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Geografia do Cangaço
O presente trabalho tem como objetivo abordar o Movimento do Cangaço nos seus
aspectos sociais, políticos e econômicos, ressaltar a participação das mulheres no movimento
e analisar a representação do cangaço no imaginário cinematográfico, musical e na literatura.
Iniciamos a nossa abordagem a partir do artigo Geografia do cangaço: concepções
conceituais para pensar o banditismo sertanejo, escrito por Ana Paula Rodrigues Costa, onde
a autora discorre a respeito do conceito de banditismo social, elaborado por Eric Hobsbawm,
junto a costumeira aplicação desse conceito em alguns trabalhos para caracterizar o
movimento do cangaço, muitas vezes padronizando, sem levar em consideração as
implicações ao homogeneizar o cangaço como banditismo sociais.
Devemos pensar o espaço como ponto de partida para essa análise, haja vista que as
condições de subserviência e a falta de melhores meios de sobrevivência foram base para
surgir diversos movimentos populares no Nordeste, sejam eles, independentes ou coletivos,
agravado pelas condições naturais do clima semiárido. A partir disso, se destaca o movimento
do cangaço, ligado a questões sociais e culturais, que se produziram no processo de
apropriação desse sertão nordestino, caracterizado pela figura de homens valentes, frutos de
uma cultura sertaneja, com a ideia intensa de “cabra macho”, ligado ao código moral da honra
sertaneja, em que a honra é levada a extremos, pois denotava a desonra familiar, e o cangaço
se configurava como meio de reaver a mesma.
O movimento do cangaço teve maior expressão na passagem do século XIX para o
XX, intensificando a formação de bandos armados. É interessante ressaltar que essa datação
serviu para a caracterização dele como endêmico, pois antes de 1890, a aparição de bandos
armados se dava de forma esporádica e por ordens de um coronel. Já no século XX, chegou ao
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auge como epidêmico, porque surgiram bandos independentes pelo sertão nordestino, como
Antônio Silvino, Sinhô Pereira e Lampião.
Em algumas pesquisas, o cangaço é conceituado como banditismo social, a partir de
Eric Hobsbawm, para caracterizar a ação de sujeitos que decidiam viver como nômades,
ditando suas próprias regras. Mas para analisá-lo na teoria de banditismo social, é necessário
cautela, pois deve-se levar em consideração as especificidades de cada localidade e cultura
que foram constituídos cada sujeito, sendo necessário focar nas particularidades de cada
espaço e relações culturais e sociais. Dessa maneira, não é possível aplicar um conceito
homogêneo para distintos locais.
A autora cita Hobsbawm, e como o autor afirma que a imagem lhe interessa mais do
que a realidade, expressando o que era retratado nas lendas e no folclore popular contidos em
canções, romances e livretos de cordéis. Isso mostra que não houve um aprofundamento de
base documental para categorizar o movimento do cangaço na categoria de banditismo social.
A autora traz uma reflexão importante, pois destaca-se duas áreas economicamente
distintas: as áreas de litoral, voltadas para a produção da Monocultura escravista da cana-de-
açúcar, ligando esse território a contexto da metrópole, enquanto que as áreas de sertões são o
território da pecuária, tendo sua ocupação voltada a uma base econômica de suporte, pensando
no abastecimento da área de produção da cana-de-açúcar. Com isso, o sujeito deve ser
considerado como elemento para a compreensão da conjuntura, evitando realizar uma análise
que o relativize, pois produzem sua própria identidade em interação com o contexto de suas
ações que moldam o lugar em um determinado tempo-espaço.
Os sujeitos pertencentes ao cangaço, e a forma como passaram a atuar no mesmo,
relacionam-se ao contexto cultural e espacial de uma localidade específica. Essas relações
constituem os sertanejos nordestinos, e sem a vivência que liga o sujeito a um lugar, não é
possível compreender a vivência e atuação dos bandos de cangaceiros, pois os homens
destemidos foram escolhidos para ocupar os espaços mais longínquos da colônia. Este aspecto
se reverbera e passa a fazer parte do cotidiano e da cultura local. Dessa forma, o espaço
apresenta-se como base de compreensão para o fenômeno do cangaço, tomado como
banditismo sertanejo.
Mas para compreender melhor o cangaço, é necessário entender o termo e suas
derivações. O vocábulo é bastante antigo e tem algumas alusões, como em 1872, empregado
pela primeira vez, significando: “reunião de objetos menores e confusos, utensílios das
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humana e social dos sujeitos, repassados por gerações, transmitindo suas experiências pelas
narrativas, produzindo sua identidade na cultura. Logo, o conhecimento topofílico foi
fundamental para a sobrevivência e os vários anos de atuação dos bandos de cangaceiros,
desenvolvendo a geografia do cangaço.
Os cangaceiros, quando tomavam a decisão de fazerem vida no movimento, passavam
a habitar as matas, fazendo daquele espaço o seu lugar, estabelecendo itinerários, de modo a
suprirem suas necessidades básicas de sobrevivência. Assim, o lugar do bandido cangaceiro
situava-se à margem da sociedade urbana, habitando as mais variadas localidades, com suas
diferentes estruturas geomorfológicas presentes em todo o sertão nordestino.
Para finalizar, a violência social é retratada com as mortes dos cangaceiros sem
julgamentos e a mando do estado, onde há uma piedade popular aos cangaceiros, pelas mortes
trágicas que tiveram. Essa piedade popular é expressada pelos sujeitos que seguem os ritos do
catolicismo popular, no sentido da comoção pelo sofrimento das horas finais, pois acreditam
que todas as pessoas, após sua morte, têm o direito de serem enterradas dignamente e que os
pecados cometidos fica a encargo do(a) pecador(a) prestar contas a Deus. A morte trágica
apresenta-se como a “absolvição” desses sujeitos por parte da sociedade, pois deveriam ser
punidos pelos crimes cometidos, mas tinham o direito de receber o perdão em vida ou na
morte, podendo conferir ao cangaceiro um status de mártir.
Esses ataques, que vinham acontecendo nas cidades nordestinas, geravam pesadelos e
calafrios na população, bastava a notícia de que os cangaceiros estavam próximos da cidade
para que a vida normal se alterasse, segundo o autor Petrônio Domingues, em casos extremos
suspendiam-se o dia de trabalho, encerravam-se festas e até enterros, com isso as forças
policiais reforçavam a segurança da população e agiam contra os bandos de cangaceiros.
Líderes
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Quando o contexto é o cangaço, não podemos deixar de citar nomes importantes que
marcaram a sua trajetória e ascensão no Nordeste brasileiro, entre todos os nomes, alguns
ficaram em evidência, como por exemplo, Antônio Silvino, Sinhô Pereira, Ângelo Roque e
Jararaca, porém nem uma dessas figuras ganhou tanta popularidade como: Virgulino Ferreira,
o vulgo Lampião.
Segundo Domingues, no ano de 1926 Lampião estreou no cangaço, percorrendo com
seu bando de salteadores, diversos estados nordestinos, agindo como um fora da lei, vivia da
violência, intimidando, roubando fazendas, povoados e vilas; praticando “justiçamento”,
estuprando mulheres e fazendo prisioneiros. Ele se tornou uma figura muito respeitada, tinha
também muitos informantes que o protegiam, negociava com fazendeiros, políticos e
autoridades locais, chegava a levar uma vida pública fora do comum. “Sabe-se
suficientemente bem que Lampião andava muito e que não parava em parte alguma”.
(VILLELA, 1995, p.8).
Nessa etapa da análise sobre o cangaço, o autor Petrônio Domingues utiliza de alguns
trechos de um livro póstumo, composto por uma série de crônicas realizadas por Graciliano
Ramos, crônicas que foram publicadas entre as décadas de 1920 e 1950. Alguns aspectos de
Lampião e seus “cabras” não haviam sido passadas despercebidas pelo autor, assim realizar
tal obra foi de extrema importância para a análise comportamental dos indivíduos que faziam
parte do bando de Lampião e também a análise do próprio, como figura terrível e assustadora.
[...] “um sujeito “imensamente forte, alourado, vermelhaço, de olho mau”. Esse
sujeito teria dito que “todas as vezes que praticava um homicídio abria a carótida da
vítima e bebia um pouco de sangue”. (DOMINGUES, 2017, p. 4)
Com essa fama de terrível, Lampião se tornou objeto de temor e de respeito de uma
vasta região, ele era uma espécie de “bandido-guerrilheiro” da caatinga, e foi capaz de
enganar e vencer forças policiais diversas vezes, usando tantas formas habilidosas nas suas
escapatórias, que o povo do sertão chegava a acreditar que ele possuía poderes milagrosos,
alvo de muitas curiosidades por causa de sua aparência, sua cartucheira, chamava a atenção:
tinha dois palmos de largura e continha quatro fileiras de cartuchos, e duas mais de botões de
ouro e prata, essa descrição demonstra um ser que impunha respeito, sempre bem vestido e
apresentável aos olhos curiosos, “temido e destemido”, assim fazia seu feitio diante de todos.
Outra figura bastante conhecida no cangaço, era Christino Gomes da Silva Cleto,
conhecido como: “Corisco ou Diabo Louro, braço direito e homem de confiança de Lampião,
era ainda mais terrível que o próprio chefe e se destacou por sua coragem e crueldade. No
texto é relatado uma de suas “aventuras” e de seu bando, ocorrida por volta de 1930, os
cangaceiros prenderam Domiciano, o tabelião da então vila de Curaça, no estado da Bahia,
estipularam seu resgate em cinco contos de réis e mesmo a família do refém pagando a
importância estipulada, Corisco e seus cabras mataram Domiciano, sangraram o infeliz e o
esquartejaram, espalharam seus restos mortais por toda cidade, essa é apenas uma das
atrocidades cometidas por Corisco, o cabra tinha sangue nos olhos quando se tratava de
aniquilar o inimigo, o autor Graciliano Ramos definiu Corisco como um “pequeno monstro”,
“violento e bruto”
forma de melhorar de vida. Haviam também outras variadas motivações para ingressar no
cangaço: muitos indivíduos ingressaram no cangaço motivados por injustiça, se naquela terra
de ninguém entre a polícia e os cangaceiros, parte da população sertaneja se alistava na
polícia, enquanto outra parte, com medo da polícia, ou tendo sofrido em suas mãos, tornava-se
bandoleiros e também tinha aqueles indivíduos que escolhiam a vida no cangaço como meio
de poder se vingar de algum crime cometido contra sua família por um inimigo pessoal ou por
uma família rival.
Como toda história tem um ponto final, o fim desses dois indivíduos se deu de forma
trágica. Na madrugada do dia 28 de julho de 1938, o bando de Lampião foi pego de surpresa
por um ataque das tropas volantes (polícia), seu líder temido foi atingido por três tiros e
faleceu no local, seu cadáver foi decapitado e sua cabeça foi levada para diferentes locais em
exibição de sua morte. Já em 1940, Corisco o homem de confiança de Lampião, foi
surpreendido, mas não se entregou, dizendo a Rufino que não era homem de se entregar, foi
metralhado na barriga, deixando seu intestino fora do abdômen, até em seu fim manteve sua
raiz de “cabra macho”, morrendo com honra.
Em sua obra Petrônio Domingues utiliza uma frase do autor Graciliano Ramos
presente no livro “Viventes das Alagoas”, que define bem essas duas figuras importantes para
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o cangaço: “Virgulino Ferreira [Lampião], um mulato, almocreve, analfabeto. [Já Corisco era
esta] figura sinistra. Um branco degenerado” – Graciliano Ramos (1975, p. 132, 148).
De acordo com a autora, o código Civil de 1916 destituiu as mulheres dos direitos
políticos e civis, as mulheres não podiam vender os seus bens ou contrair empréstimos, para
desempenhar trabalho remunerado, as mulheres casadas deveriam obter autorização do marido
reconhecida em cartório, que poderia ser revogada a qualquer momento. Para Freitas (2005) o
ingresso das mulheres no cangaço coincide com a luta pela emancipação feminina em um
âmbito mais geral, já que o cangaço se configurava numa oportunidade das mulheres saírem
dos padrões convencionais estabelecidos pela sociedade, podendo conquistar outros espaços
além da esfera privada do lar, além disso, sugere que elas poderiam “escolher livremente”
seus parceiros sem a interferência dos acordos familiares. “Contudo, cabe ressaltar que a
incorporação feminina no cangaço nem sempre se pautava na espontaneidade; em alguns
casos a coerção e o medo foram os fios condutores. (FREITAS, 2005, p. 120).
Freitas (2005) menciona três formas de ingresso das mulheres no cangaço, a primeira
se refere ao ingresso voluntário, como no caso de Maria Bonita, houve também a inserção
como resultado de uma ação violenta e do rapto, baseada no uso da coerção e do terror, como
nos casos de Dadá e de Sila, mulheres que foram privadas abruptamente do convívio dos seus
familiares convivendo com o medo de retaliações, ou ainda o caso de mulheres casadas que se
sujeitaram a marginalidade do cangaço, visando proteção em virtude das perseguições das
volantes.
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Segundo Câmara e Câmara (2015) Maria Bonita conheceu Lampião aos 19 anos
“Lampião continuou a visitá-la e cortejá-la durante um ano, até que ela se decidiu a deixar o
marido e segui-lo” (CÂMARA; CÂMARA, 2015, p. 63). Segundo os autores, Lampião lutou
contra seus próprios instintos quando decidiu incorporar Maria Bonita ao bando, sendo
desaconselhado até por Pe. Cícero. Ele também teria enfrentado o descontentamento de seus
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homens. Câmara e Câmara (2015) mencionam que Lampião nunca foi um sedutor, ao
contrário, era tido por muitos como um asceta, tímido, foi vencido pelo amor recalcado.
Segundo Freitas (2005) Maria Bonita foi a primeira mulher a ingressar no cangaço em
meados de 1930, provocando mudanças significativas em seu interior. A partir desse
momento mais de 30 mulheres participaram da vida dos bandos. Segundo a autora durante a
sua vida no bando, Maria Bonita sofreu vários abortos, uma única filha sobreviveu (Expedita
Ferreira Nunes) que foi criada pelo coiteiro Manoel Severo. A criança foi por eles visitada
algumas vezes e seguiu sendo criada por sua família adotiva depois da morte de seus genitores
e longe dos riscos constantes da morte certa na caatinga.
Maria Bonita morreu em 28 de julho de 1938, após um ataque surpresa de policiais ao
local de esconderijo do bando, na fazenda Angicos, no sertão de Sergipe. Ela foi baleada e não
resistiu. Freitas (2005) relaciona que de acordo com os padrões morais que vigoravam na
sociedade brasileira da época, Maria Bonita pode ser qualificada como adúltera e bandida por
sua conduta duplamente marginal. Primeiro, ao abandonar o marido com quem havia
contraído matrimônio, e depois por juntar-se a um fora da lei, sendo sem dúvida a figura mais
conhecida e divulgada dentre todas as mulheres que vivenciaram a experiência do cangaço.
Segundo Freitas (2005) em suas falas Dadá relata o pavor que tinha de Corisco no
começo: “Quando Corisco me procurava nas noites, parecia que eu ia morrer, não sabia o que
era de ser de mim.” (DADÁ apud FREITAS, 2005, p. 160). Mas, com o tempo, o sentimento
por ele foi se transformando: “Que horror quando aquele homem chegava. Naquela condição
eu fui pegando amor a ele acabou com meu amor por mais ninguém. Queria bem....” (DADÁ
apud FREITAS, 2005, p. 160). Dadá ressalta que no início não tiveram amor de namorados,
mas que este sentimento cresceu e se solidificou ao longo do convívio com Corisco.
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Freitas (2005) ao analisar as entrevistas de Dadá, descreve que a forma como Corisco
a tratava, com educação, paciência e assegurando-lhe proteção, levou a apegar-se tais
qualidades, e que depois da gravidez, sua relação com o companheiro tornou-se mais afetiva,
ao ter de entregar os filhos a coiteiros, ao todo, três filhos. Já a relação de Dadá com os outros
membros do Cangaço era fria, ela adotava uma postura rígida e, quando necessário, até ácida.
Essa foi a fórmula que encontrou para ser respeitada pelos bandoleiros. E depois que Corisco
perdeu firmeza nos braços (resultado de ferimento por projéteis de armas de fogo), passou a
lutar e a comandar tiroteios.
Dadá destacou-se no cangaço por ser uma mulher destemida e dedicada ao seu
companheiro. De acordo com Freitas (2005) após o cangaço, Dadá reconstruiu sua vida
casando-se com Alcides, com quem viveu trinta e cinco anos. Ela conseguiu cumprir a missão
de sepultar a cabeça de Corisco com o resto de seus ossos. Para tanto, travou uma luta com o
Museu Nina Rodrigues/Bahia, que insistia em ficar com a cabeça para realizar pesquisas. O
sepultamento da cabeça de Corisco ocorreu em 13 de fevereiro de 1969, no Cemitério de
Quintas do Lázaro em Salvador/BA, vinte e nove anos após a sua morte.
Ilda Ribeiro de Souza, conhecida como Sila, conforme Freitas (2005) nasceu em 26 de
outubro de 1924, na fazenda Recurso, localizada na cidade de Poço Redondo, Sergipe. Ficou
órfã precocemente, pois sua mãe faleceu quando tinha apenas seis anos e o seu pai aos treze
anos de idade, ficando sob os cuidados dos irmãos. Em fins do cangaço integrou o bando de
Zé-Sereno, outro homem de confiança de Lampião. Assim como Dadá, Sila sobreviveu ao
cangaço e registrou em três livros e em vídeo sua biografia e experiência no bando.
Segundo Freitas (2005) Sila foi raptada em meados de 1936, pelo cangaceiro Zé-
Sereno não tendo opção, pois se ela não o acompanhasse toda sua família sofreria retaliações,
permanecendo no cangaço até a morte de Lampião. Sila, juntamente com seu companheiro,
entregaram-se à polícia em 1940 na Bahia, sob garantia de anistia do Presidente da República,
Getúlio Vargas. No ano de 1946, Sila e o marido, se fixaram na cidade de São Paulo e
começaram ali uma nova vida. Ela ajudava no orçamento com suas costuras e todos os
trabalhos que apareciam, já que Zé-Sereno teve dificuldades para arrumar trabalho, vivendo
por muito tempo fazendo bicos, até arrumar emprego de vigia numa fábrica. Sila permaneceu
ao lado de Zé-Sereno até a sua morte em 1981.
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De acordo com Freitas (2005), tendo em vista que as mulheres do início do século XX
estavam submetidas às instituições e ao Código Civil, as cangaceiras representaram a
desordem e a falta de harmonia. Diante disso, no momento em que as mulheres se deslocam
de uma posição construída para complementar o masculino, para uma posição de produtoras
de significados, elas desestruturam todos esses padrões discursivos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
CÂMARA, Yls Rabelo; CÂMARA Yzy Maria Rabelo. Maria Bonita e Dadá: uma breve
releitura do cangaço por meio da presença determinante do elemento feminino. Revista
Entrelaces: ano IV, nº5, maio, 2005.