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O cangaço foi uma forma de banditismo social ocorrida no Nordeste do Brasil entre os anos
de 1830 e 1940. O termo “cangaço” provém de uma peça de madeira utilizada na cabeça do
gado para fins de transporte, visto que os cangaceiros eram seminômades carregando
muitos pertences.
Os cangaceiros viviam em bando com roupas de couro, rifles e facas peixeiras saqueando
fazendas, sequestrando e matando fazendeiros, e impondo respeito por onde passavam.
Eles viveram em um contexto em que a população passava por grandes necessidades
devido à seca na região e a fome que assolava, enquanto os coronéis — grandes
proprietários de terras, fazendeiros — dominavam ditatorialmente.
Nessa época, a região semiárida do Nordeste brasileiro era governada pelos coronéis,
políticos da região que também eram grandes e ricos fazendeiros. Em paralelo, as
condições naturais de seca e falta de alimentos levavam uma grande parte da população à
fome e miséria. Dentro desse cenário, surgem os grupos cangaceiros, que através de atos
de crime e violência ganhavam a vida.
"É importante destacar que existem diferentes visões sobre o cangaço na historiografia
brasileira:
O primeiro grupo cangaceiro se organizou por volta de 1828, liderado por Lucas
Evangelista, que agiu na região de Feira de Santana (Bahia) até ser capturado e morto em
1848.
Outro dos primeiros grupos foi o liderado por Jesuíno Brilhante, que a partir de 1870
praticou diversos crimes na região da cidade de Patu, entre os estados de Rio Grande do
Norte e Paraíba.
O mais famoso desses grupos foi o liderado por Virgulino Ferreira, conhecido como
Lampião, considerado o “rei do cangaço”, atuante entre as décadas de 1920 e 1930 em
todos os estados do Nordeste.
O último dos grupos cangaceiros foi o liderado por Corisco, também conhecido como “Diabo
Louro”, ex-membro do grupo de Lampião, morto em 1940. O último membro do grupo de
Lampião, no entanto, morreu com 97 anos de idade em 2014, seu nome era José Alves de
Matos."
Maria Gomes de Oliveira, conhecida como Maria Bonita, era uma mulher casada quando
conheceu Lampião. Em 1929, Maria Bonita se tornou amante de Lampião e fugiu com o
cangaceiro, ingressando no seu bando. Apesar da estrutura machista do movimento e da
sociedade da época, Maria Bonita era respeitada dentro do bando. Juntos, tiveram uma
filha, chamada Expedita Gomes de Oliveira Ferreira, que supostamente foi separada dois
pais devido às regras do bando e criada por um casal amigo."
"Morte de Lampião
Na época, o grupo contava com cerca de 34 membros, dos quais 11 morreram nos
primeiros minutos, inclusive Lampião. Poucos membros do grupo conseguiram escapar e
sobreviveram, enquanto o restante foi decapitado e teve seus bens apreendidos pelos
policiais. As cabeças dos cangaceiros mortos foram expostas em praça pública, na cidade
de Piranhas, Alagoas."
Legado Cultural