfiguração.
→ Corrida.

"A corrida é uma prática corporal que envolve os músculos dos membros inferiores para
promover o deslocamento do corpo. A corrida está relacionada a diferentes aspectos da
humanidade, seja enquanto forma de recreação, ritual festivo ou modalidade esportiva. Correr
é uma das ações mais antigas do ser humano, uma vez que na pré-história a prática era essencial
para a subsistência humana, seja para a caça ou para a fuga de animais. Entre as provas de
corrida estão aquelas praticadas dentro do atletismo, divididas em modalidades de velocidade
e de resistência. Há também as corridas realizadas em diferentes espaços, como a rua,
montanhas e terrenos irregulares. A ação de correr exige diferentes habilidades físicas, tais
como condicionamento cardiorrespiratório, resistência, potência muscular e velocidade."
14. Teoria do Jogo Infantil - Foi criada por Jean Piaget. O jogo seria "menos uma forma
específica da conduta, do que antes uma polarização da conduta geral, salvando-a entre
as demais formas de comportamento em termos de assimilação e de acomodação". O
jogo e a brincadeira são vistos como um processo de construção que insere o sujeito no
meio social através da adaptação e da interação com o meio, estes servem para a
consolidação das habilidades aprendidas e serve como reflexo do nível de
desenvolvimento cognitivo da criança e é no jogo e no brincar que ela aplica tudo que
aprende.
→ Jogo Cilada

Um dos jogos para crianças mais desafiadores é o Cilada que é composto por 50 quebra-cabeças
diferentes, para que o jogador faça os encaixes e se divirta. É necessário trabalhar raciocínio
lógico, foco e acima de tudo desenvolver resiliência para vencer a partida. Ao jogar, o objetivo
é montar as peças de acordo com a combinação indicada pelo próprio jogo. Usando somente
as peças que são coerentes de acordo com a combinação que deseja fazer. São 50 opções
disponíveis com 24 peças que possibilitam as combinações mais variadas. Acertar depende de
fazer escolhas corretas e se divertir enquanto usa o raciocínio lógico para vencer esse jogo que
é divertido.

Você também pode gostar