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O

GRANDE
LIVRO
DA
LEI
2

1ª Edição – Salvador – BA, 2011

Este Livro é parte integrante da ARCA SAGRADA,


cujos direitos de copyright são reservados à Organização Científica
de Estudos Materiais, Naturais e Espirituais (OCIDEMNTE – 7º CDE),
que permite e estimula a sua reprodução, desde que citada a fonte.
3

APRESENTAÇÃO

Se observarmos bem a Grande Obra Divina do Grande Arquiteto do Universo,


podemos verificar que ela é composta de três obras, a saber: a Obra Universo, a Obra
Planeta e a Obra Homem, obras estas que excitam a nossa inteligência a viver indagando
quanto a tal criação, a partir de nós mesmos, Seres Humanos.
Isto porque, a razão não se recusa a aceitar a teoria de que nós, Seres Humanos,
concentramos em nós mesmos a Totalidade da Existência; portanto, não devemos ter
dificuldade de, em nosso processo evolutivo, compreendermos o fato de que neste
Universo, do qual somos parte integrante, nada existe isolado, pois todos nós vivemos
inextricavelmente relacionados. Além disso, devemos compreender que muito importa
sabermos como absorver, em nós mesmos, o valor significativo real das relações. Para
tanto, devemos ter sempre em mente o fato de que temos o dever moral de pesquisar e
analisar, até compreender, todo conhecimento que importe para a nossa evolução, bem
como praticar, até sentir, em nós mesmos, o que sabemos, para evoluirmos cada vez
mais abreviadamente. Porquanto, o legado da evolução não é outro senão a liberdade.
O que leva a humanidade de um planeta ao sofrimento, à dúvida e à incerteza é,
entre outros fatores, a falta de espiritualização, a ignorância, o esquecimento e/ou a
inobservância às Leis Invioláveis da Natureza, causas primárias da maioria de suas
quedas e fracassos.
Sabemos que todo tipo de trabalho acarreta dificuldades e responsabilidades,
sobretudo aquele ligado ao estudo do esoterismo, cujos empecilhos se transformam em
verdadeiras muralhas, devido ao estado de negatividade em que, porventura, possa se
encontrar o Orbe em que nos encontramos habitando. Mas essas barreiras podem ser
vencidas pela persistência nos estudos teórico/práticos, fixando a atenção nos
ensinamentos transmitidos e praticando a reflexão meditativa sobre os mesmos, a fim de
que esses ensinamentos possam ser colocados na prática diária de nossas vidas.
Este livro, parte da ARCA SAGRADA, se refere a uma coletânea de monografias
relativas à relação íntima que existe entre As Três Potências Realizadoras do Universo:
Deus x A Natureza x O Homem. Busca, stricto sensu, ser livro-base para estudos
rotineiros teórico/práticos de sessões da nossa Ordem, integrando harmoniosamente
conhecimentos doutrinários, filosóficos e científicos. Além disso, lato sensu, tem como fim
ser uma seta, direcionando o Ser Humano à sua meta: a busca individual à evolução
abreviada consciente, segundo a compreensão de valores insofismáveis, caracterizados
por códigos perenes e imutáveis de Leis Naturais que regem o Universo. Afinal, é
factualmente perceptível de que no Universo tudo são Leis. Dentro delas tudo é bem,
porém, fora das mesmas, nada é definitivo ou seguro. Logo, para que nós possamos
viver felizes e equilibrados, enfim, integrados com este Universo do qual somos parte
integrante, nos é essencialmente necessário, bem como racionalmente justificável, o
conhecimento, sentimento e uso dessas Leis como um eterno e sempre novo padrão de
ação no nosso dia-a-dia de realizações.
Assim como a evolução tem como objeto maior a libertação, identificação, enfim, a
iluminação do Ser Humano, também a nossa Ordem tem como fim mor a divinização, a
virtuosidade, enfim, a felicidade da humanidade, a partir de seus membros, em suas
individualidades. Para tanto, a nossa Ordem imita a humanidade. Ela não é uma simples
associação fraternal, que escolhemos para sermos membros com o direito de entrar ou
sair quando bem entendermos, mas, sim, uma irmandade da qual somos membros,
mesmo antes de nascermos. Daí porque temos o direito de rescindir nosso direito de ser
membro, mas nunca o de ser irmão.

Desejamos discernimento, iniciativa e realizações.


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SUMÁRIO

CAPÍTULO I - Reflexões acerca das Três Potências Realizadoras Do Universo: Deus, A Natureza e O Ser
Humano, segundo os fundamentos das Leis Naturais que regem O Universo. ......................................................... 15
1 CULTO AO IMUTÁVEL ......................................................................................................................................... 15
2 INICIAÇÃO À CONSCIÊNCIA ESPIRITUAL ......................................................................................................... 18
3 ESPIRITUALIZAR-SE ............................................................................................................................................. 22
4 INCENTIVO À CULTURA ESPIRITUAL................................................................................................................ 23
5 O CONHECIMENTO IDENTIFICA O SER HUMANO COM AS LEIS.................................................................. 25
6 A RAZÃO................................................................................................................................................................. 26
7 CRENÇA EM UM SER SUPREMO......................................................................................................................... 27
8 CRENÇA NA LEI DE MEDIUNIDADE .................................................................................................................. 28
9 CRENÇA NA LEI DE IMORTALIDADE................................................................................................................. 29
10 JURAMENTO E SIGILO....................................................................................................................................... 31
11 DIÁLOGO INICIÁTICO......................................................................................................................................... 32

CAPÍTULO II - Quanto às Três Potências Realizadoras do Universo: Deus, A Natureza e O Ser Humano,
segundo as Leis Divinas, as Leis Universais, enfim, as Leis Naturais que regem o Universo. ................................ 41
1 AS TRÊS POTÊNCIAS REALIZADORAS DO UNIVERSO..................................................................................... 41

CAPÍTULO III - Quanto à 1ª Potência Realizadora do Universo: Deus, A Vida das Leis Universais ................... 42
1 DEUS....................................................................................................................................................................... 42
2 DEUS, A DIVINA LEI ............................................................................................................................................. 44
3 A VIDA .................................................................................................................................................................... 45
4 VIDA II .................................................................................................................................................................... 45
5 MANIFESTAÇÕES DE DEUS NO SER HUMANO ................................................................................................ 46
6 MANIFESTAÇÕES DE DEUS NO SER HUMANO II ............................................................................................ 47

CAPÍTULO IV - Quanto à 2ª Potência Realizadora do Universo: A Natureza, As Leis Divinas, As Leis


Universais, enfim, As Leis Naturais que regem O Universo ....................................................................................... 48
1 A NATUREZA, AS LEIS UNIVERSAIS.................................................................................................................... 48
2 A NATUREZA REAL ............................................................................................................................................... 49
3 A ESCADA SIMBÓLICA ......................................................................................................................................... 50
4 A SIMBOLOGIA DOS NÚMEROS ......................................................................................................................... 50
5 O UNIVERSO (0) .................................................................................................................................................... 51
6 A UNIDADE DIVINA (1) ........................................................................................................................................ 52
7 O EQUILÍBRIO (2) ................................................................................................................................................. 52
8 A TRINDADE (3) .................................................................................................................................................... 53
9 COMPRIMENTO, LARGURA, PROFUNDIDADE E QUADRATURA (4) ............................................................ 53
10 AS CINCO FORÇAS DA NATUREZA (5) ............................................................................................................. 54
5

11 A CRIAÇÃO (6) ..................................................................................................................................................... 55


12 A EVOLUÇÃO (7) ................................................................................................................................................. 55
13 A GERAÇÃO (8).................................................................................................................................................... 56
14 A PERFEIÇÃO (9) ................................................................................................................................................ 57
15 A SIMBOLOGIA CABALÍSTICA DA PALAVRA ESOTÉRICO............................................................................. 57
16 A SIMBOLOGIA CABALÍSTICA DA PALAVRA “EXOTÉRICO”........................................................................ 58
17 NA CASA DE NOSSO PAI .................................................................................................................................... 59
18 OS ÉTERES OU TATWAS..................................................................................................................................... 59
19 A NATUREZA DAS VIBRAÇÕES DOS ÉTERES.................................................................................................. 60
20 OS ÉTERES E SUAS PARTICULARIDADES ....................................................................................................... 61
21 O APAS.................................................................................................................................................................. 62
22 A SIMBOLOGIA DO APAS................................................................................................................................... 62
23 O PRÍTHIVI........................................................................................................................................................... 63
24 A SIMBOLOGIA DO PRÍTHIVI............................................................................................................................ 63
25 O VAYÚ................................................................................................................................................................. 64
26 A SIMBOLOGIA DO VAYÚ .................................................................................................................................. 65
27 O TEJAS ................................................................................................................................................................ 65
28 A SIMBOLOGIA DO TEJAS ................................................................................................................................. 66
29 O PRANA............................................................................................................................................................... 66
30 A SIMBOLOGIA DO PRANA................................................................................................................................ 67
31 A ENERGIA CÓSMICA......................................................................................................................................... 68
32 A SIMBOLOGIA DA ENERGIA CÓSMICA.......................................................................................................... 68
33 A ENERGIA NEGATIVA ....................................................................................................................................... 69
34 A SIMBOLOGIA DA ENERGIA NEGATIVA ........................................................................................................ 70
35 O REINO MINERAL ............................................................................................................................................. 70
36 O REINO VEGETAL ............................................................................................................................................. 71
37 O REINO ANIMAL................................................................................................................................................ 71
38 O REINO HOMINAL............................................................................................................................................. 72
39 PLANO E CORPO MATERIAL............................................................................................................................. 73
40 A SIMBOLOGIA DO PLANO MATERIAL............................................................................................................ 73
41 PLANO E CORPO ASTRAL.................................................................................................................................. 74
42 A SIMBOLOGIA DO PLANO ASTRAL................................................................................................................. 74
43 PLANO MENTAL - CORPO ADÂMICO............................................................................................................... 75
44 A SIMBOLOGIA DO PLANO MENTAL ............................................................................................................... 75
45 PLANO BÚDHICO - CORPO LEMURIANO ATLANTE...................................................................................... 76
46 A SIMBOLOGIA DO PLANO BHÚDICO............................................................................................................. 77
47 PLANO NIRVÂNICO - CORPO ARIANO............................................................................................................. 77
48 A SIMBOLOGIA DO PLANO NIRVÂNICO.......................................................................................................... 78
6

49 PLANO PARANIRVÂNICO - SEXTO CORPO ..................................................................................................... 78


50 A SIMBOLOGIA DO PLANO PARANIRVÂNICO ................................................................................................ 79
51 PLANO MAHAPARANIRVÂNICO - SÉTIMO CORPO ........................................................................................ 80
52 A SIMBOLOGIA DO PLANO MAHAPARANIRVÂNICO ..................................................................................... 80
53 O PLANO KAMALOKA ........................................................................................................................................ 81
54 O REINO DAS ENERGIAS ................................................................................................................................... 82
55 NORMA ................................................................................................................................................................. 82
56 LEI......................................................................................................................................................................... 83
57 A LEI É JUSTA, POIS SE BASEIA EM DIREITOS E DEVERES ......................................................................... 84
58 AS LEIS NATURAIS / UM CONVITE AO BANQUETE DA REALIDADE PELA CONSCIÊNCIA ...................... 85
59 A SIMBOLOGIA CABALÍSTICA DA LEI ............................................................................................................. 86
60 AS LEIS MATERIAIS E NATURAIS...................................................................................................................... 87
61 LEI DE NECESSIDADE ....................................................................................................................................... 88
62 LEI DE REENCARNAÇÃO ................................................................................................................................... 89
63 LEI DE IMORTALIDADE..................................................................................................................................... 90
64 LEI DO KARMA - CAUSA E EFEITO .................................................................................................................. 90
65 LEI DE CAUSAS E EFEITOS ............................................................................................................................... 93
66 LEI DE CARIDADE .............................................................................................................................................. 93
67 LEI DE LIBERDADE ............................................................................................................................................ 94
68 LEI DE MEDIUNIDADE ...................................................................................................................................... 94
69 LEI DE EQUILÍBRIO ........................................................................................................................................... 95
70 LEI DE TRABALHO E PROGRESSO ................................................................................................................... 95
71 LEI DE ATRAÇÃO E REPULSÃO ........................................................................................................................ 96
72 LEI DE CONSERVAÇÃO E DESTRUIÇÃO ......................................................................................................... 96
73 LEI DE COESÃO E AFINIDADE ......................................................................................................................... 97
74 LEI DE COMPRESSÃO ........................................................................................................................................ 97
75 LEI DE AMOR E MORAL..................................................................................................................................... 98
76 LEI DE IGUALDADE ........................................................................................................................................... 99
77 LEI DOS CONTRASTES E CONFRONTOS ....................................................................................................... 100
78 LEI DE CRIATIVIDADE..................................................................................................................................... 100
79 ENERGIAS I........................................................................................................................................................ 107
80 ENERGIAS II....................................................................................................................................................... 108
81 ENERGIA E MATÉRIA ....................................................................................................................................... 110
82 MATÉRIA E MOLÉCULA................................................................................................................................... 111
83 AS MOLÉCULAS ................................................................................................................................................ 111
84 A TEORIA DA EVOLUÇÃO DA MATÉRIA........................................................................................................ 112
85 ÁTOMOS ............................................................................................................................................................. 112
86 O ÁTOMO REAL................................................................................................................................................. 113
7

87 PRÓTON E POSITRON ...................................................................................................................................... 113


88 PARTÍCULAS INTERATÔMICAS....................................................................................................................... 114
89 BOMBARDEAMENTO DO NÚCLEO ................................................................................................................ 114
90 ORIGEM DOS PRÓTONS E ELÉTRONS........................................................................................................... 115
91 TRANSFORMAÇÕES ATÔMICAS ..................................................................................................................... 115
92 TRANSFORMAÇÕES NATURAIS ...................................................................................................................... 116
93 COMO SE FORMA UM GLOBO........................................................................................................................ 116
94 TRANSFORMAÇÃO PLANETÁRIA.................................................................................................................... 117
95 GRAVIDADE....................................................................................................................................................... 118
96 SOBRE AS NAVES ESPACIAIS .......................................................................................................................... 118
97 HEREDITARIEDADE ......................................................................................................................................... 119

CAPÍTULO V - Quanto à 3ª Potência Realizadora do Universo: O Ser Humano, repouso e representação das
Leis Universais .............................................................................................................................................................. 120
1 O SER HUMANO, REPOUSO E REPRESENTAÇÃO DAS LEIS UNIVERSAIS .................................................. 120
2 O ESPÍRITO.......................................................................................................................................................... 122
3 A ALMA ................................................................................................................................................................. 123
4 O CORPO FÍSICO ................................................................................................................................................ 124
5 O PERISPÍRITO.................................................................................................................................................... 125
6 O SER HUMANO .................................................................................................................................................. 126
7 O SER HUMANO / A VIDA................................................................................................................................... 127
8 O PRUMO E A LINHA DO PRUMO .................................................................................................................... 128
9 A LINHA DO PRUMO ......................................................................................................................................... 129
10 A INDIVIDUALIDADE DA ALMA .................................................................................................................... 129
11 AUTOCONSCIÊNCIA DA ALMA ...................................................................................................................... 130
12 PROCEDIMENTOS DA ALMA........................................................................................................................... 131
13 PROVAÇÕES ...................................................................................................................................................... 132
14 O SER HUMANO, ESTA TRINDADE CONSCIENTE ADORMECIDA.............................................................. 132
15 QUEM FAZ AFINAL O DESTINO DOS SERES HUMANOS?........................................................................... 135
16 A FORÇA DO SER HUMANO ............................................................................................................................ 137
17 ONDE ESTA A FORÇA DO SER HUMANO? .................................................................................................... 137
18 PLEXOS .............................................................................................................................................................. 139
19 A AURA DO SER HUMANO............................................................................................................................... 140
20 O SENTIMENTO DO SER HUMANO ................................................................................................................ 141
21 O SENTIMENTO INTERIOR, A VERDADEIRA SABEDORIA DO SER HUMANO .......................................... 142
22 A REAL HISTÓRIA DO SER HUMANO NA TERRA .......................................................................................... 143
23 A SIMBOLOGIA CABALÍSTICA DO SER HUMANO ........................................................................................ 144
24 RECEBER............................................................................................................................................................ 145
25 QUERER II.......................................................................................................................................................... 145
8

26 EXERCÍCIO AOS ÓRGÃOS FÍSICOS ................................................................................................................ 146


27 PERCEBER ......................................................................................................................................................... 147
28 SABER .................................................................................................................................................................. 147
29 PASTO AO INTELECTO..................................................................................................................................... 148
30 NECESSIDADE................................................................................................................................................... 148
31 A SIMBOLOGIA CABALÍSTICA DA NECESSIDADE ....................................................................................... 149
32 O PLEXO HIPOGÁSTRICO ............................................................................................................................... 150
33 PERCEPÇÕES INSTINTIVAS (Principalmente a Gustação) ............................................................................. 150
34 PRODUÇÃO DE SENSAÇÕES........................................................................................................................... 151
35 IMPULSIONADO PELAS LEIS .......................................................................................................................... 151
36 A PRÁTICA É NECESSÁRIA EM TODAS AS COISAS....................................................................................... 152
37 VONTADE........................................................................................................................................................... 157
38 O PLANO ASTRAL, CAUSAL, MÉDIO OU DAS FORMAS ............................................................................... 157
39 O PLEXO CARDÍACO........................................................................................................................................ 158
40 PERCEPÇÕES OBJETIVAS (Principalmente a Olfação) .................................................................................. 158
41 DISCIPLINA DO PENSAMENTO....................................................................................................................... 159
42 USO DA IMAGINAÇÃO COM CONSCIÊNCIA ................................................................................................. 160
43 DESDOBRAMENTO ........................................................................................................................................... 160
44 DESDOBRAMENTO II ....................................................................................................................................... 161
45 IMAGINAÇÃO .................................................................................................................................................... 162
46 A SIMBOLOGIA CABALÍSTICA DA IMAGINAÇÃO ......................................................................................... 162
47 O PLEXO FRONTAL .......................................................................................................................................... 163
48 PERCEPÇÕES PSICO-FISIOLÓGICAS (Principalmente o Tato)..................................................................... 163
48 DESENVOLVIMENTO DA MENTE ................................................................................................................... 164
50 INTELIGÊNCIA .................................................................................................................................................. 164
51 O CHACRA CORONÁRIO .................................................................................................................................. 165
52 PERCEPÇÕES MAGNÉTICAS (Principalmente a Visão).................................................................................. 166
53 DESENVOLVIMENTO DO INTELECTO ........................................................................................................... 167
54 ORIENTANDO E ESTUDANDO ........................................................................................................................ 167
55 OBSESSÃO.......................................................................................................................................................... 168
56 OBSESSÃO - DUPLA PERSONALIDADE ......................................................................................................... 170
57 VISUALIZAÇÃO DA MATÉRIA.......................................................................................................................... 170
58 VERDADE........................................................................................................................................................... 171
59 VERDADE II ....................................................................................................................................................... 171
60 O PLEXO BRAQUIAL......................................................................................................................................... 172
61 PERCEPÇÕES MENTAIS PURAS (Principalmente a Audição) ........................................................................ 173
62 VITALIDADE E FORÇAS - EQUILÍBRIO À MATÉRIA..................................................................................... 174
63 INTELIGÊNCIA COM SENTIMENTO ............................................................................................................... 174
9

64 RESPIRAÇÃO ..................................................................................................................................................... 175


65 INTERPENETRAÇÃO DA MATÉRIA ................................................................................................................. 176
66 CONSCIÊNCIA ................................................................................................................................................... 176
67 CONSCIÊNCIA II................................................................................................................................................ 177
68 O CHACRA SAGRADO....................................................................................................................................... 181
69 PERCEPÇÕES DA ALMA - PENSAMENTO...................................................................................................... 182
70 PROCRIAÇÃO .................................................................................................................................................... 183
71 DIRECIONANDO O PENSAMENTO COM INTELIGÊNCIA ............................................................................ 184
72 CIÊNCIA ............................................................................................................................................................. 184
73 O CHACRA UMBILICAL.................................................................................................................................... 185
74 PERCEPÇÕES DO ESPÍRITO - CRISTO/INTUIÇÃO ....................................................................................... 186
75 VIDA - A TRINDADE.......................................................................................................................................... 186
76 CONSCIÊNCIA LIGADA À VERDADE.............................................................................................................. 187
77 CONCEBER ........................................................................................................................................................ 187
78 PODER................................................................................................................................................................ 188
79 MORALIZAR-SE ................................................................................................................................................. 189
80 ESPIRITUALIZAR-SE ......................................................................................................................................... 189
81 SENTIR................................................................................................................................................................ 190
82 O ORGULHO....................................................................................................................................................... 191
83 A FORTALEZA.................................................................................................................................................... 192
84 SENTIMENTO - LUZ .......................................................................................................................................... 192
85 CRENÇA............................................................................................................................................................... 193
86 DISCIPLINA, OBEDIÊNCIA, LIBERDADE E UNIÃO ...................................................................................... 193
87 EM BUSCA DO IMUTÁVEL I ............................................................................................................................ 195
88 AS PORTAS DO CÉU ......................................................................................................................................... 196
89 SINCERIDADE, FRATERNIDADE, REENCARNAÇÃO E IMUTABILIDADE.................................................. 196
90 DA EMOÇÃO, INTENÇÃO, SENTIMENTO, DESEJO E DETERMINISMO ..................................................... 197
91 CIÚME ................................................................................................................................................................ 198
92 VÍCIOS ................................................................................................................................................................ 199
93 A SIMBOLOGIA DOS VÍCIOS ........................................................................................................................... 199
94 VIRTUDES .......................................................................................................................................................... 200
95 A SIMBOLOGIA DAS VIRTUDES ...................................................................................................................... 201
96 A NECESSIDADE EXIGE, A RAZÃO JUSTIFICA E O SENTIMENTO DITA ................................................... 201
97 GRAU DE APRENDIZ ........................................................................................................................................ 202
98 GRAU DE APRENDIZ - INICIAÇÃO ................................................................................................................. 203
99 ALIMENTAÇÃO.................................................................................................................................................. 204
100 DECEPÇÃO - DOR - SOFRIMENTO............................................................................................................... 205
101 FASCINAÇÃO - FANATISMO .......................................................................................................................... 205
10

102 FANATISMO ..................................................................................................................................................... 206


103 FANATISMO II ................................................................................................................................................. 206
104 FASCINAÇÃO ................................................................................................................................................... 207
105 FASCINAÇÃO II ............................................................................................................................................... 208
106 A LÓGICA DA VIDA......................................................................................................................................... 208
107 O PERDÃO ....................................................................................................................................................... 212
108 O DESTINO....................................................................................................................................................... 213
109 A SIMBOLOGIA CABALÍSTICA DO DESTINO............................................................................................... 214
110 O DIREITO ....................................................................................................................................................... 214
111 DIREITOS E DEVERES .................................................................................................................................... 215
112 TUDO É NECESSÁRIO E TUDO PASSA ......................................................................................................... 216
113 A VINGANÇA .................................................................................................................................................... 216
114 ACASO .............................................................................................................................................................. 217
115 A CRUZ EM SENTIDO INVERSO .................................................................................................................... 218
116 A CRUZ DUPLA EM SENTIDO INVERSO ...................................................................................................... 218
117 A SIMBOLOGIA CABALÍSTICA DA MORAL .................................................................................................. 219
118 QUERER ............................................................................................................................................................ 219
119 A CÓLERA ........................................................................................................................................................ 220
120 A TEMPERANÇA .............................................................................................................................................. 221
121 CONCENTRAÇÃO E MEDITAÇÃO ................................................................................................................. 221
122 IMPACIÊNCIA.................................................................................................................................................. 222
123 A PACIÊNCIA ................................................................................................................................................... 223
124 INTENÇÃO........................................................................................................................................................ 223
125 ATENÇÃO ......................................................................................................................................................... 224
126 O ESQUADRO .................................................................................................................................................. 224
127 O MALHO ......................................................................................................................................................... 225
128 O CINZEL .......................................................................................................................................................... 226
129 A SIMBOLOGIA CABALÍSTICA DO KARMA.................................................................................................. 226
130 PENSAR ............................................................................................................................................................ 227
131 A INVEJA .......................................................................................................................................................... 227
132 A PRUDÊNCIA ................................................................................................................................................. 228
133 SUGESTÃO – AUTO-SUGESTÃO – HIPNOSE ............................................................................................... 229
134 MEDITAÇÃO .................................................................................................................................................... 230
135 TELEPATIA....................................................................................................................................................... 232
136 PENSAMENTO ................................................................................................................................................. 232
137 UNIDADE DO PENSAMENTO ........................................................................................................................ 233
138 A MENTE .......................................................................................................................................................... 234
Mecanismo do Princípio ou Causa, Formação, Percepção e Ação do Pensamento no Ser Humano ..................... 235
11

Objeto Formado .............................................................................................................................................. 236


Obra Proveniente de Uma Causa ................................................................................................................ 236
Obra Proveniente de Um Efeito.................................................................................................................... 237
Pensamento estranho formado (perambulante) ........................................................................................ 237
139 O CONHECIMENTO DA VERDADE / DOMÍNIO DA MENTE ...................................................................... 238
140 ATITUDES MENTAIS ....................................................................................................................................... 239
141 INICIAÇÃO ....................................................................................................................................................... 239
142 MEDIUNIDADE ............................................................................................................................................... 240
143 OBSESSÃO / MAGIA ........................................................................................................................................ 241
144 MEMÓRIA - TELA MENTAL ............................................................................................................................ 242
145 AURAS............................................................................................................................................................... 243
146 A SIMBOLOGIA CABALÍSTICA DA AURA ..................................................................................................... 243
147 IMPRESSÕES.................................................................................................................................................... 244
148 IMPRESSÕES II ................................................................................................................................................ 245
149 O TRIÂNGULO ................................................................................................................................................. 245
150 O TRIÂNGULO BRANCO................................................................................................................................. 246
151 O TRIÂNGULO PRETO..................................................................................................................................... 247
152 ASA.................................................................................................................................................................... 247
153 RECONHECER ................................................................................................................................................. 248
154 A LUXÚRIA....................................................................................................................................................... 248
155 A PERSEVERANÇA .......................................................................................................................................... 249
156 A PERSISTÊNCIA ............................................................................................................................................. 250
157 A RAZÃO ........................................................................................................................................................... 251
158 ANALISAR E COMPREENDER........................................................................................................................ 251
159 VIBRAÇÃO........................................................................................................................................................ 252
160 RELIGIÃO - CABALA ....................................................................................................................................... 253
161 SONO - VIGÍLIA ............................................................................................................................................... 254
162 O QUE É, PARA QUÊ E POR QUE DO SONO DO SER HUMANO............................................................... 255
163 SONHOS............................................................................................................................................................ 257
164 MORTE - MEDO............................................................................................................................................... 258
165 CÉU - INFERNO - PURGATÓRIO................................................................................................................... 258
166 TERRA-A-TERRA – ALCOOLISMO ................................................................................................................. 259
167 VAIDADE - CURIOSIDADE - SIGILO............................................................................................................ 259
168 ENTUSIASMO - PERSISTÊNCIA - DESTINO.................................................................................................. 260
169 ENTORPECENTES ........................................................................................................................................... 260
170 O SUICÍDIO...................................................................................................................................................... 261
171 O SONO............................................................................................................................................................. 262
172 GRAU DE COMPANHEIRO – INICIAÇÃO ..................................................................................................... 263
173 OUSAR .............................................................................................................................................................. 263
12

174 A AMBIÇÃO..................................................................................................................................................... 264


175 A ESPERANÇA ................................................................................................................................................. 265
176 PERCEPÇÃO .................................................................................................................................................... 265
177 SUPERSTIÇÃO ................................................................................................................................................. 266
178 TEMOR.............................................................................................................................................................. 267
179 MISTÉRIO......................................................................................................................................................... 268
180 PRATICAR E EVOLUIR ................................................................................................................................... 269
181 RELATIVIDADE - MAGIA................................................................................................................................ 269
182 EM BUSCA DA VERDADE............................................................................................................................... 270
183 A RAZÃO DA VIDA E DA MORTE.................................................................................................................. 270
184 RACIOCINAR.................................................................................................................................................... 272
185 A CARIDADE ................................................................................................................................................... 273
186 A CARIDADE - A SEXTA VIRTUDE NO SER HUMANO ................................................................................ 274
187 A SIMBOLOGIA CABALISTICA DA CARIDADE ............................................................................................ 275
188 A PREGUIÇA .................................................................................................................................................... 276
189 CONTEMPLAÇÃO............................................................................................................................................ 277
190 REMORSO ........................................................................................................................................................ 277
191 A IGNORÂNCIA.............................................................................................................................................. 278
192 DEDUÇÕES LÓGICAS .................................................................................................................................... 278
193 MANTRAS ......................................................................................................................................................... 279
194 CASAMENTO.................................................................................................................................................... 280
195 CONSCIÊNCIA ESPIRITUAL........................................................................................................................... 280
196 CONSELHO E CURA ....................................................................................................................................... 281
197 O SIGNO DE SALOMÃO.................................................................................................................................. 282
198 AUTOCONHECIMENTO.................................................................................................................................. 282
199 AUTOCONSCIENTIZAÇÃO ............................................................................................................................. 289
200 GRAU DE MESTRE - INICIAÇÃO ................................................................................................................... 293
201 REALIZAR......................................................................................................................................................... 293
202 A FÉ .................................................................................................................................................................. 294
203 A FÉ, A SÉTIMA VIRTUDE DO SER HUMANO ............................................................................................. 295
204 A AVAREZA....................................................................................................................................................... 296
205 EXALTAÇÃO..................................................................................................................................................... 297
206 NEM OTIMISMO, NEM PESSIMISMO, MAS SIM REALISMO....................................................................... 298
207 MILAGRES........................................................................................................................................................ 299
208 PRECISÃO ........................................................................................................................................................ 300
209 A CONFIANÇA ................................................................................................................................................. 301
210 AMOR AO PRÓXIMO....................................................................................................................................... 302
211 O QUE É VERDADEIRAMENTE O AMOR ..................................................................................................... 302
13

212 EVOLUÇÃO ...................................................................................................................................................... 303


213 EMOÇÃO .......................................................................................................................................................... 304
214 SABEDORIA, FORÇA E BELEZA .................................................................................................................... 305
215 A VIRTUDE DA SABEDORIA .......................................................................................................................... 306
216 RELIGIÕES....................................................................................................................................................... 306
217 LIBERDADE ..................................................................................................................................................... 307
218 O BEM............................................................................................................................................................... 308
219 O MAL............................................................................................................................................................... 309
220 CRÍTICAS.......................................................................................................................................................... 309
221 INCREDULIDADE ........................................................................................................................................... 310
222 SAÚDE E DOENÇA .......................................................................................................................................... 311
223 HARMONIA ...................................................................................................................................................... 311
224 A CRUZ ............................................................................................................................................................. 312
225 A CRUZ DUPLA ............................................................................................................................................... 312
226 A SERPENTE .................................................................................................................................................... 313
227 A ESFINGE ....................................................................................................................................................... 314
228 A RÉGUA .......................................................................................................................................................... 314
229 O TALISMÃ ....................................................................................................................................................... 315
230 A POMBA BRANCA .......................................................................................................................................... 316
231 O TEMPLO ....................................................................................................................................................... 316
232 A SIMBOLOGIA CABALÍSTICA DA MAGIA ................................................................................................... 317
233 A SIMBOLOGIA CABALÍSTICA DA JUSTIÇA ................................................................................................ 318
234 A SIMBOLOGIA CABALÍSTICA DO AMOR .................................................................................................... 318
235 A SIMBOLOGIA CABALÍSTICA DO CÉU ....................................................................................................... 319
236 ECTOPLASMA.................................................................................................................................................. 319
237 CRENÇA, INDIVIDUALIDADE E COLETIVIDADE ....................................................................................... 320
238 SINCERIDADE ................................................................................................................................................. 321
239 O SER HUMANO INTEGRAL........................................................................................................................... 322

EXERCÍCIOS DE CONEXÃO ................................................................................................................................... 325


GRAU 1 ...................................................................................................................................................................... 325
REFLEXÃO........................................................................................................................................................... 325
EXERCÍCIO PRÁTICO DE REFLEXÃO ............................................................................................................ 325
EXERCÍCIO DE RESPIRAÇÃO RÍTMICA PELO MÉTODO YOGI................................................................. 326
MÉTODO PARA ESTIMULAÇÃO DO CÉREBRO ........................................................................................... 326
DISTRIBUIÇÃO DO PRANA NO PLEXO HIPOGÁSTRICO............................................................................ 326
GRAU 2 ...................................................................................................................................................................... 327
CONCENTRAÇÃO............................................................................................................................................... 327
O VALOR DA CONCENTRAÇÃO ..................................................................................................................... 327
EXERCÍCIOS PRÁTICOS DE CONCENTRAÇÃO............................................................................................ 328
ISOLAMENTO DO CAMPO DE CONSCIÊNCIA FÍSICA / AUTOCONSCIÊNCIA DA ALMA .................... 328
14

EXERCÍCIO PRÁTICO DE RESPIRAÇÃO RÍTIMICA PELO MÉTODO YOGI ............................................. 329


ESTIMULAÇÃO DO CÉREBRO PELO MÉTODO YOGI ................................................................................. 329
DESDOBRAMENTO II ........................................................................................................................................ 329
GRAU 3 ...................................................................................................................................................................... 329
MEDITAÇÃO........................................................................................................................................................ 330
EXERCÍCIOS PRÁTICOS DE MEDITAÇÃO..................................................................................................... 331
COMO MEDITAR - MÉTODO PARA ENTRAR EM ESTADO PROPÍCIO À MEDITAÇÃO ........................ 331
MÉTODO PARA USAR O ESTADO MEDITATIVO......................................................................................... 332
MÉTODO PARA SAIR DO ESTADO DE CONCLUSÃO DA MEDITAÇÃO .................................................. 332
TELA MENTAL - QUADRO PARA DESENVOLVIMENTO DA IMAGINAÇÃO E CLARIVIDÊNCIA ...... 333
GRAU 4 ...................................................................................................................................................................... 334
VIBRAÇÃO - RELAXAÇÃO............................................................................................................................... 334
VISUALIZAÇÃO - ALTERAÇÃO DO RITMO DA NATUREZA..................................................................... 335
CONSCIÊNCIA DO DESENCARNE / IDENTIFICAÇÃO DA PRESENÇA DE ENTIDADES ....................... 335
INTERPENETRAÇÃO DA MATÉRIA................................................................................................................ 335
GRAU 5 ...................................................................................................................................................................... 335
PERCEPÇÃO ........................................................................................................................................................ 336
CURA DA OBSESSÃO ........................................................................................................................................ 336
CURA DA DUPLA PERSONALIDADE.............................................................................................................. 337
GRAU 6 ...................................................................................................................................................................... 337
CONTEMPLAÇÃO............................................................................................................................................... 337
CONTEMPLAÇÃO / DESDOBRAMENTO ........................................................................................................ 338
GRAU 7 ...................................................................................................................................................................... 338
EXALTAÇÃO ....................................................................................................................................................... 338
CANTO DIVINO / MANTRA .............................................................................................................................. 339
DESENVOLVIMENTO DOS CENTROS DE FORÇA........................................................................................ 340
ISOLAMENTO DO CAMPO DE CONSCIÊNCIA FÍSICA /AUTOCONSCIÊNCIA DA ALMA ..................... 341

PRANCHAS .................................................................................................................................................................. 341


15

CAPÍTULO I - Reflexões acerca das Três Potências Realizadoras Do Universo:


Deus, A Natureza e O Ser Humano, segundo os fundamentos das Leis Naturais que
regem O Universo.

1 CULTO AO IMUTÁVEL
A razão não se recusa a aceitar a teoria de que o Ser Humano é a medida exata do
Universo em si mesmo; quando conhece suas limitações, então conhece sua força. Eis
que, um dos grandes desafios dele é o de sentir, pensar e agir de maneira que os seus
sentimentos, pensamentos, atos e obras sejam, expressem e/ou se convertam em Lei
Universal, porquanto é fato inegável que no Universo tudo são Leis; dentro delas tudo é
bem; porém, fora das mesmas, nada é claro, definitivo ou seguro.
1 É perene e imutável, bem como factualmente perceptível que a vida é provada pelo
movimento inegável, inconteste e autossustentável que existe, tanto interna, quanto
externamente em todas as coisas que existem no Universo.
2 É perene e imutável, bem como factualmente perceptível que o Ser Humano para
compreender a vida só pode fazê-lo através do viver.
3 É perene e imutável, bem como factualmente perceptível que nada vive no isolamento;
que viver é ser, é estar em relação direta com coisas, seres, pessoas, pensamentos, bem
como sentimentos.
4 É perene e imutável, bem como factualmente perceptível que o valor significativo real das
relações não é só a busca à segurança, satisfação e/ou felicidade, mas também
autorrevelação, para que possa haver, do ser, pela ação do autopercebimento, o
autoconhecimento e, por conseguinte, a autorrealização e, daí, a possibilidade indubitável
de integração, tanto individual, quanto coletiva, enfim, Universal.
5 É perene e imutável, bem como factualmente perceptível que as relações são, em
verdade, o conjunto de atividades meios para serem usadas, pelo Ser Humano, com o
objetivo mor de alcançar a atividade fim do gênero humano, que é a correta compreensão
acerca de:
• O Princípio Criador,
• A Finalidade da Vida, bem como
• A Razão de Nossa Existência.
6 Para então, ser e estar em condições mínimas indubitáveis de viver a vida, como que
absorvendo dela:
• A sua real beleza,
• A sua real riqueza, bem como
• A sua real significação.
7 Portanto, em condições mínimas indubitáveis também de viver em estado de:
• Eterno renascimento,
• Semeando e colhendo o bem,
• Espalhando o amor,
• E perpetuando a verdade.
8 Por conseguinte, tendo respostas plausíveis e resultados razoavelmente úteis, acerca de
questões que muito importam para o bel viver do ente humano, que são:
• Quem somos?
• De onde viemos?
16

• Para onde vamos?


9 Ou sua vida é e terá sido, até então, como que em vão.
10 É perene e imutável, bem como factualmente perceptível que o Ser Humano, para
compreender a vida, deve começar pelo que está mais perto de si, que é ele mesmo.
Afinal, nenhuma verdade pode ficar eternamente oculta, tampouco sendo ocultada,
principalmente a verdade acerca de nós mesmos.
11 É perene e imutável, bem como factualmente perceptível que, como dito, o Ser Humano,
para compreender a vida, só pode fazê-lo através do viver; para tal, ele vive a agir e
interagir com o meio em que está inserido. E, para agir, ele pensa, ou melhor, usa a
qualidade do pensar; e para pensar é impulsionado pelo que sente.
12 É perene e imutável, bem como factualmente perceptível que o Ser Humano ainda não
conseguiu usar, entre as suas diversas qualidades, a do pensar sem criar em si mesmo e
de si para o todo, o caos que inclusive quando globalizado é observável e verificável na
sociedade, pela corrupção, violência e volúpia em graus exageradamente alarmantes e
parecedores sem fins e sem precedentes, demonstrando assim o que temos como
produto de nossas ações do nosso dia-a-dia de relações até então. Afinal, o caos social é
uma demonstração indubitável de nosso caos individual, porquanto não há sociedade se
não há, inclusive, Seres Humanos vivendo sob normas comuns e de interesses próprios.
Portanto, a manifestação do caos exterior é uma demonstração inegável do nosso caos
interior. Ele é o resultado coletivo das nossas ações individuais do nosso cotidiano,
porquanto é código perene e imutável das Leis Naturais que regem o Universo, o fato
insofismável de que, ainda que os fins justifiquem os meios; são os meios que
determinam os fins.
13 É perene e imutável, bem como factualmente perceptível que é provadamente verdadeira
a teoria de que vivemos no mundo de causalidade; nele tudo são Leis Naturais que o
rege. Como exemplo, temos a Lei Natural do Karma; esta que religiosamente falando é
conhecida como Lei de Compensação ou Retribuição, e que tem como um dos seus
códigos perenes e imutáveis o fato insofismável de que é dando que se recebe.
Filosoficamente falando é conhecida como Lei de Causa e Efeito e que tem como código
perene e imutável o fato insofismável de que toda causa tem um efeito idêntico
correspondente. E ainda esta mesma, a Lei, cientificamente falando, é conhecida como
Lei de Ação e Reação e que tem como um dos seus códigos perenes e imutáveis o fato
insofismável de que toda ação provoca uma reação igual e em sentido contrário. O que
nos permite concluir que, realmente, são os meios que determinam os fins. E isso é
perene e imutável. Logo, se atualmente as nossas ações, por mais soberbamente
edificadas que sejam e estejam, quer pela religião, pela filosofia ou pela ciência, só temos
tido, como recebimento, como efeito, enfim, como reação desencontros, desconfortos e
desalentos, ou melhor, só têm produzido e nos oferecido caos, é evidente que os meios
que temos utilizado para embasar nossas ações do dia-a-dia de relações, para tal, são de
valores idênticos, ou seja, caos. Parece-nos desnecessário muita análise para chegarmos
a tal conclusão.
14 É perene e imutável, bem como factualmente perceptível que o Ser Humano é também o
produto do que sente, pensa, e age, bem como do meio em que vive. De que ele
realmente sente para pensar, e pensa; para agir em seus diversos níveis e cada qual com
velocidades e recursos peculiares. Senão vejamos:
15 Em um certo e primeiro nível de sua evolução, o Ser Humano, para agir, usa o pensar
fixo, ou seja, usa o pensar com pensamento, sem a participação da inteligência,
embasados, não raro, em valores efêmeros e mutáveis caracterizados, inclusive, como
opiniões próprias e/ou de outrem, com as quais os Seres Humanos criam as Leis
Materiais, elas que, não raro, regem as sociedades, embora privilegiem alguns Seres
17

Humanos, mas não a todos igualitariamente. Logo, rígidas e de velocidade muito


restrita são as suas elaborações, construções e realizações. Eis que, assim como as
árvores fixas se quebram quando advém as tempestades naturais, também os Seres
Humanos fixos quebrantam-se nas crises da vida.
16 Em um outro nível de sua evolução e superior ao anterior, o Ser Humano, para agir, usa o
pensar flexível, ou seja, usa o pensar com o pensamento com a participação da
inteligência, embasados, não raro, em valores perenes e imutáveis, caracterizados,
inclusive, como fatos insofismáveis, com os quais os Seres Humanos buscam refletir
exatamente as Leis Naturais; estas que não prejudicam, tampouco privilegiam Ser
Humano algum; pelo contrário, são iguais para todos, pois que são a base da Realidade
Absoluta e baseiam-se em direitos e deveres. Logo, flexíveis e de velocidade pouco
restrita são as suas elaborações, construções e realizações. Eis que, assim como as
árvores flexíveis se moldam quando advêm as tempestades naturais, também os Seres
Humanos flexíveis moldam-se aos desafios da vida, buscando, assim, adequar-se a ela
com certa gratidão, gentileza e grandeza.
17 Em um outro nível de sua evolução e superior ao anterior, o Ser Humano, ainda, para
agir, usa o pensar sem pensamento, ou seja, usa o pensar com a inteligência sem a
participação do pensamento; por conseguinte, ele e as Leis Naturais são Um. Com isso
pode-se precisar o que daí decorre, quando das suas ações do dia-a-dia de relações.
18 É perene e imutável, bem como factualmente perceptível de que no Universo tudo são
Leis. Dentro delas tudo é bem; porém, fora das mesmas nada é claro, definitivo ou
seguro. Logo, para que o Ser Humano possa viver feliz e equilibrado, enfim, integrado
com este Universo do qual é parte integrante, lhe é essencialmente necessário, bem
como racionalmente justificável, o conhecimento e sentimento dos códigos perenes e
imutáveis dessas Leis, para então usá-los, cada vez mais conscientemente como um
eterno e sempre novo padrão de ação do seu dia-a-dia de relações.
19 Eis aí o Culto ao Imutável, ou seja, o conhecimento, sentimento e uso de valores
insofismáveis caracterizados por códigos perenes e imutáveis de Leis Divinas, de Leis
Universais, enfim, de Leis Naturais que regem o Universo. Enfim, aquela cultura ímpar,
portanto nunca decadente, porquanto afeita a tais Leis. Afinal, o conhecimento aproxima
o Ser Humano das Leis Universais; Leis estas que o impulsiona ao autoconhecimento;
este que o impulsiona à autorrealização; e esta que o faz identificar-se com o Princípio
Criador de todas as coisas; por compreender a finalidade da vida, bem como discernir
acerca da razão de nossa existência.
20 Essa é uma jornada árdua, mas essencialmente necessária, bem como racionalmente
justificável para um viver realmente belo, rico e significativo, por não sermos mais
coniventes, complacentes, tampouco condescendentes com a criação, implantação,
manutenção e/ou ampliação do caos que tanto nos assola ou pode assolar, quer
individual, quer socialmente.
21 É transformando o nosso mundo individual que, em princípio, não mais criaremos,
implantaremos e/ou manteremos o caos no mundo, bem como, concomitantemente, não
ampliaremos o caos que nele já existe. Assim, estaremos em condições mínimas
indubitáveis para oportunizar a sua transformação.
22 Cabe a cada qual fazer sua parte. Afinal, é fato insofismável que toda parte de um
organismo vivo, existe e funciona em razão do Todo, portanto, o Todo é o conjunto das
partes que nele se fundem. O Todo sem as Partes não é o Todo; e as Partes sem o
Todo, não são Partes, embora a soma das partes não seja superior ao Todo. O Todo, em
partes, demonstra no Todo as partes que tem, aquele que, em si mesmo, as partes do
Todo reconhece, demonstra no todo as partes do Todo que é e tem.
18

23 Nós, os Seres Humanos, a humanidade e o mundo somos um e o mesmo. Nós os


fazemos como são e estão. Eis porque muito importa que nos ajudemos mutuamente
para esse caos, em princípio em nós mesmos, enquanto não sabemos extinguir,
possamos conter e minimizar o já existente, bem como, concomitantemente, não mais
criar, manter e/ou ampliar no mundo novos caos. Bom que se rediga. Que cada um faça a
sua parte.
24 Há quem negue, mas é fato que aos que mais é dado, mais é exigido, e quem mais dá
mais recebe. Ou nossa vida terá sido, é e será como que em vão.
25 Será que não?
26 Cabe-nos a reflexão.

2 INICIAÇÃO À CONSCIÊNCIA ESPIRITUAL


1 A iniciação à consciência espiritual do Ser Humano, tanto a real, ou seja, a vivida, quanto
a simbólica, ou seja, a imaginada, precisa ser valorada, especificamente, pelo ser, seu
realizador. A iniciação real pode ser considerada, pelo mesmo, como uma obra mor de
realização espiritual; e a iniciação imaginada como um ato mor do mesmo que, pelo
menos, influencia esclarecida e tendenciosamente o seu ser acerca de tal realização. Ela
visa auxiliar o Ser Humano, no mínimo, a empreender individualmente quanto à
concepção, em si mesmo:
• Do Princípio Criador,
• Da Finalidade da Vida,
• Da Razão da Nossa Existência.
2 Possibilitando, para si mesmo, indubitavelmente, viver a vida, tendo dela absorvido
substancialmente:
• A sua real beleza,
• A sua real riqueza,
• A sua real significação.
3 Por conseguinte, encontrando-se em condições mínimas indubitáveis para adquirir
respostas plausíveis e de resultados razoavelmente úteis, para o seu bel viver, acerca de
questões específicas que também muito importam, para tal, a saber:
• Quem somos?
• De onde viemos?
• Para onde vamos?
4 Os aspectos que norteiam o processo da iniciação à consciência espiritual do Ser
Humano, como um todo, devem estar afeitos, em princípio, no mínimo, à concepção da
possibilidade de se realizar a evolução cada vez menos inconsciente e cada vez mais
abreviada possível, tanto da Obra Planeta, quanto da Obra Homem em razão da Obra
Universo, partes da Grande Obra do Divino Arquiteto do Universo. A primeira objetivando
a expansão do Universo equilibrada, dinâmica e organizadamente, e a segunda
objetivando auxiliar, de forma paciente, persistente e inteligente, a primeira em todo o seu
processo. Um outro aspecto que norteia tal protocolo é o de que, embora sendo a
evolução destas obras um expediente de ritmo lento, ou seja, natural, vale evidenciar que
pode também ser artificial, ou seja, abreviado. Eis que, inclusive, justifica-se a presença
da Obra Homem sobre a Obra Planeta para a isso realizar. Afinal, tudo aquilo que a
Natureza realiza em cem anos, o Ser Humano pode realizar em apenas um dia.
5 No caso da evolução abreviada, que é a nossa intenção e preocupação - vale dizer de
máxima prioridade - importa saber que tratamos aqui de uma realização que objetiva
auxiliar o Ser Humano quanto ao norteamento dos seus primeiros passos acerca do
19

encontrar-se naquele estado de ser que o possibilite adquirir discernimento, iniciativa e


realizações, portanto, capacitando-o a sentir, pensar, agir e interagir consigo e com o
meio em que vive, de maneira que, com tal procedimento, demonstre factualmente, que
está limitando as suas encarnações improdutivas e, por conseguinte, diminuindo cada
vez mais a inconsciência, portanto, diminuindo cada vez mais a distância entre ele, o
criado e o Pai, o Criador.
6 Assim, com esse trabalho, cada vez mais se busca capacitar, não somente aqueles que
demonstram a necessidade de ser conscientizados, mas, também, aqueles que já se
sentem suficientemente autoconscientizados e responsabilizados, tempo em que
responsáveis a empreender, em princípio em si mesmos, quanto a caracterizar
demonstradamente ser um iniciado, portanto, tornando-se, também, mais um facilitador
consciente da iniciação à consciência espiritual dos seus semelhantes, em prol da
Grande Obra Universal da qual somos parte integrante.
7 Oxalá que isso se realize através do Imutabilismo, ou seja, através da cultura espiritual
embasada em valores insofismáveis caracterizados por códigos perenes e imutáveis de
leis divinas, de leis universais, enfim, de Leis Naturais que regem o Universo.
8 Importa saber que, naturalmente, a vida espiritual do Ser Humano começa quando a vida
material que o mesmo levara, perdeu todo o seu sentido, pelo fato de tê-la, até então,
totalmente “compreendido”.
9 Toda criatura humana, quando sente verdadeiramente em seu ser interior a necessidade
de refletir sobre o Princípio Criador, a Finalidade da Vida, bem como a Razão de Nossa
Existência busca, então, procurar novos rumos que lhe norteiem, esclarecidamente, os
sentimentos, pensamentos e ações de maneira que o seu ser promova a sua iniciação à
consciência espiritual com o fim de alcançar a sua evolução abreviada consciente e, por
conseguinte, possibilitando que o seu ser, realmente, limite suas encarnações
improdutivas com os possíveis predicados da felicidade duradoura e equilíbrio dinâmico
organizado que o mesmo tanto almeja, porquanto, é aspirado pelo Universo que
incessantemente conspira para tal, oferecendo-lhe não só a matéria prima e as
ferramentas necessárias, mas, também, o laboratório, o laboratorista, bem como
espaço/tempo e movimento para que isso transcorra o mais rápido, como dito, dinâmica,
equilibrada e organizadamente possível.
10 Quer seja pelo sentimento, quer pela decepção, dor ou sofrimento, o Ser Humano
promove a sua iniciação à consciência espiritual, esta que o leva a discernir das coisas
da vida a sua real riqueza, a sua real beleza, bem como a sua real significação. Afinal, a
consciência, assim como os sentimentos são frutos das experiências que o Ser Humano
não só passa ou adquire, mas que aprende e sente, nas suas experiências e existências
sucessivas, e que aguarda o momento em que surja diante de si, a manifestação de
verdades que se combinem e lhe permita o despertamento e a expansão, bem como
novas construções. Já a decepção, a dor e o sofrimento levam o Ser Humano à reflexão
e o Ser Humano refletindo aprende a distinguir o verdadeiro caminho que deve seguir.
11 Com isso, é evidente o fato de que, naturalmente, o buscador à iniciação à consciência
espiritual identificar-se-á com os conhecimentos expressos por esta ou aquela
“sociedade” e/ou “pensador”. No entanto, vale lembrar que é código perene e imutável o
fato insofismável de que são os meios que determinam os fins. Portanto, quanto às
“sociedades” e/ou “pensadores”, no que se refere à finalidade a ser alcançada em seus
trabalhos respectivos, ainda que a mesma seja e esteja um tanto quanto clara para o
buscador, se da parte deste não houver sabedoria em grau de qualidade significativo e
quantidade suficiente para reconhecer se os meios indicados a serem utilizados para tal
realização, têm ou não, pelo menos, a noção exata de: o método preciso na ordem dos
fatos, o rigor e a exatidão de suas deduções lógicas e as qualidades dos sentimentos,
bem como a noção de ética e estética elevadas, para a mesma realizar, é evidente que
20

correrá o risco dele, além de não alcançar a mesma, sentir-se frustrado, por
conseguinte, inseguro e insatisfeito nesse seu processo. Isso vale também para “o
pensador” idealizador de qualquer obra, porquanto, o que importa é a obra e não o
idealizador e/ou o realizador da mesma. Afinal, ainda que toda atividade seja contributiva,
pois a vida se prova pelo movimento, é Lei Natural o fato insofismável de que são os
meios que determinam os fins. Se os meios são lúcidos, o fim será lucidez, do contrário
tudo será caos, porquanto é o que se dá que se recebe; toda causa tem um efeito
idêntico correspondente; enfim, toda ação provoca uma reação igual e em sentido
contrário.
12 É esse um dos nossos maiores e mais importantes desafios:
13 Empreender a compreender, em nós mesmos, o Princípio Criador, a Finalidade da Vida,
bem como a Razão de Nossa Existência.
14 Eis que, como um alerta, cabe ao mesmo buscar “guiar-se” através, não raro, da cultura
espiritual que prime pela indicação de valores insofismáveis caracterizados por códigos
perenes e imutáveis de Leis Divinas, de Leis Universais, enfim, de Leis Naturais que
regem o Universo, indicados, no mínimo, pela lógica e pela razão - O Imutabilismo, e não
por idéias de quem quer que seja, ainda que de um Ser Humano por mais que tenha sido,
por muitos dito e, pela maioria, tido como iluminado; e/ou seita ou sociedade por mais
soberbamente idealizada e edificada que tenha sido por muitos dita e, pela maioria, assim
tida.
15 Importa muitíssimo ajudarmo-nos mutuamente quanto a tal realização: a iniciação à
consciência espiritual. Não só a nossa, mas, também, a do nosso semelhante.
16 É evidente o fato de que, não raro, nós, Seres Humanos, desejamos encontrar a razão
verdadeira de uma coisa. Entretanto, procuramos na razão sem aplicar a razão para
adquirir os plausíveis resultados que almejamos, sem nos darmos conta que, para se
alcançar a razão de uma coisa, é necessário aplicar a razão e dessa razão obtermos os
resultados da razão da coisa que, em realidade, é, e dela chegarmos ao ponto final ou
resultado real da coisa que queremos. Afinal, tudo que existe partiu de um Princípio e em
cada coisa que existe encontramos todas as qualidades existentes no Princípio,
mostrando que a realidade é finita no infinito que a gerou, pois a realidade das coisas
está na sua razão de ser e esta razão de ser das coisas é o princípio do que é. Eis que,
na razão direta de todas as coisas, é indispensável uma razão intermediária que venha
traduzir e compreender tudo aquilo que essa razão direta lhe oferece e, possuidora,
então, de todos esses elementos, levar para a razão consciente que então, indicará os
meios práticos, básicos e reais para todas as construções universais.
17 A Cultura Espiritual, fundamentada em valores insofismáveis caracterizados por códigos
perenes e imutáveis de Leis Universais parece-nos ser, senão a única, a mais relevante
dentre a diversidade de culturas que, de maneira ímpar, pode contribuir com o Ser
Humano, efetivamente, quanto a tal empreendimento, pois que tais Leis têm, como base,
a Realidade Absoluta e, sendo assim, nada há que as destrua. Podem, elas, ser
encobertas pelo manto da mentira e a ilusão dos Seres Humanos indecentes e
insensatos. Porém, perduram por toda a eternidade, porquanto demonstram e perpetuam
a Verdade através de fatos insofismáveis - coisa que liberta - ou seja, tudo aquilo que a
necessidade exige, a razão justifica e, possivelmente, o nosso sentimento “aceita”,
conferindo através de nossa consciência.
18 Eis que importa ao Ser Humano buscar fazer-se um iniciado consciente, mas que o faça
pela razão e sentimento. Quanto a tal realização, bem verdade que assim como há os
que querem e sabem, mas não podem, os que sabem e podem, mas não querem e os
que podem e querem, mas não sabem; há os que recebem e percebem, mas não
concebem, os que percebem e concebem, mas não recebem e, ainda, os que concebem
21

e recebem, mas não percebem. Portanto, necessitamos auxiliarmo-nos mutuamente


para a isso realizar.
19 Cabendo, para tal, nossa individual reflexão, senão vejamos.
20 Quanto à iniciação para o despertamento do Ser Humano interessado, necessitado,
curioso e/ou desejoso, em princípio para conscientizá-lo, importa saber para dizer-lhe:
21 “BATEI E ABRIR-SE-VOS-Á”.
22 Pois toda criatura humana, quando sente verdadeiramente em seu interior a necessidade,
curiosidade e/ou desejo de refletir sobre o Princípio Criador, a Finalidade da Vida, bem
como a Razão de Nossa Existência, logo, a finalidade do viver como um todo, busca
procurar novos rumos que lhe tragam a paz e o equilíbrio que o seu ser tanto almeja.
Assim, naturalmente, quer pelo sentimento, quer pela decepção, dor ou sofrimento, o Ser
Humano promove sua iniciação à consciência espiritual, esta que o leva a identificar-se,
inclusive, com os conhecimentos, quanto a tal, de determinada sociedade, seita, religião,
etc., bem como de um livre pensador. Assim ele bate, pelo seu próprio querer, senão por
sua própria vontade, na porta da realidade, na procura da luz, e porque não dizer, da
verdade Absoluta, com o fim de crescer, brilhar e se adiantar.
23 Na realidade, o Ser Humano é um ser, obra da criação Divina com um objetivo óbvio,
lúcido e lógico, bem como tudo no Universo, e quer queira ou não, tanto vivo, ou melhor,
encarnado, quanto morto, ou melhor, desencarnado, tal objetivo continua vivo no seu ser,
bem como vivido pelo mesmo, quer consciente, quer inconscientemente. Portanto, tanto o
encarne quanto o desencarne são, em verdade, as suas maiores iniciações. Afinal, na
Natureza nada se perde, tudo se transforma. Logo, tudo perdura; se perdura, tudo é
infinito; e se tudo é infinito, a morte, como até então tem sido considerado, não existe. Eis
quanto importa buscarmos despertar e expandir o máximo possível “a nossa consciência
espiritual”, mas que façamos com base em valores insofismáveis caracterizados por
códigos perenes e imutáveis de Leis Naturais que regem o Universo.
24 Vale considerar que todas as verdades necessárias ao Ser Humano para que o mesmo
use com o fim de conseguir livrar-se dos falsos sentimentos, dos falsos pensamentos,
enfim, dos falsos costumes e procedimentos, por conseguinte, realizando a sua iniciação
à consciência espiritual, encontram-se à sua disposição na Natureza, tanto interna quanto
externa ao seu ser. Agora, basta-lhe, conscientemente, usar da virtude da fortaleza para
procurar identificá-las com seus sentimentos, despertando para um adiantamento
espiritual abreviado, confiante, certo e convicto. No mais, toda justiça se fará mediante o
que estabelece Deus, a Divina Lei, a vida das Leis Universais.
25 Prosseguindo com nossa reflexão acerca da iniciação à consciência espiritual do Ser
Humano, depois de sensibilizado e conscientizado, através da demonstração
factualmente perceptível de seus precisos movimentos, para autoconscientizar-se,
importa saber para dizer-lhe:
26 “PEDI E DAR-SE-VOS-Á”.
27 Porquanto, a Natureza não nega ao Ser Humano aquilo que o mesmo, por necessidade,
curiosidade ou desejo, busca em prol do seu adiantamento espiritual, quer consciente ou
inconsciente. Porém, ele, por já ter conseguido, pelo seu querer, bater às portas da
verdadeira realidade da vida, exigindo naturalmente que as mesmas se abrissem, a fim
de que lhe fossem ministrados os lampejos da base da Realidade Absoluta, então já se
encontra preparado para pedir, com sabedoria, tudo que lhe é necessário, ou desejado,
para sua consciente evolução e que se encontra na Natureza, que como Mãe, ampara;
como Mestra, orienta e como Serva, serve a todos os seus filhos indistintamente. Agora,
cabe-lhe procurar usar da virtude da perseverança, esforçando-se e estudando
minuciosamente, analisando todas as coisas, a fim de que, para agir, direcione os seus
pensamentos com inteligência para conhecer, sentindo, absorvendo o valor significativo
22

real da realidade que reside em todas as coisas existentes, se assim podemos dizer,
em função das suas ações.
28 Ainda prosseguindo com esta nossa reflexão, por fim, o Ser Humano, uma vez
sensibilizado e desperto, quer conscientizado e/ou autoconscientizado, importa saber
para dizer-lhe:
29 “BUSCAI E ACHAREIS”.
30 Afinal, Deus, a Divina Lei, a vida do Absoluto, a vida das Leis Universais, esta Energia
Suprema Eterna e Absoluta que a tudo envolve, penetra e vivifica, é infinito na duração e
na extensão, porém, finito na distância. Assim, para o Ser Humano, o mesmo, sentir,
basta-lhe progredir com moralização espiritual, pois cada causa criada em prol desta
compreensão, o efeito, por ser idêntico a toda causa, lhe trará o sentimento desta
realidade, logo, cada vez mais, o Ser Humano, o criado aproximar-se-á de deus, o
Criador, em princípio através do seu sentimento, adquirido por suas experiências nas
diversas encarnações que passar.
31 Eis que depois que o Ser Humano já conseguiu, por sua vontade, usando do seu querer,
a base da realidade, o conhecimento real do seu princípio, sua meta e o seu fim,
baseando-se nas Leis Divinas e, além do mais, quando ele já aprendeu a pedir pela sua
inteligência, chegando à razão das coisas, agora ele, com sua consciência, já pode,
porque sabe como buscar para achar, por confiança, convicção e certeza, tudo que lhe é
necessário e justificável, para o seu adiantamento espiritual, bem como do seu
semelhante, pois já sabe buscar tanto interna como externamente ao seu ser. Assim é a
criatura que tem e usa da fé, essa que é a maior dentre as suas diversas virtudes, e é o
prêmio natural que todos os Seres Humanos adquirem por já terem em si manifestadas a
confiança, a convicção e a certeza da lógica da vida, consequentemente, uma vez
sensibilizado e desperto, busca, agora, se demonstrar como um renascido, semeando o
bem, espalhando o amor e perpetuando a verdade, porquanto, vive do sentimento de que
é cada vez mais finita a distância entre ele, “o criado”, e o Pai, “o Criador“.
32 Cabe-nos discernimento, iniciativa e realizações; porquanto, se assim não for, nossa vida,
até então, terá sido como que em vão.
33 Será que não?
34 Realmente cabe-nos reflexão.

3 ESPIRITUALIZAR-SE
1 Enquanto o Ser Humano não se compenetrar de que é uma das três potências
realizadoras, que se constitui na integração dos elementos da Natureza em estado
material e que tudo pode realizar sem auxílio de terceiros, então todo o sofrimento e
decadência pelos quais passa não serão afugentados de seu caminho.
2 Sendo o Ser Humano um Deus Relativo, ele não deve temer a divindade, porque esta
não deve ser temida, mas sim, compreendida em toda sua essência, procurando vencer
todos os obstáculos que venham surgir em seu destino, esclarecendo a seu semelhante
todas as dúvidas por ele adquiridas, criando, dessa forma, a compreensão e, em
consequência, eliminando a confusão e fazendo com que aqueles que o ouçam possam
meditar e refletir com inteligência e sabedoria, para que possam atingir um ponto elevado
de aperfeiçoamento.
3 Existem muitos que se encontram nas sociedades secretas, ou outras seitas, apenas
esperando que a Alma esclarecida desça até eles para transmitir-lhes o conhecimento e o
poder, para que possam realizar, do mesmo modo, as pesquisas analisadas através dos
livros de escritores materiais que apresentaram idéias de outras fontes.
4 Para que o Ser Humano possa espiritualizar-se é necessário que ele não espere que os
manjares caiam do céu, porque ele tem dentro de si um sentimento. Dessa forma, o que
23

ele precisa é seguir as Leis Universais, para poder fazer jus aos seus direitos,
elevando-se pela fortaleza, temperança e, finalmente, pela fé. Porém, se o Ser Humano
procura a parte material para seguir o seu caminho, por certo, um dia, ele refletirá e
reconhecerá que se encontra no roteiro errado, e, então, voltará para o caminho
verdadeiro e real, pois no passado o Cristo já dizia “dai a César o que é de César, e a
Deus o que é de Deus”.
5 Nos grandes prélios planetários as glórias materiais, no futuro, virão a desaparecer,
porque não foram edificadas dentro de bases sólidas. Porém, aqueles que vencem a
batalha espiritual, voltando seu pensamento para si mesmo, serão coroados com os
louros da vitória, porque o brilho da sua luz é eterno e duradouro.
6 As entidades espirituais que têm a missão de orientar a humanidade quanto à sua
espiritualização, elas jamais praticarão um mal contra a mesma, ainda que esta não
esteja interessada na grande construção universal, mas sim, esteja com a mente voltada
exclusivamente para os bens materiais e as formas imperfeitas criadas através de seu
pensamento, trazendo para seu perispírito um cabedal de sofrimentos quando se
manifestar a Lei de Causas e Efeitos.
7 Para que o Ser Humano adquira conhecimento a ponto de espiritualizar-se, ele precisa
das orientações que são emanadas do Alto pela espiritualidade. Mas, para tal, é
necessário cumprir com seus deveres e assim advirem-se seus direitos, sendo
imprescindível que o Ser Humano siga seus sentimentos e sua consciência, não
deixando penetrar, em si, os recalques de ódio, de egoísmo e das vaidades, para que
suas obras sejam, sempre, em benefício de cada um, por todos e não por um.

4 INCENTIVO À CULTURA ESPIRITUAL


1 A Religião, na acepção exata da palavra, significa um termo latino, identificado como
religare, isto é, religar e, no caso específico, religar a criatura ao seu Criador e, de
maneira geral, a religação da humanidade à Deus. Entretanto, o povo foi se afastando
gradativamente da prática religiosa, em função dos dogmas impostos, principalmente,
pelos costumes de cada época, sem apresentar um método de estudo e desvendamento
dos códigos perenes e imutáveis de Leis Naturais que regem o Universo, bem como um
método de ensino que justificasse a prioridade em fomentar as teorias e práticas da
cultura espiritual.
2 Em nossa peregrinação pelos vários ramos da cultura que norteiam, no nosso planeta,
qual seja na parte religiosa, filosófica ou científica, verificamos que a grande dificuldade
encontrada pelos diretores, orientadores, pastores, padres, entre outros líderes da
humanidade, reside, justamente, no fato deles não apresentarem uma didática adequada,
ou seja, a arte de ensinar pela fé, que aqui não é identificada como uma crença
esporádica, mas sim pela recompensa do saber, que é o produto de experiências em
vidas sucessivas e que se identificam e expandem com as verdades do presente que lhes
vão sendo apresentados.
3 O virtual progresso verificado no sistema educacional, desde os cursos inferiores que se
iniciam no primário, culminando com a universidade, tem alcançado pontuações
significativas pelos habitantes estudiosos do planeta Terra. Porém, o fato de não ser
verificado o adiantamento moral desses cientistas na mesma proporção, demonstrado
através do estado do caos e degeneração em que se encontra o orbe, justifica o seu
despreparo, levando-se em consideração a sua inferioridade em cultura espiritual.
4 As crueldades, as incompreensões, os crimes, as vinganças e tantas outras “práticas
condenáveis” que são verificadas no globo terreno são ocasionadas, principalmente, em
função da descrença em um Ser Supremo, da descrença na Lei de Imortalidade e da
descrença na Lei de Mediunidade, uma vez que, até mesmo aqueles que depositam
crença em Deus visando apenas o culto de certos postulados simpáticos à religião ou
24

sociedade em que se encontrem filiados, possuem apenas uma idéia específica, não
raro circunscrita do Criador, portanto, jamais conseguem modificar o seu “Eu” inferior pelo
desenvolvimento dos centros perceptivos, para realizar um trabalho desinteressado em
favor de si mesmo, do seu semelhante, bem como do planeta em que vive encarnado,
enfim, do Universo.
5 Para termos convicção da didática que iremos empregar nos estudos subsequentes
precisamos compreender o objetivo da grande obra universal da qual somos parte
integrante, principalmente o objetivo da Obra Homem.
6 Quando o planeta atinge a capacidade de suportar a vida orgânica em sua superfície
necessariamente a atrai, solicitando ao Criador, através de vibrações que lhe são
peculiares, a presença de seres inteligentes para ajudá-lo em sua lenta evolução. Deus,
em atenção ao pedido deste planeta, vibra sobre si mesmo, emitindo suas partículas
divinas, também reconhecidas como Espíritos, dotados de todo conhecimento em
perfeição. Estes, ao se aproximarem da superfície do Orbe para darem início a sua
tarefa, formam, primeiramente, o corpo da Alma e, por último, o Corpo Físico, sendo o
Ser Humano, por isso, identificado como uma trindade composta de Espírito, Alma e
Matéria, ou seja, Corpo Físico.
7 O Ser Humano é considerado como um Universo em miniatura porque encerra em si
todos os elementos que integram o planeta, sendo identificado também como um Deus
Relativo, possuindo procuração de Deus, a vida do Absoluto, para ajudar o Globo no
aprimoramento de sua massa imperfeita.
8 Pelo que vimos nessa realização intermediária, o criador não possui nenhum motivo para
castigar seus filhos a penas eternas, como algumas religiões tem professado. Ele não
condena e não perdoa, afinal, condenar seria injustiça e perdoar seria faltar com o
cumprimento da Lei de Justiça. Porém, delegou, se assim podemos dizer, Leis Divinas
para disciplinar, em razão da finalidade de sua existência, o procedimento do Ser
Humano em suas peregrinações pelos globos.
9 Já é sabido, através de revelações astrais, cósmicas e, também, espirituais, realizadas
por irmãos desencarnados e conscientes do Plano Astral, encarnados oriundos de
Esferas mais evoluídas bem como de seres das Esferas Siderais que nos visitam
constantemente, que os habitantes terráqueos atravessam o quinto plano de evolução do
Plano Hominal. Isto significa o desenvolvimento de mais um centro, representado pelo
aprimoramento das energias da verdade, que se resume no conhecimento de si mesmo.
10 O orbe terreno, através de seus dirigentes que têm por responsabilidade o destino de
milhões de Almas encarnadas, poderia e deveria, pois que necessita e justifica-se,
instituir nas escolas a prática da cultura espiritual, em cujo currículo figuraria, entre outros
assuntos, o estudo e desvendamento e/ou coligimento de códigos perenes e imutáveis de
Leis Naturais que regem o Universo, quer doutrinária, filosófica e/ou cientificamente, em
todos os seus ramos do conhecimento teórico/prático.
11 Vale acrescentar que importa levar em conta certas variáveis que, não raro, influenciarão
deveras, não só quanto à criação de um currículo de cultura espiritual que vise a busca
da auto-integração aos seres humanos, mas também na execução deste
empreendimento, o qual deveria ser instituído nas instituições de pesquisa e ensino do
conhecimento teórico/prático, em todos os níveis de ensino, e que pudéssemos ter para
com nós mesmos, seres humanos, essa pura intenção: “O Ser Humano Integral segundo
as Leis Naturais que regem o Universo”, desde a nossa tenra idade até sempre. Estas
variáveis, dentre muitas, estão afeitas, inclusive, às diversas classes evolutivas de seres
humanos existentes no orbe, como sendo:
1º) Irmãos mais velhos e de grande conhecimento e experiências espirituais, que
atingiram o último grau de evolução no Reino Hominal.
25

2º) Irmãos que denominaremos aqui de raça raiz, ou seja, nascidos no planeta, que
acompanham a evolução espiritual, em proporção direta com a idade, embora não
tenham atingido a perfeição no presente, pelo fato de necessitarem de mais dois corpos
para atingirem este fim.
3º) Irmãos que, embora estejam com a idade avançada e representem a grande maioria
dos terráqueos, não conseguiram evoluir espiritualmente pela carência de orientação
segura acerca da busca à valores imutáveis, ocasionada pelo atraso moral reinante no
planeta, bem como pela falta de sentimento e de Fé.
12 Eis que importa àqueles que se sentem autoconscientizados e responsabilizados em
auxiliar o Ser Humano, quanto a sua busca individual, acerca de uma cultura espiritual
com base em códigos perenes e imutáveis de Leis Naturais que regem o Universo, para
nortear suas ações do dia-a-dia de suas relações, empreender não em buscar os
culpados para julgá-los e puni-los pelo estado em que se encontram o orbe e sua
humanidade, mas sim buscar, incessantemente, construir aquilo que a necessidade
exige, a razão justifica, ainda que ditado pelos seus sentimentos, em suma, aquilo que
importa realmente para a evolução abreviada, dinâmica e equilibrada do Ser Humano e
do orbe, enfim, do Universo, para com Deus, o Incriado e Criador de todas as coisas, a
vida das Leis Universais, o Grande Arquiteto do Universo.

5 O CONHECIMENTO IDENTIFICA O SER HUMANO COM AS LEIS


1 O planeta é uma das obras primas do Divino Arquiteto do Universo e o Ser Humano, seu
procurador, muito embora desconheça que possui esta autoridade e responsabilidade,
em conhecimento absoluto, através do Espírito, e em conhecimento relativo mediante a
Alma e o Corpo Físico, de forma que já passou do tempo previsto para a sua preparação,
no sentido de se submeter aos testes do aprendizado espiritual, a fim de que as
surpresas e as decepções não o surpreendam, e não prorrogue para um futuro bem
distante a alegria e a felicidade que poderá desfrutar, por merecer, no presente.
2 Todo o Ser Humano que, no passado, ouviu e compreendeu a verdade e fez com que ela
ficasse gravada em sua consciência, para, quando oportuno, praticar e, por conseguinte,
refletir em seu sentimento, hoje vive em planetas mais felizes, onde o sofrimento e a dor
já foram erradicados.
3 A Natureza possui, em sua totalidade visível e invisível, toda matéria prima de que o Ser
Humano necessita. E este possui, internamente, um grande e perfeito laboratório, bem
como, externamente, todos os instrumentos necessários às grandes realizações.
4 Quando o Ser Humano passar a ler e estudar os conhecimentos afeitos, inclusive, o
quanto possível, à busca dos códigos perenes e imutáveis das Leis Naturais que regem o
Universo, para desvendar os ditos mistérios Divinos, tão propalados pela religião oficial,
no grande livro da Natureza, ele a encontrará porque ela não se oculta diante da
humanidade. Porém, ele precisa manter em sua mente a intenção, tão somente, do agir e
do realizar em prol de si, do seu semelhante, bem como do planeta, enfim, do Universo
do qual é parte integrante.
5 Com isso este Ser Humano cada vez mais se cientificará da sua crença. Não daquela
crença pela fascinação, crença esta com a qual, para com as coisas da vida, diz crer
naquilo em que as pessoas em que ele crê, lhes disseram para crer, mas sim, da crença
pela razão, crença esta com a qual o Ser Humano, para com as coisas da vida, diz crer
no que é, crer no que deve ser e nada nega ou afirma do que possa ser. Eis que com ela
o Ser Humano é e está livre e aberto às novas descobertas.
6 Concomitante, ele fortalecerá, cada vez mais, através do trinômio convicção, confiança e
certeza, a sua fé. Esta que é nada mais, nada menos que a recompensa que todo Ser
Humano possui em função do seu saber real, sua sabedoria, seu sentimento, fruto das
26

suas diversas experiências nas suas várias existências sucessivas. Afinal, o que eleva
o Ser Humano à Deus é tão somente o que ele aprende e sente, e não o que passa e
adquire.
7 A fé é uma das 7 virtudes capitais que todo o Ser Humano deverá adquirir, em razão do
plano divino quanto a Obra Homem x a Obra Planeta. Ela é a última experiência no reino
hominal e, como tal, vem por último para animar o saber real, pela convicção, confiança e
certeza de suas realizações. Eis que o Ser Humano que duvida de si mesmo, duvida
também do que sabe, não tem fé. E o Ser Humano que duvida de si mesmo, cai no
abismo da ignorância e, por conseguinte, vive amando, na realidade, tudo aquilo que, no
fundo repele, bem como querendo tudo aquilo que não necessita.
8 Eis o quanto importa que o Ser Humano desperte para a busca incessante quanto a
cultura espiritual, que tenha como base códigos perenes e imutáveis de Leis Naturais que
regem o Universo, sob pena de mais caos, quando agir, tanto psicológicos quanto
ecológicos, quer no Ser Humano, quer no planeta, respectivamente, ainda estejamos a
criar, sem compreender que somos os responsáveis e logo sentaremos no trono, desta
feita, no dos réus, para responder por tais ações; afinal, todo construtor é responsável por
sua obra, porquanto toda causa tem seu respectivo efeito, toda ação provoca uma reação
igual e em sentido contrário. Pode ela até tardar, mas não falta e nem falha. Assim
considerado, a crença pela razão, o sentimento e a fé são elementos fundamentais para
que o Ser Humano possa autoavaliar-se, em função das suas ações em relação à
necessidade essencial da concepção do Princípio Criador, da Finalidade da Vida e da
Razão da Sua Existência.
9 Vale lembrar que importa ser decididamente considerado que o único e exclusivo
conhecimento que o Ser Humano não pode, não deve, nem necessita desprezar é o
conhecimento de si mesmo. Afinal, se queremos compreender a vida temos que começar
primeiro pelo que está mais próximo de nós: nós mesmos.

6 A RAZÃO
1 A verdade se encontra espalhada por todo o Universo e o Ser Humano, de uma forma ou
de outra, tem demonstrado, através dos livros, seus conhecimentos, embora muitos
estejam deturpados. Quando um Ser Humano, em sua simplicidade, pretende transmitir
seus sentimentos, muitas vezes é criticado por seu semelhante que se diz mais ilustrado
pela ciência oficial, daí vem a discussão formando-se inimigos. Isto porque o primeiro não
entendeu a lógica da vida, procurando manter-se calmo, sem gesticular para não perder
energias e assim vencer seu adversário pela calma, paciência e moderação,
apresentando sua partícula de razão. Os esclarecimentos transmitidos pelo Ser Humano
poderão satisfazer a curiosidade do seu adversário, eliminando a dúvida e criando a
compreensão, mas, para tanto, é necessário que ele seja verdadeiro na sua explanação
para provocar, em seu adversário, a reflexão e a meditação.
2 No Universo existe a Lei de Justiça, e Lei de Amor, existe também a beleza, a harmonia e
o bem. Portanto, o Ser Humano deve ser justo para com seu semelhante, procurando
entrar em contato com a verdade, o amor e a justiça.
3 Segundo os estudos materiais, a razão é a faculdade de avaliar idéias universais, de
estabelecer relações lógicas, o bom senso, a justiça, a inteligência e o raciocínio bem
direcionados.
4 A humanidade tem realizado suas obras levando em conta os impulsos de um falso
conselheiro que é o seu coração, e não tem se firmado perante sua razão, que é a lógica
da vida que ilumina seu caminho, colocando-a no ponto almejado.
5 É preciso ter razão em todas as coisas, porque a razão é a sabedoria universal e a
estabilidade eterna para todos os Seres Humanos. Porém, muitas vezes, eles se sentem
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humilhados quando alguém afirma que não têm razão de alguma coisa que imaginaram
ser verdadeira, porque ainda são escravos do seu egoísmo.
6 É preciso entender e compreender que da união do Espírito com a Alma nasce a razão, e
da união da Alma com a Matéria nasce a paixão; sendo assim, no íntimo de cada pessoa
existe uma paixão que a razão condena.
7 A razão é, pois, a bússola que dirige todos os navegantes que viajam pelo mar e que
pretendem chegar ao porto da salvação. Sendo assim, é necessário que o Ser Humano
tenha persistência e se esforce ao máximo para alcançar todas as realizações fazendo
uso de sua razão. É preciso que o Ser Humano pese todas as suas forças, destrua todas
as formas que o atormenta, através dos conhecimentos adquiridos pela sua sabedoria e
esforço, e atinja os pontos elevados que a Espiritualidade lhe proporciona.

7 CRENÇA EM UM SER SUPREMO


1 A grande maioria da humanidade do planeta terreno deposita, de uma certa forma, sua
crença em um ser superior e isto é perfeitamente comprovado pela frequência nas
diversidades de instituições ditas e por muitos tidas como religiosas, principalmente nas
Igrejas Católicas, em grande proporção, e em menor proporção, nas Igrejas Batistas, nos
Terreiros de Umbanda, nos Centros Exotéricos, nas Lojas Teosóficas enfim, em dezenas
de outras instituições religiosas.
2 Entretanto, esta mesma humanidade, por aceitar uma crença puramente especulativa,
tem considerado Deus como um personagem igual ao Ser Humano, que castiga alguns e
os encaminha para o inferno e perdoa outros, colocando-os a sua direita, no céu.
Portanto, o Ser Humano, quando comum, tem considerado Deus como o Todo para sua
fé e o Nada para a sua razão.
3 No globo terreno existe uma diversidade de instituições e sociedades religiosas
desenvolvendo estudos doutrinários, filosóficos e, até mesmo, no campo científico,
admitindo a crença num ser supremo que dizem ser Deus. Entretanto, existem também
aqueles que, por ignorância, não acreditam na existência de um ente inteligente capaz de
realizar a obra universal, persuadidos a admitirem que tudo veio do Nada e ao Nada
voltará, sendo que estes estão representados por uma pequena minoria.
4 Para o Ser Humano de sentimento elevado, Deus é a representação verdadeira do bem,
sendo uma energia absoluta e consciente, constituído de todos os elementos existentes
na Natureza, com as seguintes manifestações: na Energia Absoluta, na Natureza, como
matéria quintessenciada, e no Plano Físico como matéria bruta.
5 Precisamos compreender que neste momento em que se aproxima o século da verdade,
das luzes, não sejamos mais iludidos quanto à aparência de Deus com um Corpo Físico
do Ser Humano, nem tampouco acreditar na falsa teoria de que Ele castiga ou perdoa
seus filhos apenas com o simples intuito de satisfazer aos pedidos que lhe são
endereçados constantemente, porquanto, toda causa tem um efeito, toda ação tem uma
reação igual e em sentido contrário. Deus não perdoa, nem condena, pois condenar seria
injustiça, bem como perdoar seria faltar com o cumprimento da Lei de Justiça, porquanto
no Universo tudo são Leis que se baseiam em direitos e deveres. Direitos sem deveres é
loucura e Deveres sem direito é escravidão.
6 Muitos acreditam e chegam até a confirmar que o Cristo é a representação de Deus no
planeta, entretanto existe o Cristo que traz, na sua própria significação, a verdade e que
renunciou para servir a humanidade, não deixando de existir também o Cristo da mentira,
este que se faz representar pelo dinheiro e do qual muitos se aproveitam para encher
suas sacolas de moedas metálicas.
7 Os Seres Humanos que no passado adoravam ídolos, hoje veneram as imagens que são
semelhantes aos ídolos e aos quais são endereçados os pedidos que, na maioria das
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vezes, se relacionam com o processo da vida material. Entretanto, quando essas


realizações não são verificadas, sentem-se mal e até desiludidos.
8 Sem procurar tirar o mérito de algumas religiões que dizem desenvolver um trabalho
tomando como base os códigos estabelecidos nas Leis Universais, cabe alertar que
muitas delas têm, não raro, fomentado a superstição e o fanatismo no meio dos seus
seguidores, exigindo, destes, remuneração em forma de dinheiro, pelas curas realizadas,
ditas em nome de Deus.
9 No entanto, o que um tanto claramente se pode afirmar de Deus é que Ele é infinito na
duração e extensão, porém, finito na distância, pois que não se afastaria à proporção que
suas partículas volvessem a Ele, pois se assim fosse estaria Ele, também, evoluindo. No
entanto, Ele é a Vida do Absoluto, a vida das Leis Universais.

8 CRENÇA NA LEI DE MEDIUNIDADE


1 Os habitantes do planeta em sua totalidade atravessam, com raríssimas exceções, um
plano simbolicamente denominado de Nirvânico, o que significa dizer que eles já se
encontram em fase final para conhecer a si próprios pela identificação com a Verdade,
faltando, entretanto, mais dois planos caracterizados em si como mais dois corpos para a
sua perfeição no Reino Hominal.
2 Não existe mais tempo disponível, segundo a Planificação Divina, para que os terrícolas
continuem na rotina sistemática das encarnações improdutivas, quanto à razão da
existência e a finalidade de nossas vidas. Eis que já foi iniciado aqui, há alguns anos, a
transferência de Almas para outros planetas habitados, desde que estes possuam
afinidade com esses novos estagiários, em condições, portanto, de lhes oferecer o
necessário e justificável para sua evolução.
3 O Ser Humano é, deve, pode e necessita ser considerado como um Universo em
miniatura e uma verdadeira trindade composta de Espírito, Alma e Matéria, ou seja,
Corpo Físico, fato real este que não deve ser ignorado pelos habitantes do nosso planeta,
sobretudo aqueles estudiosos quanto à busca do seu Princípio Criador, e que estão
inclusos dentre vários, os espíritas, os espiritualistas, bem como os cientistas em geral,
que deveriam envidar todos os esforços no sentido de introduzir no sistema educacional
de nosso orbe o estudo das Leis Naturais que regem o Universo, com uma didática
natural, como já foi feito nos planetas espiritualmente desenvolvidos.
4 Já se pode precisar que todos os seres humanos que negam ou não admitem a
comunicação existente entre os encarnados e os desencarnados já demonstram sua
inferioridade em cultura espiritual, levando em consideração que a própria Lei de
Mediunidade é fato para os que observam e investigam isso de perto sem preconceitos e
tem revelado, hoje, através dos médiuns autoconscientizados, senão todos, aqueles
conhecimentos relativos até este plano no qual nos encontramos, bem como os
adjacentes, possíveis, necessários e justificáveis, provenientes do além túmulo, que tanto
importam para a evolução abreviada e consciente do Ser Humano como um todo.
5 A Mediunidade é uma percepção que se desenvolve naturalmente na criatura humana,
sendo mais acentuada naqueles que possuem fé e que são esforçados e persistentes.
6 Todo Ser Humano é considerado, no Vasto Campo Universal, como um médium em
potencial, estando sujeito, portanto, a influências positivas e/ou negativas das Almas
desencarnadas que se aproximam desse médium pela maneira como ele desenvolve seu
pensamento, uma vez que o Ser Humano é também o produto do meio em que vive, do
que faz, do que sente, bem como do que pensa. Sendo este o motivo pelo qual ele deve
e necessita da espiritualidade: vencer os grandes obstáculos que enfraquecem a sua
vontade, e que se chama “obsessão”. Daí, o despertamento da Alma humana, que se
encontra mergulhada na carne, depender de muito esforço, persistência e também do
29

trabalho individual, exigindo daquele que pretende iniciar-se, certos procedimentos que
o auxiliem a encontrar da vida o seu valor significativo real; procedimentos esses que
serão por ele, a princípio, considerados como sacrifícios e/ou renúncias, mas com o
passar dos tempos, vivências e o relativo despertamento, serão então verificados por si
como comportamentos naturais, úteis no seu processo evolutivo.
7 A maior difusão até então já verificada na comunicação entre os encarnados e
desencarnados é identificada nos trabalhos realizados pelos médiuns psicógrafos e
sonambúlicos. A psicografia é realizada pelos médiuns mecânicos, que são classificados
como conscientes e inconscientes. Neste caso específico, a incorporação do mensageiro
se realiza pelo Chacra Coronário e pelo Plexo Frontal ou Lombar.
8 Os médiuns sonambúlicos são identificados de duas maneiras: a primeira é caracterizada
quando o Ser Humano se encontra dormindo e sua Alma, por qualquer motivo, resolve
utilizar os instrumentos do corpo material para realizar uma atividade qualquer, sendo que
ela age pelo pensamento, podendo ser identificado apenas como um sonâmbulo. Já nos
médiuns sonambúlicos do segundo caso, o centro utilizado é o Chacra Coronário, onde
se manifestam as energias inteligentes, ou melhor, a inteligência. Neste caso, o médium
perde a consciência, sendo então manipulado pelo pensamento de outra Alma que, para
a realização do seu trabalho, se utiliza também do Chacra Umbilical desse médium.
9 Existem vários tipos de manifestações mediúnicas que justificam a comunicação de
encarnados com desencarnados. Muitas delas são verificadas em reuniões previamente
marcadas e nelas comparecem, pela parte oculta, diversas categorias de entidades, tais
como: “errantes”, que são atraídas pela afinidade ambiental; “familiares”, que são dos
componentes da reunião; “os guias”, “os protetores” e “auxiliares” em missão de trabalho;
“os enfermos”, “sofredores” e “necessitados” que vagueiam na região “Terra a Terra” que
carecem de socorro imediato; e ainda os “obsessores”, que se encontram ligados aos
médiuns e participantes da reunião, na maioria das vezes, atendendo a afinidade
vibracional.
10 Eis que importa, para o real despertamento do Ser Humano, que a ciência também
investigue estes fatos persistentemente e que possa, no mais breve tempo, fornecer à
humanidade, quanto ao assunto, a precisão e método na ordem dos fatos, oportunizando-
lhes o despertamento da fé. Não aquela fé que advém do fascínio, aquela que faz com
que o Ser Humano creia somente naquilo que aqueles em quem ele crê lhes disseram
para crer. Mas sim, aquela fé que advém da razão, aquela em que ele crê no que é, crê
no que deve ser e nada nega do que possa vir a ser.
11 Eis o Ser Humano que tem fé - aquele que crê pela razão, afinal, na razão direta de todas
as coisas é indispensável uma razão intermediária que venha traduzir e compreender
tudo aquilo que essa razão direta lhe oferece e, possuidora então de todos esses
elementos, levar para a razão consciente, que, então, indicará os meios práticos, básicos
e reais para todas as construções universais.

9 CRENÇA NA LEI DE IMORTALIDADE


1 Toda a ação manifestada pelo Ser Humano no Universo já tem, na atualidade, a
possibilidade de obedecer à verdade representada através das normas estabelecidas
pelos códigos perenes e imutáveis de Leis Naturais que regem o Universo. E este, por
ignorar estas verdades, tem acumulado até o presente momento um enorme cabedal de
ignorância quando já devia ser considerado como um sábio em cultura e conhecimento.
Afinal, já se sabe que no Universo tudo são Leis, dentro delas tudo é bem, porém, fora
das mesmas, nada é definitivo ou seguro; Eis que para o Ser Humano viver feliz e
equilibrado, enfim, integrado com este Universo do qual é parte integrante, segundo tais
Leis, lhe é essencialmente necessário, bem como racionalmente justificável, o estudo,
desvendamento e/ou coligimento para o real conhecimento, sentimento e uso consciente
30

de seus códigos perenes e imutáveis como um eterno e sempre novo padrão de ação
no seu dia-a-dia de relações.
2 As diversidades de seitas e instituições espiritualistas, em se considerando o estado atual
da humanidade por motivos que não cabe relacionar, não conseguiram, até prova em
contrário, na época atual, conceber e revelar à humanidade as grandes verdades, para
que ela se tornasse uma humanidade sábia e independente, podendo realizar, por si
mesma, aquilo que só é feito por auxilio de força superior.
3 O Ser Humano, quando comum, possui uma vaga impressão de que nem tudo se perde
com a extinção do corpo material, entretanto, a idéia desta perda lhe infunde temor e, no
momento em que se aproxima a hora do fenômeno chamado “morte”, ele, raramente, faz
uma autoanálise do que vai ocorrer futuramente consigo, porque a idéia de perder a vida
para sempre é motivo de aparente inconformismo.
4 O Ser Humano nunca deve concluir uma obra partindo do meio. Ele deve compreender o
alfa e o ômega, princípio e fim de todas as coisas. O Princípio da existência humana, ou
seja, da Obra Homem, no planeta, foi realizado pelo Espírito através dos minerais, pela
formação, em primeiro lugar, da Alma para em seguida ser condensada a parte da
matéria, ou Corpo Físico, e que depois de passar, naturalmente, pelos vegetais e
animais, transforma-se no Ser Humano em virtude do aprimoramento dos elementos que
integram esta matéria.
5 A forma apresentada pela Alma é de acordo com o corpo que ela anima. Se for nos
minerais, sua forma é de uma pedra, evolui até os vegetais para ocupar o formato de uma
planta e depois de aprimorados estes elementos tomam a forma de um animal, para
finalmente, atingir os hominais, cujo formato apresentado pela Alma é semelhante àquele
ocupado pelo Ser Humano na última existência.
6 No plano hominal a Alma é imortal, sendo também isenta de certas necessidades físicas
atribuídas apenas ao Corpo Físico. Entretanto, quando ela perde o corpo em que se
encontrava mergulhada, antes da separação, quando ocorre o desencarne, ela se
apresenta através dos médiuns com todas as impressões emprestadas pelo corpo que
animava, isto acontece com ela e com milhares de outras Almas que, pelo fato de não ter
dado uma conotação espiritual à vida material, esquecem completamente os
compromissos assumidos no Astral, por ocasião do juramento para fins da reencarnação,
ou seja, a reagregação dos elementos constituintes do Corpo Físico, para uma nova
existência, em razão da busca à perfeição, através da evolução, ou seja, a transformação
da matéria em energia.
7 A felicidade ou infelicidade, alegria ou tristeza, vitória ou derrota, bem ou mal, amor ou
ódio, sabedoria ou ignorância, crédito ou débito, luz ou trevas, bem como as realizações
ou decepções pelas quais passa uma Alma no além, são de acordo com os motivos que
a levaram do Plano Material para o Plano Espiritual, podendo ser comparada com a
situação daqueles que, por exemplo, por invigilância e falta de fé praticaram o suicídio,
que é uma infração as Leis, apresentando uma situação que vai da dor à tortura,
deixando seu infrator em total escravidão até completar o tempo previsto para o final da
existência física, concebido quando da preparação para o seu reencarne no seu devido
plano.
8 Os Seres Humanos, sobretudo aqueles que professam o espiritismo, afirmam que a Alma
é um Espírito encarnado e logo que ela perde o corpo, ocasionado pelo fenômeno
chamado de morte, passa a ser novamente um Espírito. No entanto, o Espírito é uma
centelha divina perfeita e dotada de conhecimentos absolutos, e a Alma é um corpo
imperfeito, formado no plano astral para servir de intermediária entre o Espírito e a
Matéria, sendo que ela se encontra ligada à matéria através do Perispírito, que é um
cordão formado de energia causal ou sentil.
31

9 Existem certas doenças do Corpo Físico que são transmitidas para a Alma, assim como
existem muitas doenças da Alma que repercutem no Corpo Físico. Muitas vezes o Ser
Humano se queixa de enfermidades no pulmão, fígado ou coração, a ciência providencia
a terapêutica, possivelmente salvadora, porém, o paciente acaba falecendo em razão do
total padecimento de um dos órgãos citados, isto porque a doença estava fixada em sua
Alma, ou seja, a manifestação partiu de um corpo para o outro.
10 O Ser Humano precisa conhecer a si próprio para se convencer de que é composto de
Espírito, Alma e Corpo Físico. Já há quem afirme comprovadamente que na Natureza
nada se perde, tudo se transforma. Ora, se tudo se transforma e não se perde é evidente
que tudo perdura; e se tudo perdura, tudo é infinito na duração. E, se tudo é infinito na
duração, a morte não existe, pelo menos como até então difundida.

10 JURAMENTO E SIGILO
1 É notório e vale salientar que a Obra Planeta, em sua lenta evolução, que em relação ao
Princípio Criador é natural, também pode ser acelerada, em razão da ajuda do ser
hominal que sobre ele habita, ou seja, da Obra Homem. Ele vai aproximando-se, em
função da evolução, de outra órbita no sistema solar do qual faz parte, logo, fazendo mais
uma verdadeira iniciação na sua trajetória em busca incessante do Princípio Criador,
onde deverá destruir, de si e em si mesmo, todas as formas não condizentes com a
necessidade de sua evolução, quer físicas, quer psíquicas, quer morais, tanto no plano
material, como espiritual, a fim de que, em função das LEIS, conservar seus itens
imutáveis que se encontram em essência em tais formas, não importando o grau de
despertamento da consciência em que se encontra a humanidade que nele habita.
2 Assim, deve encontrar-se o planeta receptivo ao plano que, oportunamente, interpenetrá-
lo-á para tal ascensão; plano este, quando na sua penúltima iniciação, denominado pelo
espiritualismo científico de Plano da Consciência ou Plano da Energia Cósmica, onde
repousam as Leis Naturais que regem o Universo.
3 Segue o planeta no seu equilíbrio dinâmico, silenciosamente, em busca do encontro e
identificação da Consciência pela Luz. Entretanto, levando-se em consideração, em
função não só do Grande Karma Universal - no que se refere à inconsciência de Almas
afins com o mesmo e que nele habitam, mas também dos conscientes, no que se refere a
sua falta de cumprimento dos deveres para com Deus, não se pode precisar o momento
exato da consumação de tal Iniciação, pois que ela é, neste caso, uma realização
individual do orbe.
4 Cabe evidenciar que essas Almas, encarnadas ou desencarnadas, quando não
conscientes de seu trabalho individual e/ou coletivo para com Deus, podem, através da
administração de certos esclarecimentos por parte dos despertos, produzir e/ou favorecer
em si, também, a permanência da cegueira e das trevas em que porventura se
encontrem, afinal “o remédio que cura também pode matar”.
5 Logo, é preciso evidenciar que, não raro, existe a necessidade de utilizar-se do silêncio e
do sigilo pelo ser, no que se refere à fonte do conhecimento adquirido pelo mesmo,
porquanto utilizando de sua conduta espiritual consciente, delineada para seu próprio
engrandecimento, fará atrair, cada vez mais, o necessário em relação “As Verdades” para
tal, e, desta feita, com efeito, cada vez mais estará obtendo, galgando o grau que
naturalmente o elegerá, o conclamará “Membro da Fraternidade Branca Universal”, onde
a felicidade não é, nunca foi, tampouco nunca será efêmera, nem a inconsciência será
eterna.
6 Muito embora com toda e cuidadosa proteção espiritual invisível, a humanidade de um
planeta pode estar, ainda, sujeita ao convívio dos irmãos das trevas, estes que como
felinos atentos aproveitam o vacilo de suas presas para caracterizarem-se, demonstrando
seus instintos.
32

7 Portanto, as observações, ainda que pareçam rígidas, dirigidas ao estudante pela falta
de sigilo e a quebra do juramento do mesmo, não devem ser consideradas por eles, em
relação às Leis, como uma indulgência, mas sim, como um alerta e como um conselho
para o mesmo que tem, quer-se crer, em princípio, a intenção de conhecê-las e viver
somente querendo-as; esperançosamente desejando-as; e imolando-se moralmente
pelas mesmas, pelo simples fato de sentir, de ter Consciência que nada há de superior a
Elas - a Verdade.

11 DIÁLOGO INICIÁTICO

1 P: Meus irmãos, QUAL O OBJETIVO DOS NOSSOS ESTUDOS?


R: O objetivo dos nossos estudos é a busca do SER HUMANO INTEGRAL, segundo:
O CONHECIMENTO, sentimento e uso das Leis Divinas, das Leis Universais, enfim, das
Leis
Naturais que regem o Universo, para, cada vez mais, viver feliz e equilibrado, enfim,
integrado com este Universo, do qual somos partes integrantes. O
AUTOCONHECIMENTO, para, cada vez mais, sabermos discernir, em nós mesmos,
quem somos, de onde viemos e para onde vamos. E a AUTORREALIZAÇÃO, para, cada
vez mais, sabermos compreender, em nós mesmos, qual o Princípio Criador, a Finalidade
da Vida, bem como a Razão de Nossa Existência.

2 P: E QUAL A ABRANGÊNCIA DESSES NOSSOS ESTUDOS, meus irmãos?


R: A abrangência dos nossos estudos é a compreensão em nós mesmos, do Princípio
Criador, da Finalidade da Vida, bem como da Razão da Nossa Existência, através do
estudo e desvendamento de Leis Divinas, de Leis Universais, enfim, de Leis Naturais que
regem O Universo, ou seja, da VERDADE, ainda que revelada, quer religiosa, filosófica
e/ou cientificamente. Afinal, no Universo tudo são Leis; dentro delas tudo é bem; porém,
fora das mesmas, nada é claro, definitivo ou seguro.

3 P: Meus irmãos, COMO PODEMOS COMPREENDER, EM PARTE, O QUE É A


VERDADE?
R: Podemos compreender, em parte, o que é a verdade, como sendo, no mínimo, tudo
aquilo que a razão dita, justificando, no mínimo, através da lógica, e o nosso sentimento,
fruto das nossas experiências, aceita, no mínimo, conferindo, através da nossa
consciência.

4 P: Meus irmãos, COMO PODEMOS REALIZAR ISSO?


R: Podemos realizar isso, no mínimo, buscando conhecer e sentir as características que
demonstram uma Lei Natural, para saber desvendar os seus valores insofismáveis,
caracterizados como códigos perenes e imutáveis; enfim, a Verdade, a fim de que
possamos conhecê-los, senti-los e usá-los, cada vez mais conscientemente, como um
eterno e sempre novo padrão de ação, do nosso dia-a-dia de relações; por conseguinte,
viver, conscientemente, em prol desta grande Obra Divina, da qual somos partes
integrantes.

5 P: Meus irmãos, QUAL O MAIOR DESEJO DA HUMANIDADE DO PLANETA?


R: O maior desejo da humanidade do planeta é o conhecimento, sentimento e uso daquilo
que estabelecem as Leis Divinas, as Leis Universais, as Leis Naturais que regem o
Universo, enfim, a VERDADE, para que possa viver feliz e equilibradamente, em função
Dela, por conhecê-La, senti-La e usá-La.
33

6 P: QUAL A FINALIDADE DA RELIGIÃO, meus irmãos?


R: A finalidade da religião é religar o Ser Humano a Deus.

7 P: E QUAL A MAIOR RELIGIÃO DO SER HUMANO, meus irmãos?


R: A maior religião do Ser Humano é a Verdade. Afinal, só a Verdade realmente liberta.

8 P: Meus irmãos, QUAL O MAIOR DEVER DO SER HUMANO PARA CONSIGO


MESMO?
R: O maior dever do Ser Humano para consigo mesmo é o de pesquisar e analisar, para
compreender, todas as manifestações da vida, projetar e construir, todo conhecimento
teórico/prático, que importe, acerca da mesma, e praticar para evoluir, a fim de que possa,
cada vez mais, conhecer, aproximar e identificar-se com a mesma.

9 P: O QUE PODEMOS ENTENDER COMO UMA LEI, meus irmãos?


R: Uma Lei é uma norma geral, essencialmente necessária e racionalmente justificada,
ditada pela autoridade competente e dotada de sanção. Ela é o fato observável em todos
os seres e/ou a que todos os seres são ou estão sujeitos.

10 P: Meus irmãos, E QUE CARACTERÍSTICAS DEMONSTRAM UMA LEI NATURAL?


R: As características que demonstram uma Lei Natural são: o objeto que reflete a ação, o
agir ou a ação em si mesma, e o centro de onde parte a ação.

11 P: Meus irmãos, O QUE SÃO AS LEIS DIVINAS, LEIS UNIVERSAIS, ENFIM, LEIS
NATURAIS QUE REGEM O UNIVERSO?
R: As Leis Divinas, as Leis Universais, enfim, as Leis Naturais que regem O Universo são
valores Universais que se caracterizam por sua unicidade, perenidade e imutabilidade.
Elas não se transformam, não privilegiam, não beneficiam, tampouco prejudicam ser
algum.

12 P: Meus irmãos, NO QUE AS LEIS UNIVERSAIS SE BASEIAM?


R: As Leis Universais se baseiam em direitos e deveres. Direitos sem deveres é loucura e
deveres sem direitos é servidão.

13 P: E QUAL A MAIOR CARACTERÍSTICA DAS LEIS MATERIAIS, meus irmãos?


R: A maior característica das Leis Materiais, ao contrário das Leis Universais, é a de que
elas se caracterizam por sua relatividade, ou seja, estão transformando-se sempre.

14 P: Meus irmãos, DE ONDE PARTEM E ONDE PODEMOS ENCONTRAR AS LEIS


DIVINAS, AS LEIS UNIVERSAIS, ENFIM, AS LEIS NATURAIS QUE REGEM O
UNIVERSO?
R: As Leis Divinas, as Leis Universais, enfim, as Leis Naturais que regem o Universo
partem de
Deus, e podemos encontrá-las tanto na Natureza quanto no Ser humano, que é a sua
maior representação consciente no Universo. Elas repousam na consciência do Ser
Humano, que aguarda apenas o momento que surja, diante de si, verdades que se
combinem e lhe permitam ser despertada, conhecida e utilizada, pelo mesmo, cada vez
mais, intensamente, a fim de ser, cada vez mais, expandida.

15 P: Meus irmãos, QUAIS AS LEIS NATURAIS QUE SE CONSTITUEM NAS TRÊS


COLUNAS BÁSICAS QUE SUSTENTAM O TEMPLO DA REALIDADE ABSOLUTA?
34

R: As Leis Naturais que se constituem nas três colunas básicas que sustentam o templo
da
Realidade Absoluta são: a Lei de Imortalidade, a Lei de Reencarnação e a Lei de
Mediunidade.
A Lei de Imortalidade é a Lei Natural que indica e denuncia o produto final do trabalho da
eterna transformação dos elementos fundamentais formadores do Ser Humano, quando
atingem o estado de justa perfeição. A Lei de Reencarnação é a Lei Natural que indica e
normatiza os trabalhos da plenitude da existência, caracterizados pela eterna alternância
ritmada entre a condensação e descondensação, ou seja, conservação e destruição dos
elementos fundamentais formadores do Ser Humano, até atingirem o estado de justa
perfeição.
E a Lei de Mediunidade é a Lei Natural que indica e normatiza a eterna comunicabilidade
extrassensorial entre os seres humanos, encarnados e desencarnados, e entre estes e os
planos divinos, demonstrando, factualmente, a intimidade, em disponibilidade, da
irmandade universal que existe na pluralidade dos mundos, hierarquicamente habitados e
de maneira idêntica, no Universo, situados, em função da finalidade da Obra Ser Humano
sobre a Obra Planeta, em sua abreviada evolução, bem como ao equilíbrio dinâmico da
Obra Universo, em sua eterna expansão.

16 P: Meus irmãos, QUAIS AS LEIS NATURAIS QUE SE CONSTITUEM NAS TRÊS


COLUNAS BÁSICAS QUE SUSTENTAM O TEMPLO DA REALIDADE RELATIVA?
R: As Leis Naturais que se constituem nas três colunas básicas que sustentam o templo
da
Realidade Relativa são: a Lei de Liberdade, a Lei de Moral e a Lei de Trabalho. A Lei de
Liberdade é a Lei Natural que o Ser Humano utiliza para se determinar a agir na
construção do seu destino moral. A Lei de Moral é a Lei Natural que o Ser Humano utiliza
para normatizar e reger o seu agir no cumprimento das outras Leis Naturais, em razão da
construção do seu destino moral. E a Lei de Trabalho é a Lei Natural que o Ser Humano
utiliza para realizar o seu agir no cumprimento de todas as outras Leis Naturais, em
função da construção do seu destino moral, segundo o que indica a Moralidade do
Universo que a conduta dos corpos celestes denuncia; portanto, segundo aquilo que
estabelecem as Leis Divinas, as Leis Universais, enfim, as Leis Naturais que regem o
Universo.

17 P: PORQUE PODEMOS AFIRMAR QUE NO UNIVERSO TUDO É RELATIVO, meus


irmãos?
R: Podemos afirmar que no Universo tudo é relativo, porque nada é composto de um só
elemento indivisível.

18 P: SE QUISERMOS COMPREENDER O TODO DA VIDA, POR ONDE DEVEMOS


COMEÇAR, meus irmãos?
R: Se quisermos compreender o todo da vida, comecemos por uma das suas partes mais
próximas e mais relevantes: nós mesmos.

19 P: E O QUE É VIVER, meus irmãos?


R: Viver é ser e estar em relação com o todo do qual se é parte integrante; afinal, no
organismo as partes funcionam em função do todo, e na sociedade o todo funciona em
função das partes, porquanto nada vive no isolamento absoluto.

20 P: O QUE SIGNIFICAM AS RELAÇÕES, meus irmãos?


R: As relações significam ajuda mútua.
35

21 P: E QUAL O VALOR SIGNIFICATIVO REAL DAS RELAÇÕES HUMANAS, meus


irmãos?
R: O valor significativo real das relações humanas, não é, nem está, na busca de
segurança, satisfação e/ou felicidade, mas sim, nas autorrevelações, para que possa
haver o autoconhecimento; afinal, o Ser Humano não vive sem o saber, enfim, sem o
conhecimento. Contudo, o único conhecimento que o Ser Humano, decididamente, não
pode nem deve desprezar, é o conhecimento de si mesmo, pois que nenhuma verdade
pode ficar eternamente oculta, tão pouco ocultada, principalmente a verdade acerca de
nós mesmos.

22 P: Meus irmãos, QUAIS AS TRÊS POTÊNCIAS REALIZADORAS DO UNIVERSO?


R: As Três Potências Realizadoras do Universo são: Deus, a Natureza e o Ser humano.

23 P: COMO PODEMOS COMPREENDER, EM PARTE, DEUS, meus irmãos?


R: Podemos compreender, em parte, Deus, como sendo a Vida das Leis Universais. Ele é
a Razão Suprema e Absoluta do Bem. O Grande Arquiteto do Universo. O Incriado e
Criador de todas as coisas que existem, existiram e que vierem a existir. A Causa Prima
do Universo. O Centro Absoluto de onde partem todas as ações.

24 P: E A NATUREZA, meus irmãos?


R: A Natureza é as Leis Universais. Ela é o conjunto de todas as vibrações contidas no
Universo, caracterizadas como manifestação secundária de Deus, produzidas pelo Seu
movimento.

25 P: E O SER HUMANO, meus irmãos?


R: O Ser Humano é o repouso e representação das Leis Divinas, das Leis Universais,
enfim, das Leis Naturais que regem o Universo. Ele é a maior obra do Grande Arquiteto
do Universo.

26 P: Meus irmãos, O QUE É O SER HUMANO FANÁTICO?


R: O Ser Humano fanático é aquele que afirma, exageradamente, tudo sobre determinada
coisa, sem saber e sem praticar para sentir.

27 P: O QUE É O SER HUMANO ATEU, meus irmãos?


R: O Ser Humano ateu é aquele que nega, exageradamente, tudo sobre determinada
coisa, sem analisar para compreender e praticar para sentir.

28 P: O QUE É O SER HUMANO RACIONAL, meus irmãos?


R: O Ser Humano racional é aquele que crê no que é, crê no que pode ser e nada nega
ou afirma do que possa ser.

29 P: O QUE É O SER HUMANO SÁBIO, meus irmãos?


R: O Ser Humano sábio é aquele que crê naquilo que sabe e no que o seu sentimento diz
para crer.

30 P: Meus irmãos, QUANDO O SER HUMANO TEM FÉ?


R: O Ser Humano só tem fé quando ele tem confiança, convicção e certeza do que afirma
ou nega, porque sabe e sente, enfim, porque realmente conhece.

31 P: COMO PODEMOS COMPREENDER A RELAÇÃO DO SER HUMANO PARA COM


DEUS, meus irmãos,?
36

R: Podemos compreender a relação do Ser Humano para com Deus, considerando o


Ser Humano um Deus em estado relativo.

32 P: Meus irmãos, SENDO O SER HUMANO UM DEUS EM ESTADO RELATIVO, QUE


FORÇA FAZ COM QUE ELE PROCURE SE IDENTIFICAR COM O ABSOLUTO?
R: O que faz com que o Ser Humano procure se identificar com o absoluto é a
Necessidade, pois, se existe toda esta Grande Obra criada, é porque existe um Criador;
logo, é essencialmente necessário, bem como racionalmente justificado, que o criado
busque o seu Criador, para que assim exista um real sentido da vida, em todos os seres.
Afinal, na natureza não existe perda. Nada pode deter o poder da força da Lei de
Evolução.

33 P: QUAL A ESTRUTURA DO SER HUMANO PARA COM A VIDA, meus irmãos?


R: O Ser Humano é uma trindade composta do Espírito - O Centro de onde parte todas as
ações; da Alma - O Agir; e do Corpo Físico - O Objeto em que se refere às ações.

34 P: Meus irmãos, O QUE É O ESPÍRITO?


R: O Espírito é uma centelha Divina emanada de Deus, com a finalidade de dar Vida e
condução a todas as coisas, inclusive, à Trindade Humana, ou melhor, à Obra Ser
humano.

35 P: E A ALMA, meus irmãos?


R: A Alma é um corpo formado de matéria quintessenciada do Plano Médio da Natureza,
criado e vivificado pelo Espírito, com a finalidade de construir e conduzir o Corpo Físico
em sua evolução.

36 P: E O CORPO FÍSICO, meus irmãos?


R: O Corpo Físico é o corpo formado de elementos grosseiros da Natureza, construído e
conduzido pela Alma, que o utiliza para agir em função dos objetivos da Lei de
Necessidade, considerando a finalidade da Obra Ser Humano sobre a Obra Planeta, bem
como ao equilíbrio dinâmico da Obra Universo, em sua eterna expansão.

37 P: O QUE É O PERISPÍRITO, meus irmãos?


R: O perispírito é um órgão sutil e sensitivo, formado de energia sensitiva, onde se
gravam as sensações materiais, das ações da trindade humana. Este órgão liga a Alma
ao Corpo Físico, através de chacra umbilical.

38 P: Meus irmãos, QUAIS AS PARTES DA GRANDE OBRA DE DEUS, O GRANDE


ARQUITETO DO UNIVERSO?
R: As partes da Grande Obra do Grande Arquiteto do Universo são: a Obra Universo, a
Obra Planeta e a Obra Ser humano.

39 P: Meus irmãos, E QUAL A FINALIDADE DA OBRA SER HUMANO SOBRE A OBRA


PLANETA?
R: A finalidade da Obra Ser Humano sobre a Obra Planeta é a de ajudá-la em sua
evolução, tanto natural quanto abreviadamente, por conseguinte, ao equilíbrio dinâmico
da Obra Universo, em sua eterna expansão.

40 P: Pois bem, meus irmãos, E NO QUE SE RADICA A SABEDORIA DO SER


HUMANO?
R: A Sabedoria do Ser Humano se radica no seu sentimento. Afinal, senão nada, pouco
adianta saber sem praticar para sentir.
37

41 P: Meus irmãos, E O QUE É SENTIMENTO?


R: O sentimento é o fruto das experiências que o Ser Humano não só passa ou adquire,
mas que, também, aprende e sente de suas experiências, em suas existências
sucessivas.

42 P: E O QUE É O PENSAMENTO, meus irmãos?


R: O pensamento é um corpo formado de matéria astral da Natureza e matéria mental do
Ser Humano, o seu criador.

43 P: QUE DIFERENÇA SIGNIFICATIVA EXISTE ENTRE SENTIMENTO E


PENSAMENTO, meus irmãos?
R: Uma das diferenças significativas entre sentimento e pensamento, é a de que, ao
contrário do sentimento, o pensamento é um corpo, portanto ocupa espaço e tempo. No
entanto, são os nossos pensamentos que refletem os nossos sentimentos, ou seja, a
nossa sabedoria.

44 P: Meus irmãos, COMO PODEMOS ENTENDER A CONCENTRAÇÃO E A


MEDITAÇÃO?
R: Podemos entender a CONCENTRAÇÃO como sendo a direção da atenção num só
ponto, fixando o pensamento no objetivo desejado, com fim de sua realização. E a
MEDITAÇÃO como sendo um estado em que se passa a refletir, persistentemente, sobre
um assunto, procurando conhecer, sentir e identificar-se, o máximo possível, com o
mesmo, com o fim, inclusive, de ajudá-lo.

45 P: Meus irmãos, QUANDO O SER HUMANO TEM DIREITOS?


R: O Ser Humano só tem direitos quando cumpre com seus deveres perante A DIVINA
LEI.

46 P: Meus irmãos, O QUE É A DIVINA LEI?


R: A Divina Lei é a recompensa que todo Ser Humano recebe, em função de suas obras;
afinal, o Ser Humano é produto e produtor do meio no qual se insere, pois é, também, o
resultado do que sente, pensa e age, enfim, de suas realizações.

47 P: E QUAIS OS PRINCIPAIS CÓDIGOS ESTABELECIDOS PELA DIVINA LEI, meus


irmãos?
R: Os principais códigos estabelecidos pela Divina Lei são: A Harmonia, O Amor, A
Verdade e A Justiça.

48 P: Meus irmãos, O QUE SE PODE ENTENDER COMO DEUS?


R: Pode-se entender como Deus: A Lei Maior, Justa, Perfeita e Imutável; a Vida do
Absoluto. Ele é infinito na duração e extensão, porém, finito na distância.

49 P: COMO O AMOR É RECONHECIDO PELOS SERES HUMANOS, meus irmãos?


R: O amor é reconhecido pelos seres humanos como sendo a atração artificial e
superficial entre dois seres.

50 P: E COMO NÓS RECONHECEMOS O AMOR, meus irmãos?


R: Nós reconhecemos o amor como sendo a atração essencial e natural entre os seres.

51 P: COMO PODEMOS ENTENDER, EM PARTE, O VERDADEIRO AMOR, meus


irmãos?
38

R: Podemos entender, em parte, o verdadeiro amor cumprindo com nossos deveres


para conosco, para com o nosso semelhante, para com o planeta, bem como para com o
Universo, enfim, para com Deus.

52 P: DEUS PERDOA OU CONDENA OS SERES HUMANOS, meus irmãos?


R: Não. Deus não perdoa nem condena, pois condenar é injustiça e perdoar é faltar com o
cumprimento da Lei de Justiça. Afinal, no Universo tudo são Leis. Elas baseiam-se em
direitos e deveres. Direitos sem deveres, no Ser Humano, produzem a loucura e, na
sociedade, instalam a anarquia; e deveres sem direitos, no Ser Humano, produzem a
servidão e, na sociedade, instalam a escravidão.

53 P: Meus irmãos, COMO PODEMOS CONCEBER A EXISTÊNCIA DE DEUS?


R: Podemos conceber a existência de Deus amando a tudo que existe, pois em tudo que
existe, Ele está presente, vivificando e conduzindo, enfim, dando vida e movimento.

54 P: Meus irmãos, COMO PODEMOS PROVAR ISTO, OU SEJA, A VIDA EM TODAS


AS COISAS?
R: Podemos provar a Vida pelo movimento inegável, inconteste e autossustentável que
existe em todas as coisas, pois o movimento é vida, e vida é ação, que é e gera
progresso.

55 P: QUAL A FORÇA QUE IMPULSIONA O PROGRESSO DE TUDO QUE EXISTE,


meus irmãos?
R: A força que impulsiona o progresso de tudo que existe é a Necessidade.

56 P: QUAL A FORÇA QUE REGE TODAS AS FORÇAS, meus irmãos?


R: A força que rege todas as forças é a Moral.

57 P: E O QUE É A MORAL, meus irmãos?


R: A moral é a ciência dos deveres e direitos. Ela é a Lei Natural que o Ser Humano deve
utilizar, para normatizar e reger o seu pensar e agir no cumprimento das outras Leis
Naturais, para a construção do seu destino moral, considerando a finalidade da Obra Ser
Humano sobre a Obra Planeta.

58 P: Meus irmãos, E QUAL A MORALIDADE QUE O SER HUMANO DEVE


EMPREENDER PARA O SEU BEM VIVER, DO SEU SEMELHANTE, BEM COMO DO
MEIO EM QUE VIVE?
R: A Moralidade que o Ser Humano deve empreender, para o seu bem viver, do seu
semelhante, bem como do meio em que vive, é a Moralidade Universal, ou seja, aquela
que a conduta dos corpos celestes denuncia, segundo é demonstrado, inclusive, pelo
equilíbrio dinâmico, deste mesmo Universo.

59 P: Meus irmãos, QUAL A FORÇA QUE VENCE TODAS AS OUTRAS?


R: A força que vence todas as outras forças é a “não violência”.

60 P: Meus irmãos, COMO PODE O SER HUMANO ADQUIRIR A FORÇA?


R: O Ser Humano só poderá adquirir a força quando submeter suas ações ao que
estabelecem as Leis Divinas, as Leis Universais, enfim, as Leis Naturais que regem O
Universo.

61 P: Meus irmãos, DE ONDE SE ORIGINOU O SER HUMANO?


R: O Ser Humano se originou de Deus.
39

62 P: E QUAL O FIM DELE, meus irmãos?


R: O fim dele será em Deus.

63 P: Meus irmãos, O SER HUMANO CHEGA EM DEUS COM ESTE CORPO FÍSICO?
R: Não. O Ser Humano chega em Deus através das transformações ininterruptas e
sucessivas de sua matéria condensada em energia absoluta, perfeita e consciente,
segundo o que estabelecem as Leis Divinas, as Leis Universais, enfim, as Leis Naturais
que regem o Universo. Eis que conforme a Planificação Divina, o Ser Humano chega em
Deus em energia pura, perfeita e ciente.

64 P: QUANTOS E QUAIS SÃO OS PLANOS DE EVOLUÇÃO DA MATÉRIA, meus


irmãos?
R: Os planos de evolução da matéria são sete: Material ou Necessidade, Astral ou
Vontade, Mental ou Imaginação, Bhúdico ou Inteligência, Nirvânico ou Verdade,
Paranirvânico ou Consciência e Mahaparanirvânico ou Ciência.

65 P: E OS PLANOS DE EVOLUÇÃO DAS ENERGIAS, meus irmãos?


R: Os planos de evolução das energias são sete: Bhur-Loka, Bhuvar-Loka, Svar-Loka,
Mahar-Loka, Janar-Loka, Tapar-Loka e Satya-Loka.

66 P: QUANDO O SER HUMANO APERFEIÇOA SUA MATÉRIA, TRANSFORMANDO-


A EM
ENERGIA, ESTAS SEGUEM LOGO PARA OS PLANOS DAS ENERGIAS, meus
irmãos?
R: Não. Existe um plano intermediário chamado kamaloka, onde a trindade é desfeita,
voltando o Espírito para Deus e os centros de força, tanto da Alma, quanto do Corpo
Físico, seguem, hierarquicamente, para os planos de energias.

67 P: Meus irmãos, POR QUE O SER HUMANO SOFRE?


R: O Ser Humano sofre porque, se não ignora, esquece ou inobserva o que estabelecem
as Leis Divinas, as Leis Universais, enfim, as Leis Naturais que regem O Universo,
através de seus códigos perenes e imutáveis.

68 P: QUAIS AS CAUSAS DAS DOENÇAS, meus irmãos?


R: As doenças são causadas pelo enfraquecimento dos plexos e chacras do Ser Humano,
enfim, dos seus centros de forças.

69 P: Meus irmãos, O QUE DIZEM OS SERES HUMANOS SOBRE AS FORMAS


MENTAIS OU PENSAMENTOS CRIADOS PELOS MESMOS?
R: Eles dizem que estas se gravam no Corpo Físico, em sua memória e, com a morte ou
passamento, estas se desligam do mesmo, libertando-o.

70 P: E ISTO É VERDADEIRO, meus irmãos?


R: Não. Isto não é verdadeiro, pois as formas mentais gravam-se na Alma ou Corpo Astral
do homem, a fim de que ela liberte-se dessas formas, através do aprendizado e
sentimento, segundo a Lei de Karma, a Justiça Universal. Afinal, aquilo que se dá se
recebe, toda causa tem um efeito idêntico correspondente, bem como toda ação provoca
uma reação igual e em sentido contrário.

71 P: Meus irmãos, O QUE DEVE FAZER O SER HUMANO PARA NÃO MAIS SOFRER
E FAZER SOFRER?
40

R: O Ser Humano, para não mais sofrer e fazer sofrer, deve sentir, pensar e agir de
forma que, seus sentimentos, pensamentos, atos e obras sejam, expressem e/ou se
convertam em Lei
Universal; afinal, no Universo tudo são Leis. Dentro delas tudo é bem; porém, fora das
mesmas, nada é definitivo ou seguro. Bom que se repita.

72 P: QUAIS SÃO OS VÍCIOS CAPITAIS QUE O SER HUMANO DEVE EMPREENDER


EM
MORALIZAR, EM SI MESMO, meus irmãos?
R: Os vícios capitais que o Ser Humano deve empreender em moralizar, em si mesmo,
são: o Orgulho, a Cólera, a Inveja, a Luxúria, a Gula, a Preguiça e a Avareza.

73 P: Meus irmãos, E QUAIS SÃO AS VIRTUDES CAPITAIS QUE O SER HUMANO


TEM, COMO RECOMPENSA PELA MORALIZAÇÃO DOS SEUS VÍCIOS?
R: As virtudes capitais que o Ser Humano tem, como recompensa da moralização dos
seus vícios, são: a Fortaleza, a Temperança, a Prudência, a Perseverança, a Esperança,
a Caridade e a Fé.

74 P: Meus irmãos, COMO PODE O SER HUMANO REALIZAR AQUILO QUE


NECESSITA OU DESEJA?
R: O Ser Humano pode realizar aquilo que necessita ou deseja, quando ele usar do
querer para saber e sentir, bem como do ousar para calar.

75 P: Meus irmãos, QUANDO O SER HUMANO PODE TER CONFIANÇA, CONVICÇÃO


E
CERTEZA DA CONCLUSÃO DAS SUAS OBRAS OU REALIZAÇÕES?
R: O Ser Humano pode ter confiança, convicção e certeza da conclusão de suas obras ou
realizações quando souber direcionar os seus pensamentos com inteligência, sem
precipitações, conhecendo o princípio, o meio e o fim do que necessita ou deseja.

76 P: Meus irmãos, NO UNIVERSO EXISTE O MAL COMO CAUSA?


R: Não. No Universo o mal não existe como causa. Ainda que oportunamente construído,
pelo Ser Humano, é impossível ele, por si só, subsistir. É provadamente falsa a teoria do
mal como causa, bem como a teoria do fracasso como efeito, porquanto não construímos,
senão para a eternidade. No Universo tudo é e tende ao bem. Eis que o mal é o bem mal
dirigido. Na ordem física ou religiosa, o mal é a resistência às Leis Divinas, às Leis
Universais, enfim, às Leis Naturais que regem o Universo; portanto, a falta de
conhecimento dessas Leis. Na ordem psíquica ou filosófica, o mal é a negação da razão;
portanto, a falta de conhecimento e sentimento dessas Leis. E na ordem moral ou
científica, é a falta de conhecimento, compreensão e cumprimento, dos deveres sagrados
para com Deus, a Vida das Leis Universais, portanto, a falta de conhecimento, sentimento
e uso dessas mesmas Leis.
Portanto, o mal nada mais é, senão a falta de conhecimento, sentimento e uso das Leis
Divinas, das Leis Universais, enfim, das Leis Naturais que regem o Universo. Leis estas
que deverão ser utilizadas, pelo Ser Humano, como eterno e sempre novo padrão de
ação do seu dia-a-dia de relações, considerando a Finalidade da Vida, bem como a
Razão de nossa Existência.

77 P: Meus irmãos, COMO DEVE O SER HUMANO QUE CONHECE A LÓGICA DA


VIDA USÁ-LA?
41

R: O Ser Humano, quando conhece a lógica da vida, deve usar da mesma para, cada
vez mais, se equilibrar, levando, inclusive, aos seus semelhantes, esta poderosa luz que,
certamente, os libertará das trevas em que porventura se encontrem.

78 P: E COMO O SER HUMANO PODE REALIZAR ISSO, meus irmãos?


R: O Ser Humano pode realizar isso usando daquilo que estabelecem as Leis Divinas, as
Leis
Universais, enfim, as Leis Naturais que regem o Universo, principalmente a Lei de
Liberdade, a Lei de Igualdade e a Lei de Fraternidade.

79 P: Muito bem meus irmãos. Agradeçamos AO NOSSO PAI pela percepção de todas
estas coisas, destas verdades que O MESMO nos ofereceu, dando-nos a condição real
de, cada vez mais, sentir A FRATERNIDADE UNIVERSAL, baseada na lógica da vida,
praticando A SABEDORIA VERDADEIRA, por sentir O DEUS VERDADEIRO.
R: Assim Seja.

CAPÍTULO II - Quanto às Três Potências Realizadoras do Universo: Deus, A


Natureza e O Ser Humano, segundo as Leis Divinas, as Leis Universais, enfim, as
Leis Naturais que regem o Universo.

1 AS TRÊS POTÊNCIAS REALIZADORAS DO UNIVERSO


1 Quando a humanidade afastar do seu pensamento as teorias que têm multiplicado o seu
conhecimento, dividido a sua razão, tornando doente o seu sentimento e criado obras
monstruosas que visam tão somente prejudicar a humanidade em geral, quando o Ser
Humano conseguir, convictamente, libertar-se de todas essas coisas, tornar-se-á perante
si, perante seu irmão e perante sua Divindade, um ídolo realizador de um milagre
consciente, que é produzido pela calma, pela paz, pela sabedoria e pela razão.
2 Os Seres Humanos devem se compenetrar de que só existem três grandes potências
realizadoras no Universo, que se encontram representadas por Deus, a Natureza e o Ser
Humano.
3 Deus é potência soberana, é uma Energia Absoluta que produz, através de seu
movimento contínuo, outras modalidades de energias inferiores que são responsáveis
para a criação da matéria condensada. Portanto, Deus é a vida de tudo o que existe e
tudo o que existe está representado por Deus, quer seja nos minerais, vegetais, animais,
hominais ou nos reinos das energias; Ele é justo e perfeito, eterno, imutável, é a vida
permanente de todas as Leis.
4 A Natureza é a segunda potência realizadora, parte secundária produzida pelo
movimento divino de Deus. A Natureza encerra em si todos os elementos realizadores,
ela é a Mãe Mestra e Serva Universal. Ela ensina a toda a humanidade quem é o
verdadeiro Deus em suas qualidades. Ela ensina à humanidade os princípios das
grandes realizações e demonstra todos os planos utilizados por si na constituição de
todas as formas universais.
5 A Natureza envolve todos os Seres Humanos, oferecendo-lhes sua fartura para que eles
possam realizar suas obras. Perante o pesquisador incansável, ela se despe, mostrando
a beleza que encerra em si. Porém, diante do tolo e ignorante, ela se reveste em função
da nuvem de confusão que existe naqueles que a possuem.
42

6 O Ser Humano é a terceira potência criadora, produzido pela integração de todos os


elementos da Natureza em estado de matéria, sendo capaz de tudo realizar, porque tudo
se encontra em si mesmo. Se o Ser Humano possui, interno em si, Deus e a Natureza,
ele é capaz de tudo realizar, de tudo criar e de tudo concluir na grande obra da
construção universal.

CAPÍTULO III - Quanto à 1ª Potência Realizadora do Universo: Deus, A Vida das Leis
Universais

Deus, a Vida do Absoluto;


a Energia Eterna e Consciente
que a tudo criou, cria e criará;
que a tudo envolve, penetra e vivifica,
é infinito na duração e extensão,
porém finito na distância.

1 DEUS
1 O planeta Terra, este em que habitamos temporariamente, bem como em outros
pertencentes às diversidades de Galáxias, teve suas criações promanadas de uma
mesma força, ou seja, Deus, Criador e Incriado, Misericordioso e Eterno, Justo e Perfeito,
Supremo e Vivificador, Vida de Todas as Leis, estas que vêm baixando de vibrações até
criarem a matéria, para oferecer oportunidade ao Ser Humano de estudar e sentir.
2 É comum ouvir a discussão entre Almas encarnadas e desencarnadas, quanto à
existência de Deus, sobretudo aquelas que são portadoras da incredulidade, porque o
mal do Ser Humano não está na crença, mas sim, na descrença; esta que, juntamente
com o livre arbítrio, se combinam para, não raro, promover más determinações que o
conduzirá a reflexões meditativas, por não compreender que a criatura é a obra e o
Criador, seu Arquiteto. Precisamos sentir também que Deus não é um Ser Humano, não
castiga nem perdoa e não muda de conceito para atender a pedidos que lhe são feitos
constantemente, sendo, portanto, finito e alcançável na distância, porém, infinito na
duração e extensão.
3 Deus é uma Energia Absoluta e, através de seu movimento incessante, produz outras
energias relativas que se transformam para criarem a matéria, que é perfeitamente visível
aos olhos físicos. Portanto, Deus se encontra em tudo o que existe e tudo o que existe se
encontra em Deus. Assim, Deus está nos minerais e os minerais estão em Deus; Deus
está nos vegetais e os vegetais estão em Deus; Deus está nos animais e os animais
estão em Deus; Deus está nos hominais e os hominais estão em Deus; Deus está nas
energias e as energias estão em Deus.
4 Todo conhecimento adquirido pelo esforço sobre aquilo que se quer aprender através da
causa, vem a se constituir na ciência que se resume num conhecimento, tomando como
padrão as Leis Universais. Porém, os cientistas devem fazer suas investigações tomando
como base de toda orientação, seu sentimento, porque se o seu estudo for uma
confirmação de idéias de seus antecedentes, dificilmente eles chegarão a uma conclusão
racional, levando em conta que esta não foi alcançada pela introdução de suas análises,
da crença que certamente iria lhes proporcionar o conhecimento de si próprio e assim,
chegar à compreensão de tudo que existe, pelo fato de conseguir mudar os padrões
convencionais até agora aceitos, advindos da ampliação das teorias anteriores que, como
evidenciado, não foram suas.
43

5 A necessidade já exige que num futuro bem próximo seja introduzido nas escolas, o
aprendizado obrigatório das Leis Naturais. Assim, quando o estudante passar pelo curso
primário e chegar a concluir o curso superior, não ignorará, por exemplo, a Lei de Causas
e Efeitos e, desse modo, não se revoltará com a humanidade, pelo fato da ocorrência de
acontecimentos que, à primeira vista, parecem estar enquadrados na lei comum - que
analisa tudo fixando como padrão uma única existência, isto é, que ao fim da vida tudo se
acaba para aqueles personagens que porventura, tenham se enquadrado nos itens
estabelecidos nessa Lei.
6 Nos vários setores de atividades humanas existem a ciência espiritual e a ciência
material, sendo que esta é uma manifestação grosseira da primeira, não importando a
beleza que ela proporciona através dos esforços de seus pesquisadores, isto porque toda
vez que um ser encarnado luta para alcançar um objetivo fazendo uso de sua
inteligência, pela combinação com suas necessidades materializadas, e se não houver
sentimento na obra realizada, no momento de seu desencarne os elementos da parte
material que operavam em conjunto pela ligação de energias na câmara mental deixam
de fazê-lo, levando em conta que não existe mais aquela força que o incentivava, ou seja,
a Alma vivificada pelo Espírito, sendo que o resultado de toda realização ligada àquela
obra fica gravada em seu perispírito. Assim esse cientista, desconhecedor que é das Leis
Universais, vai estagiar num plano de impressões por ele criado, até que a obstinação
seja substituída pela renúncia.
7 A Fé, nos meios religiosos, é conhecida como uma crença, mas esta deve ser entendida
como uma convicção. Um reconhecimento daquilo que foi adquirido pela sabedoria, pois
da mesma forma que a ciência se apóia na liberdade de consciência para realizar, a fé
proporciona uma recompensa ao conhecimento alcançado por esta ciência. O fanatismo,
a superstição, o mistério e a morte são elementos básicos sustentados pelas religiões,
para difundir suas doutrinas e fazer com que seus seguidores permaneçam ignorando
tudo o que se encontra dentro da lógica e da razão, para acreditar que a vida é finita.
Esta dedução errônea tem levado a humanidade, displicente, a superlotar os manicômios
com suas doenças mentais.
8 Ser religioso não é ser descrente, ser religioso não é acreditar em um Deus particular que
agrada a cada uma de suas seitas, ser religioso, portanto, é o Ser Humano que cumpre
com seus deveres baseados nas Leis.
9 A humanidade tem depositado sua crença nas religiões, atirando suas moedas metálicas
aos pés dos ídolos, na esperança de receberem, como retribuição, a cura de suas
enfermidades e também alcançar um ideal almejado. Mas como a maioria dessa
população não teve seus pedidos atendidos, então se afastou dos templos religiosos
alegando que seus instrutores não possuem conhecimento para solucionar seus
problemas.
10 O que a humanidade precisa é de ensinamentos capazes de despertá-la para que possa
visualizar as grandes verdades e aprender a realizar, por si, aquilo que outrora só podia
ser conseguido pelas promessas, com o auxilio de forças superiores.
11 A maioria dos seres encarnados vive se lamentando quanto a situações privilegiadas que
detêm certas pessoas, julgando que elas deveriam distribuir suas riquezas com aqueles
menos favorecidos. Como isto normalmente não acontece, eles chegam a desacreditar
em Deus por ter permitido que tais fatos venham a acontecer.
12 Ora, se o Ser Humano tivesse a capacidade de visualizar suas existências passadas ele
chegaria à conclusão de que não existe determinismo de Deus para com o Ser Humano,
sendo este o construtor de seu próprio destino, isto porque não existe efeito sem causa,
logo, esses são impossíveis de serem modificados para satisfazerem aos pedidos que
são endereçados ao Alto, cada vez que se manifesta a dor na criatura humana.
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2 DEUS, A DIVINA LEI


1 Da idéia do fantástico os Seres Humanos vivem a fantasia, que é efêmera, e da idéia do
maravilhoso, vivem, eles, a ilusão do inconcebível. São estas coisas que tornam Deus,
para o Ser Humano, um Ser Humano autoritário e déspota, porque entendem eles que
Deus é, ou melhor, fez o Ser Humano “a sua imagem e semelhança”. Logo, tudo referido
ao Ser Humano agora, também Deus assim o é. Tal semelhança deve ser compreendida
na sua essência, ou seja, na energia que constitui cada átomo do seu corpo. Não essa
energia descoberta pela ciência oficial com a cisão atômica diga-se, violentamente, mas
sim a que lhes traz a vida e movimento, esta cujas manifestações formam a variedade e
se produzem no vasto Campo Universal, quer física, química, dinamicamente, etc.,
através das Leis imutáveis que não se modificam e se rotulam como a base da realidade
por serem eternas e absolutas. Basta ao Ser Humano pesquisar até cientificamente
concluir.
2 Rotular Deus com frases: Deus é amor, é verdade, é justiça, é harmonia, evidencia o fato
de que Ele é a Razão Suprema e Absoluta do Bem, e não mudaria de opinião, como faz o
Ser Humano cada vez que lhe é feito um pedido, levando em consideração sempre o seu
orgulho, amor próprio, ambição, etc. Deus é a Vida das Leis, é a Lei Maior, Justa,
Perfeita, Imutável e não mudaria para privilegiar nenhum ser. Por ser Lei, quando o Ser
Humano age fora dos códigos que Ela estabelece, ele próprio provoca seu castigo, por
promover sua própria justiça, já que “na causa vem embutido o efeito”. Logo, não é Deus
quem castiga e se, ao contrário, esse Ser Humano cumpre a Lei, seguindo-a, recebe a
sua recompensa. Também não é Deus quem o premia, mas sim é seu direito adquirido
por cumprir com seu dever. Portanto, o amor Dele é por todos os seus filhos, partículas
suas, indistintamente iguais.
3 Como evidenciado, Ele não condena nem absolve, basta cada qual viver equilibrado
cumprindo com as Leis. Condenar seria de Sua parte uma injustiça, afinal, Ele é justiça,
porém, perdoar seria também faltar com o cumprimento da Lei de Justiça. E são essas
Suas Leis que fazem cumprir com o que é determinado para evolução de cada um dos
Seres Humanos, e estes devem procurar conhecer e cumprir a Lei para viverem suas
existências equilibrados por ela.
4 Colocou-se, também, Deus num pedestal a julgar os Seres Humanos trazendo-os para
junto a Si, de um lado “os bons” e do outro “os maus”. Entretanto, estes dogmas têm
enegrecido o Ser Humano, tornando-o escravo da inconsciência. Também tais dogmas
evidenciam que Deus está em todas as partes, caracterizando ser Ele a força suprema do
Universo, logo não se pode negar sua presença em todas as coisas existentes no
Universo, até mesmo no mais asqueroso verme existente. Assim, negar Deus dando vida
a todas as coisas e querendo evidenciar Sua presença somente no Ser Humano é
subestimá-Lo, ou melhor, é não senti-Lo.
5 Da eternidade de Deus podemos concluir que Este é infindável, ou seja, infinito na sua
durabilidade, bem como na sua extensão. Do Seu alcance, porém, podemos dizer que
Ele é finito na distância, o que significa dizer que Ele é alcançável à proporção que o Ser
Humano evolui, progride, pois que tudo partiu do mesmo, e Ele não se afastaria à
proporção que suas partículas volvessem a Si. Se assim fosse, estaria Ele também se
distanciando porque também estaria evoluindo, e Ele não evolui, pois que É a vida da
própria evolução, É o absoluto, ou melhor, a Vida do Absoluto.
6 Considerando isto, deve reconhecer o Ser Humano que Deus denota em Si, bem como é
expresso em tudo do Universo, duas partes: a absoluta e a relativa. A absoluta, através
de seu movimento, cria, produz energia, esta que é relativa a Ele e que atinge níveis de
vibrações que chegam até a condensar-se materialmente, o que significa dizer que
também existe esta parte em Deus. Portanto, podemos concluir que Deus está em tudo
que existe e tudo que existe está em Deus.
45

3 A VIDA
1 A humanidade precisa se conscientizar de que tudo o que existe no Universo partiu de
um princípio inteligente e absoluto, gerando, em consequência, as diversidades de
manifestações visíveis, chamadas de relativo, sendo que estas, ao perderem
gradativamente sua relatividade, vêm a se transformar novamente no Absoluto. Precisa
saber também que a Vida não é um atributo peculiar dos animais e vegetais, que se
delimita por um espaço de tempo que vai do nascimento até a morte.
2 Sendo o Ser Humano um pequeno Universo, ele pode ser considerado como uma
potência realizadora, composto que é de uma centelha absoluta denominada de Espírito,
de um corpo quintessenciado ou Alma e da parte derivada da integração dos elementos
fornecidos pela Natureza, que é o Corpo Físico.
3 Este Ser Humano possui interiormente toda esta grandeza. Entretanto, pela falta de
orientação Espiritual, através do aprendizado das Leis, é, na maioria das vezes, levado
aos desregramentos, cometendo verdadeiras infrações ao seu Corpo Físico, encurtando
assim sua existência, ao invés de prolongá-la.
4 O corpo material não é somente um veículo oferecido à Alma para resgate de dívida. Esta
correção só se faz necessária para o Ser Humano que infringe as Leis Universais e
experimenta, em consequência, o efeito da causa cometida, para adquirir a experiência
correspondente.
5 Vários são os motivos pelos quais o Ser Humano é levado a diminuir os seus dias de
Vida Material, sendo que um dos mais influentes é a falta de conhecimento de seus
centros de força, que se encontram condensados pelas energias em estado latente.
Estas energias, ao diminuírem suas vibrações pelo desregramento do Ser Humano,
acarretam um desequilíbrio em seu sistema orgânico, ocasionando as diversidades de
doenças por nós conhecidas.
6 O Ser Humano só compreenderá a verdadeira filosofia da Vida quando der uma
conotação Espiritual aos seus procedimentos materiais, compenetrando-se, por
conseguinte, que é uma Alma encarnada e dispensando a esta matéria um tratamento
superior a qualquer bem de estimação, posto que ela é o aparelho de maior significação
que a Alma dispõe na face da Terra.
7 Muitos há que, por falta de orientação Espiritual, ou seja, por não terem conhecimento
acerca da filosofia da Vida, lutam para conquistar determinados bens materiais, com o
objetivo apenas de conseguir posição de destaque junto à sociedade, esquecendo-se de
conservar o seu Corpo Físico e praticando, com isto, uma espécie de suicídio lento pelo
desgaste desta matéria, encurtando sua permanência na superfície terrena. Só após o
desencarne, quando a Alma se conscientiza de sua situação, é que sobrevém o
arrependimento pela falta de atenção que deveria ser dispensado ao Corpo Físico.

4 VIDA II
1 Tudo o que existe no Universo foi gerado de um princípio, e em cada coisa que existe
encontra-se todas as qualidades existentes neste princípio. Afirmam certas seitas
religiosas que Deus criou o primeiro Ser Humano e lhe ofereceu um paraíso. Que paraíso
poderia oferecer Deus ao Ser Humano, senão o de tornar-se de relativo em absoluto?
Todas as matérias são criadas pelos mesmos elementos constituídos das energias
criadoras, porém, com vibrações variadas, sendo que cada uma delas demonstra uma
qualidade mais aprimorada.
2 Tudo no Universo obedece à Lei de Progresso e Aperfeiçoamento, isto porque tudo o que
existe pensa e tem vida. O que podemos notar é que os minerais não podem expressar
todo o sentimento em essência porque não possuem aparelhos necessários para tal. Nos
Vegetais já se presencia a manifestação do Vayú ou éter táctil, e nos Animais já se
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verifica a presença dos cinco elementos representados pelo Prana, Vayú, Príthivi, Apas
e Tejas, estes que oferecem qualidades de pensar e de sentir.
3 No animal quem possui maior intensidade é o Prana e o Vayú. O animal pensa, porém
ainda não tem a capacidade de raciocinar. Sente a sensação da dor, mas não tem
consciência do que seja. Existem outros animais que possuem inteligência, pensam,
porém não têm um raciocínio perfeito.
4 A primeira manifestação da vida no planeta originou-se no Reino Mineral. Em primeiro
lugar, foi formada no astral uma forma devida para dar existência no Plano Material. O
Espírito é que se responsabiliza em animar uma forma criada por si no Plano Mineral,
quando se manifesta o primeiro mineral que carece de vida no Globo. Este mineral
conserva em coesão todos os elementos que compõem os centros de força e, ao se
desintegrarem, voltam a se reunir para formar os elementos do Reino Vegetal. Quando
esses elementos se aperfeiçoam em energia, vem a criação da vida no Reino Animal.
Após a desintegração desses elementos eles se unificam aos elementos do Plano
Hominal. O Espírito anima uma forma no Plano Hominal, dando origem no Reino Material
ao Ser Humano inferior, o qual encerra em sua constituição os elementos de todos os
reinos enunciados, ou seja, o Mineral, o Vegetal, o Animal e, finalmente, o Hominal.
5 Quando ocorre o fenômeno reconhecido pelo Ser Humano como “morte”, os elementos
que formam os centros de forças e que dão vida aos órgãos e à matéria em geral,
gravitam na Natureza e, quando a necessidade exige, a Alma reúne todos esses
elementos e os inocula no espermatozóide, para que se manifeste a formação de um
novo Corpo Físico no Plano Material. Portanto, a vida é provada pelo movimento e se
caracteriza desde o mineral até o Ser Humano pelos seus centros de forças que
concebem a vida, denominados de coronário, frontal, braquial, cardíaco, Hipogástrico,
umbilical e sagrado, pela representação das energias correspondentes, identificadas
como: inteligentes, mentais, Prana, vontade, Apas, onda de vida e energia da procriação,
mas que também são percebidas pelos sentidos, tais como: audição, visão, tato, etc., e
ainda recebidos pelos seus órgãos subordinados, como os do sistema digestivo,
cardiovascular, etc.
6 Cabe ao Ser Humano conscientizar-se disto, buscando, através da simplicidade,
espiritualizar-se, procurando “dar exercício aos órgãos”, “pasto ao intelecto” e “moralizar-
se” para, num espaço de tempo cada vez mais abreviado, conseguir cientificar-se do
“criador de todas as coisas” dentro de si, caracterizado pela Vida, esta que é provada
pelo Movimento.

5 MANIFESTAÇÕES DE DEUS NO SER HUMANO


1 A Ciência, através de suas pesquisas, tem se esforçado no sentido de descobrir a origem
do Ser Humano. Entretanto, a ampliação de teorias incompletas associadas à falta de
crença têm contribuído para que elas não cheguem a uma conclusão racional, isto porque
muitas doenças deixam de ser curadas por falta de conhecimento da constituição
primitiva dos elementos que formam os centros de forças desta matéria.
2 Deus, sendo uma energia perfeita, consciente e imutável, Ser Supremo criador e
vivificador de tudo que existe, que existiu ou que vier a existir, é conhecedor absoluto de
toda sua obra e, em conjunto com a Natureza e o Ser Humano, forma uma trindade
realizadora de todas as coisas existentes nos Universos.
3 A Natureza é a representação secundária de Deus porque todos os elementos que a
constituem são a própria Divindade em uma vibração inferior e nela se encontram
integrados todos os elementos realizadores e, como uma verdadeira mãe fraterna,
oferece a seus filhos estas substâncias para que eles a utilizem na elaboração de seus
projetos para a construção de suas obras. Como mestra, ela orienta seus filhos de acordo
com a capacidade vibracional de cada um, transmitindo-lhes os planos sem exigir nem
47

cobrar, esperando apenas que seus alunos se esforcem para visualizar a parte oculta
que ela encerra.
4 O Ser Humano é a terceira potência realizadora e é constituído pela coesão dos
elementos que encerram os planos divinos da Natureza.
5 A Vontade, a Imaginação e a Inteligência fazem parte dos elementos que constituem as
moradas do Pai, sendo justamente esses elementos de que o Espírito se utiliza para
inocular, na parte primitiva do Ser Humano, o que se reconhece como uma das
manifestações de Deus neste Universo em miniatura.
6 O Espírito é a energia mais perfeita através da qual Deus se manifesta no Ser Humano,
dando-lhe a vida e movimento. A Alma também é um corpo sutil formado pela coesão dos
elementos mais quintessenciados, e é uma das representações de Deus no Ser Humano.
Portanto, Deus se encontra em tudo o que existe e tudo que existe é a representação de
Deus.
7 Se grande parte da humanidade ignora que se encontra encerrada em si uma Natureza
interna e que ela deve ser desenvolvida pela persistência e esforço, para se identificar
com a Natureza externa que a rodeia, dificilmente ela sentirá a presença de Deus em si e
preferirá ser escrava de sua própria mente, considerando a Divindade de uma maneira
particularizada apenas para agradar ao sistema religioso ou filosófico que defende,
portanto, longe de entender como Deus e a Natureza se manifestam em seu corpo
material.

6 MANIFESTAÇÕES DE DEUS NO SER HUMANO II


1 A Natureza, com sua simplicidade, tem oferecido ao Ser Humano todos os seus
ensinamentos sintetizados. Entretanto, este Ser Humano, ao se apossar desta matéria
condensada a fim de promover os seus estudos, tudo divide e amplia, sem base nem
argumentos e, quando chega ao final, diz que não sabe aquilo que aprendeu.
2 É necessário essa ilustração do Ser Humano, porém, que essa cultura não sirva para
ampliar as coisas consideradas como simples, mas proporcionar àqueles que
pesquisaram a convicção e a certeza do conhecimento real de tudo o que existe.
3 Os elementos químicos reconhecidos pelo Ser Humano, desde o hidrogênio até o urânio,
assim como os elementos dos Reinos Mineral, Vegetal, Animal e Hominal são uma e a
mesma coisa. Os nomes são atribuídos para reconhecimento dos elementos, porém,
esses elementos, com o decorrer do tempo, se aperfeiçoam e se aprimoram; e então, o
Ser Humano, ao ver esse elemento aperfeiçoando e aprimorando, coloca-lhe um novo
nome, dizendo que ele foi descoberto através de suas pesquisas. Entretanto, esse Ser
Humano se encontra totalmente enganado, pois esse novo elemento encontrado é o
mesmo que se encontrava em estado grosseiro, que atingira um ponto de aprimoramento
e aperfeiçoamento.
4 As manifestações de Deus no Ser Humano podem ocorrer de diversas maneiras. Quer
seja através do Espírito, que lhe dá a vida, da natureza interna, sua Alma que o conduz,
das energias e até pelo corpo material, este que é visível aos olhos físicos, o conduzido.
5 Espírito é uma centelha divina que vem animar a matéria em sua roupagem grosseira. A
Natureza também é uma parte de Deus e encerra, em si, todos os elementos
realizadores, e, as energias reconhecidas como Vital, Inteligentes, Conscientes,
Pensantes, Imaginárias, Vontade e outras, estando representadas pelos centros de
forças, estes que são acobertados pelos elementos grosseiros da matéria.
6 Por isso, é preciso o sentimento - o conhecimento de todas essas coisas que existem no
vasto Campo Universal, a fim de que a ciência não se aterrorize com certos fenômenos
apenas porque desconhecem, na realidade, o que significam estes fenômenos. Isto
48

porque, se os cientistas conhecessem todos aqueles elementos em seu interior, eles


veriam que aquilo foi apenas uma manifestação das forças da Natureza.

CAPÍTULO IV - Quanto à 2ª Potência Realizadora do Universo: A Natureza, As Leis


Divinas, As Leis Universais, enfim, As Leis Naturais que regem O Universo

A Natureza é constituída
das vibrações secundárias de Deus.
Eis que tudo pertence à ela e à mesma retornará,
porquanto nela nada se perde,
tudo se transforma, aprimora e evolui,
adquirindo, no mínimo,
vontade própria, consciência e ciência
do seu Princípio Criador.

1 A NATUREZA, AS LEIS UNIVERSAIS


1 A Natureza, depois do Divino Arquiteto do Universo, é a segunda potência criadora e
realizadora das obras do Universo, sendo ela reconhecida como parte do produto do
movimento desse Divino Criador.
2 Ela é a Mãe, Mestra e Serva da humanidade, Mãe porque ampara e oferece toda a
matéria-prima para ser utilizada no grande laboratório da vida; Mestra porque orienta e
ensina com perfeição todas as normas estabelecidas pelas Leis Naturais que regem o
Universo; e Serva porque dispensa suas energias para serem manuseadas por todos os
seres, na construção das suas obras, quer individuais, quer coletivas. Eis que tudo
pertence à Natureza e a ela retornará.
3 A Natureza envolve toda a humanidade, oferecendo com fartura o que esta necessita
para o seu adiantamento na vida, tanto material, quanto espiritual, levando-se em
consideração que a vida espiritual do Ser Humano inicia-se naturalmente quando a sua
vida material foi, então, por ele compreendida em todo o seu sentido e valor significativo.
Afinal, para que o Ser Humano indague quanto a criação natural, a finalidade da vida, a
razão da sua existência, deve ele se servir da matéria. Na presença do pesquisador
sincero e humilde, ela despe-se revelando a beleza, a riqueza, a significação que se
encontra no seu interior. Afinal, tudo pertence à Natureza e a ela voltará. Porém, diante
do sábio ignorante, ela se reveste de um véu espesso, que o cega, ofuscando sua visão.
4 Muitos Seres Humanos se reúnem com a finalidade de encontrar a Natureza no além.
Entretanto, se atento deveras, verificarão bem de perto que o que ocorre é justamente o
contrário, pois ela envolve todos os seres, mesmo neste plano, oferecendo afortunada
matéria-prima tanto na parte objetiva, ou seja, no estado mais condensado, palpável, da
matéria, quanto na parte subjetiva, ou seja, no estado menos condensado, não palpável,
para serem manuseadas com os instrumentos físicos e, também, com laboratório da
mente do Ser Humano, sendo que o último não depende da movimentação de moedas
metálicas, tão comum em nosso planeta, mas do conhecimento adquirido através da
ciência, em função do merecimento, produto de suas realizações.
5 A Mãe, Mestra e Serva Natureza nos dá mostras claras em todas as suas realizações
que todos os princípios obedecem ao Princípio Criador, o Ponto Absoluto, e que no outro
princípio, conhecido como aparição ou integração das coisas, encontra-se o ponto
relativo. Assim, existem duas linhas na escala da evolução: o absoluto dirigindo-se para o
relativo, e o relativo perdendo cada vez mais a sua relatividade para unir-se ao absoluto,
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chegando, assim, a ponto de mostrar em suas qualidades o que na realidade é. No


entanto, os Seres Humanos desejam encontrar a razão verdadeira de uma coisa,
procurando na razão sem aplicá-la para adquirir o resultado almejado. Para se encontrar
a razão da coisa é necessário se aplicar a razão e dessa razão se obter os resultados da
razão da coisa que é, e dela se chegar ao ponto final ou resultado real da coisa que se
quer. Afinal, tudo que existe partiu de um Princípio e em cada coisa que existe
encontramos todas as qualidades existentes no Princípio, mostrando que a realidade é
finita no infinito que a gerou, pois a realidade das coisas está na sua Razão de Ser, e
esta Razão de Ser das coisas é o Princípio do que É.

2 A NATUREZA REAL
1 Todos os Seres Humanos podem participar da grande obra da construção Universal
quando estiverem equilibrados com a Lei Natural, afastando de si todas as teorias que lhe
têm deturpado os conhecimentos, sentindo-se incapazes de servir à humanidade
conscientemente, porque o seu sentimento se encontra interno e sua razão dividida;
quando esses Seres Humanos conseguirem se libertar de todas essas coisas, então eles
poderão realizar o tal milagre sem a participação da Natureza, mas através de sua
consciência, sabedoria e razão.
2 A Lei se apresenta com toda a sua simplicidade perante os Seres Humanos, porém,
estes que fazem das Leis Naturais suas próprias leis, alterando-as e apoucando-as,
passando por revisões e chegando a ponto de serem uma infração das próprias Leis que
vigoravam antes de serem alteradas.
3 Os Seres Humanos em sua relativa ignorância em nada acreditam porque a sua
recompensa da sabedoria não representa a verdadeira fé, esta que ocupa o último
degrau da escada de Jacó, mas sim um simples desejo e uma ciência muito débil, porque
não crêem naquilo que desconhecem.
4 Existem a natureza externa e a natureza interna, sendo que a primeira está relacionada
com o conjunto de todas as coisas criadas, onde se encontram todos os elementos
realizadores, constituindo todos os seres e coisas que fazem parte do Universo. Na
natureza interna também se encontram todos os elementos em pequenas proporções,
mas somente quando estas naturezas se identificarem é que haverá realização pelo Ser
Humano dentro da Lei.
5 A Natureza emprega nas suas operações todos os ideais de beleza, harmonia e amor.
Ter fortaleza, temperança, calma, prudência é também uma forma de colaborar com a
Natureza em sua grande obra, porque assim procedendo ela tem o poder de ensinar o
método correto para o Ser Humano se libertar das doenças, purificando os pensamentos
e ações desregradas que conduzem aos excessos.
6 É necessário que o Ser Humano observe, em torno de si, e visualize os elementos
fornecidos por Deus para suas realizações, esses que se encontram na Natureza para a
construção do templo da ciência, porque ela é a grande fonte realizadora para que o Ser
Humano chegue às grandes descobertas, quer seja pelos aparelhos científicos, quer seja
pelo seu próprio laboratório interno, que possui maior perfeição do que qualquer aparelho
fabricado pelas mãos do Ser Humano, sendo a Natureza quem oferece os elementos
para a grande construção da obra que pode consistir de objetos bons ou maus, a
depender da intenção de seu realizador, porque cada causa tem seu efeito
correspondente.
7 O Ser Humano adquire seus conhecimentos através da dor, adquire convicção através da
realização e adquire certeza através da fé, esta sabedoria que caminha célere para a
realização da ciência absoluta.
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3 A ESCADA SIMBÓLICA
1 A humanidade em nosso planeta tem sofrido as consequências que lhe são impostas
pelas diversas superstições que atapetam o vasto Campo Universal. Não adianta o Ser
Humano procurar nos oráculos e nas adivinhações a maneira de solucionar os seus
casos, uma vez que Deus lhe concedeu uma inteligência, uma consciência e, finalmente,
as várias qualidades para que ele pudesse agir por si só na solução de seus problemas.
Entretanto, os Seres Humanos procuram se esconder atrás da poeira das falsas teorias,
quando, em suas mãos, se encontram as ferramentas necessárias para suas realizações.
2 Os números são semelhantes aos cálculos, eles possuem uma determinada força que
mostram a realidade, portanto, todas as coisas podem ser mostradas através da
numerologia.
3 Vamos considerar uma escada que simbolicamente está constituída por 10 (dez)
degraus. O primeiro degrau está representado pelo número 1 (um). O princípio gerador
dos números é também identificado como a Unidade Divina. O número 2 (dois)
representa o equilíbrio, que como o fiel da balança se encontra com suas conchas
equilibradas. O número 3 (três) representa a trindade, o presente, o passado e o futuro. O
número 4 (quatro) representa o comprimento, a largura, a profundidade e a quadratura e
representa, também, os 4 (quatro) elementos: fogo, ar, terra e água. O número 5 (cinco)
representa as cinco forças existentes na natureza, ou seja, os cinco tatwas que são
Prana, Vayú, Príthivi, Apas e Tejas. O número 6 (seis) representa a criação, o hexagrama
composto de dois triângulos entrelaçados. O número 7 (sete) representa a evolução, as
sete virtudes e os sete dias da semana. O número 8 (oito) representa a geração. O
número 9 (nove) representa a perfeição, a razão de todas as formas. O 0 (zero) por si só
não tem valor algum, é a representação da plenitude, isto é: O Universo.
4 Com os números que simbolicamente constituímos os degraus que representam esta
escada, podemos fazer várias somas teosóficas, como por exemplo, no número 12 = 1 +
2 = 3, ou seja, “quando a Unidade Divina se encontra equilibrada ela forma a trindade
representada pelo Espírito, Alma e Corpo Físico, por Deus, a Natureza e o Ser Humano”.
5 Para que o Ser Humano desperte os sentimentos existentes em si é necessário que faça
uso de sua régua para medir o comprimento, a largura, a profundidade e a quadratura
que encerra todas as coisas.

4 A SIMBOLOGIA DOS NÚMEROS


1 A Natureza é o grande manancial de substâncias que proporcionam ao Ser Humano as
diversidades de realizações em todos os setores de atividades que ele pretenda
desenvolver.
2 Esse Ser Humano partiu de um princípio inferior, baseado inicialmente na ignorância, e
adquiriu através das existências sucessivas, experiências e conhecimentos, chegando a
ponto de resolver os seus próprios problemas. Portanto, é necessário que exista um
ambiente de vitalidade, inteligência e sabedoria para que ocorra a combinação com os
sentimentos latentes que existem nesse Ser Humano, para que seja despertado e sinta
em si aquilo que já existe, se bem que, de uma forma ou de outra, ele ainda não possui
explicação clara do que está acontecendo, de modo que a finalidade do nosso estudo é
despertar os sentimentos que se encontram latentes em cada criatura humana, para que
ela possa sacudir a poeira das falsas teorias e, com isso, atingir a realidade das Leis
Universais, para que no futuro possa dizer com toda certeza que tem convicção de toda a
realidade.
3 Existe um sistema denominado de cabala que induz o Ser Humano visualizar a realidade
através dos números.
51

4 Para que possamos atribuir números às letras utilizadas nos cálculos cabalísticos,
precisamos compreender tais classes de números:
a. Primeira classe - formada de números simples ou pequenos que vão de 1 a 9.
b. Segunda classe - formada de dezenas denominadas de números intermediários que
vão de 10 a 90.
c. Terceira classe - formada de centenas denominadas de números grandes que vão
de 100 a 900.
5 Vamos verificar como exemplo as palavras correspondentes a Pai em hebraico, que é
igual a AB, sendo que A = 1 e B = 2, temos 2 + 1 = 3; e Mãe, correspondente a AM,
sendo A = 1 e M = 40, logo temos 1 + 40 = 41. Pela soma teosófica, temos 3 + 41 = 44,
produzindo, pela redução teosófica, 4 + 4 = 8, que é o número da geração.
6 Pelo exemplo acima verificado, vemos que a simbologia dos números encerra a grande
verdade, e quando as letras que formam as palavras são representadas por estes
números também mostram a realidade.

5 O UNIVERSO (0)
1 No Vasto Campo Universal existe a diversidade de matérias em estado grosseiro, estas
que precisam de muita energia que vem a se constituir num corpo compacto até a sua
saturação. Essa matéria vai se aperfeiçoando, vindo, então, uma matéria mais purificada
nessa evolução. Depois vem a matéria sublimada, tornando-se matéria quintessenciada,
que se aperfeiçoa, transformando-se totalmente em energia, porém, uma energia ainda
em estado bruto.
2 Se a bomba atômica produziu os efeitos terríveis que a humanidade reconhece, não pode
ser considerada uma energia em estado perfeito. Logo, chega-se à conclusão de que o
Ser Humano atingiu apenas o primeiro grau da energia e também da matéria, isto é, tanto
a matéria como a energia em estado bruto.
3 A ciência do futuro dirá, com toda a consciência, o que é o Ser Humano, porque através
de desintegrações e desintegrações dos seus elementos, chegará a ponto de perceber
nossa numerosidade de átomos, as suas verdadeiras energias, identificando, também,
quais átomos se unificam para constituir este ou aquele Plexo, afirmando com toda a
convicção: esta energia é consciente, inteligente ou imaginária, provando que essas
idéias e teorias atuais contrárias se chocam e se multiplicam, produzindo a desarmonia
deste conjunto evolutivo da ciência.
4 A palavra Universo não foi empregada pelo Ser Humano para identificar os globos, mas,
sim, a matéria que nele vive encerrada. Uni significa união e verso, na terceira raça ou
adâmica, significa matéria. Portanto, Universo significa união à matéria.
5 Em todas as coisas que o Ser Humano pretenda realizar precisa haver alguns momentos
para a meditação; que dela não sejam apenas aproveitadas as idéias, porém sejam
utilizados os ensinamentos básicos e os métodos perfeitos oferecidos por ela quando não
se encontra acompanhada das formas criadas pela mente do Ser Humano.
6 Tudo o que existe no Universo existe no próprio Ser Humano. Tudo o que ocorre nas
veias da Terra, como os metais, metalóides, existe também no Ser Humano.
7 Não só a Terra, mas qualquer outro planeta, pode ser considerado como um ser vivo, que
sente as vibrações das energias internas e externas, porém, inconscientemente.
8 Se o Ser Humano pode ser considerado como um Universo, ele caminha para a perfeição
de seus elementos para unificar-se ao Grande Todo Universal ou Deus.
52

6 A UNIDADE DIVINA (1)


1 O Ser Humano não deve aceitar cegamente determinadas teorias que lhes são
apresentadas, quer seja por um escritor, um mestre, um “Espírito” ou qualquer pessoa.
Ele deve estudar minuciosamente e analisar os pontos falhos que se encontram naquelas
teorias, mas, para isso, é necessário que exista persistência e boa vontade para
pesquisar; que exista a simplicidade de querer aprender e não a vaidade de querer
ensinar.
2 É necessário que o Ser Humano se compenetre de que é apenas um aprendiz que
deseja realizar alguma coisa e chegar a ponto de mestre, afastando de seu pensamento
a idéia de que já é um mestre, porque a maior parte da humanidade é composta de
aprendizes que pretendem tornar-se mestres através de seus próprios esforços, através
de seus próprios sentimentos, pois o sentimento é conhecimento e sabedoria. O Ser
Humano que sente, possui essa qualidade porque compreendeu; se compreendeu é
porque pesquisou; se pesquisou é porque teve a coragem de ousar e se ousou é porque
deixou de lado a ociosidade e determinou-se a agir.
3 Quando a humanidade afastar de si a diversidade de teorias que a têm infelicitado,
tornando enferma a sua razão e o seu sentimento. Quando a humanidade conseguir
convictamente libertar-se dessas formas, tornar-se-á perante si, perante seu irmão e
perante a Divindade, um Grande Deus Universal.
4 A Unidade Divina é a potência soberana, a vida de todas as potências, é ela a
representação da sabedoria de toda a vida e todo o poder.
5 Deus é a representação viva do Amor, da Verdade, da Justiça, é, finalmente, todas essas
Leis que se manifestam e que já são conhecidas pelo Ser Humano, cujas manifestações
vêm a se processar no campo físico, químico e dinâmico.
6 A humanidade chega a ponto de depositar toda a sua crença na Divindade,
desconhecendo, na realidade, o que vem a ser esta Divindade, isto porque os
conhecimentos verdadeiros não lhes foram transmitidos para que melhor pudesse
reconhecer a sua Divindade ou Unidade Divina.
7 O Ser Humano dotado de fé é aquele que possui sentimentos e conhecimentos, é aquele
que tem convicção do seu saber, portanto, não procura incomodar a Divindade, uma vez
que essa Divindade se encontra dentro de si mesmo.

7 O EQUILÍBRIO (2)
1 A humanidade, nos dias atuais, ainda vive enganada desconhecendo as grandes
verdades, verdades essas que a levarão a reconhecer tudo o que é belo e divino em
torno do seu ser. Muitos procuram e não encontram por ociosidade, preguiça ou falta de
vontade. Se alguns precisam, sentem aquilo que desejam e se não se determinam a
realizar é porque vivem desequilibrados, subjugados pela idéia da impotência de sua
força realizadora.
2 Existem muitos que olham para o alto e afirmam que a Natureza se encontra além,
entretanto, ela se encontra bem próxima, envolvendo todos os seres, oferecendo-lhes
grandes ensinamentos. A posse destes ensinamentos depende do Ser Humano tornar-se
digno deles, porque a sua compra se faz com conhecimento, com ciência e com
merecimento. A grande fonte realizadora para o Ser Humano é a Natureza. A ciência
oficial possui os observatórios e os laboratórios para promoverem suas pesquisas,
porém, aqueles que não possuem tais aparelhos devem fazer uso do seu próprio
laboratório, esse templo humano que encerra os maiores aparelhos, superior a tudo que
foi confeccionado pelas mãos do Ser Humano.
53

3 Como é reconhecido, na constituição da matéria entram diversos elementos que podem


ser superiores ou inferiores, dotados de todas as necessidades, e que não atingiram um
nível de perfeição semelhante aos dos demais que compõem esta matéria.
4 Existem muitos que não têm força suficiente para conter as exigências desregradas dos
seus elementos, mas, para estes, existe a dor, esta que desperta todas as Almas
encarnadas para o cumprimento dos seus deveres, e que age como um bálsamo
suavizante de todos os sofrimentos provocados na matéria, que suaviza todas as dores,
tanto na parte física quanto na parte moral, aperfeiçoando o indivíduo e levando-o a
corrigir todas as suas ações fora da Lei.
5 O Ser Humano, em sua maioria, teme a morte, mas esta não existe, nem mesmo o Corpo
Físico morre, pois ele obedece à Lei de Evolução, e a evolução não é nada mais, nada
menos do que aprimoramento. A morte é a mudança de um estado para o outro, é a
desintegração dos elementos para formarem uma nova matéria mais sensível e
aperfeiçoada, quando necessário.

8 A TRINDADE (3)
1 Tudo é vasto e simples nos domínios da Natureza e do Universo. Tudo é evolução e
perfeição nas qualidades que a necessidade exige, na jornada para a ascensão ao
Absoluto. Antigamente, as religiões chegaram a sentir o verdadeiro Deus em essência,
colocaram esse Deus dentro de tantas vestimentas, revestido de tantas capas, que
chegaram a ponto de encobri-lo e perdê-lo totalmente.
2 É necessário caminhar vagarosamente, levando essas verdades aos Seres Humanos que
só conhecem a mentira. Ela é o medicamento que suaviza, quando administrada em
pequenas doses. Porém, pode ser considerada como um tóxico que mata, quando dita
diretamente, em altas doses.
3 Há sempre uma pergunta no seio da humanidade que deseja saber o que é Deus, por
não saber o que é. Se a verdade for proferida como ela é, esta humanidade não
acreditará, dizendo que Deus é alguma coisa mais do que foi dito. Portanto, na crença do
Ser Humano, Deus precisa se modificar, até tornar-se o verdadeiro Deus. No seio da
ciência ocorre a mesma teoria, não querem a redução, mas, sim, a ampliação das coisas
que tudo confundem e diminuem, a ponto de ficarem irreconhecíveis pelas
transformações.
4 No Universo existe três grandes potências que formam a trindade mais poderosa e
criadora de toda a eternidade, que é representada por Deus, a Natureza e o Ser Humano.
Este Ser Humano também é a identificação viva de uma trindade, reconhecida como
Espírito, Alma e Corpo Físico, sendo, assim, capaz de tudo realizar, de tudo criar e tudo
concluir na grande obra de Construção Universal, cujas bases estão fundamentadas nas
Leis imutáveis que regem o Universo.
5 Sendo a fé a recompensa do conhecimento, aquele que crê em Deus sem saber o que é
Deus não pode ter fé. Muitas vezes, nos momentos de necessidade, o Ser Humano diz
que crê; porém, quando sua solicitação não é atendida, ele se zanga, dizendo que aquilo
não existe porque não atendeu ao seu pedido, perdendo sua esperança e apagando sua
crença, logo se vê que esse Ser Humano não tem fé, pois a sua consciência e ciência
são o que constituem a sua fé, sendo que esta fé é a manifestação de Deus no Ser
Humano.

9 COMPRIMENTO, LARGURA, PROFUNDIDADE E QUADRATURA (4)


1 É necessário que o Ser Humano reconheça que ele é um Universo em miniatura e que
tudo o que existe nas escrituras sagradas é simbólico. Toda a numeração aplicada nas
diversidades de histórias e parábolas tem o seu significado, podendo o Ser Humano fazer
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todas as operações teosóficas daqueles números observados, sendo que ele sempre
encontrará pela soma e redução teosófica a geração ou perfeição ou a trindade.
2 Tudo se encontra no simbolismo oculto, este que foi deturpado pelas religiões.
Entretanto, os Seres Humanos ignorando a causa de tudo, não querem alcançar o
caminho da realidade, não querem conhecer a verdade, não podem chegar à conclusão
alguma com base no conhecimento verdadeiro e real, preferindo decorar todas as
escrituras sagradas a ter o conhecimento de todas as coisas que se conhece. E, assim, a
humanidade vai seguindo vagarosamente a sua marcha progressiva, superando as
diversidades de tropeços e abismos impostos pelas religiões.
3 Tudo o que existe foi necessário e é necessário. Ainda que a humanidade passe por
algumas decepções, elas poderão ser superadas, pois já estamos no século das luzes,
não havendo mais tempo para trevas nem dúvidas, pois foi clareada para a humanidade
a pira da verdade, para que ela seja conduzida aos pontos mais altos da sabedoria e da
perfeição.
4 O Ser Humano deve fazer uso de seu esquadro para medir o comprimento, a largura, a
profundidade e a quadratura de todas as coisas, seguindo por sua livre e espontânea
vontade o caminho certo, analisando minuciosamente todas as verdades tomando como
base a razão, ao invés de ser atraído para essas mesmas verdades pelas decepções,
dores, sofrimentos e pelas trevas que se encontram como empecilhos em seu caminho,
ofuscando-lhes a visão e fazendo com que ele se precipite no abismo onde só se ouve os
gritos de arrependimento e de dor daqueles que não seguiram a verdade pela razão, nem
a conclusão e a crença, pelo fim real e verdadeiro.
5 É preciso, pois, que cada Ser Humano cumpra com seu dever perante a Deus, a si e a
seu irmão, para no futuro gozar de toda a harmonia que fazem jus àqueles que hoje são
felizes.

10 AS CINCO FORÇAS DA NATUREZA (5)


1 É muito comum no seio da humanidade a discussão acerca da sabedoria e da beleza.
Entretanto, essa humanidade procura galgar um ponto sem atender a outro, isto é,
procura equilibrar a haste da perfeição fazendo uso apenas de uma das extremidades, se
esquecendo de colocar o peso sobre a outra extremidade para formar a balança do
progresso. Sem a sabedoria e sem a beleza não pode haver uma estrutura perfeita. A
sabedoria indica os meios que proporcionam a força e, para que o Ser Humano obtenha
essa força, é necessário que exista a beleza em suas ações, em sua Alma e em todas as
realizações.
2 O Ser Humano precisa subir a escada que simboliza o aprendiz, assim como o aprendiz
pode ser reconhecido como uma Alma que ainda vive de reencarnação em reencarnação
para que possa alcançar o grau de companheiro, este que se identifica com uma Alma
que já atingiu um certo grau de conhecimento. Porém, na verdadeira iniciação para o
grau de mestre o Ser Humano já se encontra apto para entender que a vida verdadeira
não é nada mais do que a morte conhecida no seio da humanidade, essa vida eterna
onde jamais ocorrem transformações ou modificações.
3 Tudo o que existe no Universo partiu das 5 (cinco) forças da Natureza, ou seja, Prana,
Vayú, Príthivi, Apas e Tejas. Como se sabe, existem as diversidades de elementos
conhecidos pelo Ser Humano e os elementos do reino mineral, vegetal, animal e hominal
são uma e a mesma coisa. Por isso, é necessário sentimento e conhecimento de tudo o
que existe, a fim de que a ciência dita como oficial, através de seus representantes, não
sorria nem se aterrorize com um fenômeno pelo fato de desconhecê-lo, porque aquilo que
o cientista chama de fenômeno ainda não é um fenômeno. Porém, se os cientistas
conhecessem todos os elementos químicos, compreenderia que aquilo que ele entende
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como um fenômeno não é nada mais do que uma simples manifestação das forças da
Natureza.
4 Tudo no Universo é orgânico e relativo, até mesmo a inteligência, a consciência e o
pensamento do Ser Humano, pois estes chegam a aperfeiçoar-se e atingir graus
superiores na escala de evolução. Tudo é relativo, tudo tende a tornar-se absoluto no
futuro. Somente Deus é que goza o poder de Absoluto.

11 A CRIAÇÃO (6)
1 Toda a humanidade caminha lentamente, procurando atingir certos conhecimentos,
desenvolvendo as qualidades latentes em seus sentimentos, para, no futuro, galgar um
plano mais elevado. Entretanto, é necessário a persistência e o esforço em todas as
ações e realizações, mesmo observando um fracasso, uma vez que a inteligência do Ser
Humano tem um certo limite que, ao ser atingido, pode gerar a dúvida, fazendo com que
ele caia em estado de inação, deixando de persistir através das energias sensitivas e
perspectivas, para desse modo conseguir, fora da inteligência, os meios para realizar
tudo o que se deseja. Se os Seres Humanos de outrora eram verdadeiros monstros em
comparação com os Seres Humanos atuais, é porque ainda havia a necessidade da
sabedoria, da força e do amor. Entretanto, para o Ser Humano do presente existe a
necessidade de trabalhar para atingir o aperfeiçoamento de sua matéria, para que, no
futuro, seja tão poderoso e sábio como aqueles que souberam lutar e persistir, subindo,
em consequência, os degraus da escada da perfeição.
2 No planeta terráqueo existem os mais esforçados e os menos esforçados. Aqueles que
não são esforçados seguem a marcha lenta e progressiva da Natureza, porém, para
aqueles que lutaram e procuraram atingir pontos mais elevados, já se realizou a
perfeição, como o Cristo e as diversidades de Almas que trouxeram a verdade para o
planeta.
3 Considerando que a Criação está relacionada em dar existência, tudo partiu de Deus, o
Grande Arquiteto do Universo, que tudo criou e deu vida, tais como as diversidades de
energias e os reinos hominal, animal, vegetal e mineral necessários para a formação do
Globo e outras obras criadas no infinito e que foram geradas por este Absoluto em
energia.
4 Outrora, os Seres Humanos não pretendiam atingir nem a sabedoria, nem a força.
Buscavam tão somente saciar seus prazeres insensatos junto com o veneno de sua Alma
imperfeita. Alguns que desejavam penetrar nos mistérios de Deus eram duramente
castigados, porque Deus não permitia que nenhum Ser Humano penetrasse neles.
5 É preciso que o Ser Humano busque para poder encontrar, porque tudo lhe será revelado
e todas as portas lhe serão abertas para que ele derrube essa grande muralha
representada pelo apego às coisas materiais.

12 A EVOLUÇÃO (7)
1 Atualmente, no Universo, é comum os sábios rirem das realizações efetuadas pelos
sábios de outrora, dizendo que tudo aquilo era impossível de ser realizado. Os sábios do
futuro certamente irão achar graça dos sábios do presente pelas coisas que eles
ignoraram, pois existem muitos que se encontram com o centro da inteligência bastante
desenvolvido, mas o centro onde se manifesta o seu sentimento ainda não se encontra
desenvolvido. Portanto, os Seres Humanos que fazem tais coisas não chegam a ponto de
compreendê-las, porque não as sentem. Da mesma forma, existem muitos que
desenvolvem seus sentimentos sem, contudo, compreendê-los, porque ainda não se
encontram com o centro onde se manifestam as energias inteligentes desenvolvido. Se o
56

centro está pouco desenvolvido ou se encontra sem desenvolvimento algum, o Ser


Humano transmite o sentimento de acordo com o desenvolvimento do centro.
2 Assim como a energia se transforma, a força também se transforma em energia e, do
mesmo modo, ocorre com a matéria. Uma matéria grosseira necessita de grande
quantidade de energia para se tornar daquele modo. Já em uma matéria perfeita, essa
energia se encontra em dispersão desta energia, aumentando em consequência sua
quantidade. A matéria absorve energia para a sua condensação e transmite essa energia
para a sua evolução.
3 Os planos de evolução da matéria são os seus estados de inteligência, consciência,
razão, vontade, ciência e fé, que a mesma vem a adquirir em suas diversas existências,
sendo, estas qualidades, indispensáveis para sua perfeição.
4 O que causa grande dificuldade para a compreensão da evolução do Ser Humano por
outro Ser Humano é o emaranhado de Leis que nele existe, julgando que esta matéria
não tem nenhum valor; que os elementos dela se perdem ao serem dispersos, voltando à
Alma em outra encarnação provida de outra matéria, sendo que essa interpretação não
corresponde à verdade, pois os elementos dispersados dessa matéria gravitam na
Natureza, para que a Alma, através da necessidade, busque os mesmos elementos dos
corpos que já possuiu através dos séculos.
5 Todo Ser Humano é dotado de todas as qualidades, forças e poder, bastando que
procure utilizar essa força para realizar tudo o que deseja no vasto Campo Universal.

13 A GERAÇÃO (8)
1 Para que o Ser Humano adquira o título de vencedor dos prélios planetários e alcance as
regiões onde não existe mais o fenômeno da morte, mas sim a vida, são necessárias as
diversidades de peregrinações terrenas. O Ser Humano veio se transformando e
aprimorando desde a sua fase primitiva, se elevando lentamente e purificando os seus
corpos através da perfeição e do progresso. Quando essa perfeição se elevou de nível, a
matéria adquiriu o primeiro grau de inteligência ou de percepção sob a forma do animal
macaco, esse que deu origem ao primeiro Ser Humano. Depois veio o segundo Ser
Humano, com o corpo cabeludo e braços que iam além dos joelhos, surgindo, em
seguida, a terceira raça, conhecida como raça adâmica, ou seja, essa que a ciência
denominou de fase primitiva. Dela surgiram as diversidades de raças que deram origem à
raça atual, com os corpos mais perfeitos e a matéria mais purificada. O futuro está
reservado para toda a humanidade, mas, para isso, é necessário lutar para atingir a
perfeição, não deixando que ela ocorra lentamente como acontece com a Natureza,
abreviando a evolução através da persistência e do esforço, aproveitando a sua
inteligência e sentimentos.
2 A Geração corresponde ao ato de gerar, ou seja, de criar. A matéria em seu princípio foi
criada simples e ignorante, sendo esta a criação do deus relativo. Porém, a criação do
Deus Absoluto é o Espírito. Tudo o que é Deus tem uma partícula de Deus, mas não é
deus. Deus é imutável em essência e mutável nas suas partes.
3 A Alma foi criada pelo Espírito, ela manifesta sua ação no corpo, dando-lhe as formas
perfeitas de sua estrutura, ou seja, como se a Alma fosse um molde para que pudesse
ser moldado o corpo.
4 No início, o Espírito tem que obedecer à marcha evolutiva, criando em primeiro lugar a
forma mineral para, em seguida, obedecendo à evolução, criar a forma vegetal e, logo
após, vir à criação do animal, surgindo então, a forma do primeiro Ser Humano.
5 É necessário que o Ser Humano estude minuciosamente todas as coisas, não
procurando observá-las apenas em sua superfície, mas sim, por dentro e por fora, para
57

que possa ter pleno conhecimento de sua composição. Em tudo é preciso análise,
raciocínio e conclusão para aceitar, com convicção, aquilo que é real e verdadeiro.

14 A PERFEIÇÃO (9)
1 Os Seres Humanos muitas vezes desejam praticar determinado exercício para o
desenvolvimento de seus centros de percepção, porém, ao invés de se concentrar
corretamente, vibram todo o seu pensamento para o fracasso, por qualquer erro que
ocorra em relação ao objetivo que desejava alcançar. Em seguida o Ser Humano começa
a imaginar todos os seus fracassos, antes mesmo de vibrar sua mente para a
necessidade de solucionar todas as falhas que proporcionariam o seu fracasso.
2 A imaginação cria sempre verdadeiras imagens ilusórias e essas vêm a produzir o
fracasso para os objetivos que o Ser Humano determina alcançar, ao passo que as
imagens reais o levam à vitória. O Ser Humano às vezes pensa que determinada idéia
partiu do seu próprio ser, porém, muitas vezes não é o Ser Humano quem dita os meios
de realizar um determinado objetivo, mas sim, as correntes de imaginação estranhas que
determinaram ou criaram aquelas formas para que o Ser Humano, mesmo sem sentir,
agisse.
3 É necessário que o Ser Humano faça uma análise minuciosa de todas as suas idéias e se
certifique se há ou não razão de ser naquilo que imaginou. Os Seres Humanos, às vezes,
formam suas idéias para a obtenção de um objetivo desejado, porém, não sabem como
atingi-lo. Outras vezes passam por cima desse objetivo sem reconhecê-lo porque não
sabiam o que realmente queriam ou pediam. Se o Ser Humano, antes de pedir, pensar
naquilo que deseja pedir para ter certeza de que necessita aquilo que vai pedir, então
tudo virá às suas mãos. Não é só necessário dizer “Eu quero”. É preciso trabalho, esforço
e determinação para a obtenção do que deseja.
4 A perfeição, tanto da matéria como da energia, corresponde ao mais alto grau em
evolução por elas alcançado. Quando a energia mineral alcança sua perfeição, ela
necessariamente evolui para o vegetal, esse para o animal, depois para o hominal e,
finalmente, ela alcança o reino das energias para que um dia chegue ao absoluto em
perfeição.
5 Os Seres Humanos atuais têm mais sensibilidade do que os Seres Humanos do passado,
isto em função de possuírem uma energia mais sutil em suas matérias. Os elementos
estão se transformando e, em consequência, adquirindo mais força, mais energia e
menos matéria.

15 A SIMBOLOGIA CABALÍSTICA DA PALAVRA ESOTÉRICO


1 Nos arquivos da Natureza, bem como na Alma humana, encontram-se registradas as
diversidades de informações obtidas nas peregrinações do Ser Humano e também na
evolução do planeta. Como por exemplo, aqueles Seres Humanos do passado que
pretendiam atingir o conhecimento e a sabedoria e, em consequência, alcançar a força
existente em si, não sendo portadores de vontade suficiente, desistiam da sua intenção e
buscavam apenas os seus prazeres insensatos, frutos de sentimentos animalizados,
existentes em seus corpos quintessenciados. Aqueles que, de um certo modo,
pretendiam desfraldar o véu que encobre as verdades ocultas que existem na Natureza,
eram duramente observados pelos diretores das religiões, que afirmavam em suas
doutrinas a proibição imposta por Deus, para que nenhum Ser Humano penetrasse em
seus mistérios e, aqueles que infringissem as instruções emanadas pela divindade,
estavam sujeitos a sofrerem consequências funestas.
2 Atualmente os Seres Humanos já não são tão ignorantes como no passado, quando se
intimidavam com poucas palavras e castigos que, constantemente, eram-lhes impostos.
58

3 O esoterismo é uma palavra derivada do grego esoterikos que tem, dentre outras
interpretações, o secreto e o oculto.
4 O Ser Humano é um ser trino, sendo representado por duas partes essencialmente
esotéricas que é o Espírito e a Alma, possuindo, também, o Corpo Físico que é a parte
exotérica.
5 O planeta, também, é um universo composto de Espírito e da Natureza, representa sua
parte esotérica e, também, esta massa compacta perfeitamente visível aos olhos físicos e
que se constitui em sua parte exotérica.
6 Quando substituímos, cabalisticamente, as letras da palavra esotérico pelos números
correspondentes, verificados na tabela de algarismos hebraico e romanos, obtemos o
seguinte resultado: 319, que, somados teosoficamente com redução à unidade, fornece o
número 4, que simboliza a largura, profundidade, comprimento e quadratura.
7 Na trindade que constitui o Ser Humano, é o Espírito quem representa a parte absoluta
em perfeição, existindo, também, uma parte oculta identificada como Alma que ainda se
encontra em estado evolutivo.
8 Muitos conhecimentos existentes nas escrituras sagradas têm significados puramente
simbólicos e, para que o Ser Humano abrevie sua evolução, é necessário que ele
penetre, com atenção, na parte oculta que a Natureza lhe oferece através de suas leis.
As verdades, sob certos aspectos, podem ser apresentadas quando utilizamos os
números agrupados em dezenas, centenas, milhares reduzindo-os à unidade, pela soma
teosófica, para encontrarmos o equilíbrio através do número 2 (dois); a evolução, através
do número 7 (sete); a geração, através do número 8 (oito) ou a perfeição, através do
número 9 (nove) e todos os demais números têm suas traduções, que explicam a parte
secreta desconhecida pela humanidade.

16 A SIMBOLOGIA CABALÍSTICA DA PALAVRA “EXOTÉRICO”


1 Quando o Ser Humano é observado pela ciência oficial, tão somente em sua constituição
física, muitas enfermidades apresentadas, principalmente em sua parte psicológica,
deixam de ser diagnosticadas, sendo que a maioria das receitas medicadas não
produzem os efeitos desejados, considerando que muitas doenças da Alma são
transmitidas para o Corpo Físico que recebe e conserva estas impressões.
2 A Alma encarnada precisa compreender, através de uma reflexão meditativa, que a vida
verdadeira não está resumida nos prazeres e sensações oferecidos pelo corpo material,
este que se adapta aos costumes da época em que está vivendo, esquecendo, na
maioria das vezes, os compromissos assumidos perante as leis, no momento da
encarnação. A humanidade ainda vive enganada ignorando as grandes verdades,
deixando de encontrar aquilo que procura, porque não sabe o que está procurando.
3 Os Seres Humanos, no planeta terráqueo, substituem o amor verdadeiro que se resume
no cumprimento dos sagrados deveres, pela fascinação que tem como finalidade os atos
de loucura.
4 A palavra “exotérico” é derivada do grego exoterikos que significa aquilo que é exposto ao
público, são demonstrações profanas que, em determinadas sociedades, possuem a
responsabilidade de encaminhar o adepto para a iniciação na parte oculta ou esotérica.
5 Quando a palavra “exotérico” tem as suas letras substituídas, cabalisticamente, pelos
números correspondentes, observados na tabela de algarismos hebraicos e romanos,
obtemos o número 259, cuja soma teosófica com posterior redução à unidade, resulta no
número 7, que simboliza a evolução.
6 Os Seres Humanos têm lutado persistentemente em busca de sua liberdade, para ter
acesso a um padrão de vida digno de um Ser Humano, quer seja na área da saúde, do
trabalho ou da alimentação. Entretanto, eles ainda são verdadeiros dependentes do
59

fanatismo e da superstição, qualidades estas que transformam suas vontades em


eternas escravas, sendo que somente a dor e o sofrimento podem libertá-los da prisão
em que se encontram encerrados.
7 O Ser Humano é o aparelho material da Alma no plano físico e o Adão, reconhecido na
Terra há muitos séculos, é a representação simbólica da espiritualidade oriunda do
paraíso do planeta Capela, daí a expressão que afirma o nosso parentesco com Adão e
Eva. Isto significa dizer que todos somos irmãos, porque somos partículas de um mesmo
Pai, procurando através do esforço, aperfeiçoarmo-nos a cada hora, a cada minuto que
passa, para um dia alcançarmos o conhecimento de Cristo, acabando, de uma vez por
todas, com este grau de inferioridade que subjuga a mente dos Seres Humanos que
ainda desconhece, por completo, os seus direitos e deveres baseados nas Leis
Universais, iniciando o grande caminho com o desapego às coisas materiais.

17 NA CASA DE NOSSO PAI


1 Na formação de um planeta, duas fases de energias somadas aos cinco éteres, já
reconhecidos, completam o plano de involução nas energias e, após a formação do Plano
Kamaloka, vão baixando de vibração para constituírem o Plano Hominal e, em seguida,
os planos Animal, Vegetal e Mineral.
2 As várias moradas que Jesus enunciou se referem aos estados de aprimoramento pelos
quais passam as energias do Ser Humano desde o mineral até a perfeição, sendo três
planos de evolução nos Minerais, três nos Vegetais e três nos Animais, sete nos
Hominais e sete nos Planos de Energias.
3 Toda vez que um globo completa, em milhões de anos, o equivalente ao equilíbrio nos
Universos, surge, em sua superfície, os primeiros Seres Humanos em forma de Minerais,
sendo que, neste reino, existem três moradas para que se processe o aperfeiçoamento
das energias, o mesmo acontecendo com os Vegetais e Animais, representando a soma
destes reinos, em milhões de anos, o poder da criação no Universo.
4 O Reino Hominal pode ser considerado como o mais importante, em termos de utilização
de um corpo para o aperfeiçoamento das energias nos planos que vão da Necessidade à
Ciência.
5 O Plano Bhúdico simboliza a manifestação da Unidade na criação para produzir a
evolução da inteligência.
6 O Plano Mental simboliza a união da Divindade com a geração que produz a perfeição
pela formação da mente no Ser Humano.

As Leis Divinas;
as Leis Universais;
enfim,
as Leis Naturais que regem o Universo.

18 OS ÉTERES OU TATWAS
1 Muitas e muitas vezes o Ser Humano desiste de um ideal elevado apenas pela falta de
persistência no objetivo desejado, julgando-se impotente para a realização desta ou
daquela obra, isto porque sua vontade não foi caracterizada por uma determinação de
ação. Entretanto, se o seu comportamento se baseia no uso de seu esforço e
persistência, então haverá uma maior sensibilidade em seus centros de forças para vir a
se identificar com os elementos da Natureza que circulam em volta de si.
60

2 É necessário que se compreenda que, em certas situações, o Ser Humano não


alcançou o objetivo desejado porque não soube persistir, pensando que não possuía
condições de realizar esta ou aquela obra, isto porque na maioria das vezes, ele pretende
chegar ao fim sem ter conhecimento verdadeiro do princípio que gerou a causa,
observando com paciência e com firmeza toda a obra que pretende realizar, acreditando
na regência das Leis Naturais e que a Natureza se encontra presente em toda realização
da criatura humana, oferecendo-lhe, tanto a matéria bruta, como a matéria refinada e
quintessenciada.
3 Sete modalidades de energias compõem reinos do mesmo nome, sendo que a primeira
partiu do Absoluto, dando origem a energia cósmica e formando, assim, duas energias
superiores que se transformam, pela saturação, nas energias inferiores também
reconhecidas como 5 (cinco) éteres ou tatwas, criadores de tudo o que existe na
Natureza, partindo do quinto plano até a matéria grosseira, sendo que a condensação se
realiza em função destes éteres serem constituídos de movimentos diferentes e funções
distintas, para que seja originada a coesão.
4 O Prana é um éter que possui, em sua constituição, a força e vitalidade, sendo
reconhecido como éter sonoro, possuindo uma cor negra cujas vibrações constituem o
som e uma forma que se assemelha com um disco pontilhado, sendo originado da
transmutação da energia cósmica.
5 O Tejas é uma forma de energia etérica que se origina de outras e que é conhecido,
também, como éter luminoso, possuindo uma cor avermelhada cujas vibrações tomam a
forma de um triângulo.
6 O Vayú ou éter táctil é caracterizado por sua cor azul e suas vibrações tomam uma forma
esférica.
7 O Príthivi ou éter olfativo apresenta, em sua constituição, uma cor amarela, sendo que
suas vibrações tomam forma de um quadrado.
8 O Apas ou éter gustativo possui cor branca e suas vibrações em corte parecem com uma
meia lua.
9 Estes éteres, também reconhecidos como energias inferiores, ficam localizados conforme
segue: o Prana no quinto plano, o Tejas no quarto plano, o Vayú no terceiro plano, o
Príthivi no segundo e o Apas no primeiro plano, considerando uma escala ascendente
para o Absoluto.

19 A NATUREZA DAS VIBRAÇÕES DOS ÉTERES


1 As vibrações do éter sonoro ou Prana constituem o som. Sendo assim, é necessário o
caráter distinto desta forma de movimento que se caracteriza pelo fato de suas vibrações
se assemelharem a um disco pontilhado, sendo que esses pontos são pequenas
saliências que se elevam acima da superfície comum, de modo a produzir, neste disco
formado, cavidades microscópicas. Sua vibração produz um movimento relativo à direção
da onda.
2 As vibrações do éter táctil ou Vayú são descritas como sendo de forma esférica e o seu
movimento ocorre em ângulos agudos com a onda, este produz a sensação do tato.
3 As vibrações do éter gustativo ou Apas se parece, em corte, com uma meia lua e produz
o paladar. Move-se para baixo, sendo que esta direção é contrária ao éter luminoso, e
sua força provoca, portanto contração.
4 O éter olfativo ou Príthivi produz o olfato e é quadrado em corte. Ele move-se no centro,
não em ângulos retos nem agudos e nem por cima ou por baixo, senão ao longo da onda.
61

5 As vibrações do éter luminoso ou Tejas constituem a luz. Estas vibrações se produzem


perpendicular à direção da onda, e a vibração completa deste elemento toma a forma de
um triângulo.

__
AB - Direção da onda.
__
BC - Direção da vibração.
__
CA - Linha ao longo da qual o átomo vibrante deve voltar à sua posição simétrica sobre a
linha AB, pois que, na expansão, os arranjos simétricos dos átomos de um corpo não se
mudaram.

20 OS ÉTERES E SUAS PARTICULARIDADES


1 Duas modalidades de energias se encontram diretamente encerradas na constituição
íntima dos éteres. A primeira foi emanada do movimento do Absoluto, dando origem, pela
transformação, à energia cósmica que cria, pela saturação, as cinco forças sutis da
Natureza, mais reconhecidas como tatwas ou energias inferiores. Elas são criadoras de
tudo que existe na Natureza, a partir do quinto plano até a matéria grosseira, sendo que a
condensação se realiza em função destes éteres serem dotados de movimentos
vibratórios independentes e, também, por apresentarem funções distintas, a fim de que
seja processada a coesão, esta que se origina com a diminuição das vibrações dos
átomos reais, concluindo, assim, uma realização de Natureza involutiva, a fim de que se
inicie o trabalho de aperfeiçoamento dessas energias inferiores, ou seja, dos éteres.
2 O Prana, fonte de força e vitalidade, é uma nova transformação proveniente da Energia
Cósmica quando se processa a passagem da corrente emanada pelo Absoluto, sendo
reconhecido como éter sonoro, possuindo uma cor negra cujas vibrações constituem o
som, sendo que sua forma se assemelha a um disco pontilhado.
3 O Tejas é uma forma de energia que deriva de outras, é reconhecido como éter luminoso,
possui cor vermelha e suas vibrações tomam a forma de um triângulo.
4 O Vayú ou éter táctil se caracteriza pela cor azul que apresenta, e suas vibrações
completas tomam uma forma esférica.
5 O Príthivi ou éter olfativo apresenta cor amarela, sendo que suas vibrações tomam a
forma de um quadrado.
6 O Apas ou éter gustativo é reconhecido pela presença da cor branca e suas vibrações em
corte parecem com uma meia lua.
7 Como esses éteres são reconhecidos pelas energias inferiores que apresentam, eles
ficam localizados também nos planos correspondentes à sua formação, ou seja: o Prana
no quinto plano, o Tejas no quarto, o Vayú no terceiro, o Príthivi no segundo e o Apas no
primeiro plano, considerando uma escala ascendente e evolutiva para o Absoluto.
8 Existe, ainda, um plano intermediário que, na involução, foi criado após a formação do
Tejas e serve para estágio da Alma com o Corpo Físico, através de seus centros, sem a
participação do Espírito, considerando que não há mais a necessidade de um
incentivador para manter as energias na câmara mental.
9 No primeiro estágio de ascensão das energias ainda grosseiras temos um plano formado
pelas vibrações do Apas. No segundo, terceiro, quarto e quinto estágios, temos os planos
formados pelas vibrações do Príthivi, Vayú, Tejas e Prana respectivamente, para, em
seguida, se reagruparem num plano mais perfeito em busca da Energia Divina e
Imutável, ou seja, Deus.
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21 O APAS
1 Para que o Ser Humano alcance as grandes realizações através de sua vontade e de seu
esforço, é necessário que afaste o seu pensamento da dúvida e da descrença, pois estas
qualidades e, sobretudo, a dúvida, levam sempre o Ser Humano à desistência de todo
ideal elevado. Entretanto, mesmo com a falta de crença e com a dúvida, se ele usar a
persistência, acabará encontrando o equilíbrio que existe entre si e a Natureza, abstendo
sua mente das formas desregradas que cria constantemente e que enfraquece suas
energias mentais. Aqueles que desejam atingir as forças realizadoras que existem em si,
podem aprender, através da Natureza, que é um livro que poderá ensinar-lhe tudo o que
deseja.
2 Os Seres Humanos podem escolher e separar todas as vibrações que existem na
Natureza e que os rodeiam a cada momento, fazendo a formação dos elementos que
constituem a plenitude do Universo. Tudo é realizável. O que o Ser Humano chama de
impossível não é nada mais do que a falta de desenvolvimento de sua própria
inteligência, formando suas teorias com base no fanatismo e na adoração, pensando que,
com este procedimento, atingiu o mais alto ponto de sabedoria e de conhecimento.
3 O Apas é um dos éteres existentes na Natureza e no Ser Humano. Ele tem a cor branca
e parece-se, em corte, com uma meia-lua. A língua recebe as vibrações desse éter e os
órgãos abdominais podem ser equilibrados, quando se encontrarem doentes - “como se
chama” na ciência oficial - com a aplicação do Apas nestes órgãos e, principalmente,
quando este éter vem associado com o Prana que dá a vitalidade e o vigor.
4 É preciso que o Ser Humano aprenda a associar as ciências material e espiritual. Assim
como existe o sol como centro do sistema planetário, existem diversos outros centros
iluminando outros mundos, porém, a ciência ainda possui muitas superstições como, por
exemplo, a de pensar que um planeta pode se chocar com outro. Os planetas se atraem
e se repelem pelo movimento próprio dos campos energéticos produzidos pelos átomos
que os formam e os globos se aproximam uns dos outros porque uma energia sempre
procura outro campo magnético, mas quando estes campos se chocam, eles
necessariamente se repelem pela diferença de capacidade de força existente entre eles.

22 A SIMBOLOGIA DO APAS
1 A Natureza é constituída das diversidades de energias que, embora desconhecidas pela
maioria da humanidade, possui a sua existência em estado sutil. O Ser Humano pode
captá-las tanto por meios artificiais como pelo auxílio de sua mente, que é um laboratório
perfeito, cujo laboratorista é o pensamento. Existe a energia condensadora da matéria
orgânica, tanto na formação dos ossos que constituem o esqueleto humano, quanto na
região carnal.
2 Existe também a energia condensadora da matéria inorgânica, sendo que através dessa
energia o Ser Humano pode utilizar sua mente para a construção de um grande edifício,
com pedras feitas por si mesmo. Da mesma maneira, ele pode destruir o mesmo edifício
ou outro qualquer, utilizando a mesma energia.
3 Existe também uma energia de efeito isolante. Quando ela é aplicada na matéria orgânica
ela isola a ação de qualquer energia diferente, isolando também as regiões tácteis, não
permitindo que elas sejam ofendidas. Ela tem ação fria, cuja frialdade é superior a todo e
qualquer calor das energias do Universo.
4 A energia do Apas tem sua representação baseada no Plano Bhur-Loka, cuja palavra ao
ter suas letras substituídas cabalisticamente pelos números correspondentes, apresenta
o número 311, que pela soma teosófica nos permite fazer o seguinte cálculo: 3 + 1 + 1 =
5, que simboliza as cinco forças da Natureza.
63

5 A energia isolante existe em toda a parte da Natureza e o Ser Humano pode tornar-se
insensível a qualquer dor através de sua aplicação, na região do centro nervoso, onde se
manifesta a ação da energia condensadora da matéria orgânica. Isso ocorre porque ela
isola a ação da energia táctil, produzindo a paralisia.
6 No Universo tudo se encontra estabelecido pela Ciência e pela Lei. As energias
constituem os elementos, integram-nos e dão-lhe formas. Existem as energias que
dominam a matéria orgânica e inorgânica.

23 O PRÍTHIVI
1 Existem muitos que se lamentam por não poderem realizar aquilo que almejam.
Entretanto, é a falta de fé que os levam à descrença e os meios de promoverem suas
realizações os tornam impotentes em suas lutas para atingirem o ideal desejado. Existem
outros que lutam, lutam e fracassam no meio da luta, surgindo desse modo a desistência
e o fracasso. Porém, em seu íntimo, existe toda a superioridade que o capacita a realizar
tudo o que deseja, bastando, para tanto, manipular os elementos no laboratório de sua
Alma e projetá-los para a realização de todos os seus objetivos.
2 Se o Ser Humano consegue elevar a sua mente ao Alto para desenvolver o seu nível de
percepção, então, adquire as numerosas cores que sempre aparecem. Porém, se as
cores da Alma não são visíveis aos olhos do Ser Humano, é em virtude da pouca
quantidade de matéria desprendida pelas células ou da energia que constitui esta mesma
matéria que envolve o seu corpo.
3 As diversas células que constituem os órgãos existentes no Ser Humano são produzidas
pela manifestação dos éteres, de forma que o Ser Humano pode enxergar um objeto sem
distinguir a vibração.
4 O Príthivi, ou éter olfativo é quadrado em corte e de cor amarelada. Ele, como os demais
éteres, tem a propriedade de transmitir ao corpo humano as sensações e percepções. O
Príthivi, assim como os outros éteres, se encontra encerrado no éter luminoso, ou seja,
no Tejas. Ele é observado pelo desdobramento dos raios solares, que apresenta todas as
cores do arco-íris.
5 Toda e qualquer vibração produzida em um objeto leva a sua imagem em estado de
vibração. É desse modo que existe a percepção no Ser Humano, ou seja, a compreensão
do objeto que produz o som. Todos os éteres têm a propriedade de produzir os seus
átomos e, cada átomo, tem uma estrutura diferente. O Príthivi tem a forma quadrangular,
o Prana tem a forma de um disco pontilhado, o Vayú tem formas esféricas, sendo que
cada movimento é diferente, como por exemplo, um tem a forma quadrangular, outro tem
a forma triangular, etc.

24 A SIMBOLOGIA DO PRÍTHIVI
1 Tudo o que se encontra em coesão foi formado pela unificação dos 5 (cinco) éteres ou
cinco forças da Natureza, os quais são observados no além. O Vayú ou éter sutil deixa
transparecer uma cor azulada, que é identificada por muitos como céu. O Prana ou éter
sonoro se manifesta em tudo, interpenetrando em todos os outros planos, depois,
aparece o Grande Tejas ou éter luminoso, o Príthivi ou éter olfativo e o Apas ou éter
gustativo.
2 No Universo existem as diversidades de matéria. Existe a matéria bruta, esta que carece
de muita energia e constitui um corpo compacto, até que atinja o ponto de saturação.
Essa matéria vai se aperfeiçoando cada vez mais, surgindo, em consequência, uma
matéria mais purificada nesse processo de evolução, surgindo daí uma matéria
sublimada que, com a transmissão contínua de energia, se transforma em matéria
quintessenciada, que se transforma em matéria perfeita, para, em seguida, transformar-
64

se totalmente em energia, porém, uma energia em estado bruto. A partir daí, as


energias começam a se aperfeiçoar, passando pelas diversidades de estados, até
chegarem a energia perfeita, essa que não passa mais por transformações, nem
modificações porque se tornou una.
3 A energia do Príthivi se encontra representada pelo Plano Bhuvar-Loka, sendo que, a
partir do momento em que as letras desta palavra são substituídas cabalisticamente pelos
números correspondentes, obtemos como resultado o número 318, que, pela soma
teosófica, resulta em 3 + 1 + 8 = 12 = 3, simbolizando o equilíbrio da Unidade Divina gera
a trindade.
4 Para que o Ser Humano chegue à conclusão daquilo que ele pretende realizar, é
necessário que ele dispense alguns minutos para sua meditação reflexiva diária. E que
essa meditação seja aproveitada no ensinamento básico, nos métodos perfeitos que ela
oferece, quando não se encontram acompanhados das formas criadas pela mente do Ser
Humano, para completar aquilo que lhe é oferecido de real.
5 Tudo o que existe no Universo existe no Ser Humano, sendo que esse pode ser
considerado como um Universo Consciente de Si Mesmo, que pode realizar, com
sabedoria, as obras tão perfeitas quanto aquelas promovidas pela Natureza em
obediência às Leis Universais.

25 O VAYÚ
1 A ciência tem encontrado, através de suas pesquisas e estudos, a Realidade. Entretanto,
como em todos os meios existem Seres Humanos mais prestigiados por outros Seres
Humanos, sendo que esses que são mais elogiados julgam-se com direito de demonstrar
fatos superiores à verdade, de modo que o Ser Humano afasta-se da Lei, passando a
admitir o erro e levando muitos a admitirem também, aquela teoria com a convicção de
que estão seguindo a verdade. Aquele que descortinou a verdade através de seus
esforços e pesquisas, mas que não tem confiança naquilo que descobriu, não tem
confiança na verdade descoberta, duvidando do que sabe.
2 É necessário que o Ser Humano, quando alcançar um objetivo, nunca duvide daquilo que
crê e se houver essa dúvida que ela seja dissipada pelo seu sentimento. Alguns
conseguiram descortinar a verdade, mas duvidaram dela, ficando estacionados, outros
também erram porque desconhecem essa verdade e, em consequência, fantasiam a
mentira, elegendo-a como a verdade. Tudo é permitido ao Ser Humano conhecer porque
Deus concede àqueles que têm boa vontade tudo o que precisa para conhecer a
verdade. A ciência material, de um modo ou de outro, tem alcançado algumas
conclusões, sendo necessário, agora, que a religião também siga os métodos oferecidos
pela Lei para chegar à conclusão, ao invés de procurar uma nova lei diferente da
verdadeira, confundindo-se com o mundo científico.
3 O Vayú, também reconhecido como éter táctil, tem sua cor azulada e é uma das energias
inferiores. Tem as suas vibrações em forma esférica e a cor azulada que deixa
transparecer constitui aquilo que é chamado de firmamento e que muitos julgam ser o
céu.
4 Tudo no Universo é relativo, até mesmo a consciência, a inteligência e a imaginação do
Ser Humano, isto, no sentido da matéria. Somente Deus, este ponto que se encontra
acima de todas as coisas, é que goza do poder de absoluto.
5 Tudo o que existe é relativo, até mesmo os universos se aperfeiçoam do mesmo modo
que o Ser Humano vai se aperfeiçoando. Um Globo também tem a sua Alma ou corpo
astral e o seu Espírito, e se ele não fala é porque não se encontra aparelhado para tal.
Tudo é simples, não havendo nenhum obstáculo ou mistério no vasto Campo Universal.
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Assim, o Ser Humano deve facilitar todos os cálculos tidos como absurdos, para chegar
a ponto de reconhecer a realidade.

26 A SIMBOLOGIA DO VAYÚ
1 A matéria orgânica, como já é reconhecida, se constitui de Plexos ou centros de forças
que têm a função de receber as energias emitidas pela Natureza, essas que são
responsáveis pelo equilíbrio da máquina humana.
2 O Prana é um éter que possui a função de manter o equilíbrio energético do Ser Humano,
pois ele se manifesta em tudo, atuando nos seus átomos e nas suas células. Fazendo
parte da composição dessa célula já se encontra o Vayú ou éter táctil, que lhe dá
sensibilidade.
3 Tudo se encontra estabelecido em obediência às Leis Universais. O que se encontra em
cima, se encontra embaixo. A evolução do Globo é representada pela diminuição de sua
matéria em estado bruto, ou pela transição da matéria grosseira para o estado de energia
mais aprimorada, até chegar a ponto de energia pura e absoluta. Portanto, a ciência não
deve admitir, como se encontra estabelecido, que a matéria bruta, possuidora de mais
elementos inferiores, possa irradiar maior quantidade de energia.
4 A energia do Vayú se encontra identificada pelo Plano Svar-Loka, e quando as suas
letras são substituídas cabalisticamente pelos números correspondentes, obtemos como
resultado o número 368, que segundo a adição teosófica produz 3 + 6 + 8 = 17 = 8, que
simboliza a união da Unidade Divina com a evolução, produzindo a geração.
5 Quando os Seres Humanos que se encontram responsabilizados pela ciência oficial
equipararem a Lei de Cima com a Lei de Baixo, logo verão que essa se encontra
invertida, e, desse modo, jamais poderão chegar ao final de suas descobertas e suas
realizações, concretizando os seus sonhos idealizados, sonhos estes que só serão
verdadeiros se forem seguidos segundo a orientação das Leis, porque, do contrário,
serão apenas miragens enganadoras que passarão diante de si, levando-o a um ponto de
ilusão, e não de realização.

27 O TEJAS
1 É através da ciência que o Ser Humano poderá alcançar as suas deduções lógicas, as
suas explicações exatas e colocar um ponto de confiança e de certeza às mentes
humanas.
2 As energias mais aperfeiçoadas têm as suas energias criadoras, ou seja, aquelas que as
criou. Em vista de, na matéria, a energia aperfeiçoar-se, ou seja, na desintegração e
integração vem aperfeiçoando-se, até reintegrar-se à sua energia criadora e essa energia
criadora reintegra-se, depois de aperfeiçoada, à energia que a criou.
3 O Espírito parte de Deus e a Ele volta, vindo apenas para animar a matéria bruta, uma
matéria dotada de vida, mas sem ânimo vivificador para proporcionar o movimento. A
ciência afirma, através de seus estudos, hoje transformados em experiência, que o
Espírito evolui e involui e que, independente dessa matéria, há um elemento de
vitalidade, que não está representado pelo Espírito. Entretanto, o Ser Humano vê apenas
essa carcaça que encobre a matéria e desconhece as qualidades que ela possui em
estado de energia condensada.
4 O Ser Humano é dotado de todas as qualidades para realizar. Porém, vive se
lamentando, dizendo que não possui forças suficientes para promover tais realizações
que são feitas apenas pelo Espírito, quando em energia.
5 O éter luminoso ou Tejas possui cor avermelhada e suas vibrações tomam a forma de um
triângulo. É ele quem proporciona a visão.
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6 Tudo é vasto e simples no domínio do Universo e da Alma. A energia do Tejas, que


possui grande movimento, é quem condensa a matéria luminosa que transmite as
vibrações para o Globo sob a forma de calor e luz e nela se encontra, também, a
eletricidade. Nessa matéria condensada da energia luminosa, sua velocidade, em
primeiro lugar, produz a luz, depois produz o calor e este calor chega a produzir as
radiações caloríficas.
7 Tudo é energia e matéria. A energia condensa a matéria que é a parte negativa. Logo
que a matéria adquire o seu movimento próprio pela saturação, volta para o estado de
energia. Tudo que hoje é negado pelo Ser Humano, no futuro será afirmado por ele. Deus
não tem mistérios para com os Seres Humanos. É ilusão da humanidade querer criar
estes mistérios.

28 A SIMBOLOGIA DO TEJAS
1 Tudo o que existe no Universo obedece à Lei de Progresso e Aperfeiçoamento, além do
que tudo tem vida e pensa, desde os pequenos minerais até as mais altas potências em
evolução. Nos vegetais já é verificada a manifestação do Vayú ou Éter Táctil, sendo que
nos animais se apresentam os 5 (cinco) elementos, que oferecem qualidades de perceber
e de sentir. O animal pensa, porém, não chega a ponto de atingir o raciocínio, ele sente a
dor e seu pensamento chega a sentir as vibrações dessa dor, porém, sem que tenha
consciência do que seja.
2 Tudo no Universo, como já foi explicado, tem vida e pensa, porém, o pensamento só é
expresso através da evolução das massas. Tudo evolui e se transforma através do
progresso, desde os minerais, vegetais, passando pelos animais e Seres Humanos. As
grandes montanhas do presente não são nada mais, nada menos, do que as pequenas
pedras do passado, deixando o Ser Humano abismado pela observação destas obras
realizadas pela Natureza.
3 Tudo no Universo quer seja o átomo ou molécula, tem o seu campo de vibração, havendo
sempre espaços onde penetra sutilmente o éter ou energia inferior. O éter interpenetra
tanto o sólido como o gás mais rarefeito, movendo-se com toda a liberdade entre as suas
partículas.
4 A energia do Tejas se encontra representada simbolicamente pelo Plano Mahar-Loka e,
quando as letras destas palavras são substituídas cabalisticamente pelos números
correspondentes, obtemos o número 351, que nos permite fazer a seguinte soma
teosófica: 2 + 5 + 1 = 7 + 1, que simboliza a união da evolução com a Unidade Divina,
produzindo 8, que simboliza a geração.
5 A matéria vai elevando para o todo, de evolução em evolução. Todas as matérias que se
encontram encerradas na Natureza também fazem parte do próprio Ser Humano e, para
que este possa percebê-las, é necessário esforço, boa vontade e ação, para que, assim
desenvolva os seus centros de percepção e chegar ao fim de suas análises dentro da
realidade. Para que o Ser Humano haja de forma justa e perfeita, é necessário que, em
sua vida diária, ele consiga atrair as belas formas mentais.

29 O PRANA
1 No ser encarnado existe a força positiva e a força negativa. A força positiva se encontra
representada pela diversidade de órgãos, estes que têm a função de receber diretamente
da Natureza, através de seus Plexos receptores, as energias dos éteres da Natureza.
Existe ainda a força negativa que é a força externa, essa que promove, em suas
vibrações sobre esses órgãos, as sensações que são levadas à parte posterior do
cérebro, para serem reconhecidas pelo Ser Humano.
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2 Cada uma das diversas células que existem no ser encarnado se encontram produzidas
pelos cinco éteres. No aparelho auditivo se encontram as células do Prana ou éter
sonoro. Nos olhos se encontram os elementos do Tejas. Circulando o corpo do Ser
Humano são identificadas as células do Vayú ou éter táctil. No aparelho olfativo se
encontram as células do Príthivi e; no aparelho gustativo, as células do Apas. Estes
éteres se manifestam nessas células através da distribuição feita pelos Plexos, sendo
que cada um desses Plexos distribui a sua energia para o órgão que lhes pertence.
3 Os elementos que são constituídos de numerosas órbitas energéticas, em torno das
quais circula grande quantidade de elétrons, possuem menos força em suas energias. À
proporção que vai diminuindo o número de órbitas energéticas, os elementos vão
adquirindo maior força em suas energias.
4 O Prana ou éter sonoro tem a cor preta e suas vibrações constituem o som. Elas se
assemelham a um disco pontilhado. O Prana é considerado como uma energia inferior,
sendo representado pelo primeiro éter que se origina da energia cósmica esta que, ao se
desintegrar, origina as cinco qualidades de éteres.
5 O som é uma das manifestações do Prana e, ao produzir uma vibração num objeto, as
ondas sonoras levam, em estado de vibração, a forma do objeto até o ouvido interno do
Ser Humano, que a recolhe pelo pavilhão. O ouvido percebe o som e aprecia as
qualidades, sendo ele composto de três partes, que são representadas pelo ouvido
externo, médio e interno.
6 O Ser Humano é o que é. Futuramente, ele será o que foi no princípio e no presente. Mas
será ele o princípio, o presente e o futuro em qualidades aperfeiçoadas, seguindo sua
marcha, em ascensão, para o Absoluto.

30 A SIMBOLOGIA DO PRANA
1 A Natureza quando se faz representar por uma verdadeira mestra, tem ensinado aos
seus filhos o método correto para promover as grandes realizações.
2 O verdadeiro bem ou bem real é aquele em que o Ser Humano pratica sem visar
benefício algum, apenas pelo cumprimento de seus deveres. O bem verdadeiro não é
esse paliativo que é oferecido pelo próprio Ser Humano no Planeta, que não confere
estabilidade alguma. O maior bem que a criatura humana pode fazer ao seu irmão é
ajudá-lo a sacudir a poeira das falsas teorias e encaminhá-lo para a Luz, dando-lhe uma
estabilidade que, embora seja relativa, o torna apto para novas lutas na grande batalha
da vida. A verdadeira caridade consiste em formar um reino de trabalhadores e não um
centro de ociosos.
3 Os Seres Humanos não devem viver eternamente apegados às crenças que se
convencionou adotar no Universo. A sua crença deve se encontrar estabelecida apenas
na Verdade, quando esta se encontrar estabelecida, no mínimo, dentro da lógica e da
razão.
4 O Ser Humano deve sempre sentir aquilo que aprende para poder conferir sua crença
naquilo que sabe. Se o Ser Humano não sente aquilo que aprendeu é porque não crê
naquilo que sabe.
5 A energia do Prana se encontra identificada pelo Plano Janar-Loka e, ao substituirmos as
suas letras, cabalisticamente, pelos números correspondentes, obtemos o seguinte
resultado: número 353 = 3 + 5 + 3 = 11 = 2, que simboliza o equilíbrio.
6 Muitas verdades ainda serão ditas, sendo preciso que, atualmente, seja destruída a
superstição e o temor humano, pois aos Seres Humanos de boa vontade isto já é exigido
pela Lei, estes que se encontram no caminho e em marcha acelerada em busca da
realidade e da realização, pela autorrealização, pelo autoconhecimento.
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7 Portanto, já é chegado o momento em que todos os portões sejam abertos e o Ser


Humano, em si, venha dar espaço e atenção plena a todas as coisas, para que reine a
liberdade na consciência deste mesmo Ser Humano.

31 A ENERGIA CÓSMICA
1 Para que o Ser Humano alcance o conhecimento e a força é necessário que ele se
esforce para atingir a realidade sem fanatismos, sem adorações, sem orgulho e sem
vaidade alguma. Ele deve adorar apenas uma coisa: a Verdade, mesmo assim, só se ela
for aceita pelos seus sentimentos e conferida pela sua razão.
2 Para que o Ser Humano viva equilibrado dentro de uma verdade pura, uma verdade
construtiva, que o erga do abismo em que se encontra, para o cimo da glória onde
resplandece a Luz, ele deve amar e adorar apenas essa Verdade.
3 Todo o Ser Humano é dotado de inteligência, sabedoria e sentimento, finalmente, de
todas as qualidades indispensáveis para estudar, pesquisar e concluir. Se os Seres
Humanos desejam apresentar as suas idéias fora da ciência, por certo eles jamais
chegarão a atingir o ponto de levar a certeza às mentes humanas. É através da ciência
que o Ser Humano levará ao seu semelhante as deduções lógicas, as suas explicações
exatas, colocando a convicção, a confiança e a certeza em suas mentes.
4 A energia cósmica ou matéria cósmica corresponde, justamente, à terceira energia a
partir do Absoluto e a segunda energia a partir da energia negativa. Ela fica saturada de
receptividade para dar origem a outras energias inferiores.
5 No interior do Absoluto, ou seja, Deus, ocorre a produção de grande quantidade de
energia. Essa energia, produzida pelo seu movimento, não é particular sua, mas sim,
produto do seu movimento que constitui as diversidades de energias. Essa energia
adquire o seu movimento próprio e esse movimento produz uma segunda energia, esta
que produz uma energia inferior e, assim, sucessivamente, até atingir o último ponto que
é a matéria.
6 O Espírito parte de Deus e a Ele volta. O Espírito tem a função de animar a matéria em
estado bruto nas suas integrações e desintegrações, para o seu aperfeiçoamento na
matéria orgânica, sendo através do Perispírito que o Espírito age sobre a matéria.
7 Dizem os Seres Humanos que Deus é dotado de todas as qualidades e que criou o Ser
Humano à sua imagem e semelhança. Porém, a semelhança se encontra na essência e
não na matéria, porque, se assim fosse, Deus seria tão imperfeito como imperfeito é o
Ser Humano.

32 A SIMBOLOGIA DA ENERGIA CÓSMICA


1 É necessário que o Ser Humano, nas suas peregrinações terrenas, não se deixe prender
pelas grandes impressões, não se deixe dominar pelas formas impressionantes que
sempre levam a imagem dos objetos externos à sua parte interna, para que lhe dê a
consciência. Isso, muitas vezes, traz ao Ser Humano o sofrimento e a dor, causando as
decepções e, com essas decepções, vem aumentar mais ainda a intensidade de uma
força. Essa força provoca a desunião e a antipatia entre o intelecto e o objeto, chegando
esse Ser Humano a libertar-se daquilo que lhe prejudicava.
2 É preciso que as forças se contrabalancem para que possam produzir equilíbrio e, para
se produzir o equilíbrio de uma haste sobre a outra, é necessário que haja conhecimento
do meio daquela haste que se encontra firmada em estado horizontal, para poder firmar a
que se encontra em estado vertical.
3 O movimento é a vida, sendo que a haste corresponde à balança da vida. É preciso que
se movimente a balança da vida para que se consiga os movimentos compassados e
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equilibrados, para que haja obediência às Leis Verdadeiras, as Leis Universais que
governam todos os globos.
4 A energia cósmica se encontra representada pelo Plano Tapar-Loka e, quando as letras
desta palavra são substituídas, cabalisticamente, pelos números correspondentes,
apresenta como resultado o número 312, simbolizando que a trindade e a Unidade Divina
se encontram equilibradas.
5 Como é reconhecido, existe no Ser Humano a matéria inteligente, a matéria pensante, a
matéria sensitiva, e, finalmente, todas as qualidades que lhe proporcionam o meio de
sentir e traduzir as várias matérias que se fundem para constituir os órgãos, estes que se
transformam em centros que se desenvolvem e aprimoram juntamente com outros
centros. Muitas vezes o Ser Humano pensa, porém nada compreende; outras vezes, ele
tem a capacidade de muito sentir, porém não chega a traduzir o seu sentimento. Isto
significa que um dos centros está mais desenvolvido que outros, e que, com o passar do
tempo, o Ser Humano chegará a tê-los todos desenvolvidos, adquirindo um pensamento
igual.

33 A ENERGIA NEGATIVA
1 É muito comum, no seio da humanidade, ouvir-se falar de que não existe nenhuma
qualidade na matéria. Todas as qualidades se encontram encerradas no Espírito e, sem a
participação desse Espírito, a matéria nada possui: nem consciência, nem inteligência,
nem sentimentos, a não ser pela ação do Espírito.
2 Ora, tudo o que se encontra encerrado no Espírito em estado de Energia Absoluta, existe
na matéria em estado de energia condensada. A matéria bruta não pode locomover-se
pelo estado compacto em que se encontra, necessitando de desenvolvimento para atingir
o ponto de energia consciente de si mesma. Existe a matéria consciente, existe a matéria
inteligente e a matéria vital. Na matéria consciente estão ligadas as energias conscientes,
emitidas pelos planos da Natureza para conservação do estado compacto dessa matéria,
em cujos centros se manifestam as energias do Espírito.
3 O Ser Humano afirma que não pode realizar porque possui uma matéria grosseira que
não o permite desenvolver certas teorias. Nos Seres Humanos do passado imperava
somente a necessidade para manter equilibrados os elementos da sua matéria. Porém, o
Ser Humano do presente sente, além daquelas, outras necessidades produzidas pelos
seus sentimentos.
4 A energia negativa é produzida pelo movimento de Deus, ou seja, pelo produto de seu
movimento. Essa energia negativa, em sua involução, vem criando outras energias, até
que se processe a sua saturação sob a forma de matéria condensada.
5 Atualmente, os Seres Humanos elevam seus pensamentos ao Alto para o domínio do
Universo, baseados em suas invenções. Porém, no futuro, estes mesmos Seres
Humanos, chegarão a usar essas energias que conseguiram desintegrar, para servirem à
humanidade com maior eficiência. A matéria é a energia condensada. Existe energia em
tudo e em toda a parte e através do aperfeiçoamento e da evolução elas voltarão ao
estado de energias descondensadas, integrando-se nas suas energias criadoras, até
alcançarem o ponto de energia absoluta, integrando-se ao Todo em estado de perfeição.
6 Aqueles que vibram os seus pensamentos para o Alto a fim de adquirirem a força para
beneficiar seu semelhante, estes se encontram dentro da Lei do Amor, da Verdade e da
Justiça, fazendo jus ao uso de todas as ferramentas para a construção da grande obra.
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34 A SIMBOLOGIA DA ENERGIA NEGATIVA


1 É através da ciência que o Ser Humano levará a humanidade as suas explicações
exatas, a fim de que esta adquira plena confiança nos estudos realizados e siga em
conjunto a marcha evolutiva para o caminho das realizações.
2 O Espírito é uma centelha divina emanada de Deus e a ele retorna depois da missão
cumprida. O Espírito anima a matéria em seu estado bruto, em suas desintegrações e
integrações para que ela se aperfeiçoe.
3 A matéria orgânica vai se transformando através de vibrações, sendo que elas vão se
tornando mais grosseiras e mais compactas até que atinjam a um ponto de saturação, e
então as energias externas deixam de possuir a possibilidade de penetrar na matéria já
saturada. Essa matéria adquire o seu movimento próprio, começando, a partir desse
momento, o seu aperfeiçoamento relativo.
4 As energias se revolucionam com maior intensidade na criatura humana, e quando essa
deseja realizar um objetivo qualquer e se julga impotente para atingir o fim desejado,
recebe energia apenas para conservar sua matéria em estado compacto. Porém, quando
o Ser Humano emite uma forma de vontade superior, ocorre uma elasticidade em seus
centros, e ele percebe cada vez mais as vibrações emitidas pelo Espírito.
5 A energia negativa representa o Plano Satya-Loka, cujas letras, quando representadas
cabalisticamente pelos números correspondentes, apresentam o seguinte resultado, ou
seja, o número 163, que nos permite fazer a seguinte soma teosófica: 1 + 6 + 3 = 10, que
simboliza a manifestação da Unidade Divina no Universo.
6 Para que o Ser Humano atinja a Ciência é necessário que exista em si a persistência, o
esforço, a vontade e a coragem para ousar. O sentimento também é uma qualidade que
todo Ser Humano deve conservar em si. Existem muitos que reconhecem um objeto,
porém, não identificam os elementos que fazem parte de sua composição.
7 Para que o Ser Humano tenha conhecimento é preciso que ele sinta, porque sem o
sentimento ele jamais chegará ao sentido real de todas as coisas existentes no Vasto
Campo Universal.

O Projeto de Deus,
a Vida das Leis Universais.

35 O REINO MINERAL
1 Tudo o que existe no Universo é fácil de ser compreendido quando existe o desejo de
compreender. Não existe nada impossível como se fala. Entretanto, tudo deve ser
analisado para que se chegue a uma conclusão real, obtendo o que se deseja.
2 No princípio, os planos eram desprovidos de formas. Para que ocorra a manifestação de
uma forma no Reino Material, é necessário, em primeiro lugar, que se forme no Astral.
Essa forma é criada pelo Espírito que a anima e, assim, surge no Globo o primeiro
Mineral que carece de vida. O Espírito não pode expressar tudo aquilo que ele conhece
através de uma pedra grosseira, mas essa pedra bruta vai se aperfeiçoando e atinge o
segundo estado de mineral médio, que, em seguida, alcança o ponto de mineral superior,
cujos elementos se desintegram para dar origem ao Reino Vegetal.
3 Tudo o que existe no Universo, desde o mineral até as mais perfeitas formas de energia,
é o produto dos cinco éteres já reconhecidos. Desde a energia bruta ou elétrica, até as
diversidades de manifestações mais aperfeiçoadas, ou seja, o Ser Humano, são produtos
das cinco forças existentes na Natureza.
4 O Reino Mineral é originado com a involução das energias e o aparecimento dos minerais
primitivos para, em seguida, originar o aperfeiçoamento médio desses minerais primitivos
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e, em seguida, o seu aperfeiçoamento superior, dando origem finalmente à energia dos


minerais.
5 Tudo o que existe no Universo obedece às qualidades do plano que ocupa. Existe a
matéria mineral bruta, esta que se encontra perfeitamente visível aos olhos humanos.
Existe a matéria mineral média, esta que ocupa o corpo astral mineral, e existe o plano
correspondente à energia mineral, a energia criadora dos dois planos citados. Existe, no
Plano Médio Mineral, as formas do astral, sendo verdadeiras jazidas.
6 Os minerais, através da matéria, adquirem as experiências, sendo que, sem essas
experiências, o Espírito não pode ser um sábio conhecedor de todas as coisas que existe
no Universo, pois é a partir delas que se constitui o Grande Todo, ou seja, Deus.

36 O REINO VEGETAL
1 É necessário que a humanidade seja despertada e que esse despertamento seja
efetuado pelos Seres Humanos de boa vontade. Para que esses Seres Humanos
despertem os sentimentos dos seus semelhantes é preciso que eles sintam, em primeiro
lugar, a realidade dentro de si mesmo e se determinem a espalhá-la, a fim de que ela
possa iluminar toda a humanidade. A luz parte do centro, da mesma forma que o éter
luminoso transmite a sua luz através do sol, que é o centro do sistema planetário.
Portanto, é preciso esforço, persistência, boa vontade e determinação de ação.
2 Qualquer obra para ser edificada, precisa se encontrar estabelecida dentro da harmonia e
do amor e, para que ela seja perfeita é necessário que se encontre equilibrada dentro de
um círculo perfeito. O círculo que se encontra regido por todas as leis, ou seja, o círculo
da evolução de todos os Seres Humanos.
3 Tudo no Universo deve ser sintetizado, e não multiplicado ou dividido, para que possa ser
bem compreendido pelo Ser Humano, este que forma as suas teorias sem bases e sem
argumentos, chegando a ponto de afirmar que não sabe aquilo que sabe, porque não
pode compreender aquilo que sabe como real.
4 O Reino Vegetal aparece com a evolução da energia dos minerais, sendo ainda um
vegetal primitivo. Depois, vem o aperfeiçoamento médio desses vegetais e,
posteriormente, o seu aperfeiçoamento em estado superior para, em seguida, aparecer a
energia vegetal.
5 No Plano Astral existem, também, as grandes florestas e jardins que correspondem à
primeira manifestação desses vegetais. Quando um Ser Humano destrói um vegetal, não
significa o desaparecimento, por toda a eternidade, daquilo que ele desejou destruir, mas
sim, houve a transformação na parte bruta da matéria, portanto, houve a modificação na
forma do plano médio, vindo esse vegetal surgir mais perfeito, até atingir um ponto de
perfeição que o torne independente da energia mineral.
6 O Ser Humano precisa se compenetrar de que ele não deve aceitar aquilo que a sua
consciência não dita e a sua razão não justifica, sendo que só assim ele poderá chegar à
conclusão de todas as coisas.

37 O REINO ANIMAL
1 É necessário, quando ocorre a discussão entre duas pessoas, o saber para dizer. É
preciso dizer a quem sabe compreender, porque aqueles que não compreendem, ouvem,
porém, nada aprendem.
2 Tudo se encontra estabelecido dentro, no mínimo, da Lei de Lógica e Lei de Razão. Tudo
o que existe no vasto Campo Universal obedece às qualidades do plano que ocupa.
Como é reconhecido, existe o Plano Mineral, o Plano Vegetal, Animal e Hominal. No
Reino Animal, existem as formas já aperfeiçoadas que tendem a ultrapassar o seu plano
e atingir o plano seguinte representado pelo hominal. Quando se destrói um vegetal ou
72

um Animal não significa o desaparecimento, por toda a eternidade, daquilo que se


destruiu, houve, sim, uma transformação na parte grosseira da parte material.
3 Quando ocorre, por exemplo, a destruição de um vegetal ou das energias
correspondentes, tem origem o Plano Animal, com o aparecimento dos grandes monstros
para os olhos humanos, atingindo formas mais perfeitas, como é observado nos
esqueletos de grandes animais, como o dinossauro e outros. Em seguida, diminui a
capacidade de matéria possuindo maior energia, até atingir o ponto de macaco, dotado
de instinto e inteligência, porém, isento de um raciocínio perfeito.
4 O Reino Animal tem origem quando aparecem os animais primitivos, depois vem o
aperfeiçoamento médio destes animais e, então aparecem esses mesmos animais
primitivos com um aperfeiçoamento superior, vindo originar, em consequência, a Energia
Animal.
5 O início do corpo causal ou Alma, criado pelo Espírito através da matéria
quintessenciada, não é uma forma como a Alma do Ser Humano, mas sim a Alma dos
minerais. Depois que essa forma evolui, se modifica para se tornar uma forma mais
aperfeiçoada e se transformar, no Reino Vegetal, surgindo daí o vegetal. Com a evolução
ocorrida nas massas desse vegetal, há um novo aperfeiçoamento na forma astral,
surgindo, em seguida, o Animal.
6 Tudo partiu de Deus, que é a Vida do Absoluto, originando as diversidades de reinos,
como o Animal, este que vai adquirindo sensibilidade, instinto e inteligência, porém,
sendo privado, ainda, da consciência e raciocínio perfeitos, chegando a ponto de integrar
o plano hominal, este que dá origem à primeira forma humana.

38 O REINO HOMINAL
1 Tudo o que existe no Universo está constituído de um campo de vibração como, por
exemplo, cada átomo, cada molécula e cada substância possuem um campo de vibração
que lhes são próprios. Sempre ocorre a existência de um espaço entre esses átomos e
moléculas, através do qual circula o éter. Cada átomo físico se encontra banhado de
grande quantidade de matéria astral, que o envolve preenchendo todos os seus
interstícios.
2 O éter interpenetra todas as substâncias que se conhece, tanto a sólida como a gasosa,
que é mais rarefeita, movendo-se com toda facilidade entre as partículas. Do mesmo
modo ocorre com a matéria astral que interpenetra e se move, com toda a liberdade,
entre as suas partículas. A matéria mental também possui a propriedade de interpenetrar
a astral nas mesmas condições. Assim, a matéria imaginária interpenetra a matéria
mental, movendo-se entre suas partículas.
3 É de acordo com a evolução da matéria que ela se eleva para o todo. Entretanto, para
que o Ser Humano analise todas essas coisas, não é necessário que ele gravite no
espaço. Para o Ser Humano percebê-la são necessários boa vontade, esforço e ação,
para que ele desenvolva os seus centros perceptivos e chegue, finalmente, ao resultado
de tudo através de suas deduções e análises.
4 O Reino Hominal é constituído de 7 (sete) divisões, representadas pelos seguintes
planos: Mahaparanirvânico, Paranirvânico, Nirvânico, Búdhico, Mental, Astral e Material
ou Físico, sendo reconhecidos também como Plano da Ciência, Plano da Consciência,
Plano da Verdade, Plano da Inteligência, Plano da Imaginação, Plano da Vontade e Plano
da Necessidade.
5 Se tudo está representado por um campo de vibração e ação, é viável que as grandes
organizações também possuam o seu campo de vibração. Nesse ponto essas vibrações
se condensam, criam uma forma, a mente percebe essa forma e age através dela para o
engrandecimento da organização. Na vida cotidiana, e em tudo o que existe, é necessária
73

a condensação da matéria, a atração para as formas mentais, a fim de que o Ser


Humano aja de forma justa e perfeita, para que obtenha, com sabedoria, as grandes
realizações.

39 PLANO E CORPO MATERIAL


1 Já sabemos que a energia proveniente do movimento do Grande Alento forma, pelas
variações de vibrações, as diversidades de moradas que, no futuro, servirão de escolas
para aprendizado e estágio natural do Ser Humano, que adquire, como resultado final, a
experiência e evolução que passam a fazer parte do seu sentimento.
2 Precisamos entender, também, que o Espírito não evolui juntamente com a Alma e os
elementos do Corpo Físico, pois o mesmo é uma partícula de Deus e, portanto, é dotado
de toda a sabedoria, verdade e amor, porém, fica com suas forças vedadas, sendo a sua
manifestação na matéria de acordo com a purificação da mesma.
3 O conhecimento do Plano Físico constitui o primeiro estudo do Reino Hominal, sendo que
seu objetivo material é o desenvolvimento do Ser Humano, de sua necessidade instintiva,
da sensibilidade grosseira e da inteligência primitiva, e, o seu objetivo espiritual, o
aperfeiçoamento dos centros que vão se desenvolvendo e aprimorando juntamente com
os outros centros.
4 Quando os elementos superiores do Reino Animal se aperfeiçoam, eles,
necessariamente, se desintegram, para virem a se unificar aos elementos do Reino
Hominal, cabendo ao Espírito a incumbência da formação do Ser Humano inferior,
constituindo-se no primeiro Ser Humano com corpo completamente cabeludo, por
herança do macaco, dotado, como já falamos, de inteligência, instinto, mas desprovido de
raciocínio pelo fato de não possuir mente formada, ficando, assim, privado de um órgão
importante na comunicação, que está representado pelas cordas vocais. Porém, como
tudo é de acordo com a necessidade, existem métodos mais rudimentares para este fim.
5 Quando é atingido o tempo pré-determinado para o aperfeiçoamento dos elementos
deste plano físico, eis que surge uma nova transformação no Ser Humano, para continuar
sua marcha em busca da perfeição.

40 A SIMBOLOGIA DO PLANO MATERIAL


1 O Ser Humano que pretende atingir as realizações que ainda não foram conquistadas,
precisa compreender que a maior quantidade de matéria está no núcleo, cuja massa é a
mesma do átomo, sendo que na atmosfera eletrônica, que fica em torno de si, reside a
energia.
2 Muitos afirmam que não existe nenhuma qualidade na matéria e que todas as qualidades
se encontram no Espírito e fora dele a matéria nada possui. Sendo assim, a matéria não
possui, portanto, a consciência, a inteligência e o sentimento, não sendo, também,
portadora de vitalidade, a não ser pela ação do Espírito. Ora, é necessário que se
entenda que todas as qualidades que existem no Espírito em estado de energia perfeita
existem também na matéria em estado condensado de energia ou matéria bruta. Esta
matéria não pode se locomover pelo estado compacto em que se encontra e que carece
de aperfeiçoamento para atingir o ponto de energia perfeita, consciente de si mesma, ou
seja, de Espírito.
3 O Ser Humano é dotado de tudo que o permite fazer suas realizações dentro da lógica e
da razão, e esta matéria grosseira não o impede de conceber e emitir as energias
transmitidas pelo Espírito.
4 O Plano Material se encontra representado pela palavra Necessidade, esta que, pela
substituição das letras pelos números correspondentes, apresenta como resultado o
74

número 234, que, pela soma teosófica e redução à unidade, é igual ao número 2 + 3 + 4
= 9, que simboliza a Perfeição.
5 Todas as matérias que existem na Natureza se encontram também encerradas no próprio
Ser Humano e, para que este possa percebê-las é necessário esforço e boa vontade,
para que desenvolva todos os seus centros de percepção e, desse modo, alcance o
resultado de suas análises dentro da realidade. Portanto, o Ser Humano só deve falar
com convicção, aquilo que sente, porque se ele fala aquilo que não sente não sabe o que
está falando e não pode alcançar, com sabedoria, o resultado das grandes conclusões.

41 PLANO E CORPO ASTRAL


1 Deus, com sua infinita bondade, antes de povoar os planetas com suas partículas divinas,
construiu as moradas para a habitação de seus filhos, parte integrante de sua obra
perfeita e equilibrada.
2 O Plano Astral é constituído de matéria sutil e, também, de matéria das formas, sendo
separadas apenas pelo tipo de vibração. Assim, o Plano Astral interpenetra o físico da
mesma forma que a matéria mental interpenetra a matéria astral.
3 A simbologia nos mostra que a soma de todos os planos representados por seus sub-
planos se reduz nos cinco éteres já conhecidos.
4 O Corpo Astral, representado pela Alma, é construído no Plano Material Sutil ou
Quintessenciado, enquanto que a matéria física é constituída de matéria do Plano Astral
Médio. Analogamente, podemos considerar os vegetais, animais e hominais.
5 Considerando o Plano Astral como morada e escola natural, a Alma poderá retornar a ele
consciente ou inconsciente, como já tivemos oportunidade de participar de situações
reveladoras pela própria entidade, acerca dos sofrimentos a que se encontra submetida,
enquanto outras despertam logo na transição, sem muitas dificuldades, existindo,
também, aqueles que se separam, temporariamente, do seu invólucro material, para agir
livremente no Astral, sendo que, nesses casos, trata-se, evidentemente, de Almas
encarnadas.
6 Quando uma Alma abandona, por desencarne, o Corpo Físico e passa a viver no Plano
Astral, o seu estado de lucidez é de acordo com a sua evolução espiritual, que não é,
nada mais, nada menos, que o conhecimento e aplicação das Leis Naturais, sendo que o
despertamento da consciência pode durar horas ou anos. Nos casos demorados a
renúncia ao estado de obstinação influi bastante para o despertamento.

42 A SIMBOLOGIA DO PLANO ASTRAL


1 Para que o Ser Humano aprenda as lições que lhe são transmitidas pela mãe e mestra, a
Natureza, é preciso que ele apresente esforço, persistência e boa vontade na caminhada
que o eleva ao ponto mais alto das grandes realizações. A Alma possui um corpo mais
aperfeiçoado, que é constituído dos elementos mais aprimorados que constituem o Plano
Causal. Já a matéria bruta vem a constituir a matéria física desse segundo plano, a
matéria do Plano Astral.
2 Cada energia vem a se ligar em um centro de força correspondente e cada centro de
força é constituído, exatamente, das vibrações dessa energia, chegando a ponto de
formar uma matéria condensada capaz de receber as vibrações de sua energia criadora.
3 Quando as energias se encontram nas diversidades de Plexos em funcionamento, unem-
se, no momento em que são distribuídas na câmara mental, criando a grande forma, que
há de ser preenchida pela imagem do pensamento, levando esta imagem à substância
parda que se encontra na parte posterior do cérebro, ao ponto dessa imagem ser
compreendida pelo Ser Humano, que chega à conclusão real do que ela é.
75

4 O Plano Astral tem a sua representação baseada na palavra vontade, que ao ter suas
letras cabalisticamente substituídas pelos números correspondentes, apresenta como
resultado o número 75, cuja soma teosófica e redução à unidade proporciona a seguinte
operação: 7 + 5 = 12 = 1 + 2 = 3, simbolizando a união da Unidade Divina com o
equilíbrio, formando a trindade.
5 Tudo o que existe no Universo pensa e tem vida, porém, só expressa o seu pensamento
através da evolução e do aperfeiçoamento de suas massas. A Alma deste ou daquele
indivíduo é formada de uma diversidade de centros, onde se manifestam as vibrações do
Espírito, sendo que esta Alma recebe, também, de cada plano da Natureza, os elementos
que a constitui, elementos mais aperfeiçoados do que os da matéria grosseira,
constituindo-se aquilo que se chama de corpo fluídico. O corpo material tem sua
formação baseada nos elementos da Natureza, que lhe proporciona substâncias para a
formação de seus centros.

43 PLANO MENTAL - CORPO ADÂMICO


1 Na condensação de um globo as energias variam de vibrações e, da mesma forma que a
matéria se transforma em energia pelo aumento de velocidade, a diminuição desta
ocasiona a formação ou transformação da energia em matéria, considerando que Deus
possui duas qualidades, a absoluta e a relativa.
2 O Plano Mental ocupa a terceira posição do Reino Hominal, considerando o Ser Humano
em sua evolução espiritual. Este plano possui uma matéria superior ao Plano Astral e se
encontra diretamente ligado, através de vibrações, ao Plexo Frontal do Ser Humano,
produzindo-lhe uma força psíquica que envolve todo o seu corpo, fazendo com que este
produza variações de acordo com o seu modo de agir.
3 O corpo adâmico, ou seja, a terceira transformação da matéria bruta, obedeceu aos
aprimoramentos dos elementos que entram na composição desta matéria, em função do
tempo pré-estabelecido para tal evolução.
4 O globo também aperfeiçoa suas massas e sua Alma e, no momento em que ocorrem
desvios acentuados para inclinação do mesmo, advêm as transformações, a fim de que
este planeta ocupe nova órbita e se aproxime do seu centro.
5 O que caracteriza o terceiro corpo do Ser Humano é a formação de sua mente, e é nesta
fase que os irmãos invisíveis se aproximam para a consolidação da Vontade, sendo
reconhecido, também, como Ser Humano primitivo, que ocasionou a história de Adão e
Eva.

44 A SIMBOLOGIA DO PLANO MENTAL


1 Todos os Seres Humanos, quando devidamente equilibrados, podem apresentar uma
aura perfeitamente sadia e, também, uma aura que transmita diversas impressões
enfermas, que poderá levá-los ao estado de sofrimento, sendo que estas verdades são
desconhecidas pela ciência, que só estuda as alterações do corpo material sob o aspecto
patológico.
2 Existe a aura material que envolve o Corpo Físico e existe, também, uma aura mais
sensível que envolve a Alma ou matéria quintessenciada.
3 A aura tem uma forma oval e envolve o corpo do Ser Humano como se ele estivesse
dentro de um corpo de luz, sendo mais larga na cabeça do Ser Humano e em volta de
seus ombros.
4 Observada pelos videntes de perfil, a aura é mais larga do que na frente e o calor e a
umidade não exercem nenhuma influência sobre ela.
5 É comum se reconhecer os doentes calmos que se encontram nos hospitais, pois eles
são possuidores de uma aura normal, ao passo que os doentes nervosos e revoltados
76

têm uma elevada dilatação de suas auras. Em muitos indivíduos, bem como naqueles
considerados como loucos, nos quais as células cerebrais não vibram como uma célula
sadia, a primeira zona áurica circula apagando-se e acendendo-se, como ocorre com os
letreiros luminosos do mundo material.
6 O Plano Mental tem a sua tradução baseada na Imaginação, esta palavra que ao ter suas
letras substituídas cabalisticamente pelos números correspondentes, resulta no número
146, cuja soma teosófica nos permite fazer a seguinte operação: 1 + 4 + 6 = 11 = 2, que
simboliza o equilíbrio.
7 Para o Ser Humano obter tudo aquilo que ele deseja, através de suas realizações, é
preciso que ele se harmonize com as vibrações individuais, com as correntes cósmicas,
concentrando seu poder mental nelas. A ciência material já comprovou o valor das
vibrações, pois tudo obedece à esta vibração na integração dos elementos que compõem
o objeto, que podem integrar-se ou desintegrar-se quando submetidos a uma vibração
superior.

45 PLANO BÚDHICO - CORPO LEMURIANO ATLANTE


1 Dentre os planos aperfeiçoados pelo Criador existe um que proporciona vibrações
adequadas ao processo de evolução daqueles que por elas têm afinidade, por ter sido
completado o tempo necessário ao aperfeiçoamento relativo da mente e que é
denominado de Plano Búdhico, esse que vivifica o centro onde se manifesta a energia da
sabedoria do Ser Humano, mantendo unidos os elementos que entram em sua formação.
Entretanto, a identificação consciente com esse plano só se processará quando, antes de
tudo, resgatarem todos os débitos para com a Lei e não incorrerem em novos erros
causados pelas más determinações, porque se houver persistência nesse propósito, toda
vez que for processado um desencarne, haverá uma inconsciência da Alma e,
consequentemente, sua separação do plano correspondente.
2 Precisamos entender que a inteligência do Ser Humano foi condensada pelas energias
da Natureza para atender a uma determinação das Leis, através do seu Criador. Daí a
necessidade da combinação desse centro com as necessidades do Ser Humano, a fim de
que seja processado a descondensação destas energias, para que seus elementos
venham a adquirir mais força pela diminuição da matéria e aumento das energias, até
que essa massa bruta chegue a se aperfeiçoar e, assim, venha a se combinar com o
plano que lhe deu origem. Além do mais, quando esses elementos se desintegrarem, isto
é, se separarem, vencendo a força de coesão que os mantinham unidos, então, se
tornarão absolutos para, finalmente, virem a se identificar e se reintegrar.
3 Se as obras da Natureza são perfeitas e seus objetivos são alcançados pacientemente,
então só podemos concluir que, no Ser Humano, vindo de um princípio grosseiro, o
desenvolvimento da fala se processou lentamente, no decorrer de um espaço de tempo
proporcional a uma menor aglomeração das energias, para uma maior reflexão da
matéria.
4 O Corpo Lemuro-Atlante corresponde a mais uma alteração que sofreu o Universo em
miniatura que é conhecido como Ser Humano, havendo, portanto, o aperfeiçoamento dos
centros psíquicos, acompanhado de um aprimoramento natural da parte material, que
servem de instrumentos a serem manipulados por essas energias na câmara mental,
sendo que esse corpo representa o início do desenvolvimento do intelecto, impulsionado
por uma vontade ainda subjugada pelo instinto e pela orientação externa vinda de
entidades espirituais.
5 Como ocorre em toda mudança de ciclo, é necessário que se processe uma
miscigenação de criaturas para que haja uma troca de conhecimentos entre si e, assim,
sejam processados o progresso e a evolução, como ocorreu no início do desenvolvimento
da quarta raça, quando certas Almas, de maiores conhecimentos e com uma matéria
77

mais aprimorada, combinaram suas inteligências com o orgulho e o egoísmo para se


distanciarem dos demais pela discriminação racial, estabelecendo, com isto, um
poderoso império de vaidades.
6 Compondo a maioria destas criaturas se encontravam os capelinos que foram
transferidos para este planeta e, sobretudo, aqueles que faziam parte da corrente caínica,
que trouxeram a corrupção, participando das lutas violentas que se observa até os dias
atuais.

46 A SIMBOLOGIA DO PLANO BHÚDICO


1 Muitos admitem que as vibrações sonoras, ao atingirem o aparelho auditivo, são
transmitidas ao cérebro sem forma alguma. Se o Ser Humano realiza uma vibração
qualquer neste ou naquele objeto, essa vibração leva a forma do objeto, em estado
vibratório, ao aparelho receptivo que, por sua vez, transmite-o ao cérebro. Eis porque o
Ser Humano toma conhecimento do objeto pelo som produzido.
2 Quando ocorre a comunicação entre dois Seres Humanos, admitindo-se que um deles
pretenda transmitir um desejo através da palavra falada, a forma do seu desejo
pretendido é levada, através de vibrações, ao seu aparelho receptivo, e este o transmite
ao cérebro do outro Ser Humano, que toma conhecimento, então, do desejo de seu
companheiro.
3 No Universo existem as vibrações sonoras que produzem o amor no Ser Humano,
existem, também, outros sons que produzem o terror e outros que produzem o desejo de
sorrir ou de chorar. Cada vibração sonora produzida pela música com suas sete escalas,
dividindo-se em harmonia, melodia e ritmo, ao serem transmitidas pelos instrumentos
através do som, levam aos seus ouvintes o que deseja expressar o seu compositor.
4 O Plano Bhúdico tem a sua representação baseada na Inteligência, cuja palavra, ao ter
suas letras substituídas cabalisticamente pelos números correspondentes, resulta no
número 183, que, pela soma teosófica, produz o seguinte: 1 + 8 + 3 = 12 = 3,
simbolizando a união da Unidade com o Equilíbrio, formando a Trindade.
5 Quando o Ser Humano emite um grito de alegria, de dor ou de terror, cada som emitido
leva a imagem do objeto que o produziu em estado de vibração. Ao aterrorizar-se o Ser
Humano cria em sua mente a imagem do terror. Aterrorizado, ele chega a ponto de gritar,
e a imagem é levada em estado de vibração ao ouvido, sendo, este grito, passado à
substância parda na parte posterior do cérebro, no laboratório da mente, onde se realiza
a percepção do Ser Humano e, assim, o ouvinte chega à compreensão do grito de terror.

47 PLANO NIRVÂNICO - CORPO ARIANO


1 O planeta, para obter a sua conformação e proporcionar a vida organizada em sua
superfície, levou milhares de anos e, dentre as moradas constituídas para o estágio
natural das energias, figura o Plano Divino que ocupa a quinta posição, considerando a
evolução de suas massas e o Plano Hominal.
2 As vibrações que constituem este plano têm a função de manter em atividade
determinado centro de força no Ser Humano, bem como na sua Alma, a fim de que os
órgãos do Corpo Físico se mantenham em perfeito equilíbrio, proporcionando, assim, a
sua evolução, quando encarnada e experiências, quando desencarnada.
3 As energias do Plano Nirvânico ou da verdade só deixam de cumprir o seu trabalho
quando a matéria, em seus desregramentos, força o Plexo a promover uma espécie de
destilação das energias em excesso no órgão correspondente, enfraquecendo o Ser
Humano que, ao ignorar esta verdade, diz estar acometido de determinada doença. Isto
ocorre, não porque a Natureza tenha deixado de cumprir as normas traçadas pelas Leis
78

Universais, mas por culpa do próprio Ser Humano pelas determinações mal planejadas,
pela falta de raciocínio e pela ignorância.
4 A Raça Ariana corresponde ao quinto corpo que o Ser Humano obteve pelo
aprimoramento de sua matéria nesta marcha evolutiva, para galgar planos mais elevados
do conhecimento humano e espiritual.
5 Atualmente, podemos afirmar que a humanidade do planeta Terra, em sua totalidade, se
encontra no quinto grau de aperfeiçoamento de suas massas, com uma matéria mais
sensível do que aquelas integrantes dos corpos anteriores, oferecendo condições
favoráveis para que as energias se aglomerem menos, a fim de que haja um maior
reflexo na própria matéria.
6 A capacidade de realização do Ser Humano consiste, justamente, na diminuição da
massa que envolve seus centros, implicando num aumento das energias. O mesmo
ocorre com o planeta, sobretudo nesse fim de ciclo que se aproxima, isto pelo tempo pré-
determinado para a purificação de suas massas, pela diminuição de suas necessidades,
dando oportunidade àquelas Almas encarnadas para reformarem seus costumes e se
identificarem com a nova realidade, para que seja internado em si, em suas consciências,
a necessidade do conhecimento das Leis Universais, estas que serão introduzidas nos
educandários para o esclarecimento de toda humanidade.

48 A SIMBOLOGIA DO PLANO NIRVÂNICO


1 É comum, no seio da humanidade terrena, os debates acerca das manifestações
mediúnicas que ocorrem na criatura humana. No Chacra Coronário, por exemplo, é
verificada a manifestação das energias inteligentes. O Plexo Frontal se encontra
localizado entre as sobrancelhas, isto é, o centro emissor e receptor das energias
mentais e a independência entre estas energias é justificada porque o Ser Humano pode
pensar sem ser inteligente, bem como ser inteligente sem pensar.
2 No Centro Braquial ocorre a manifestação da energia do Prana, esta que proporciona a
vitalidade, a força e o equilíbrio da matéria.
3 Quando o corpo humano necessita fazer um movimento qualquer, é o Plexo frontal que
vibra sobre o Plexo lombar, para que ocorra determinado processo nos membros
superiores ou inferiores. A energia emitida pelo Plexo Frontal ou Mental ao ser captada
pelo Plexo Lombar é recebida conforme a imagem exigida pelo Plexo Frontal ou Mental.
As energias emitidas pelo Plexo lombar para o Plexo Palmar são energias sensitivas.
Quando essas energias atingem o Plexo Palmar, elas passam por uma transformação,
deixando de ser energias sensitivas para ser energia motora.
4 O Plano Nirvânico se encontra representado pela verdade, cuja palavra, ao ter suas letras
substituídas cabalisticamente pelos números correspondentes, apresenta como resultado
o número 225, que pela soma teosófica e redução à unidade, resulta no número 2 + 2 + 5
= 9, que simboliza a perfeição.
5 Quando o Plexo lombar enfraquece total ou parcialmente, produz a paralisia dos
membros superiores ou inferiores, sendo no esgotamento deste que se realiza a paralisia
total ou parcial. Compreende-se como total, a paralisia dos dois membros superiores e
inferiores e a paralisia parcial apenas um desses membros.
6 Para que o Ser Humano tenha conhecimento daquilo que está falando, é preciso que ele
possua argumentos capazes de derrubar as muralhas da descrença, da superstição e do
fanatismo.

49 PLANO PARANIRVÂNICO - SEXTO CORPO


1 A evolução de cada planeta é reconhecida pela posição por ele ocupada em relação ao
seu centro, ou seja, o sol. Quanto menor for a distância entre eles, maior será a perfeição
79

do orbe considerado. Os planetas centrais pertencentes aos diversos sistemas, quando


se aperfeiçoam, passam a formar as constelações.
2 O Plano Paranirvânico corresponde a uma das fases intermediárias para a formação de
um globo e se encontra localizado na sexta posição do Reino Hominal, caracterizando a
criação da matéria cósmica.
3 Quando o Ser Humano adquirir a consciência das Leis Universais, ele poderá promover
as grandes explosões para desintegrar os átomos que fazem parte das elevações
montanhosas e, assim, aproximar o planeta de seu centro. Atualmente, temos visto que
este procedimento está sendo verificado em nosso meio de maneira inconsciente,
porquanto as explosões aqui verificadas estão sendo efetuadas tão somente para fins de
experiências atômicas.
4 A inteligência verdadeira é aquela que dá direção aos pensamentos e se liga a eles para
que haja conscientização nas obras realizadas, não permitindo a interferência da
imaginação que, muitas vezes, é verificada e influenciada pela conveniência de cada Ser
Humano.
5 O sexto corpo que o Ser Humano faz uso no Universo já possui uma matéria
quintessenciada, de sorte que a sua evolução ocorre de acordo com o esforço
desenvolvido pela conscientização das Leis Universais.
6 Se, atualmente, o Espírito possui toda sua perfeição em energia é porque ele já passou
por todas as experiências através da matéria, considerando que somente através da
matéria o Ser Humano consegue compreender a sua origem. No futuro, por força da
necessidade ocasionada pelas desintegrações dos átomos, ele saberá quais as energias
que constituem este ou aquele centro de força, identificando, conscientemente, a energia
pensante, inteligente ou imaginária.
7 Se o Ser Humano deseja aprimorar-se para se unificar às Frotas Divinas que operam no
cosmo, deve, em primeiro lugar, construir uma verdadeira ordem dentro de si mesmo,
cujo templo está sustentado por colunas que simbolizam a Lei de Mediunidade,
Imortalidade da Alma e Causas e efeitos.

50 A SIMBOLOGIA DO PLANO PARANIRVÂNICO


1 Os diversos tipos de mediunidade que se verificam no Ser Humano são realizados,
também, através de entidades espirituais, cujas manifestações ocorrem pelos Plexos e
pelo Chacra coronário, centro lombar e frontal. Quando a entidade manifesta a sua ação
no Chacra coronário, o Ser Humano fica inconsciente, sendo comumente denominado de
médium inconsciente. Quando a entidade desenvolve suas energias no Plexo mental ou
frontal, o Ser Humano expressa tudo o que lhe é dito conscientemente, sendo chamados
de médiuns conscientes. Quando a entidade emite o seu pensamento no Plexo lombar,
ele expressa o que ela quer dizer escrevendo, sendo denominado de médium escrevente.
No Plexo frontal ou mental pode ocorrer a manifestação de três tipos de mediunidade, de
acordo com o desenvolvimento do referido centro. Nele pode realizar a mediunidade
vidente, consciente e ouvinte.
2 Atualmente já não existe mais dúvida da existência da Espiritualidade e dos seus
conhecimentos, sendo o Ser Humano possuidor de uma mente mais evoluída, capaz de
estudar, analisar e concluir. A Espiritualidade atual já não apresenta mais as
demonstrações de outrora, justamente para que o Ser Humano possa tirar as suas
próprias conclusões dos estudos realizados, podendo, dessa forma, analisar e sentir.
3 O Plano Paranirvânico se encontra traduzido pela palavra Consciência, esta que, ao ter
as suas letras substituídas cabalisticamente pelos números correspondentes, apresenta
como resultado o número 276, que nos proporciona fazer a seguinte soma teosófica: 2 +
80

7 + 6 = 15 = 6, que simboliza a união da Unidade Divina com as cinco forças da


Natureza, formando a criação.
4 Para que o Ser Humano deposite sua crença naquilo que crê, é necessário em primeiro
lugar sentir aquilo que analisou e concluiu.
5 O Ser Humano atual se encontra no Plano Nirvânico, sendo que com o passar do tempo
este plano já confere ao Ser Humano uma mente bastante evoluída, capaz de
compreender, por si mesma, as grandes verdades, para promover as grandes
realizações.

51 PLANO MAHAPARANIRVÂNICO - SÉTIMO CORPO


1 Quando a Ciência, a Filosofia e a Religião convencerem a humanidade, através de
métodos perfeitos e compreensíveis, então haverá harmonia, amor e justiça entre si.
2 Os padrões que predominaram durante vários séculos, a tudo complicou, alterando os
costumes antigos e aceitos. A Ciência ficou presa nas camadas densas da matéria, a
Filosofia foi afastada da lógica e da razão, a Religião separou a crença do sentimento, a
Alma ficou totalmente ignorada e a Lei foi deturpada pelas falsas teorias.
3 O sol que, abaixo de Deus, é adorado por algumas pessoas como uma verdadeira
divindade, na realidade não possui sua luz própria, uma vez que sua luminosidade é o
reflexo de um éter conhecido como Tejas, cujos átomos, em suas vibrações, tomam a
forma de um triângulo de cor avermelhada.
4 O Plano Mahaparanirvânico é o último estágio da matéria no Reino Hominal, levando-se
em conta a ordem progressiva para o Absoluto. Ele oferece condições satisfatórias para
um estudo científico das energias que provêm de suas vibrações, tanto para a
Espiritualidade que lá se encontra como às Almas encarnadas que a ele se ligam para
receber as intuições de acordo com a capacidade mediúnica inerente a cada pessoa.
5 Quando a matéria ultrapassa o Plano Mahaparanirvânico, ela não terá mais necessidade
de condensar um Corpo Físico, sendo representada pelos elementos que constituem os
Plexos nos planos de energia.
6 O sétimo corpo do Ser Humano encarnado possui uma matéria de ordem superior, que
se identifica perfeitamente com os centros de forças formados na raiz das encarnações,
proporcionando ao mesmo, ações conscientes baseadas nos itens imutáveis das Leis
invioláveis da Natureza.
7 A luminosidade natural de que o Ser Humano é portador suplanta todo o tipo de luz
artificial, porque ela representa a sabedoria que tem a função, dentre outras, de clarear a
humanidade e as obscuras cavernas que se constituem em verdadeiros obstáculos que
se transformam em trevas, estas que se identificam com a maldade, com a ignorância e
com a falta de amor ao próximo.

52 A SIMBOLOGIA DO PLANO MAHAPARANIRVÂNICO


1 É necessário que o Ser Humano compreenda que a matéria orgânica é composta de
centros de forças que captam a energia da Natureza e a distribui aos diversos órgãos que
fazem parte da matéria orgânica, para conservar o seu bom funcionamento. Portanto, o
centro de força possui duas funções: a primeira é de centro receptor e a segunda é de
centro distribuidor de energias.
2 Fazendo parte da matéria orgânica ocorre a existência do Chacra Coronário e do Chacra
Umbilical, existindo, neste último, um fio que liga a Alma ao Corpo Físico, também
reconhecido como perispírito.
81

3 A primeira energia que o Espírito transmite ao Corpo Físico através da Alma pelo
Chacra Umbilical, é a energia da onda de vida, e a segunda energia que o Espírito
transmite ao Chacra Coronário é a energia inteligente.
4 A matéria orgânica só possui uma função: a de centro receptor das energias. A matéria
recebe a energia transmitida pela Natureza pelos seus Plexos e as energias que são
transmitidas pelo Espírito, através da Alma, para os seus Chacras, ou seja, o umbilical e
o coronário.
5 O Plano Mahaparanirvânico representa a Ciência, esta palavra que, ao ter substituída,
cabalisticamente, suas letras pelos números correspondentes, proporciona o número 136,
que nos fornece, pela soma teosófica, 1 + 3 + 6 = 10, simbolizando a união da Unidade
Divina com o Universo.
6 A ciência material não deve negar a orientação transmitida pela Espiritualidade para
completar os seus conhecimentos, cujos ensinamentos estão relacionados com a
imortalidade da Alma, esta que ao desligar-se da matéria orgânica conserva todas as
impressões que possuía da mesma. Isto ocorre porque todas as sensações que a matéria
orgânica sentia e sente se reflete na mente da Alma, ficando gravadas em seu perispírito,
que é reconhecido como a corrente sensitiva.
7 Portanto, é necessário que o Ser Humano se compenetre de que ele é uma trindade,
formada de Espírito, Alma e Corpo Físico e, para isso sentir, é necessário dividi-la em si.

53 O PLANO KAMALOKA
1 É comum observar, em nosso planeta, que os sábios do presente têm procurado levar a
humanidade para reconhecer as teorias revestidas de palavras belas do que as palavras
belas revestidas pelas teorias, sendo essa teoria equilibrada pela prática e essa prática
justificada pela realização.
2 É necessário que os conhecimentos materiais tenham a sua continuação na parte
Espiritual, a fim de que possa haver um equilíbrio dentro da realidade e, assim, o Ser
Humano consiga afastar da sua mente a idéia do impossível de realizar.
3 Os tremores de terra reconhecidos pelos cientistas como uma simples acomodação da
terra interna do globo, não são mais do que a aproximação de um planeta na órbita de
outro, sendo que, quando o planeta de qualidades inferiores tenta atravessar o campo
energético do planeta superior, ocorre, em consequência, a repulsão, resultando, dessa
repulsão, uma grande vibração, sendo justamente no ponto em que o planeta persistia
sobre a órbita do outro, que ocorrem os chamados tremores de terra.
4 A Natureza tudo possui e, nela, as substâncias se encontram em abundância, mostrando
aos pesquisadores que tudo o que se encontra em si é comum.
5 Na Planificação Divina existe um plano denominado de Kamaloka, onde se processa a
segunda morte do Corpo Material e a primeira morte do corpo quintessenciado ou Alma,
considerando que os elementos que vêm a constituir seus Plexos terão que passar por
um estágio natural, para que ocorra a purificação natural de todas as impressões, tanto
na parte física, quanto na parte psíquica.
6 Da mesma forma que os Seres Humanos debatem para a constituição de diversos
elementos ainda desconhecidos, para ajudá-los na formação de aparelhos capazes de
adquirirem grandes velocidades e, nesta pesquisa, ao encontrar as grandes dificuldades,
levam tudo para o terreno do impossível, outros povos se debatem por novas coisas,
coisas mais superiores. Porém, é necessário que haja esforço e força de vontade para
que, através da persistência, se chegue ao ideal almejado, porque tudo o que o Ser
Humano pensa, por mais difícil que pareça a forma mental, é possível ser realizado no
plano físico.
82

54 O REINO DAS ENERGIAS


1 Em tudo que existe no Universo são necessários alguns instantes de reflexão, e que
nessa reflexão não sejam apenas retiradas algumas teorias, mas também sejam
aproveitados alguns ensinamentos básicos e certos métodos perfeitos que ela oferece,
quando se encontra acompanhada pelas formas criadas pela mente do Ser Humano,
para completar aquilo que lhe era oferecido de real e verdadeiro.
2 Toda a humanidade e tudo no Universo progride e se aprimora. Assim como os planetas
possuem a sua evolução, a cada passo que vão evoluindo, aproximam-se do seu centro,
não podendo, porém, invadir-lhe o campo energético. Porém, vão se aproximando cada
vez mais desse campo magnético, para formar aquilo que é reconhecido como
constelação, da mesma forma como os elétrons giram em torno do núcleo.
3 Muitas vezes o Ser Humano duvida até do que vê, não procurando ir adiante para
desenvolver sua inteligência, impossibilitando, dessa forma, a sua realização de maneira
consciente. Hoje se apresenta determinada teoria, amanhã essa teoria é modificada por
uma teoria diferente para, no futuro, alcançar uma teoria absoluta.
4 O Reino das Energias está representado por 2 (duas) energias superiores e 5 (cinco)
energias inferiores, a saber: Energia Satya-Loka ou Negativa, Energia Tapar-Loka ou
Cósmica (superiores), Energia Janar-Loka ou Prana, Energia Mahar-Loka ou Tejas,
Energia Svar-Loka ou Vayú, Energia Bhuvar-Loka ou Príthivi e Energia Bhur-Loka ou
Apas (inferiores).
5 O Ser Humano, quando se encontra envolvido em suas realizações, se julga sempre
inferior a tudo no vasto Campo Universal e quando se depara com qualquer coisa que é
considerada, em seu ponto de vista, como difícil, leva para o terreno do impossível. O
impossível não existe. O que ocorre é a falta de persistência, de vontade e de
determinação para atingir qualquer objetivo almejado.
6 Todos os Seres Humanos se encontram aparelhados para realizar. Existem uns que
procuram os meios de realizar suas obras, outros que permanecem estacionários sem
buscar os meios de atingir as suas realizações.

55 NORMA
1 A caridade deve ser praticada a todos os necessitados, nos seus momentos de dores e
depressão. Mas, para que o Ser Humano pratique essa caridade é necessário o uso da
razão, porque esta é o ponto da união do Espírito com a Alma, sendo que esta só se
libertará verdadeiramente quando as leis que lhe são externas passarem a ser internas.
2 É preciso que o Ser Humano siga vagarosamente seu caminho, levando as verdades que
já possui aos seus semelhantes, pois ela é o medicamento curador de todas as
enfermidades, quando aplicadas em doses homeopáticas.
3 No seio dos Seres Humanos, Deus é reconhecido de acordo com suas crenças, estas
que se transformarão até atingirem a verdade. Entre os pesquisadores da ciência,
acontece a mesma coisa, pois eles não admitem as teorias simples, mas se aprofundam
nos complicados e irreconhecíveis métodos que também se modificarão pelas
transformações.
4 O que acontece ao Ser Humano no presente está baseado em duas coisas fundamentais:
ou são frutos de análises mal planejadas ou são partes das causas cometidas em
existências pretéritas.
5 A norma é tudo aquilo que se adota como medida para avaliação de alguma coisa e pode
ser reconhecida como uma regra que corresponde àquilo que se dirige ou governa, sendo
identificada, também, como um modelo.
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6 A Lei é a recompensa que todo Ser Humano deve possuir pelo seu trabalho. Portanto,
equilibrai vossas vidas dentro das normas estabelecidas nas Leis Universais. Equilibrai,
também, vossas vidas pela confiança, convicção e certeza em todas as coisas; equilibrai
vossas vidas segundo as normas do saber e do ousar para calar; equilibrai vossas vidas,
sentindo as Leis da Natureza e fazendo delas uma norma direta de vossas ações
terrenas e de vossas energias nas realizações. É necessário que o Ser Humano siga as
normas estabelecidas pela Lei Natural não admitindo ódio, nem tampouco, rancor em seu
coração.
7 As Leis Universais foram estabelecidas em benefício do próprio Ser Humano, já a Lei
material, sendo uma cópia da verdadeira Lei, está sujeita a diversas modificações,
chegando um dia a infringir a própria Lei que vigorava antes de ser alterada.
8 Quando o Ser Humano chegar a ponto de compreender a lógica da vida e aprender o
método correto estabelecido na Divina Lei Natural, ele estará equilibrado dentro da
realidade verdadeira de todas as coisas.

56 LEI
1 A razão não se recusa a aceitar a teoria de que o Universo, no qual vivemos inseridos, é
regido por Leis que podem caracterizar-se como Divinas, Universais e/ou Naturais.
Etimologicamente, a palavra Lei é oriunda do Latim “Lex”. E, para os devidos fins,
podemos defini-la como uma norma geral; essencialmente necessária e racionalmente
justificável; ditada pela autoridade competente e dotada de inevitáveis sanções.
2 É também provadamente verdadeira a teoria de que a noção exata de Lei é, em todo
caso, uma noção subjetiva, pois reside no Espírito do gênero humano; é abstrata, pois
também resulta da síntese de um considerável número de fatores gerais; e é também
positiva, pois a sua realidade é inegável, inevitável e autossustentável como a dos fatos
de que provém e/ou produz. Ela, a Lei, é o fato tão observável quanto verificável em
todos os seres e/ou a que todos os seres são e/ou estão sujeitos. Ela pode também ser
considerada como o conjunto das condições necessárias e justificáveis que determinam
um fenômeno; bem como a relação constante entre os fenômenos ou entre as fases do
processo de um mesmo fenômeno.
3 Portanto, o fato de que no Universo tudo são Leis; e que dentro delas tudo é bem; porém
fora das mesmas nada é claro, definitivo ou seguro, demonstra que, no campo das
relações humanas, por exemplo, a sua finalidade não é a de escravizar o Ser Humano,
mas sim libertá-lo de sua ignorância; e, porque não dizer, sua inconsciência.
4 Neste mesmo Universo, do qual somos partes inegáveis e inevitáveis, ainda que não
autossustentáveis, porquanto não nos autocriamos, existem as Leis Universais ou
Espirituais e as Leis Materiais ou Humanas. As Leis Materiais são relativas; portanto são
modificáveis e, não raro, são modificadas, inclusive, pelos interesses particulares dos
Seres Humanos, pois elas são e estão sujeitas, no mínimo, às revisões que as modificam
tanto, a ponto delas não mais demonstrarem-se como uma Lei, mas, sim, como uma
infração da Lei que vigorava antes de ser modificada. Ao contrário das Leis Materiais, as
Leis Universais são Únicas. Portanto, não são nem estão sujeita às modificações, pois
são absolutas, perenes e imutáveis, enfim, são invioláveis.
5 É notório o fato de que a Lei Universal rege o Universo das relações. Daí porque a
importância da Lei é notória. No campo das relações humanas, por exemplo, saliente-se
que ela, a Lei, é estabelecida para auxiliar a humanidade, considerando o Princípio
Criador, a Finalidade da Vida, bem como a Razão de sua Existência; e está embasada na
relação entre os direitos e os deveres; porquanto, para os devidos fins, o equilíbrio
dinâmico da Grande Obra Universal deve ser, pelo seu Criador, não só instituído, mas
também mantido e, quando necessário, restaurado. Para tanto, o Ser Humano, que faz
parte deste contexto, para cumprir bem com seu dever, contribuindo para que o Todo viva
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em harmonia, deve empreender esforços para buscar saber pensar, inclusive por si
mesmo, para estudar, a ponto de poder viver desvendando os valores que tais Leis
estabelecem, e pô-los em prática como um eterno e sempre novo padrão de ação no seu
dia-a-dia de relações.
6 A experiência sugere; a razão justifica e a própria Lei prova que uma Lei Universal, para
ser pesquisada e analisada até ser compreendida, bem como praticada para ser, cada
vez mais, sentida, significativamente, exige que sejam observadas e verificadas, do
fenômeno considerado como relativo à mesma, as evidências das três características
fundamentais que demonstram o todo da sua manifestação, a saber: o centro de onde
partem todas as ações; o agir, ou a ação em si mesma; e o objeto que reflete a ação.
7 A evolução, que é inegável, inevitável e autossustentável, prova que o seu poder não
pode ser detido. Portanto, o Ser Humano não pode evitar um dia buscar, inclusive de
forma voluntária, consciente e ciente, a sua Origem Causal. Para tanto, ele se iniciará na
Senda do Sagrado. Na medida em que progredir, ele se certificará de que a Lei Universal,
por não ser modificável, perdura absoluta, eterna e imutavelmente. Daí, ele se tornará
cônscio de que o progresso não pode nem deve ser considerado como um empecilho
para a sua evolução, enfim, uma dificuldade para que ele possa autoconhecer como cabe
e para os devidos fins, mas sim um treinamento.
8 Não é preciso muita análise para concluir que a Lei Universal e a Lei Material são uma e
a mesma coisa. Portanto, a segunda deve ser, no mínimo, um reflexo da primeira.
Contudo, enquanto não estudadas e desvendadas, tendem a ser identificadas, definidas
e utilizadas pelo Ser Humano como duas normas distintas. Porém, no Universo tudo são
Leis. Elas partem de um Princípio Supremo, Deus, a Vida de todas as Leis.

57 A LEI É JUSTA, POIS SE BASEIA EM DIREITOS E DEVERES


1 Houve épocas em que, no planeta, o Ser Humano exigiu dos seus semelhantes somente
deveres, fazendo com que eles estivessem na condição de escravos, pois que, mesmo
estes, cumprindo com tais deveres impostos pelos exigentes, não tinham direitos, embora
merecidos, ao seu dispor.
2 É pelo próprio Ser Humano, na razão proporcional de suas realizações ou obras, que se
processa a JUSTIÇA.
3 Não podemos exigir direitos se não cumprirmos com os nossos deveres, bem como
cumprirmos com nossos deveres sem adquirirmos direitos. Afinal, a Lei é justa, não dá a
quem não tem o que receber, nem tira de quem tem por merecer. Isto nos deixa convictos
da harmonia reinante no Universo, em razão desta Lei Maior - Deus. Se assim não fosse,
nos planetas existiriam somente direitos e então, sem deveres, os Seres Humanos
viveriam suas vidas em eterna desarmonia, acobertados por uma justiça cega, ou melhor,
ilegal.
4 Portanto, deve ser compreendido por todos os seres humanos que as leis que regem as
atividades dos planetas nos universos, quer seja na parte material ou espiritual, são uma
e a mesma coisa. São elas eternas e imutáveis e baseiam-se em direitos e deveres.
5 Não foi Deus quem fez com que o Ser Humano violasse, através do gosto insensato pelo
poder, pelo domínio, os direitos dos seus semelhantes, mas sim, ele mesmo, por suas
próprias ações, a ponto de também perder seus próprios direitos, sua própria liberdade,
estes que lhe são concedidos por Deus para que pudesse agir, impelir e realizar aquilo
que se faz jus à coletividade.
6 A Lei de Justiça e do Direito é quem se manifesta, para justificar, caracterizando as
causas através dos efeitos. Ora, se o Ser Humano cumpre com seus deveres, ela lhe
dará os seus direitos. Porém, se não houve o cumprimento dos deveres, então, ela nega
esses direitos e lhe concede o bálsamo curativo para despertá-lo, ou melhor, alertá-lo de
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que se encontra fora da realidade. Esse bálsamo é a dor, esta que, na verdade, vem a
ser regeneradora para todos os que vivem inconscientes, levando-os à reflexão, pois o
Ser Humano refletindo passa a compreender, a sentir verdadeiramente o desejo de
renunciar à desarmonia e o leva ao equilíbrio, este que traz a tranquilidade, a alegria de
cumprir com seus deveres perante Deus, para consigo, para com as Leis e para com seu
semelhante.
7 Sem o conhecimento das Leis Divinas o Ser Humano não conseguirá sentir-se
inquebrantável e, para que isso ocorra, é necessário que se entenda que o Direito deve
ser soberano e de todos, conforme a justiça Divina e não os direitos de uns serem os
direitos de todos. Para tanto é necessário que se conheça as Leis Universais,
administrando e regulando o seu cumprimento e exercício.
8 A anarquia gera a decadência e a queda, e ela é advinda da revolta e desatino das
criaturas que desejam apenas ter direitos e não deveres. Assim, tornam-se tal qual loucos
por não entenderem que não podem conservar seus direitos se não cumprirem com os
deveres.
9 Direitos sem deveres é loucura e deveres sem direitos é escravidão. Portanto, deve o Ser
Humano equilibrar seus direitos pelo dever, para assim promover qualquer realização em
plena liberdade, quer de pensamento, ação ou de consciência.
10 Muito embora onde estejam as trevas exista a Luz, o Ser Humano não sabe ainda
aproveitar para discernir com clara realidade e assim tem, por exemplo, deixado, de ser
justo para consigo e para com seu semelhante, pois que a justiça material, dirigida por
ele, tem demonstrado não ser verdadeira, já que tem absolvido as criaturas por suas
aparências ou dotes, etc., evidenciando com isto sua cegueira, condenando inocentes e
absolvendo culpados, mostrando realmente o porquê de sua venda. Já a Justiça Divina
não, ela vê tudo e não deixa de dar a pena ao culpado, porém, também não precisa ferir
o inocente para vir, depois, a descobrir o verdadeiro culpado.
11 Para “julgar” é preciso que se seja correto e saiba da lei e, para isso, é preciso que ele
sinta no seu interior tal justiça.
12 O fanatismo, a superstição, a ambição, poderes materiais etc. são, por exemplo,
qualidades negativas dos desejosos dos tesouros ilegais, e quando lhes é mostrado a
verdade, se transformam e usam da calúnia, traição, injúria e até mesmo da apoucação.
Isto porque não suportam a justiça Divina, e atiçam contra os que lhes demonstraram tais
verdades. Assim acontecera com Cristo e seus seguidores, porém, como eles eram
construtores do verdadeiro amor, aproveitaram de tudo isto e edificaram o templo da
realidade que hoje existe como exemplo para todos os seres humanos que se encontram
preparados e imbuídos em adquirir um alto padrão intelectual, moral e espiritual.

58 AS LEIS NATURAIS / UM CONVITE AO BANQUETE DA REALIDADE PELA


CONSCIÊNCIA
1 Levando-se em consideração que o Ser Humano precisa, única e exclusivamente, da
verdade, ele deve, por gratidão, querer a verdade, desejar somente a verdade e ainda,
quando naturalmente solicitado, dedicar-se, desprender-se pela verdade.
2 Ainda a vaidade, através da tolice e da mediocridade, faz-se como muralhas que
precisam ser derrubadas pela humanidade, que até hoje se sente incapaz de renunciar a
tais falsos procedimentos, devendo procurar compreender, investindo na análise de todas
as coisas, e aplicando os métodos perfeitos e adequados, os quais são exigidos pelas
Leis de Tolerância, Moderação, Equanimidade, Exatidão, Compreensão que, na verdade,
são a base para levá-la à verdadeira felicidade, ao equilíbrio e à realização.
3 Se desde antes, quando as grandes verdades foram colocadas à disposição dos Seres
Humanos do planeta Terra, através dos responsáveis, eles as tivessem ouvido e gravado
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em si, arquivando-as na sua consciência, para que elas pudessem ser refletidas quando
nas suas ações pelo seu sentimento, estariam hoje muito mais felizes e realizados em
todos os pontos possíveis, quer materiais ou espirituais, pois que seriam conhecedores
destas leis que regem o Universo e seus fenômenos, que lhe são facultadas para que
possa usá-las e aplicá-las em tudo que necessitar ou desejar, quer para si ou para a
coletividade.
4 Todo o Universo é regido por Leis. Elas partiram de um princípio Supremo e Eterno, que
intitulamos deus, que evidencia nos seus códigos harmonia, amor, verdade e justiça. No
Ser Humano, Ele é a razão suprema e absoluta do bem, é a razão de uma força
desconhecida por este Ser Humano, mas que ele sente dentro de si.
5 Estas normas perfeitas são colocadas à disposição dos Seres Humanos pelas Leis, tanto
material como espiritual, sendo a primeira um reflexo da segunda, mas que têm sido,
pelos Seres Humanos, identificadas como duas coisas distintas, muito embora uma e
outra sejam a mesma coisa. Elas existem para serem aplicadas nas realizações, através
das obras do Ser Humano quer para o bem ou para o mal, não importa. O que importa é
a intenção de quem as estiver utilizando para, através dos atos, concluírem tais obras. E
serão obras boas quando os atos forem bons, ou más, quando os atos forem maus,
portanto, ninguém é “julgado” pelos atos, mas sim pela obra realizada, pois que, dentro
dessas leis a base das realizações é a intenção do realizador.
6 Assim, o importante é que o Ser Humano procure se equilibrar para sentir que as
manifestações do relativo, cujo propulsor e impulsionador é a Lei de Necessidade, está a
empurrar, a tudo progredir, engrandecer e realizar o Grande Equilíbrio Universal
estabelecido pelas Leis e assim, produzir o movimento que é vida, progresso,
estabilidade. Portanto, existem à disposição do Ser Humano, para que ele viva a sua vida
terrena, dois caminhos: um que os leva à felicidade efêmera, passageira, baseada nas
leis humanas, ou melhor, materiais - estas que são transformadas com o tempo e com os
interesses dos Seres Humanos - e outro caminho que é baseado no cumprimento das
Leis Divinas, que seguramente, o leva à felicidade duradoura, que tem como princípio “a
igualdade entre todos os seres”, caracterizado pela harmonia, amor, verdade e justiça.
7 Podemos ainda caracterizar a existência das Leis de Progresso, Criação, Trabalho,
Equilíbrio, Caridade, Amor, Necessidade, Conservação, Destruição, Coesão, Afinidade,
Atração, Repulsão, Evolução, Liberdade, Mediunidade, Imortalidade, Reencarnação,
Causas e Efeitos, Sinceridade, etc. E ainda a Lei de Moral, esta pela qual o Ser Humano
deve se reger e dirigir-se no cumprimento de todas as outras Leis.

59 A SIMBOLOGIA CABALÍSTICA DA LEI


1 No Universo existem as diversidades de Leis, tais como: Lei de Amor, Lei de Afinidade,
Lei de Atração, Lei de Harmonia e outras Leis que são regidas pela Lei de Moral.
2 A Lei se encontra estabelecida tanto no plano espiritual como no plano material,
considerando que tudo que existe na parte superior existe também na parte inferior, muito
embora os Seres Humanos identifiquem estas Leis como duas coisas distintas.
3 Tudo o que existe no Universo tem que obedecer às normas que regem as Leis, porque
elas foram estabelecidas com a finalidade de desenvolver a harmonia, o amor, a verdade
e a justiça entre toda a humanidade, considerando-se que elas foram originadas de um
princípio superior e eterno, Deus, a vida de todas as Leis.
4 É preciso que o Ser Humano eduque o seu pensamento, desenvolva a sua mente para,
consequentemente, desenvolver a inteligência e marchar para os planos das energias,
libertando-se da ociosidade que o caracterizou nas vidas passadas e se esforçando, com
dedicação e vontade, para se ajustar às Leis Naturais.
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5 Quando substituímos, através da cabala, as letras pelos números correspondentes


verificados na palavra Lei, tomando como base o quadro de algarismos hebraicos e
romanos, obtemos como resultado o número 15, cuja soma teosófica com redução à
unidade nos permite fazer a seguinte operação 1 + 5 = 6, simbolizando a manifestação da
Unidade Divina nas cinco forças da Natureza, para formar a criação.
6 A humanidade precisa ser esclarecida que o globo não foi formado em 6 (seis) dias como
se conhece, sendo que o sétimo dia corresponde ao descanso do Criador. As energias
superiores vão descendo de vibração até criarem a matéria, sendo que para atingir a
conformação atual foram necessários milhares de anos a fim de que o planeta obtivesse
condições de suportar a existência humana em sua superfície e seguisse a sua marcha
em obediência às Leis Naturais.

60 AS LEIS MATERIAIS E NATURAIS


1 É necessário reconhecer que no vasto campo terráqueo, existem vários conceitos
atribuídos à diversidade de Leis Materiais, tais como: prescrição emitida pela soberania
autoritária; preceito emanado do poder legislativo; igualdade de condições para todos
perante a Lei; obrigações que os Seres Humanos estabelecem ou que a eles são
impostas pela sociedade; origem de particularidades pelas quais são regidas as famílias
e outros, existindo ainda os diversos títulos atribuídos, tais como: Lei Civil, Lei Criminal,
Lei de Guerra, Lei Marcial, Lei Mental, Lei Militar, Lei Orgânica e Lei Política - esta que
tem como objetivo a conservação de um Estado.
2 O Ser Humano precisa compreender que no Universo existem as Leis Naturais, estas que
se combinam com as Leis Materiais para que ocorra o equilíbrio indispensável entre si,
uma vez que a primeira proporciona os meios para que a segunda execute a sua marcha
ascendente para o Absoluto.
3 A Lei é a remuneração adquirida por toda criatura humana. Dentro das normas
estabelecidas em seus itens tudo é permitido, porém, fora delas, nada é definitivo. A Lei
responsabiliza toda a humanidade pela prática de suas ações, de modo que toda alegria,
satisfação, divertimento, sofrimento, dores e decepções que ocorrem em uma existência
podem ser consequências de seu procedimento em vidas pretéritas, porquanto não há
causa sem efeito e vice-versa, muito embora o tempo tenha contribuído para que elas
fossem esquecidas, desconhecidas e até ignoradas no presente.
4 O Ser Humano que através de seu esforço adquiriu, pelo merecimento, lugar de
destaque, como por exemplo, nos meios científicos para aplicação de sua inteligência,
não deve menosprezar a fraqueza de seus semelhantes porque se isso ocorrer e esses
forem prejudicados, por Lei, em existências posteriores, aquele que os prejudicara, fica
na responsabilidade de reformá-los. Afinal, não há ação que não produza uma reação
igual e em sentido contrário.
5 Tudo se encontra reunido dentro das normas estabelecidas pelas Leis, havendo uma
perfeita correlação entre as Leis Naturais e Leis Materiais que não são nada mais do que
uma e a mesma coisa, identificadas pelo Ser Humano como duas coisas distintas.
6 Se o Ser Humano, desde os tempos mais remotos, tivesse gravado em sua consciência
as grandes verdades e se estas refletissem no presente, em seu sentimento, por certo ele
possuiria maiores recursos, quer no sentido espiritual ou material, através de realizações,
porque conheceria as Leis que regem o Universo, lhes facultando sua aplicação em tudo
que desejar.
7 Tudo que existe no Universo é formado pelas Leis Criadoras, estas que correspondem a
diversas modalidades de energias que são originadas pelo movimento de todas as
energias, cujas vibrações vão diminuindo gradativamente até o ponto de formarem a
matéria visível.
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8 Tudo que existiu, existe ou vier a existir se encontra equilibrado pelas Leis. Elas vibram
produzindo as diversidades de energias que existem no Universo, essas que, em suas
vibrações, condensam a variação de matérias quintessenciadas, originando a vida
através de sua própria força e também da força emanada pelo Criador. Portanto, nos
Universos universais existem as energias que entram na formação de todas as coisas e
existem, também, as Leis que criam estas energias.
9 É necessário que se reconheça, também, que desde a formação do Plano Mineral até o
Plano Hominal, as pequenas ações do Ser Humano até as grandes realizações são
equilibradas pelas Leis, estas que, ao serem infringidas ou seguidas pelo Ser Humano,
podem oportunizar-lhes receber, como consequência, o sofrimento ou equilíbrio.
10 A humanidade já se encontra praticamente livre das trevas e superstições, precisando
apenas se equilibrar segundo as normas estabelecidas pelas Leis, para que possa fazer
jus a felicidade duradoura que almeja, para viver em perfeita harmonia com sua natureza
interna e com a natureza externa que a circunda a todo o momento. Este esclarecimento
se justifica pelo fato de que toda natureza estabelece todas as normas baseadas nas Leis
para executar suas realizações que embora pareçam lentas são, porém, perfeitas,
enquanto que o Ser Humano julgando-se superior a tudo e a todos, forma dentro de si,
uma nova natureza para contrariar as Leis externas.
11 O Ser Humano, portador de pensamentos obscuros, não possui a percepção
desenvolvida e, em consequência, não consegue distinguir, nem sentir a manifestação da
Lei, produzindo em sua mente, pela imaginação, a idéia dos contrastes, esta que é
contrária à manifestação da necessidade. Leis Imaginárias estas que têm conduzido o
Ser Humano ao desequilíbrio, ao sofrimento, às quedas e à decadência.
12 Dentro da infinidade de Leis Naturais que regem o Universo podemos citar a existência
da Lei de Necessidade, Conservação, Destruição, Igualdade, Liberdade, Atração,
Repulsão, Compressão, Equilíbrio, Coesão, Afinidade, Progresso, Evolução, Caridade,
Imortalidade, Mediunidade, Reencarnação, Amor, bem como a Lei de Moral, esta pela
qual o Ser Humano deve se reger, e ainda a de Trabalho, esta pela qual o Ser Humano
deve empreender em cumprimento de todas as outras.
13 Eis que no Universo tudo são Leis. Dentro delas tudo é bem, porém, fora das mesmas
nada é claro, definitivo ou seguro. Eis que para o Ser Humano viver feliz e equilibrado,
enfim, integrado com este Universo do qual é parte integrante segundo as Leis Naturais
que o regem, lhe é essencialmente necessário, bem como racionalmente justificável, o
estudo, o desvendamento e/ou coligimento, sentimento e uso consciente de seus códigos
perenes e imutáveis, como um eterno e sempre novo padrão de ação do seu dia-a-dia de
relações, desde a sua mais tenra idade, quer no lar, quer na escola.
14 Importa que se busque conhecer, para utilizar como padrão de ação para o Ser Humano,
os códigos imutáveis das Leis Naturais que regem o Universo em todas as áreas do
conhecimento científico, principalmente na área das ciências humanas.
15 As Leis da Natureza não foram estabelecidas para a infelicidade do Ser Humano, mas
sim, para o seu conforto e bem estar. Efetivamente, elas se mostram simples para a
humanidade, porém, esta preferiu criar as suas próprias Leis Materiais que são
transformadas, revisadas e deturpadas cada vez que uma autoridade e seu governo
exercem legalmente o poder, sem constar em seu currículo o conhecimento das Leis
Naturais que regem o Universo.

61 LEI DE NECESSIDADE
1 Abaixo da divindade real, a necessidade é considerada a maior Lei que se manifesta no
Universo. Ela é o símbolo da primeira experiência do Plano Hominal, é a alavanca que
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move tudo que existe e que impulsiona o Ser Humano a praticar, sofrer, aprender e
evoluir, afinal, a necessidade faz Lei.
2 A humanidade cria as diversidades de teorias que se constituem em falsas ilusões,
advindo, em consequência, as doenças imaginárias da mente, que, enfraquecida e
desequilibrada, se torna uma escrava da dor e do sofrimento. Mas, no momento em que o
Ser Humano sentir a necessidade de se equilibrar, seguindo as Leis que regem o
Universo, tudo se modificará e ele será capaz de usar a sua inteligência para grandes
realizações.
3 O planeta foi condensado porque houve necessidade. O mineral foi condensado porque
houve necessidade. O Ser Humano surgiu no planeta porque houve necessidade e tudo é
de acordo com a necessidade.
4 A necessidade cria a vontade, a vontade gera a imaginação, a imaginação produz a
inteligência, verdade, consciência e, finalmente, ciência. A ciência material pesquisa e
apresenta o resultado dos seus trabalhos acerca dos nossos ancestrais, na preocupação
de nos mostrar seu formato, sua maneira de viver, imperfeição etc., o que, na realidade, é
um grande passo para a compreensão da origem do Ser Humano. Entretanto, o que se
deve estudar são os centros de forças, que vêm se aprimorando desde o mineral e que
hoje constituem os nossos Plexos que tem a função de receber a energia transmitida pela
Natureza e, quando totalmente carregados, funcionam como distribuidores destas
energias para os órgãos em que se encontram ligados, para o seu devido e perfeito
funcionamento.
5 Assim, uma necessidade é sempre substituída por outra, cessando a necessidade de
aprender, começa a necessidade de ensinar.

62 LEI DE REENCARNAÇÃO
1 A humanidade já sente a necessidade de entender que a maioria das doenças do Corpo
Físico é uma consequência direta do desequilíbrio da parte psíquica do Ser Humano, da
sua e de outras Almas que, impressionadas pelas diversidades de sensações humanas,
aproximam-se desses pela afinidade ou mediunidade, para emprestar-lhe suas
impressões de dor e sofrimento na ilusão de conseguirem a cura definitiva quando, na
realidade, trata-se apenas de um paliativo. Isto porque, todas as sensações que a matéria
física sentia quando encarnada se refletem na mente da Alma e ficam gravadas em sua
corrente sensitiva ou perispírito.
2 O Ser Humano já possui uma mente em grau de evolução bem adiantado podendo, deste
modo, se identificar com as grandes Verdades como, por exemplo, a reencarnação, uma
Lei tão falada e enaltecida por uns, debatida e criticada por outros, acatada por poucos e
incompreendida por muitos.
3 O Ser Humano deve lutar para saber sua origem e, em consequência, identificar-se com
sua força interna, para praticar, vencer e chegar consciente ao período de transição, não
admitindo a hipótese ilusionista de que o fim de tudo se encontra no túmulo escuro que
engole os cadáveres, para nunca mais aparecerem na face da terra.
4 A Lei de Reencarnação se constitui numa das bases fundamentais para a compreensão
da Verdade e, fora dela, antes de interná-la em si, nenhuma criatura humana vencerá os
limites deste ciclo evolutivo que se aproxima.
5 A reencarnação nada mais é senão a reagregação, por força da Lei de Afinidade, dos
elementos fundamentais formadores dos centros nervosos do Ser Humano, para a
construção de um novo Corpo Físico, condensado pelas energias concedidas pela
Natureza, por força da Lei de Necessidade, em razão do equilíbrio universal.
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6 O Ser Humano deve entender que nem mesmo o Corpo Físico morre, porque seus
elementos constituintes voltam a integrar-se em suas energias criadoras obedecendo,
assim, à Lei de Evolução.

63 LEI DE IMORTALIDADE
1 A Imortalidade, juntamente com as Leis de Reencarnação e Mediunidade constituem as
três colunas básicas que sustentam o templo da realidade e só com o conhecimento
delas, no início, no momento ou no fim da transição planetária, é que as Almas
encarnadas e desencarnadas poderão atingir mais um conhecimento Espiritual
denominado Plano da Verdade. Entretanto, aqueles que não interná-las, que não
conhecê-las como Verdade, passarão pelas maiores decepções e dor, sem poderem se
livrar das aflições, por desconhecerem que o Globo evolui em obediência às Leis, para
aperfeiçoamento de sua massa.
2 O Ser Humano poderá, no presente, investigar, por exemplo, quem ele é e onde se
encontra, para, em seguida, saber de onde partiu e qual o seu destino. Para tanto ele
precisa sentir a ligação que existe entre o Espírito, a Alma e o Corpo Físico e, desse
modo, ir adquirindo merecimento para continuar a marcha juntamente com o planeta,
porque, do contrário, poderá retornar a outra morada e lá repetir todo o curso primário,
cuja matéria principal é o sofrimento.
3 A morte é uma mudança de um estado da matéria para outro, é a desintegração dos
elementos que compõem um corpo, a fim de que esses elementos venham, pela força da
Lei de Afinidade e as exigências da Lei de Necessidade, se agregar e formar um corpo
mais perfeito. Assim, no Universo não existe o fim na duração. Se assim fosse, nada
seria infinito, nem Deus, afinal, Ele é constituído dos elementos realizadores e criadores
que existem na Natureza, em estado absoluto de perfeição. Se esses elementos não
fossem infinitos na duração, Deus, que é composto deles, não seria infinito. Portanto, na
Natureza nada se perde, tudo se transforma, então tudo perdura, tudo é infinito no
sentido da duração, e se tudo é infinito na duração a morte não existe, como até então
tem sido, pelo Ser Humano, considerada.
4 É necessário que o Ser Humano desenvolva sua mente e inteligência para iniciar sua
marcha para os planos das energias, libertando-se da escravidão da inconsciência nas
vidas sucessivas e se esforçando para ajustar-se às Leis Naturais, usando a vontade
para sentir o Plano Astral e a imaginação para sentir o Plano Mental.

64 LEI DO KARMA - CAUSA E EFEITO


1 Muito tem se questionado sobre o fato de certas criaturas, no planeta, encontrarem-se
privilegiadas quanto ao cargo que ocupam e outros quanto ao estado de sofrimentos
pelos quais passam certas criaturas. Estes questionadores queixam-se de que os
necessitados e carentes sofrem por causa de outros que se encontram privilegiados e
afortunados. Isto demonstra o grau de espiritualização de todos, já que não sentem que
“tudo no Universo tem uma razão de ser”, pois a razão que se encontra em tudo é que
justifica sua ocorrência, seu acontecimento.
2 Esses “julgamentos” estão e serão falhos enquanto esses Seres Humanos não
conceberem as Leis Universais, enquanto estas não forem estudadas desde o ciclo pré-
primário, depois o primário, ginasial, secundário e universitário. Se uma criança aprende
e fundamenta-se desde cedo sobre o que é causa e efeito, quando se formar na
universidade, como médico, por exemplo, não ignorará, nem deixará de cumprir com
seus deveres por causas que não sejam justificadas ou caracterizadas legais, ou melhor,
dentro das Leis Divinas.
91

3 Portanto o fato do Ser Humano não ter o conhecimento de onde veio, o que é, o que
faz, por que faz e para onde vai, o leva a desacreditar em sua própria consciência,
porquanto em algumas oportunidades brotam, através da razão e o faz questionar em
alguns minutos quando se encontram mergulhados em seu próprio ser, silenciosa e
absortamente, certos acontecimentos por que passara e que não soubera a si mesmo
explicar, achando que é fruto de sua imaginação e que está ficando “louco”, não
compreendendo que este é um desejo de sua Alma que, através da reflexão do físico,
tende cada vez mais a despertar e evoluir seus sentimentos para melhores ações ou atos
futuros, por ter aprendido e sentido estes do presente, através das obras que realizara.
4 A toda e qualquer obra do Ser Humano, precede-lhe um ato e no ato é que vai a
intenção, então a obra é boa quando ele for bom e a obra será má quando ele for mau.
5 Em função da evolução, o Ser Humano está, o tempo inteiro, a agir na sua vida, quer
encarnado ou desencarnado e o objetivo da mesma está tão vivo, quanto vivido por ele,
ou seja, pela Alma quer encarnada ou desencarnada. Esta ação é realizada pelo Ser
Humano (Almas encarnadas) através dos atos, que resultam na obra e este Ser Humano
vem reconhecer tais obras através de seus efeitos.
6 Existe o ato de loucura e o ato verdadeiro. O ato louco é o que a necessidade não exige,
nem a razão justifica, já o verdadeiro é justificado pela razão e exigido pela necessidade.
E é isso que faz com que o Ser Humano seja “julgado”: “pela sua obra não pelos seus
atos”. Pois são os atos que presidem a obra e são neles que se encontra a intenção do
Ser Humano.
7 Certamente os Seres Humanos têm sofrido muito pelo fato de terem, no passado, julgado
as criaturas por suas ações e, ainda hoje, no presente, fazerem o mesmo julgamento,
tomando a justiça, na maioria das vezes, com as próprias mãos e encarcerando seus
semelhantes a penas eternas por uma justiça cega, por não compreenderem que toda
causa tem um efeito e que é impossível isto não se processar. Ora, se a cobrança,
através de leis efêmeras, ao Ser Humano, por suas causas cometidas, levam em seus
códigos uma violência igual à praticada pelo seu infrator, então, significa dizer que o
cobrador, ou melhor, o juiz, é mais violento que o infrator, pois que este pode até mesmo
ter criado a causa inconsciente, por questões até de momento e o juiz está a cobrar,
através da imposição da pena, conscientemente.
8 Se, ao contrário, volvermos nossas atenções para as ações da Natureza, podemos
concluir que embora o Ser Humano tenha praticado “a mais terrível e delituosa das
causas aos olhos humanos”, Deus, através da Natureza, ainda assim lhe dá o direito de
respirar o oxigênio, receber o calor do sol, de metabolizar glicogênio para movimentar-se,
etc., até mesmo de pensar, raciocinar, a ponto de poder se redimir, passar seus efeitos e,
através do aprendizado, não mais incorrer neste “erro”.
9 Levando-se em consideração que o Ser Humano tem o dever de pesquisar e analisar as
coisas para compreendê-las, a fim de não se tornar fanático ou incrédulo, que a filosofia é
a mãe de todas as ciências e ainda mais, que a ciência é quem tende a explicar toda e
qualquer citação filosófica, podemos concluir que num futuro breve teremos as
colocações seguras através desta ciência quanto ao assunto causa e efeito, esta Lei
Natural que já começara a ser desvendada com o ensaio “toda a ação provoca uma
reação igual e em sentido contrário”.
11 O Ser Humano, em verdade, possui em seu Corpo Físico, bem como em seu corpo
astral, centros de forças, centros de energias, condensados através das exigências da Lei
a fim de poder filtrar as energias vitais provindas da Natureza e conceber as energias da
vida provindas do Espírito, distribuindo-as para os órgãos que se encontram
subordinados para, através das ações do Corpo Físico, poder ajudar a descondensar a
massa do seu corpo, bem como do planeta que habita.
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11 Filosoficamente já se fala em Lei de Retribuição, mas, em verdade, causa e efeito não é


nada mais, nada menos que a criação de formas pensamento. Assim sendo, cada vez
que o Ser Humano pensa, libera uma quantidade de energia para a formação de tal
pensamento no Plano Astral ou Plano das Formas e esta energia é, tanto dos centros de
energias dele, quanto de seus órgãos, o que o faz enfraquecer, vindo, então, a
necessidade de energias para restabelecer esses centros e órgãos.
12 O pensamento criado é formado de energias que se combinam com as energias do Ser
Humano, pois que foi, por ele, criado assim. Por força da Lei Natural de Afinidade tal
forma pensante é atraída para o campo energético que lhe é igual, ou seja, o Ser
Humano, seu criador, advindo, então, o tal sofrimento, a dor, a beleza, a bonança ou a
alegria, levando-se em consideração o tipo de pensamento criado, quer maléfico ou
benéfico, até que, com o tempo, o Ser Humano se liberte desta forma pensamento. Quem
projeta esta forma sobre o Ser Humano é o Grande Karma Universal, a Lei Maior que
rege causas e efeitos, a fim de que haja a saturação de ambos, o Ser Humano e a forma,
e exista o aprendizado do Ser Humano e a descondensação dessas massas, ocorrendo,
então, a repulsão, pois que tal pensamento, em certo instante, desintegrar-se-á por não
encontrar no Ser Humano as energias que o alimentava. Mas, ao contrário, enquanto
persistir a necessidade dos elementos este pensamento formado pelo Ser Humano
continuará preso ao mesmo e, quando maléfico, será a dor quem fornecerá os elementos
de que a matéria necessita, através de vibrações para o seu equilíbrio, ao contrário dos
benéficos que, além de equilíbrio, lhes traz o sentido da gratidão e paz interior.
13 O Corpo Físico, aquele que chamamos, na trindade, de Ser Humano, a matéria, é um
instrumento das Leis que serve para as ações terrenas. Não está nos atos ou gestos
desta matéria a razão do seu sofrimento ou alegria, mas, sim, em sua Alma, nome que
damos ao Corpo Astral da trindade. Este arquivo, a Alma é quem se utiliza da matéria
para realizar seus atos ou gestos, em função das ações e obras, que culminem em ajudar
o planeta na sua evolução, em razão dos objetivos das exigências da Lei de
Necessidade.
14 É na intenção do Ser Humano que reside o seu sofrimento, pois que, quando nos seus
pensamentos vem criar formas pensantes boas ou más para suas realizações, é a Alma
que imprime na matéria, através dos elementos da Natureza, seus desejos ou ações, ou
melhor, seus efeitos de causas ou suas necessidades de agir.
15 Analogamente, podemos concluir isto como: Se alguém desfere com uma arma um tiro e
faz desencarnar outro, quem foi o criminoso, a arma ou quem a utilizou em tal desejo
fatal? Pois assim, caracteriza-se que o culpado é quem movimentou a arma e não ela.
Em hipótese alguma se pode culpar a arma, portanto, considerando tal afirmação,
podemos entender que há algo, ou melhor, alguma força superior responsável por tal
movimento. O crime não estará na arma, nem na matéria que a movimentou, mas sim na
Alma que, através de sua mente, criou o pensamento, fez gerar a intenção no Ser
Humano e o levou a agir por seus desejos ou necessidades, sendo assim, um
instrumento da realização. Tais pensamentos se gravam na Alma para que a justiça
Divina se faça quando a necessidade exigir. Até porque, se tais pensamentos, em vez de
na Alma se gravassem na matéria, o Ser Humano se tornaria livre ao desencarnar e em
suas próximas existências viveria feliz, sem dores ou decepções, e a justiça deixaria a
desejar, tornando-se injustiça e, assim, os Seres Humanos estariam cometendo crimes
certos de que, com o passamento ou morte, estariam liberados dos castigos, ou melhor,
escapariam de tais castigos merecidos. Aliás, é isto o que, na realidade, acontece com
muitos de nós, por falta de compreensão de que as Leis Naturais são imutáveis, não
mudam para privilégio de ninguém ou nenhum ser.
16 Logo entendamos que todos e quaisquer pensamentos formulados pelo Ser Humano
gravam-se em sua Alma, a fim de que a necessidade a obrigue a sentir o desejo de
93

libertar-se de tais formas que a enfraquece, infelicita e faz com que ela, a Alma, se
prenda à nova matéria, ou seja, reencarne, para que então se dê a manifestação dos
respectivos efeitos das causas cometidas e a libertação desses pensamentos.
17 Muito embora o Ser Humano se encontre num plano de evolução em que já possa
descortinar certas verdades com base na realidade, para o seu adiantamento espiritual e
material, ele ainda se deixa levar pelo orgulho e pela cólera, caracterizados pelo ódio,
comportando-se de forma afim com pensamentos insensatos e perambulantes que, ao
interpenetrarem sua mente, pelo fato de terem uma vontade superior à sua, forçam-no a
agir apresentando os seus mais primitivos instintos que, combinados com os elementos
da Natureza e seus sentimentos, esses elementos, ao se aproximarem dele, chegam a
ponto de sugarem as energias que vêm também do Espírito através de sua Alma. Assim,
a matéria demonstra desequilíbrios, pois que, com isso, ela agora estará recebendo e
distribuindo energias, não só para o seu equilíbrio, mas também desses elementos que
se encontram donos de seus domínios.
18 Estes são fatos que caracterizam as diversidades de moléstias e doenças desconhecidas
do nosso planeta, as quais os Seres Humanos poderiam evitar se seguissem certos
métodos ou sistemas que corrigissem as falhas que os levaram a prejudicar a sua própria
matéria.
19 Portanto, com isso, deve ser evidenciado ao Ser Humano que é “dever dele espiritualizar-
se, não por modismo, mas por consciência”.

65 LEI DE CAUSAS E EFEITOS


1 O Universo é regido pelas Leis e delas ninguém escapará. Dentro delas tudo é bem,
porém, fora das mesmas nada é definitivo ou seguro. Toda a humanidade é responsável,
perante a Lei, pelos seus atos e obras, afinal, é código perene e imutável das Leis
Naturais que regem o Universo, o fato insofismável de que os meios determinam os fins.
Logo, quem planta colhe aquilo que plantou; toda causa tem um efeito idêntico
correspondente, bem como toda ação tem uma reação igual e em sentido contrário.
2 No Universo não existe o determinismo, mas sim, causas e efeitos. O Ser Humano é o
único culpado por sua felicidade ou infelicidade, saúde ou doença, sendo que esta não é,
nada mais, nada menos, do que o enfraquecimento dos Plexos em relação às energias
que lhe são concedidas pela Natureza e os desregramentos provocados pelas
extravagâncias e excessos.
3 A criatura humana, em sua maioria, geralmente é levada ao convívio dos Templos
Religiosos quando impulsionados pela decepção e dor. E o que é isto senão uma má
obra, fruto de um mau ato? E por que a maioria dessa humanidade se equilibra ao mudar
os seus costumes? Deus não impôs o sofrimento ao Ser Humano, mas concedeu as
ferramentas necessárias à sua evolução, a qual se encontra em seu interior e, além do
mais, forneceu toda a matéria prima que ora se encontra na Natureza para as suas
realizações. Entretanto, para que isto possa ocorrer, é necessário que o Ser Humano, por
exemplo, se isole por alguns minutos durante o dia e tente sintonizar a Natureza interna
com a externa, a fim de que a incógnita da equação não se torne impossível pela falta de
conhecimento da Lei de Causas e Efeitos.

66 LEI DE CARIDADE
1 O Ser Humano só iniciará o reconhecimento da verdadeira caridade quando houver a
unificação dos elementos que formam uma matéria condensada nas diversidades de
Plexos, ou seja, a formação de mais um centro no Ser Humano.
2 Atualmente, é comum oferecer uma esmola a um necessitado e pensar que está
praticando uma grande caridade. Mas isto feito continuamente se torna um ciclo vicioso,
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que só vem prejudicar aquele que pediu. Outras vezes, pratica-se a caridade na ilusão
de receber graças do Alto como recompensa. Na realidade, não se deve negar auxílio a
qualquer pessoa necessitada, tanto nas suas enfermidades físicas, quanto em seus
desequilíbrios psíquicos. Entretanto, quando este estiver equilibrado, deve ser
encaminhado para o cumprimento de seus deveres.
3 Uma das maiores caridades que se deve fazer ao Ser Humano encarnado ou
desencarnado, é fazer com que ele se livre dos falsos costumes e desperte da inércia e
obscuridade em que se encontra mergulhado, e descubra o caminho pelo conhecimento
Espiritual do Plano Hominal.
4 A verdadeira caridade é o equilíbrio universal, ela não é aquela que equilibra um lado e
desequilibra o outro. Ela é aquela que se realiza pela razão, ou seja, sem prejuízo para
qualquer das partes.
5 É preciso que o Ser Humano pratique a caridade, por exemplo, desinteressadamente,
sem levar em conta o orgulho, a vaidade, a vingança, a arrogância, o ódio, a compaixão,
a piedade, enfim, todas essas qualidades negativas que enegrecem a Alma da criatura
humana.

67 LEI DE LIBERDADE
1 No seio dos estudos materiais entende-se por liberdade toda aquela prática facultada
pela Lei. Mas o Ser Humano não sabe desfrutar desse direito e se considera como um
eterno prisioneiro. Deus não privou seus filhos do livre-arbítrio, mas, pelo contrário,
concedeu-lhes todo direito de ação, para que haja adiantamento e progresso em suas
realizações. Se houve violação dessa liberdade, a culpa é do próprio Ser Humano que,
por exemplo, aproveitando da fraqueza de seu semelhante, usou a Lei de Força imposta,
a ponto de sofrer, como consequência, a privação de seus próprios direitos, e cujo efeito
esclarece as causas, pela manifestação da Lei do Karma.
2 A liberdade é o direito natural que tem o Ser Humano de realizar tudo sem que nisso
resida a intenção e/ou que tenha como consequência o tolher o direito de outrem, afinal
ela, a liberdade, é o produto do equilíbrio entre o direito e o dever. Direito sem dever é
desordem e dever sem direito é servidão.
3 O Ser Humano precisa compreender que o sofrimento a que se encontra submetido só
pode ser atribuído às más obras por ele realizadas e estas podem ser inconscientes ou
conscientes. No primeiro caso, o Ser Humano sofre a dor sem notar que ela foi fruto de
uma má obra realizada. Mas, no segundo caso, a dor consequente da má obra realizada
vem seguida de remorso.
4 As diversidades de moradas existentes nos Universos foram criadas para a felicidade e
não para os sofrimentos e dores por quais passa a criatura humana.
5 Quando o Ser Humano se reaproximar da Natureza e reconquistar os seus ideais de
simplicidade, libertando-se da vida artificial que se encontra submetido, e, além do mais,
quando reformar seus costumes, equilibrar sua mente e praticar as boas obras, ele fará
jus à felicidade que lhe proporciona a Lei de Liberdade.

68 LEI DE MEDIUNIDADE
1 A mediunidade também se constitui num dos princípios básicos, sem o conhecimento da
qual o Ser Humano terá que repetir várias encarnações, a fim de reconhecê-la, valorizá-
la, e aplicá-la para o seu bem e de seu semelhante. Esta Lei foi criada para que, no seu
devido tempo, se processe a intermediação dos vivos com os mortos, ou seja, dos
encarnados com os desencarnados.
2 Toda criatura humana é considerada como um médium nas suas diversas modalidades, a
saber: conscientes, inconscientes, videntes, ouvintes, psicógrafos, psicofônicos, etc. Mas
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para conseguir estas qualidades é preciso tirar o pensamento do lado negativo,


substituindo o fracasso pelo triunfo, a derrota pela vitória e as trevas pela luz.
3 Os Seres Humanos desejam encontrar a razão verdadeira de uma coisa, entretanto,
procuram na razão sem aplicar a razão para adquirir o resultado almejado. Para se
encontrar a razão da coisa é necessário se aplicar a razão e dessa razão se obter os
resultados da razão da coisa que é, e dela se chegar ao ponto final ou resultado real da
coisa que se quer.
4 Nas diversidades de reuniões de efeitos físicos, por exemplo, quando a entidade
incorpora no médium e este não se lembra do que por ele foi transmitido, significa que
houve uma atuação no seu Chacra Coronário. Mas quando a entidade atua no Plexo
Frontal o médium fala e expressa com consciência o que a entidade quer dizer. Do
mesmo modo acontece com os obsessores que atuam no Chacra Coronário do
obsedado, fazendo predominar os seus pensamentos.
5 A mediunidade é uma sensibilidade que, naturalmente, vai se desenvolvendo nos seres e
que é mais acentuada naqueles esforçados e persistentes, dando-lhes condições para
perceberem, por exemplo, as intuições das entidades desencarnadas que o assediam.
Entretanto, para muitos ela só será reconhecida após as transformações que iremos
presenciar no fim do ciclo que se aproxima.

69 LEI DE EQUILÍBRIO
1 Podemos afirmar que a Lei de Equilíbrio está representada pela justiça, tanto no plano
material, como no plano espiritual. Entretanto, vemos que os próprios legisladores se
encontram em constantes desequilíbrios, isto porque desconhecem que existe uma
Justiça Universal, cujo Juiz está representado pelo Karma. Muitas e muitas vezes, por
exemplo, a absolvição de um réu está relacionada com sua aparência, da mesma forma
que a condenação de uma criatura simples, humilde, está relacionada com sua falta de
recursos para custear as despesas e se livrar de um efeito cuja causa não lhe pertence.
2 Se o Ser Humano não se esforça para descobrir as forças latentes de que é possuidor,
ele também não vai entender qual a sua necessidade real, para poder manter-se
equilibrado em função dos elementos instintivos que compõem a sua matéria. Afinal, o
equilíbrio que o Ser Humano deve procurar atingir em si não é o que produz a
imobilidade, mas sim o movimento, pois o movimento é vida, e vida é progresso. A vida
se prova pelo movimento, o movimento se opera e se conserva pelo equilíbrio; o
equilíbrio no movimento é a partilha, é a igualdade relativa nas impulsões alternadas e
contrárias à força; existindo a impulsão descompensada, ocorre, então, o desequilíbrio,
daí origina a queda, e toda queda é fatal.
3 Existe uma norma fundamental para entendermos, em parte, a Lei de Equilíbrio, e ela
está representada pela necessidade que ainda possuem os corpos físicos de atender os
seres elementares que entram em sua composição, de modo que não devemos condenar
nenhum animal por suas preferências alimentares. Do mesmo modo acontece com o Ser
Humano, porque quem exige o alimento são os elementos que formam o seu organismo,
e isto não é determinado pelo seu desejo de recusar. Quando esses elementos são
atendidos com excesso, vem, então, o desregramento, o desequilíbrio e finalmente a dor,
a fim de que o Ser Humano desperte para o conhecimento da Lei de Equilíbrio.

70 LEI DE TRABALHO E PROGRESSO


1 No meio dos estudos materiais, podemos entender que o trabalho está relacionado com a
força exercida sobre determinado corpo e a distância, por ele, percorrida. Usa-se este
termo para indicar o esforço desprendido e que, geralmente, é feito em troca de alguma
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remuneração. A obra resultante do trabalho chama-se progresso e este pode ser de


ordem material ou espiritual.
2 No Universo nada está estático. O que parece estático está em velocidade imensurável,
portanto, em trabalho. A Lei de Trabalho é a que faz com que o Ser Humano se
determine a agir em cumprimento das outras Leis.
3 Já sabemos que o Ser Humano é uma trindade e que este plano hominal que estamos
atravessando constitui um campo admirável de experiências, pois o Ser Humano só
compreenderá esta matéria se ele utilizar dela para saber sua origem, através da Lei
Natural.
4 Cada criatura humana desempenha uma missão de trabalho que, muito embora não
agrade a determinados pontos de vista, para as Leis é perfeitamente compreensível
porque existe um tempo pré-determinado para a humanidade se aperfeiçoar
naturalmente. Entretanto, o Ser Humano deve esforçar-se para atingir um razoável
progresso espiritual para desfrutar, em plena liberdade, daquilo que a Lei lhe proporciona
porque, quando o estudante se prepara, o seu mestre aparece. Já aquele que não se
esforça esperando pela misericórdia Divina, ficará profundamente decepcionado por
desconhecer que toda manifestação da vida é provada pelo movimento, e todo
movimento é animado por uma força que produz trabalho e progresso.
5 É preciso entender que no campo da matéria a Lei é defeituosa e imperfeita. Portanto,
para que o Ser Humano prossiga seu trabalho, tomando como base a Lei Natural, ele
deve se enquadrar nos itens estabelecidos pelas Leis Universais, para atingir o progresso
pelo trabalho.

71 LEI DE ATRAÇÃO E REPULSÃO


1 A atração universal reconhecida pelo Seres Humanos, está relacionada com a matéria,
ou seja, no nosso sistema solar dois corpos se atraem impelidos por uma força de
atração que é proporcional às suas massas e inversamente proporcional ao quadrado da
distância que os separa.
2 Esta Lei pode ser aplicada, também, para os corpos na superfície do planeta, o que
significa dizer que o Ser Humano é um eterno prisioneiro da terra por não conseguir
libertar-se desta força gravitacional. Existe, também, uma força que pode lançar qualquer
corpo acima da superfície da terra e que é reconhecida como força de reação.
3 Para entendermos a Lei de Atração e Repulsão precisamos compreender que, na
involução, as forças contrárias se atraem e as forças semelhantes se repelem para
materializarem-se, ou seja, para condensarem-se e, na evolução, as forças contrárias se
repelem e as semelhantes se atraem para espiritualizarem-se, ou seja, para
descondensarem-se.
4 Existe, também, a atração, por exemplo, que pode ser provocada por uma impressão e,
quanto mais intensa for a força dos raios impressionantes dos traços fisionômicos ou
perfil, maior simpatia é exercida entre o intelecto e a pessoa ou objeto visualizados.
5 Aqueles que trabalham com a hipnose emitem suas sugestões e se sua vontade for
superior à do paciente, este aceita a sugestão sob a forma de uma imagem que é atraída
pelos seus centros, fica dominado e é obrigado a obedecer ao hipnotizador, sob um
estado de subjugação.

72 LEI DE CONSERVAÇÃO E DESTRUIÇÃO


1 O objetivo fundamental do estudo desta Lei é tentar esclarecer, para determinada parte
da humanidade, que o seu significado real está representado pela verdade e que ela não
é, nada mais, nada menos, do que a redução total da mentira. Vejamos, por exemplo,
que a Lei de Conservação não está relacionada com preservação de determinadas
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espécies, mas, sim, com a sua imutabilidade e, sendo a mesma imutável, fica
naturalmente conservada em seus itens, independente da época em que se viva, dos
progressos materiais que não oferecem oportunidade aos Seres Humanos encarnados de
cumprirem com seus deveres Espirituais.
2 Toda espécie animal evolui e esta evolução está relacionada com a diminuição da
matéria e aperfeiçoamento das energias, para virem a formar, no futuro, um novo corpo
mais aperfeiçoado. Temos também a Lei de Destruição, e por que esta pode ser
considerada como uma Lei? Por vários motivos: no Plano Material, quando uma obra não
satisfaz as necessidades do Ser Humano, ela terá que ser substituída por outra, vindo,
em consequência, sua destruição. No Plano Espiritual, quando as formas mentais são
destruídas pela necessidade de sua inexistência, fatalmente elas desaparecerão do
Plano Físico porque a Lei assim determina.
3 Para compreendermos em parte as Leis de Conservação e Destruição, pode-se
raciocinar sobre o fato de que a queda de um corpo que cai sobre a Terra, sob a ação da
força de atração terrestre, ou força de compressão universal, verifica-se a existência da
energia potencial e da energia cinética. Na medida em que o corpo cai, sua energia
potencial é transformada em energia cinética. A primeira diminui enquanto que a segunda
aumenta, de modo que sempre é conservado o valor total da energia.
4 Quando um planeta atinge o tempo pré-estabelecido para aperfeiçoamento de suas
massas e quando ele aproxima de outra órbita na qual vai mudar o seu estado vibratório,
toda a parte imperfeita que lhe pertence, tanto na parte física, como na parte astral, terá
que ser reparada em obediência à Lei de Destruição, não importando as consequências
que haverão de passar as criaturas que nele habitam.

73 LEI DE COESÃO E AFINIDADE


1 Tanto a afinidade como a coesão apresentam um sentido de ligação. Mas devemos
compreender que, enquanto a primeira representa a atração ou a tendência de haver
uma união entre os corpos, a segunda tem a ver com a força através da qual as
partículas se ligam.
2 A todo o momento nós participamos desta Lei de Afinidade, porquanto as imagens
produzidas pela nossa vontade, quando transformados em pensamentos, possuem uma
energia que se ajusta com as energias do Ser Humano que as criou. Dessa forma, são
atraídas por afinidade para o campo de energia do seu criador.
3 Quantas e quantas Almas encarnadas desconhecem esta Lei e constroem as suas
formas na ilusão de prejudicar seu semelhante, sendo vítima de sua própria arma?
4 Existem, também, as Almas desencarnadas que se aproximam dos encarnados atraídos
pela Lei de Afinidade e, inconscientemente, ligam seus Chacras nos mesmos centros do
médium, transmitindo-lhe suas sensações de sofrimento.
5 Quando uma entidade necessita encarnar, todo trabalho ligado com a evolução do feto
está relacionado com os elementos pelos quais esta tem afinidade.
6 A Lei de Coesão pode ser compreendida pela formação da matéria, ocasionada pela
diminuição de vibração dos átomos-éteres e pode ser explicada do seguinte modo:
quando a necessidade exige que se forme um planeta, Deus produz sua energia negativa
e esta vem se transformando para dar origem às cinco forças da Natureza ou cinco
qualidades de éteres, com forma, qualidade, movimento, cor e vibrações diferentes, a fim
de ser realizada a coesão, em virtude de forças contrárias se atraírem.

74 LEI DE COMPRESSÃO
1 Do mesmo modo que tudo vai se processando segundo as Leis da Natureza através das
normas por elas estabelecidas, tudo evolui e se transforma para atingir um ponto mais
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evoluído de aperfeiçoamento. O Ser Humano também pode desenvolver sua


inteligência, sua consciência, de modo a galgar pontos mais altos, e, futuramente, ser
coroado com os louros da glória.
2 Toda a humanidade almeja o conhecimento da verdade; porém, existe um ponto que a
leva ao fracasso, que é justamente a vaidade de saber o que na realidade ainda
desconhece, pensando que já se encontra senhora de toda a verdade, não restando
nada mais para aprender no vasto Campo Universal. É necessário que o Ser Humano
afaste de si esta falsa sabedoria e procure elevar o seu pensamento aos altos pontos de
evolução onde repousam os elementos necessários para afirmar: Eu sei o que aprendi,
porque isto constitui meu sentimento.
3 Tudo no Universo é constituído de energia e matéria, e a ciência já reconhece que esta
energia descendo de vibração cria a matéria, e quando este movimento aumenta
novamente volta ao estado de energia.
4 A compressão é um ato de comprimir, ou seja, de reduzir uma matéria qualquer a
tamanhos menores. A ciência oficial afirma que a matéria atrai a matéria na razão direta
de suas massas e na razão inversa do quadrado da distância que as separa, esta
também é reconhecida como a Lei de Newton. Na realidade o que existe é uma
compressão exercida sobre o objeto, fazendo com que este permaneça na superfície do
planeta e a repulsão é a anulação desta força compressiva.
5 Existe no Universo um éter denominado de Tejas, também conhecido como éter
luminoso, que entre outras propriedades produz o calor. Este calor pressiona os átomos
para baixo, atirando qualquer corpo para o solo. Estes corpos, por estarem com seus
átomos frios, não conseguem levitar porque possuem maior força de repulsão. Somente
quando o Ser Humano souber anular esta compressão exercida de cima para baixo é que
os mais pesados corpos chegarão a ponto de levitação.
6 A Natureza se despe com a maior simplicidade diante do Ser Humano, porém, este para
complicar, constrói suas engrenagens difíceis, complicando todo o aprendizado oferecido
pela mãe e mestra Natureza. Este Ser Humano possui dentro de si um grande laboratório
capaz de realizar com maior perfeição todas as obras já descobertas até a presente data.
7 Para que o Ser Humano chegue a conclusões perfeitas é necessário que ele tenha
confiança e certeza de que tudo é natural e simples como ele recebeu da Natureza.

75 LEI DE AMOR E MORAL


1 Se considerarmos o amor como uma afeição profunda entre dois seres ou por alguma
coisa ou, ainda, uma atração carnal, física ou livre, será bem difícil que o Ser Humano
consiga romper estas cadeias magnéticas que o prendem na superfície da Terra. Este
tipo de amor é reconhecido como fascinação, produto da emoção formada pela união da
Alma com o Corpo Físico.
2 Em todos os ramos da atividade humana existe uma qualidade inerente a cada uma
destas criaturas. E ela está representada pelo seu comportamento e, filosoficamente, é
reconhecida como ciência da moral, tendo como objetivo principal determinar a finalidade
única do Ser Humano diante do mundo, do seu meio ambiente ou do lugar onde vive.
3 O amor verdadeiro é aquele desinteressado de qualquer tipo de restrição; é o
cumprimento dos deveres; é a justiça equilibrada para consigo e para com o seu
semelhante; é a isenção do orgulho, um vício que impressiona a mente do Ser Humano e
serve de escada para que ele galgue os degraus da ignorância e atinja as glórias do
fracasso.
4 O Ser Humano poderá praticar um amor consciente, por igualdade com seus irmãos,
Partículas Divinas emanadas do mesmo Pai, pela fraternidade que deve existir entre eles,
independente de sua cor, religião, nacionalidade ou planeta a que o mesmo pertença.
99

5 As Leis foram criadas para serem aplicadas nas realizações das obras naturais. Existe
a Lei de Moral, esta que rege todas as outras e pela qual o Ser Humano deve se orientar
no cumprimento de seus deveres.

76 LEI DE IGUALDADE
1 No passado, os Seres Humanos, com a sua simplicidade, aprendiam lições por métodos
naturais tomando como base principalmente a intuição, bem longe dos padrões literários
que norteiam as diversidades de ensinamentos da atualidade, aprendendo e sentindo em
sua Alma, toda a necessidade de que era portador, para viver uma vida feliz e
equilibrada.
2 Atualmente, com o advento de novas teorias, as Leis de outrora foram alteradas e
deturpadas, chegando a ponto de uma pessoa, por desenvolver o intelecto nas escolas
de conhecimentos materiais, se considerar superior ao seu semelhante, o qual não teve
condições de receber a mesma orientação subordinando-se, em consequência, ao
primeiro, pelo simples fato de considerá-lo mais capacitado, porque esse desenvolveu o
raciocínio para traduzir em suas palavras os teoremas atribuídos a outros pesquisadores.
3 O que se verifica em nosso planeta é uma relativa desigualdade entre as Almas,
enquanto umas se esforçam na matéria desenvolvendo a vontade, imaginação e
inteligência, outras permanecem na ociosidade, esperando que desça do Alto as
soluções de seus problemas, decepcionando-se em seguida quando entram em contato
com a verdade.
4 Existem ainda entre nós, irmãos mais velhos, oriundos de outros orbes, e de maiores
conhecimentos aos quais são atribuídos a missão de orientar e dar o bom exemplo.
5 As desigualdades sociais que ainda presenciamos em nosso meio são frutos da ambição
e da falta de fraternidade de uns para com os outros, sendo que elas, no futuro,
desaparecerão, porquanto só haverá predominância das mesmas, se não for tomando
como base o merecimento e o entendimento ideal só acontecerá quando for observada a
Lei de Justiça, que será aplicada ao rico pelo destino que ele der aos seus bens, e ao
pobre pela resignação que ele deve possuir.
6 A Lei de Igualdade deve ser compreendida e sentida, para não haver injustiças nas
relações entre as criaturas humanas, estas que ao serem empossadas em cargos de
relevância material, podem adquirir um direito pelo uso da força.
7 Tanto o Ser Humano do sexo masculino quanto do sexo masculino possuem os mesmos
direitos perante a Lei, e a inobservância a esta igualdade é que tem sido a causa da
destruição de muitos lares, isto porque aquele que ignora esta verdade se julga superior
ao seu parceiro, fazendo com que ele viva eternamente em estado de subordinação,
quando na realidade o que devia ser verificado era uma compreensão mútua, para
suportar as dificuldades que a vida material apresenta e, para que a felicidade seja
completa, é necessário que exista entre eles a obediência, o respeito e a liberdade, para
que ocorra uma união permanente.
8 Todos os seres humanos que constituem os habitantes de um planeta e que se
organizam para formar uma nação, sociedade ou religião, só conseguirão uma liberdade
consciente quando cada Ser Humano se identificar individualmente como uma Alma
encarnada, e fizer das Leis Universais uma norma direta de suas ações terrenas, sendo
estabelecido assim um sentimento de igualdade entre si, reconhecendo que o direito sem
dever é desordem, e o dever sem direito é servidão.
9 Portanto, a liberdade só existirá quando houver equilíbrio entre o direito e o dever.
100

77 LEI DOS CONTRASTES E CONFRONTOS


1 Todos os Seres Humanos desejosos de progredirem, todos os Seres Humanos desejosos
de realizar e de atingir pontos elevados da ciência precisam do esforço e da persistência,
transportando seu próprio fardo pelos caminhos difíceis e não procurando transferir para
os outros estas responsabilidades, de forma que possam alcançar os pontos de
realização.
2 O Ser Humano vive na dúvida e na irresolução, quando estas deveriam ser substituídas
pela decisão, vontade, perquirição, resolução e esperança porque elas foram
desprezadas pelos Seres Humanos que não tentaram sequer compreendê-las e praticá-
las.
3 Em tudo, no vasto Campo Universal, é necessário o esforço, perquirição e ação para que
se chegue desde os pontos mais baixos até os mais elevados.
4 A humanidade necessita de alguém que a oriente, mas se ela comete algum erro, isto é
natural, porque como se diz - errar é humano, porém, se o Ser Humano persiste no erro
advém, em consequência, o sofrimento, e ele então refletirá a ponto de se reformar pelo
arrependimento, através do conhecimento da Lei. Os Seres Humanos que procuram
corrigir os seus defeitos através da análise das causas estão aptos a seguir tudo o que é
belo e divino.
5 Muitas vezes o grande Karma Universal é mal compreendido pela maioria da
humanidade, que admite o sofrimento de um Ser Humano da seguinte forma: quando ele
atinge seu irmão na parte psíquica, passará por privações. Ora, é necessário que o Ser
Humano reconheça que nem tudo o que lhe acontece no plano terráqueo são provações,
admitindo que este exterminou muita gente no passado. Este é um grande erro que
precisa ser verificado, pois aquele que fere com a espada é ferido pela espada, e a
interpretação dada anteriormente trata-se da Lei dos Contrastes e Confrontos, ou seja,
Lei das mentes obscurecidas.
6 Todo Ser Humano deve ter inteligência para analisar suas obras, deve ter consciência
para amar o que crê; deve ter fé porque ela é a base de tudo em que acredita; deve ter
um prazer sublime para combinar com as belas formas; deve ter força e poder para
aplicá-los em benefício de si e de seu semelhante; deve ter vontade para realizar; deve
ser feliz para oferecer ao seu irmão uma base duradoura e deve utilizar a sua parte
científica, adquirida através de seus sentimentos para acreditar naquilo que percebe
através das Leis Universais.
7 Todo Ser Humano dotado de uma mente obscurecida não tem razão e percebe as coisas
com dificuldades, produzindo nela a idéia dos contrastes, esta que é uma das leis
absurdas, porque é apenas o produto de uma imaginação e contrárias à Lei de
Necessidade, chegando a ponto de levar o Ser Humano ao sofrimento e a dor, que só
após se equilibrar com as Leis Universais poderá adquirir a razão.
8 O direito, o dever, a justiça, a loucura, a servidão são termos utilizados para qualificar as
ações do Ser Humano, porque direito sem dever é loucura e dever sem direito é servidão.
Portanto, é necessário o equilíbrio entre o direito e o dever. Sendo assim, o Ser Humano
deve procurar seus direitos cumprindo com seus deveres.

78 LEI DE CRIATIVIDADE
Não é preciso muita análise
para verificar-se que o Ser Humano
tem o dever moral de viver agindo.
No entanto, a razão sugere
que cada uma de suas ações
deve responder plausivelmente
101

a uma questão que muito importe


quanto à evolução, principalmente abreviada,
tanto de si mesmo, quanto do seu semelhante,
como do meio no qual se encontra inserido;
sob pena de viver sem condições
de buscar e achar,
de fato, o seu espaço no meio em que vive,
e muito menos conceber
a Razão de Nossa Existência.

A razão não se recusa a aceitar


a teoria de que
o Ser Humano tem o dever moral
de fazer com que seus
sentimentos, pensamentos e atos,
enfim, suas realizações,
sejam, expressem e/ou se convertam
em Lei Universal.

É provadamente verdadeiro
a teoria de que
o Ser Humano é um ser que foi projetado
para sentir, pensar e agir, concomitantemente;
a sua beleza, riqueza e significação
está na sua diversidade criadora;
e a sua criatividade
está na sua unidade geradora.

1 A Grande Obra da Criação Natural, na proporção que vai sendo razoavelmente


observada e estudada, pelo gênero humano, ainda que num mínimo de considerações,
deixa-nos clara a idéia de que a ação de criar, ou melhor, a criatividade, é muito mais que
uma obra do acaso; bem como muito mais do que um simples exercício da faculdade da
imaginação humana; ou ainda, muito mais do que um simples lampejo subjetivo da
mesma. E isso deve ser suficiente para ser sustentada a idéia de que é preciso criar, se
assim podemos dizer, espaços, tempos e movimentos para o pensamento criativo do Ser
Humano, considerando, inclusive, a razão de sua existência. É preciso prevenir, prever e
prover as suas fases de latência, despertamento e expansão. É preciso motivar,
encorajar e instrumentar o pensar dele, até o seu bel realizar. É preciso proporcionar
novas justificativas, novos fundamentos e novas fontes geradoras de idéias simples,
originais e inéditas. É preciso despertar, construir e/ou desenvolver, dentre outras
qualidades, a do senso científico construtivo ou criativo. Bem como é preciso, também,
impor, propor e dispor a aquisição do conhecimento respectivo de todas às suas áreas.
Daí porque a criatividade, pois o nosso envolvimento com ela, nos leva a despertar,
construir e/ou desenvolver a nossa autonomia; a nossa independência interna; bem como
a nossa autoconfiança; tempo em que nos estimula a despertar, construir e/ou
desenvolver nossas aptidões, tais como: a de conhecer; a de autoconhecer; e a de
autorrealizar; portanto, nossas características individuais; os nossos limites; bem como
nossa razão de existir.
2 Considerando o que acima é citado, a razão não se recusa a aceitar a teoria de que todo
Ser Humano tem o dever moral de ser criativo, isto é, o de, também, favorecer o
despertamento, a construção e/ou o desenvolvimento da energia potencial criadora, tanto
102

sua, quanto do seu semelhante, para os devidos fins. Até porque, primeiro: o Ser
Humano não se autocriou, mas, tão logo, usará da sua capacidade de pensar, de desejar,
bem como de sua inteligência e descobrirá que foi projetado para, concomitantemente,
sentir, pensar e agir, para realizar, inclusive, a Razão de Sua Existência. Segundo: é fato
que no Universo nada vive no isolamento; tudo são relações, que nada mais são do que
ajuda mútua. E terceiro: é, no mínimo, por esses motivos que devemos realizar isso, de
forma cada vez mais voluntária, consciente e ciente. Daí porque muito importa sabermos
escolher bem entre os ambientes onde, ao mesmo tempo, seja facilitado àqueles que
desejam ensinar e àqueles que necessitam aprender. Isto porque, educar-se, por
exemplo, é uma necessidade. Para tanto, deve ser favorecido o processo de ensino,
aprendizado e sentimento que, embora perene, não seja imutável. Pois é deveras claro o
fato de que o aprendizado e o sentimento se complementam; o aprendizado é
conhecimento público; e o sentimento é conhecimento privado. É também claro o fato de
que a avaliação verdadeira é aquela que prima pelo método de ensino que facilita o
aprendizado e sentimento; é aquela que prima pelos que estão prontos para aprender,
mas não desejam, não necessitam e não exigem facilidades, tampouco dependem de ser
ensinados, mas sim, de ser bem orientados e bem conduzidos. Sob pena de vivermos
criando mais problemas para todos nós, ou manter e ampliar os problemas existentes.
3 Se bem observada, a Grande Obra do Divino Arquiteto, Construtor e Condutor do
Universo, onde se insere, tanto a Obra Universo, quanto a Obra Planeta, como a Obra
Homem, dá-nos uma demonstração factual de que criar envolve, no mínimo, aptidões,
conhecimentos, habilidades, talento, sabedoria etc., por parte do Criador. E, se quisermos
suscitar no Ser Humano, ela exige, no mínimo, querer, saber e poder. Afinal, o querer só
pode ser considerado como poder, quando se tem o saber respectivo significativo como
coadjuvante para esta, aquela ou aquela outra realização. A evolução é prova cabal de
que o Ser Humano vive evoluindo da ignorância para o poder; e deste para a plenitude.
Todavia, Ser Humano algum vive sem o saber, ou seja, sem o conhecimento; portanto,
sem poder. E o poder, por ser inevitável, deve ser sempre buscado, mas não deve ser
ignorado, esquecido e/ou inobservado o fato de que a finalidade do poder é o bem
comum. Assim, o que importa ao Ser Humano não é só o saber, mas o saber e o sentir,
porquanto o que nos eleva como Seres Humanos, e porque não dizer, a Deus, não é só o
que sabemos, mas o que sabemos e sentimos. Portanto, é necessário ao Ser Humano,
cada vez mais, saber o que sente, para sentir o que sabe, sob pena dele viver amando o
que na realidade repele, e querendo o que na realidade não deseja ou não necessita.
4 Deixar de notar a demonstração factual da criatividade do Princípio Criador - ou outra
definição que queira se dar à Origem Causal de todas as coisas - cuja conduta dos
corpos celestes da Obra Universo denuncia, através do que indica, por exemplo, o nosso
sistema solar em seu equilíbrio dinâmico, é postura que, no mínimo, a razão se recusa a
aceitar, porquanto, é Lei Natural que toda parte de um organismo vivo, existe e funciona
em razão do Todo. Portanto o Todo é mais do que o conjunto das partes que nele se
fundem. E, embora o Todo seja mais do que o somatório das partes, a parte é, em si
mesma, uma Totalidade. Não é preciso muita análise para entendermos que o Todo sem
a parte não é Todo, e a parte sem o Todo não é parte. O Todo em parte, demonstra no
Todo as partes que é e tem, e aquele Ser Humano que, em si mesmo, as partes do Todo
reconhece, ao agir, demonstra no Todo as partes do Todo que é e tem. De uma outra
forma considerada, geralmente a Arte denuncia o Artista; a Obra denuncia o Autor; enfim,
a criação denuncia o Criador. E, ainda, geralmente os Filhos são um reflexo dos Pais;
eles os imitam e/ou os reproduzem. Isso prova o fato de que a humanidade é, também,
elemento não só receptor, mas também gerador e transmissor do conhecimento.
5 Daí, considerando a nossa razão de existir, a importância de nos tornarmos e/ou nos
mantermos, cada vez mais, criativos. Porquanto, isto nos torna, cada vez mais,
103

autônomos, autênticos e autoconfiantes, a ponto de atingir aquela autodisciplina que


nos estimula, motiva e impulsiona a conhecer nossas características individuais
principais, pois somos seres humanos, seres sencientes, seres racionais; e um dos
maiores legados da razão é autonomia. Contudo, é provadamente verdadeira, a teoria de
que a Realidade exige ser compreendida, para tanto, a razão não é o bastante. E
também a compreensão disso nos impulsiona ao despertamento, construção e/ou
desenvolvimento daquele nosso potencial humano que importa, pois o Ser Humano não é
apenas o conjunto de átomos, células e músculos. E o processo voluntário, consciente e
ciente de despertar, construir e/ou desenvolver a nossa potência latente nos faz conhecer
os nossos próprios limites, pois quem conhece seus limites conhece sua força. Portanto o
ato de criar é de importância capital ser despertado, moralizado e socializado, ele que
advém daquele processo de integração humana que promove as reformas, mudança e/ou
transformação indispensáveis ao despertamento, construção e/ou desenvolvimento na
organização do viver subjetivo do gênero humano.
6 De um Ser Humano criativo, não é difícil ser observada e verificada: a beleza, a riqueza e
a significação de seus propósitos; a paciência, a persistência e a inteligência de suas
metas, suas estratégias e suas logísticas; a exatidão, a originalidade e o ineditismo de
seus métodos; a qualidade, a quantidade e a clareza de seus recursos; bem como a
vastidão, simplicidade e profundidade de suas fontes. Portanto, a clareza, precisão e
intensidade das razões que o levam, como gênero humano, a enfrentar, vencer e superar
as dificuldades do seu viver, tanto individual, quanto coletivo, considerando a razão de
existência do gênero humano.
7 É do conhecimento de todos que o equilíbrio dinâmico que a conduta dos corpos celestes
de um sistema solar denuncia, implica e indica uma certa Moralidade Universal que nos
orienta, evidenciando, dentre a infinita diversidade de valores, o fato de que no Universo,
esse imenso organismo vivo, nada vive isolado; e que tudo são relações; bem como o
fato de que os corpos agem e interagem, entre si, com precisão e uniformidade infalíveis
cujo seu equilíbrio dinâmico, factualmente demonstra. Por outro lado, e relacionando tal
Moralidade com o Ser Humano, é notório o fato de que a vida não pode deixar de ser
compreendida; e a primeira e última, enfim, a única atividade meio que é naturalmente
dada ao Ser Humano para compreender a sua atividade fim, é o viver; este que nada
mais é do que ação nas relações. E ainda, por outro lado, um outro fato concomitante: o
de que o equilíbrio que o Ser Humano deve procurar atingir não é o que tenta produzir a
imobilidade, mas sim o que mantém o movimento; pois o movimento prova a vida; esta
que é evolução; que é progresso e não a pretensa estagnação. Tudo isso são valores
provadamente irrefutáveis e, porque não dizer, são códigos perenes e imutáveis de Leis
Divinas, de Leis Universais, enfim, de Leis Naturais que regem o Universo.
8 Daí por que podemos afirmar o fato de que o Ser Humano pode abreviar a sua evolução.
Para tanto, deve de forma voluntária, consciente e ciente, lançar mão da Moralidade
Universal que a conduta dos corpos celestes denuncia; e não da Moralidade religiosa que
fora criada, instituída e mantida pelas religiões ditas ou tidas como oficiais, ainda que
saibamos que no Universo nada se perde, e tudo se transforme, aprimore e evolui,
adquirindo, no mínimo, vontade, consciência e ciência do seu Princípio Criador, pois nada
é nada, veio do nada e ao nada voltará. Mas se a busca é a evolução abreviada, então
abrir mão da moral, ética e estética Universal implica em contradição. Isto porque, a
própria razão não se recusa a aceitar, como provadamente verdadeira, a teoria de que o
Ser Humano necessita de moral, de ética e de estética, mas elevadas. Necessita de
Moral Elevada, porquanto sofre; se sofre é porque está fazendo o incorreto; e isso implica
a existência do correto. Ora, se existe o correto e o incorreto, então existe a necessidade
da Moral. Necessita de Ética Elevada, porque os nossos interesses devem ser comum a
todos, e não particulares. Assim, os interesses particulares devem ceder espaço para os
104

interesses gerais; afinal, nada vive no isolamento absoluto; tudo vive


inextrincavelmente relacionado; pois tudo são relações, que nada mais são do que ajuda
mútua. E necessita de Estética Elevada, porque o Ser Humano tem o dever moral de
atingir grau cada vez mais significativo de sabedoria e de força, isto é, grau significativo
de moral e de ética, mas não deve deixar de ter beleza, isto é, grau significativo de
estética, em nossas ações.
9 Pois bem, ainda considerando o assunto criatividade, dentre outros fatos insofismáveis
que caracterizam “o criar”, incluem-se: não existir efeito sem causa ou causa sem efeito;
criatura sem Criador ou Criador sem criatura; objeto sem objetivo ou objetivo sem objeto;
obra inteligente sem criador inteligente ou criador inteligente sem obra inteligente; efeito
inteligente sem causa inteligente ou causa inteligente sem efeito inteligente; causa
inteligente sem origem inteligente ou origem inteligente sem causa inteligente; ação sem
reação ou reação sem ação; inteligência sem forma ou forma sem inteligência; bem como
criação sem Criador ou Criador sem criação etc. O que nos faz concluir que criar, senão
significa, no mínimo, implica e indica um complexo relacionamento de valores, de
elementos, enfim, de códigos de Leis Naturais que, interessante, instigante e
inteligentemente interligados, agem e interagem, favorecendo a realização desta, daquela
ou daquela outra Obra que, enquanto não estudadas, são, pelos incompreensivos, senão
tidas como duvidosas, ditas como inexistentes, porquanto, senão como pouco
inteligentes, como tolos, eles preferem somente crer, senão naquilo que podem pegar e
ver, em tudo aquilo que eles consideram como o todo para sua fé e o nada para sua
razão, ou o toda para a sua razão e o nada para a sua fé.
10 Assim, afeita ao fato de Criar, da Onda da Criação, e/ou algo que equivalha, dentre a
diversidade de Leis Naturais que regem o Universo, pode-se considerar inserida a Lei de
Criatividade.
11 Segundo aquilo que sustentamos, esta Lei, em função de suas realizações, quando, por
exemplo, manifestada no Ser Humano, não só como potencial latente, mas como
potencial despertado, construído e/ou desenvolvido, não só estabelece, mas, também,
indica a existência de aptidões que aqui e agora, caracterizaremos como: Qualidades
Natas, Faculdades Inatas e Forças em Domínio, respectivas entre si. Senão vejamos.
Dentre a diversidade de Qualidades Natas do Ser Humano incluem-se as de: sentir,
querer, pensar, reconhecer, ousar, raciocinar e realizar. Dentre a diversidade de
Faculdades Inatas incluem-se as da: necessidade, vontade, imaginação, inteligência,
verdade, consciência e ciência. E, ainda, dentre a diversidade de Forças em Domínio
incluem-se as de: reflexão, concentração, meditação, vibração, percepção, contemplação
e exaltação. Aptidões estas que dão ao Ser Humano características, tais como:
espontaneidade, inspiração, afeição, intuição, admiração, esforço desmedido, ação
imensurada, paciência etc. No entanto, na Natureza, esta mesma Lei implica na
cumplicidade de outras Leis Naturais, tais como: a Lei de Atração e Repulsão, a Lei de
Coesão e Afinidade, a Lei de Equilíbrio, a Lei de Necessidade etc.
12 O exercício daquilo que implica, indica e/ou orienta a Lei de Criatividade, nos oportuniza
experimentar, por exemplo, que a importância do saber criar é, de fato, imprescindível
nos nossos afazeres, principalmente diários, porquanto, a vida exige ser compreendida.
Para tanto, para os devidos fins, todo o tempo, o espaço e o movimento de nosso viver,
somos contundentemente desafiados, pois, o que temos em nós da Unidade, embora não
desejemos, somos levados a perder e, ao mesmo tempo, resgatar, pela adversidade.
Seja no campo pessoal, quando das relações de nós para conosco e para com os nossos
semelhantes, tanto próximos, quanto distantes. Seja no campo profissional, quando das
relações de nós para com o meio produtivo que construímos e no qual, artificialmente,
somos adequados e/ou nos inserimos. E seja no campo espiritual, quando das relações
de nós para com o meio que nos constrói e no qual, naturalmente, somos inseridos.
105

Contudo, deve ser levado em conta o fato de que ela, a criatividade, é uma produção
sempre simples, original e inédita - portanto nova - diretamente proporcional ao produto
da integração do sentir, pensar e agir do Ser Humano, pela produção de seus
semelhantes somada à produção da natureza e os desafios do viver cotidiano do gênero
humano.
13 A busca da Moralidade, ou seja, do conhecimento acerca “do porquê, “do como”, “do
quando” e “do com quê” fora construído este Universo; e ainda de como ele funciona,
enfim, do todo da sua criação, para que possamos usá-lo como referencial para as
nossas realizações, representado, seja pelo nosso sistema solar, como se fosse a sua
forma macroscópica, seja pelo átomo, como se fosse a sua forma microscópica, é a
maior pretensão de todos nós, mas, muito mais particularmente da ciência, esta
esforçada amiga que incansavelmente empreende paciente, persistente e
inteligentemente, acerca de tal realização. Pode-se concluir que a Moralidade do
Universo caracterizada pelo equilíbrio dinâmico que a conduta dos corpos celestes
denuncia, está afeita, para alguns, segundo o conhecimento de matéria, de movimento,
de tempo e de espaço plano. Dizem eles que os corpos são atraídos para o centro do
sistema do qual está em relação. Eles evidenciam que, a matéria atrai a matéria na razão
direta de suas massas, e na razão inversa do quadrado da distância que as separa. Isso
que demonstra a Lei de Atração e Repulsão. Para outros, mais atualmente, tal
Moralidade está diretamente ligada ao conhecimento de matéria, de movimento, de
tempo, de espaço curvo, e de energia. Evidenciam, estes, que a energia e matéria se
relacionam diretamente, num espaço curvo; e com a participação de um elemento novo: a
velocidade; e, para ser mais preciso, a velocidade da luz. Indicam ainda estes, que os
corpos não são atraídos para o centro do sistema do qual estão em relação, mas sim
tendem a seguir caminhos por onde exista menor resistência. Dizem-nos, eles, que a
energia é diretamente proporcional ao produto da matéria pelo quadrado da velocidade
da Luz. Isso que demonstra a Lei de Relatividade. O que nos proporciona considerar que,
possivelmente, dia virá que provavelmente melhor entenderemos, tal Moralidade, ou
melhor, tal “Mecânica Celeste”, levando em conta mais um elemento no todo de sua
construção ou de sua criação, se assim podemos dizer: a Não Resistência; esta que
demonstrará, se assim podemos considerar, a Lei de Imutabilidade, que evidencia o fato
de que no Universo tudo é energia.
14 Daí, a evolução do pensamento humano. Antes o fato era, matéria atrai matéria;
atualmente o fato é, energia e matéria se relacionam, e num futuro tão breve que a
necessidade exija e a razão justifique, o fato será, no Universo tudo é energia. Pois bem,
isso vem nos indicando que, quanto menos resistência, mais simplicidade; quanto menos
complexidade, e/ou algo que equivalha, mais fácil é a realização.
15 Não é novidade se dizer que, geralmente, a criatura humana cria a partir como se do
nada. Elas são tão realizadoras quanto mais vazias, livres e velozes são. São tão
engenhosas quanto mais esforçadas desmedidamente são. Enfim, que a inspiração dos
ditos e tidos como criativos advém de seu próprio ser, mas de uma região, e, porque não
dizer, de uma dimensão desconhecida. Já se considera e valora, até mesmo, a região do
hemisfério direito do cérebro humano, este que afirmam estar diretamente relacionado
com aquelas aptidões, aqui antes citadas, e mais especificamente: a intuição. Isto,
definitivamente, significa avanço à totalidade do Ser Humano, enfim, da busca ao Ser
humano Integral; e porque não dizer, ao Ser Humano, segundo as Leis Naturais que
regem o Universo. Isto porque, no Universo tudo são Leis; dentro delas tudo é bem,
porém fora das mesmas nada é claro, definitivo ou seguro. Portanto, as instituições de
ensino e pesquisa, por exemplo, devem seguir produzindo e transmitindo o
conhecimento, mas não como um fim de processo, e sim como um meio de ação para
que se possa atingir até a autorrealização do gênero humano. Assim, somente atos
106

criativos ensinam para a criatividade. Isso que pressupõe, por um lado a proposição de
atividades criativas, e, por outro lado, o comportamento que se abstém da idéia de que
ser criativo é genético. O ato de criar é também a demonstração factual de um produto
novo; mérito da lucidez de um Ser Indiviso, advindo, tanto da interação do sentir, pensar
e agir dele, quanto das suas experiências e das experiências de outros indivíduos, bem
como das circunstâncias de suas vidas.
16 O fato de que o Ser Humano, quando não descrente de si mesmo, tem a capacidade de
suplantar, superar e/ou solucionar todo e qualquer problema, bem como a de bem
administrar toda e qualquer situação e/ou circunstância de seu viver, está diretamente
ligado a um outro fato: o de que está na natureza, tudo que implica, indica e orienta a Lei
de Criatividade; não só como uma possibilidade, mas também como uma disponibilidade.
Basta ao Ser Humano pesquisar e analisar até compreender, e praticar para sentir, a
ponto de viver evoluindo abreviadamente; enfim, sentindo o que sabe, e sabendo o que
sente. Bom que se rediga. Portanto, se a educação é criativista, por exemplo, então ela
não se absterá de favorecer, como se fosse a derradeira oportunidade, o despertamento,
a construção e/ou o desenvolvimento do potencial criativo, inclusive, das crianças, desde
a mais tenra idade, em todas as áreas do conhecimento, temas e assuntos. Tempo em
que demonstra o valor do pensamento como um todo, seja lógico, analógico, racional,
transcendental etc. Contanto que prime, tanto pelo ensino do conhecimento existente,
quanto da produção de novos conhecimentos. Afinal, por um lado, Ser Humano algum
vive sem o saber, enfim, sem o conhecimento; e por outro lado, todo conhecimento é
bom, pois se velho, confirma o existente; e se novo, o melhora. Isso não significa que
devemos valorar o conhecimento velho como algo que mais importe. Contudo, não
devemos excluí-lo de nossas relações como algo obscuro, indesejável ou dispensável,
tampouco incluí-lo como algo claro, desejável ou indispensável, caso se esteja em
relação com o mesmo, até porque, manda a razão dar tempo e atenção a todos as
coisas, pois tudo tem uma razão de existir.
17 Cifrada, a educação criativa tem por fim lembrar ao Ser Humano para o quê ele foi
projetado, porquanto ele não se autocriou e tem como qualidades, também, o pensar, o
desejar e o inteligir. Tal forma de educar leva em conta que ele é um Ser que sente,
pensa e age, concomitantemente. Portanto deve viver, cada vez mais, integrando seus
sentimentos, pensamentos e ações num só ato de integração, até porque ele, o Ser
Humano, foi projetado para tal. Bom que se rediga. É racional a idéia de que existem
muito mais mistérios entre o céu e a terra do que pensa a nossa vã filosofia; contudo,
parece-nos não existir tantos mistérios no nosso agir e pensar, como existe no nosso
sentir. Daí a importância de vivermos exercitando não só o saber, mas também o sentir.
Enfim, procurar, cada vez mais, sabermos o que sentimos, para cada vez mais sentir o
que sabemos, e vice-versa. Portanto, o estilo de atuar do Ser Humano precisa, cada vez
mais, se aproximar daquilo que pode ser caracterizado de Ato Criativo, pois este nos leva
a, pelo menos, elogiar ao Principio Criador, imitando-O, ainda que à nossa medida. Isto
porque, todo filho tende a ser, também, pai. Contudo, a melhor forma de elogiar é
imitando. Assim, em nossa jornada da relatividade à Absolutividade; da mutabilidade à
Imutabilidade; enfim, da fragmentação à Totalidade, somos, inevitavelmente, levados a
nos tornar sensíveis e receptivos a reformas, mudanças e transformações, tanto nossas,
quanto do meio no qual vivemos, a fim de nos identificar com tal Princípio; porquanto, a
evolução, que é inegável, inevitável e autossustentável, evidencia e prova que
absolutamente tudo parte para o ambiente de onde tudo parte. E são exatamente os Atos
Criativos que nos contemplam com aquela percepção criadora que nos capacita saber
fazer novas reflexões, novas análises, novas comparações, novas analogias e novas
associações, para melhor conceituar, significar e integrar idéias, fenômenos e objetos,
bem como saber manipulá-los com o fim de despertar, construir e/ou desenvolver nossa
inteligência, para os devidos fins, pois estamos fadados à libertação.
107

18 É provadamente verdadeira a teoria de que a Criatividade não é uma invenção


humana. Não é uma opção, senão compreendida como Lei Natural, mas uma aptidão.
Ela pode ser considerada como sendo o processo de reforma, mudança e/ou
transformação, portanto evolutivo, inclusive, da vida humana, que advém de sua parte
subjetiva e demonstra-se em sua parte objetiva. Ela faculta realmente ao Ser Humano,
quanto à realização e, porque não dizer, à autorrealização. Ela não é uma simples
opinião, uma falsa teoria ou uma indicação esporádica; e nada tem a ver com entropias.
Ela é um processo de construir idéias, teorias ou hipóteses; é ela que testa e contesta
absolutamente tudo, a fim de demonstrá-las como algo original, simples e inédito.
Portanto, ela não é um capricho humano, tampouco somente uma construção humana,
muito pelo contrário, ela é uma Lei Natural que faculta ao Ser Humano o fato de querer,
saber e poder realizar aquilo que necessite ou deseje, independentemente dos ditames
do seu sentimento. Ainda que muito importe considerar que ele deva fazê-lo, cada vez
mais, de acordo com o que a necessidade exige e a razão justifica, em função da
Finalidade da Obra Homem sobre a Obra Planeta, em razão do equilíbrio dinâmico da
Obra Universo em sua eterna expansão.
Realizações das Leis Universais

79 ENERGIAS I
1 A ciência oficial já descobriu várias formas de energia no decorrer de longos anos,
através de pesquisas permanentes, chegando a atingir alguns objetivos para proporcionar
o bem estar da humanidade.
2 Já é reconhecido que os geradores têm a capacidade de transformar certos tipos de
energias, tais como: Mecânica, Térmica, Química e outras em Energia Elétrica, esta que
relaciona a massa de um corpo em movimento com o quadrado de sua velocidade.
3 Quando certas reações se processam em núcleos de átomos, é verificado que a massa
final dos produtos da reação é menor que a massa inicial dos reagentes, o que nos
permite concluir que existe uma relação entre energia e matéria.
4 No campo da ciência oficial, podemos conceituar a energia como a capacidade que
possui um sistema de gerar uma força em função das transformações produzidas pelo
trabalho.
5 No âmbito da ciência espiritual, o pensamento age como uma energia que ao penetrar no
Plexo Frontal alcança a mente, sendo transformado em trabalho que posteriormente vem
gerar uma força. De modo que, não é só por meios artificiais que podemos captar as
energias, existindo a possibilidade de sua utilização por nossa mente.
6 Em cada centro de força que o Ser Humano possui ocorre a manifestação de uma
modalidade de energia, ou seja: no Chacra Coronário manifestam-se as energias
inteligentes; no Plexo Frontal ocorre a emissão e recepção das energias mentais; no
Plexo Braquial manifestam-se as energias do Prana, este que dá vitalidade, força e
equilíbrio à matéria e que se constitui no ar que respiramos; no Plexo Cardíaco
manifestam-se as energias da vontade; no Chacra Umbilical ocorre a energia de onda de
vida; o Chacra Sagrado possui as energias da procriação e o Plexo Hipogástrico é o local
onde ocorre a manifestação das energias do Apas.
7 Existem ainda as energias vital e potencial. A energia vital é aquela que o Ser Humano
recebe para equilibrar o seu Corpo Físico e a energia potencial é aquela proporcionada
ao Ser Humano para que ele promova suas ações; essa energia é arremessada através
do pensamento, cuja elaboração se processa no laboratório da mente.
8 O estudo da teoria deve ser sempre precedido da prática, para se avaliar o que foi
aprendido. Por exemplo: quando se pretende determinar qual a enfermidade que certa
pessoa apresenta, é necessário que o curador, antes de iniciar o trabalho, desenvolva
108

sua mente, para que o objetivo da concentração seja o mesmo do início ao fim. Isto
equivale dizer que o pensamento não deve ser voltado para outros fins que não seja
aquele pretendido, além do mais se o molde, ou seja, aquilo que o Ser Humano pretende
realizar não contiver os elementos do objeto pensado, não pode haver realização.
9 O Ser Humano possui o livre arbítrio para agir da maneira que melhor lhe convier, porém,
se ele age fora da necessidade, ocorrerá uma atração para seu Perispírito (ponto para
onde se convergem as energias para o equilíbrio da matéria) das formas que a razão não
justifica e que, em consequência, lhe trarão a decepção e a dor.
10 O equilíbrio do Corpo Físico de certas Almas encarnadas, quando solicitam ajuda para
cura de suas enfermidades, pode ser conseguido pela aplicação de Prana que, sendo
uma energia vital, oferece elementos para o restabelecimento do centro esgotado, sendo
que o resultado deste trabalho está diretamente ligado ao aperfeiçoamento da matéria,
isto em função da capacidade que ela possui de captar ou transmitir estas energias.
11 Muitas vezes, o Ser Humano desiste de alcançar seu objetivo apenas porque não soube
persistir, julgando-se impotente para a realização de sua obra, isto porque a sua vontade
não foi caracterizada por uma determinação de ação, vindo, deste modo, a se verificar
uma maior aglomeração de energias nos seus centros. Mas, se ele usar seu esforço com
persistência e inteligência, haverá uma maior sensibilidade nestes mesmos centros e, em
consequência, se identificará com as substâncias quintessenciadas que circulam em
torno de si.

80 ENERGIAS II
1 A ciência oficial já descobriu várias formas de energias no decorrer de longos anos,
através de pesquisas permanentes, chegando a atingir alguns objetivos para proporcionar
o bem estar da humanidade.
2 Já é reconhecido que os geradores têm a capacidade de transformar certos tipos de
energias, como sejam: Mecânica, Térmica, Química e outras em energia elétrica.
3 Quando certas reações se processam em núcleos de átomos é verificado que a massa
final dos produtos da reação é menor que a massa inicial dos reagentes, o que nos
permite concluir que existe uma estreita relação entre energia e matéria.
4 A ciência oficial conceitua a energia como a capacidade que possui um sistema de gerar
uma força em função das transformações produzidas pelo trabalho.
5 O pensamento também age como uma energia que, ao penetrar no Plexo Frontal,
alcança a mente e transforma-se em trabalho, gerando, em consequência, uma força.
6 A energia pode ser captada, também, pelo Ser Humano consciente através de sua
mente, isto porque em torno de seu corpo existem as energias condensadoras dos
Reinos Mineral, Vegetal e Animal.
7 O pensamento pode ser considerado como um corpo vivo, cuja formação se processa
pela combinação ativa da matéria astral com a força mental do Ser Humano ou ser
vivente.
8 Em cada centro de força ou Plexo que o Ser Humano possui, ocorre a manifestação com
predominância de uma modalidade de energia, isto é: no Chacra Coronário ocorre a
manifestação das energias inteligentes; no Plexo Frontal ocorre a emissão e recepção
das energias mentais ou imaginárias; no Plexo Braquial manifestam-se as energias do
Prana, estas que dão vitalidade, força e equilíbrio à matéria; no Plexo Cardíaco
manifestam-se as energias da vontade; no Chacra Umbilical ocorre a energia de onda de
vida; o Chacra Sagrado possui a energia da procriação e no Plexo Hipogástrico ocorre a
manifestação das energias do Apas.
109

9 Existem, ainda, as energias vital e potencial. A energia vital é aquela em que o Ser
Humano recebe para equilibrar o seu Corpo Físico e a energia potencial é aquela
transmitida ao Ser Humano para que ele promova suas realizações através de sua
mente, que cria um molde, captando as substâncias contidas na Natureza, sendo que
esta matéria prima é conseguida quando ele se utiliza das energias de sua vontade.
10 O estudo da teoria deve ser sempre precedido da prática para que se possa avaliar o que
fora aprendido.
11 O Corpo Físico, quando em plena atividade, capta através de seus Plexos e Chacras as
energias contidas na Natureza, sendo este o motivo pelo qual os órgãos permanecem em
perfeito funcionamento, isto porque os centros operam como receptores e transmissores
das energias.
12 Quando ocorre o desencarne da Alma, esta sente, levando-se em consideração o seu
grau de espiritualização, todas as impressões e prazeres que a matéria sentia quando
encarnada, sendo que, neste estado, suas emoções são realizadas pelo Chacra Umbilical
e se refletem no Chacra Coronário, ficando gravado, na parte mental da Alma, o grau de
emoção ou sensação, estas que mantêm o perispírito intacto, permanecendo até que a
Alma tenha conhecimento de que já desencarnara, usando de sua boa vontade e
arrependimento para, assim, conseguir libertar-se destas impressões.
13 A obsessão se caracteriza quando um Ser Humano muda de comportamento em espaços
de tempos variáveis, a depender do seu desejo intencional e da vontade da entidade
obsessora.
14 A obsessão é uma perseguição que um desencarnado exerce sobre um encarnado
através do pensamento.
15 A dupla personalidade é um estado em que o Ser Humano muda de comportamento a
todo instante, isto porque a entidade obsessora liga-se nos Chacras Umbilical e
Coronário do obsedado, ocorrendo realizações conjuntas entre os dois.
16 A retirada destas Almas desencarnadas pode ser processada de várias maneiras:
1º) Pela sugestão nas reuniões doutrinárias;
2º) Pela emissão de energias nos Chacras umbilical e coronário;
3º) Com o auxílio dos irmãos desencarnados e conscientes através dos médiuns.
17 Quando se pretende transmitir energias a um irmão necessitado, é importante e
fundamental que o curador faça, em primeiro lugar, um estudo sobre si próprio, a fim de
localizar suas imperfeições de modo que estas não venham a interferir no diagnóstico do
enfermo. Citamos, por exemplo, o caso de um paciente que padece de fortes dores de
cabeça: o emissor das energias poderá sentir dores na região lombar. Isto evidencia que
a causa da dor tem relação com o Plexo Hipogástrico e não com o Coronário, sendo
então necessário transmitir energias nesse Plexo.
18 Os casos de interferências espirituais, de obsessões e dupla personalidade, devem ser
tratados por doutrinas, com sugestões seguras e conscientes, aplicando energias no
Chacra Coronário do paciente a fim de que todas as impressões sejam destruídas
completamente, sendo verificado bom aproveitamento nos casos de simples obsessão.
Os argumentos a serem emitidos pelo doutrinador devem consistir numa corrente de
pensamentos contrários ao estado de perturbação mental do obsessor, afirmando, por
exemplo, que a entidade já foi conduzida para o destino que a sua enfermidade exige,
quer seja para as enfermarias ou escolas do Astral.
19 Nos casos de dupla personalidade, em que a entidade obsessora se liga, também, ao
Chacra Umbilical, o tratamento requer a administração de energias, neste último e no
Chacra Coronário, a fim de promover a retirada da mesma.
110

20 O Prana é uma energia que pode ser administrada na maioria das enfermidades do
Corpo Físico porque, sendo de natureza vital, oferece elementos para o restabelecimento
do centro esgotado, sendo que o resultado deste trabalho está diretamente ligado ao
aperfeiçoamento da matéria quando possui a capacidade de captar ou transmitir estas
energias.
21 Para que o aprendiz desenvolva um trabalho consciente nas reuniões de desobsessão, é
importante que ele desenvolva sua mente, exercitando-a diariamente com a prática da
meditação, a fim de que, no momento em que ele se concentrar diante de um enfermo, a
sua vibração seja dirigida apenas para o paciente e, desse modo, identificar se a
enfermidade é proporcionada por esgotamento das energias contidas nos Plexos,
efetuado por entidades, ou se o paciente está prestes a desencarnar.
22 No primeiro caso, o curador poderá sentir, entre outros sintomas, uma espécie de
cansaço característico da doação exagerada de energias e, no segundo caso, o aprendiz
sentirá uma espécie de tontura ou vertigem, sendo necessária a interrupção das
vibrações quando forem identificadas as causas.
23 A energia do pensamento produz a energia que dá vida às formas mentais e estas são
conseguidas quando as energias pensantes estão ligadas às energias imaginárias, isto é,
quando a mente está ligada ao Plexo Frontal.
24 As energias conscientes são verificadas quando as energias pensantes estão em
conexão com as energias inteligentes, ou seja, quando a mente se liga ao Chacra
Coronário.
25 Esta mesma energia consciente, quando ligada à energia imaginária, produz a energia da
vontade, ou seja, quando se liga a mente ao Chacra Coronário e Frontal.
26 Para que o Ser Humano manipule, conscientemente, estas energias, é necessário que
ele identifique sua natureza interna com a natureza externa, eduque seu pensamento e
domine a sua mente pela meditação com sua Alma.

81 ENERGIA E MATÉRIA
1 É necessário que se compreenda que a ciência oficial já descobriu em suas pesquisas
alguns objetivos concretos para o bem estar da humanidade.
2 O Ser Humano entende que a energia é a capacidade que possui um sistema de gerar
uma força em função do trabalho produzido, sendo que no processamento das reações
nucleares entre átomos é verificado que o produto final da reação é menor que a massa
inicial dos reagentes, o que nos proporciona afirmar a existência de uma relação entre
energia e matéria. A energia pode ser captada tanto artificialmente como através de
nossa câmara mental.
3 Em cada centro de força ocorre a manifestação de uma energia diferente: no Chacra
coronário manifestam-se as energias da inteligência, no Plexo frontal ocorre a emissão
das energias mentais, no Plexo braquial estão manifestadas as energias do Prana, no
Plexo cardíaco manifestam-se as energias da vontade, no Chacra umbilical ocorre a
energia de onda de vida, o Chacra sagrado possui a energia da procriação e no Plexo
Hipogástrico estão localizadas as energias do Apas.
4 Tudo no Universo é ciência. Tudo no Universo é Lei. As energias constituem os
elementos, dando-lhes formas, existindo a energia que domina a matéria orgânica e a
energia que domina a matéria inorgânica.
5 O Ser Humano pode dirigir sua mente para onde quiser, sendo que esta energia o
impulsiona para o lugar desejado. Uma entidade pode tomar uma forma palpável, e para
tanto é necessário que ela retire do Ser Humano o seu ectoplasma, e com a sua mente
tome a forma que deseje, ligando a esta forma a energia condensadora da matéria
orgânica. E a entidade aparece como qualquer ser encarnado.
111

6 Tudo deve ser sintetizado da forma como a Natureza oferece, entretanto o Ser
Humano tudo apouca, transforma e divide, formando estudos sem bases e sem
argumentos, chegando a afirmar que não entende aquilo que sabe porque não
compreende aquilo que sabe como se fosse real.

82 MATÉRIA E MOLÉCULA
1 Quando os Seres Humanos que representam a ciência oficial se afastarem das
diversidades de teorias que os deixam vaidosos e cada vez mais ignorantes, poderiam
eles chegar a uma conclusão de que existem éteres que formam os átomos e estes
formam as moléculas, que permanecem unidas umas às outras pela força de coesão.
2 A matéria forma, ainda, minúsculas partículas chamadas de átomos. O hidrogênio possui
dez elementos, sendo 5 (cinco) nos prótons e 5 (cinco) nos nêutrons, portanto este
hidrogênio é considerado como uma molécula.
3 A evolução da matéria, parte do elemento mais pesado, denominado de formigênio, e
chega até o hidrogênio.
4 Na Natureza, por exemplo, vemos minerais com pequenas dimensões, mas com peso
admirável, e vemos também outros materiais com grandes volumes, contudo leves,
porém o Ser Humano não conseguiu ainda diminuir nem aumentar as dimensões da
matéria, sem aumento ou diminuição do peso. Assim uma pessoa de 1,80 m de altura,
poderia ser reduzida para 1,20 m com o mesmo peso, e uma criança de 60 cm de altura e
10 quilos de peso, poderia ser aumentado para 1,20 m de altura com o mesmo peso.
5 As grandes montanhas que existem hoje em nosso globo, partiram exatamente do grão
de areia.
6 Tudo o que é criado está sujeito a transformações, de modo que o átomo forma a
molécula, e esta se transforma nas substâncias, que ao se desintegrarem voltam a um
estado mais quintessenciado dando lugar às formas mais perfeitas.

83 AS MOLÉCULAS
1 Tudo o que existe no Universo encontra-se estabelecido dentro das Leis Naturais, desde
as minúsculas partículas, estas que ainda são dotadas de todas as necessidades, até o
Ser Humano evoluído que sente necessidades mais purificadas.
2 Se a necessidade dos elementos consiste em adquirir energia para o seu próprio
equilíbrio, a necessidade do Ser Humano é de adquirir energias tanto para a parte
material como para a parte Espiritual.
3 Tudo no Universo é orgânico e relativo. Assim como existe a transformação da matéria
existe também a variedade de transformações naturais, sendo que os Seres Humanos
em seus laboratórios operam com as transformações artificiais, fazendo com que um
líquido passe para o estado sólido ou o estado sólido passe para o líquido, podendo
ocorrer também a transformação direta do estado gasoso para o sólido.
4 O que a Natureza oferece ao Ser Humano não é uma esmola, mas sim um material
importante para suas realizações, sendo que ela oferece no princípio uma escola
primária, no meio uma escola secundária e finalmente uma escola superior, toda essa
obra arquitetada por uma fonte de energia que é DEUS e que não se encontra tão
distante do Ser Humano como ele pensa, mas sim na própria natureza que o envolve,
penetra e o está vivificando.
5 Já é sabido que a matéria é formada de pequenas partículas denominadas de átomos,
sendo que estes se agrupam para formarem as moléculas, restando compreender que
um átomo de cloro, bromo ou de hidrogênio não é um átomo, mas sim uma molécula que
sob certas condições pode ser transformada em átomos de Prana, Vayú, Apas, Príthivi e
Tejas, estes éteres que são a representação do átomo real.
112

6 Tudo tem o seu progresso, desde o Ser Humano inteligente até um grão de areia. Uma
montanha, por exemplo, tem o seu crescimento verificado em milênios, cuja causa que
produziu tão volumoso corpo se encontra no grão de areia.

84 A TEORIA DA EVOLUÇÃO DA MATÉRIA


1 O Ser Humano nas suas peregrinações já tem conhecimento de que só deve aceitar
aquilo que sua consciência afirmar e o seu sentimento ditar, unificando a sua razão para
chegar à conclusão de tudo o que é real, buscando um princípio, estudá-lo para ver se
tem condição de aceitá-lo.
2 No seio da humanidade é comum conceituar a Alma como Espírito, porém este é
imutável, é uma partícula de Deus, portanto não está sujeito à transformação nem
modificação. O Espírito não está sujeito à Lei de Transformação porque o seu Criador
também não está sujeito a esta Lei, ou seja, Deus não estando sujeito à Lei de
Transformação, o Espírito, que é uma partícula sua, também não está.
3 Sendo o Espírito dotado de todo conhecimento, ele se une à Alma através do perispírito,
dando vida à matéria em estado bruto, sendo que esta matéria perde a consciência do
que foi, do que é e do que será, assim o Ser Humano recebe as energias transmitidas
pelo Espírito com maior intensidade.
4 Tudo o que existe no vasto Campo Universal obedece à Lei da Lógica e da Razão, de
forma que existe a matéria mineral estado bruto, esta que é perfeitamente visível aos
olhos físicos. Existe também a matéria mineral média que é o corpo astral do mineral,
sendo que no plano mineral médio existem verdadeiras jazidas, jardins e florestas, assim
como no reino animal existem verdadeiros monstros de formas já aperfeiçoadas. O Ser
Humano ao destruir um mineral não significa o desaparecimento daquela parte bruta,
mas uma modificação para surgir no futuro mais aperfeiçoado, até chegar ao ponto em
que ele não tenha mais capacidade de força para unificar-se ao plano mineral, vindo
dessa forma a ser utilizado no plano vegetal. Do mesmo modo é a transformação de um
vegetal para o aparecimento de um germe dotado de instinto e necessidades, sendo esse
mesmo germe quem principia a criação do plano animal.
5 Não constitui novidade alguma para o Ser Humano de que “tudo que existe em cima
existe em baixo” e que “nada de novo existe embaixo do sol”. Cada planeta se aperfeiçoa
para no futuro se transformar num sol. O Espírito não se aperfeiçoa porque ele já é
perfeito, de forma que a matéria parte do estado bruto para se aperfeiçoar em energia e
um dia chegar a ponto de ser uma Partícula Divina para no futuro animar novos corpos.

85 ÁTOMOS
1 É preciso que o Ser Humano reconheça que em tudo é necessário esforço, persistência e
boa vontade para o reconhecimento de tudo o que se encontra estabelecido nas Leis
Universais. Assim como tudo se encontra estabelecido nestas normas regentes das
mesmas Leis, é certo que vai havendo um processamento natural para que se alcance o
mais alto ponto de perfeição, quer no sentido da persistência, da força para que se
alcance os louros da vitória.
2 Tudo é simples, vasto e profundo nos domínios da Alma e do Universo, pois o Ser
Humano pode através de sua inteligência, consciência e sabedoria, analisar todas as
coisas e fazer os maiores cálculos, chegando a ponto de submetê-los aos aparelhos, que
eles acusarão a veracidade daquilo que foi calculado pela inteligência e razão do Ser
Humano, pois dentro de si existe um laboratório dotado de toda aparelhagem existente no
Universo e estes aparelhos medem com toda precisão o método perfeito da Natureza.
113

3 Para o Ser Humano chegar aos cálculos perfeitos e ter confiança e certeza naquilo que
descortinou, é necessário que ele não adicione coisas inexistentes, mas conserve tudo
simples como recebeu da Natureza.
4 O átomo é a representação da matéria no seu último grau de divisibilidade, sendo que ele
é formado pela aglomeração de partículas do éter.
5 Um átomo de hidrogênio está representado pelo próton e nêutron, constituindo-se assim
de 10 (dez) elementos, 5 (cinco) no próton e 5 (cinco) no nêutron, sendo que o elétron
não é nada mais nada menos do que o produto do movimento do próton e se este próton
paralisasse o elétron deixaria de existir.
6 Os elementos existentes no próton têm um átomo de Prana, um do Vayú, um do Apas,
um de Príthivi e um de Tejas; e os elementos do nêutron também têm um átomo de
Prana, um de Vayú, um de Apas, um de Príthivi e um de Tejas.
7 A massa dos átomos existentes na Natureza foi se formando a partir dos 5 (cinco) éteres,
até atingir o elemento 475 correspondente ao formigênio, quando se processou a
saturação da massa, sendo que este elemento possuía em sua constituição 184 prótons,
291 nêutrons e 184 elétrons.
8 Os Seres Humanos que possuem todos os elementos que os capacitam a realizar é
necessário apenas saber sobre a constituição destes elementos e tudo estará realizado;
porém, o que tem levado essa humanidade ao fracasso é a vaidade de saber o que na
realidade não tem conhecimento, sendo este representado por sua vaidade de já saber
tudo o que se encontra no Universo, não restando aprender mais nada.

86 O ÁTOMO REAL
1 A ciência material, através de suas pesquisas incansáveis, tem mantido a idéia de que o
átomo descoberto é o átomo real. Entretanto, no futuro, eles vão chegar a conclusão de
que estes mesmos átomos podem ser partidos por meios mais poderosos, mais eficazes,
para descobrir a verdadeira identidade de uma pequena partícula chamada de éter que,
futuramente, será o átomo real, acabando, de uma vez por todas, com a falsa teoria até
agora mantida. Portanto, um átomo de ouro, mercúrio ou platina não é ainda o último
grau de divisão, pois eles podem ser partidos ou quebrados por meios mais poderosos,
chegando ao descobrimento destas minúsculas partículas que são os éteres e que não
podem mais ser subdivididos.
2 Na evolução do planeta, este vai se aproximando do seu centro, que se encontra
representado pelo sol, extraordinariamente maior e mais perfeito que os demais globos, e
possui apenas um movimento em torno de seu próprio eixo.
3 O movimento mais rápido ou menos rápido que o planeta apresenta está de acordo com
a sua sensibilidade. Se ele é mais sensível, os átomos ascendem ou descendem com
maior velocidade, proporcionando, deste modo, uma maior velocidade. Já aqueles que
tem grande quantidade de massa são mais insensíveis, tendo, portanto, pouco
movimento a apresentar.
4 Assim sendo, os cientistas de nossa época não devem continuar admitindo teorias sobre
teorias, mas sim abraçar a sua própria idéia, baseada na manifestação apresentada pela
Natureza.

87 PRÓTON E POSITRON
1 Já sabemos que tudo foi criado pelo movimento de Deus, sendo que este movimento é o
responsável direto pela criação dos éteres e estes são a causa principal da criação dos
átomos, e para que o átomo reconhecido pelo Ser Humano seja identificado no plano
físico, é necessário apenas que se processe a união desses éteres reconhecidos como
Prana, Vayú, Tejas, Apas e Príthivi. É o produto do movimento do próton que dá origem
114

ao elétron. Ora, se as massas vão se formando, a velocidade deste elétron vai


diminuindo em consequência, a energia cinética.
2 Quando o próton diminui sua energia cinética a ponto do elétron penetrar na barreira
nuclear, unindo-se ao próton e formando o nêutron composto de energia negativa do
elétron e da positiva que é o próton. Perdendo o próton este movimento, torna-se um
pósitron.
3 O pósitron conhecido pela ciência oficial difere do pósitron reconhecido pela parte
espiritual apenas em sua forma, pois enquanto a primeira o reconhece como um próton
que perdeu seu elétron, a segunda o identifica como o estado de coesão que vem a
apresentar o Prana, Príthivi, Vayú, Apas e Tejas.
4 O próton no reino das energias é bem mais aperfeiçoado do que este no reino mineral.
Entretanto é o mesmo elemento que aprimorou e aperfeiçoou.
5 Toda a manifestação de energia que existe na Natureza são o produto destes 5 (cinco)
éteres que não são nada mais que as forças criadas por Deus.

88 PARTÍCULAS INTERATÔMICAS
1 Como já é reconhecido através do conhecimento transmitido pela ciência espiritual, um
átomo de hidrogênio é formado pela coesão dos 5 (cinco) éteres, isto é; 1 átomo-éter de
Prana, Vayú, Príthivi, Apas e Tejas, que são identificados como elementos dos prótons.
2 O bombardeamento com partículas alfa (a), no núcleo destes átomos - éteres, faz com
que a força de energia cinética seja aumentada, conservando-se o número de massa
atômica e aumentando, deste modo, o número atômico deste mesmo átomo.
3 As camadas ou orbitais estão representadas pelas letras K, L, M, N, O, P e Q, elas são
reconhecidas como camadas de prótons.
4 A camada “K” possui 2 prótons e 2 elétrons. A camada “L” possui 8 prótons e 8 elétrons.
A camada “M” possui 18 prótons existindo 18 elétrons e assim por diante, conforme
segue:
K=2 M = 18 O = 18
L=8 N = 32 P = 18 Q=8
5 O próton possui 5 elementos e o nêutron também tem 5 elementos, todos já definidos
pela ciência espiritual, inclusive com seus nomes correspondentes.
6 Se o núcleo do hidrogênio tem 10 elementos, eles são representados por 5 do próton e 5
do nêutron. Sendo 2 de Prana, 2 de Vayú, 2 de Príthivi, 2 de Apas e 2 de Tejas.
7 Já é reconhecido também que a partícula alfa (a) corresponde à massa do núcleo de
Hélio, ou seja, a = He, possuindo 2 prótons e 2 nêutrons.
8 A sabedoria do Ser Humano não está baseada nos belos discursos que ele profere, toda
vez que se aglomera multidões para ouvi-lo, mas sim nas realizações que ele faz com as
substâncias por Deus concedidas.

89 BOMBARDEAMENTO DO NÚCLEO
1 Atualmente já é reconhecido que o núcleo é composto de prótons, nêutrons e elétrons,
sendo o próton a partícula positiva, o elétron a partícula negativa ficando apenas a dúvida
quanto à parte neutra.
2 Já se sabe também que no nêutron se encontra encerrado o próton e o elétron, isto é: a
energia positiva e a energia negativa. Para o Ser Humano é difícil a penetração da
energia naqueles dois pólos, isto porque estas duas energias não se unem.
3 Na desintegração do núcleo de um próton diminui, também, o número atômico deste
mesmo átomo. Com o bombardeamento dos prótons e nêutrons com as partículas alfa,
115

que é considerada como energia positiva, vem o desligamento do próton e do nêutron,


assumindo, deste modo, o lugar daquele próton, a energia alfa (a), formando o pólo
positivo para aquele elétron do qual foi afastado o próton.
4 Havendo o aumento da massa, há o aumento dos elétrons. Do mesmo modo que ocorre
com o aumento do número atômico pelo bombardeamento com partículas alfa (a), onde o
carbono de número atômico 6 massa atômica 12 pode se transformar em nitrogênio de
número atômico 7 e massa atômica 14.
5 Todos os dados que permitem ao Ser Humano suas realizações já se encontram em suas
mãos, sendo necessário apenas o conhecimento, para utilizar estes elementos com
convicção e sabedoria.

90 ORIGEM DOS PRÓTONS E ELÉTRONS


1 Para que o Ser Humano chegue a ponto de aperfeiçoamento desta ou daquela massa, é
necessário dirigir suas pesquisas para um ponto de aprimoramento.
2 Já sabemos também que a energia cinética é o produto do movimento dos elementos
constituintes do próton. E é a diminuição do movimento do próton quem caracteriza a
perfeição, pois é o elétron o produto deste movimento. Estes éteres vão fazer parte de
corpos mais perfeitos do seguinte modo: o próton está sempre em movimento, dando
expansão aos elementos internos. Ora, com a diminuição deste movimento, diminui
também o peso do elétron, ou seja, o peso de suas massas quando o próton diminui o
seu movimento a ponto de paralisar-se, ocorrendo a desintegração do elétron em virtude
de não haver mais energia cinética provocada dentro do núcleo, quando se encontrava
em movimento.
3 Um elétron pertencente a um próton de menor peso em massa energética e um elétron
de um próton de maior massa atômica, possui maior peso em massa energética. As
dificuldades pelas quais os cientistas se defrontam, estão relacionadas ao fato de que os
elementos estão sendo identificados a partir do que tem menor massa para os elementos
de maior massa, pois o hidrogênio, por exemplo, é mais perfeito que o oxigênio havendo,
portanto, uma inversão de valores.
4 Os Seres Humanos podem conseguir, artificialmente, nos laboratórios, tudo o que a
Natureza realiza naturalmente, porém quando eles vêem a facilidade com que esta
realiza, querem acrescentar mais alguma coisa chegando a ponto de complicar, para
tornar algo superior ao produzido pela Natureza.
5 Se o Ser Humano tem dentro de si um grande laboratório, ele deve usar sua inteligência
para fazer os cálculos e os aparelhos irão acusar a veracidade daquilo que foi calculado e
analisado por sua mente e razão.
6 A ciência oficial define prótons como elementos com carga elétrica positiva, os nêutrons
sem carga elétrica, mas com massa aproximadamente igual aos prótons e o elétron com
carga elétrica negativa e com massa insignificante com relação aos prótons e nêutrons.

91 TRANSFORMAÇÕES ATÔMICAS
1 Já é sabido que os éteres têm as suas particularidades. O Príthivi tem a forma
quadrangular, o Vayú tem forma esférica, nas suas vibrações, o Prana tem a forma
circular, o Apas tem a forma de uma meia lua e o Tejas a forma triangular. O éter
luminoso tem a cor vermelha, o Prana tem a cor negra, o Apas tem a cor branca, o Vayú
tem a cor azul e o Príthivi tem a cor amarela.
2 Muitas vezes ocorrem as transmutações destas cores, produzindo-se, então, outras
cores, como, por exemplo, o amarelo que, junto com o azul, produzem o verde, isto
porque ocorre a transmutação dos elementos.
116

3 Se a ciência oficial, através de seus estudos e de suas pesquisas, utilizasse mais a


razão, ela poderia muito bem transformar um metal em outro, como, por exemplo,
mercúrio em ouro ou chumbo em ouro, bastando para tal juntar o elétron de um elemento
em torno do núcleo do outro elemento desejável.
4 Para transformar naturalmente urânio, a Natureza necessita de 5 mil anos e para a
transformação natural do rádio são necessários 2 mil anos.
5 O bombardeamento do Berílio com partículas alfa (a) nos permite encontrar o carbono da
seguinte forma:
9 4 12 1
Be + α = C + N
4 2 6 0
6 Já o rádio quando perde uma dessas partículas alfa (a) se transforma no radônio.
7 O urânio tem 92 elétrons em sua órbita. Quando ocorre qualquer alteração através da
aglomeração de vários elétrons, ocorre o aparecimento do novo núcleo promovendo sua
desintegração, isto porque quando um elemento começa a se aglomerar ocorre a
repulsão das partículas que lhe compõem.
8 Em tudo ocorrem as transformações. Estes órgãos sensíveis que hoje fazem parte de
nossa matéria e que gozam de alto grau de sensibilidade, não foram nada mais, nada
menos, do que estes elementos grosseiros que formara o mineral do passado.

92 TRANSFORMAÇÕES NATURAIS
1 Os cientistas atuais têm abraçado as diversidades de idéias, unindo, na maioria das
vezes, a forma criada por essas idéias, chegando a ponto de confundir a humanidade,
quando, na realidade, eles deviam facilitar a compreensão de tudo o que é realizável com
simplicidade pela Natureza.
2 Todas as formas se encontram equilibradas pela Natureza, tanto as necessidades
inferiores, quanto as superiores que exigem sentimentos diferentes. De forma que
existindo as transformações naturais promovidas pela Natureza, existem também as
transformações artificiais provocadas pelo Ser Humano. Já é sabido que nos laboratórios
um sólido pode se transformar em um líquido e o líquido pode passar deste estado para a
fase gasosa, do estado líquido para o sólido.
3 O Ser Humano pode sintetizar artificialmente nos laboratórios, os diamantes, porquanto
eles são compostos de carbono e oxigênio, formando a molécula de CO2, que passa
diretamente do estado gasoso para o sólido, sendo denominado oficialmente de dióxido
de carbono e representado pela fórmula CO2.
4 Tudo que é realizável pela Natureza é simples, mas o Ser Humano procura dificultar as
coisas, levando tudo para o terreno de confusão e sendo incapaz de compreender uma
realização que a Natureza promove, tentando adicionar métodos artificiais, julgando que
desta forma produziria algo superior àquilo que a Natureza realizou, ao longo de muitos
anos.

93 COMO SE FORMA UM GLOBO


1 Em tudo devemos considerar fatores importantes como a persistência e a vontade.
2 O que caracteriza a luminosidade do planeta é a sua velocidade perante o grande Tejas
universal. Aqueles globos que possuem maior velocidade, evidentemente refletem, com
maior intensidade, a luz deste éter. A cor azul que aparece no firmamento, como também,
outras cores, são devido a estes éteres. A cor azul pertence ao Vayú, a cor preta ao
Prana e assim por diante.
117

3 Os globos se formam a partir da condensação das energias que, ao diminuírem suas


velocidades, vão formando a massa, até que os átomos, na sua descendência, consigam
equilibrar este globo no espaço infinito.
4 Como é sabido, todos os éteres tiveram seu início a partir do Prana universal, sendo este
mais perfeito que os demais, dando origem a eles e formando a luz visível reconhecida
como Tejas universal, que produz calor, energia e luz.
5 Tudo que o Ser Humano precisa para realizar, já tem em suas mãos, existindo, também,
muita coisa que ele desconhece e somente quando chegar a possuir a convicção desta
parte desconhecida é que terá certeza de tudo, no vasto Campo Universal.

94 TRANSFORMAÇÃO PLANETÁRIA
1 A Natureza é a grande fonte de equilíbrio das Leis Universais, ela tudo possui em
abundância, se despindo totalmente aos olhos dos pesquisadores com simplicidade,
mostrando que tudo que ela encerra é comum e ensinando ao Ser Humano lições
grandiosas para que ele realize artificialmente, em pouco tempo, o que Ela realiza
naturalmente num tempo mais longo.
2 A ciência afirma, através de suas teorias, que se encontrasse um elemento capaz de
realizar todas as coisas, então não haveria progresso; porém, os cientistas estão
enganados, porque se eles se apoderassem desse elemento o progresso seria bem
maior e terminaria a confusão e a divisão, podendo eles considerar como verdadeira
ciência dotada de um aparelho poderoso e o mais eficiente que ela já conseguiu, em seu
meio, até a presente data, para a formação de corpos orgânicos ou inorgânicos, simples
ou compostos.
3 É necessário destruir as velhas teorias, uma vez que a humanidade já caminha célere
para pontos mais elevados da ciência, que a levará para as grandes descobertas.
4 Muitos afirmam que na desintegração atômica o planeta chegará a ponto de ser
destruído, porém isto não acontecerá porque o planeta tem a capacidade de formar
novos átomos, a ponto do Ser Humano não possuir a capacidade de desintegrar a todos.
Com esta ação o Ser Humano não está mais do que abreviando a marcha evolutiva do
Globo para a sua perfeição, muito embora sem consciência do que está realizando,
fazendo com que o planeta se aproxime mais do sol.
5 Tudo obedece às diversidades das transformações. Nas grandes metrópoles os prédios
mais antigos e mais altos são destruídos para que sejam substituídos por outros mais
seguros e modernos.
6 Os tremores de terra ocorrem pela aproximação da órbita de um planeta menos evoluído
para a órbita de um planeta mais evoluído.
7 Atualmente as transformações planetárias já chegaram a ponto do urânio, porque os
elementos mais pesados já foram desintegrados, sendo que estes ainda são utilizados
pela ciência em suas experiências atômicas, prejudicando seu semelhante.
8 A humanidade que habita este ou outro planeta qualquer só alcançará a felicidade
quando se espiritualizar, porque aquele que se encontra com os olhos somente voltados
para a matéria só terá decepções, dores e sofrimentos em suas experiências.
9 Todos os Seres Humanos têm a capacidade de realizar, porém muitos duvidam até do
que vêem porque as teorias do presente são estacionárias, isto é, não vão adiante; hoje
se apresenta uma idéia e amanhã ela é modificada porque a inteligência absoluta do Ser
Humano ainda não é utilizada. Porém, o Ser Humano jamais deve duvidar de que existe
dentro de si uma partícula perfeita que o elevará a grandes realizações.
118

95 GRAVIDADE
1 A força de atração gravitacional atribuída pela ciência oficial e da qual o Ser Humano se
utiliza para sua pesquisa, diz que: “a matéria atrai a matéria na razão direta de suas
massas e na razão inversa do quadrado da distância que as separam”. Isto significa dizer
que a proporção em que o corpo vai se afastando da órbita do planeta, a força de
gravidade vai diminuindo, existindo, portanto, uma força embaixo que atrai todos os
corpos situados na parte de cima.
2 Porém, na realidade, o que ocorre é que existe na Natureza um éter denominado de
Tejas, também reconhecido como éter luminoso, que emite luz e calor a todos os
planetas, logo, os átomos que recebem este calor, em primeiro lugar, são pressionados
para baixo e os átomos de baixo circulam ao seu redor, de sorte que todo o corpo que se
encontra em cima é atirado ao solo. Esta pressão não permite que os corpos levitem, pois
não possuem força necessária para vencerem esta compressão, permanecendo no solo.
Somente quando o Ser Humano souber anular esta pressão é que fará com que os mais
pesados corpos levitem.
3 A gravidade está resumida na repulsão e compressão. A atração é uma força de
compressão sobre um objeto e a repulsão é a anulação desta força; existindo, também, a
coesão que é a condensação de vibrações que são emitidas pelos Planos Divinos.
4 Tudo na Natureza é simples, bastando ao Ser Humano voltar o seu pensamento a esta
grandiosa força para produzir suas realizações.

96 SOBRE AS NAVES ESPACIAIS


1 Todo engano atribuído aos cientistas terráqueos no que se refere às viagens
interplanetárias são ou estão relacionadas com a falta de conhecimento das Leis
Universais, à falsa teoria de que a matéria atrai a matéria, o medo da chamada morte,
além de desconhecer que a Terra é possuidora de três forças: compressão, repulsão e
movimento e que os gases têm o poder de diminuir esta força de compressão
aumentando a capacidade de força de repulsão.
2 Não constitui novidade alguma a presença dos discos voadores ou naves
extraplanetárias. Eles permanecem parados acima do Globo e são levados pelo
movimento deste e não são atirados ao solo por possuírem um gás que circula em suas
paredes, na parte de baixo, a fim de que seja redimida a força de compressão,
aumentando, consequentemente, a força de repulsão, fazendo com que as mais pesadas
aeronaves flutuem como bola de sabão, sendo que este gás pode ser substituído por
aparelhos que cheguem ao mesmo resultado. Entretanto é necessário que o Ser Humano
se liberte da vaidade e do orgulho de saber o que na realidade não sabe e não teime em
ampliar as teorias e idéias dos outros.
3 Ao dizermos estas verdades ao povo, estes não devem deixar de refletir, de analisar, a
fim de que deixem de se julgar inferiores àqueles denominados de Cientistas Oficiais.
4 A humanidade continua com os olhos ligados ao chão temendo erguê-los ao Alto e
observar que outras inteligências revolucionam o mundo com suas realizações. Eles não
são escravos da ciência oficial, mas seguem a orientação de irmãos mais evoluídos do
Astral, estes que são conhecedores das Leis Naturais e que vão nos orientar na
construção das naves do nosso planeta, para que no futuro possamos participar da
ciência equilibrada pelo cumprimento dos deveres baseados nas Leis Universais.
5 A religião também, em nosso planeta, se coloca em situação paralela à ciência no âmbito
das suas responsabilidades e, em função da realidade, é o Espiritualismo quem se
encontra mais próximo da verdade, sendo que o Espírito, ou seja, aquilo que para muitos
é a Alma, que transmite o conhecimento real, existindo, entretanto, a deturpação por
parte dos encarnados.
119

6 O Espiritualismo pode, deve e necessita ser ciência e ai daquele cientista que negar a
caridade aos seus irmãos; ele será automaticamente enquadrado nas Leis Universais,
porque o Pai não privilegia um ser por mais alto que seja o cargo em que ele se encontre
empossado.
7 Assim, para que a criatura venha a compreender e sentir tais verdades é necessário que
primeiro deposite sua crença num Ser Superior a si, segundo de que existe a imortalidade
de tudo existente e terceiro de que é possível a sua comunicação com as diversidades de
planos evolutivos da vida relativa.
8 Como demonstração desta realidade vivida no nosso planeta, há mais ou menos 2000
anos atrás, uma criatura cá estivera entre nós evidenciando tais conclusões e nós o
repudiamos na época, dada a nossa condição evolutiva, porém hoje o bendizemos
porque agora já conseguimos criticar e julgar menos, pelo fato de começarmos já a
pesquisar melhor, analisar e compreender tais coisas, ou melhor, tais conclusões, em
função da evolução.
9 Dissera-nos Ele: “Conhecereis a verdade e ela vos libertará”. Logo, analogamente:
“Riem-se hoje os sábios atuais dos sábios de outrora e, evidentemente, rir-se-ão os
sábios do futuro dos sábios atuais”, afinal, a vida se prova pelo movimento e o movimento
traz o progresso, evidenciando assim a máxima: “Nada está inerte, tudo se transforma,
aprimora e evolui”.
10 Portanto, tudo deve ser justificado, pois que tudo segue o rumo das Leis Universais.
Dentro delas tudo é bem, fora delas nada é definitivo nem seguro. Logo, se faz
necessário ao Ser Humano antes de negar exageradamente, sem raciocinar ou analisar o
que lê ou ouve, entender que esta posição é dos incrédulos.
12 Assim, devemos procurar pesquisar e analisar detalhadamente até chegar a conclusão e
não negar aquilo que a nossa estupidez ou ignorância ainda não consegue descortinar
pelo simples fato de sermos superficiais como o fomos antes, quando, por exemplo,
negamos a grandes cientistas do passado suas grandes descobertas e hoje estas
beneficiam a todos e são as bases da nossa ciência.
13 Agora, é persistir com inteligência espiritual e vencer pela moral a derrubada da muralha
que importuna e impede de termos a consciência de que, por exemplo, dentro da mentira
está a verdade, assim como dentro das trevas está a luz.

97 HEREDITARIEDADE
1 É necessário que a ciência, através de suas análises e investigações, se conscientize de
que as células que constituem as diversidades de órgãos existentes no corpo humano
são produzidas pelos éteres já reconhecidos nos meios espiritualistas, também
identificados na teosofia como tatwas.
2 As células do Prana ou éter sonoro se encontram localizadas no aparelho auditivo. Nos
olhos se encontram as células do Tejas, e em circulação por todo corpo do Ser Humano
se encontram as células sensitivas do Vayú. No aparelho olfativo estão localizadas as
células do Príthivi, e no aparelho gustativo se encontram as células do Apas. A
distribuição destes éteres é feita pelos Plexos, sendo que cada um distribui a energia
para o órgão que lhe pertence.
3 O corpo material do Ser Humano possui duas qualidades de força: a força positiva e a
força negativa; a energia positiva leva em corrente sensitiva positiva a energia negativa
externa até a substância parda na parte posterior do cérebro, para que o Ser Humano
tenha pleno conhecimento e consciência das impressões recebidas que vêm desta parte
externa.
4 Já é um fato reconhecido pela ciência oficial de que existe entre os seres vivos uma
semelhança entre os descendentes e os ascendentes. Geralmente as famílias
120

apresentam suas crianças com caracteres que os identificam como sendo, os


mesmos, apresentados pelo pai, mãe, avô, avó (...) sendo, este fenômeno, reconhecido
como hereditariedade, ou seja, a capacidade que possui o Ser Humano descendente de
apresentar caracteres semelhantes aos seus ascendentes.
5 Continuando com suas pesquisas, a ciência chegou a conclusão de que a
hereditariedade pode ser geral e individual. A hereditariedade geral resulta sempre de
descendentes da mesma espécie e a hereditariedade individual resulta de ascendentes
da mesma espécie.
6 Já é reconhecido também pela ciência oficial de que existe na mulher cromossomos em
pares (XX), e no Ser Humano cromossomos relativos ao par (XY), sendo que X é uma
das manifestações do Prana, éter este que fornece vitalidade, calor e energia, e Y uma
manifestação do Vayú ou éter táctil, este que fornece a força e a sensibilidade.
7 Nos meios espiritualistas científicos a hereditariedade tem relação com as Leis
Universais, sendo que desde os primeiros sintomas da gravidez que o feto está
relacionado com a Alma reencarnante, e um espermatozóide de criatura imperfeita pode
gerar um ser perfeito, o que nos permite concluir que o Ser Humano é apenas o
instrumento para que fosse gerado nele o espermatozóide. Sendo este da Alma perfeita,
os elementos também são desta Alma perfeita. Eis porque em muitas famílias cujos
casais são imperfeitos nascem filhos totalmente perfeitos, ficando, portanto sem
explicação, nestes casos, as teorias baseadas na Lei de Mendel que falam sobre a
hereditariedade.

CAPÍTULO V - Quanto à 3ª Potência Realizadora do Universo: O Ser Humano,


repouso e representação das Leis Universais

O Ser Humano é um ser trino


criado por Deus através do Espírito,
com a finalidade de ajudar ao planeta em sua evolução,
em função do equilíbrio dinâmico do Universo
em sua eterna expansão.
Quando esse ser trino se eleva a Deus,
O INDIVISÍVEL, O UNO, O TODO,
nada encontra, a não ser ele mesmo em sua pequenez;
mas quando ele eleva-se ao NADA,
Deus, O INDIVISÍVEL, O UNO, O TODO
o encontra em sua grandiosidade.

1 O SER HUMANO, REPOUSO E REPRESENTAÇÃO DAS LEIS UNIVERSAIS


1 A Lei é o salário digno para todo o Ser Humano que cumpre com seus deveres.
Entretanto, a humanidade nos seus momentos de sofrimento e dor se lamenta, chegando
a ponto de se revoltar contra a própria divindade, apenas por ignorar o seu passado ou
por não saber analisar se tudo o que passa se relaciona ou não com uma determinação
mal planejada no presente.
2 O Ser Humano não deve levar tudo para o terreno das expiações, uma vez que não
existem males que não se curem. E mesmo que existam provocações no âmbito do orbe
terreno, sendo a vida movimento e progresso, ninguém deve deixar de lutar porque é
121

através do esforço, da persistência e da vontade que estes males se transformam no


bem e mesmo que não forem curados, pelo menos serão aliviados. Afinal, o mal é uma
invenção das mentes humanas. Ele por si só não subsiste. O mal é o bem mal dirigido. O
mal na ordem física é a resistência às Leis invioláveis da Natureza, na ordem filosófica é
a negação da razão e na ordem moral é o não cumprimento dos deveres para consigo
próprio e para com Deus, a Vida do Absoluto, a Vida das Leis Naturais que regem o
Universo.
3 É necessário, também, que o Ser Humano não ignore que ele é uma trindade, formada
de Espírito (Energia), Alma e Corpo Físico (Matéria), sendo que este último, por
representar a parte mais grosseira da matéria, necessita diminuir a relatividade de suas
necessidades, limitando as reencarnações improdutivas, originadas em função da Lei de
Causa e Efeito.
4 O Espírito é uma energia perfeita emanada por Deus, com a finalidade de cumprir uma
missão em determinado espaço de tempo. Ele transmite a vida e a inteligência ao Ser
Humano e não se impacienta pelo estado imperfeito em que se encontram as matérias
que está animando, porque a energia de que é constituído é consciente e possui, em
perfeição, os mesmos elementos que constituem os centros condensados pela matéria
do Ser Humano.
5 A humanidade precisa conscientizar-se de que, no seu ser individual, a sua função vital,
bem como a inteligência, são energias transmitidas pelo Espírito: uma Partícula Divina,
emanada pelo Criador, com poderes absolutos e com capacidade de representá-Lo nas
atividades verificadas no vasto campo universal.
6 A Alma, que é tão difundida como Espírito em nosso planeta, trata-se, na realidade, de
um corpo quintessenciado, formado no plano médio para realizar um trabalho em
conjunto com o Corpo Físico.
7 O corpo astral, causal ou Alma não é destruído com a morte do Corpo Físico, não sente
sensação de frio ou calor, não se afoga, nem sente fome ou sede.
8 O passamento, também conhecido como morte, trata-se, na realidade, do início da
transição de uma vida temporária para outra eterna, sendo que, na maioria das vezes, a
Alma ignora o momento em que ocorre o último suspiro.
9 O mundo material ainda prende a Alma aos prazeres efêmeros das paixões ilusórias
quando, na realidade, ele deveria proporcionar à mesma os meios necessários para o
desenvolvimento dos seus centros em conjunto com o Corpo Físico. A depender do seu
procedimento na superfície do globo terrestre, a Alma encarnada pode ser livre e, ao
mesmo tempo, apegar-se às riquezas do mundo transitório. Porém, só a liberdade e a
isenção de qualquer apego material pela compreensão é que pode dar início à sua
conversão espiritual.
10 O Corpo Material é a última construção da Obra Homem que o Espírito realiza na
formação do universo hominal.
11 A Alma, em sua grande maioria, quando se encontra encarnada, costuma tratar o seu
Corpo Físico com negligência, o que é verificado, por exemplo, com os alcoólatras e os
viciados na prática do tabagismo e do sexo desvairado, estes que convivem diariamente
com o sofrimento, causando um desequilíbrio no sistema psicofísico, confirmando a falta
de conhecimento de sua obra real, no que diz respeito ao funcionamento da máquina
humana, esta que foi condensada para o aperfeiçoamento de si próprio.
12 Existe um grande equívoco por parte da humanidade e uma aparente displicência no trato
do corpo material, variando de Ser Humano para Ser Humano, pois, enquanto alguns
falam da volta à vida daquele corpo inerte, admitindo a Lei de Ressurreição, outros já
comprovaram cientificamente esta impossibilidade, existindo ainda uma corrente de
122

“espiritualistas” que admitindo a “Lei de Reencarnação” abominam o Corpo Físico ao


perceberem a sua separação com a Alma, no fenômeno conhecido como morte.
13 A matéria é o único veículo capaz de proporcionar a evolução da Alma, porquanto sem o
seu concurso só são verificadas as grandes experiências no campo do adquirir novos
conhecimentos.
14 O Perispírito é um ponto que liga a Alma ao Corpo Físico, sendo ele formado por uma
energia sensitiva, onde se realizam todos os prazeres e sensações do Ser Humano, os
quais ficam gravados em sua mente. Logo, a extinção deste Perispírito tem relação direta
com o grau de espiritualização da Alma, quando encarnada.
15 Existem várias situações que caracterizam o procedimento coletivo entre a Alma e a
Matéria. Entretanto, podemos citar dois casos de fundamental importância: a primeira
situação está afeita àquelas Almas que se espiritualizaram antes do desencarne,
desfazendo-se o Perispírito quase no momento da separação, pelo fato de não existirem
impressões de apego aos bens materiais. A segunda situação se fundamenta no apego
demasiado que as falsas ilusões proporcionam, dificultando a separação entre a Alma e o
Corpo Físico, mantendo o Perispírito quase intacto e ocorrendo o desprendimento só
ocorre sempre após a morte.
16 Quando o Ser Humano, pelo uso da Lei Natural de Trabalho, desenvolver o seu intelecto
em ligação com o pensamento e reger suas ações pela Lei de Moral, no cientista se
manifestará as energias inteligentes, adquirindo assim “o conhecimento pela fé”. No
religioso ocorrerá “a crença pela razão”, encontrando Deus em si mesmo. E, no ateu, se
manifestará “a crença sem fanatismo”, conscientizando-se, finalmente, de que tudo o que
ele aprender e sentir será motivo para sua elevação ao Alto, ou seja, Deus, a Vida do
Absoluto, a Vida das Leis Naturais que regem o Universo.
17 Assim, podemos considerar o Ser Humano como um Ser Trino, composto de Espírito,
Alma e Corpo Físico, criado por Deus, através do Espírito, com a finalidade de auxiliar o
planeta em sua evolução. Quando esse ser trino se eleva ao Uno, ao Todo, nada
encontra a não ser ele mesmo na sua pequenez. Porém, quando se eleva ao Nada, o
Uno, o Todo O encontra.

2 O ESPÍRITO
1 Quando a necessidade exige que um planeta seja povoado por seres inteligentes para
ajudá-lo em sua lenta evolução, Deus, com sua absoluta ciência, produz a corrente de
vida representada pelas partículas divinas, também reconhecidas como Espírito.
2 O Espírito é uma energia perfeita, criada por Deus para cumprir uma missão em
determinado espaço de tempo. Ele se encontra presente no Ser Humano, transmitindo-
lhe a onda de vida através da Alma, e nunca se impacienta pelo estado imperfeito em que
se encontra o corpo que está animando, porque a energia de que é constituído é
consciente. Não é a energia imperfeita que se conhece em nosso planeta, a qual pode
ser produzida por várias fontes, mas uma energia que possui todos os centros que se
encontram no Ser Humano em estado de perfeição, podendo operar com eles sem a
utilização de invólucros materiais.
3 Sendo assim, nenhum irmão que se encontre encarnado ou desencarnado deve
lamentar-se pela situação em que se encontra, porque todos estão amparados e um dia,
quando oferecerem condições, serão esclarecidos, uma vez que a vida se constitui num
paraíso de felicidades quando se conhece e pratica as Leis Universais, cumprindo, dessa
forma, com seus deveres. Mas, quando estas Leis são infringidas em seus códigos
imutáveis, é procedida uma correção natural, porque estes efeitos são relativos às
causas, para que haja reparação do erro cometido. Entretanto, o Espírito não abandona a
Obra, e continua transmitindo a vida para o Ser Humano, esperando, pacientemente, que
123

ele se liberte da dor produzida pela infração e compreenda que ela pode ser
considerada como uma aflição ou como o produto de um sofrimento físico ou moral, mas,
na verdade, em muitos casos, ela é o remédio do mal.
4 O Espírito, para realizar sua missão, cria a Alma e a Matéria, sendo que esta é a mais
imperfeita e pela qual o Ser Humano encarnado se apega, lutando com todas as suas
forças e ferramentas de que dispõe para evitar o fenômeno da morte, tão temido por
quem, inicialmente, o ignora e desconhecido ao seguir, na transição da trindade para a
dualidade, sendo que, neste estado, a Alma absorve todas as imagens mentais
contraídas pelos prazeres e sensações do Ser Humano sob a forma de impressões, e
disputa este estado, até que haja a dispersão das falsas ilusões alimentadas por sua
mente.
5 Toda criatura humana precisa lutar para conservar seu corpo material, mas deve também
reconhecer este Universo, para não se revoltar no momento de seu passamento e levar
para o plano astral uma relativa bagagem de formas negativas, permanecendo, assim,
em contato com o mundo material, e sentindo todas as sensações que ele oferece, para
dar expansão aos estados vibratórios, que se combinam por afinidade. Agora, é
necessário que se reconheça o Ser Humano como uma verdadeira trindade composta de
Espírito, Alma e Corpo Físico.

3 A ALMA
1 O equilíbrio universal promove o progresso de tudo o que existe e é desse modo que o
Espírito, conhecedor das necessidades do Globo, se lança em sua superfície, para vibrar
nas Leis Universais, através das substâncias contidas na Natureza, para criar a Alma e,
em seguida, se utilizar dela para formar o Corpo Físico.
2 O “Eu”, representado pela Alma, não é destruído com a morte do Corpo Físico, não é
queimado, não é molhado, não sente calor ou frio, não se afoga e não sente fome ou
sede. Entretanto, quando as entidades se manifestam através dos médiuns, ela
apresenta, na maioria das vezes, características justamente contrárias a esta explicação.
Isto porque toda vez que ocorre uma separação da Alma com o Corpo Físico,
permanecem as impressões provocadas pelas sensações e, enquanto perdurarem essas
formas mentais, ela permanece num estado cuja consciência é diretamente proporcional
ao seu procedimento na condição de encarnada, perdendo completamente a noção do
tempo em que ficou nesta situação, porquanto sua liberdade depende da renúncia
àqueles costumes e ilusões, do contrário seu perispírito fica fortalecido, aumentando o
contato com o Corpo Físico e com os prazeres que este lhe proporcionou através dos
sentidos.
3 A morte ou passamento é uma transição de uma vida para outra e, na maioria das vezes,
a Alma ignora o momento em que se dá o último suspiro, não deixando de existir os
casos de contemplação consciente de sua parte.
4 Uma das causas que levam o Eu ao sofrimento é o desconhecimento das Leis
Universais, sobretudo da Lei de Moral, esta pela qual o Ser Humano deve se governar na
execução de todas as outras.
5 No caso de morte violenta, o Eu é surpreendido pelo brusco acontecimento e permanece,
temporariamente, numa luta para compreender este estado intermediário entre a vida
orgânica e a vida espiritual. Isto ocorre porque ele pensa que continua com os órgãos
sensoriais da matéria.
6 Dentre algumas separações da Alma com o Corpo Físico podemos citar o acidente e o
suicídio, sendo que o estado de consciência do Eu é proporcional ao seu adiantamento
Espiritual.
124

7 O suicida sempre apresenta uma situação que vai de dolorosa a tortuosa e a diferença
entre a morte natural e a artificial é que, enquanto uma oferece a liberdade, a outra
promove a escravidão, provando, assim, que a vida verdadeira da Alma reside no plano
astral, de onde ela veio e para onde há de retornar, levando consigo alegria ou tristeza,
amor ou ódio, razão ou fascinação, bem ou mal, sabedoria ou ignorância, desapego ou
ambição, liberdade ou prisão, débito ou crédito, luz ou trevas, consolação ou aflição,
enfim, toda bagagem adquirida na última existência.
8 Nas mortes acidentais, não havendo intenção por parte da Alma, ela não fica
responsabilizada por aquilo que não tem participação, sendo levado em consideração,
apenas, o que sobrevém, considerando que o Eu, acostumado com a vida corporal,
dificilmente se espiritualiza, desconhecendo assim as Leis Naturais.
9 A humanidade não se beneficia dos direitos que, por Lei, lhe são conferidos, pelo motivo
de não cumprir com os deveres sagrados instituídos pelas Leis Universais. O Ser
Humano deve entender e compreender que o intenso trabalho coletivo em que se
encontra mergulhado serve para o resgate das dívidas e, quando desempenhado
inconscientemente, pode trazer sérias consequências sob a forma de ilusões transmitidas
por falsos mestres, profetas, legisladores, religiosos ou instrutores, trazendo a ociosidade
mental a todos que tudo aceitam sem analisar e sem sentir o que lhe foi transmitido.
10 Para que a Alma se liberte do atual estado de sofrimento é necessário, em primeiro lugar,
que, antes de tudo, se lembre de Deus, este Grande Arquiteto que tudo planejou, criou e
dá vida à sua obra planetária da qual somos partes integrantes; depois saber de onde
veio, onde está e para onde vai; o que foi, o que é e o que será; o que fez, o que faz e o
que fará e, além do mais, se isentar de todo o tipo de impressão, substituindo as formas
mentais que a atormenta, pela limpeza das ilusões. Assim, aqueles que sentem dor
devem repetir mentalmente que se encontram equilibrados e nada sentem; aqueles que
pensam que estão em aflição; os que se sentem fracos e cansados, devem formar uma
imagem contrária vendo-se fortes e dispostos; aqueles que se sentem tristes,
aborrecidos, melancólicos, deprimidos e desenganados, pensem na alegria, satisfação e
esperança; aqueles que abreviaram a vida corporal, julgando alcançar o repouso eterno,
praticar a paciência, a tolerância, a resignação e a certeza de que, após o
arrependimento, tudo irá se normalizando proporcionalmente ao ato, até que se complete
o tempo exigido para que se processe o desenlace natural.

4 O CORPO FÍSICO
1 Depois que o Espírito forma a Alma, ele se utiliza dela para a criação da matéria,
vibrando nos planos da natureza, onde se encontram as energias que vêm a se combinar
pela afinidade, com o objetivo que a necessidade exige.
2 O Corpo Físico é um instrumento moldado pela Alma, e do qual ela se serve desde a fase
mineral até os dias atuais, em que as belas formas tanto fascinam e apaixonam as
criaturas que, em sua maioria, só acreditam naquilo que vêem, pensando, inocentemente,
que a Natureza não mantém nada oculto às suas vistas materiais.
3 O sofrimento pelo qual passa a maioria dos Seres Humanos através da matéria ou do
psíquico provém, justamente, da falta de conhecimento do objetivo de sua obra,
principalmente da função da máquina humana, que foi condensada para aperfeiçoar a
Alma e a si própria. Isto porque toda vez que ocorre um desencarne, os elementos se
individualizam para formar corpos mais perfeitos no futuro.
4 Assim, se o Ser Humano do quinto plano do Reino Hominal, possuidor que é de centros
bem desenvolvidos, não controla o leme de sua embarcação, ela se desvia da rota,
alterando, em consequência, seu destino.
125

5 O Corpo Material sempre passa pela consequência das más determinações, pela falta
de análise e pelas deturpações daquilo que consideramos por orientação espiritual,
alterando profundamente o que foi transmitido, pela falta de persistência e de amor aos
conhecimentos naturais, sendo, justamente, esta falta de compreensão que tem levado
instrutores e instruídos a se posicionarem no mesmo lado da balança, inconformados
com o fiel da justiça representado pela Lei de Causas e Efeitos.
6 Existe um grande engano por parte da humanidade e uma aparente displicência no trato
do Corpo Material, variando de indivíduo para indivíduo, pois, enquanto uns falam de
ressurreição, ou seja, volta à vida daquele corpo inerte, outros comprovam
cientificamente que isto é impossível, existindo ainda aqueles que, convictos da Lei de
Reencarnação, abominam o Corpo Material ao perceberem a separação deste pela Alma.
Mas será pela revelação da verdade que a luz se manifestará, fazendo com que todas
estas dúvidas sejam esclarecidas por teorias reais, capazes de levar ao cérebro todas as
imagens ocultadas pelo tempo.
7 O que acontece é que o Corpo Físico representa um Universo em miniatura. Daí, quando
a Alma necessita reencarnar, convoca os elementos para se reunirem e formarem a
matéria, mantendo-se coesos até o fim daquela existência, cuja interrupção pode ser
artificial ou natural para, em seguida, retornarem às suas moradas na condição de
individualidade.
8 Assim, este invólucro que muitos julgam ser imprestável é imprescindível para a evolução
do Ser Humano, porque a este Corpo Físico são facultados o livre arbítrio e a
necessidade, e é através desta que o Ser Humano sente vontade, uma vontade relativa
que o leva a realizar uma obra, quer seja para o bem, quer seja para o mal e, havendo a
predominância desta, o Ser Humano sente a necessidade de se libertar da forma criada,
sendo daí que surge o aprendizado daquilo que praticou.
9 Portanto, se o corpo sofre é porque existe necessidade. E se existe necessidade é
porque tudo se transforma, aprimora e evolui.

5 O PERISPÍRITO
1 O Ser Humano sempre apresenta um certo temor diante da morte. Isto porque as
solenidades que caracterizam o passamento o impressionam de tal maneira que ele se
julga incapaz de possuir um corpo imortal representado por sua Alma e o que predomina
em seu pensamento é a certeza de que seu corpo ficará encerrado naquele túmulo para
sempre.
2 As sensações que experimentam as milhares e milhares de Almas encarnadas, no
momento da transição, são sempre diferentes umas das outras, considerando que a
ligação fisiológica que existe entre a Alma e o Corpo Físico tem ligação direta com o grau
de Espiritualização do Ser Humano.
3 Aqueles que não acreditam em perda, mas sim em aprimoramento, se aproveitam desta
verdade para conseguir alcançar, pelo esforço empregado, um razoável grau de evolução
em menor espaço de tempo.
4 O perispírito é um fio que liga a Alma ao Corpo Físico, sendo ele formado por uma
energia sensitiva, onde se realizam todos os prazeres e sensações do Ser Humano, os
quais ficam gravados em sua mente. Logo, a extinção deste perispírito é proporcional ao
grau de evangelização da Alma encarnada.
5 Existe uma infinidade de situações apresentadas pela Alma e pelo Corpo Físico, em
função do perispírito, estando, porém, limitado por duas situações diferentes: a primeira,
pelo apego demasiado às coisas materiais, existindo uma forte atração entre eles, de
modo que a separação se processa lentamente e os esforços para que ocorra uma
conscientização são maiores. A segunda situação está afeita àquelas Almas que se
126

espiritualizaram anteriormente, proporcionando, a si próprias, a felicidade de se


desprenderem facilmente do corpo, identificando-se com seu plano de origem e
desfazendo-se o perispírito quase no momento da separação.
6 O sofrimento continua em determinados casos. Se após a cessação da vida orgânica
ainda houver a predominância e contato entre o Corpo e a Alma, sua perturbação, no
momento da transição, pode variar desde poucas horas, até um tempo determinado pela
exigência da necessidade, para que ocorra a destruição das formas que a colocou
naquela situação de pesadelo e confusão. Entretanto, algumas Almas desprendem-se do
corpo com relativa facilidade. Em outros casos, este desprendimento é excessivamente
difícil, travando-se uma verdadeira luta para que se processe o abandono que pode durar
meses contínuos, sendo que o desprendimento se dá sempre após a morte.
7 Para que o Ser Humano viva feliz, libertando-se de todos esses sofrimentos, é necessário
que ele domine suas paixões desregradas, procurando espiritualizar-se e equilibrar-se
dentro da lógica e da razão, identificando-se como uma Alma encarnada que é.

6 O SER HUMANO
1 Nas grandes batalhas em que se verificou a participação do Ser Humano, muitas e
muitas vezes ele teve que conviver com o sabor da derrota. Isto porque seus centros de
percepção ainda se encontravam em uma condição tal, que não o permitia analisar,
conscientemente, as ações que praticava, ficando sem compreender, portanto, a razão
de seus fracassos.
2 Se o Ser Humano deseja vencer as lutas que hão de surgir no presente ou no futuro, é
necessário que ele se apodere de uma verdadeira arma que está representada pela Lei
de Amor, cumprindo com seus deveres.
3 Uma das qualidades mais importantes para que o Ser Humano adquira a força resume-se
no domínio de sua vontade, reduzindo, em si, todas as necessidades em excesso, estas
que proporcionam o desequilíbrio dos diversos centros que ele possui, os quais recebem
a energia transmitida pela Natureza para alimentar os órgãos que compõem o sistema
orgânico.
4 É necessário que o Ser Humano não ignore que representa uma trindade cuja parte
principal é o Espírito, ou seja, Deus em energia perfeita; a Alma, um corpo sutil
representando a natureza interna e o Corpo Físico, a parte mais grosseira, formada por
elementos do Plano Médio. Não desconheça também que o plano que atravessamos se
faz representar pela Verdade e é formado por elementos da Natureza, representando
Deus em determinada vibração, estando ligado, diretamente, em um dos nossos centros,
mantendo-o em estado de coesão.
5 O Ser Humano precisa receber conhecimentos que o permitam sair da escuridão em que
se encontra sua consciência. Mas, para tanto é necessário que aqueles responsáveis
pelas orientações ministrem ensinamentos com total isenção do orgulho, da vaidade de
saber o que na realidade ainda não sentem. De modo que os religiosos não privem suas
necessidades para que outros não tomem como exemplo e passem pelas maiores
decepções, nem tampouco os cientistas tentem convencer seus discípulos a aceitarem
suas orientações, porquanto elas provieram de ampliações de teorias pertencentes a
outros, que deixaram por concluir tudo aquilo que aprenderam e sentiram.
6 O Ser Humano simples, que não detém títulos adquiridos pelas ilustrações das
academias materiais e também não possui a facilidade oratória desembaraçada,
conserva grande sabedoria naquela ignorância, porquanto ele diz aquilo que sente dentro
do seu interior, enquanto aqueles que se consideram como verdadeiros sábios, guardam
ou acumulam a ignorância naquela sabedoria.
127

7 O verdadeiro conhecimento do Ser Humano não se encontra encerrado, também, no


espiritualismo teórico, adquirido através de sentimentos alheios, mas, sim, em sua própria
consciência, e só assim ele poderá afirmar se aquilo que ele deseja saber é falso ou
verdadeiro.
8 Quando a inteligência da humanidade for clareada pelos primeiros lampejos de luz que
são os ensinamentos oferecidos pelas Leis, o cientista completará o seu conhecimento;
quando adquirir a crença pela fé, o religioso passará a crer pela razão e o ateu será um
cientista-crente, enfim, toda criatura humana passará a viver uma vida equilibrada,
sofrendo, com resignação, as causas cometidas, por agir inconscientemente contra as
Leis e se empenhando para estabelecer um principio básico de relacionamento mútuo,
que é guiado pela fraternidade Universal, uma das manifestações da Lei de Amor.

7 O SER HUMANO / A VIDA


1 É evidente o fato de que A Vida se prova pelo movimento, pois que se há movimento, há
Vida e Vida é ação nas relações.
2 É evidente o fato de que nada vive isolado. Viver é ser, é estar em ação quando nas
relações com o todo que se faz parte.
3 É evidente o fato de que o valor das relações não é tampouco somente prazer e
satisfação, mas, sim, autorrevelação das nossas reações para que possa se realizar, de
nós, o autoconhecimento.
4 É evidente o fato da necessidade essencial do Ser Humano compreender a Vida como
um todo. Para tanto, cumpre agir e interagir, demonstrando assim, que se faz, além de
necessário, justificável, ele buscar observar em si o que e/ou quem age, bem como para
que, porque, como, quando, quanto, onde e com quê, e ainda o seu produto, ou seja, o
produto de suas ações e reações, portanto, de seus efeitos tanto objetivos, quanto
subjetivos.
5 É evidente o fato de que, “no Universo tudo são Leis, elas que partiram de um Princípio
Criador, Deus, a Vida das Leis Universais. dentro delas tudo é bem; porém, fora das
mesmas, nada é definitivo ou seguro. Portanto, para o Ser Humano viver feliz e
equilibrado, enfim, integrado com o Universo do qual é parte integrante, segundo as Leis
Naturais que o regem, lhe é essencialmente necessário, bem como justificável, o
conhecimento, o sentimento e o uso cada vez mais consciente, de seus códigos perenes
e imutáveis como um eterno e sempre novo padrão de ação do seu dia-a-dia de
relações”.
6 O Ser Humano, para compreender A Vida, usa de um meio que é O Viver. Ele não vive
sem agir e, para agir, geralmente pensa, portanto nada mais justo que procure verificar,
em si e no todo, o produto de suas ações através das manifestações de seus respectivos
efeitos, afinal, não há ação sem reação igual e em sentido contrário, pois toda causa tem
um efeito idêntico correspondente, e, ainda, o que se dá se recebe.
7 Para tanto, o Ser Humano, a princípio, age através do uso do pensamento fixo, ou seja,
“pensa com o pensamento” seu mesmo ou de outrem, inclusive segundo valores
sofismáveis caracterizados por código mutáveis de leis materiais e de interesses
geralmente individuais, ou melhor, pessoais e, não raro, se tornam estáticos e estáticas
são suas elaborações e realizações, logo, sofre, porquanto rígidas são suas construções,
e assim como as árvores rígidas se quebram nas tempestades naturais, também os
Seres Humanos fixos, rígidos se quebrantam nas crises da Vida.
8 Depois o Ser Humano age com pensamentos flexíveis, ou seja, “pensa com a
inteligência” adquirindo consciência, pois que pensa e age segundo valores insofismáveis
caracterizados por códigos perenes e imutáveis de Leis Naturais e de interesse geral, ou
melhor, coletivo e, não raro, se tornam sensíveis e flexíveis são suas realizações, logo,
128

inteligentes são suas construções e, por conseguinte, segue o ritmo da Vida através
das suas exigências “adequando-se”, para com a mesma, com certa presteza, ou seja,
definitivamente e seguramente decerto.
9 Por fim o Ser Humano age com o uso da inteligência sem o pensamento, ou seja, “pensa
sem pensamento”, e, não raro, ele e a Lei Natural são Um e, por conseguinte, se torna
Um Ser Humano - Lei, se assim podemos dizer. Este que realiza aquilo que chamamos
de “acaso”.
10 Eis que se faz necessário ser compreendido pelo Ser Humano se há ou não a
possibilidade de viver segura, feliz e equilibradamente, porquanto, uma vez que não vive
sem agir, e se ele ignora, esquece e/ou inobserva os valores insofismáveis
caracterizados por códigos perenes e imutáveis de Leis Naturais que regem o Universo, é
evidente que possivelmente agirá fora de tais códigos e é claro que só mais malefício
trará para si e seus semelhantes, bem como ao todo que faz parte, como está a ocorrer
agora com o mundo, até prova em contrário, onde é visível a onda da destruição
sobrepondo-se à onda da criação. Demonstração clara e precisa de que fundamentamos
nossas ações - em vez de em fatos, ou seja, em valores insofismáveis - em opiniões
embasadas, não raro, em falsas teorias, em valores sofismáveis, enfim, na ilusão e, por
conseguinte, gerando O Caos.
11 Daí importa ser compreendido que uma vez que no Universo tudo são Leis, interessa
muitíssimo a todos nós que busquemos experimentar tudo aquilo que nos possibilite tal
experiência. E o dia universal da Divina Lei é mais uma, dentre as varias oportunidades
relevantes para tal.
12 Oxalá, consigamos experimentar pela prática vivenciada.

8 O PRUMO E A LINHA DO PRUMO


1 Tudo o que existe no vasto campo universal foi, é e será necessário. E para que a
humanidade não fique privada da verdade é importante compreender, agora que estamos
atravessando o século da luz, que não há mais tempo para trevas, nem dúvidas, pois a
humanidade já foi iluminada para alcançar o ponto mais alto da sabedoria, onde impera a
luz e o conhecimento, atingindo, desta forma, o cume da perfeição, gozando junto aos
justos e perfeitos da harmonia das esferas onde impera o Eterno, o Incriado e o Absoluto,
ou seja, Deus.
2 O Ser Humano deve seguir sua livre e espontânea vontade, unificando-se à Verdade,
abraçando-a e seguindo-a para poder concluir pela Razão e seguindo, desse modo, a
Luz, ao invés de ser atraído pela decepção, dor, pelas trevas que se encontram em seu
caminho e, também, pelos abismos, onde se ouve os gritos de sofrimento e dor daqueles
que abraçaram a fascinação e desprezaram a razão, deixando de alcançar o
conhecimento real e verdadeiro pela falta de análise e de raciocínio.
3 É necessário que seja esclarecido para cada Ser Humano que não é mais tempo de
dúvida e descrença e que ele já pode esclarecer e expressar o desejo de tudo que quer.
4 O Prumo, que é um aparelho que auxilia os arquitetos nas suas grandes construções,
está identificado, simbolicamente, pelo Espírito e Matéria e a Linha do Prumo pela Alma.
Estas palavras que podem ter as suas letras substituídas cabalisticamente pelos números
correspondentes para podermos operar com a soma teosófica e redução, o que nos
permite chegar à seguinte conclusão: para a palavra Espírito temos o número 304 = 3 + 0
+ 4 = 7, que simboliza a evolução, e para a palavra Matéria temos o número 276 = 2 + 7
+ 6 = 15 = 1 + 5 = 6, que simboliza a criação, sendo que a soma teosófica de 7 + 6 = 13 =
4, que representa simbolicamente o comprimento, a largura, a profundidade e a
quadratura. Já para a palavra Alma temos o número 42 = 4 + 2 = 6, que simboliza a
Criação. Assim, o resultado geral da soma teosófica dos números representativos do
129

símbolo nos evidencia o seguinte: O Espírito = 7, A Alma = 6 e a Matéria = 6, ou seja:


7 + 6 + 6 = 19, que simboliza a manifestação da divindade perfeita. Demonstração
indubitável de ser O Ser Humano, O Ser Supremo da Obra da Criação. Prosseguindo
com a soma teosófica temos 1 + 9 = 10, que simboliza a manifestação de Deus no
Universo, ou ainda: 1 + 0 = 1, enfim, a representação simbólica do Grande Arquiteto do
Universo.
5 Da mesma forma que os números demonstram simbolicamente a realidade através da
cabala, seguindo a orientação das Leis oferecidas pelo Grande Arquiteto, também é
necessário que se utilize o nível do prumo e do compasso para a realização de uma boa
obra, porque se o Ser Humano ergue uma parede sem usar o prumo, em determinada
altura ela desaba sobre o seu construtor e todo o esforço empregado pelos trabalhadores
fica sem efeito pela falta de análise e compreensão.

9 A LINHA DO PRUMO
1 O Ser Humano que já tem consciência de suas realizações baseado em sua sabedoria e
já sente a Lei dentro de si, nada condena do seu semelhante, não o acusando nem o
defendendo, conservando-se neutro, porque já chegou a ponto de reconhecer o
emaranhado de Leis que forma a grande circunferência, cujo princípio tem que se resumir
ao fim através do tempo, formando o círculo completo da evolução e da necessidade.
Sendo assim, são necessárias as grandes e as pequenas experiências, para que aqueles
que observam e pesquisam procurem penetrar nas normas estabelecidas pelas Leis e
fiquem cada vez mais conscientes de que é a força de liberdade e necessidade que essa
mesma Lei proporciona a todos os seres do Universo.
2 Existem Seres Humanos que procuram a realidade, porém, para tornarem-se mais
conceituados, procuram fantasiar essa verdade com o véu da mentira, tornando-a negra
diante da humanidade, esta que não vê nesta mentira as trevas e julga que ela é a luz.
3 A Linha do Prumo simboliza a Alma. Esta palavra, ao ter as suas letras substituídas
cabalisticamente pelos números correspondentes, nos proporciona o número 42 = 4 + 2 =
6, que ao nível dos conhecimentos espirituais nos indica que no momento em que o
comprimento, a largura, a profundidade e a quadratura se encontram equilibrados,
proporcionam a criação.
4 A Verdade é, foi e sempre será o cálice amargo que o Ser Humano tem que beber.
Porém, se o Ser Humano se encontra na mentira, empoeirado pelas falsas teorias, ao ver
esse cálice amargo sente em si a revolta, essa que ocasiona a discórdia e, finalmente,
todos os pontos contrários à evolução. Porém, para aqueles que reconhecem a verdade,
esse cálice se torna, tampouco, doce que chega a ponto de saciar a sede de si e de cada
um.
5 Os Seres Humanos, em suas peregrinações materiais, têm os seus interesses terrenos, a
sociedade, seus amigos, têm seus pontos elevados tanto na parte financeira, quanto na
parte social. Portanto, se a espiritualidade revelar a verdade para o Ser Humano, ele
deve aceitá-la para tornar-se consciente e atingir a perfeição.

10 A INDIVIDUALIDADE DA ALMA
1 O corpo humano é um aparelho constituído de centros e órgãos físicos internos, que
recebem as energias dos planos da natureza para retransmitirem aos instrumentos à eles
ligados.
2 Dentre as energias que o Ser Humano tem a capacidade de capta,r destaca-se o
pensamento, o qual, por afinidade, promove a aproximação entre duas criaturas que são
identificadas, em muitos casos, como obsessor e obsedado.
130

3 A obsessão é uma perseguição que um desencarnado exerce sobre um encarnado,


através do pensamento, sendo comum nas reuniões mediúnicas, a manifestação destas
entidades explicando os motivos pelos quais ela permanece com aquela idéia fixa de
perseguir seu irmão e este, por não admitir a imortalidade da Alma, na maioria das vezes,
não dá importância ao que foi revelado pela espiritualidade, facilitando a dominação, por
parte do desencarnado que, após se ligar totalmente no Chacra Coronário, começa a
promover uma modificação na sua maneira de pensar.
4 A retirada das entidades nessas situações são efetivadas através de doutrinas
compatíveis com seu estado de perturbação mental, utilizando-se, o doutrinador, de
argumentos que venham a se constituir numa corrente de pensamentos contrários, como,
por exemplo, afirmar ao paciente que a entidade obsessora já foi conduzida para o
destino que a sua enfermidade exige, quer seja para as enfermarias ou para as escolas
do astral, considerando que em seu perispírito estão condensadas todas as impressões.
5 Quando um obsedado interrompe por completo seus afazeres para com a espiritualidade,
as entidades necessitadas que o acompanham ligam-se também no Chacra umbilical e
todos os prazeres e sensações destas passam a ser utilizados pelo Ser Humano,
ocorrendo uma realização conjunta dos dois, em dupla personalidade, sendo que, nesses
casos, o tratamento requer a administração de energias inteligentes no Chacra coronário
e energias de onda de vida no Chacra umbilical, a fim de promover a retirada da
entidade.
6 O ritmo de trabalho da Natureza é lento porque ela não se encontra aparelhada para
promover as realizações como o Ser Humano. Entretanto, suas obras são perfeitas
porque ela opera em obediência aos itens estabelecidos nas Leis Universais.
7 O Ser Humano, quando devidamente preparado, pode utilizar-se de sua mente para
abreviar o crescimento de um vegetal; pode também condensar um mineral qualquer que
seja sua espécie, em poucos minutos, bem como qualquer tipo de realização feita pela
Natureza, precisando apenas se esforçar, afastando de si a dúvida e a desconfiança,
colocando sua vontade para vencer todos os obstáculos constituídos pelas resistências
naturais e artificiais.

11 AUTOCONSCIÊNCIA DA ALMA
1 A grande influência que exerce o Corpo Físico sobre o Eu interno tem se constituído em
espessas muralhas que o impedem de exercer toda sua liberdade, tornando-se
incapacitado para dirigir aquele aparelho criado para que desempenhe a sua missão na
grande Obra Planetária.
2 É preciso que o Ser Humano desperte para se identificar como um Universo em
miniatura, compreendendo que todos os atos e ações por si praticados dentro ou fora das
Leis são armazenados em sua Alma que, para se libertar delas, exerce todo seu poder na
mente, através do cérebro, dando origem à grande forma que há de ser preenchida pelos
elementos da Natureza e, em consequência, este Ser Humano sentirá a sensação
proveniente do efeito da causa que lhe proporcionou um aprendizado pela experiência
sentida.
3 A Autoconsciência da Alma será conseguida quando houver uma perfeita identificação
entre o Eu interno com a mente, uma vez que esta contém elementos inferiores que se
combinam com os elementos grosseiros do corpo material, trazendo, em consequência, o
apego, a agitação e o prazer desregrado e dificultando, consequentemente, essa
identidade que viria promover a autorrealização do Ser Humano.
4 Quando a Alma se curva para atender às necessidades grosseiras, por imposição das
exigências que a matéria lhe exige, ela se envolve com vibrações de baixa frequência,
ficando mergulhada num lamaçal escuro de sofrimento. Porém, se o Ser Humano eleva
131

seu pensamento ao Alto para sentir as energias que constituem os planos de


evolução, logo haverá uma libertação desta dor provocada pela ignorância e, à medida
que aumentar sua persistência, aumentará, também, o seu estado de consciência,
porque foi observada uma transformação da necessidade material pela Espiritual.
5 Aquele que desenvolve sua inteligência, domina sua mente, educa seu pensamento e
controla seus sentidos físicos, torna-se senhor e não escravo dos prazeres e sensações.
6 Quando o Ser Humano se identificar com as Leis pela iluminação de sua consciência em
estado de vigília, o desenvolvimento de suas faculdades lhe proporcionará a
Autoconsciência da Alma e sua independência com o Corpo Físico. Mas esse trabalho só
surtirá efeito se o aprendiz utilizar sua persistência aliada ao esforço, meditando sobre
todo assunto estudado, se esclarecendo quanto ao funcionamento da máquina humana,
para que possa se libertar dos preconceitos materiais e espirituais, pelo conhecimento da
Lei de Necessidade.

12 PROCEDIMENTOS DA ALMA
1 Existem vários conceitos atribuídos às Almas encarnadas e desencarnadas em função do
seu procedimento nos planos onde se encontram, nas diversidades de existências pelas
quais têm de passar para absorver um aprendizado natural ou abreviado.
2 A Pena, por exemplo, segundo o conceito religioso, está relacionada com a explicação do
céu e inferno materiais que causam ao Ser Humano verdadeiro temor e fazem com que
ele atribua ou reconheça DEUS como um criador injusto que condena seus filhos a penas
eternas ou que venha a perdoar os mesmos, vindo a faltar com a Lei de Justiça.
3 A Prova que muitas vezes se faz passar por uma expiação, ou um ato doloroso, não é
nada mais do que a qualidade, ou seja, aquilo que representa a Alma através do
sentimento que esta possui e que, pela Lei de Necessidade, vem reencarnar-se no
planeta que lhe ofereça condições reais de se libertar dos erros do passado, ganhando
experiência e evolução por esse aprendizado.
4 A Expiação é reconhecida como um castigo, ou seja, pelo pagamento de uma dívida, e
podemos entendê-la como um sofrimento decorrente de uma má obra realizada, posto
que não existe determinismo das Leis para com o Ser Humano, logo, vivendo essa fase
de inconsciência, a Alma desencarnada passa a observar com atenção todos os seus
erros, utilizando-se agora de ações contrárias àquelas verificadas anteriormente, isto é,
de atos benéficos para que essa nova experiência continue latente no momento e após a
reencarnação pelas lembranças que são proporcionais à vontade, pelo trabalho
desenvolvido no plano astral.
5 A Obstinação pode ser compreendida como uma teimosia, tornando-se sistemática pela
insistência da Alma em persistir no erro, prorrogando, dessa forma, o seu estado de
sofrimento, e essa dureza que ela demonstra se transforma numa barreira constituída
pela insensibilidade de sua resistência.
6 O Arrependimento é identificado como um pesar, pelos atos que levaram a Alma àquela
situação de decepção, dor, bem como sofrimento, e consiste numa mudança de opinião,
abrindo assim o caminho para a sua libertação daquele estado em que se encontrava.
7 A Renúncia está mais relacionada a uma desistência da Alma pela recusa às falsas
teorias que a levaram ao estado de confusão em que permaneceu, e logo que demonstra
boa vontade para recusar as sensações adquiridas quando encarnada, vai melhorando o
seu estado de consciência, e, consequentemente, galgando os planos de lucidez mais
compatíveis com a razão, até chegar a um ponto que não necessite mais daquilo que o
Ser Humano encarnado precisa para sua evolução no plano material, atingindo assim o
ponto de levitação.
132

13 PROVAÇÕES
1 É necessário que a humanidade atualmente renuncie à tola vaidade de saber o que na
realidade não sabe, e procure compreender a teoria para aplicar na prática os métodos
perfeitos e adequados exigidos pela Lei de Compreensão e de Tolerância, por exemplo,
e, finalmente, a todos os princípios que a levarão a pontos mais elevados das perfeitas
realizações.
2 A humanidade, enquanto pouco inteligente, age sempre com precipitação, e em vez de
ouvir a voz da lógica e da razão ouve os impulsos do coração. Sendo este, ainda, um
falso conselheiro, não conduz esta humanidade ao caminho da realidade.
3 O Ser Humano sempre foi, é e será o Ser Humano. Entretanto, no decorrer das vidas
sucessivas haverá transformações de suas qualidades interiores e inferiores, chegando a
ser forte e invencível, não pela sua força física, mas pelo conhecimento dos métodos que
o levarão às mais altas vitórias sem que ele use violência ou demonstre força material, se
canse e seja forçado a restaurar as energias perdidas.
4 A provação é reconhecida no vasto Campo Universal como determinados tipos de
sofrimentos, e, além do mais, todas as causas pelas quais passam a criatura humana são
tidas por algumas religiões como provações, porque muitas e muitas vezes determinados
sofrimentos do Ser Humano não passam das análises mal planejadas. Existem casos em
que certos proprietários de casas comerciais, ao realizarem seus negócios sem o uso da
inteligência, chegam a ponto de entrarem em falência e, com isso, a religião atesta que
estes Seres Humanos se encontram em estado de provação. Se estas mesmas pessoas
se esforçam com inteligência, dedicação e vontade, e conseguem emergir do estado em
que se encontram, a religião diz que chegara o fim da provação.
5 É necessário que a humanidade reconheça que nem tudo que ocorre no Universo são
provações, sendo que alguns atribuem ao grande Karma Universal o produto destes
sofrimentos. Quando uma pessoa passa por privações, é muito comum se afirmar que ela
matou muita gente no passado, sendo que esta afirmação é um grande engano, pois
quem mata pelo ferro, morre pelo ferro.
6 Todos os Seres Humanos devem lutar para alcançar a vitória nos seus momentos de
sofrimentos, quer sejam provações ou não, enfrentando as batalhas e tendo plena
confiança em si. Se estes sofrimentos não forem provações, o Ser Humano se libertará
deles através de seus esforços, e se for provação, o esforço feito para libertar-se do
sofrimento amenizará suas dores. Para que o Ser Humano atinja pontos elevados de
aperfeiçoamento lhe foi oferecido um roteiro para se dirigir por ele com sabedoria,
inteligência e consciência.

14 O SER HUMANO, ESTA TRINDADE CONSCIENTE ADORMECIDA


1 Quer fanática, quer incredulamente, tem sofrido o Ser Humano por não usar de suas
forças para desprender-se destas forças magnéticas que o tem atraído para o sofrimento,
desde quando, como fanático, vive a afirmar exageradamente coisas sem o devido
conhecimento profundo, bem como também, de maneira incrédula, vive a negar tudo
aquilo que ouve sem o mínimo de análise e de raciocínio sobre tal assunto, fazendo com
que gere em si a dúvida, a descrença, a confusão, por não compreender que está pronto
para analisar e compreender, o que lhe tirará de toda e qualquer confusão.
2 Se faz necessário que o Ser Humano se conscientize de que somente através de seus
esforços e sacrifícios próprios ele pode tirar esta venda que lhe cega os olhos, que lhe
tem trazido a ignorância e o afastado da luz, que o desvendará novos horizontes de
beleza, que o levará à sabedoria, em função de se autoconhecer, esta que lhe trará a
convicção de sua força e de sua consciência.
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3 Hoje o direito do Ser Humano está vetado em alguns pontos, pois que ele não sabe
que direitos sem deveres é loucura, bem como deveres sem direitos é escravidão. Ora,
precisamos compreender que para ter direitos é necessário que cumpramos com nossos
deveres, pois os que cumprirem com os mesmos terão direitos adquiridos perante a Lei,
quer no plano físico ou espiritual. A Lei é uma e a mesma coisa em todos os cantos do
Universo e baseia-se nos direitos e deveres.
4 Por falta desta consciência, ou conscientização, visto que o Ser Humano não reflete, não
analisa os fatos e vive na incredulidade ou fanatismo, a Lei torna-se para ele, que anda
fora da realidade, dura, triste e cruel, por não entender que ela foi criada pelo Pai para ser
cumprida e lhe trazer a eterna felicidade, Ela se encontra dentro do Ser Humano e ele se
encontra nela.
5 Portanto, quando o Ser Humano se conscientizar de que é uma trindade consciente,
composta de um Espírito que é o próprio Deus dentro de si, de uma Alma que é sua
personalidade, seu Eu interior e de um Corpo Físico, este que é o invólucro
imprescindível utilizado pela Alma desde a fase Mineral até os dias atuais para cumprir
com as exigências das Leis Naturais através de seus códigos imutáveis, que lhe
proporcionam a verdadeira vida e o verdadeiro prazer de existir, então ele promoverá, em
função deste dever cumprido, o direito de ser feliz por investir na realidade.
6 Assim, à proporção que ele for desenvolvendo, através deste investimento (seguindo as
Leis) suas qualidades, logo, seguindo uma moral verdadeira, é que se manifestará, no
seu físico, as qualidades da Essência Absoluta que se encontram no seu Espírito, pois
que poderá nele estar desenvolvida a inteligência objetiva. Porém, sem o Sentimento,
sem a moral, não há consciência.
7 Os Seres Humanos podem, até mesmo, realizar façanhas incríveis, porém sem ter o
prazer de compreender por que e como as fazem, pois não sentem em seu íntimo, bem
como outros expressam, seus sentimentos, mas, por não terem a inteligência
desenvolvida, não se apercebem do que tais sentimentos lhes transmitem.
8 Assim, é de acordo com a descondensação através das Leis Naturais, dos centros de
força do Ser Humano, que cada vez mais ele concebe a pura essência do seu Espírito,
pois que o que se encontra no Físico em estado condensado, materializado, também está
no Espírito em estado absoluto, perfeito, consciente e à proporção do desenvolvimento
do Físico é que este expressa as qualidades da sua essência, ou melhor, seu Deus
Interno, caracterizando, assim, a semelhança entre o Ser Humano e Deus, ou seja, na
Essência.
9 Pois bem, o Ser Humano é o templo de Deus. Seu ideal deve ser de realização, se
desiste da luta que o levaria à vitória, torna-se covarde e fracassado perante si e a todos,
bem como a tudo e, para ele isso evitar, deve, persistentemente, gerar a coragem,
através da sua própria autoridade, e dirigi-la através da simplicidade e sinceridade, não
permitindo que penetre em seu ser os pensamentos que não sejam de Ideal Divino. Deve
combater os contrários, não com a resistência sistemática, porém, com a persistência,
dominando sua vontade pacientemente, a fim de que suas forças possam oferecer-lhe as
bases seguras em toda e qualquer realização.
10 Para tanto, é preciso ele, o Ser Humano, entender que, para realizar é necessário saber
aquilo que está realizando, para, em seguida, ter consciência de que realizou sua maior
vitória. Assim, sairá ele, por saber concluir em função da discussão e negação,
analisando a análise feita das coisas, do otimismo que o leva ao exagero, à precipitação,
bem como do pessimismo que o leva à preguiça, à inércia, e colocar-se-á na posição de
realista, pois procurará justificar usando a razão por ter consciência, pois estará
pensando com inteligência.
134

11 Sendo o Ser Humano um templo de Deus, pode ele caracterizar-se como Ser Supremo
do Universo, que tudo que para si é necessário pode realizar, sem o auxílio de forças
estranhas, pois que senão irá deixar-se cada vez mais levar pela escravidão das ilusões
que o levará ao paraíso da queda e da inação, pré-requisitos do sofrimento, da
impotência e fatalidade.
12 Para que ele realize é necessário a consciência das coisas, bem como dos seus deveres
a cumprir perante Deus, a Divina Lei, pois que se não vence será vencido e, para sempre
vencer, bom que se repita, deve usar da única arma inquebrantável “o cumprimento de
seus deveres sagrados” para consigo e com seus semelhantes. Para tanto, deve investir
em autoconhecer-se, mergulhando em si próprio, pois o que está fora, está também
dentro.
13 O poder de realização do Ser Humano não está fora dele e pouco deve lhe importar o
que se encontra externo a si, daí o fato de não precisar sufocar suas necessidades ou
viver se escondendo para viver equilibrado. Ele deve se importar, sim, com o que lhe está
interno, pois isto que é a sua grande força, sua grande riqueza, seu tesouro maior, seu
verdadeiro potencial. Portanto, para ter isso à disposição é necessário o Ser Humano não
se desregrar, pois os desregramentos o levam a esgotar sua força interior e isto,
constantemente acontecendo, o leva à queda, pois que seu organismo não virá a
funcionar normalmente, fazendo com que suas forças internas não consigam ser ativadas
conscientemente, através de seus centros, para a parte externa, a fim de entender e
senti-la. Para isso é necessário, inclusive, compreender que o prazer deve ser utilizado e
realizado com brandura e dentro das Leis Universais, como evidencia a Lei de
Necessidade e não como desarmonização do ser.
14 Portanto, deve o Ser Humano esforçar-se sempre, desde os princípios menores até os
mais altos e mais elevados. Lembrar que a Natureza tem lhe prestado, sempre e
ininterruptamente, seus benfazejos, porém nem todos estão a sentir tais vibrações de
harmonia porque sempre volvem seus pensamentos a outros fins, que não os de
sintonização com esta Mãe, Mestra e Serva de todos.
15 Pode ser até mesmo cansativo ao Ser Humano adquirir a consciência de sua força,
porém não é impossível e nem difícil, pois que a força é o desenvolvimento de seus
centros de energia que, muito embora ainda não tenham sido estudados pela ciência
oficial, são os realizadores do equilíbrio orgânico do Ser Humano e, para este realizar
com eles, deve ousar sempre persistentemente, pois a persistência vence a resistência
em todas as coisas. De nada adianta ao Ser Humano ousar em alguma realização sem
persistir.
16 A única coisa que impossibilita ao Ser Humano tais realizações é ele se afastar da
Natureza, não sabendo ele que Ela é quem fornece o método e a matéria-prima para
suas realizações, muito embora estejam ocultas aos olhos físicos deste. Porém, é preciso
que primeiramente creia que deva buscar para poder achar, afinal, tudo é concedido aos
que necessitam, pois sentem. Também, que abandonem a preguiça, omissão ou
irresponsabilidade e iniciem o desmoronamento de todas as barreiras que lhe vetam a
consciência, que nada mais é do que esse apego às coisas materiais com que tem
convivido.
17 Logo, o realizar depende do Ser Humano saber. Para tal é necessário que ele queira,
procure saber e sentir dentro de si e aí manipular, dentro do seu ser, as substâncias
necessárias e projetá-las para sua parte externa, através de seus sentimentos, sua
sabedoria.
18 Agora, cabe ao Ser Humano conscientizar-se de que nele se encerra o próprio Deus, a
Vida de tudo existente; a Natureza, que é o produto do movimento Divino, gerador de
energia e Ele Próprio, que é a produção da condensação dos elementos da Natureza
conservados como matéria, vivificado por Deus, para que, assim, pela Moral de sua
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existência, possa responsabilizar-se, conscientizando-se da sua missão, buscando o


progresso e a perfeição pela conscientização.
19 A obra está plasmada, os operários já foram convocados, as ferramentas estão à
disposição, bem como a matéria-prima. O método perfeito é a lógica, as Leis Universais e
as armas a Razão, agora... Ação, pois que, com efeito, fomos criados para realizar e
tornarmo-nos todos cientes do possível e crentes da realidade, em função de
compreendermos que somos o construtor e a obra.

15 QUEM FAZ AFINAL O DESTINO DOS SERES HUMANOS?


1 Muito se tem enganado os Seres Humanos com idéias ou promessas de salvação e
libertação advindas de forças misteriosas, até mesmo extraplanetárias, ou seja, força de
terceiros, quando não exageradamente evidenciam que a criatura já está no inferno dado
às causas que praticara, o que não está dentro da lógica, nem da razão. É necessário
que se esclareça ao Ser Humano que toda causa tem um efeito e, quando realizada a
causa pelo construtor, esta lhe traz o aprendizado através do efeito.
2 Portanto, o presente do Ser Humano e tudo o que ele passa em existência são partes de
suas obras passadas ou fruto de obras do presente, caracterizadas, na maioria das
vezes, por má determinação, mau planejamento, produzido pela falta de espiritualização,
levando a vida sem uma conotação espiritual, sem sentido, pelo fato de não existir em si
a busca incessante ao seu Criador. Deve o Ser Humano conhecer os motivos de seus
sofrimentos e dissabores para que, refletindo, possa conceber a causa e assim evitando-
a, evitará os efeitos correspondentes e equilibrar-se-á dentro da perfeição das Leis.
Agora, sim, pode se libertar de todos os males que o levaria à decadência.
3 Os métodos que ajudam o Ser Humano a libertar-se abreviadamente e por si mesmo são
as boas obras, a reforma dos costumes, o domínio do seu ser, equilíbrio da mente, a
calma, a paciência, as determinações bem planejadas, bem analisadas, etc. E o remédio
para todos os sofrimentos é o equilíbrio, a moderação, a tolerância e a igualdade.
4 Levando-se em consideração que toda ação tem uma reação igual e em sentido
contrário, cientificamente comprovado, também toda causa tem um efeito. Assim, se o
Ser Humano realiza uma obra, seja boa ou má, recebe o efeito desta obra, portanto, é
impossível transformar os efeitos.
5 A cada Ser Humano foi dado a liberdade de ação, muito embora o destino seja Deus.
Porém, cada um faz o seu caminho através deste livre arbítrio. Logo, não existe
determinismo de Deus para com o Ser Humano, porém determinismo do Ser Humano
para consigo mesmo. O que caracteriza que se houvesse determinismo de Deus para
com o Ser Humano, não haveria liberdade e sem ela não haveria engrandecimento da
Alma, não haveria progresso, existiria, sim, uma humanidade subjugada, escrava, cujo
tirano seria Deus. Portanto, o Ser Humano não deve se deixar levar pelo determinismo.
6 Ainda hoje o Ser Humano direciona sua estupidez e ignorância aliada ao bem mal
dirigido, pelo fato de não saber manipular todas as substâncias que estão ao seu redor
circundando-o, tudo dado pelo Criador. Basta o Ser Humano aprender, pela busca
inteligente, a conceber do Alto aquilo que ele pensa que é concedido, pelo mesmo,
gratuitamente, que intitulamos: a felicidade.
7 Dizem os Seres Humanos, “Deus fez o Ser Humano à sua imagem e semelhança”. Ele
próprio, por não compreender tal semelhança, tal identidade, tem se afastado deste
princípio fazendo seu destino diferente dos demais. Ora, toda esta obra visível aos olhos
físicos do Ser Humano fora criada para sua felicidade. A infelicidade se dá pelo fato do
Ser Humano ter se afastado dos ideais de simplicidade para viver uma vida fictícia e
artificial, criando causas e passando por efeitos correspondentes, por via da ignorância,
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esta que lhe dominou a consciência tornando-o impotente, descrente, dissidente,


confuso e duvidoso do seu próprio poder latente, incapaz de lutar contra a própria
ignorância.
8 Na grande Obra Planetária as vibrações da Lei de Necessidade exigem as obras para o
progresso e evolução em busca do absoluto pelo relativo. Para tanto, o Ser Humano, por
ser a maior criação de Deus, ele, sobre o planeta vem receber, conceber ou perceber tais
vibrações e age através dos atos bons ou maus, criando formas mentais através de seu
pensamento, este que como corpo formado, carrega em si o poder mental do próprio Ser
Humano e a parte da natureza que irá ser descondensada através desta obra que se
realizará. Tudo isto pode ser realizado pelo Ser Humano de maneira consciente ou
inconsciente. Quando o Ser Humano age conscientemente, sabendo o que está
realizando, ou seja, quando comete um mau ato para realizar uma má obra em função de
toda causa ter um efeito igual, ele não apenas sofrerá as consequências ou dores desta
obra realizada, mas também continuará com os tormentos do remorso. E os que agem
inconscientemente apenas passarão, no caso de má obra, as dores do fruto da mesma,
ou seja, efeito da mesma.
9 Como tudo é, e deve ser de acordo com a necessidade, compreenda-se que a dor é o
remédio do mal e é através dela que o Ser Humano chega às conclusões das coisas, pois
que esta o leva à reflexão do cometido.
10 Na verdade, através das idéias, como evidenciado anteriormente, o Ser Humano cria as
formas pensantes, belas ou monstruosas, estas que se formam através de suas próprias
energias, inclusive orgânicas, ou seja, energias vitais, enfraquecendo seu próprio
organismo que no futuro necessitará delas para o seu equilíbrio, pois que as
desprendendo enfraqueceu-se, advindo a chamada doença, caracterizando o tal
sofrimento, evidenciando a necessidade de repô-las. É nesta hora que o Ser Humano
sofre e revolta-se dizendo: “O que fiz para sofrer?”, “Que Deus é esse?” etc.. Desta feita,
então, através da sua ignorância, chega a evidenciar que sofre por causa dos outros, não
compreendendo que ele é quem faz seu destino.
11 O filho não poderia pagar os erros dos pais ou vice-versa. Onde estaria a lógica da
justiça? Que justiça? A justiça real, absoluta, imutável, esta que não privilegia nenhum
ser...esta que relativamente já conseguimos materializar para entendermos, através da
máxima: “toda ação provoca uma reação igual e em sentido contrário”, esta que
caracteriza seguramente a Lei Natural intitulada “Causa e Efeito”, que tem como regente
administrativo, em função das exigências da Lei de Necessidade, o Karma, a Justiça
Divina.
12 Deus não determinou o sofrimento, nem tampouco chama e leva ninguém para o
chamado Reino dos Céus. É necessário que se estude, através da pesquisa, a Lei de
Causas e Efeitos seguramente, levando em conta a Lei de Moral e tudo se esclarecerá.
Ora, então o Ser Humano precipita-se diante de uma locomotiva em movimento sofrendo
as consequências desta determinação e foi Deus quem determinou isto? Não. A
infelicidade do Ser Humano é ele quem faz com suas extravagâncias e excessos,
produzindo o enfraquecimento dos seus centros psíquicos de energias, ainda não
estudados pela ciência oficial, enfraquecimento este que se intitula hoje como doença.
13 Logo, o Ser Humano deve compreender que toda idéia é pensamento, quer benfazejo ou
malfazejo, que inicia e conclui uma obra através dos atos. Se uma obra é benéfica é
porque os atos foram benéficos e se foram malfazejos é porque os atos foram iguais, aí
ele sofre as consequências, porque sua consciência o condenou, não Deus, pois é fruto
de sua própria realização, fruto de sua própria mente.
14 Agora, é necessário livrar-se das falsas orientações, dos falsos costumes, dos falsos
procedimentos, advindos da falta de moral para com a vida real e compreender que tudo
por nós realizado se grava em nós, no nosso Corpo Astral e não no Físico e entender que
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com a morte nada acaba, pois que o objetivo de nossa existência continua vivo e
vivido por nós, quer vivos ou mortos, ou seja, encarnados ou desencarnados, aguardando
as exigências da Lei de Necessidade para a dispersão, em função da evolução, das
formas pensamentos através das sensações, quer de satisfação ou insatisfação que se
apresentarão quando encarnados ou desencarnados estivermos, em sentido de
impressões.

16 A FORÇA DO SER HUMANO


1 Para que o Ser Humano possa realizar é necessário que ele use das suas forças sempre
dentro dos códigos que estabelece a Lei do Direito e da Justiça.
2 Evidentemente que não há crime algum no Ser Humano ao adquirir, ou melhor, esforçar-
se para adquirir, pelo seu trabalho e esforço, o desenvolvimento de suas forças a ponto
de atingir a sabedoria e utilizar a mesma para fins de beneficiar seus interesses pessoais,
desde que estejam, estes interesses, dentro do direito e da justiça. Desta forma, o Ser
Humano não constitui crime algum perante as Leis Divinas.
3 A Lei de Necessidade, força maior abaixo de Deus, esta que impulsiona o progresso do
Universo, estabelece códigos para serem respeitados pelo Ser Humano. O que leva o Ser
Humano ao crime perante as Leis não é fazer uso de suas forças para atender as suas
necessidades, não importando, inclusive, o que ele faça para conseguir saciar tais
necessidades, porém, sim, usá-las (suas forças) para fins que não correspondam ao que
se encontra estabelecido nestes códigos.
4 Neste plano em que se encontra o Ser Humano ele já sente o desejo de despertar sua
sabedoria, seu sentimento, sua consciência, sua força, infelizmente tem se deixado levar,
na maioria das vezes, a pensar e também usar das mesmas naquilo que não está dentro
do direito e da justiça. E isto o confunde e o leva ao caos sem o gosto da realização,
posto que, com efeito, não pensa e usa suas forças em benefício dos seus semelhantes,
bem como de si próprio.
5 Para se viver equilibrado com a Lei é preciso ter persistência, vontade bem intencionada,
esforço, ter boas intenções, enfim, carisma, a fim de que possa tudo adquirir e realizar,
sendo, portanto, recompensado pela Lei.
6 É realmente crime usar da força em detrimento dos outros, lesar a boa fé destes. É crime
não corresponder à confiança quando a adquirimos. Portanto, deve, necessita e pode, o
Ser Humano, desenvolver seu potencial, despertar seu sentimento, adquirir sua
consciência, enfim, conscientizar-se da sua força e usá-la dentro dos códigos que
estabelece a Lei de Direito e de Justiça, para que, assim, realmente, possa dizer-se
realizador. Com isto ele estará sendo possuidor da sabedoria, da força e da beleza, este
triângulo que visa, ou melhor, que caracteriza, justificando, o Ser Humano altruísta, este
que através de sua sabedoria, adquiriu a força e com esta vem realizando, através da
beleza das suas ações, atos e obras, enfim, em todas as suas realizações.

17 ONDE ESTA A FORÇA DO SER HUMANO?


1 A majestade do Ser Humano é proclamada pela Natureza, esta que como mãe ampara,
como mestra orienta e como serva serve a todos os seus filhos indistintamente, sem
privilégios, pois é a representação material das Leis Imutáveis que regem todo o
Universo.
2 Deve o Ser Humano procurar conceber, através do seu querer, o saber das coisas, para
que possa realizar tudo que se encontra, através da necessidade, precisando
materializar-se para aprimorar-se e evoluir.
3 Poderá o Ser Humano a isso concluir, ou melhor, triunfar através do uso de sua
persistência, pois ela tende a vencer qualquer resistência, através do seu esforço
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acumulado buscando realizar suas idéias, mas que estas sejam de ideal belo, sublime
e elevado.
4 As ferramentas do Ser Humano são o pensamento e a vontade, caracterizadas por uma
determinação de ação, pois que todo o Universo Cósmico gira ao redor do Ser Humano,
interpenetrando-o, vivificando-o e lhe dando vida. Logo, pode ele, através de sua mente,
direcionar construtivamente essas ferramentas com uma persistência firme e, então, se
sentirá como um verdadeiro templo de beleza e realizações benéficas. “dize-me o que
pensas e vos direi quem és”. A Natureza, com todos os predicativos evidenciados
anteriormente, por seguir as Leis, em função da afinidade, será atraída pelo pensador,
pois os semelhantes se atraem para aperfeiçoar-se e através de suas forças que se
encontram animando o Universo, obedecerá à Lei e concederá sua parte para que tais
pensamentos sejam realizados através de quem os buscou. Vive bem quem com bons
pensamentos convive.
5 É necessário coragem, confiança e simplicidade em si próprio, ânimo, vontade firme e
caráter moralístico. Não se deve querer, a princípio, saber o que pode fazer a força.
Deve-se pensar sempre em atingi-la para ter condição de usá-la, e nunca adquiri-la, bem
como o modo de usá-la.
6 Não se saberá, verdadeiramente, que efeito tem a causa, se não praticar a mesma. E isto
se torna um dos defeitos do Ser Humano: querer atingir os fins, sem atinar para os
princípios. Daí o fato de sofrer, por não saber, por exemplo, que o pensar não é meditar,
pois que o pensar exige grandes quantidades de energias do Corpo Físico, logo ele se
cansa. E o meditar não, pois é uma atividade da Alma. Portanto, para não cansar o órgão
responsável pela criação dos pensamentos - a mente - deve o Ser Humano direcionar
seus pensamentos para um único fim, o que ele deseja, o que o ajudará a concretizar
mais rapidamente desde que, para tanto, direcione sua vida com uma conotação
espiritual. Corpo são, mente sã: a saúde física é solidária à saúde moral.
7 Hoje o Ser Humano tem sofrido, fazendo imperar em si a insatisfação advinda do
sofrimento, pelo simples fato dele sempre pensar na decadência e no fracasso. Ele deve
elevar seus pensamentos sempre, mesmo com todos os problemas, a um ponto superior,
buscando atrair as correntes contrárias ao que em si agora acontece, pois que não está
em pensar nas tristezas, nos sofrimentos, a libertação dos efeitos das causas cometidas.
Porém, se no instante em que sofre o Ser Humano mudar seu pensamento buscando o
medicamento salvador, através do resigno, este lhe proporcionará um novo bem estar.
8 Quanto mais ele pensa em sua decadência, mais perde energias orgânicas e estes
pensamentos prendem-se ao seu campo energético, ou seja, sua Aura, e o estado de
enfermidade vem, cada vez mais, declinar-se e os medicamentos externos não surtirão
efeitos desejados por mais evoluídos e completos que sejam, material e cientificamente
falando.
9 O Ser Humano, por não depositar sua força baseada na crença, tem se lastimado por não
encontrar as soluções para os problemas que no planeta tem-se manifestado. Ora, não
poderia existir um efeito sem causa. Diz ele que o Universo surgiu do Nada, depois
evidencia que toda causa tem um efeito. Sendo assim, então, somos efeito do nada. O
nada, não existindo, logo também não existimos e a máxima de que toda ação provoca
uma reação está ainda muito relativa para explicar até mesmo toda esta relatividade,
diga-se, com efeito.
10 Devemos compreender que, ainda que relativamente, se o Ser Humano pensa é porque
existe, e se existe pode materializar o que se necessita. É importante fazê-lo o menos
imperfeitamente, sempre que possível, para tirar proveito da essência, pois tudo partiu do
Criador, do Todo e, se partiu do Todo, só pode ter em si o Real. Portanto, o pensamento
é o fio condutor de toda e qualquer realização, pois vem do real, e como tal só pode
transmitir a realidade, cuja base é indestrutível. Pode ela, como tem acontecido, ser até
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mesmo mal aproveitada pela ilusão dos insanos, bem como má interpretada pelos
fanáticos e mentirosos, porém, sua essência estará impune, pois é eterna, é imutável.
11 De que serve o Ser Humano querer saber, se não for para realizar por consciência? É
necessário o ousar para tal, e o que conduz o Ser Humano a isso é sua vontade, este
bólido que o impulsiona a progredir em tudo que deseja. É ela quem faz manifestar, no
Ser Humano, em função de suas necessidades, a imaginação de quaisquer realizações
e, quando isto acontece, seguindo as Leis Naturais, ou seja, com consciência, então a
realização acontece.
12 Por não ter consciência uma criatura é dominada por outra, pois será levada
imaginariamente pela consciência dos outros. Assim, a vontade é deste outro que o
estará hipnotizando, escravizando e somente sairá deste estado quando despertar sua
própria consciência que relutará até conseguir libertar-se, porque assim conseguirá
imaginar com sua consciência e aí surgirá sua própria vontade.
13 Tem esperança quem sabe da verdade. É ela quem anima o Ser Humano a construir seu
destino através do seu esforço individual, removedor das barreiras impostas pela
ociosidade e falta de orientação espiritual segura e lógica, que lhe possibilite realizar o
que necessita.
14 Em contrapartida, o desânimo e a incapacidade advêm-se dos desregramentos e
excessos que levam o Ser Humano ao enfraquecimento de suas energias realizadoras,
pois que não conseguiu dominar sua vontade e equilibrar seu pensamento. Para tal, não
é necessário fugir dos desejos e necessidades que na verdade lhe são necessários ao
equilíbrio orgânico, mas evitar destes os excessos. Não está em evitar as paixões, mas
dominá-las, ou seja, não é para abandonar o Corpo Físico, mas, sim, aperfeiçoá-lo,
vencendo pela moderação, parcimônia e tolerância.
15 Não está no pensar ou imaginar que o Ser Humano poderá realizar, ele precisa confiar,
nunca descrer, procurar reconhecer, através de seu saber e esforçar-se sempre para
vencer através da ousadia para realizar.
16 Assim, o pensamento e a vontade são forças dos Seres Humanos, que lhes
proporcionam a vitória através da realização consciente.

18 PLEXOS
1 Os estudos científicos de natureza oficial que o Ser Humano desenvolveu ao longo de
muitas décadas têm demonstrado alguns progressos quanto ao funcionamento de partes
do corpo humano.
2 Os Plexos, por exemplo, são reconhecidos como sendo uma série de filamentos nervosos
cuja inervação motora é produzida pela corrente sensitiva que parte dos referidos nervos.
3 A máquina humana é constituída de uma parte interna representada pelos Chacras e
Plexos e outra parte externa composta do arcabouço físico, com seus respectivos órgãos.
4 Os Chacras são em número de três, a saber: Coronário, Umbilical e Sagrado e os Plexos
totalizam quatro, ou seja: Frontal, Braquial, Cardíaco e Hipogástrico, formando, ao todo,
sete centros fundamentais.
5 Cada um desses centros especificados possui duas ligações básicas: a primeira está
relacionada com a energia do plano correspondente, esta que os conserva em estado de
coesão, transmitindo-lhe vitalidade, e a segunda é a energia transmitida pelo Espírito,
para lhe proporcionar o movimento e a vida. O mesmo procedimento ocorre com a Alma.
6 Quando o Ser Humano gasta toda energia captada pelo Chacra Coronário, quer seja em
noite perdida, quer seja por outros excessos, ele dorme no lugar em que se encontra.
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7 No Chacra Umbilical se manifestam as energias da corrente de onda de vida, onde se


encontra localizado o perispírito, ligando a Alma ao Corpo Físico. No Chacra Sagrado de
todo Ser Humano estão presentes as energias da procriação.
8 O Plexo Frontal está localizado entre as sobrancelhas do Ser Humano e nele se
manifestam as energias mentais, tendo, esse centro, uma ligação direta com a glândula
pineal e os sentidos que proporcionam o grau de percepção.
9 O Plexo Braquial recebe as energias do Prana e estas são distribuídas aos órgãos sobre
seu comando, aos quais transmite vitalidade e força para conservá-lo em estado de
coesão, e, também, proporcionar o seu bom funcionamento. No Plexo Cardíaco se
manifestam as energias da vontade, no Plexo Hipogástrico se manifestam as energias do
Apas, para manter o equilíbrio dos órgãos abdominais.
10 Os Chacras e Plexos correspondem exatamente aos centros formados pelo Espírito,
através dos elementos contidos nos planos da natureza, sendo que a coesão destes
elementos é que forma as energias específicas de cada plano.

19 A AURA DO SER HUMANO


1 Para que o Ser Humano alcance a sabedoria e a força, é necessário que ele se esforce
com persistência para conseguir o real e o verdadeiro sem orgulho, sem fanatismo e sem
fascinação, adorando apenas a verdade que é ditada pelo seu sentimento e conferida por
sua razão. Todo Ser Humano é dotado de inteligência. Todo Ser Humano é dotado
também de consciência e sentimento, e finalmente de todas as qualidades necessárias e
indispensáveis para estudar, analisar e chegar às verdadeiras conclusões.
2 Existem muitos que se lamentam, no vasto Campo Universal, não poderem realizar aquilo
que desejam, sendo que a ignorância é que faz com que eles não concretizem esta ou
aquela realização, tornando-se impotentes para lutarem e atingirem o ideal almejado.
Existem outros que lutam e fracassam no meio da luta, sobrevindo o desânimo e,
finalmente, a desistência. Entretanto, dentro do seu ser existe toda a capacidade que o
proporciona as realizações, tudo o que ele deseja, restando para tanto que manipule com
os elementos que fazem parte de si mesmo no laboratório de sua Alma e projetá-los para
fora.
3 Para que o Ser Humano alcance tudo o que deseja é necessário que ele harmonize suas
correntes de vibrações individuais com as energias cósmicas vibrando o seu pensamento
em torno de sua Aura.
4 A Aura tem a cor dos planos que a mente do Ser Humano atinge, variando, portanto, de
acordo com o desenvolvimento mental deste. Se as cores da aura não são visíveis, é em
virtude da pouca quantidade de matéria desprendida pelas células. Se uma forte vibração
for efetuada sobre o movimento destas células, haverá distribuição exagerada de energia
que levará a um aumento de condensação da aura, a ponto desta ser vista por todos a
olho nu.
5 A aura do Ser Humano é um halo de luz que envolve o seu corpo, possuindo uma forma
ovóide, não podendo ser identificada muitas vezes em virtude da visão do Ser Humano
não se encontrar aparelhada para percebê-la.
6 O corpo do Ser Humano possui em torno de si uma claridade que constitui uma força
mental que produz os pensamentos. O poder da mente em conjunto com a matéria astral
forma estes corpos que são provenientes da Aura.
7 A aura é um halo de luz que envolve o corpo do Ser Humano, existindo a aura que
envolve o corpo grosseiro e a aura que envolve o corpo da Alma, sendo esta mais
quintessenciada e mais perfeita do que a do Corpo Físico.
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8 O que caracteriza a qualidade da Alma é o desenvolvimento mental, de modo que os


ciumentos, os mendigos, os nervosos são possuidores de uma Alma enferma pela cor
que apresenta e que se origina de sua vibração.
9 Os clarividentes podem presenciar nos hospitais a presença de uma aura normal nos
doentes calmos e uma aura mais dilatada nos doentes nervosos, sendo que este
nervosismo atinge na aura dilatações extraordinárias.
10 Para que a ciência material tome estas orientações como verdade é necessário um
perfeito equilíbrio sobre os elementos inferiores que entram na composição do seu corpo
material.

20 O SENTIMENTO DO SER HUMANO


1 No Ser Humano, a Paciência baseada na compreensão do movimento total da vida, esta
que lhe traz a consciência, enfim, a liberdade; o Esforço, baseado no interesse em
aprender as coisas, este que lhe traz a disciplina natural e não imposta, enfim, a ordem; a
Persistência, baseada na inteligência da ação integral do ser, esta que lhe traz a
sensibilidade, enfim, o saber; bem como a Simplicidade baseada na beleza e no amor
que existe na estrutura, na complexidade de todas as coisas, esta que lhe traz a paz,
enfim, a harmonia, quando utilizada pelo mesmo com afeição, zelo e esmero,
proporciona-lhe experiências essenciais na sua existência pela comunhão constante com
o Universo. Assim, sua inteligência vai desenvolvendo-se gradativa e eficientemente, uma
vez que aliada ao seu sentimento, à sua sensibilidade pela energia descondensada, irá
identificando em suas ações, bem como em tudo, a Verdade, esta poderosa luz que
irradia todos os seres, proporcionando-lhes, quando há e encontra espaço, a Liberdade, a
Consciência, enfim, a Ciência.
2 Sentir, Querer, Pensar, Ousar, Reconhecer, Raciocinar, Realizar são alguns dos objetivos
das energias no Ser Humano que, quando recebidas, percebidas e concebidas em sua
complexidade, essa compreensão torna o seu ser pleno, mais consciente,
consequentemente, mais repleto de energia proficiente.
3 O sentimento não se adquire por ou com idéias pré-concebidas, que temos acumuladas
em nós pelo processo de vida condicionada que levamos, quer seja pela cultura ou
formação acadêmica, mas adquire-se sim, pelas experiências vividas por cada um em
relação constante com os fatos que lhes acontece no dia-a-dia, dando atenção plena a
todas as coisas, portanto em eterna ligação com o Universo e, assim, experimentando-o
sem distância, sem tempo, em plena liberdade para compreender, por si, a Verdade.
4 Dia virá que a ciência vencerá o mundo, haja vista, hoje, seja lamentável que nós
“cientistas” ainda não sigamos as indicações reveladas e justificadas pela razão, bem
como as orientações espirituais, para compreender presentemente os códigos imutáveis
contidos nas Leis Universais, e nos basearmos nelas para realizar aquilo que até então
consideramos impossíveis. Bem verdade que isto não se consegue com desejos
reforçados pelo pensamento, mas sim com a vontade, ou seja, quando se pensa dentro
das Leis. Afinal, dentro delas tudo é bem, porém fora das mesmas nada é definitivo ou
seguro.
5 O sentimento está diretamente ligado ao efeito de sentir e saber, haja vista, seja
necessário que o Ser Humano saiba o que sente, para sentir o que sabe, este que é do
Ser Humano a sua luz, que uma vez emitida, o liberta por consciência e não por
modismo.
142

21 O SENTIMENTO INTERIOR, A VERDADEIRA SABEDORIA DO SER HUMANO


1 Tanto a fantasia dos insensatos, quanto o véu da mentira, tem aproximado cada vez mais
o Ser Humano ao apoucamento da Verdade, esta poderosa Luz que realmente liberta
todo e qualquer Ser Humano quando internamente a reconhece.
2 O Ser Humano tem hoje, ainda, dificuldade em realizar porque busca nos outros aquilo
que ele deve concluir por si próprio. Tudo isso porque ainda não se conscientizou de que
é capaz e que todos nós temos um trabalho individual para com Deus, do qual não
conseguiremos fugir.
3 Na maioria das vezes ele tem afirmado serem verdadeiras certas coisas, porém sem que
isto seja o fruto do seu próprio sentimento, dito sem a menor consciência, o que na
maioria das vezes tem sido conclusões alheias de outros, e isto gera em si a confusão,
afinal jamais devemos afirmar ser verdadeiro aquilo que nem a nossa razão concluíra
nem o nosso sentimento aceitara.
4 Ao Ser Humano não importa o personagem ou seu nome, tampouco o cargo ou posição
que ocupe, bem como o prestígio que adquiriu e desfrute. Que importa tudo isto se a
verdadeira sabedoria só consiste no seu sentimento, fruto de suas experiências?
5 Quando o Ser Humano não mais se julgar inferior aos outros, não mais descrer de si
mesmo, não mais quiser saber sem procurar saber o que quer saber, não mais crer em
tudo que lhes é dito pelo fato de achar que se cansa quando procura o que quer, não
mais se prender às idéias dos outros Seres Humanos que gozam de prestígio e por isso
os levam às vezes a ponto de idéias absurdas, como o céu, inferno e purgatório e, ao
contrário, acabar com esta ociosidade mental que possui, meditando com boa vontade e
esforço persistente e pacientemente, verá que Deus em toda Sua grandiosa Obra
Universal, não a fez um paraíso de fanáticos vagabundos, como fazem os ditos
detentores da missão de religar o Ser Humano a Deus.
6 Em realidade, Ele criou uma oficina com ferramenta e material para que o Ser Humano
venha movimentar-se trabalhando a ponto de aprender tudo, aperfeiçoar-se e tornar-se
Uno em essência com Ele. E assim, necessário se faz que o Ser Humano aprenda a Arte
de Entender para reconhecer as falsas sabedorias, estas que dão títulos aos
especialistas da ignorância e da superstição que trazem a humanidade escrava da
infelicidade. Boa parte dos Seres Humanos têm se curvado aos pés destes por serem
ignorantes e crentes loucos que tem galgado os louros do fracasso.
7 É dever do Ser Humano compreender a realidade na simplicidade demonstrada, por
exemplo, na Natureza, onde tudo acontece, muito embora o Ser Humano diga ser
impossível. Pode até mesmo certas realizações serem difíceis, mas jamais impossíveis.
Deve o Ser Humano não julgar as coisas evidenciando serem boa ou má, sem antes
analisar, para que tenha consciência do que está julgando. Nunca conclua para agradar a
terceiros e assim atingirá cada vez mais patamares da sabedoria. Também não deve
condenar, preconceituosa e indiscriminadamente, tais coisas sem conhecê-las. Assim, de
análise em análise, o Ser Humano tende a eliminar a confusão dos fatos e alcançará a
realidade, do contrário a crença cega o atirará às trevas do abismo da incerteza e da
insegurança vivendo como um barco à deriva no incomensurável oceano universal, em
tempo tempestuoso, sem bússola, sem rumo, sem tripulantes, sem comandantes e,
logicamente, sem esperança de salvação.
8 O conhecimento verdadeiro, o saber real do Ser Humano está no seu sentir aquilo que
sabe, e cada um tem o seu individual. Esta é a sua Verdade e ela não se reduz aos
sentimentos ditos e apresentados por outros. Portanto, deve procurar iluminar-se pela luz
da convicção, da consciência, do sentimento, para que nesta tempestade da vida, saiba
que rumo e meios deve seguir e utilizar para que possa “salvar-se”, e oxalá sejam estes
143

meios equilibrados pela Razão, advinda da análise, para adquirir a consciência pela
certeza.
9 Muitos se julgam sem sentimentos e buscam alhures desenvolver em si esses
sentimentos, porém é preciso reconhecer que, mesmo o maior dos “ignorantes” tem o seu
sentimento interior, adquirido nas diversas experiências das diversidades de encarnações
e que ficam e estão gravados em sua consciência, embora muitos estejam inconscientes
disto. A crença real é a que é realizada pelo sentimento do Ser Humano, que parte da
sua parte interna para a externa que expressa a todo instante os resultados positivos do
que realizara, por suas análises e a crença fanática é a que parte da sua parte externa
para a interna e o torna ilusionista e cativo do fascínio.
10 Quando os sentimentos se encontram em condições de serem despertados através das
análises eles vão passando do interior para o exterior e vice-versa, formando no Ser
Humano a perfeita imagem da realidade.
11 Portanto, dizer que o Ser Humano é produto do meio em que vive, deixa a desejar, pois
que, se colocado um tolo fosse ao meio de seres elevados, este jamais conseguiria
corrompê-los. Assim, conclui-se que o Ser Humano é o produto dos seus sentimentos,
estes que são os frutos adquiridos pelo mesmo através das experiências que passara e
adquirira nas existências físicas, e estão em estado de latência, aguardando tão somente
que o Ser Humano, com os mesmos, possam trazê-los à sua parte externa para
expandir-se, analisando sempre a vida e interná-los novamente tornando cada vez maior
seu próprio conhecimento, sua própria e verdadeira sabedoria.

22 A REAL HISTÓRIA DO SER HUMANO NA TERRA


1 Nada há de novo debaixo do Sol. Tudo que existe ou vier a existir já existiu.
2 Infelizmente, a humanidade terrena ainda não atingiu um grau de evolução capaz de
realizar e fazer subsistir no seu planeta o que já foi realizado e já existe em outros globos
mais evoluídos que a Terra.
3 Todo conhecimento do presente foi adquirido pela sabedoria do passado e todo
conhecimento do futuro será adquirido pela sabedoria do presente.
4 Bem sabemos a dificuldade daqueles que iniciam o estudo do ocultismo. Muitos já o têm
interno em si, entretanto, o meio onde vivem, seus usos e costumes impedem o
desencadeamento natural destas verdades latentes em si.
5 Sabemos também que existem aqueles fascinados pelo preconceito social e literário, pela
cultura e ilustração, que se destacam dos demais, considerando-se enaltecidos,
impressionados, convencidos e satisfeitos no seio do seu ambiente obscuro, defeituoso e
materializado.
6 A Espiritualidade sempre nos orientou no sentido de prepararmos a nossa morada
modificando a maneira de pensarmos, substituindo as formas mentais de ódio, vingança
e egoísmo pelos pensamentos puros, de paz, harmonia e amor, porque, sendo o
pensamento um corpo vivo formado de matéria astral e força mental, ele pode combinar,
pela afinidade, com o pensamento de outra pessoa forçando-a a obedecê-lo sob um
estado de subjugação e, consequentemente, alterando o comportamento destas Almas
encarnadas e, dessa maneira, dar condição aos irmãos vizinhos que, ansiosos por
entrarem em comunicação conosco, nos trarão lições naturais baseadas nos sentimentos
de pura fraternidade. Estes irmãos já venceram as barreiras impostas pelo 5º Plano de
Evolução.
7 A real história do Ser Humano na terra pode ser compreendida se entendermos que o
planeta precisou de um total, em milhões de anos, correspondente ao equilíbrio dos
Universos para a conformação de suas massas e, quando atingiu a capacidade de
sustentar a vida orgânica, atraiu-a, impulsionado pela Lei de Necessidade e eis que as
144

Centelhas Divinas ou Espíritos se precipitaram para satisfazer as exigências do globo,


vibrando nos quatro planos básicos, ou seja: mineral, vegetal, animal e hominal.
(Nota) Para os que se iniciam no estudo do ocultismo, podemos dizer que o Espírito é
uma partícula de Deus, consciente de si mesma e com poder absoluto. A matéria não
pode suportar o contato direto com o Espírito e é por essa razão que a Centelha vem
operar nos planos citados, para constituir, em primeiro lugar, forma astral e depois a
forma material do mineral, cujo número de letras multiplicado por sete e somado à
unidade, representa, em milhões de anos, o tempo em que estas energias navegam na
matéria condensada para atingir seu aperfeiçoamento, e unificar-se aos elementos do
plano vegetal, o qual serve de base para que o Espírito constitua, no plano médio e
material, as formas astral e material do vegetal, o mesmo ocorrendo com o plano hominal
em espaços de tempo idêntico ao anterior, perfazendo, assim, em milhões de anos, um
total equivalente à manifestação da unidade e das cinco forças da Natureza no Universo.
8 O Espírito cria uma forma no plano hominal dando origem, no plano material, ao primeiro
Ser Humano com um crânio triangular, braços além do joelho, sendo identificado como a
primeira raça. Depois apareceu o 2º Ser Humano mais perfeito, cujo crânio é igual ao da
humanidade atual. Vem o 3º Ser Humano ou 3ª raça, conhecida como raça hiperbórea ou
adâmica, de onde surgiu a história de Adão e Eva, este é chamado também de Plano
Mental ou da Imaginação, cuja conformação foi verificada em milhões de anos, ao
equilíbrio da unidade divina quando formou a mente no Ser Humano. Depois veio a 4ª
raça ou Lemuro-Atlante, denominada de Plano Búdhico ou da Inteligência, e, por fim, a 5ª
raça denominada de Plano Nirvânico ou da Verdade, no qual vivemos atualmente, e que,
no fim do ano 2000 que se aproxima, chegará ao fim, atingindo o Ser Humano, no Plano
Hominal, em milhões de anos, um total equivalente à identificação da trindade com as
cinco forças da Natureza, para vencer a fase material e estagiar no Kamaloka, para, em
seguida, galgar os sete planos de energias ou Lokas e chegar à 50ª porta consciente de
si mesmo, e unificando-se a Deus, para novamente animar formas nas diversidades de
planos da Natureza.
9 Presentemente o Ser Humano se encontra no 5º plano de evolução ou Plano Nirvânico.
O planeta que habitamos, assim como todos os planetas da nossa Galáxia, passarão por
transformações para aperfeiçoamento de sua massa, e somente aqueles que estiverem
preparados seguirão com o Globo, que se aproximará da órbita de Vênus, assim como
Vênus se aproximará da órbita de Mercúrio, que, por sua vez, se aproximará do Sol e
este formará uma constelação.
10 Eis aí uma simples, mas a real história do Ser Humano na face da Terra.

23 A SIMBOLOGIA CABALÍSTICA DO SER HUMANO


1 O Ser Humano é considerado como uma grande potência realizadora, sendo assim, ele
precisa se esforçar, com todo o sacrifício, para se libertar definitivamente dessa cortina
de ilusão que o cega e o mantém na ignorância, não permitindo que ele visualize
horizontes mais claros, mais radiosos de conhecimentos e de ciência, realizando suas
obras conscientemente e deixando-o convicto de sua força e poder. Para que o Ser
Humano seja premiado com seus direitos é necessário que ele cumpra, em primeiro
lugar, com seus deveres. Tanto a Lei Espiritual quanto a Lei Material é a mesma que rege
o Universo e está baseada nos direitos e deveres.
2 O Ser Humano não deve desistir de seu ideal, nem da sua luta, porque muitas vezes a
vitória só é alcançada através de muito esforço e persistência. Portanto, ele não deve
permitir que sentimentos inferiores o atinjam, a não ser sentimentos puros de um ideal
elevado.
3 O Ser Humano deve se esclarecer para conseguir dominar as suas emoções e
sensações, a fim de que possa adquirir forças que ofereçam bases seguras para executar
145

as grandes realizações. É preciso que todo material de estudo seja oferecido ao Ser
Humano para que ele adquira o conhecimento através de sua sabedoria e realize suas
obras.
4 Fixando nossa atenção na palavra Ser Humano e substituindo, cabalisticamente, as letras
pelos números correspondentes que se encontram representados no quadro de
algarismo hebraicos e romanos, obteremos como resultado o número 93, que simboliza a
perfeição da trindade.
5 O Ser Humano é um ser trino composto de Espírito, Alma e Corpo Físico. Existe,
também, no Universo uma trindade representada por três grandes potências realizadoras:
a primeira potência é a Vida de todas as Leis, Deus; a segunda, a parte secundária do
Criador, que é a Natureza; e a terceira, a representação da matéria em estado
condensado, o Ser Humano.

24 RECEBER
1 A humanidade sempre deseja saber através de determinados conhecimentos toda a
verdade. Entretanto, esse desejo não é produzido pelo sentimento, mas tão somente pela
curiosidade. Se esses conhecimentos produzidos por seu desejo fossem um fruto do seu
sentimento, o Ser Humano analisaria e abraçaria as verdades que lhe foram transmitidas.
Mas, para aqueles que não possuem esse sentimento, esses que desejam saber apenas
pela curiosidade, só resta a incompreensão e a vestimenta de uma cultura superficial,
cultura essa adquirida através do pensamento, da inteligência ou através de um esforço
material, externo.
2 Quando o Ser Humano abraça uma teoria, preenchendo-a com a poeira das falsas
teorias, ele torna-se um fanático. O que mais entristece é que a verdade destrói tudo isso,
mas infelizmente o Ser Humano gosta dessas coisas, porque elas são agradáveis e
alimentam sua vaidade e preguiça.
3 Tudo o que existe no vasto Campo Universal é regido pela Lei de Necessidade, sendo
que essa Lei não pode ser negada, pois abaixo de Deus, a maior potência é a
necessidade. Se existe o amor, se existe o ódio, se existe o trabalho, tudo se encontra
equilibrado pela necessidade.
4 Na matéria, em relação à vida, quem tem a função de receber são os órgãos, cada qual
possuindo uma função específica para trabalhar com a energia condensada que lhe é
transmitida para seu aperfeiçoamento. Esses órgãos no Ser Humano são reconhecidos
como fígado, rins, coração e outros. A Necessidade não é nada mais nada menos do que
a manifestação da relatividade no Universo, porque a cada grau que o Ser Humano
atinge no caminho do progresso, diminui a relatividade de suas necessidades.
5 Muitas e muitas teorias foram transmitidas em todo o Universo. Porém, os Seres
Humanos não têm a coragem de dizer as verdades de maneira clara para serem
compreendidas, porque elas ferem e magoam a humanidade. O Ser Humano precisa
acobertar essas verdades com o véu negro da mentira para que possa agradar à
ignorância. O Ser Humano dotado de conhecimento e experiências, preparado para lutar
e vencer sabe enfrentar os problemas materiais, sabe pesquisar e sabe vencer também
as batalhas espirituais.

25 QUERER II
1 A humanidade já sente dentro de si a necessidade de alcançar pontos mais elevados de
conhecimento e realizações. Muitos já se determinaram a procurar, através de suas
análises, aquilo que o seu sentimento reclama para se expandirem e alcançarem aquilo
que desejam realizar. Outrora as religiões vedaram o conhecimento à humanidade,
encobrindo os planos realizadores da grande obra. Hoje, esses Seres Humanos que
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trouxeram a humanidade cativa e escrava das suas superstições já não podem mais
esconder todas as verdades, achando-se impotentes para assim proceder. Alguns erros
foram cometidos pelos Seres Humanos por persistirem muito nas idéias que não têm
utilidade. Outros erros são cometidos pelo Ser Humano por não seguir a voz de sua
razão. A vida é desenvolvimento, é progresso e equilíbrio. Se alguém deixa de seguir os
conselhos baseados na sabedoria então se deve garantir-lhe a liberdade da experiência.
2 O Ser Humano não deve ser nem pessimista nem otimista, mas sim realista. A verdade é
dura para aqueles que aceitaram a mentira como verdade. É necessário que os Seres
Humanos reconheçam que os conhecimentos transmitidos através das escrituras estão
sendo deturpados ao longo dos tempos pelo próprio Ser Humano, nelas existindo
verdades e mentiras. Nos livros se encontra uma pequena partícula da verdade. Porém,
as mentiras são tão grandes que chegam a ponto de encobrirem essa Verdade.
3 O Querer é uma qualidade latente dentro do Ser Humano e, para que desperte nele esse
querer, é preciso que ele sinta, em primeiro lugar dentro do seu ser, a verdadeira vontade
de ousar, pois assim ele terá a convicção de que está ousando para atingir um ponto
elevado de conhecimento e de sabedoria.
4 Todos os vícios que a humanidade atual apresenta podem ser vencidos pela persistência
e vontade. Porém, o fanatismo transforma a vontade do indivíduo numa escrava e
somente a dor e o sofrimento podem libertá-la do cativeiro em que se encontra.
5 É preciso que o Ser Humano eleve sempre o seu pensamento e a sua razão ao Alto para
alcançar o conhecimento e a sabedoria, reduzindo, em consequência, a ignorância,
deixando de crer naquilo que não possui consciência real, deixando de lado o
conhecimento superficial para ser senhor de uma sabedoria real.

26 EXERCÍCIO AOS ÓRGÃOS FÍSICOS


1 É comum em todo setor de atividade humana dizer-se que o bem se paga com o bem e o
mal com o mal. O Ser Humano pensa que fazer o bem ao seu irmão é oferecer-lhe
dinheiro ou qualquer outra coisa material, sendo que a verdadeira caridade, o verdadeiro
bem, não consiste de paliativos. É por isso que muitas vezes um Ser Humano pratica um
mal ao seu semelhante ao invés de estar praticando o bem, impedindo dessa forma que a
Lei se manifeste naquele que foi ajudado, para que ele venha a passar pelos efeitos da
causa que criou. Portanto, aquele que julgou estar fazendo um bem, não o fez e, no
futuro, a Lei fará com que aquele que foi beneficiado se revolte contra seu ajudante e
este, não percebendo o mal que inconscientemente praticou, revolta-se contra a
ingratidão recebida.
2 O bem real e verdadeiro não consiste em um prato de comida, mas sim no Ser Humano
ensinar ao seu semelhante a limpar a poeira das falsas teorias, para que possa,
conscientemente, resgatar os débitos que contraiu para com as Leis e para consigo
mesmo.
3 O Ser Humano, quando inconformado com determinadas situações, sempre afirma que
há males que vêm para o bem. Porém, esquece-se dessa afirmação e revolta-se quando
vê o bem ser pago com o mal.
4 O Ser Humano é composto de inteligência, consciência e também de razão. Essa que
necessita dar atenção à todas as coisas, inclusive aos órgãos físicos, dando-lhes
exercícios que são mantidos pelas energias transmitidas pelos centros de força, que se
encontram localizados em determinados locais dessa máquina humana.
5 A Espiritualidade consciente apresenta as normas e fornece os planos para que os Seres
Humanos façam as suas análises. Porém, não possui a missão de inocular na cabeça da
humanidade a inteligência que depende do desenvolvimento do intelecto, através do
trabalho e da força de vontade. Se a Espiritualidade solucionasse os problemas do Ser
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Humano, dando-lhes métodos para sua solução, então não haveria progresso nem
evolução, e o Ser Humano ficaria habituado a receber tudo pronto, tornando-se um
ocioso por não possuir a capacidade de resolver os seus próprios problemas.

27 PERCEBER
1 A humanidade possui em mente uma idéia de promover suas edificações. Porém, não se
encontra com a aparelhagem necessária para construir o Grande Templo da Fraternidade
Universal, pois não possui em mãos nem as ferramentas, nem os planos que
proporcionam o método perfeito de ação. Em vista das grandes e das pequenas
realizações proporcionadas pelas Leis, pode-se dizer que essa humanidade se encontra
em estado de inação. Tudo obedece à marcha contínua da Natureza, sendo que essa
marcha se encontra estabelecida nas normas estabelecidas pelas Leis, que tanto
concede, fornece e ensina ao Ser Humano seu caminho ascendente para a perfeição.
2 No vasto Campo Universal, todos os Seres Humanos sentem o desejo de atingir os
pontos mais altos da ciência e da perfeição. Entretanto, para lá chegarem, é necessário a
análise, a consciência e a conclusão. Para que a humanidade chegue à consciência das
coisas, é necessária a análise para poder concluir e afirmar, com plena convicção que
tudo aquilo que está fazendo é feito porque ela sabe fazer. E, para saber tudo aquilo que
fez, foi indispensável que ela analisasse tudo aquilo que aprendeu.
3 No Corpo Material, em relação à vida, quem possui a função de perceber são os
sentidos. Assim, na audição se encontram as células do Prana, na visão se encontram
elementos do Tejas, no tato se encontram as células do Vayú, na olfação estão
localizadas as células do Príthivi e na gustação se encontram os elementos do Apas.
4 Se o Ser Humano pretende realizar certo objetivo que se encontra em sua mente e se
julga impotente para tal, é provocado nele uma desistência, conservando-se assim em
estado moderado, sendo seu movimento normal, recebendo energias para manter-se e
conservar a sua matéria grosseira em estado compacto. Porém, quando ele emite as
vibrações de sua vontade, o esforço por ele desprendido provoca aglomerações de
partículas que entram na formação dos seus centros perceptivos, de modo que esses
Plexos tornam-se mais sensíveis para perceber as vibrações emitidas pelo Espírito e
também para perceber as experiências passadas.

28 SABER
1 Tudo o que existe no vasto Campo Universal está baseado na evolução, na perfeição e
nas qualidades que, a cada momento, a necessidade exige. Se, no passado, foram
exigidos ao Ser Humano terríveis tributos, hoje já não são mais exigidos pelo
conhecimento alcançado através dos tempos. Porém, ainda existe quem diga que há
necessidade de pagar sérios tributos a Deus. As sociedades colocaram tantas capas na
Divindade que chegaram a ponto de perdê-la completamente. Sabiam antigamente o que
era e hoje ignoram totalmente.
2 A humanidade deseja saber quem é Deus, porque, na realidade, não sabe quem ele É.
Se ela obtiver o conhecimento da realidade, não acreditará, pensando que Deus é
alguma coisa a mais do que foi revelado. Portanto, na crença do Ser Humano, Deus tem
que ir se transformando vagarosamente para ser reconhecido com o Deus verdadeiro e
real. Não aceitam a simplicidade, admitindo apenas a multiplicidade de coisas que
confundem e que diminuem, chegando a ponto de torná-las irreconhecíveis pelas
modificações, sendo condenado pelos outros se quiser admitir a realidade.
3 Os mais poderosos conhecimentos se encontram baseados no saber. Saber para dizer.
Porém, existe um elemento que equilibra esse saber e ele está representado pela
consciência. Muitos há que possuem o saber, porém não têm consciência daquilo que
148

sabem. Existem outros que possuem esse saber contrabalançado pela consciência, o
meio que proporciona as realizações perfeitas.
4 A lógica, em qualquer organização que pretenda divulgar a verdade é, em primeiro lugar,
o saber. Portanto, o Ser Humano deve, em primeiro lugar, fundamentar seus argumentos
com o conhecimento adquirido através da causa, para que a sua luta de argumentações
tenha base segura para vencer todas as batalhas.
5 Para o Ser Humano saber é necessário que ele procure saber, pois, do contrário, não
adianta ele saber aquilo que não quer saber. Não é só o saber que o Ser Humano
adquire que o condiciona a ser senhor de tudo. É necessário também que ele sinta dentro
de si esse saber para ter plena certeza do conhecimento existente em seu sentimento.

29 PASTO AO INTELECTO
1 As necessidades do Ser Humano atual já exigem que lhes sejam administrados grandes
conhecimentos. Porém, existem muitos que precisam limpar de sua consciência o
complexo de inferioridade que tanto os persegue e os atormenta, a fim de que eles
possam observar o sentido real e perfeito de todas as coisas, inclusive a beleza que
existe na Natureza, essa que lhes proporciona todos os elementos necessários para suas
realizações.
2 A Natureza se apresenta simples como todas as manifestações das Leis Naturais. É o
ritmo harmônico que existe entre essas manifestações que deveria ser melhor
compreendido pelo Ser Humano e por ele melhor empregado em suas realizações.
Entretanto, ele foi transformado pelas mentes obscuras em verdadeiro amontoado de
trevas, tornando-lhe difícil o caminho para o progresso, destruindo sua autoridade e o
atirando ao cativeiro da ignorância.
3 A humanidade, muitas vezes no auge de seu sofrimento e de suas decepções, lamenta-
se sempre pelo fato de não ser conhecedora de seu passado. O Ser Humano não deve
lamentar-se diante da dor e do sofrimento. É melhor ele saber o motivo por que está
sofrendo, porque o que ocorre no presente é o fruto de uma determinação mal planejada
ou então uma má obra realizada no passado.
4 O Ser Humano é constituído por todos os aparelhos que lhe permitem a percepção, além
do sentimento, do instinto e da razão, esta que solicita uma reflexão para dar pasto ao
seu intelecto, de modo que a sua inteligência, nutrida dos elementos essenciais, possa
realizar as obras para o bem da humanidade e para o seu próprio bem.
5 A verdade está representada pelo conhecimento real de cada indivíduo. É ela quem dita o
caminho correto que cada Ser Humano deve seguir. Entretanto, se ele prefere a mentira,
é lógico que encontre a dor e o sofrimento à sua frente e, não levando isso para o terreno
das expiações, isto é, das causas e efeitos, porque muitas vezes o Ser Humano sofre por
falta de conhecimento, pelas suas determinações mal analisadas, mal organizadas e mal
pensadas. As determinações bem analisadas contribuem para se ter uma base certa
daquilo que se deve realizar, para atingir o ideal almejado.

30 NECESSIDADE
1 O Ser Humano luta, diariamente, esforçando-se para conseguir realizar o objetivo
almejado, que é o resultado final de sua obra. Para tal, ele utiliza faculdades, tais como a
Vontade, a Inteligência e a Imaginação, para obter o perfeito equilíbrio pela ação, razão e
convicção de que se encontra no caminho certo, embora a grande maioria da
humanidade não compreenda as Leis que regem a Natureza e o que ela pode oferecer
em substâncias, para proporcionar, aos esforçados e persistentes, as condições
favoráveis para alcançá-las e visualizar a beleza que se encontra oculta aos olhos
materiais.
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2 No momento em que ocorrer uma nova estrutura psíquica na criatura humana haverá,
também, uma alteração em aprimoramento na sua parte física, transformando a matéria
bruta em matéria purificada.
3 A Necessidade é uma poderosa força que gera a Vontade, para que haja ação e
realização. Mas essa Vontade deve estar de acordo com a Necessidade, porque, do
contrário, não haverá conclusão satisfatória do empreendimento realizado, porquanto a
Lei não foi atendida em seus itens imutáveis.
4 Muitas vezes, para que seja atendida a Lei de Causa e Efeito, uma criatura reencarna no
seio de determinada família para saldar os débitos contraídos no passado. Entretanto, por
desconhecer a lógica da vida, ocorre a separação de uma das partes, infringindo-se,
dessa forma, a Lei de Necessidade e, em consequência, atraindo para seu perispírito as
formas que a levam ao desequilíbrio e ao sofrimento.
5 Outras vezes o Ser Humano, movido pela vaidade e orgulho, oferece ao seu irmão os
tesouros adquiridos pelo dinheiro, para que ele viva uma vida feliz e sem trabalho,
tornando-se um ocioso pelo fato de não ter sido devidamente orientado para se libertar
das falsas teorias, sendo, portanto, beneficiado com uma caridade, sem a manifestação
da Lei de Necessidade.
6 Existem, ainda, os casos específicos em que apenas os personagens que participaram
de determinadas causas em vidas anteriores são impulsionados pela Lei a continuar este
trabalho, sendo que a interferência de certas pessoas para desempenhar o papel de
outros não está de acordo com a Necessidade.
7 Não é pela adoração à Divindade e nem pelo sufocamento de suas necessidades que o
Ser Humano alcançará, em primeiro lugar, o Reino de Deus. Isto porque a perfeição só
aparecerá quando não existir mais a necessidade, que vai diminuindo à proporção em
que o Ser Humano evolui e atinge graus que o permita identificar-se com o Absoluto.

31 A SIMBOLOGIA CABALÍSTICA DA NECESSIDADE


1 A humanidade, no vasto Campo Universal, se esforça para desenvolver as diversidades
de teorias que, na maioria das vezes, se constituem em falsas ilusões provocando certas
enfermidades imaginárias derivadas da mente, esta que depois de enfraquecida e
desequilibrada, faz com que a Alma se torne escrava da dor e do sofrimento. Entretanto,
quando o Ser Humano se equilibrar em obediência às normas que regem as Leis
Universais, tudo se normalizará e ele então poderá fazer uso de seu pensamento com
inteligência para alcançar as grandes realizações.
2 A Vontade é gerada através da Necessidade, enquanto que a Imaginação é derivada da
Vontade e produz a Inteligência que cria a Verdade, Consciência e Ciência. Os
pesquisadores da ciência material têm se esforçado no sentido de apresentar à
humanidade o resultado de seus trabalhos que geralmente se baseiam nos nossos
antepassados, observando à sua maneira de viver, imperfeições e outras qualidades,
sem, contudo, identificar os nossos centros de força, que vêm se aperfeiçoando desde a
fase mineral e que atualmente se faz representar pelos Plexos, cuja função é receber as
energias emitidas pela Natureza e, depois da saturação, transmite estas energias aos
órgãos em que se encontram ligados, para que ocorra um perfeito funcionamento.
3 Quando aplicamos o cálculo cabalístico à palavra Necessidade, substituindo as suas
letras pelos números correspondentes, constantes na tabela de correspondência dos
algarismos hebraicos e romanos, obtemos o número 234, cuja soma teosófica com
redução à unidade nos permite fazer a seguinte operação 2 + 3 + 4 = 9, simbolizando a
perfeição.
150

4 Toda obra deve ser realizada de acordo com a Necessidade. Todos aqueles que
necessitam, devem ter atendidos os seus pedidos de socorro, porém aqueles que não
necessitam devem trabalhar.
5 Os Seres Humanos, em sua grande maioria, não se encontram dotados de qualidades
que o permitam praticar a verdadeira caridade, e isto é verificado levando em
consideração que eles desconhecem o significado do bem real.

32 O PLEXO HIPOGÁSTRICO
1 É necessário que os Seres Humanos da ciência investigue minuciosamente, através de
suas pesquisas, que toda a matéria animada de vida possui a força positiva e a força
negativa. A força positiva se encontra resumida na diversidade de órgãos, cada um com a
finalidade de receber diretamente da Natureza, através dos seus centros de força, as
energias provenientes dela. Enquanto que a força negativa é a força interna que promove
as sensações sobre esses órgãos, cujas sensações são levadas para serem
reconhecidas na parte posterior do cérebro.
2 Os elementos químicos que foram estudados minuciosamente pela ciência já possuem
suas qualidades identificadas em parte. Porém, essa mesma ciência procura encontrar
maior quantidade de energia nos elementos que contêm maior quantidade de elétrons em
suas camadas orbitais ou eletrônicas. Porém, esse pensamento não se encontra
estabelecido dentro das Leis, pois da maior quantidade de massa não se pode conseguir
a maravilha que se sonha a cada dia, a cada hora e cada minuto. A ciência deve procurar
na redução a multiplicação e na divisão, a força superior. Não procure ela, portanto,
encontrar a ampliação na multiplicação; e na ampliação, a multiplicação.
3 O Plexo Hipogástrico é o centro gustativo. Nele se encontram as energias do Apas, essas
que são responsáveis pelo bom funcionamento dos órgãos abdominais, começando pelo
estômago e se estendendo em ordem descendente até o fígado.
4 A evolução do Universo se encontra representada pela diminuição do estado grosseiro
em que se encontra a matéria, ou seja, pela transição da matéria bruta para um estado
de energia mais aprimorada, para chegar à energia absoluta. Assim sendo, a matéria
mais bruta, mais grosseira, não pode irradiar maior quantidade de energia, como é
pretendido pela ciência oficial.
5 Quando os Seres Humanos da ciência equipararem a Lei de cima com a Lei de baixo,
verão que esta se encontra invertida e, desse modo, jamais poderão encontrar um ponto
definitivo em suas descobertas e realizações.

33 PERCEPÇÕES INSTINTIVAS (Principalmente a Gustação)

1 Tudo é vasto, simples e profundo nos domínios da matéria, da Alma e do Universo. Tudo
necessita de análises, de pesquisa para que se possa chegar às conclusões.
2 Em tudo existe o relativo, bem como as transformações, muito embora seja reconhecido
que não se pode transformar uma matéria bruta em uma matéria absoluta e indivisível. O
Ser Humano poderá diminuir a força da relatividade que se encerra nessa matéria,
tornando-a cada vez menor e fazendo com que ela dê, cada vez mais, energia.
3 Na evolução da matéria orgânica, quando ocorre um desencarne ou morte, como é
identificado pelo Ser Humano, os elementos dessa matéria vêm a se dispersar na
Natureza, porque esses elementos voltando à ela, nada se perde, retornando depois em
estado mais sutil para a formação dessa matéria, através dos processos existentes nas
Leis, até que se torne uma matéria mais perfeita atingindo a um ponto de matéria
absoluta ou de indivisibilidade.
151

4 O Todo pode ser comparado como a imensidão em movimento, cujo movimento, como
já foi visto, torna-se incalculável pelo Ser Humano. Esse movimento é reconhecido como
a corrente de onda de vida ou Deus, de cujas partículas é o Espírito de todos os seres
que habitam os globos que existem na imensidão.
5 A Percepção, em termos psicológicos, corresponde à resposta de uma criatura a uma
situação exterior, sendo reconhecida, também, como resposta a um registro mental
consciente de um estímulo sensorial.
6 Existe a Percepção Instintiva que nos proporciona o gosto e está relacionada com um
éter existente na Natureza, denominado Apas, este que se apresenta em corte como uma
meia-lua, que se movimenta para baixo em direção contrária ao outro éter, cujas
vibrações produzem a luminosidade e que é chamado de Tejas.

34 PRODUÇÃO DE SENSAÇÕES
1 A ciência que os Seres Humanos estudaram ou desenvolveram já conseguiu demonstrar
alguns conhecimentos sobre os centros de força, através do sistema nervoso. Os
cientistas pensam que já atingiram os fins, ignorando que a ciência tem a sua
continuação, ela não está limitada a este pequeno conhecimento que o Ser Humano
possui e que é apenas um fragmento da verdadeira ciência.
2 A ciência vem de Deus e volta para Deus em estado de perfeição. Ela vem, através de
séculos, obedecendo a um ciclo evolutivo e adquirindo a crença através das análises, da
lógica e da razão. Os cientistas não usam mais aqueles meios primitivos de outrora,
usam os meios dignos de uma ciência mais elevada, crendo somente naquilo que
analisam e concluem. O organismo humano é constituído da diversidade de Plexos que
são os centros distribuidores de energia.
3 O Plexo Hipogástrico tem a função de produzir sensações aos órgãos abdominais através
do éter táctil. O Plexo Lombar emite suas energias ao dorso da espinha, se localiza no
Ser Humano em sua nuca e emite suas energias às camadas de nervos costais.
4 O Plexo Hipogástrico está ligado com o Cardíaco e o estômago, se estendendo, em uma
ordem descendente, até uma parte do fígado. Em ordem ascendente se encontra ligado
ao Plexo Braquial, unificando-se a outros centros ascendentes, atingindo o bulbo
raquiano, onde se encontram unificadas as diversidades de manifestações de energia
que conduzem as forças para o movimento de toda a máquina orgânica.
5 É o éter Vayú que produz as sensações cutâneas e as sensações para todo o sistema
nervoso, cujas manifestações se estendem por todo o organismo. Esse éter se manifesta
em todos os músculos, tendo a propriedade de produzir as sensações que se verificam
nos mesmos.
6 A máquina humana encerra todas as máquinas existentes no Universo. Da mesma forma
que a máquina de carvão produz energia consumindo seu combustível queimado, assim
também a máquina humana consome o glicogênio, cuja energia provoca todos os seus
movimentos e todas as vibrações nos músculos, produzindo a sensibilidade.

35 IMPULSIONADO PELAS LEIS


1 Todos os Universos foram criados pela exigência da Lei de Necessidade. A Necessidade
é a propulsora do progresso. O Ser Humano não pode fazer realização alguma sem a
exigência da Necessidade.
2 As terras, quando alcançam a capacidade de sustentar em sua superfície a presença de
vida orgânica, a atraem, através da Necessidade, e essa exige que os Espíritos se
arrojem no seu campo material para atender a exigência dessa mesma Necessidade.
3 O Espírito ou Centelha Divina realiza o seu corpo substancial pela manifestação das Leis
nas formas criadas pelas substâncias da própria Natureza, através de suas Leis Naturais.
152

Tanto o Ser Humano, como tudo o que existe no Universo, progride e se aperfeiçoa.
Assim como cada planeta tem a sua evolução, ele vai se aproximando do seu centro e
girando em torno do seu campo magnético, tal como os elétrons giram em torno do seu
núcleo. Todo e qualquer Ser Humano pode identificar a evolução de um planeta
observando a distância que parte de si para o planeta central e, de acordo com a
evolução, esse planeta vai se aproximando do seu centro para, no futuro, formar uma
constelação.
4 As estrelas reconhecidas pelos Seres Humanos são, na realidade, planetas cintilantes
que exercem grandes velocidades e giram num mar de éter luminoso. Assim, nenhum
planeta tem a sua luz própria, mas, sim, essa parte de um éter denominado de Tejas.
5 A cor branca observada além dos planetas se refere ao éter Apas, este que se parece em
corte com uma meia-lua e é verificado na parte gustativa.
6 A Lei é estabelecida tanto para a parte Material como para a parte Espiritual; ambas são
indispensáveis entre si, pois a segunda é que proporciona os meios para que a primeira
faça a sua marcha ascendente para o Absoluto.
7 A mesma Lei que é aplicada para a realização de uma boa obra é também aplicada para
a realização de uma má obra. O que se encontra estabelecido na Lei de Causas e Efeitos
não é um mau ato, mas, sim, a Intenção de cada Ser Humano.
8 Tudo no Universo precisa obedecer às normas estabelecidas pelas Leis e essas partiram
de um princípio superior e eterno, ou seja, Deus.

36 A PRÁTICA É NECESSÁRIA EM TODAS AS COISAS


1 Todo o progresso conseguido pela humanidade e, sobretudo pela ciência nos dias atuais,
foi conseguido através da luta e da determinação.
2 A introdução da prática nos meios Espirituais ainda não foi verificada justamente pelo fato
de que o Ser Humano ainda não possui a fé verdadeira, essa fé que parte de dentro do
seu íntimo para a parte externa, para se identificar com as Leis da Natureza, porque no
Universo tudo são Leis, e nada se encontra estacionário.
3 O Ser Humano já tem em seu currículo um apreciável cabedal de realizações artificiais
baseadas nas obras que a Natureza tem realizado naturalmente. A ciência oficial, por
exemplo, tem dado uma maior atenção à parte teórica através de um estudo exaustivo e
persistente em torno da desintegração dos elementos da Natureza, partindo da matéria
superior em energia para a parte inferior, esta que possui menor quantidade de energia e,
com isto, mostra que está procurando alcançar no Inferior o Superior e no Superior o
Inferior.
4 Nos meios Espirituais a teoria precisa ser estudada com a maior intensidade possível,
pelo desejoso interessado, para que o mesmo, de posse desses conhecimentos, possa
interpretá-los na prática, pois já sentiu a realidade das coisas.
5 Sobre desdobramento, por exemplo, que também é reconhecido como viagem astral ou
ainda projeção, já existe uma farta teoria nos vários livros então editados pelas
sociedades que têm também a missão de promover sua divulgação. Uma das orientações
Espirituais que damos a seguir é, por exemplo, a de que existe em nosso cérebro uma
glândula denominada “pineal”, que ela pode ser exercitada para o desenvolvimento do
Plexo frontal, e depois que esta pequena glândula se encontrar desenvolvida o suficiente,
poderá oportunizar ao aprendiz a condição de efetuar, dentre outros “dons”, o do
desdobramento, bem como da telepatia. No caso do desdobramento, é necessário que
ele faça uma concentração, curvando os olhos para a ponta do nariz e, a partir desse
momento, ele vai contando os números regressivamente, chegando a um ponto em que
ele adormece. Nesse estado ele verificará, posteriormente, que se encontra distante
153

como se estivesse sonhando, porém tendo conhecimento de tudo o que se passa ao


seu redor.
6 É evidente que o aprendiz, quando de tal prática, deve ter em mente, quanto ao
desdobramento, um objetivo bem claro, e que comece com um bastante próximo de sua
realidade, a fim de que à proporção da execução de tal prática e, uma vez conseguindo,
se entusiasme e cada vez mais empreenda, até ser, com isto, útil ao seu semelhante.
7 Para que se pratique o desdobramento é necessário que se exercite a Concentração, a
Meditação e a Contemplação.
8 A Concentração corresponde ao ato de convergir a mente para um ponto que é o nosso
objetivo, isto é, a finalidade da realização.
9 A Meditação está baseada em uma reflexão profunda e persistente sobre um
determinado objetivo, com a finalidade de ajudá-lo, compreendê-lo e senti-lo em todas as
suas particularidades.
10 A Contemplação é verificada quando a mente se encontra isenta das formas mentais.
Isso ocorre principalmente quando o Ser Humano se isola em estado meditativo e a Alma
se identifica conscientemente com seu plano de origem, confirmando sua individualidade
através da independência que possui do Corpo Físico.
11 Existem vários exercícios que permitem ao Ser Humano o desenvolvimento de seus
centros de forças. Um deles está caracterizado pelo mantra repetitivo, que é a
representação dos versos; a respiração profunda, que consiste na captação do Prana que
se encontra presente no oxigênio, inclusive no ar da atmosfera; a música cantada com a
boca fechada; e a sugestão mental pelo grau de vontade que deve ser desenvolvido pelo
orador, quando este liga sua mente ao objetivo desejado.
12 Quando se pratica o exercício da voz pelo canto com a boca fechada, o elemento
vitalizante espalha calor por todo o corpo do praticante, e quanto mais puro for o oxigênio
inalado, maiores serão os resultados obtidos.
13 Existe também um exercício importante para o iniciado e que está representado pela
recitação da sílaba OM, que pronuncia se A-UM, e que se traduz como a representação
da divindade. Esse mantra pode ser associado com a respiração e a sugestão mental,
sendo que os resultados são verificados de uma forma positiva quando a vontade se
encontra associada com a persistência.
14 Para que um mantra seja recitado com relativo proveito, é necessário que o praticante
possua um razoável poder de concentração para a realização desta ou daquela
determinada obra. Na cura e/ou autocura, por exemplo, da parte psíquica ou fisiológica, a
depender do merecimento daquele que pretende ser curado e/ou curar, a entonação da
voz pode ter grande influência, tanto na recuperação dos centros de forças, como no
restabelecimento dos órgãos físicos.
15 Quando o Ser Humano desenvolve sua mente pela prática consecutiva da meditação, ele
poderá enriquecer o feitio de suas realizações, estas que lhe permitem transformar o dito
impossível em possível.
16 No processo de interpenetração da matéria podemos considerar que a matéria ciente
interpenetra a matéria consciente, enquanto que essa interpenetra a matéria
representada pela Verdade, sendo que essa interpenetra a matéria Inteligente, que por
sua vez interpenetra a matéria Mental, que interpenetra a matéria Astral e, finalmente,
esta interpenetra a matéria Física nas mesmas condições, porquanto, assim como na
casa de nosso Pai, existem várias moradas, também na matéria existem várias camadas,
dessa forma a superior interpenetra a inferior, pois que todo corpo obedece a qualidade
do plano que ocupa.
17 Com a mente desenvolvida, o Ser Humano que estudou a teoria e a praticou poderá
interpenetrar nos pensamentos e sentimentos de outros Seres Humanos pela prática dos
154

exercícios, bem como desenvolver a telepatia, que corresponde à transmissão de


pensamento ocorrida mente a mente.
18 Existem certos casos em que uma pessoa, se devidamente equilibrada, ao se concentrar
diante de um doente e, sendo esta concentração isenta de qualquer forma mental, se
este sente um sintoma que tem as mesmas características de uma vertigem, de um
desmaio, nestes casos poderá haver a constatação de que o enfermo irá desencarnar.
Quando este mesmo aprendiz vibra sobre um enfermo que se encontra com uma dupla
personalidade, ou seja, que se encontra com seus Plexos esgotados pela sugação das
energias por alguma entidade, ou seja, uma Alma desencarnada cheia de impressões
materiais, esse Ser Humano que o interpenetra sentirá uma espécie de esgotamento, de
profundo cansaço.
19 A Natureza promove suas realizações lentamente, porque ela é e segue as Leis
Universais. Porém, o Ser Humano, por ser uma criatura consciente, pode abreviar a
marcha dessa Natureza, como, por exemplo, fazer com que uma planta germine com
maior velocidade quando se fornece energia mental do que aquelas que não foram
energizadas, alterando com isso o ritmo natural de evolução das coisas.
20 Voltando ao estudo da concentração podemos dizer que o hábito diário de manter-se com
a mente limpa por alguns momentos, é uma prática importante para adquirir uma
apreciável ajuda na educação e no domínio do pensamento. Quando estamos ouvindo
uma palestra sob a forma de mensagem, a nossa concentração será tanto maior quanto
for o poder que possuirmos de unir a nossa mente ao órgão auditivo, para obtermos uma
perfeita compreensão daquilo que foi transmitido. Existem os casos de concentração para
o desenvolvimento da vontade. Quando se faz algum trabalho com o corpo astral, a
mente desenvolve um trabalho de modo natural.
21 Para que o Ser Humano chegue a afirmar que exerceu uma concentração ideal, é
necessário que ele aprenda a governar sua mente e aprenda a reduzir o seu campo de
atividade, até conseguir fixá-la sobre um único ponto. Outro meio bem mais racional para
conseguir a concentração está relacionado com o interesse profundo em determinado
assunto, de modo a absorver-se totalmente sobre ele, de tal maneira que a mente se
encontre excluída de qualquer outro tipo de pensamento. Quando o Ser Humano
pretende fazer um trabalho por escrito como, por exemplo, fazer uma mensagem ou
resolver um problema, sua mente fica voltada para esta coisa a tal ponto que ele chega a
um estado de concentração mais ou menos profunda. Outra maneira de exercitar a
concentração é obter uma folha de papel com alguns desenhos ou mesmo qualquer outro
objeto, e observar todos os detalhes que se encontram presentes neles, chegando ao
ponto em que o Ser Humano encontra nesse exercício um interesse absorvente.
22 A Meditação que se pratica por autossugestão mental ocorre nos casos de cura de certas
enfermidades, uma vez que ao executá-la o organismo esquece a maneira de produzir
determinadas doenças, observando as causas. Na meditação a mente é exercitada para
desempenhar uma função característica do seu plano, como é o caso da telepatia.
23 O Ser Humano pode utilizar a prática da meditação no momento de adormecer. Ele
poderá fazer a seguinte afirmação: “Quero lembrar o meu sonho. Vou lembrar o meu
sonho”. Depois de fazer esta afirmação ele poderá dormir e em seguida colocar papel e
lápis ao lado. No momento em que acordar, quer seja durante a noite ou pela manhã,
escreva tudo o que se lembrar do que foi sonhado. Esta prática deverá ser executada
durante as noites seguintes, a fim de que a lembrança se torne cada vez mais clara.
Quando alcançar essa etapa, o Ser Humano poderá praticar a recordação de vários
sonhos. Isso poderá ocorrer no momento em que estiver para adormecer, efetuar a
seguinte afirmação: “Quero lembrar-me de vários sonhos. Vou lembrar-me de vários
sonhos“. Depois coloque o papel e lápis ao lado. No momento em que acordar, quer seja
pela noite ou na manhã seguinte, escreva tudo que for lembrado com referência aos
155

sonhos. Outra prática empregada na meditação consiste na solução de determinado


problema. Neste caso, ao adormecer durante a meditação, fazer a seguinte sugestão:
“Quero realizar determinado sonho para solução dos problemas que tenho em mente”.
24 Quando acordar, quer seja pela noite ou na manhã seguinte, tente relembrar o sonho e
procure o seu significado.
25 Existem certos assuntos intermediários para o estudo e compreensão da meditação,
como por exemplo, as vibrações que também se encontram relacionadas com as ondas
luminosas, sonoras e as ondas cerebrais, sendo que estas são medidas em c.p.s. (ciclos
por segundo), que são detectadas por um aparelho denominado hoje de encefalógrafo.
26 As ondas beta (b) são detectadas quando alcançam 14 ou mais c.p.s. e são verificadas
no estado desperto ou de vigília.
27 As ondas alfa (a) possuem de 7 a 14 c.p.s. e são verificadas no ponto de dormir, sonhar
acordado e também no ponto de acordar.
28 As ondas teta (q) possuem 4 a 7 c.p.s. e são verificadas no estado em que o Ser Humano
se encontra adormecido.
29 As ondas delta (D) possuem 4 ou menos c.p.s. e também são verificadas no estado
adormecido.
30 É no estado de vigília ou desperto, que o cérebro produz maior intensidade de vibrações
com referência à liberação de energias, sendo que sua sensibilidade está diretamente
ligada com o desenvolvimento dos centros de forças.
31 Existe ainda outro exercício complementar que é verificado no estudo da meditação e
concentração: a relaxação, que é verificada naquela situação em que o corpo se encontra
totalmente descontraído, a parte material pelo relaxamento muscular e a parte mental
pela cessação de pensamentos.
32 Para que se inicie a prática da meditação é necessário que se proporcione ao corpo e à
mente um estado satisfatório de vibração e relaxação, contando regressivamente de cem
até um, para alcançar o estado de alfa, ou seja, na vibração de 7 a 14 c.p.s. Um exemplo
natural é quando acordamos pela manhã, quando geralmente nos encontramos no nível
alfa durante certo tempo, para depois ir de teta, o nível do sono, para beta, o nível da
vigília.
33 Um outro exercício complementar para auxiliar no desenvolvimento da meditação e
concentração, consiste na prática da visualização, sendo que o primeiro passo se
fundamenta na criação de uma ferramenta para a visualização, e que podemos chamar
de “tela mental”. Ela deve ser parecida com uma tela de televisão ou cinema, mas não
deve preencher totalmente a visão mental. Nessa tela o Ser Humano poderá projetar uma
figura geométrica ou qualquer desenho que vier à sua mente, sendo que, diariamente,
por várias vezes, deverá ser praticada a meditação mudando-se as figuras a cada
visualização, a fim de que, com esse exercício simples, o cérebro se acostume a entrar
no estado alfa, ou seja, no ponto de dormir, e a cuidar exclusivamente do trabalho de
criar uma imagem única e simples.
34 Durante a prática do desdobramento, um exercício auxiliar importante consiste no
isolamento, que pode ser praticado a qualquer momento e em toda a parte, tanto em
casa como fora. Para tanto, é necessário que o aprendiz se recolha num quarto com
pouca luminosidade, se possível evitando barulho. O isolamento pode ser iniciado em
uma poltrona ou mesmo em uma cama, com as pálpebras cerradas. Deve-se cessar
todos os movimentos, colocando os músculos em estado de relaxamento, a boca
permanece fechada e a respiração lenta sendo executada pelo nariz.
35 O campo de consciência deve estar inteiramente bloqueado e deve se encontrar naquele
estado de ser sem pensamentos, ou seja, não se deve pensar em nada. Neste estado
156

começamos a adquirir grandes vantagens, pois chegamos ao ponto de conseguir um


repouso relativamente completo ainda que em pouco tempo.
36 Em todo caso, chega-se à compreensão de que o desdobramento é possível, ou seja,
que fora do sono a Alma pode abandonar o Corpo Físico e transitar no espaço
livremente.
37 É necessário que se pratique esse exercício uma ou duas vezes por dia, no espaço de
quatro ou cinco minutos no princípio, depois por um tempo mais longo, desde que não se
fatigue. Quando praticado regularmente, pode, em certos casos, diminuir as horas de
sono, sendo que, praticado no horário noturno permite, na maioria dos casos, vencer a
insônia ainda que muito rebelde.
38 Dentre os vários exercícios já considerados para o estudo das práticas de natureza
psíquica, se encontram ainda os de respiração, que pode ser observada sob dois
aspectos: um pelo processo fisiológico, que consiste na inalação do oxigênio para
fortalecimento dos órgãos e, sobretudo, do pulmão, que possui a capacidade de dois a
mais litros de ar, e que hoje, geralmente, só absorve meio litro, isto pela prática de
métodos imperfeitos que possuímos no momento da respiração. Outro aspecto, este que
é o mais importante para os estudos esotéricos, é que existe no ar um princípio vital
denominado de Prana, que por ser considerado como uma energia, penetra no nosso
corpo em lugares que o oxigênio não pode alcançar.
39 Os exercícios respiratórios são utilizados na parte oculta contra as doenças e também
para adquirir vitalidade para o Corpo Físico e mente, reduzindo, em consequência, as
toxinas, e melhorando o estado geral de saúde.
40 A respiração é um exercício que auxilia com eficiência o processo conhecido como
desdobramento ou viagem astral, a fim de que o corpo totalmente energizado pela
energia do Prana, possa permitir que a Alma passe certo tempo fora do corpo sem causar
nenhum dano a este.
41 Nos meios espirituais existem reuniões que visam o tratamento de obsessores, que
consiste em Almas desencarnadas desequilibradas transmitirem os seus pensamentos
para uma pessoa, passando esta se denominar de obsediada. A cura para os obsessores
que não exercem completo domínio é através de sugestões, tais como: “Você já se
retirou” ou “Você já se encontra afastado”, que fazem com que este se afaste por
algumas horas. Porém, se o obsediado continuar afirmando que a entidade se encontra
presente, é necessário aplicar-lhe energia e afirmar que esta já foi conduzida para o seu
devido local de ajuda, que tudo o que ele sente no momento é pura impressão, e que as
energias que ele perdeu com a presença do obsessor serão repostas para que ele se
sinta devidamente fortalecido. Neste momento, o curador afirma para o paciente que ele
já se encontra curado, sendo que estas sugestões, se baseadas nos códigos de Leis
Naturais que regem o Universo, destroem com certa facilidade as impressões deixadas
pela entidade no paciente.
42 Voltando ao assunto referente ao estudo da telepatia, precisamos compreender
detalhadamente a natureza e mecanismo do pensamento através de sua educação, bem
como o domínio da mente. O cérebro é um gerador, receptor e transmissor de
pensamentos, sendo que estes são constituídos de matéria astral da Natureza e mental
do Ser Humano, que os conduz com sua força mental; valendo ainda lembrar que a
mente é um laboratório no qual os pensamentos se combinam e, não raro, se confundem.
43 A sugestão pode ser identificada como uma operação onde uma pessoa exerce
determinada influência sobre outra pessoa, e quando se verifica um processo obtido
através do pensamento pela força mental, ocorrendo o domínio do pensamento sobre os
centros de forças, significa que uma vontade superior exerceu seu domínio sobre uma
vontade inferior.
157

44 A autossugestão é um processo que deve ser aplicado em qualquer situação, porque


ela oferece elementos seguros para vencermos a timidez e o medo, além de nos auxiliar
no domínio para o desenvolvimento dos nossos centros de forças, fortalecendo dessa
forma nossa vontade, inteligência e consciência, enfim, as nossas faculdades e
qualidades latentes.
45 A hipnose, que dá origem ao hipnotismo, é verificada como um estado final, cujo princípio
se baseia na sugestão, esta que é considerada como um artifício que é utilizado para
influenciar certas pessoas, obtendo dessas, senão tudo, parte daquilo que se deseja.
46 Cabe experimentar. Afinal, toda atividade é contributiva, bem como a prática é
essencialmente necessária em todas as coisas.

37 VONTADE
1 Já sabemos que, no Plano Espiritual, a Vontade corresponde a mais um passo dado no
caminho da perfeição, o que equivale ao aprimoramento da Necessidade, sendo esta a
manifestação do relativo no Universo.
2 Quando determinada criatura se propõe a fazer certa obra, e não vendo meios pelos
quais se justifique seu fracasso, abandona o método utilizado dizendo que este não
produziu os efeitos esperados. Entretanto, o Ser Humano desconhece que o insucesso
foi ocasionado pelo uso de pensamentos sem a participação da inteligência.
3 Muitas vezes, ao se propor o ingresso de uma criatura numa Sociedade, não são levados
em conta os sentimentos que esta possui. Pois bem, com o passar do tempo ela começa
a duvidar do que aprendeu, vindo, em consequência, a desconfiança, a descrença e,
finalmente, a confusão.
4 Existe a Vontade que determina a forma do desejo, e ela é alcançada quando o aprendiz
usa sua consciência com imaginação. Toda a Vontade é representada pelo querer, pela
intenção nos seus diversos graus de proporcionalidade. Isto é verificado, por exemplo,
nas formações dos pensamentos. Atribui-se ao Espírito todas as qualidades da Vontade
Absoluta e, à matéria, todas as qualidades da Vontade Relativa.
5 Quando o Ser Humano realiza um ato inconsciente e o mesmo é impulsionado pela
Necessidade, ele é levado a se enquadrar nas Leis Universais a fim de que a sua
Vontade seja despertada para se livrar do sofrimento a que se encontra submetido e,
deste modo, ter consciência do ato que praticou.

38 O PLANO ASTRAL, CAUSAL, MÉDIO OU DAS FORMAS


1 Tudo o que existe no vasto Campo Universal é fácil e simples de se compreender,
quando existe o desejo de compreender. Não havendo, portanto, nada que seja
considerado como impossível ou difícil de realizar-se. Entretanto, para se chegar a uma
conclusão real e verdadeira é necessário análise para entender como se processa a
evolução do Ser Humano e de todos os reinos da Natureza.
2 Como é reconhecido, tudo foi emanado de um princípio absoluto que é Deus, formando
em primeiro lugar as energias superiores que são o produto de seu movimento, depois
foram originados os diversos planos da Natureza com seus respectivos elementos, ou
seja, os planos mineral, vegetal, animal e hominal.
3 Os vários planos que existem no Reino das Energias correspondem exatamente aos
éteres: o Prana ou éter sonoro, o Vayú ou éter táctil, o Apas ou éter gustativo, o Príthivi
ou éter olfativo e o grande Tejas ou éter luminoso. Estas cinco qualidades de éteres, ao
se fundirem, vêm a constituir a matéria orgânica sensível do Ser Humano, para que ele
possa receber, perceber e conceber tudo que o cerca e o envolve, penetra e vivifica.
4 Tudo o que existe no Plano Material tem a sua formação iniciada no Plano Astral. O
Plano Astral, também reconhecido como Médio ou Causal, é formado de matéria
158

quintessenciada. A Alma, por exemplo, é constituída dos elementos mais aprimorados


que fazem parte da imensidade deste plano denominado de Astral. Tudo o que existe
obedece ao plano que ocupa. No Plano Médio do Mineral existem as formas do mineral
bruto, são verdadeiras jazidas no Astral, existindo também no Plano Vegetal verdadeiros
jardins e florestas, assim como no Plano Animal existem os monstros outrora
identificados como dinossauros.
5 Quando o Ser Humano, nas suas realizações, destrói um vegetal ou mineral, não significa
o desaparecimento deles para toda a eternidade, e sim, houve a transformação na parte
bruta da matéria. Portanto, houve uma modificação em sua forma astral, vindo aquele
mineral a surgir mais perfeito, até atingir o ponto em que sua perfeição não permita mais
que ele se unifique ao Plano Mineral, dando origem em seguida ao Plano Vegetal.

39 O PLEXO CARDÍACO
1 É necessário que o Ser Humano, em suas investigações, receba orientações seguras no
sentido de compreender que, no passado, já existiam, e com toda a perfeição, muitas
coisas que estão sendo realizadas no presente. Da mesma forma que a ciência do
presente se encontra preocupada com a desintegração do átomo, outrora essas coisas já
eram conhecidas. Portanto, o Ser Humano, por não se encontrar preparado para resolver
todos esses problemas, aperfeiçoando-os para lhe serem úteis no futuro, resolveu
abandoná-los, caindo no terreno do esquecimento.
2 No Corpo Hominal são identificadas a energia potencial e a energia vital, que são
recebidas para o perfeito equilíbrio da máquina humana. A energia potencial é transmitida
para ação e reação do Ser Humano. Esta energia é impulsionada pelo pensamento, que
é um dos princípios realizadores. As formas são criadas pela energia potencial para que
ocorra a manifestação da energia de vida da vontade, atraindo as substâncias de que se
necessita para o molde criado pela mente do Ser Humano. É, portanto, através dessa
energia potencial, que as formas são criadas pela mente.
3 O Plexo Cardíaco se encontra próximo ao Plexo Hipogástrico. Nele se manifestam as
energias da vontade, essa que é produzida quando a energia consciente se liga à energia
imaginária para determinar a forma do desejo.
4 As energias vitais podem ser transmitidas pelo Ser Humano para cura de enfermos,
podendo, com esse procedimento, obter resultados rápidos ou demorados, de acordo
com o estado de perfeição em que se encontra a sua matéria, considerando sua
capacidade em receber ou transmitir as energias em proporções maiores ou menores.
Portanto, cada Ser Humano deve economizar em seu tempo disponível, alguns minutos
para desenvolver os seus centros, procurando dominar sua mente pela educação do
pensamento, para perceber todas estas coisas. Deve procurar também desenvolver sua
consciência e inteligência, para o aperfeiçoamento de seus conhecimentos e
sentimentos, para que tenha pleno conhecimento de que os elementos da Natureza giram
bem próximo de si, envolvendo-o para que ocorram suas realizações.

40 PERCEPÇÕES OBJETIVAS (Principalmente a Olfação)

1 Muitas e muitas vezes é comum se perguntar quem é, como e onde se encontra Deus. É
necessário que se compreenda e entenda que o finito não pode conhecer o infinito.
Entretanto, podemos apresentar o nosso sentimento em termos filosóficos de que o Ser
Humano é um deus relativo, um deus material, representação do Deus Espiritual. Deus
Espiritual representa mais do que deus material, porque é perfeito em estado de energia.
159

2 Em tudo existe energia positiva e negativa, tanto em eletricidade como em química ou


física, no ódio, na fascinação, bem como na vingança e em tudo que existe neste e em
outros planetas, pois tudo se encontra em estado de evolução.
3 A Evolução não é nada menos do que a compreensão do Ser Humano do seu estado
absoluto. Dessa forma, podemos reconhecer o ódio como o amor em estado relativo, o
mal sendo o bem em estado bruto e as trevas, a luz em seu estado mais grosseiro. Existe
a luz que se origina do grande Tejas, ou éter luminoso, representado pela manifestação
do grande Prana, cuja cor é preta.
4 A Percepção pode ser reconhecida como a objetivação da sensação que se reporta a
objetos exteriores. No Ser Humano ela pode estar representada também pela olfação,
que é a identificação do Príthivi, um éter de cor amarela que tem a forma de um quadrado
em corte.
5 Se no planeta terráqueo só existisse uma raça de sábios, sendo estes portadores do
mesmo grau de percepção, a sabedoria não teria nenhuma beleza para eles, sendo
necessário que exista a ignorância, esta que representa a sombra, onde se manifesta a
sabedoria e aumenta, com isto, seu brilho.
6 No Universo tudo é relativo. Somente o Espírito é Energia Absoluta, e aqueles que
negam a existência da relatividade não podem chegar ao absoluto, porque se deve
entender que o bem é identificado como o mal, no plano em que cada pessoa venha a
ocupar.

41 DISCIPLINA DO PENSAMENTO
1 Os Seres Humanos, na maioria das vezes, em suas experiências, chegam a duvidar até
do que estão vendo, porque se baseando em uma certa teoria existente, não procuram ir
adiante. Isto não chega a se constituir uma inteligência absoluta, pois no Universo o que
impossibilita o Ser Humano realizar algo é a relatividade de sua inteligência e de sua
consciência. Hoje é apresentado um método e, amanhã, essa teoria é modificada por
uma teoria diferente, e o Ser Humano, de teoria em teoria, tem condições de um dia
alcançar a verdadeira e absoluta.
2 Muitas vezes, em suas realizações, os Seres Humanos se sentem inferiores a tudo no
vasto Campo Universal e, quando se depara com uma coisa difícil, trabalham para
realizar e, se não realizam, eles então a consideram impossível. Ora, o impossível não
existe, porque o Ser Humano é possuidor das energias da Vontade e sendo esta uma
manifestação do sentimento, e o sentimento sendo conhecimento e experiência, é dotado
de todas as qualidades realizadoras.
3 Todos os Seres Humanos podem realizar. O que ocorre é que uns procuram e outros
não, permanecendo estacionários sem procurar os meios de realizar.
4 Tudo no Universo obedece à Lei do Progresso e do Aperfeiçoamento, porque tudo o que
existe pensa e tem vida, desde os minerais até os hominais que alcançaram grande
perfeição.
5 O que ocorre é que um mineral não pode expressar o seu pensamento na mais pura
essência, isto porque não se encontra aparelhado para tal. Nos vegetais já se vê a
manifestação do Vayú ou éter táctil e nos animais é verificada a presença dos 5 (cinco)
elementos, ou seja, Prana, Vayú, Príthivi, Apas e Tejas, esses que oferecem qualidades
de perceber e de sentir. Porém, quem exerce maior intensidade no animal é o Prana e o
Vayú, porque o animal pensa, mas não tem qualidades de raciocinar. Tem sensibilidade,
sente dor e seu pensamento chega a perceber as vibrações dessa dor sem que ele tenha
consciência do que seja.
6 Para que o Ser Humano possa realizar é necessário que ele discipline o seu pensamento
e eduque sua mente, porque segundo já foi dito pelos profetas e pelo Cristo, o Ser
160

Humano pode realizar todas as coisas, porém desconhece que existe dentro de si um
Espírito, este que representa a perfeição. Se o Ser Humano se identificasse com essa
verdade ele não duvidaria de suas realizações.

42 USO DA IMAGINAÇÃO COM CONSCIÊNCIA


1 É necessário que a humanidade compreenda e entenda que, no Universo, tudo deve ser
sintetizado e não ampliado, da mesma maneira como a Natureza se apresenta em sua
simplicidade. Entretanto, o Ser Humano tudo amplia, apouca e divide, formando as
diversidades de estudos, sem bases e sem argumentos e, ao fim, ele acaba dizendo que
não sabe aquilo que sabe, porque não compreende aquilo que sabe como real. É preciso
que a ilustração material que o Ser Humano apresenta não sirva para ele como uma
vaidade de ampliar as coisas simples, mas sim para reduzir, sintetizar todas as coisas, a
fim de serem melhor compreendidas, melhor conhecidas e, finalmente, possa
proporcionar ao seu semelhante a convicção, a certeza e o conhecimento real do que
sejam aquelas coisas.
2 Tudo é orgânico e relativo, até mesmo a inteligência, a consciência e o pensamento do
Ser Humano. Isto no sentido da matéria, pois eles chegam a aprimorar-se e atingir pontos
superiores na escala de evolução. Se tudo é relativo, um dia tudo será absoluto, até
mesmo os Universos são relativos. Assim como o Ser Humano vai se aperfeiçoando, os
Universos também vão. Um Universo ou Globo tem a sua Alma e tem também seu
Espírito.
3 Quando o Ser Humano usa sua imaginação com consciência ele adquire, em
consequência, a Vontade, esta que determina a forma do desejo, sendo que é
considerada como um elemento realizador dentro do Ser Humano. Porém, ela só tem
ação quando suas energias se encontram ligadas ao objeto desejado, isto é, através do
pensamento.
4 Ao ser emitida a energia da vontade, a mente do Ser Humano se movimenta e cria no
astral o molde do objeto desejado. Este molde é construído na plenitude, e como ele não
está preenchido, forma-se, portanto, um vácuo. A plenitude é sugada para este vácuo, ou
seja, para o molde construído pela mente, desde que esteja ligada a energia da vontade
a esse molde, pelo pensamento.
5 A matéria adquire as diversidades de experiências. Sem essa experiência o Espírito não
poderia ser um sábio, conhecedor e experiente de todas as coisas, pois é dela que
constitui O Grande Todo Universal, ou Deus, a Energia Pura e Absoluta.

43 DESDOBRAMENTO
1 O Plano Astral, com sua diversidade de caminhos, possui duas partes fundamentais; uma
formada por elementos mais sutis que constituem o Plano das Causas, e a outra formada
de elementos mais grosseiros do Plano Médio. A primeira oferece substâncias para a
formação do corpo da Alma e a segunda proporciona elementos para a formação do
Corpo Material.
2 O Desdobramento é uma técnica que tem a finalidade de proporcionar uma separação da
Alma com o Corpo Físico, confirmando a individualidade da mesma, o que pode ocorrer
de modo consciente ou inconsciente, sendo que, neste último caso, acontece em
determinados sonhos.
3 O Desdobramento Consciente é o mais importante na medida em que o Ser Humano
tenha conhecimento da teoria e já se encontre preparado para se deslocar, em Alma,
para lugares onde deseja ir e retornar com toda consciência do que observou. Contudo,
para tanto, é necessário adquirir as seguintes qualidades pelo domínio de si próprio:
161

1) Relaxamento: em primeiro lugar, é preciso que o aprendiz aprenda a relaxar, para dar
início ao processo;
2) Concentração: é importante que se pratique a concentração diariamente, a fim de que o
pensamento permaneça fixo no objetivo desejado e a mente não se desligue daquilo que
se pensou;
3) Vontade: a vontade deve estar aliada à confiança e à certeza, para que seja
proporcionada a realização daquilo que se deseja.
4 Para que se inicie a prática do Desdobramento, é necessário que seja solicitada a
presença dos guias e protetores espirituais. Isto por que no Plano Astral, como já foi visto,
existem entidades de todas as espécies, do mesmo modo como existem, no plano físico,
seres encarnados da mais baixa frequência e, em se tratando de uma região
desconhecida no presente, podem ocorrer surpresas para muitos que não se prepararam
convenientemente.
5 Existem outros exercícios complementares para auxiliar todos aqueles que pretendem se
aprofundar na prática, tais como:
a) Respiração: a respiração profunda, por exemplo, se constitui num exercício importante,
sobretudo quando o oxigênio inalado tem um grau de pureza satisfatório, fazendo com
que o Corpo Físico permaneça oxigenado e os centros de forças nutridos de energia
prânica, a fim de que Alma permaneça, por tempo satisfatório, fora da matéria;
b) Hipófise e Pineal: as glândulas hipófise e pineal, quando localizadas e exercitadas,
facilitarão o processo de saída astral;
c) Cérebro: a concentração mental em regiões específicas do cérebro complementará o
processo do desdobramento consciente.
6 Quando o Ser Humano sair, conscientemente, da matéria e entrar em contato com seres
mais evoluídos do espaço, lembrando-se de tudo o que viu, ele pode se considerar um
verdadeiro aprendiz.

44 DESDOBRAMENTO II
1 Neste exercício o aprendiz colocará em prática todo conhecimento adquirido através do
estudo da teoria, sendo que essa realização é também reconhecida como viagem astral
ou projeciologia.
2 Em primeiro lugar é necessário que o Ser Humano promova um relaxamento ideal pelo
isolamento completo, para alcançar o estado de contemplação, que é o início do
Desdobramento.
a) Relaxar o corpo em postura cômoda;
b) Concentrar-se através do poder da visão interna na ponta do nariz;
c) Neste estado, ir contando os números até o estado de adormecimento;
d) Depois de adormecer em função de sua concentração, ele, posteriormente, irá notar
que o sono não foi igual àquele que ocorre rotineiramente à noite;
e) Neste momento, ele visualizará tudo o que foi pensado antes de fazer a
concentração, tendo plena consciência de tudo o que se passa ao seu redor,
concluindo, assim, a realização idealizada;
f) Vale dizer que, no princípio, o desdobramento é todo descontrolado. Porém, com o
esforço e persistência, o praticante se entusiasmará pela realização do objetivo
desejado.
162

45 IMAGINAÇÃO
1 No Reino Hominal existe uma fase importante e fundamental para o desenvolvimento das
faculdades da criatura humana, porque a Natureza, responsável por esta Grande Obra,
trabalha pacientemente neste sentido, desde a formação do Ser Humano como mineral.
Iniciada a parte final da formação da mente no Ser Humano, esta vem se aperfeiçoando,
gradativamente, até adquirir capacidade de formar imagens.
2 A Imaginação ou energia imaginária, no Plano Material, tem duas funções, uma quando
começa e a outra quando termina a realização.
3 O cérebro funciona como um receptor e gerador de pensamentos, mas estes são
formados na parte externa mais próxima do Ser Humano, uma vez que ao seu redor
circula uma força vital que atrai a matéria astral e se transforma na reconhecida aura que,
em conjunto com o cérebro, passa a formar uma sede de combinação de pensamentos.
4 A depender da energia da necessidade, justificada, perfeitamente, pela razão, a
Imaginação é movimentada pelas correntes imaginárias, no sentido de realizar as obras
em benefício de nosso semelhante e de nós próprios.
5 A capacidade de percepção, de sensibilidade, de sentir, por parte de determinadas
pessoas, está estritamente relacionada com o desenvolvimento dos centros
correspondentes e, por ignorá-los constantemente, são feitos pedidos ao Alto com fé em
Deus, para livrar-se de alguma enfermidade ou conseguir alguns conhecimentos por
ajuda dos Espíritos. Se o Ser Humano tem fé, ele não pede, mas, sim, dá, porque a fé é o
salário adquirido pelo esforço despendido ao longo das vidas sucessivas.
6 Se já foi concedido ao Ser Humano tudo o que ele precisa para realizar, inclusive uma
centelha divina emanada de Deus para lhe dar vida, inteligência, sabedoria e consciência,
o fato de se pedir constantemente as revelações e ajuda aos planos superiores, denota
falta de cumprimento aos itens estabelecidos na Divina Lei.
7 Assim, a prática contínua e persistente da meditação proporciona o desenvolvimento do
centro que produz a energia da imaginação.

46 A SIMBOLOGIA CABALÍSTICA DA IMAGINAÇÃO


1 O Reino Hominal é um dos degraus que faz parte da planificação divina, sendo que
integrando a sua constituição existe uma fase fundamental que possui a função de
auxiliar o desenvolvimento das faculdades do Ser Humano, cujo processo de formação
fica a cargo do trabalho efetuado pela Natureza que se responsabiliza pelo
desenvolvimento desta Grande Obra.
2 Os pensamentos são gerados através do cérebro, que funciona como um perfeito
receptor, sendo que eles são formados na parte externa mais próxima do Ser Humano,
que possui circulando em torno de si uma força mental que solicita a matéria astral,
constituindo a aura que, conjuntamente com o cérebro, formam uma sede de combinação
de pensamentos.
3 Dependendo da energia de necessidade, perfeitamente justificada pela razão,
identificamos a imaginação pelo movimento das correntes imaginárias afim de que
possamos realizar as obras no sentido de beneficiar o nosso semelhante, bem como a
nós próprios.
4 É preciso que a humanidade reconheça que a capacidade de perceber e de sentir, que
são atribuídas a certas pessoas, estão relacionadas diretamente com o desenvolvimento
dos centros correspondentes; entretanto, por ignorar esta grande verdade, são
endereçados os pedidos ao alto em nome de Deus para livrá-la de determinada
enfermidade ou para adquirir algum conhecimento, e com a ajuda dos ditos “Espíritos”.
163

5 Quando a palavra Imaginação é traduzida cabalisticamente pelas letras que entram em


sua formação, substituindo estas pelos números correspondentes, figurados na tabela de
algarismos hebraicos e romanos, obtemos o número 146, cuja soma teosófica com
posterior redução à unidade resulta em 1 + 4 + 6 = 11 = 2, simbolizando o equilíbrio.
6 A fim de que o Ser Humano pudesse promover suas realizações, a natureza lhe
concedeu tudo o que ele necessita, inclusive uma partícula divina emanada de Deus,
para lhe dar vida e todas as qualidades necessárias à sua evolução.

47 O PLEXO FRONTAL
1 A Natureza pode ser considerada como um arquiteto perfeito que não se cansa, dentro
de sua sabedoria, de aplicar os métodos perfeitos e apreciáveis para o engrandecimento
da Divina Obra do progresso e da realização.
2 Ela é uma verdadeira mestra, que proporciona ao Ser Humano todos os ensinamentos
organizados pelas escolas primária e secundária e, finalmente, por uma grande
Universidade onde podem ser pesquisadas as grandezas de Deus, a Vida de todas as
Leis Universais.
3 A Natureza envolve todos os seres oferecendo-lhes sua grande fortuna, sem visar
recompensa alguma, porque as obras encontram-se baseadas nos códigos estabelecidos
pelas Leis Universais. Entretanto, para que o Ser Humano se apodere dessa fortuna que
está representada pela Natureza, é necessário que ele se torne digno dela através de seu
conhecimento, sua ciência e seu merecimento, sendo que essas qualidades lhe habilitam
a alcançar tudo aquilo que no passado foi incapaz de obter. Isto porque ainda não
possuía os sentimentos verdadeiros, estes conhecimentos que se encontram latentes no
Ser Humano e que são os frutos das experiências adquiridas ao longo de suas vidas
sucessivas.
4 O Plexo Frontal ou Mental se encontra localizado entre as sobrancelhas do Ser Humano.
Ele distribui as energias de que é possuidor aos órgãos da cabeça. Quando o corpo
humano necessita fazer um movimento, é o Plexo Frontal quem vibra sobre o Plexo
Lombar, emitindo a forma ou imagem em estado de vibração do referido movimento que
se pretende que seja realizado.
5 A ciência utiliza, para suas descobertas, a aparelhagem necessária que faz parte de seus
observatórios e laboratórios. Entretanto, quando o Ser Humano não possui condições
necessárias para adquirir tais aparelhos, ele poderá fazer uso do seu próprio laboratório,
pois o corpo humano encerra dentro de si os melhores aparelhos jamais construídos
pelas mãos humanas.
6 Portanto, é necessário que a humanidade se esforce, procurando sempre equilibrar sua
natureza interna com a natureza externa que a rodeia, para que ela possa alcançar as
grandes realizações.

48 PERCEPÇÕES PSICO-FISIOLÓGICAS (Principalmente o Tato)

1 O Ser Humano precisa entender que para tudo é preciso um bom pensamento. Tudo é
realizável por esta grandiosa força que é o pensamento, não sendo nada impossível,
porque tudo que o Ser Humano pensa se realiza, quer para o bem, quer para o mal.
2 Todo fracasso e toda vitória consiste no Ser Humano prejudicar a sua matéria ou
beneficiá-la. Se ele chega a ponto do desregramento prejudicando as suas forças vitais,
ele cai nos braços do fracasso e das quedas. O Ser Humano é capaz de tudo vencer,
sendo necessário para tanto fazer uma verdadeira caridade a seus irmãos e a si próprio.
3 Para que o Ser Humano obtenha a força é preciso que ele domine a sua vontade,
facilitando assim as suas realizações, equilibrando os seus apetites desregrados e
164

paixões inferiores de toda a natureza. O domínio da natureza inferior muda


completamente a chave da natureza física e a subordina a um Plano Superior. O Ser
Humano, através de seus desregramentos, enfraquece suas energias e desequilibra o
seu organismo, entrando em desarmonia com o seu ser e caindo nos braços do
desânimo e da impotência de realizar.
4 A percepção da natureza psico-fisiológica está relacionada com a apreensão de noções,
volvendo-se a realidades mentais.
5 O Éter Táctil ou Vayú tem coloração azulada e suas vibrações possuem formas esféricas,
tendo sua presença confirmada a partir do vegetal, e no Ser Humano é percebido em
toda a sua parte corporal.
6 O pensar exige grande quantidade de energia a ser desprendida pelo Corpo Físico e,
para equilibrar ou evitar algum desperdício, é necessário dirigir o pensamento apenas
para o fim desejado, não pensando em duas coisas ao mesmo tempo para não
enfraquecer as energias mentais e alcançar, em consequência, o objetivo almejado, e
para que haja equilíbrio entre a saúde física e a saúde moral.

48 DESENVOLVIMENTO DA MENTE
1 Tudo no vasto Campo Universal, desde um átomo, tem seu campo de vibração e ação,
cada molécula possui um campo ainda maior. Há sempre um espaço entre esses átomos
e moléculas, por onde circula livremente o Éter e este interpenetra todas as substâncias
conhecidas, tanto sólidas como gasosas, movendo-se com toda a liberdade entre as
partículas.
2 A matéria consciente interpenetra a matéria inteligente e esta interpenetra a matéria
mental movendo-se entre as suas partículas. Todas as matérias das diversidades de
regiões que existem na Natureza se encontram no próprio Ser Humano. Para que o Ser
Humano possa percebê-las é necessário esforço, persistência e boa vontade, para que
ele possa desenvolver os seus centros de força e chegar à conclusão de suas análises
dentro da realidade.
3 Se tudo tem um campo de vibração e ação, se as grandes Organizações Humanas têm o
seu campo de vibração, essas vibrações se condensam, criam formas, as mentes
percebem essas formas e agem para o engrandecimento da Organização.
4 Para que o Ser Humano desenvolva sua mente com sabedoria é necessário que ele
aprenda a pensar, porque o pensar exige grandes quantidades de energias do Corpo
Físico. Portanto, o Ser Humano não deve dirigir o seu pensamento para duas coisas ao
mesmo tempo, pois esse procedimento enfraquece as suas energias mentais,
impossibilitando-o de alcançar o objetivo desejado, trazendo também, em consequência,
as doenças, pelo enfraquecimento dos Plexos. Assim como a saúde moral age em
solidariedade com a saúde física, os pensamentos também devem equilibrar os moldes
da mente para haver equilíbrio da parte mental.
5 É necessário o equilíbrio do Ser Humano em todos os setores, quer na parte do
cumprimento das Leis que ainda se encontram externas em si, quer na parte da
realização das Leis que se encontram internas, isto porque o equilíbrio lhe oferece
estabilidade, tranquilidade, paz e bonança no cumprimento dos deveres para consigo,
para com Deus e para com seus semelhantes.

50 INTELIGÊNCIA
1 Quando o Espírito vem cumprir as determinações vindas do Alto, ele utiliza suas próprias
energias para formar, tanto na Alma, como no Corpo Físico, as diversidades de centros
de forças. Dentre eles figura a Inteligência, que já existe desde a fase do Mineral em
forma de energia condensada, sendo mais que evidente o fato do Espírito não ter
165

condições de expressar seus conhecimentos através de uma pedra bruta. Mas, com o
passar de milhões de anos, vêm as transformações por nós conhecidas para formar este
centro de força denominado Chacra Coronário.
2 O Ser Humano já se encontra em um estado de evolução bastante adiantado, de modo
que não se pode mais lhe negar as grandes verdades, para que haja abreviamento em
suas realizações.
3 É necessário que se entenda que o Espírito e a Alma possuem inteligência subjetiva,
embora a manifestação no primeiro seja em perfeição, enquanto que na segunda seja
ainda em estado relativo. O Corpo Material é quem desenvolve a inteligência objetiva,
que é considerada como uma matéria ainda grosseira, formada de elementos
possuidores de sentimentos animalizados.
4 O desenvolvimento da faculdade intelectual pode se manifestar de várias maneiras,
sendo que o objetivo sempre é o mesmo e ele consiste na descondensação de energia
para qualquer obra, quer seja para o bem ou para o mal. Apenas devemos observar que
aquelas realizações provenientes das ações fora da necessidade trazem, como
consequência, o sofrimento ocasionado pelas formas. Mas, de qualquer sorte, houve um
desenvolvimento do centro que, futuramente, poderá combinar com uma necessidade
real e dar prosseguimento a sua evolução.
5 Os exercícios dos mantras, quando sugestionados pela mente em ligação direta com o
Chacra Coronário e executados com persistência, proporcionam um relativo
desenvolvimento do mesmo. Além do mais, quando se utilizar as energias inteligentes
para dar direção ao pensamento, haverá grandes possibilidades de se saber quando uma
realização terá êxito, porque a energia partindo de um emissor, ao retornar a este, trará
todo o conhecimento para que ele possa sentir e aprender.
6 Para que o Corpo Físico tenha vida e movimento, o Espírito transmite, também, através
da Alma, ao Chacra Coronário, as energias inteligentes. Este recebe também as energias
da Natureza para mantê-lo em estado de coesão, sendo que este mesmo processo é
verificado para a Alma.
7 A Alma também possui as diversidades de centros constituídos pelos planos da Natureza.
Porém, os elementos que entram em sua composição são formados da matéria
quintessenciada.
8 As manifestações que dão origem ao transe mediúnico são processadas através dos
Chacras e Plexos. Quando a entidade atua no centro onde se manifestam as energias
inteligentes, o médium fica totalmente inconsciente.
9 Quando a inteligência é despertada, construída e/ou desenvolvida por criaturas que
visualizam tão somente as conquistas de ordem material para satisfazerem aos prazeres
movidos pelo orgulho e vaidade, então elas terão dois aprendizados: um pelo
desenvolvimento do intelecto, tendo como efeito a decepção, dor e sofrimento, e o outro é
quando essa mesma inteligência se desenvolve segundo as normas diretivas das Leis
Universais. Neste caso, ocorre o desenvolvimento do centro em paz e harmonia.

51 O CHACRA CORONÁRIO
1 A Natureza possui a capacidade de promover as grandes realizações. Portanto, tudo é
possível se realizar no laboratório do Ser Humano e também no laboratório orgânico. O
laboratorista se encontra representado pelo pensamento possuidor de toda a
competência, de todas as qualidades necessárias para realizar aquilo que foi criado pela
imaginação do Ser Humano. A Natureza produz um grande manancial de elementos
necessários a qualquer realização. Nela tudo se encontra e tudo possui em abundância,
despindo-se totalmente aos olhos dos pesquisadores persistentes, inteligentes, sensíveis,
mostrando que tudo que existe em si é simples e comum.
166

2 Esta Natureza jamais negou aos estudiosos e sábios as suas grandes lições, para que
eles possam realizar, em pequeno espaço de tempo, aquilo que ela realizou através de
longo tempo.
3 Os Seres Humanos de tudo são dotados para realizar. Eles são verdadeiros deuses
relativos que precisam despertar das trevas da ignorância, porque existe uma força
dentro de si que é a esperança e a confiança em atingir o ideal almejado. Tudo que a
Natureza realiza através de suas forças naturais, o Ser Humano tem a capacidade de
desenvolver artificialmente.
4 Nas diversidades de desintegrações dos elementos da Natureza, por exemplo, o Ser
Humano parte da energia grosseira para a energia, isto é, o Ser Humano pensa que ao
atingir esta parte energética e indivisível é que encontrou a parte inferior, e que no local
onde se avoluma grande quantidade de matéria é que está a parte superior. E dessa
forma ele procura no inferior o superior, e no superior o inferior. Sendo que o elemento
natural mais pesado se encontra representado pelo urânio e o mais leve pelo hidrogênio.
5 O Chacra Coronário está localizado na cabeça do Ser Humano. O Espírito transmite à
Alma a energia inteligente e esta por sua vez transmite essa energia à matéria orgânica.
6 A matéria orgânica só possui a função de receptora das energias, percebendo as
energias que a Natureza lhe transmite através dos Plexos e as energias que o Espírito
lhe transmite através dos Chacras Coronário e Umbilical.

52 PERCEPÇÕES MAGNÉTICAS (Principalmente a Visão)

1 O Ser Humano, através da ciência, chegará a ponto de levar à humanidade as suas


deduções lógicas e as explicações exatas, colocando um ponto de certeza e confiança
para todos aqueles que necessitam de uma orientação.
2 O Espírito é uma partícula que parte de Deus para animar a matéria em estado bruto, ou
seja, em suas integrações e desintegrações para o seu aperfeiçoamento, sendo através
do perispírito que o Espírito age sobre a matéria.
3 A matéria orgânica é transformada através de vibrações, sendo que esta se torna cada
vez mais compacta e atinge o ponto de saturação. Nesta situação, as energias externas
não têm mais a possibilidade de penetrar na matéria saturada, vindo esta, em
consequência, adquirir o seu movimento próprio para que haja seu aperfeiçoamento.
4 Tudo na Natureza é orgânico e relativo, até mesmo os Universos, porque da mesma
forma que os Seres Humanos vão se aperfeiçoando, os Universos também vão. Este
Universo ou Globo também possui a sua Alma ou Corpo Astral e seu Espírito. Se esse
Globo não fala é porque não se encontra aparelhado para tal, porém ele possui todos os
elementos que a matéria do Ser Humano encerra.
5 Existe no Universo o grande Tejas Universal ou éter luminoso, este que proporciona ou
que se encontra na visão do Ser Humano, sendo que suas vibrações tomam a forma de
um triângulo, cuja cor é avermelhada.
6 Se, para o Ser Humano evoluir no Reino Hominal, são necessários cinquenta milhões de
anos, o equivalente às 5 (cinco) forças da Natureza no Universo, para o Globo são
necessários milhares e milhares de vezes mais, porque não possui a mesma quantidade
de massa que o corpo possui.
7 Tudo o que existe no Universo deve ser sintetizado e não ampliado, como o Ser Humano
está acostumado a fazer, pelas suas divisões e apoucamentos. Quando ele chega ao fim
não sabe aquilo que sabe, porque na realidade não aprendeu aquilo que estudou.
167

53 DESENVOLVIMENTO DO INTELECTO
1 A vontade é a propulsora do progresso, é ela quem conduz o Ser Humano a realizar
através da manifestação de sua força.
2 A Alma é um fundamento semelhante ao pensamento, à vontade e ao ato.
3 A vontade desempenha a parte decisiva, a parte de vida das formas criadas pelo
pensamento e, existindo o equilíbrio entre ambos, vem o resultado final, ou seja, a
realização, e então se vê em suas formas o sentido real, absoluto e profundo das suas
realizações.
4 O Ser Humano muitas vezes deseja a realização de uma bela obra ou de uma má obra,
criando, dessa forma, suas construções conscientes ou inconscientes. Se ele realiza más
obras inconscientes, sofre as consequências das más obras realizadas por si, ou seja,
cria formas monstruosas, que depois são atraídas pelo enfraquecimento do seu
organismo, levando em consideração a grande quantidade de energia por ele
desprendida para a construção daquela forma. Sofre, então, o Ser Humano sem saber
qual o motivo, revoltando-se contra a Divindade, chamando o próprio Deus de injusto
para com os Seres Humanos.
5 Aqueles que agem conscientemente, sabendo que estão cometendo um erro, não
padecem somente de sofrimento em função da má obra realizada, mas também ocorre
um segundo elemento, que é o remorso daquilo que fez conscientemente.
6 O desenvolvimento do intelecto está relacionado, tanto na parte material, como na parte
espiritual. Para que a inteligência seja desenvolvida é necessário o traquejo do raciocínio,
inclusive estudando a parte científica em suas várias modalidades, tanto na parte teórica,
quanto na parte prática.
7 O Ser Humano pode determinar suas ações pelo pensamento sem inteligência e pela
inteligência sem o pensamento, sendo que esse possui uma energia que proporciona a
energia vital, esta que dá vida às formas mentais.
8 Quando a energia mental vem ligada à energia da imaginação, surge em consequência a
energia criadora, essa que cria as formas mentais. E, quando o Ser Humano, através
dessa energia, é despertado pela vontade, surge uma forma em sua mente, e quando ele
age por essa forma quase sempre é mal sucedido, isto porque não dirigiu o pensamento
pela inteligência, para ter ciência do princípio, meio e fim.

54 ORIENTANDO E ESTUDANDO
1 Em tudo o que existe no Universo são necessários alguns momentos de meditação, e
que nessa meditação não sejam retiradas apenas as idéias, mas sejam aproveitados
também os ensinamentos básicos e os métodos perfeitos que ela oferece.
2 Tudo o que existe no Universo pode ser verificado no Ser Humano, porque este pode
considerar-se como um Universo consciente de si mesmo. Todos os metais que correm
na Terra e em sua superfície também existem no Ser Humano.
3 A Terra, como qualquer ser vivente, sente toda e qualquer vibração das energias
externas e internas, porém sem ser dotada de consciência.
4 Tudo no Universo foi formado pela unificação dos cinco éteres. O Prana tem a sua cor
negra. O Vayú ou éter táctil deixa transparecer uma cor azulada, o que o Ser Humano
chama de céu. O Príthivi é o éter olfativo. O Apas com sua cor branca e o grande Tejas,
também reconhecido como éter luminoso.
5 Se a energia atômica chegou a ponto de produzir os efeitos terríveis que a humanidade
conhece, ela não pode ser considerada como uma energia em estado perfeito. Logo,
chega-se à conclusão que o Ser Humano atingiu apenas o primeiro grau de energia,
assim como de matéria, isto é, a matéria bruta e a energia em estado bruto. Porém,
168

através da desintegração o Ser Humano chega a ponto de encontrar as diversidades


de energias que encerra o Corpo Físico, isto é, a energia pensante, sutil e, finalmente,
todas as qualidades de energias que entram na composição do Corpo Físico. As diversas
manifestações de Entidades Espirituais que realizam através do Ser Humano estão
baseadas nas energias que estão encerradas nos Plexos e Chacras
6 Quando a Entidade Espiritual atua no médium em seu Chacra Coronário, o Ser Humano
fica inconsciente e é denominado de médium inconsciente. Quando a entidade atua no
Plexo Frontal ou Mental, o Ser Humano expressa conscientemente tudo o que a entidade
quer dizer em plena consciência, é o médium consciente. Quando a entidade atua no
Plexo Lombar o Ser Humano expressa o que ela quer dizer, escrevendo. São estes os
médiuns escreventes ou mecânicos.
7 Portanto, é necessário que o Ser Humano aprenda a teoria para poder aplicá-la na
prática e ter certeza do que está realizando. Afinal, o que eleva o Ser Humano é tão
somente aquilo que ele aprende e sente e, para tal, ele precisa estudar para entender e
praticar para sentir o que sabe e saber o que sente, em todas as suas experiências.

55 OBSESSÃO
1 Todo Ser Humano já tem como sentimento a necessidade de compreender que a maioria
das doenças do Corpo Físico é uma consequência direta da sua parte psíquica, ou ainda
de sua Alma e de tantas outras que, desencarnadas, continuam na ignorância das Leis
Divinas ou a desrespeitá-las, ainda que inconscientemente, causando, assim, os
problemas físicos ou espirituais que a medicina material, ou melhor, oficial, não resolve
por não ter condições, pois não conhece suas causas.
2 Toda humanidade do planeta não se questiona, não investiga para tirar suas próprias
conclusões, a fim de que, no mínimo, consiga, pela vontade própria, caracterizada por
uma determinação de ação, com boa vontade e propósito, buscar meditativamente em
Deus, Pai todo poderoso, ao menos intuições para trilhar o caminho da espiritualização
consciente, pois, por necessidade, já deve ser sentido por todos que O Pai a tudo criou e
rege, nada poderia negar aos seus filhos, por ser Justo, bem como também impor aos
mesmos o sofrimento, mas sim dar à eles o livre arbítrio de viver e realizar.
3 Ainda como que por graça colocou toda ferramenta necessária à sua evolução, a qual se
encontra em seu interior e, além do mais, fornece toda matéria prima que, por ora, se
encontra na natureza para suas realizações. Porém, para que isso ocorra
conscientemente é fundamental que o Ser Humano sacuda de si a poeira dos falsos
costumes, dedicando alguns minutos de sua vida para colocar em sintonia, essa natureza
interna com a externa, e assim possa a isso realizar, experimentando, segundo o que
estabelecem as Leis Divinas, que são na verdade a representação, em estado relativo, do
Criador no Universo.
4 A criatura humana é, na verdade, um ser consciente trino, ou seja, tem três corpos: dois
relativos, logo criados, e um absoluto, consequentemente Criador. Tais corpos estão,
entre si, harmoniosamente ligados com a Natureza por determinados centros de força ou
energias, que tem por fim atuar na matéria para descondensar-se, tanto natural como
abreviadamente em prol da evolução geral, com a exceção do corpo Criador, por ser
Absoluto, para um dia, depois de completamente descondensados, aí absolutamente
perfeitos, possam se identificar com o Pai, vida de todas as coisas.
5 Este ser supremo do Universo, abaixo de Deus, assim caracteriza-se: o Espírito que é
uma centelha emanada de Deus, portanto semelhante Ao Mesmo em toda sua essência.
Daí a afirmação de se ter Deus dentro de si. A Alma, que é um corpo formado pelo
Espírito, que intermedeia o mesmo e o Corpo Físico, formada de matéria
quintessenciada, isto é, pura, refinada, que podemos evidenciar como a morada do
Espírito, pois esse, por ser dotado de todo Absolutismo, desintegraria o Corpo Físico no
169

contato direto por ser este formado de seres elementares ainda grosseiros, e por fim, o
Corpo Físico que é a morada da Alma, pois a mesma, para propiciar a descondensação
dessas energias internas, precisa encarnar quantas vezes sejam necessárias, assim
adquirindo por experiências vividas nessas encarnações sucessivas, ou ainda por ousar
com equilíbrio a sua espiritualização, isto é, buscar conscientemente pelo dever o
desenvolvimento desses centros de forças e realizar o menos imperfeitamente possível,
procurando aproximar-se do método de ação das Leis Divinas, para que assim possa
completar este ciclo de Involução (partida de Deus), aprendizado e evolução (volta à Ele)
pelo Equilíbrio Universal.
6 Desde sua criação, o Ser Humano traz em si, inoculados em pontos estrategicamente
dispostos, esses centros de energia ou Chacras, os quais são preenchidos,
ininterruptamente, pelo trabalho incansável e paciente da mãe Natureza, de energias
afins para que o mesmo possa viver encarnado equilibrado, visto que, por necessidade,
essas energias que por eles penetram são por si filtradas, armazenadas, bem como
distribuídas aos órgãos para o equilíbrio do seu Corpo Físico.
7 Tudo no Universo é regido por Leis Naturais, e a falta de conhecimento, bem como o
desrespeito às mesmas, é que faz com que todo Ser Humano (encarnado) sofra pela dor
física ou moral e o desencarnado (Alma) vaguei pelo astral, necessitando de
espiritualização, como caridade, pois ainda carrega gravado em sua corrente sensitiva ou
perispírito as mesmas sensações, necessidades e vibrações de quando encarnado. Daí,
aproveitando-se do desequilíbrio físico ou espiritual de uma outra criatura, aproxima-se
da mesma por mediunidade ou afinidade e assim produz sempre o desejo de dilatação de
seus centros, transmitindo, desta maneira, à criatura obsedada, essas impressões,
caracterizando, desta forma, a obsessão, pela necessidade que têm esses obsessores de
energias afins para o seu despertamento.
8 Existem duas maneiras de diagnosticar os casos de obsessão em função do tratamento a
ser utilizado para a cura:
A - Por simples obsessão, quando o obsessor faz predominar os seus pensamentos sempre
que queira, ou seja, permitido, conturbando, assim, os pensamentos do obsedado. Neste
caso a Alma desencarnada (obsessor) só atuou no Chacra Coronário do obsedado. (Este
Chacra localiza-se na área posterior da cabeça, onde se manifestam as energias
inteligentes, tanto provindas do Espírito como da Natureza).
B - Por dupla personalidade, quando o obsessor perturbar os Chacras Coronário e
Umbilical, ligando seus Chacras aos do obsedado, caracterizando, assim, o autodomínio,
vampirismo, possessão, etc. (O Chacra umbilical localiza-se na área do umbigo, onde se
manifestam as energias de vida e movimento).
9 No caso de simples obsessão, sérias doutrinas com conhecimento fundamental, como
sugestão, podem afastar o obsessor e encaminhá-lo às Escolas do Astral para o devido
trabalho de espiritualização. Mas no caso de dupla personalidade é preciso muito
conhecimento por parte do operador, pois a retirada brusca do obsessor pode acarretar
no desencarne do obsedado, uma vez que o seu obsessor deverá ter-lhe sugado, a
depender do modo ou tempo, toda ou quase toda suas energias de seus centros.
10 Para que entendamos o que aqui está expresso é necessário que, primeiramente,
entendamos que existe um ser Supremo Criador e Regedor de tudo que existe, existiu ou
vier a existir, logo, não poderia existir o acaso, assim, embora relativamente, tudo poderá
ser explicado, tanto filosófica quanto cientificamente, desde que se fundamente na
Verdade, as Leis Universais.
170

56 OBSESSÃO - DUPLA PERSONALIDADE


1 A depender do país onde nasce uma pessoa, dos seus hábitos e costumes no campo
social, filosófico ou religioso e se não for capaz de traduzir os sentimentos por vários
motivos, ela, geralmente, é levada a copiar o mesmo procedimento e costume da época
em que vive, isto porque pode ser dominada por um pensamento no qual se encontra
inoculada uma vontade superior à sua.
2 Essas Almas, ao desencarnarem, conservam em suas mentes toda experiência de dor e
desilusão que, por afinidade, é transferida para outros encarnados que passarem a
modificar seus pensamentos num estado obsessivo.
3 A Obsessão pode ser identificada quando um Ser Humano muda de comportamento em
espaços de tempos variáveis, a depender de seu desejo intencional e da vontade da
entidade obsessora porque esta, ao desencarnar, guarda, em si, todas as impressões
adquiridas na vida material.
4 A dupla personalidade é um estado em que o Ser Humano muda de comportamento a
todo instante. Isto porque a entidade obsessora é levada pela inconsciência a formalizar
uma incorporação pela ligação de seus Chacras aos do obsedado e, embora exista
afinidade entre os dois, não se pode definir, com precisão, as idéias que irão surgir,
porquanto não se sabe os motivos que levaram a entidade a desencarnar, quais os seus
costumes e que tipo de impressão permanece gravada em seu perispírito.
5 A retirada destas Almas desencarnadas pode ser processada de várias maneiras:
A - Pela sugestão nas reuniões doutrinárias;
B - Pela emissão de energias nos Chacras umbilical e coronário;
C - Com o auxílio dos irmãos desencarnados e conscientes, através dos médiuns.

57 VISUALIZAÇÃO DA MATÉRIA
1 Para que um objeto seja visualizado pelo Ser Humano, é necessário que o órgão
localizado na parte posterior do cérebro esteja em perfeito funcionamento, porque do
contrário a pessoa não poderá enxergar aquilo que quer ver, sendo que a percepção só
será completa quando a mente se encontrar ligada ao órgão. Porém, a compreensão de
como foi feito aquele objeto só será efetivada quando ele tiver conhecimento de todos os
elementos que entraram na formação do mesmo.
2 As matérias mais evoluídas têm a capacidade de interpenetrar aquelas menos evoluídas.
Assim, a matéria mental interpenetra a matéria astral, e a matéria consciente interpenetra
as matérias mental, astral e física, de modo que tudo que existe pode ser compreendido
como uma espécie de energia que é caracterizada pelo estado vibracional em que se
encontra.
3 O ser encarnado desconhece estas verdades e por isto deixa de tirar o proveito
necessário das qualidades latentes que permanecem encerradas em si, sobretudo
quando se estagia na parte superior do Plano Astral, local onde se encontram os
elementos necessários e fundamentais para que se domine e interpenetre a imensidão de
matérias inferiores, às quais muitos se encontram subjugados pelas belezas imaginárias.
4 Quando a energia se condensa, podemos visualizá-la sob a forma material e sua
sensibilidade será efetivada de acordo com a descondensação dessa matéria, pela
alteração que o seu estado vibratório apresentar.
5 Enquanto a matéria não chega a ponto de saturação, permanece a necessidade da
incidência de uma força externa, cuja ação só cessa quando não encontra mais espaços
de penetração. É nessa situação que a matéria adquire seu próprio movimento e, em
consequência, sua própria energia, com um mínimo de força.
171

6 Em se tratando do átomo, esta força é inversamente proporcional ao número de


orbitais, ou seja, o hidrogênio possui maior potencial energético do que os outros
elementos, isto porque toda massa foi transformada em energia no decorrer de longos
anos, em obediência à Lei de Progresso e Evolução.

58 VERDADE
1 Quando se esgota o tempo necessário para a conformação do centro onde se
manifestam as energias imaginárias no Ser Humano, este já se encontra devidamente
habilitado a dirigir seus pensamentos com sabedoria e, desse modo, acatar
conscientemente as verdades que até então eram consideradas como mentiras.
2 A humanidade quase in totum ainda possui a vaidade de se julgar senhora de toda a
verdade no campo de estudo em que atua, quer seja religioso, filosófico ou científico.
3 A Religião regulamenta e abraça suas teorias, ao tempo em que repulsa os ensinamentos
contidos em outras seitas. A Sociedade abraça tudo o que é derivado da parte teórica
por ela apresentada e que julga como verdadeira. A Ciência também, com seus ilustres
representantes, estes que, na maioria das vezes, defendem uma tese pela ampliação dos
sentimentos de outros cientistas.
4 A Verdade é um símbolo que se faz representar pela formação de mais um centro no Ser
Humano, para proporcionar-lhe melhor percepção e uma maior compreensão das Leis
Universais, levando em conta que se a inteligência já se encontra consolidada, haverá
maior facilidade em utilizar o pensamento para obter uma consciência mais nítida e,
assim, no futuro, reconhecer com maior facilidade tudo aquilo que o seu sentimento ditar
como verdadeiro, pois ele resulta do esforço e das experiências que lhe proporcionam as
vidas sucessivas, ficando acumulado como conhecimento de sua própria Alma.
5 No passado, muitas teorias foram introduzidas e aceitas como verdadeiras no campo
científico, sendo que, no presente, elas foram substituídas por métodos mais atualizados
e modernos, oferecendo-nos subsídios para concluir que, no futuro, novos conceitos
serão atribuídos a estas teorias porque a Verdade Absoluta pertence ao Espírito, esta
Centelha Divina que anima os dois corpos grosseiros, os quais um dia se identificarão
com o Absoluto.

59 VERDADE II
1 Muitas vezes o Ser Humano precisa ir conhecer a causa para ter convicção do seu efeito
e, desse modo, se enveredar pelo caminho da verdadeira sabedoria que será
representada pela ciência, esta que um dia se afastará definitivamente da religião pela
crença, lógica e certeza, não aceitando mais os ritos que servem apenas de beleza para
seus olhos e nada para seus conhecimentos.
2 Quando o Ser Humano vê, ele não duvida, pois tem convicção do que sabe, e seu
verdadeiro conhecimento reside no sentimento que ele adquire pela crença, esta que
parte do estado interno para o estado externo, sendo ela o produto de tudo o que o Ser
Humano sabe e sente. Já a crença que parte do estado externo para o interno é
reconhecida como fanatismo. A verdadeira sabedoria do Ser Humano está em sua
crença, esta que é adquirida nas grandes experiências da vida.
3 Para que o Ser Humano fale uma verdade ele necessita de uma mentira para fantasiá-la
e, quando ele fala em uma mentira, ele precisa da verdade para acobertá-la. Portanto, a
verdade é o clarão da realidade e a mentira é a realidade obscura, sendo que a verdade
é a mentira em estado bruto ou grosseiro.
4 É necessário que o Ser Humano se identifique com os fatos reais, aproximando-se cada
vez mais da parte ilustrada para ter conhecimento de todas as coisas, observando,
172

através da fantasia, se existe o absoluto na verdade e a parte relativa na mentira.


Portanto, a mentira é o princípio finito da verdade e esta o seu fim infinito e absoluto.
5 Já é reconhecido que a humanidade atual se encontra no Plano da Verdade ou Nirvânico,
portanto, aqueles que possuem maiores conhecimentos deverão transmitir verdades e
mais verdades para seu semelhante, e, assim, melhor iluminar suas inteligências,
indicando-lhes o meio da salvação. O Ser Humano, em suas pesquisas e investigações,
precisa acreditar que existe dentro de si a fé, um sentimento iluminado pela sabedoria e
onde reside a solução de todas as coisas.
6 A vida no planeta se constitui numa verdadeira escola, local no qual, em cada existência,
o Ser Humano aprende uma nova lição, onde residem os problemas desta vida e os
meios de solucioná-los. Portanto, o Ser Humano deve ter consciência de tudo aquilo que
quer para ser merecedor de seu direito, porque este direito é a recompensa de um bom
efeito produzido por uma bela causa.

60 O PLEXO BRAQUIAL
1 No vasto Campo Material, já são verificadas pelo Ser Humano as grandes realizações.
Estas que outrora eram consideradas pelo ignorante como impossíveis e que hoje
causam grande admiração aos sábios e pesquisadores.
2 No Universo nada é impossível, portanto, tudo é realizável. Na Natureza nada se perde,
porém, passa pelas transformações necessárias para evolução, aprimoramento,
reencontrando aquelas mesmas coisas em formas mais perfeitas, cada vez mais belas,
mais sutis até atingirem o absoluto e retornarem à sua fonte de criação.
3 Portanto, o laboratorista do corpo humano, que é o pensamento, tem toda a competência
e força para realizar tudo que a imaginação do Ser Humano criou através da forma e que
a necessidade exigiu que fosse realizado.
4 A Natureza é a grande fonte de realização equilibrada pelas Leis Universais que tudo
dominam no Plano Físico, no Plano Causal e em todos os planos submissos à Lei de
Relatividade.
5 Tudo o que a Natureza realiza naturalmente, o Ser Humano tem processado
artificialmente, precisando ser verificado apenas que, nas realizações do Ser Humano,
ele inverte a sua própria teoria, vindo depois a ignorar os princípios fundamentais da
realização.
6 Futuramente a ciência dirá, com toda a consciência, o que vem a ser o Ser Humano. Este
que, através de desintegrações em desintegrações, chegará a perceber nessa
numerosidade de átomos as suas reais energias. Poderá afirmar com segurança acerca
dos átomos que se unificam na constituição deste ou daquele Plexo. Dirá também com
toda a convicção como se manifestam as energias conscientes, inteligentes e
imaginárias, terminando, finalmente, com este véu negro que encobre a visão do Ser
Humano em função das diversas teorias e idéias contrárias que se chocam
constantemente, produzindo a desarmonia deste conjunto evolutivo da ciência.
7 Se o Ser Humano pode ser considerado como um Universo, é necessário que ele
trabalhe para a construção do grande templo dentro de si mesmo.
8 Todos os Seres Humanos que desejam evoluir pelo desenvolvimento de sua inteligência,
para alcançarem uma ciência mais aprimorada no vasto Campo Universal, observando as
diversidades de elementos para que possam aperfeiçoá-los através de sua dispersão,
precisam aperfeiçoar cada elemento separadamente, transformando-o em energia,
porém, uma energia ainda grosseira. Se os Seres Humanos que trabalham na
desintegração atômica pensam que já alcançaram o ponto mais alto da ciência, estão
completamente enganados, porque existe alguma coisa a mais na constituição desses
átomos que seus conhecimentos não chegaram a ponto de desintegrar.
173

9 Os Seres Humanos responsáveis pela ciência no planeta terráqueo ainda acreditam


que a evolução se encontra baseada na destruição. Entretanto, é necessário que se
entenda que a destruição não significa a perfeição desse ou daquele elemento. A
destruição é a dispersão dos elementos imperfeitos, para que eles voltem a se reunir na
constituição de um corpo mais perfeito. Portanto, se os Seres Humanos julgam que a
destruição, tanto dos corpos que giram no Universo como dos corpos físicos, os levam à
perfeição, estão enganados.
10 O Plexo Braquial é um dos centros distribuidores de energia aos órgãos a ele
subordinados. Neste Plexo se manifestam as energias do Prana, estas que dão vitalidade
e força para o equilíbrio da matéria. O Plexo Braquial é o centro distribuidor dos
elementos que constituem o ar que se respira em qualquer planeta existente no Universo.
11 Para que o Ser Humano reconheça as grandes verdades e o poder soberano que existe
em si, em seu ser, é preciso que ele compreenda que a vontade é a propulsora do
progresso, é ela a corrente realizadora de tudo o que se deseja. Ela faz com que a força
se manifeste no Ser Humano e o conduz para ousar e conseguir alcançar as grandes
realizações. A vontade é uma das manifestações do sentimento do Ser Humano, sendo
que o sentimento não é nada mais nada menos do que o conhecimento e a experiência.
12 O futuro deve ser construído para que nele se deposite toda a felicidade e todo o ideal
aspirado através dos anos, através do ânimo e da esperança produzida pela vontade.

61 PERCEPÇÕES MENTAIS PURAS (Principalmente a Audição)


1 O Ser Humano da atualidade precisa acabar urgentemente com essa ociosidade mental
que o persegue através das encarnações, começando a meditar com um pouco de boa
vontade, porque Deus arquitetou um paraíso para ser habitado por seres inteligentes e,
nesta grande oficina, colocou todo o material e ferramentas necessários para seu
aperfeiçoamento, para que este Ser Humano se torne um perito consciente. Para tanto, é
necessário aprender a arte de entender ou de conhecer os especialistas da ignorância e
da superstição que existem no seio da humanidade terrena.
2 Na realidade, tudo o que existe na Natureza é simples como são todas as manifestações
da Divina Lei. Portanto, nada é difícil ou impossível de se realizar quando se tem
consciência do que está julgando ou analisando, não sendo também com afirmações
para ser agradável a terceiros que o Ser Humano atingirá os altos graus de sabedoria e
de conhecimento, porque a crendice cega leva o Ser Humano ao abismo da ignorância e
da incerteza.
3 É necessário que o Ser Humano seja guiado pela luz da certeza para que, nas grandes
batalhas, aprenda o caminho certo que deve seguir e os meios corretos que devem ser
aplicados para a sua salvação.
4 Existem Seres Humanos que fazem o seu próprio julgamento pensando que não
possuem sentimento algum. Entretanto, é reconhecido que qualquer Ser Humano, por
mais ignorante que seja, tem uma parcela de sentimento encerrado em si, ainda que este
sentimento seja vago, impreciso e sem consciência.
5 As formas mentais que o Ser Humano deve construir, bem como sua vontade, são
ferramentas pelas quais podem transformar tudo o que existe em torno de si, procurando
persistir com boa vontade através do esforço e da persistência para realizar. Portanto, se
ele age dessa forma, utilizando também a força do pensamento, a Natureza é obrigada a
obedecer-lhe.
6 É necessária a confiança em todas as ações e realizações, uma vontade firme e um
pensamento voltado para um só ideal almejado, que consiste na perfeição.
174

62 VITALIDADE E FORÇAS - EQUILÍBRIO À MATÉRIA


1 No Universo é comum se ver a explicação de que na matéria não existe nenhuma
qualidade, sendo que todas as qualidades se encontram no Espírito, ou seja, a matéria
não possui inteligência, não tem sentimento, não tem vitalidade, não tem força nem
equilíbrio, a não ser pela ação do Espírito. Ora, todas as qualidades que existem no
Espírito em energia absoluta, existem na matéria em estado de energia condensada. A
matéria bruta não pode locomover-se, tendo em vista o estado grosseiro em que se
encontra e que precisa de desenvolvimento para atingir o ponto de energia consciente de
si mesma, ou seja, de Espírito. Existe a matéria vital, que liga à energia vital, esta que dá
movimento à grande máquina humana.
2 O Ser Humano é dotado de toda a aparelhagem necessária para promover suas
realizações, porém ele chega a ponto de afirmar que não pode realizar, pois possui uma
matéria grosseira que não lhe permite a manifestação das qualidades do Espírito. Nos
Seres Humanos de outrora, o que imperava era somente a necessidade para o equilíbrio
de sua matéria. Hoje, ele não sente apenas a necessidade de recepção dos elementos
para o seu equilíbrio, mas sente também outras necessidades, produzidas pelo seu
sentimento, sentimentos esses que vêm através do seu Espírito para aperfeiçoamento de
seus elementos.
3 No vasto Campo Universal existem as diversidades de matéria, a matéria bruta ou
compacta, essa que carece de muita energia e que constitui um corpo grosseiro até a sua
saturação. Saturada essa matéria vem então a repulsão das energias que possui,
passando dessa forma a manifestar a energia externa nesta matéria em menor
quantidade, isto em virtude de já se encontrar grande quantidade de energia encerrada
em si mesma, tornando-se então a sua transmissão de energia cada vez maior. Essa
matéria aperfeiçoa-se cada vez mais, advindo em consequência uma matéria mais
purificada. Depois vem a matéria sublimada e quintessenciada. A matéria
quintessenciada torna-se uma matéria perfeita e esta se transforma totalmente em
energia, porém, uma energia em estado bruto.
4 Se os Seres Humanos se esforçam para trabalhar na desintegração do átomo, julgando
atingir um ponto mais alto da ciência, enganam-se, pois ainda existem partículas no
átomo que não lhe permitem a desintegração.

63 INTELIGÊNCIA COM SENTIMENTO


1 É necessário que o Ser Humano compreenda e entenda, sobretudo aquele que
representa a ciência oficial, que, quando nos referimos ao movimento de um planeta,
quanto maior a sua velocidade, menor quantidade de calor é recebida por ele, e quanto
menor a velocidade, maior a quantidade de calor que ele recebe. Existem globos que
possuem maior movimento e conservam-se frios ou menos aquecidos do que aqueles
que têm um movimento menor.
2 Para os cientistas não há mais dúvidas de que tudo tem uma vibração, que tudo é
formado por ela e que tudo obedece a essa vibração, quer na integração dos elementos
que compõem o objeto, quer na desintegração desses mesmos elementos por uma
vibração superior. O Ser Humano também pode efetuar uma realização quando focaliza
sua mente para uma determinada corrente.
3 Todo e qualquer objetivo que o Ser Humano possui em mira tem seu grau de vibração.
Por isso, ele deve levar algumas horas vagas a desenvolver os seus centros mentais,
para penetrar nas vibrações harmoniosas que lhe oferece a Natureza.
4 Se o Ser Humano duvida que a força do pensamento é a força realizadora quando nela
existe a unificação da Vontade, esse Ser Humano, com a dúvida, jamais pode atingir
qualquer realização, pois a dúvida leva sempre à desistência de um ideal elevado.
175

Porém, mesmo sem a crença, o Ser Humano, usando a persistência, acabará


encontrando o equilíbrio entre si e a Natureza.
5 O Ser Humano poderá separar as vibrações existentes na Natureza, que o circulam a
cada momento, a cada instante, fazendo a formação desses elementos que constituem a
plenitude do Universo. Desse modo, ficará consciente de todas essas coisas e fará uso
de suas forças para realizar os seus ideais almejados e para a formação das poderosas
colunas da força, inteligência e beleza, essas que só serão atingidas através do esforço e
da persistência, utilizando a inteligência com sabedoria, com o sentimento.
6 Para que o Ser Humano alcance a Força e a Beleza é necessário que, em primeiro lugar,
ele se esforce para atingir a realidade, sem vaidades, sem adoração, sem orgulho e sem
egoísmo. Ele deve amar apenas uma coisa: a Verdade! Essa Verdade que abre seu
caminho e faz com que seus sentimentos sejam conferidos pela sua razão.

64 RESPIRAÇÃO
1 Uma das funções mais importantes da célula viva é atribuída à respiração.
2 Dentre outros gases que entram na composição do ar atmosférico, figura o oxigênio que,
ao ser introduzido nos pulmões, é fixado pela hemoglobina através da qual é levado a
todas as partes do organismo.
3 A hemoglobina é um pigmento vermelho que tem a importante função de transportar o
oxigênio dos pulmões às várias células do Corpo Físico, transportando o dióxido de
carbono destas células materiais para os pulmões.
4 Podemos considerar a respiração sob dois aspectos: o primeiro pode ser reconhecido,
pela maioria da humanidade, como um processo fisiológico que se caracteriza, apenas,
pela inalação do oxigênio e rejeição do gás carbônico, sendo este o motivo dele ser
considerado como parte exotérica. Vale salientar, também, que os pulmões têm a
capacidade de comportar dois ou mais litros de ar e, comumente, só absorve meio litro, o
que é considerado normal, em função do método imperfeito que possuímos de proceder a
respiração, levando em conta outros fatores negativos, tais como o alto teor de poluição,
fazendo com que o oxigênio atinja os pulmões sob a forma de monóxido e dióxido de
carbono, sendo difundidos no sangue, e prejudicando a circulação. O segundo aspecto é
o mais importante para o estudo que estamos desenvolvendo, ele corresponde à parte
esotérica, ou seja, a parte interna.
5 Existe, no ar que respiramos, uma substância e um princípio vital denominado de Prana,
que é identificado como uma palavra sânscrita e, por ser energia, penetra em lugares que
o ar atmosférico não pode penetrar e alcançar.
6 Já é reconhecido que o Prana possui a capacidade de interpenetrar os outros éteres que
foram originados a partir de sua transformação, sendo, por este motivo, que ele se
encontra presente em todos os centros de força, se manifestando, com predominância,
no Plexo Braquial.
7 Os exercícios respiratórios foram introduzidos pelos ocultistas para que se pudesse obter
imunidade contra as doenças, vitalidade para o corpo e a mente, reduzir as toxinas e
melhorar o estado geral de saúde.
8 Uma das aplicações diretas que a respiração controlada nos proporciona está
relacionada com o desdobramento, também reconhecido como saída astral, sendo este
um processo em que a Alma desliga-se do Corpo Físico, podendo ocorrer de duas
maneiras: uma inconsciente e outra consciente, sendo que nestes casos, especialmente,
o Corpo Físico deve estar bem oxigenado a fim de que o Corpo Astral permaneça por um
bom espaço de tempo fora dele.
176

9 Assim, a respiração é um processo importante para toda a forma de vida, sobretudo


quando o oxigênio inalado é puro, proporcionando o equilíbrio não só dos órgãos como
também dos centros de força.

65 INTERPENETRAÇÃO DA MATÉRIA
a) O objetivo dessa prática consiste no diagnóstico para identificar a origem da enfermidade
de determinada pessoa, bem como suas possíveis consequências;
b) Concentrar-se diante do enfermo em observação;
c) Essa vibração que o curador irá empregar deve ser isenta de qualquer forma de
pensamento, porém, com atenção desvelada em estado de passiva atividade, de pleno
perceptor;
d) O pensamento, ou melhor, o pensar, a mente do operador, deverá se encontrar fixado
apenas no enfermo;
e) Se ele, o operador, se apresentar com um estado, sinal ou um sintoma parecido com um
esgotamento, ele poderá afirmar que o doente se encontra com alguma entidade
esgotando as energias contidas em seus Plexos ou centros de força.
Se os sinais e/ou sintomas forem parecidos à uma vertigem ou desmaio, poderá afirmar
que o doente irá disto desencarnar.

66 CONSCIÊNCIA
1 Quando a humanidade se interessar em estudar as Leis Universais e fizer delas uma
norma direta de suas ações, todo o mal será afugentado do vasto Campo Universal e o
Ser Humano será, então, identificado como um deus relativo, sem ser acometido de
enfermidades ou doenças, porque estas não são, nada mais, nada menos, do que um
excesso de substâncias encerradas nos Plexos que se ocupam em destilar estas
energias em excesso, deixando de filtrar as energias vitais transmitidas normalmente pela
Natureza para manter os órgãos físicos em perfeito equilíbrio.
2 Estas Leis Naturais se encontram condensadas na consciência de toda a criatura
humana, e só depois do seu despertamento e aplicação na prática é que as verdades
aparecerão, proporcionando, ao Ser Humano, condições favoráveis que o permitam
superar todos os obstáculos com sabedoria.
3 A consciência é uma faculdade que tem a função de distinguir o bem do mal, desde
quando o Ser Humano direcione seus pensamentos com inteligência, sendo que este
mal, na verdade, não existe no Universo, existindo, sim, o bem relativo, que precisa
passar pelas transformações necessárias para alcançar o bem real.
4 A consciência pode ser identificada, também, como um centro de força que se relaciona
com as energias cósmicas e as Leis Universais e, quando praticada com sabedoria e
convicção, pode levar o Ser Humano a conquistar aquilo que deseja, bastando, para tal,
que ele faça uso da imaginação para alcançar a vontade.
5 Quando o Ser Humano afastar de sua mente todas as falsas teorias e se aproximar, com
inteligência, da verdadeira sabedoria, absorvendo todos os conhecimentos ministrados
pela mãe, mestra natureza, tudo o que é misterioso e impossível deixará de existir no
planeta, por não haver mais necessidade de sua subsistência. A falta de fé também tem
contribuído para que o Ser Humano se julgue impotente e incapaz de realizar o que
deseja, ignorando as causas pela falta de interpretação consciente dos efeitos
correspondentes.
6 Só depois que o Ser Humano der uma interpretação espiritual aos seus conhecimentos
materiais, é que ele se convencerá de que tudo é possível de se realizar, varrendo de sua
mente todas as impressões que outrora o levaram ao fracasso.
177

67 CONSCIÊNCIA II
1 Ao longo dos tempos da Obra Universo, a evolução da Obra Homem, bem como da Obra
Planeta, tem sido, incessantemente, estudada pela humanidade para ser desvendada
como um todo. Isso tem sido buscado através, inclusive, da unidade do pensamento
realizada entre a diversidade de sociedades existentes no planeta e seus respectivos
conhecimentos. Na medida em que isso vai se realizando, amplia-se a sensibilidade
dessa mesma humanidade e torna-se cada vez mais clara a possibilidade de serem
caracterizadas respostas plausíveis, e razoavelmente úteis, para o seu viver, relativas à
concepção do princípio Criador, da finalidade da vida, bem como da razão de nossa
existência. Essa unidade de pensamento tem sido realizada entre a Religião, através de
sua exata noção de boa qualidade de sentimentos, bem como a de ética e estética
elevadas; juntamente com a Filosofia, através de sua exata noção de precisão e rigor de
suas deduções lógicas; e ainda com a Ciência, através de sua exata noção do método
preciso pela ordem dos fatos. Com isso, a humanidade demonstra a sua indubitável
persistência acerca de tão importante e relevante realização:
2 Quem somos, de onde viemos e para onde vamos?
3 Esta é uma questão que não podemos, sequer devemos, desprezar.
4 Muito tem sido considerado e é fato evidente de que no Universo tudo são Leis, que
dentro delas tudo é bem, porém, fora das mesmas, nada é definitivo ou seguro.
5 Muito tem sido considerado e é fato evidente de que Ser Humano algum pode ou deve
deixar de compreender a vida, ela que se prova pelo movimento.
6 Muito tem sido considerado e é fato evidente de que nada vive no isolamento e que a
vida só nos oferece o viver e viver são ações nas relações, ou seja, é ser, é estar em
relação com o todo do qual se é parte integrante. Portanto, o viver é o único conjunto de
atividades-meio que nos proporciona compreender da vida a sua atividade-fim.
7 Muito tem sido considerado e é fato evidente de que para o Ser Humano viver neste
mundo de relações ele não pode deixar de agir e, para agir pensa, e, para pensar, não
raro, sente.
8 Muito tem sido considerado e é fato evidente de que o Ser Humano é o produto do que
sente, pensa e age, bem como do meio em que vive.
9 Muito tem sido também considerado e é fato evidente de que o Ser Humano é, além do
que sente, age e do meio em que vive, o que pensa. Se pensa segundo a Moralidade do
Universo, ou seja, dentro de códigos estabelecidos pelas Leis Naturais que regem o
Universo, para si, tudo é bem; porém, do contrário será considerado um fora da Lei, esta
que pode até mesmo tardar, mas não falha, tampouco falta, brevemente será julgado por
essas mesmas Leis, quando a necessidade exigir e a razão justificar para o equilíbrio
dinâmico do Universo, em sua eterna expansão.
10 Essas evidências factuais, em princípio coligidas, nos dão e deixam clara a idéia, pelo
menos, de que muito importa auxiliar a que o Ser Humano busque conceber, o quanto
mais breve possível, valores insofismáveis caracterizados por códigos perenes e
imutáveis de Leis Naturais que regem o Universo, para que possa, inclusive, utilizá-los
como um eterno e sempre novo padrão de ação no seu dia-a-dia de relações, a fim de
que, quando agir, o faça da maneira mais integrada possível com este mesmo Universo
do qual é parte integrante e um tanto quanto relevante, se assim podemos dizer.
11 Eis que o Ser Humano deve se ocupar em sentir, pensar e agir de forma que todos os
seus pensamentos impliquem, expressem e transformem-se em uma Lei Natural, uma Lei
Divina, enfim Lei Universal.
12 Pois bem, chegamos à um ponto em que é impossível não indagarmos:
13 Qual faculdade ou qualidade humana que o possibilita discernir acerca dessas coisas?
178

14 Porquanto não se trata de empreender na busca de opiniões de quem quer que seja,
senão nada, pouco importa se da Religião, Filosofia ou Ciência. Trata-se da busca à
concepção da Moralidade do Universo, a fim de que seja, pelo Ser Humano, concebido
tal realidade, afinal, opiniões se discutem, fatos não, pois que contra fatos, pode até
mesmo haver argumentos, mas não significativos. E é unanimidade o fato de que o
Universo é regido por Leis Naturais, tais como: Lei de Necessidade, Amor, Atração e
Repulsão, Conservação e Destruição, Coesão e Afinidade, Liberdade, Caridade,
Ludicidade, Humanidade, Criatividade, Comunicabilidade, Equilíbrio, Trabalho e
Progresso, Sociedade, Relatividade, Imutabilidade, Imortalidade, Reencarnação,
Mediunidade, Amizade, Igualdade, Honestidade, enfim, um sem número de Leis, e ainda
a Lei de Moral, esta pela qual o Ser Humano deve se normatizar e reger em cumprimento
de todas as outras.
15 O ponto máximo aonde chegamos desse empreendimento não é outro senão o que
indica o fato de que a obra Universo, esta macro aparência do Divino Arquiteto do
Universo, indica uma moralidade que sua conduta denuncia, através, por exemplo, do
seu equilíbrio dinâmico; e nós, a Obra Homem, esta micro aparência deste mesmo Divino
Arquiteto, a concebemos através de uma de nossas faculdades inatas: a Consciência.
Vejamos o que ela nos indica segundo algumas implicações e expressões suas:
A Consciência é a faculdade que o Ser Humano possui, que lhe favorece discernir aquilo
que é certo ou errado, embasada naquilo que estabelecem as Leis Naturais que regem o
Universo.
Não é possível falar do mundo, do Universo, senão em relação da Consciência que o
percebe.
É na Consciência do Ser Humano que repousam as Leis Naturais que regem o Universo.
Quem condena e perdoa o Ser Humano pelas ações “más” que ele pratica, não é Deus,
mas sim a sua própria Consciência.
Para se adquirir Consciência deve o Ser Humano direcionar seus pensamentos com
inteligência; e para adquirir a vontade deve imaginar com esta Consciência.
A finalidade da Consciência é também a de refletir a existência como um todo.
A tomada de Consciência do Ser Humano também se dá quando do seu discernimento,
da diferença entre a necessidade real e os desejos esporádicos e irresponsáveis,
caracterizados pelo supérfluo, efêmero e pela desilusão.
A Consciência é a faculdade que favorece ao Ser Humano a possibilidade de conhecer o
Universo e sua Causa Absoluta.
A Consciência é o momento a partir do qual o Ser Humano consegue ter o discernimento
do viver em equilíbrio dinâmico organizado, segundo os valores insofismáveis
caracterizados por códigos perenes e imutáveis de Leis Naturais que regem O Universo.
A Consciência é a faculdade do Ser Humano que o possibilita discernir acerca do real e
do ilusório, do bem e do mal, do correto e do incorreto, do justo e do injusto, do nobre e
do vulgar, do útil e do fútil, da liberdade e da libertinagem, bem como da verdade e da
mentira, segundo os códigos estabelecidos pelas Leis Naturais que regem O Universo.
A Consciência é a força que auxilia o Ser Humano a administrar e resolver seus conflitos
e desafios; a auto-eleição como primeira e última autoridade, bem como adquirir
confiança, convicção e certeza para com as coisas da vida.
A Consciência é a força do Ser Humano diretamente proporcional ao produto do agir,
caracterizado pelo uso do seu pensamento com inteligência.
A Consciência é a faculdade do Ser Humano que é factualmente perceptível quando da
sua demonstrada crença em um Ser Supremo, na Lei de Imortalidade, bem como na Lei
de Mediunidade, ou seja, na Lei de Comunicabilidade entre os diversos planos do viver.
179

A Consciência é a força do Ser Humano que sempre esteve latente, aguardando o


momento quando assume forma, movimento e expressão atual.
A Consciência é a faculdade que possibilita ao criado integrar-se consigo mesmo, com
seu próximo, com o meio em que vive e, por conseguinte, com o Criador.
A Consciência é a energia potencial do Ser Humano aguardando apenas o momento que
seja despertada para impeli-lo, inclusive, à integração.
A Consciência é a força interior do Ser Humano que o impele a exteriorizá-la sob forma
de ação.
A Consciência é a força do Ser Humano que o permite, voluntariamente, exilar-se,
meditar e silenciar-se, para ouvir tudo que tem sido dito e que todos tem ouvido, embora
nada tenha sido falado.
A Consciência é a força do Ser Humano que, enquanto não desperta, é como experiência
não testada, pois não merece credibilidade; é como conhecimento não aplicado, pois não
conhece a finalidade; é como sabedoria sem sentimento, pois não se sente o que se diz
saber.
A Consciência do Ser Humano é a força que o possibilita conhecer tudo, inclusive, a si
mesmo.
O nível de Consciência do Ser Humano é demonstrado, e factualmente perceptível,
através do comportamento deste no seu dia-a-dia de relações.
A conduta do Ser Humano é diretamente proporcional ao grau de Consciência, por ele,
até então, adquirida.
Quanto mais Consciência tem o Ser Humano, menos conflitos e menos desequilíbrio ele
tem e, na sociedade, produz.
A Consciência é diretamente proporcional à tranquilidade e inversamente proporcional ao
conflito.
Consciência significa sem conflito.
Consciência significa sem ego.
A Consciência é a capacidade que tem o Ser Humano de, por exemplo, estabelecer
parâmetros para se entender a simplicidade, vastidão e profundidade de assuntos tais
como: o bem e o mal, o nobre e o vulgar, bem como o útil e o fútil, tempo em que indica o
caminho do equilíbrio dinâmico organizado das faculdades latentes e do desenvolvimento
das qualidades atuais em favor da sua plenitude.
A Consciência do Ser Humano, as causas e seus respectivos efeitos, andam juntos e um
é a consequência do outro.
A Consciência, quando alcançada, oportuniza ao ser, seu portador, o discernimento do
Princípio Criador, da Finalidade da Vida, bem como da Razão da nossa Existência,
mediante a intuição, dedução e sentimento dos fatores fundamentais que formam O
Universo.
Tanto O Universo - O Macrocosmos, como O Ser Humano - O Microcosmos, são regidos
pelas mesmas Leis Naturais, estas que repousam na Consciência do último, sua maior
representação neste mesmo Universo.
Deus não perdoa nem tampouco condena o Ser Humano por seus atos, pois não existe
determinismo Dele para com o mesmo. Quem assim o faz é a sua própria Consciência,
pois que nela repousam as Leis Divinas e o Ser Humano é a sua maior representação.
O Ser Humano constrói o seu próprio destino, tendo sua Consciência como seu primeiro
e último juiz.
180

A Consciência do direito e do dever indica o grau de evolução do Ser Humano.


Fazendo-se manifestar nele, revela o cabedal de valores éticos-morais que lhe é peculiar,
ao contrário de quando está imanifesta.
A Consciência, quando manifestada no Ser Humano, o ajuda a eleger valores éticos-
morais perenes e imutáveis; a identificar as faculdades e qualidades formadoras do seu
ser, bem como O Princípio Criador, A Finalidade da Vida, e A Razão de Nossa
Existência.
Todo Ser Humano, quando responsável, demonstra ter a Consciência despertada, logo,
tem o discernimento do que é necessário realizar, para que e porque; como, onde,
quando e quanto, bem como com quem, com quanto e com que executá-lo.
Enquanto, momentaneamente, bloqueada a consciência no Ser Humano lhe é negado o
discernimento do belo, do rico e do significativo, porém não deve ser por ele esquecido
que, face à sua procedência Divina, é inata a sua tendência para o Bem.
A Consciência do Ser Humano é o juiz interno que estabelece e se encarrega de reger as
diretrizes básicas para se viver a vida definitivamente segura.
Ocorrências de pequena ou grande monta podem embaçar a formação do caráter que é a
representação da Consciência no Ser Humano e, por conseguinte, a linha mestra de
conduta para se viver a vida de maneira equilibrada, dinâmica e organizada.
A Consciência ampara, orienta e serve-nos de valores ricos, belos e significativos que
nos induz à conquista da plena liberdade.
A Consciência da responsabilidade denota, factualmente, no Ser Humano, a verdadeira
diferença entre o progresso moral (espiritual) e o progresso intelectual.
Quando o Ser Humano não só almeja, mas também age buscando o equilíbrio moral
(espiritual), segundo as Leis Naturais que regem o Universo, já denota em si mesmo o
alcance da Consciência.
A Consciência do Ser Humano é faculdade ímpar; quando despertada reflete as Leis
Divinas, direciona-o para a evolução abreviada consciente equilibrada, dinâmica e
organizada.
O Ser Humano pode estar sempre cônscio dos objetos da Consciência, mas não da
própria Consciência.
A Consciência despertada pode e deve ser expandida e mantida através do
conhecimento, sentimento e uso de valores insofismáveis, caracterizados por códigos
perenes e imutáveis de Leis Naturais que regem o Universo.
Quando a Consciência do Ser Humano identifica a Razão da sua Existência e disto
utiliza, quotidianamente, lhe é facultada a possibilidade de realizações e autorrealizações
insuspeitadas.
O Ser Humano é produto do meio, embora ele faça o meio também; e como o meio deve
ter como fim o Ser Humano, precisamos ver que meio nossa Consciência tem.
Todo símbolo representa um movimento no qual está contido a Consciência do poder que
lhe é atributo.
Só aquele que alcança uma Consciência atemporal e espacial pode profetizar.
Todo Ser Humano está sempre, pela Lei Natural, policiado e, pela sua Consciência,
indiciado, julgado e sentenciado a criar a si mesmo.
Alma e Consciência não têm distância, nem diferença.
Ao contrário do sábio material, o sábio espiritual tem a Consciência de que todo Ser
Humano lhe é igual.
Um Ser Humano da ciência só tem Deus e sua Consciência como testemunha.
181

A liberdade sem a participação da Consciência favorece a arbitrariedades e


barbaridades. Ninguém vive sem o saber. Sem o saber o Ser Humano duvida até de si
mesmo e cai no abismo de sua própria liberdade.
Os mais imaturos por primar pela liberdade sem a devida Consciência acerca da relação
entre direitos e deveres; e os menos imaturos por não compreenderem a igualdade entre
os Seres Humanos pelo cumprimento do dever, favorecem a barbárie acontecer.
A Consciência do Ser Humano é alcançada quando ele direciona os seus pensamentos
com inteligência, ou seja, com as Leis Naturais que regem o Universo.
O pensamento é como vento bravio e contrário que só um bom navegador aproveita-o
para chegar ao porto seguro que necessita ou deseja, denominado Consciência,
porquanto utiliza sua inteligência.
Ser imutabilista é buscar saber usar da faculdade da Consciência para cada vez mais
diminuir a distância entre si e o objeto com o qual se relaciona, portanto, diminuir a
relatividade para viver mais da imutabilidade.
A Consciência do Ser Humano é a faculdade que tem por fim facultar-lhe discernir entre o
bom e o mau; o correto e o incorreto; o bem e o mal, segundo o que indica a Moralidade
do Universo.
Só o contato favorece haver experiência direta; a experiência direta, a Consciência; a
Consciência, a percepção direta; a percepção direta, a compreensão; a compreensão a
integração até a auto-integração; a auto-integração, o autoconhecimento; o
autoconhecimento, a autotransformação e, por conseguinte, o autodesenvolvimento.
A Consciência é a faculdade inata do Ser Humano onde repousam as Leis Naturais que
regem o Universo; ele que é a sua maior representação consciente.
Só para os Seres Humanos, enquanto tolos, fracos e covardes é terrível ter Consciência.
A Consciência é uma dentre as várias faculdades inatas capitais do Ser Humano que o
possibilita realizar transformações radicais no seu ser, porquanto é ela que, senão olvida,
diminui a relatividade, enfim, a distância entre o objeto observado e o observador.
Ser humano algum pode se dizer para si mesmo proveitoso se não tem Consciência de
seu verdadeiro lar e endereço; e se não se põe, no itinerário a caminhar, para retornar ao
mesmo ou encontrá-lo.
A Consciência é a faculdade inata do Ser Humano que o favorece identificar sua natureza
interna com a natureza externa, conforme a Moralidade do Universo.
16 Assim, uma vez concebido pelo Ser Humano que no Universo tudo são Leis Naturais que
o regem, é essencialmente necessário, bem como racionalmente justificável, conhecer,
sentir e utilizá-las como um eterno e sempre novo padrão de ação no nosso dia-a-dia de
relações. Padrão este que determina, ao menos, a mínima condição para que se possa
viver integrado com este mesmo Universo do qual se é parte integrante e, por
conseguinte, vivendo em condições mínimas indubitáveis que nos permitam adquirir
aquele estado de ser que nos proporciona viver em eterno renascimento, semeando o
bem, espalhando o amor e perpetuando a verdade; porquanto, da Vida experimentamos
e absorvemos, se assim podemos dizer, a sua real beleza, a sua real riqueza, bem como
a sua real significação.
17 Daí, em condições mínimas indubitáveis de viver, consigo e com o Universo, íntegro e
integrado; enfim, com Deus, comum e comungado, porquanto, aí é onde se encontra o
real poder e a real autorrealização.

68 O CHACRA SAGRADO
1 No Universo não existe aquilo que é considerado como impossível de se realizar, porque
na Natureza tudo é possível e nada se perde, passando pelas transformações e
182

aprimoramento, reaparecendo no futuro aquelas mesmas coisas, mais belas, mais


sutis, mais perfeitas, até atingirem o ponto de absoluto e retornarem à fonte de suas
criações.
2 É preciso que a ciência, através de seu maquinário e de suas pesquisas constantes, faça
uma análise cuidadosa acerca dos Chacras Coronário e Umbilical, porque quando ocorre
o esgotamento total destes centros, mesmo que exista uma pulsação normal e um
sistema circulatório perfeito, faltam as energias necessárias para dar a vida, que são
provenientes desses Chacras.
3 A ciência tem discutido muito acerca da constituição dos Plexos. Entretanto, desconhece
muitos pontos acerca dos mesmos. Os Seres Humanos de ciência pensam que já
atingiram os fins, ignorando que a ciência tem sua continuação, não estando, portanto,
limitada a um pequeno conhecimento que o Ser Humano possui, e que é apenas uma
parte da verdadeira ciência, que sempre avança em seu progresso, apresentando a cada
hora, a cada momento, motivos para que o Ser Humano continue sua pesquisa em busca
das realizações.
4 A ciência vem de Deus e volta a Deus através de séculos, obedecendo a um ciclo
evolutivo. A ciência de outrora se desenvolveu através dos tempos, adquirindo a crença
através da lógica e da razão. A ciência atual é digna de uma ciência mais elevada, mais
perfeita e mais desenvolvida, obrigando os cientistas a só crerem naquilo que analisam
para chegarem à conclusão.
5 O Chacra Sagrado se encontra localizado na região do sacro. Ele é o receptor de
energias que provocam todos os elementos indispensáveis à formação e criação de
novas matérias.
6 Nas grandes organizações humanas, cada grupo tem em seus estudos um determinado
campo de vibração. Essas vibrações, ao se condensarem, produzem uma forma, a mente
chega a ponto de perceber esta forma, e então age para o engrandecimento da
sociedade ou organização, chegando a fazer grandes realizações quando a obra se
encontra concluída.

69 PERCEPÇÕES DA ALMA - PENSAMENTO


1 O Ser Humano, através de seu trabalho individual, cria em sua mente as diversidades de
formas. Porém, a energia do pensamento não é uma força que parte de dentro para fora,
ela parte da natureza, através da matéria astral, que se combina com a força mental,
manifestando-se no cérebro do Ser Humano através das vibrações, atingindo o sistema
nervoso, sendo o Ser Humano, dessa forma, reconhecido como um aparelho receptor
das energias do pensamento.
2 Para que o Espírito entre em contato com a matéria bruta ou grosseira ele cria, através
de suas vibrações, a Alma, que o Ser Humano conhece como Perispírito. A Alma possui
todos os Plexos que o corpo material possui, entretanto, é dotada de uma matéria
quintessenciada.
3 Na matéria bruta que o Ser Humano encerra em si existem duas ligações: a primeira é
com as energias da Natureza, que a mantém em estado de coesão e a segunda é a
ligação da Alma que lhe proporciona a vida e o movimento. A Alma também é possuidora
de duas ligações: a primeira é da Natureza que a conserva em estado de coesão e a
segunda é do Espírito, que irradia a sua energia para a matéria através desta Alma.
4 No seio da humanidade é muito comum se afirmar que a matéria não tem nenhuma
qualidade, sendo esta qualidade inerente ao Espírito. Fora deste, ela, a matéria, nada
possui, nem inteligência, nem consciência, nem razão. Ora, todas as qualidades que se
encontram encerradas no Espírito em estado de energia, existem na matéria em estado
condensado ou na matéria bruta. Existe a matéria consciente onde se ligam as energias
183

conscientes, que são emitidas pelos planos da natureza para sua conservação e neste
centro consciente se manifestam também as energias do Espírito, que vem a se combinar
no mesmo centro.
5 Sendo o Ser Humano dotado de todas essas qualidades, então, ele pode realizar, pois
possui uma matéria que, embora grosseira, à proporção que se descondensa, permite-lhe
a condição, ou melhor, a manifestação de uma energia absoluta que é o Espírito.

70 PROCRIAÇÃO
1 Enquanto não se completa o tempo previsto para que se processe a formação mental no
Ser Humano, praticamente dois centros, impulsionados pela Lei de Necessidade,
predominam nas ações terrenas: o Chacra Sagrado e o Plexo Hipogástrico, fazendo com
que toda a matéria condensada nestes centros vá se transformando gradativamente em
energia, através da atividade sexual e também pela alimentação.
2 Os fatores que concorrem para considerar o sexo como atividade que maior sensação
traz para a matéria são: o estado mental, quando predominam os elementos grosseiros
do instinto, e os pensamentos de vibrações inferiores que, por afinidade, atraem as
entidades do mesmo quilate.
3 Quando os atos são praticados, gerando ações movidas pela Necessidade, sem a
regência da Lei de Moral, vemos que está faltando a compreensão e a disciplina emotiva
nas relações sexuais, ocorrendo casos em que o desregramento é inevitável, pela falta
de controle do instinto animalizado.
4 É comum em certas situações de desequilíbrio a prática do sexo como terapêutica e,
nesses casos, é observada uma pseudo-sensação de paz transitória, porque houve a
predominância da paixão sobre a razão.
5 O ser encarnado em nosso globo já possui o centro, onde se manifestam as energias
inteligentes, totalmente formado, mas é incapaz de se esforçar no sentido de seu
aproveitamento, tomando como guia as Leis Naturais e fixando como padrão, as
realizações proporcionadas pela Natureza, esta grandiosa mestra que, pacientemente,
vai ensinando o método correto e equilibrado de se concluir qualquer obra idealizada.
6 Muitos existem que utilizam sua imaginação para atrair, por afinidade, pensamentos
vibratórios de igual semelhança, notadamente nas manifestações afetivas onde há
predominância do sexo praticado pela fascinação, e que só mais tarde se observa que
faltou a inteligência, um elemento importante para dirigir aquele pensamento gerado pela
imaginação.
7 Um ato de loucura é uma ação inconsciente em que duas Almas, isentas do cumprimento
dos deveres, se apegam às sensações grosseiras do mundo inferior, geradas por um mar
de ilusões, cujas ondas os transportam para um destino incerto.
8 Quando a Alma reencarnante tem problemas ligados ao Karma, é procedido no Astral o
juramento para que se processem os efeitos correspondentes e ela participa da união
entre dois seres encarnados, através dos quais ela pretende reencarnar-se em
obediência às Leis Naturais.
9 Entretanto, a futura mãe, esquecendo-se dos compromissos assumidos, ao notar a
aproximação da entidade, surgem em si, em sua mente, os pensamentos de ódio e
inimizade, que são característicos da repulsão. De modo que, para evitar o aborto, a
Alma utiliza todos os meios de que dispõe, para garantir sua sobrevivência, ocorrendo
casos de desencarne da gestante.
10 Porém, quando o aborto é consumado, sempre ocorrem consequências na área genital
da praticante, que poderá ser perseguida até o momento do desencarne, por aquele a
quem foi negado o direito de materializar-se.
184

11 Portanto, o amor verdadeiro, ideal e espontâneo, é aquele praticado com brandura,


pelo cumprimento do dever, em atendimento à Lei da Necessidade.

71 DIRECIONANDO O PENSAMENTO COM INTELIGÊNCIA


1 Existe um grande engano por parte deste ou daquele indivíduo em considerar que a Alma
é um fio que liga o Espírito à matéria. A Alma do Ser Humano é formada de uma
diversidade de centros, sendo que nestes se manifesta a energia do Espírito. Ela recebe,
também, de cada plano da Natureza, os elementos que a constitui, elementos mais
perfeitos do que os da matéria grosseira.
2 O corpo material também é formado de elementos da Natureza, recebendo de cada plano
os elementos que constroem as diversidades de centros. A Centelha Divina ou Espírito
atua sobre a matéria através de canais existentes na Alma.
3 Um pensamento perambulante pode dominar o Ser Humano, forçando-o a obedecer a
tudo. Este pensamento combina-se com o pensamento do Ser Humano, vibrando no seu
sistema nervoso e este, sentindo sua vibração, estampa nela a imagem produzida pela
Vontade que produziu o pensamento perambulante, e, então, o Ser Humano é forçado a
obedecê-lo sob um estado de subjugação.
4 Quando o pensamento é direcionado com inteligência, aquele que assim procedeu
adquire a consciência, essa que é reconhecida como razão, razão esta que pode ser
unida à imaginação para produzir a vontade, força esta que determina a forma do desejo.
5 Muitas vezes, quando o Ser Humano observa um objeto diante de si, ele sente a sua
impressão na forma de força superior à que é recebida pelos seus centros, unindo-se ao
seu intelecto, com a simpatia criada por aquele objeto neste intelecto, sendo levado em
estado de vibração para sua mente, quando se manifesta a energia potencial,
representada pela sua vontade, vindo, então, esta energia potencial a acumular-se cada
vez mais na mente, prendendo-se a essa simpatia ou intelecto do Ser Humano, o objeto.
Eis que se manifesta a sua razão, para desse modo, deixar em estado latente, neste Ser
Humano, a consciência daquele objeto.
6 É necessário que o Ser Humano não se prenda às grandes impressões, para que não se
deixe dominar pelas forças impressionantes que sempre levam a imagem dos objetos
externos à sua parte interna, para que lhe dê a consciência.

72 CIÊNCIA
1 Toda humanidade deseja saber e conhecer a verdade. Deseja, também, ter consciência
de tudo que ignora, mas existe um ponto fraco, sobretudo no Ser Humano de Ciência, e
este ponto está representado por sua vaidade de saber o que ainda não sabe, porque o
que ele já tem conhecimento não lhe deve interessar tanto quanto aquilo que
desconhece.
2 O trabalho desenvolvido pelos cientistas, nos laboratórios químicos, já lhes permitiram
identificar 92 (noventa dois) elementos naturais e alguns artificiais. Mas, se a Ciência,
através de seus representantes, continuar bombardeando os elementos químicos para
conseguir maior quantidade de energia, certamente se decepcionará quando encontrar
uma massa equivalente àquela da saturação do planeta.
3 As transformações artificiais promovidas pelo Ser Humano visam alcançar elementos
mais pesados, enquanto que a natureza transforma estes elementos mais pesados em
elementos mais leves. Como exemplo, temos o mercúrio que se transforma,
naturalmente, em ouro e o rádio que se transforma em radônio pela perda de uma
partícula alfa (a), segundo a reação:
226 222 4
Ra —— Rn + —— α —
185

88 86 2
4 Outro assunto ignorado pela nossa Ciência Oficial tem ligação com as naves
interplanetárias, que trazem em seu bojo (interior) os discos voadores e utilizam, como
combustível, a energia solar. Os irmãos que dirigem essas naves obedecem às
orientações de sábios que dominam as confrarias do astral, seguidores por excelência
das Leis Universais, isentos, portanto, do orgulho e ambição, estas qualidades inferiores
que alteram o procedimento dos cientistas da Terra.
5 O que o Ser Humano chama de estrela não é nada mais, nada menos, do que um planeta
de matéria mais aperfeiçoada, que exerce influência quanto ao seu movimento sobre o
Tejas, que é representado pelo éter luminoso. O sol, por exemplo, é um destes planetas
que não tem a sua luz própria, mas possui, em torno de si, grande quantidade deste éter
luminoso.
6 A Ciência é a última fase de aprendizado do Ser Humano no Reino Hominal. Ela abrange
todo o conhecimento no campo do saber, quando enquadrado nos itens estabelecidos
pelas Leis Universais.
7 A Ciência Natural é despertada no Ser Humano quando ele se conscientiza de suas
obrigações perante o Criador, compreendendo a lógica da vida e fazendo de si um
instrumento das Leis.

73 O CHACRA UMBILICAL
1 É muito comum, no meio dos Seres Humanos em nosso planeta, identificar como uma
estrela, os planetas que cintilam no vasto campo planetário. Isso pelo fato de ser
ignorado que o planeta gira num mar de éter luminoso representado pelo grande Tejas
Universal. De modo que nenhum planeta possui luz própria, sendo que ela se origina do
Tejas, uma vez que nos globos centrais se encontra reunido todo o éter luminoso.
Qualquer planeta, a depender da distância em que se encontra de outro, pode ser
representado por um sol.
2 Os Seres Humanos, muitas e muitas vezes, duvidam até do que vêem e do que crêem,
sendo que, a impossibilidade de realização do Ser Humano reside na relatividade de sua
inteligência. Hoje se apresenta uma teoria, amanhã essa mesma teoria é modificada. E,
de teoria em teoria, o Ser Humano chegará a ponto de atingir a real e absoluta. Nas suas
realizações, o Ser Humano sente-se inferior a tudo no Universo.
3 Da mesma maneira como o Cristo realizou, qualquer Ser Humano pode realizar. Existem
uns que procuram os meios de realizar, porém existem outros, estacionários, que não
procuram, não buscam atingir os meios para conseguirem as suas realizações. É
reconhecido, e já foi dito pelos profetas, que qualquer Ser Humano pode realizar tudo o
que é considerado como impossível.
4 O Chacra Umbilical se encontra localizado no umbigo, onde se posiciona a corrente de
onda da vida e onde o Espírito se encontra ligado. Os prazeres e sensações do Ser
Humano se realizam nesse Chacra.
5 Quando o Ser Humano se convencer de que dentro de si existe um Espírito perfeito, ou
seja, um Cristo em perfeição, ele jamais duvidará de que é dotado de tudo para realizar.
6 É comum se verificar que, no Universo, é mais prático criticar do que mesmo analisar,
sendo notória a observação de se conservar na ociosidade do que trabalhar, esforçando-
se para promover as grandes descobertas. Os sábios da atualidade procuram sempre
levar a humanidade às teorias revestidas de belas palavras, do que mesmo as belas
palavras revestidas pelas teorias, essas teorias que se encontram justificadas pela razão
e equilibradas pela prática, sendo essa prática glorificada pela realização.
186

74 PERCEPÇÕES DO ESPÍRITO - CRISTO/INTUIÇÃO


1 Existem muitos Seres Humanos no vasto Campo Universal que sabem, mas não têm
consciência daquilo que sabem, desconhecendo, dessa forma, a lógica que proporciona a
realização perfeita. A crença do Ser Humano deve ser dirigida pela Verdade, quando
aprovada dentro da lógica e da razão, sentindo aquilo que aprendeu para crer naquilo
que sabe.
2 É chegado o momento de se abrir os portões que trazem a humanidade ainda ignorante.
É preciso ser destruído o temor e a superstição da mente humana, sendo também
necessária a destruição da vaidade religiosa.
3 Não se deve acreditar nos sentimentos alheios, sem sentir aquilo que se analisou, porque
isso é o mesmo que caminhar nas trevas sem guia para a sua orientação, porque dessa
forma o Ser Humano está sujeito a quedas e tropeços. Também não se deve depositar a
confiança num sábio ou numa entidade espiritual, pois suas palavras não são infalíveis
para que sejam atendidas como Verdade. Não se deve aceitar também uma pessoa
como autoridade neste ou naquele assunto antes de consultar sua consciência e o seu
sentimento, não se deixando iludir pelas manifestações de qualquer entidade (Alma) que
se manifeste nas sessões espirituais, pois elas são semelhantes aos Seres Humanos
encarnados, diferentes apenas por não possuírem o Corpo Físico.
4 A Fé é a recompensa do saber e, para realizar, basta consultar as poderosas forças que
se encontram neste saber. Para se reconhecer o Deus verdadeiro é preciso ter Fé, pois a
consciência e a crença é que representa a sua Fé, pois a manifestação desta Fé é a
manifestação do próprio Deus no Ser Humano.
5 Jesus, O Cristo possui, dentro de si, as poderosas forças da fé e foi um dos nossos
irmãos mais velhos que se aperfeiçoou às suas próprias custas e às custas de seus
esforços em sua última encarnação no planeta terreno, seguindo sua marcha ascendente
para os planos de energias, juntamente com outros irmãos evoluídos, em busca de
aperfeiçoamento e evolução.

75 VIDA - A TRINDADE
1 Quando o Ser Humano afastar do seu pensamento as diversidades de teorias que têm
apoucado o seu conhecimento, dividido sua razão e tornando enfermo o seu sentimento;
quando ele conseguir conscientemente libertar-se de todas essas coisas tornar-se-á,
perante si mesmo, perante seus semelhantes e perante Deus, um ídolo realizador do
milagre consciente, e não esse milagre produzido pela Natureza através da exaltação do
Ser Humano.
2 Toda a humanidade deve se compenetrar de que no Universo só existem três grandes
potências que formam a grande trindade. A primeira é Deus, a Vida de todas as Leis; a
segunda é a Natureza, a parte secundária produzida pela ação do movimento Divino de
Deus, e a terceira potência é o Ser Humano, produzido que é pela integração de todos os
elementos da Natureza em seu estado de matéria.
3 O Ser Humano é, portanto, uma trindade composta de Espírito, Alma e Corpo Físico,
sendo capaz de tudo realizar, porque tudo está em si mesmo. Se Deus representa a
verdadeira sabedoria, a verdadeira Vida e o verdadeiro poder; se a Natureza é a segunda
parte de Deus e encerra todos os elementos realizadores; e, se o Ser Humano encerra
tudo isto dentro de si, então ele é capaz de tudo realizar, criar, transformar e concluir na
grande Construção Universal, cujas bases são as Leis Imutáveis da Natureza, estas que
regem os Universos e das quais o Ser Humano, quando cumpre com seus deveres, é um
verdadeiro senhor, capaz de usá-la para todo e qualquer fim no caminho eterno do
absoluto.
187

4 A Vida se prova pelo movimento, sendo que o movimento se opera e se conserva em


equilíbrio, e equilíbrio é a igualdade relativa nas impulsões alternadas e contrárias à
força. A força é dupla em suas impulsões e se move conforme as Leis do Equilíbrio
Universal. Essas duas forças se encontram na Natureza. Elas atraem, repelem, agregam
e dispersam.
5 É necessário que todo Ser Humano se firme em um único desejo: o de aprender,
analisando todas as coisas, e não o de estabelecer um Espírito pré-concebido para
entravar a obra do progresso, através da sua vaidade e do seu egoísmo; a sua explosão
é mais terrível que a terra mais inflamável existente no planeta, produzindo
consequências no Ser Humano que só a dor e o sofrimento podem levá-lo a reformar-se
e a seguir o caminho que deveria seguir.

76 CONSCIÊNCIA LIGADA À VERDADE


1 No seio da humanidade existem muitos que lutam, lutam e desistem no meio da luta,
advindo em consequência o desânimo e a desistência, instalando-se em seu ser a
descrença, o desânimo e o complexo de inferioridade. Entretanto, ele é possuidor de toda
a superioridade que o capacita a promover as realizações que deseja. Basta, para tanto,
saber manipular os elementos que existem no laboratório de sua Alma e atirá-los fora
para a realização de todos os seus desejos.
2 Já é reconhecido que na Natureza existem as diversidades de éteres com suas referidas
cores particulares. O azul do Vayú ou éter táctil, o negro do Prana ou éter sonoro, o
vermelho do Tejas ou éter luminoso, o branco do Apas ou éter gustativo e o amarelo do
Príthivi ou éter olfativo.
3 A aura do Ser Humano tem a cor dos planos atingidos pela mente, indo desde o branco
azulado ao cinzento azulado, passando pelo azul celeste. A aura de cada indivíduo varia
de acordo com seu desenvolvimento mental. Quando a aura do Ser Humano não é
identificada, é em virtude da pouca quantidade de matéria desprendida pelas células ou
da energia que entra na composição desta matéria.
4 Quando se exerce uma vibração sobre o movimento destas células, haverá uma
distribuição de energia de tal modo que haverá a condensação desta mesma aura,
chegando a ponto de ser reconhecida por todos, a olho nu.
5 A aura está relacionada com o desenvolvimento das faculdades mentais de cada
indivíduo e essas, na maioria das vezes, se encontram desequilibradas pelas impressões
transmitidas por entidades do astral.
6 Existe, na matéria orgânica, um Chacra denominado Umbilical, onde se encontra o
perispírito, ou seja, um fio que liga a Alma ao Corpo Físico. Na Alma existe também um
Chacra Umbilical, que liga a Alma ao Espírito através de um fio. No Chacra Umbilical do
Ser Humano se liga a corrente de Vida.
7 Quando um Ser Humano de prazeres e sensações desregrados desencarna, sua Alma
sente os mesmos sintomas. O perispírito se desliga do Corpo Físico, mas não se destrói,
conserva-se intacto e a Alma conserva-se sempre com todas as sensações humanas, até
que tenha conhecimento de que desencarnou.

77 CONCEBER
1 Tudo o que se encontra na Natureza, se encontra encerrado também no Ser Humano.
Porém, existem muitos que não querem saber, porque não pretendem esforçar-se.
Outros querem saber, mas não se apresenta quem lhes queira ensinar.
2 No terreno da mecânica, por exemplo, pode haver um estudo correlato com os órgãos
humanos, levando a ciência material a promover grandes progressos em anatomia, com
aparelhos eficientes para a recuperação de seres humanos. Não está somente no ler e
188

observar que alguma coisa existe, mas, sim, se encontra no analisar e realizar algo de
utilidade em seu benefício e de seu semelhante, porque a Natureza não nega nada para
aqueles que pretendem realizar.
3 Os Seres Humanos desejam atingir os fins sem compreenderem os princípios. Desejam
também construir edifícios sem lhes oferecer, em primeiro lugar, uma base solidificada.
Os Seres Humanos desejam se encaminhar para as trevas, temendo a luz, julgando que
esta os cegará. Entretanto, se enfrentassem essa luz sem medo, eles veriam que os seus
sentimentos seriam iluminados pela consciência, pela certeza e pela fé. Uma fé que se
encontra baseada na recompensa da sabedoria e na consciência de cada um.
4 Na matéria, em relação à vida, quem possui a função de conceber são os Plexos e
Chacras. No Plexo Frontal ocorre a manifestação das energias mentais, no Hipogástrico
se encontram as energias do Apas, no Braquial as energias do Prana, no Cardíaco se
manifestam as energias da Vontade, no Coronário as energias Inteligentes, no Chacra
Sagrado ocorre a manifestação das energias da Procriação e no Umbilical as energias da
Onda da Vida.
5 É preciso que o Ser Humano aceite como guia as normas que se encontram
estabelecidas pelas Leis Naturais, e que elas sejam rigorosamente seguidas em seus
itens. É necessário que o Ser Humano equilibre suas ações e pensamentos, para que
possa realizar as obras do futuro. Muitos Seres Humanos não desejam realizar porque se
sentem inferiores a outros seres, havendo quem afirme que esta inferioridade é um
castigo imposto pela Divindade. Isso é um absurdo, pois Deus não impõe nenhum
obstáculo para aqueles que desejam penetrar nos augustos mistérios da ciência, porque
é através da ciência que tudo é descortinado, comprovado e descoberto.

78 PODER
1 No momento atual em que a humanidade necessita de uma orientação para ser
fortalecida pela verdade, ser equilibrada pela Divina Luz do conhecimento, ter amenizado
o seu sofrimento com toda a realidade, com os ensinamentos que a ciência e o
espiritualismo, através de suas pesquisas descortinaram, é necessário que essa ciência e
esse espiritualismo unifiquem suas idéias em um só pensamento, para que, dessa
coesão, surjam os meios realizadores de todo o ideal almejado.
2 Para que a humanidade perceba todas essas coisas, para que ela junte ao seu
sentimento toda essa realidade, é preciso que cada ser abrace um amor e crie um ideal
almejado. Daí, a Alma humana, que ainda vive na dúvida da realidade, fica forte e
invencível na forja da confiança e do cumprimento do dever.
3 É necessário que cada Ser Humano se prepare para se confrontar com a última batalha
ascensional, esquecendo o seu passado de sofrimento, de dores, por um presente e um
futuro radiosos de paz, de harmonia e felicidade. Para isso, é preciso que o Ser Humano
saiba sofrer com paciência e resignação, saiba ser tolerante para consigo e para com seu
semelhante, conquistando, dessa forma, um Éden por alguns instantes de suplício moral.
4 O poder quase sempre vem aliado ao querer. Porém, o querer e o saber não são poder,
pois, para se saber, é preciso querer saber. Portanto, o saber não é poder se ele não vem
acompanhado da consciência daquilo que se sabe.
5 A humanidade já sente o desejo de alcançar pontos elevados de sabedoria e de poder.
Sente, porém não se determina a alcançar o ideal almejado. Em tudo é necessário ação,
esforço e persistência. É necessário também experiência e paciência. Se um ser
considerado como ignorante pretende realizar, sem que promova os meios que
favoreçam sua realização, é justo que ocorra um fracasso. Porém, esse fracasso é
relativo quando o Ser Humano procura os meios que o ocasionou, estudando todas as
maneiras possíveis para realizar.
189

6 Com as substâncias que a Mãe Natureza oferece ao Ser Humano para que ele
promova suas realizações ele pode construir tanto os bons como os maus objetos, isso
dependendo de sua intenção. É certo que cada causa possui o seu efeito. A uma boa
obra se obtém um bom efeito. A uma má obra corresponde um efeito desastroso.

79 MORALIZAR-SE
1 Enquanto o Ser Humano não compreender que é uma potência realizadora no Universo,
e entender que tudo pode realizar sem o auxílio de forças estranhas, o planeta continuará
como um paraíso negro da decadência, da inação e do sofrimento.
2 O Ser Humano é um ser supremo do mundo. Entretanto, os orientadores encarregados
de transmitirem os ensinamentos corretos, infelizmente, fracassaram, tornando enferma a
mente humana e levando, em consequência, o Ser Humano ao cativeiro da impotência,
por temor à Divindade, porque essa não deve ser temida. Se o Ser Humano conhecesse
a Divindade, procuraria vencer todos os obstáculos existentes no Universo.
3 É necessário que o templo do preconceito humano seja destruído e, por cima de suas
ruínas, seja construído o templo da realidade, o qual oferecerá ao Ser Humano uma
felicidade duradoura e consciente. O mal do Ser Humano reside em sua própria
descrença para, em seguida, acreditar nas idéias dos outros. O mal do Ser Humano é
querer saber sem procurar saber aquilo que deseja saber e por isso acredita sempre no
que lhe é transmitido, para não se cansar de procurar aquilo que quer encontrar.
4 Dentre as coisas que a razão deve dar atenção está incluído “o moralizar-se”, que
corresponde à Lei de Moral, esta que rege todas as outras Leis no cumprimento dos
sagrados deveres.
5 A Natureza emprega, nas suas realizações, todos os ideais de beleza, amor e justiça. O
remédio que deve ser aplicado em todos os defeitos é perfeição e acomodação orgânica.
A calma, a paciência, a força de vontade são qualidades que visam colaborar com a
Natureza em suas realizações. É reconhecido que a humanidade ainda vive enganada,
desconhecendo as grandes verdades, essas que a levará ao conhecimento de tudo o que
é belo, justo e perfeito no vasto Campo Universal.
6 Muitos procuram, porém não encontram aquilo que pesquisaram. Outros sabem e
querem, porém não procuram por ociosidade ou por falta de vontade. Se alguns
necessitam e sentem aquilo que desejam e não se determinam a realizar esses,
naturalmente, vivem desequilibrados, subjugados pela idéia que caracteriza a impotência
de sua força realizadora.

80 ESPIRITUALIZAR-SE
1 Enquanto o Ser Humano não se compenetrar de que é uma das três potências
realizadoras, que se constitui na integração dos elementos da Natureza em estado
material e que tudo pode realizar sem auxílio de terceiros, então todo o sofrimento e
decadência pelos quais passa não serão afugentados de seu caminho.
2 Sendo o Ser Humano um deus relativo, ele não deve temer a divindade porque esta não
deve ser temida, mas, sim, compreendida em toda sua essência, procurando vencer
todos os obstáculos que venham a surgir em seu destino, esclarecendo a seu semelhante
todas as dúvidas por ele adquiridas, criando desta forma a compreensão e, em
consequência, eliminando a confusão e fazendo com que aqueles que o ouçam possam
meditar e refletir com inteligência e sabedoria, para que possam atingir um ponto elevado
de aperfeiçoamento.
3 Existem muitos que se encontram nas sociedades secretas, ou outras seitas, apenas
esperando que a Alma esclarecida desça até eles para transmitir-lhes o conhecimento e o
190

poder, para que eles possam realizar, do mesmo modo, as pesquisas analisadas
através dos livros de escritores materiais que apresentaram idéias de outras fontes.
4 Para que o Ser Humano possa espiritualizar-se é necessário que ele não espere que os
manjares caiam do céu, porque ele tem dentro de si um sentimento. Dessa forma, o que
ele precisa é seguir as Leis Universais, para poder fazer jus a seus direitos, elevando-se
pela fortaleza, temperança e, finalmente, pela fé. Porém, se o Ser Humano procura a
parte material para seguir o seu caminho, por certo, um dia, ele refletirá e reconhecerá
que se encontra no roteiro errado e então voltará para o caminho verdadeiro e real, pois
no passado o Cristo já dizia “dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”.
5 Nos grandes prélios planetários as glórias materiais, no futuro, virão a desaparecer,
porque não foram edificadas dentro de bases sólidas. Porém, aqueles que vencem a
batalha espiritual, voltando seu pensamento para si mesmo, serão coroados com os
louros da vitória, porque o brilho da sua luz é eterno e duradouro.
6 As entidades espirituais que têm a missão de orientar a humanidade quanto à sua
espiritualização jamais praticarão um mal contra a mesma, ainda que esta não esteja
interessada na grande Construção Universal, mas, sim, esteja com a mente voltada
exclusivamente para os bens materiais e as formas imperfeitas criadas através de seu
pensamento, trazendo para seu perispírito um cabedal de sofrimentos quando se
manifestar a Lei de Causa e Efeitos.
7 Para que o Ser Humano adquira conhecimento a ponto de espiritualizar-se, ele precisa
das orientações que são emanadas do Alto pela espiritualidade. Mas, para tanto, é
necessário cumprir com seus deveres e assim advir-se seus direitos.
8 Portanto, é necessário que o Ser Humano siga seus sentimentos e sua consciência, não
deixando penetrar, em si, os recalques de ódio, de egoísmo e de vaidades, para que suas
obras sejam, sempre, em benefício de cada um, por todos e não por um.

81 SENTIR
1 Os Seres Humanos que se intitulam cientistas, oradores, educadores, ou qualquer outro
personagem, precisam acabar com essa ociosidade mental que se encontra encerrada
em seu ser, meditando com boa vontade e verificando que o Criador arquitetou uma
grande obra, uma oficina, com todo o material e ferramentas para que o Ser Humano
aprendesse a se aperfeiçoar.
2 Na realidade, tudo o que circula em volta do Ser Humano e que se encontra na Natureza
é simples, como todas as manifestações das Leis Universais, portanto, nada é
impossível. Porém, é necessário que o Ser Humano não julgue ou não faça seus
argumentos sem a devida consciência de que uma coisa é boa ou má, principalmente,
sem primeiro analisar, pois não é com afirmação, para ser agradável a terceiros, que o
Ser Humano atingirá alto grau de sabedoria, de certeza e de conhecimento, nem é
condenando indiscriminadamente todas as coisas, sem primeiro sabê-las ou conhecê-las,
que se consegue o real e verdadeiro.
3 É preciso que se promova a análise em tudo que se procura, porque só através da
análise é que se alcança a realidade de todas as coisas.
4 O verdadeiro saber e conhecer se encontram encerrados naquilo que se sabe e conhece.
Estão, também, no sentir aquilo que se sabe. É necessário que se compreenda e entenda
que o Ser Humano tem o seu próprio sentimento, sendo necessário dirigir-se pelos
pensamentos e pelos sentimentos, e não através de palavras ditas por outros Seres
Humanos.
5 É necessário, ainda, que o Ser Humano seja iluminado pela luz da compreensão, da
certeza e do sentimento para que, nas dificuldades da vida, saiba o caminho certo que
191

deve seguir e os meios corretos que devem ser aplicados para a sua compreensão,
para sua análise e certeza.
6 Existem muitos Seres Humanos que se julgam sem sentimento algum e, com isso,
procuram estes sentimentos por toda parte. Entretanto, é sabido que qualquer Ser
Humano possui o sentimento, ainda que no maior grau de inferioridade de sua matéria,
porque o que ele mais procura em sua vida já se encontra nele, que é o sentir.

82 O ORGULHO
1 Grande parte da população que compõe a área habitada em nosso planeta, luta com as
mesmas armas por desconhecerem a lógica da vida, afastando-se cada vez mais da
razão e da consciência.
2 No passado, poucos exigiram o direito de imperarem no poder e muitos foram
governados através deste domínio: aqueles que não tiveram oportunidade de dirigir hoje
se encontram empossados nos respectivos cargos, depois de prestar o juramento que a
obra exige no plano material.
3 Mas, pela atual situação em que o orbe se encontra, onde predomina a discórdia, a
incompreensão e a crueldade, só podemos concluir que não houve cumprimento dos
deveres do Ser Humano para consigo e para com seu semelhante. Vemos como a
proliferação de cargos dentro dos próprios governos tem relação com o passado, para
que surjam diretores e dirigidos a fim de que a Lei se processe.
4 O orgulho pode ser considerado, ou melhor, comparado como uma semente que, ao ser
plantada na mente de um ser vem produzir as diversidades de impressões, tais como a
soberba, esta que, ao germinar, gera a arrogância e a presunção. A primeira traz a
insolência e a segunda oculta a suspeita, a suposição e a vaidade, esta que, sendo de
pouca duração, gera a ostentação, que se caracteriza pela exibição e luxo.
5 Deus não estabeleceu dois corpos para que fossem reconhecidos como um rico e outro
pobre. Aqueles que se consideram nobres e poderosos, julgando que desfrutarão destas
riquezas materiais eternamente, estão muito enganados, pois hão de passar pelas
maiores decepções quando se separarem do Corpo Físico.
6 Muitos reencarnam sob a proteção de elevadas condições financeiras mantidas pelos
seus protetores, que os conservam na ociosidade por desconhecerem que a vida se
resume em trabalho e progresso, em qualquer situação que se encontrem as criaturas, e
estas, julgando-se na maior felicidade, se embebedam de orgulho, tornando-se egoístas
e ambiciosas para com o seu semelhante, considerando-os como verdadeiros animais
irracionais.
7 Aqueles que desenvolveram sua inteligência e que alcançaram, quer pelo prestígio, quer
pela competência e esforço, algum cargo de projeção social, não deve prevalecer-se em
detrimento de seus subordinados, porque a verdadeira sabedoria não consiste em
compilar teoremas de diversos autores.
8 O orgulho é uma poderosa força capaz de manter separado o sentimento dos demais
centros, fazendo com que o Ser Humano realize suas obras de diversas maneiras, ou
seja, inteligentes sem inteligência, conscientes sem consciência, ficando, assim, com o
aprendizado por completar.
9 O antídoto a ser administrado em todos os sofrimentos é conseguido pela resignação,
tolerância, união e pela certeza de que a obediência às Leis aproxima o Ser Humano da
razão e o liberta da prisão em que se encontra submetido, por não saber usar,
convenientemente, as faculdades que lhe foram concedidas, apoderando-se dos bens
emprestados pela Natureza, para uma administração temporária e deixando que o
orgulho as transformasse em propriedades permanentes.
192

83 A FORTALEZA
1 A Virtude é uma força moral que visa à prática do bem e sua posição relativa, embora
seja identificada pela humanidade como um vício, não passa do estado grosseiro de uma
qualidade moral que precisa passar pelas transformações naturais, a fim de que alcance
uma escada simbólica que caracteriza a ligação da Terra com o Céu e que é reconhecida
como a escada de Jacó, sendo esta a representação de sete virtudes que são: Fortaleza,
Temperança, Prudência, Perseverança, Esperança, Caridade e Fé.
2 A Fortaleza, estando situada no princípio, é a representação do primeiro degrau por onde
se iniciam as virtudes do Ser Humano, que são caracterizadas por uma fase para a
evolução do mesmo. Mas em qualquer tipo de atividade em que a Fortaleza for
reconhecida, ela só atingirá o objetivo desejado de uma virtude real se não houver a
correspondência com um obstáculo que venha a se transformar numa resistência
sistemática, e também não pode ser considerada como uma força ou uma oposição às
Leis invioláveis da Natureza, porque não havendo afinidade com estas, não haverá
conhecimento real, não havendo conhecimento não haverá sabedoria, não havendo
sabedoria não existirá sentimento, e, se não houver sentimento, não haverá progresso e
evolução.
3 Se a Fortaleza não tem solidez é porque não foi construída dentro da lógica e da razão;
se não tem durabilidade é porque foi edificada com bases fracas; se não tem segurança é
porque foi arquitetada sem confiança e se não tem consistência é porque não tem
estabilidade.
4 Entretanto, se, pelo contrário, a Fortaleza for caracterizada por possuir em suas bases a
solidez, durabilidade, segurança e consistência, seguindo, portanto, as Leis Naturais,
então ela pode ser considerada como uma verdadeira virtude e um degrau fixo e seguro
pela representação da unidade que virá a se combinar com outras qualidades para formar
o equilíbrio, a trindade, a criação, evolução e perfeição, esta que representa a verdadeira
sabedoria do Ser Humano.
5 Quando a Fortaleza é caracterizada por uma força cujo objetivo é sua utilização em
detrimento de um ser por seu semelhante, então ela é a imagem da fraqueza, porque não
apresenta a energia suficiente perante as Leis, para ser considerada como uma virtude.
6 Portanto, devemos ser justos para conosco e para com os nossos semelhantes a fim de
que possamos iniciar a subida da escada de Jacó, com confiança e certeza.

84 SENTIMENTO - LUZ
1 Dois centros importantes governam a personalidade da Alma encarnada, seu sentimento
e sua inteligência.
2 O sentimento está ligado diretamente com o efeito de sentir e saber, sendo que esta
qualidade é adquirida pelo Ser Humano quando, nas diversidades de existências, ele
adquire experiências pelo esforço, paciência, perseverança e humildade.
3 A inteligência do Ser Humano vai se desenvolvendo lentamente. Apenas lamentamos que
a grande maioria dos cientistas não siga a orientação espiritual para compreender as Leis
Universais e, nelas, se basear para realizar aquilo considerado como impossível.
4 A ambição pela opulência e pela conquista dos bens materiais se constitui em espessas
vendas que são colocadas nos olhos da humanidade ignorante, que vive em eternas
trevas e, quando entra em contato com a claridade da Luz ou Verdade, se zanga com
seus reveladores e os critica, tachando-os de fanáticos, praticantes de macumba e
adoradores de seitas.
5 Nenhum globo possui a sua Luz própria. Eles todos são banhados pelo grande Tejas,
inclusive o sol, que, com seu movimento mais rápido, produz Luz e calor, sendo este uma
forma desorganizada de energia.
193

6 A Luz, no campo científico, é reconhecida como ondas eletromagnéticas que


sensibilizam o sentido da visão e o sentimento corresponde ao conhecimento que o Ser
Humano encerra em si em estado oculto.

85 CRENÇA
1 Para que o Ser Humano atinja as regiões celestes onde reina o conhecimento e a
sabedoria, é necessário que ele abandone o fanatismo imposto por algumas seitas e
procure seu próprio caminho, se convencendo de que é ainda um aprendiz que almeja o
grau de mestre, pois a maior parte da população terráquea é composta destes aprendizes
que pretendem, através do seu próprio sentimento, que é o conhecimento latente em si,
atingir o aprendizado e título de mestre. Quando certos Seres Humanos se acham que
foram contrariados em suas teorias, que são frutos de idéias de outros estudiosos, se
revoltam contra aqueles que apresentaram o resultado de suas pesquisas.
2 A grande obra da perfeição será realizada quando o Ser Humano descobrir dentro de si a
Vontade, a Imaginação e a Inteligência. A Vontade é alcançada quando o Ser Humano
faz uso de uma determinada ação. A Imaginação é conseguida pela meditação e a
Inteligência é realizada pelo pensamento com sabedoria.
3 A ação deve estar sempre dentro da Lei, porque aqueles que agem dentro da Lei são
julgados por Ela. E aqueles que agem fora da Lei, são julgados fora Dela. A sabedoria e a
força não estão limitadas a nada, porque o ignorante do presente será o sábio do futuro,
e o sábio do futuro terá maiores conhecimentos mais adiante.
4 A crença nos meios religiosos é reconhecida como uma convicção íntima, uma fé
religiosa, mas a fé corresponde ao conhecimento e a sabedoria, portanto, para que o Ser
Humano tenha crença num Ser Supremo, na imortalidade da Alma e na comunicação dos
vivos com os mortos, é necessário que ele desenvolva seus centros perceptivos para que
possa se enquadrar nos itens estabelecidos pelas Leis Universais.
5 O Ser Humano não deve crer cegamente em teorias, quer sejam de um religioso, mestre,
filósofo ou padre e até mesmo de uma Alma desencarnada, antes de estudar, analisando
minuciosamente aquelas teorias, para ver se existe fundamento nas mesmas. Portanto,
ele não deve depositar sua Crença nas conclusões de outros Seres Humanos, mas
alcançando as suas próprias conclusões.
6 Existem as crenças populares que são uma fé cega nas imagens, pensando-se que estas
solucionam, através dos pedidos, todos os problemas, promessas que lhe são dirigidas,
em troca das diversidades de objetos oferecidos.
7 No seio da religião é comum ouvir-se falar que o Deus Verdadeiro é aquele que se
encontra em cada uma delas, sendo que para a crença destes religiosos Deus é tudo,
porém, para suas razões ele não é nada. Fazem um julgamento de que estão salvos,
mesmo quando não cumprem com seus deveres sagrados.
8 Existe no Ser Humano a crença pela razão, esta que inicia na parte interna para a
natureza externa, ou seja, o seu sentimento e existe a crença pela fascinação, esta que
parte da natureza externa para a parte interna, que é uma espécie de fanatismo.
9 O verdadeiro crente é aquele que crê em tudo que está dentro da lógica e da razão e
naquilo que sente. A verdadeira crença é aquela que dá o alimento, a coragem e a vida,
porque está baseada na verdadeira realidade, no justo e no perfeito.

86 DISCIPLINA, OBEDIÊNCIA, LIBERDADE E UNIÃO


1 Todo o Grupo, Sociedade ou Organização que se forme para alcançar um determinado
objetivo, quer seja na parte Material, quer seja na parte Espiritual, tem que obedecer
àquelas regras aprovadas pela unanimidade de seus participantes em atividade. Para
tanto, é necessário entender bem essas regras, para que sejam colocadas em prática,
194

porque todo fracasso atribuído a certas instituições consiste, justamente, no fato de


uns obedecerem à disciplina constante do regulamento aprovado, e outros de infringirem
seus itens correspondentes, ficando, assim, estabelecida à discórdia, gerando a confusão
e o desligamento de alguns participantes, sendo que, em certos casos, ocorre a
dissolução da Sociedade, porque houve a predominância do orgulho, vaidade e ambição
por alguma das partes.
2 Daí surge a necessidade de se obedecer a uma disciplina moral, tomando como exemplo
a Lei de Justiça e do Direito, esse grande Karma que, naturalmente, corrige os defeitos
da humanidade sem imposições de regras.
3 A disciplina é uma consequência da manutenção da ordem, e o trabalho coletivo vem a
se unificar pela obediência mútua que deve possuir todas as criaturas que estejam
encarnadas ou desencarnadas, com a finalidade de alcançar o objetivo desejado, para
realizar com persistência, seguindo as normas da Natureza.
4 O Ser Humano é a representação viva da liberdade, até o momento em que exista uma
perfeita harmonia entre sua Alma e a natureza externa que o circula. Mas, no momento
em que ele abandona este método simples de realizar para atender sua vaidade de
sabedoria que lhe proporciona uma vida artificializada, vem então os lamentos e, de
revolta em revolta, vai construindo sua grande bagagem negativa, em forma de débitos
armazenados, num arquivo criado através da matéria quintessenciada.
5 Existem as Liberdades: individual, moral, de pensamento, de consciência e o livre arbítrio,
este que dá liberdade ao Ser Humano para agir e, em consequência, surgir o
aprendizado pelo desenvolvimento do intelecto e de outras faculdades, representadas
pelos seus centros.
6 Se os costumes fazem parte da Liberdade Moral, então, a Liberdade Individual em nosso
planeta continua seriamente comprometida, inclusive, pelo fanatismo religioso, através
das falsas ilusões que impede o Ser Humano de gozar toda sua Liberdade de
Consciência.
7 Quando a matéria exerce toda sua ação sobre a Alma e esta é movida pelas
necessidades do instinto, geralmente são criadas as formas mentais que a razão não
justifica, vindo o Ser Humano a sofrer a perseguição das mesmas até que haja saturação,
seguida de repulsão da mesma. Porém, no intervalo de tempo em que se processa a
ação da Lei, o Ser Humano fica privado do livre arbítrio, em toda sua amplitude.
8 A mediunidade entre as Almas encarnadas vai aumentando progressivamente, à medida
que os centros vão se desenvolvendo naturalmente, de modo que é necessária a
obtenção de esclarecimentos por parte das mesmas.
9 Todo médium deve manter-se em receptividade com seus guias e protetores, não
ignorando suas presenças, porque a parte do astral inferior está superlotada de entidades
vingativas, ciumentas e perversas que, pela falta de esclarecimentos, aguardam as
vibrações que possuam afinidade com seus pensamentos, para exercerem toda sua ação
maléfica sobre esses intermediários inocentes.
10 Se qualquer Sociedade ou Grupo almejar que seus trabalhos permaneçam em equilíbrio,
é necessário que haja, entre seus participantes, uma perfeita harmonia e um verdadeiro
sentido de união, porque é dessa maneira que os éteres permanecem unidos pela força
da Lei de Coesão, desempenhando um trabalho baseado nas Leis Universais.
11 Disciplina, obediência, liberdade e união são as normas que regem toda Organização ou
grupo que primem pela ordem e progresso de seus participantes em particular, e da
humanidade em geral, para que possam alcançar um alto padrão intelectual, moral e
espiritual.
195

87 EM BUSCA DO IMUTÁVEL I
1 A relatividade patenteada pela ciência oficial já deixa clara a idéia, mesmo aos que ainda
não se afinam com o estudo do abstracionismo, que tudo que existe vem a evoluir, sem
exceções, de maneira que, diminuindo toda a sua relatividade, chegará ao fim desta
jornada que nada mais é senão o Absoluto, ainda que, de maneira suposicionista - estado
em que toda essência do existente encontra-se, depois de estagiar por um caminho
laborioso, provado pelo movimento, porém, com todos os predicativos de eterna
felicidade, que são as Leis Universais.
2 Este trabalho, quer consciente ou não, vem sendo realizado por tudo que existe de
acordo com seu estado evolutivo e, referindo-se aos hominais, donos de seus próprios
destinos, por serem senhores de sua liberdade de ação e, ainda, dotados das
ferramentas para as realizações, pode ser desenvolvido de maneira consciente, haja vista
o estado de evolução em que se encontram essas forças perceptivas que dentro dos
mesmos existem, assim como em tudo no Universo.
3 Daí, encontrado por aqueles que buscam uma meta de vida criada em prol de sua
evolução consciente, pelo trabalho que todos temos que ter, quer seja individual ou
coletivo, para com o Pai. Aos que a isto fazem ainda inconscientemente, cabe,
naturalmente, da mesma maneira deixar seus rumos à mercê das Leis, determinados
pela falta de análise e na esperança de um dia poderem ser não mais um barco à deriva,
neste imensurável oceano que é o Universo, onde impera a necessidade, que se
manifestará através dos desejos ditados pelos sentimentos, gravados no seu Eu Interno.
4 Esta é uma obra de intenção fraternal, que só pode e deve ser guardada no sentimento
de cada um, e buscada a realizar pela moral, causa primária para o equilíbrio dos
hominais.
5 Aos que meditarem sobre a obra ora apresentada e interná-la em si, destarte aqui
acharão indicações acerca do princípio, meio e fim de tudo que existe, existiu e existirá
em todo o Universo, haja vista o trabalho atômico real.
6 Aqui não são dados métodos para se adquirir aptidões a fim de se realizar obras que se
convencionam necessárias à sobrevivência, mas sim a maneira de pesquisar, analisar
praticando a fim de aprender e sentir pela meditação buscada, e praticada,
obstinadamente, a imutabilidade do Absoluto, que é o Criador, vida das Leis Universais.
7 A todos e, ainda mais, àqueles que buscam por meta de vida, pela sinceridade, o seu
princípio, por entendimento de que há uma força superior que tudo criou, cria, criará e
rege, aqui está a base indestrutível de tudo que existe, as Leis Divinas, as Leis
Universais, enfim, as Leis Naturais que regem o Universo, e porque não dizer, a
realidade.
8 Logo, os que buscam viver equilibradamente perante si, o seu semelhante e também
aqueles que devido as suas imperfeições ainda não foram despertados para a realidade,
consequentemente, andando aos tropeços, fracassos e quedas, sem reflexão, poderão,
ou melhor, acharão aqui material necessário para uma reforma baseada na lógica da
vida, onde todos poderemos o menos imperfeitamente possível, claro que
individualmente, seguir a nossa caminhada ao Absoluto, reformando-nos a princípio
moralmente, usando, evidentemente, a Lei de Moral, esta que rege todas as outras.
9 Que a força moral, a persistência e o esforço ao entendimento e sentimento de tal obra
que acreditamos ser de necessidade real, seja inoculada em cada criatura que dedicar
algum tempo, procurando, assim, ter como sentimento a percepção límpida e pura de
toda a realidade da Fraternidade Universal, que por hora e sempre estará aqui expressa.
10 Experimentemos...
196

88 AS PORTAS DO CÉU
1 É necessário que o Ser Humano afaste definitivamente de si a falsa amizade, o temor e a
mentira e, desse modo, não tente destruir com suas teorias aquilo que os Seres
Humanos credenciados construíram com seus esforços. Assim, só através de fatos
comprovados pela sua razão é que ele poderá derrubar estas teorias. No futuro, a religião
será apresentada pela ciência, embora no presente ela tenha criado vários deuses e
chegaram a deturpar todos os conhecimentos desvendados, através da essência de
Deus em luz e verdade.
2 A crença deve estar sempre equilibrada pelo conhecimento real de todas as coisas,
porém, muitas vezes existe um ponto tenebroso que atrapalha esta crença. Este ponto é
justamente a dúvida, esta que chega a modificar o pensamento do Ser Humano, fazendo
com que ele chegue a duvidar do que crê e querer o que não deseja. Muitas vezes, o Ser
Humano deposita suas crenças em uma má obra que ele realizara, cuja causa foi no
sentido de iludir seu semelhante, pensando que esta obra foi uma grande vitória para si,
porém, foi uma infração para a Lei Universal. Sendo assim, este Ser Humano vem a
sofrer no futuro o efeito desta realização.
3 É necessário que a humanidade, na época atual, procure dentro de si o seu sentimento
através de sua própria inteligência e consciência e, desta forma, possa elevar seu
pensamento ao Alto e atingir as portas do céu, através de suas preces.
4 No passado, quando os profetas saiam pregando seus ensinamentos, muitos
abandonavam esta doutrina para seguirem falsas teorias. Estes fugiram quando se
encontravam próximos às portas do céu, cujas portas se encontravam abertas para todos
os Seres Humanos de boa vontade. O Ser Humano não se encontra proibido de seguir a
parte espiritual ou material, entretanto, o que ele não pode fazer é fechar as portas do
céu para seu irmão, pois nem ele entra nem deixa entrar aqueles que já estão entrando.
5 As conquistas das grandes batalhas na parte material são adquiridas através de
bajulações coroadas de glórias que no futuro tendem a desaparecer, porém, aqueles
vencedores dos prélios terrenos, aqueles vencedores de sua própria inferioridade, estes
que lutam para conhecerem seu próprio sentimento, poderão alcançar a glória da ciência
e da verdade.
6 O Ser Humano deve analisar todos os seus problemas, porque a espiritualidade jamais
praticará um mal contra seu irmão, este que para adquirir seus direitos, tem que cumprir
com seus deveres perante a Lei Natural, quer na parte material, quer na parte espiritual.
7 É evidente que muitas vezes o Ser Humano acha que a Lei é dura de ser cumprida,
porém, Ela se encontra no próprio Ser Humano, e o Ser Humano se encontra na própria
Lei.

89 SINCERIDADE, FRATERNIDADE, REENCARNAÇÃO E IMUTABILIDADE


1 A sinceridade é uma franqueza individual que cada pessoa deve conservar para ser
utilizada para si, também em benefício de seu semelhante, agindo dentro da razão sem
maldade, porque todos os atos praticados fora da Lei são causas cometidas e, portanto,
responsabilidades contraídas para serem identificadas no futuro pelo seu efeito
correspondente.
2 Cada Ser Humano deve usar de sinceridade para consigo próprio, cumprindo com seus
deveres de ordem material e espiritual, não deixando seu Corpo Físico entrar em
desequilíbrio pelos excessos desnecessários, falando a verdade com simplicidade, sem,
contudo, se disfarçar nem utilizar de malícia perante seu irmão, a fim de obter sua
liberdade de consciência.
3 A fraternidade pode ser vista como harmonia, paz, concórdia, amizade e união entre as
pessoas, não importando o sexo, nacionalidade ou cor, principalmente quando se faz
197

referência a uma irmandade simbolizada pelo amor, que vem a ser a significação
maior do cumprimento dos deveres perante as Leis Universais, sendo que os seres
humanos devem entender-se, sem, contudo, fazerem julgamento, nem tão pouco
pressuposições para não irem de encontro aos itens estabelecidos pela Lei de
Fraternidade.
4 A reencarnação é, dentre outras, uma Lei Natural que, sob o ponto de vista científico
espiritualista, corresponde à reagregação dos elementos formadores dos centros de força
e Plexos, para a constituição de novo Corpo Físico, que é condensado das energias
concedidas pela Natureza, por força da Lei de Necessidade.
5 Entretanto, esta Lei só será compreendida quando o Ser Humano se reconhecer como
uma Alma encarnada. Sendo assim, no momento daquilo que se convencionou chamar
de morte, aquele corpo representa apenas uma das partes integrantes da trindade,
perfeitamente vivo através dos elementos que o constituem, porém, morto apenas na
conjuntura orgânica, sendo que as moléculas que o compõem retornarão individualmente
para suas moradas, até que um dia, a depender da conscientização da Alma, estes
mesmos elementos venham reassumir uma forma mais aprimorada, atendendo pela
necessidade à Lei de Reencarnação.
6 A imutabilidade é o termo empregado nos meios espirituais para que se possa
compreender as Leis Universais, que são eternas e imutáveis como o próprio Deus.
7 Antigamente o Ser Humano era mais simples e humilde, porém, se houve uma
modificação em sua mentalidade e em seu pensamento, cabe a ele retornar ao princípio
e consertar tudo o que foi construído através da Lei contrária à necessidade, e, portanto,
contrária às Leis Naturais, que permanecem imutáveis na Natureza, e na consciência de
cada Ser Humano.

90 DA EMOÇÃO, INTENÇÃO, SENTIMENTO, DESEJO E DETERMINISMO


1 A emoção são vibrações que atuam na mente do Ser Humano, provocando alterações
psicológicas que, por vezes, se estendem até a parte fisiológica, modificando o estado
afetivo, em função do estado clínico que passa a se apresentar, quer seja numa situação
de piedade, paciência, generosidade; quer seja de medo, alegria, dor, tristeza, pelo susto
ou até mesmo pelas tendências ligadas a astúcia e ao crime.
2 Todos estes efeitos estão estritamente ligados ao desenvolvimento da inteligência que
permite à Alma encarnada dominar sua mente para que as doenças, de natureza
psíquica, não venham produzir na matéria, pelo uso individualizado da imaginação,
através do pensamento, enfermidades muitas vezes de caráter irreversível, para o
conceito da ciência oficializada.
3 O início da realização de uma obra reside na intenção através de seus pensamentos, isto
é, consiste numa preparação da mente para dar origem a uma forma no plano material.
Se a intenção parte da imaginação do Ser Humano, logo, ela tem ligação com o
pensamento e, também, com sua parte mental que, no criar as formas através da
Necessidade Universal, por intermédio da Alma, gera uma causa que fica gravada em si,
por ser ela a responsável pela consumação do ato, sendo que estes vêm no futuro a se
transformar nos efeitos correspondentes, pela necessidade que existe da Alma de
libertar-se destas formas criadas através do desejo, passando a matéria pelas dores e
sofrimentos, gerando, assim, o aprendizado e a evolução.
4 O sentimento é o conhecimento que está gravado no Ser Humano e aguarda que a
necessidade vibre, através da Alma, para que produza sua manifestação através do
desejo.
5 O desejo, que é a representação do querer, pode vir a se relacionar com uma ambição,
com os atos sublimes e, também, pelas más tendências, sendo que em qualquer que seja
198

o caso verificado, podemos compreender que é a Alma quem se utiliza dele,


imprimindo na matéria uma ação através da forma criada pelo pensamento, para dar
início a um trabalho, cujo fim não podemos precisar, porque cada um tem seu livre
arbítrio, que é uma das manifestações da Lei de Liberdade.
6 Assim, os efeitos são relativos às causas cometidas, não havendo, desta maneira, aquilo
que se convencionou chamar de determinismo, que é reconhecido como uma doutrina
filosófica que nega esta liberdade humana e, em consequência, seu livre arbítrio.
7 Deus não determinou sofrimento algum para o Ser Humano, este sim, é quem utiliza seu
livre arbítrio para promover o seu próprio determinismo em função de suas obras.

91 CIÚME
1 Atualmente é reconhecido que a humanidade, quase que em sua totalidade, é
conhecedora e possuidora de sua liberdade, e quando esta for equilibrada pela razão e
pelo dever, o Ser Humano será senhor dela. Todos aqueles que almejam um futuro
promissor e desejam fazer algo pela humanidade, devem dirigir-se pela razão.
2 A Alma só terá liberdade quando as Leis Universais que lhe são externas passarem a ser
internas e conscientes, daí ela passará a fazer desta Lei uma norma direta de suas ações
terrenas.
3 É através da decepção e da dor que o Ser Humano despertará o direito de libertar-se dos
seus sofrimentos, analisando o efeito para ter conhecimento da causa, deixando, assim,
de acumular um cabedal de ignorância das coisas que já deveriam estar em si como
plena consciência. É necessário que as verdades sejam transmitidas à humanidade sem
nenhuma fantasia e sem nenhuma alteração de seus códigos imutáveis para não
desiludir esta mesma humanidade.
4 Tudo no Universo obedece às normas relacionadas com as Leis, portanto, o Ser Humano
não deve conservar suas mentes doentias pela dúvida, impedindo que os pensamentos
sejam gerados com ciência, fé e perfeição, procurando sempre para encontrar aquilo que
quer, conservando sempre aquilo que achou para transmitir ao seu semelhante no
momento próprio. Para que o Ser Humano aceite a verdade, é preciso analisá-la para ver
se ela possui a realidade e se enquadra nas Leis Universais. Portanto, a verdade deve
sempre ser iluminada pela sabedoria e conhecimento e equilibrada pela luz da razão.
5 Para que a humanidade chegue a perceber todas essas coisas, é necessário que ela
abrace o ideal almejado, tendo convicção, confiança e certeza em suas ações, tornando-
se forte no cumprimento de seus deveres, compreendendo e perdoando seu semelhante
no momento das discórdias e incompreensões. É necessário que o Ser Humano sufoque
as suas vaidades para ser vencedor das suas próprias inferioridades.
6 O amor material não é nada mais, nada menos, do que uma beleza imaginária que
permanece fixa em suas mentes; esta beleza, a depender dos interesses vai
aumentando, chegando a ponto de se transformar em uma simpatia e nesta ocorre uma
modificação para se identificar com um interesse; este interesse não se estaciona, mas
vai se multiplicando dia-a-dia através de suas ações, para ser reconhecido como um
desejo. Este desejo vem a transmutar-se em uma paixão e esta vai caminhando para
alcançar uma fascinação, e esta fascinação chega ao grau de se transformar numa
subjugação mental, esta que ao progredir chega a se transformar numa loucura; esta
loucura passa por diversas transformações para ser reconhecida como um ciúme.
Portanto, a fascinação pelas belezas imaginárias tem como desfecho final o ciúme e o
crime.
7 É necessário que o Ser Humano reconheça seus desejos, cumprindo com seus deveres
e, em consequência, vencendo esta beleza imaginária que o leva ao ciúme e ao crime,
199

fazendo com que ele passe por decepções, humilhações, sofrimentos e dores,
perdoando seu semelhante para se identificar com a Divina Luz da sabedoria.

92 VÍCIOS
1 O Ser Humano, no vasto Campo Universal, pode ser analisado por seu sentimento e,
também, pelo seu pensamento, sendo necessário o uso de sua consciência para que ele
possa tirar as suas deduções lógicas e a análise sobre todas as realizações de sua vida.
2 É comum se dizer que a noite é “boa conselheira”, pois aqueles que adormecem com
maus pensamentos, despertam indispostos perante si e, também, seu irmão. Porém,
aqueles que adormecem com bons pensamentos atraem para si toda a força
indispensável aos bons sentimentos. Os bons conselhos trazem aos Seres Humanos as
boas ações, sendo que o crime não se encontra nas realizações da matéria, mas sim na
intenção do Ser Humano que, ao agir com uma intenção pura, com a intenção de
construir uma boa obra, não possui nenhum crime em seus atos, porque estes chegam a
ponto de começar, continuar e concluir as obras e, sendo o ato bom, a obra é boa. Se o
ato é mau, a obra também é má.
3 Não é mais tempo para trevas, sendo necessário o que se encontra estabelecido dentro
das normas estabelecidas pela Lei.
4 O vício é um defeito grave que torna uma pessoa inadequada para certos fins, sendo
também reconhecido como uma conduta ou costume nocivo ou condenável.
5 O orgulho pode ser considerado como uma arrogância ou soberba e também uma
presunção, sendo que estas encerram em si a vaidade que, sendo de pouca duração,
gera a ostentação que caracteriza o luxo.
6 A cólera é um vício que transforma um Ser Humano em um senhor todo poderoso,
identificando-se pela paixão através de um afeto violento, pela zanga através do
aborrecimento, pela fúria através do ímpeto e pelo governo através da vingança.
7 A inveja é um vício ocasionado pelo mau uso dos órgãos sensoriais do Ser Humano,
tanto encarnado como desencarnado, sendo que neste último em estado de impressão.
8 A luxúria é um vício caracterizado pela cobiça, de onde surgem os atos tão somente
relacionados com os interesses possessivos, apegando-se, em consequência, aos
objetos que produzem sensações e prazeres materiais.
9 A gula é um vício estabelecido entre os povos, em função de seus costumes, o que é
verificado, inclusive nas comemorações, onde os banquetes não dispensam a presença
de iguarias, estas que estão relacionadas com a sensação e o prazer sensorial.
10 A preguiça é um vício que leva a criatura humana a sentir-se fraca e desanimada, sendo
que, inocentemente, algumas aguardam o desencarne para viverem descansados,
advindo, em consequência, o arrependimento quando se deparam com a verdade e a
finalidade da existência material.
11 A avareza é um vício que demonstra o apego demasiado ao dinheiro, que é utilizado na
compra de bens, pensando os Seres Humanos que essa riqueza lhes trará a felicidade
real tão almejada por todos aqueles que a perseguem.

93 A SIMBOLOGIA DOS VÍCIOS


1 Já se encontra perfeitamente reconhecível que no vasto Campo Universal surgem as
grandes verdades, estas que vão desfazendo, lentamente, o véu terrível do fanatismo e
levam à humanidade o bálsamo suavizante da realidade para todas as decadências,
fracassos e quedas. Que as verdades sejam administradas para essa humanidade
carente de material, para suas reflexões e realizações. O Ser Humano precisa, em
primeiro lugar, saber para dizer, procurando sempre fundamentar seus argumentos com o
200

conhecimento adquirido da causa, a fim de possuir bases seguras para superar todos
os obstáculos, vencer todas as batalhas e destruir todos os pessimismos, levando a
concórdia para os lares desafortunados.
2 Os vícios reconhecidos na Grécia Antiga se encontram representados por personagens
históricos, tais como: o orgulho - Alexandre, a cólera - Aquiles, a inveja - Caim, a luxúria -
Messalina, a gula - Vitélio, a preguiça - Sardanápalo e a avareza - Midas, sendo que
estas representações, ao terem suas letras substituídas cabalisticamente pelos números
correspondentes, produzem os seguintes resultados: com a palavra Alexandre obtemos o
número 266 e, pela soma teosófica, temos 2 + 6 + 6 = 14 = 5, que simboliza as 5 (cinco)
forças da Natureza. A palavra Aquiles apresenta o número 76, que simboliza a união da
evolução com a criação. A palavra Caim apresenta o número 81, que simboliza a união
da geração com a Unidade Divina. A palavra Messalina resulta no número 227, que pela
soma teosófica dá 2 + 2 + 7 = 11 = 1 + 1 = 2, simbolizando o equilíbrio. A palavra Vitélio
produz o número 40, que pela redução teosófica da soma dá 4 + 0 = 4, simbolizando o
comprimento, a largura, a profundidade e a quadratura. A palavra Sardanápalo resulta no
número 318, que simboliza a manifestação da Trindade e da Unidade Divina na geração.
A palavra Midas apresenta o número 115, ou seja, 1 + 1 + 5 = 25, que simboliza a união
do equilíbrio com as 5 (cinco) forças da Natureza.
2 Com esta interpretação, os números são utilizados para identificar a simbologia ocultada
pelas palavras.

94 VIRTUDES
1 A sabedoria, o conhecimento, a crença e a certeza são qualidades que levam o Ser
Humano a seguir sua marcha para o “real e verdadeiro”, porque quando o Ser Humano
chegar, a saber, aquilo que sabe e tiver crença naquilo que crê, é porque unificou o
conhecimento e sua crença chegando a formar em si próprio a confiança e a certeza.
2 Existem muitos que têm convicção do que sabem, porém, não conhecem a lógica que lhe
proporciona o método perfeito das realizações, razão pela qual o Ser Humano não deve
se apegar a crença alguma no vasto Campo Universal. Sendo que a crença deve estar
apenas representada pela verdade quando esta se localizar dentro da lógica e da razão.
3 A virtude é uma disposição firme e constante para a prática do bem, sendo também
reconhecida como uma força moral que visa a prática do bem.
4 A virtude está representada por uma escada simbólica que liga a terra com o céu, e que é
reconhecida com a escada de Jacó.
5 A Fortaleza está situada no primeiro degrau desta escada, ponto inicial das virtudes do
Ser Humano, sendo que ela só atingirá o objetivo desejado se não houver
correspondência com um obstáculo que venha a se transformar numa resistência
sistemática às Leis invioláveis da Natureza.
6 A Temperança, pela própria posição que ocupa na escada de Jacó, é uma das virtudes
através da qual o Ser Humano deve se reger quando se aproximar das Leis Universais,
sendo proporcionado, em consequência, a solidariedade, a calma e a paciência para
todos aqueles que a praticam.
7 A Prudência é uma virtude que integra o caminho que leva o Ser Humano a conhecer a
sua verdade interna, sendo que, para tanto, é necessário observar o método correto pelo
qual a Natureza promove as suas realizações, usando a precaução para vencer todos os
obstáculos que surgirem em qualquer que seja a atividade a ser verificada.
8 A Esperança é uma virtude que auxilia o Ser Humano a suportar com resignação todo o
peso, encargos, desesperos, tristezas e desilusões, sendo uma confiança que pode ser
transformada em uma necessidade e em um desejo da Alma para se libertar de todos os
compromissos adquiridos no passado.
201

9 A Perseverança é uma virtude que necessita, no início, da coragem para ousar,


seguido do esforço e persistência, constituindo-se, assim, em qualidades indispensáveis
para a conclusão da obra em seu devido tempo.
10 A Caridade é uma virtude que se encontra ligada diretamente com a necessidade que
certas pessoas demonstram em ajudar ou serem ajudadas sem que haja, no entanto,
prejuízo entre as partes, porque havendo persistência no objetivo pelo uso da
inteligência, sem participação do pensamento, haverá atração, para si, da própria
necessidade. Para que haja caridade é necessária a justiça, porque essa justiça
reconhecida pelo mundo material não satisfaz as normas contidas na Lei. Porém, a que é
imutável jamais condena um inocente por maior que seja a ação praticada por ele.
11 A Fé é uma virtude que representa, no Ser Humano, o próprio conhecimento por ele
adquirido. A fé não é uma qualidade que deve ser lembrada quando se quer fazer um
pedido ao Alto, porque desta forma o Ser Humano está negando a própria fé, sentindo
apenas um desejo formado na esperança de que a divindade realize aquilo que ele está
pretendendo ou necessitando.
12 O Ser Humano dotado de fé é aquele que possui o conhecimento e crê naquilo que sabe,
porque sente e tem convicção do seu saber.

95 A SIMBOLOGIA DAS VIRTUDES


1 A humanidade vai vagarosamente cumprindo suas obrigações pela prática da ação no
Universo, precisando agora ter conhecimento das causas para ter convicção dos efeitos
correspondentes.
2 O Ser Humano se identifica com a verdade, apresentando ao povo as suas teorias e ele,
querendo que esta teoria seja mantida de qualquer forma, então lhe acrescenta o que é
irreal. É necessário que o Ser Humano afaste o temor, a mentira e não tenha medo de
destruir aquilo que os Seres Humanos credenciados construíram. Destruindo sim, pela
prática e com provas, a fim de que mostre a sua partícula de razão.
3 As virtudes se encontram representadas pela Fortaleza, Temperança, Prudência,
Perseverança, Esperança, Caridade e Fé, sendo que estas palavras, ao terem suas letras
substituídas cabalisticamente pelos números correspondentes, apresentam os seguintes
resultados: A Fortaleza apresenta o número 223, que nos permite fazer a seguinte soma
teosófica: 2 + 2 + 3 = 7, que simboliza a evolução. A palavra Temperança proporciona o
número 341, ou seja, 3 + 4 + 1 = 71, que simboliza a evolução na Unidade Divina. A
palavra Prudência apresenta o número 300, que pela soma teosófica resulta em 3 + 0 + 0
= 3, simbolizando o poder da trindade nos Universos. A palavra Perseverança apresenta
o número 563, que pela redução seguida pela soma teosófica resulta em 5 + 6 + 3 = 14 =
5, simbolizando a Unidade Divina presente nas formas, caracterizada pelas 5 (cinco)
forças da Natureza. A palavra Esperança proporciona o número 352 = 10, simbolizando a
manifestação da Unidade Divina no Universo. A palavra Caridade apresentada pela soma
teosófica 255 = 2 + 5 + 5 = 12 = 3, simbolizando que a Unidade Divina está em perfeito
equilíbrio, gerando a trindade. A palavra Fé resulta no número 5 (cinco) que simboliza as
5 (cinco) forças da Natureza.
4 É necessário que o Ser Humano aprenda a interpretar o verdadeiro conhecimento
ocultado através da cabala, para que ele possa seguir com sabedoria sua marcha
evolutiva.

96 A NECESSIDADE EXIGE, A RAZÃO JUSTIFICA E O SENTIMENTO DITA


1 O Ser Humano precisa saber que o seu atraso espiritual está relacionado com sua
ociosidade mental, pois Deus criou uma grande oficina com as ferramentas necessárias
para que este pudesse aprender e se aperfeiçoar, tornando-se justo e consciente.
202

Portanto, é necessário conhecer os falsos sábios, ignorantes e supersticiosos que


infelicitam a humanidade.
2 O Ser Humano é possuidor de um grande mal e este é a representação da falta de
crença em si, ou seja, em seus sentimentos, justamente para acreditar nos sentimentos
dos outros, crendo em tudo o que lhe é dito para não se cansar de procurar aquilo que
quer. Os Seres Humanos, quando se encontram presos às idéias de outros Seres
Humanos, a ponto de serem induzidos a acreditar num céu cheio de sofrimentos e um
inferno cheio de felicidade, sendo que eles, automaticamente, correriam para este inferno
para desfrutar de toda a felicidade.
3 A Natureza é simples como toda a manifestação da Lei, portanto, nada é impossível ou
mesmo difícil e, para tanto, é necessário antes de tudo analisar para, em seguida, fazer o
julgamento se a obra é boa ou má.
4 É necessário também que o Ser Humano seja iluminado por sua consciência e pela luz
do seu sentimento, para saber qual o rumo que deve seguir e qual o meio correto a ser
aplicado, e que estes meios devem ser equilibrados por sua consciência e por sua razão,
esta que justifica todas as coisas.
5 Quando os Seres Humanos entenderem e compreenderem a lógica da vida, quando os
Seres Humanos descobrirem o método através do qual se pode desvendar os códigos
estabelecidos na Divina Lei, então eles estarão equilibrados dentro de tudo o que é real e
verdadeiro.
6 O Ser Humano procura encontrar a razão de todas as coisas, porém, se ele não encontra
esta razão verdadeira, ele se sente humilhado, lutando por uma razão ilusória, e sofrendo
em seguida a destruição daquela razão imaginária que alimentava o seu egoísmo.

97 GRAU DE APRENDIZ
1 No passado, quando um profano desejava se submeter às provas de iniciação para fazer
parte das sociedades secretas, ele passava por testes difíceis e pela leitura prolongada
de assuntos ligados aos conhecimentos ocultos, para serem reconhecidos os seus
sentimentos espirituais.
2 Logo após vencer essa primeira etapa, ele, para ser reconhecido como um aprendiz,
dava início à sua prática, com a telepatia e as saídas astrais.
3 Hoje, devido às circunstâncias que a sociedade nos impõe, é difícil fazer um trabalho tão
somente voltado para os conhecimentos espirituais. Entretanto, nada é impossível
quando se utiliza as poderosas forças da vontade.
4 O aprendiz pode ser considerado como uma semente que, estando devidamente
preparada para ser lançada na terra e, além do mais, se forem dispensados ao solo todos
os cuidados para que ocorra uma perfeita germinação, brotará e se transformará numa
planta que florescerá e frutificará.
5 O verdadeiro aprendiz é aquele que observa e escuta em silêncio tudo que lhe é
transmitido e, depois de anotar todos os ensinamentos, passa por uma meditação
profunda sobre o que viu e ouviu, para poder se libertar gradativamente dos falsos
costumes perante si próprio e seu semelhante.
6 Para que uma pessoa se matricule como aprendiz de uma profissão ou mesmo dos
estudos esotéricos, é necessário que se manifeste em si o querer, isto é, a vontade, que
internamente é comandada pela intenção, conhecendo, aprendendo e sentindo, em
primeiro lugar, a teoria, através de uma análise persistente de todo conhecimento que lhe
é apresentado, quer seja no campo doutrinário, filosófico ou científico. É necessário que o
neófito não se precipite em alcançar os fins sem entender ou sem ter conhecimento do
princípio, examinando e observando todas as obras que pretende realizar, desde quando
já tenha chegado a seu conhecimento a existência das Leis Naturais e de que a Natureza
203

envolve e protege toda criatura humana, oferecendo-lhe não só esta matéria bruta
visível aos olhos físicos, mas, também, a matéria refinada e quintessenciada.
7 O Ser Humano, quando se encontra moral e fisicamente equilibrado com as Leis
Universais, decerto terá facilidade em suas realizações. Porém, elas devem ser feitas
com confiança, certeza e fé, utilizando-se o pensamento e a vontade para transformar
uma palavra ou frase numa força realizadora.
8 Os educandários têm como objetivo, para formação de seus alunos, o ensino, a instrução
e a educação sempre baseada numa filosofia científica, que deixa gravada na mente de
seus participantes o fato de que nada mais existe além do desenvolvimento da
inteligência para alcançar a sabedoria. Do mesmo modo acontece com os religiosos
quando afirmam categoricamente que, fora daqueles ensinamentos professados em seus
templos, não existe salvação, e que aqueles que infringirem essas normas certamente
virão a ser castigados por Deus.
9 Entretanto, não existe determinismo de Deus para com o Ser Humano e, no momento em
que este se preparar convenientemente para desenvolver o seu sentimento pela crença
nas Leis, fazendo a combinação com a inteligência já desenvolvida, sentirá a verdadeira
sabedoria e se libertará conscientemente dos preconceitos impostos pelos falsos
costumes que se fazem representar pelas densas muralhas da ignorância.

98 GRAU DE APRENDIZ - INICIAÇÃO


1 Toda criatura humana, quando sente verdadeiramente em seu interior a necessidade,
curiosidade e/ou desejo de refletir sobre o Princípio Criador, a Finalidade da Vida, bem
como a Razão de Nossa Existência, logo, a finalidade do viver como um todo, busca
procurar novos rumos que lhe tragam a paz e o equilíbrio que o seu ser tanto almeja.
Assim, naturalmente, quer pelo sentimento, quer pela decepção ou dor, o Ser Humano
promove sua Iniciação à Consciência Espiritual, esta que o leva a identificar-se com os
conhecimentos, quanto a tal, de determinada sociedade, seita ou religião, etc., bem como
um livre pensador. Assim, ele bate, pelo próprio querer, por sua própria vontade, na porta
da realidade, à procura da Luz, a Realidade Absoluta, com o fim de crescer, brilhar e se
adiantar. Afinal, o conhecimento identifica o Ser Humano com as Leis Universais.
2 Na realidade, o Ser Humano é um ser, obra da Criação Divina, com um objetivo óbvio,
lúcido e lógico, bem como tudo no Universo e, quer queira-se quer não, tanto vivo, ou
melhor, encarnado; quanto morto, ou melhor, desencarnado, tal objetivo continua vivo no
seu ser, bem como vivido pelo mesmo, quer consciente, quer inconscientemente.
Portanto, tanto o encarne quanto o desencarne são, em verdade, as suas maiores
iniciações. Afinal, na Natureza nada se perde, tudo se transforma; logo, tudo perdura; se
perdura, tudo é infinito; e se tudo é infinito, a morte não existe, como até então tem sido
considerada. Eis quanto importa buscarmos despertar e expandir o máximo possível “a
nossa Consciência Espiritual”, mas que o façamos com base em valores insofismáveis,
caracterizados por códigos perenes e imutáveis de Leis Naturais que regem o Universo.
3 Vale considerar que todas as verdades necessárias ao Ser Humano para que o mesmo
use com o fim de conseguir livrar-se dos falsos sentimentos, dos falsos pensamentos,
enfim, dos falsos costumes e procedimentos, por conseguinte, realizando a sua Iniciação
à Consciência Espiritual, encontram-se à sua disposição na Natureza, portanto, tanto
interna, quanto externamente ao seu ser. Agora, basta-lhe, conscientemente, usar da
Fortaleza para procurar identificá-las com seus sentimentos, despertando-os para um
adiantamento espiritual abreviado confiante, certo e convicto. No mais, toda justiça se
fará mediante os valores insofismáveis caracterizados por códigos perenes e imutáveis
das Leis Naturais que estabelece Deus, a Divina Lei, a Vida das Leis Universais.
204

99 ALIMENTAÇÃO
1 Comandando os órgãos abdominais do Ser Humano encontra-se o Plexo Hipogástrico,
que tem a função de filtrar as energias da Natureza e manter os órgãos a ele ligados em
perfeito funcionamento.
2 Já se tem conhecimento de que o alimento é uma espécie de matéria condensada,
também conhecida como energia e cuja finalidade é manter o Corpo Físico em atividade,
proporcionando-lhe o desenvolvimento de todas as partes que o compõem.
3 As substâncias orgânicas são uma transformação de todo alimento assimilado pelo
organismo, cujas substâncias estão representadas pelas gorduras, carboidratos e
proteínas, estando incluídas, também, as substâncias inorgânicas, como a água e os sais
minerais.
4 Quando o Ser Humano observar o trabalho paciente e incessante da Natureza e a
maneira pela qual ela opera em obediência ao que determinam as Leis Universais e,
além do mais, quando ele estudar e compreender todos os elementos quintessenciados
que circulam ao seu redor, neste momento muitas dúvidas e conceitos errôneos estarão
sendo dissipados, porque a maioria dos cientistas que desenvolveram um trabalho acerca
do funcionamento da máquina humana tem levado tudo para o terreno da parte
materializada.
5 Já é sabido que o corpo humano é constituído de uma diversidade de centros e que neles
predominam os elementos do Reino Hominal, isto é, elementos do Plano Físico,
elementos do Plano Astral, elementos do Plano da Imaginação ou Mental, elementos do
Plano da Inteligência, elementos do Plano da Verdade, da Consciência e Ciência, sendo
que os elementos correspondentes ao plano médio, estes que só possuem instintos e
necessidades, transmitem ao Ser Humano os sentimentos grosseiros pela combinação
dessas mesmas necessidades, de modo que, se o Ser Humano estava acostumado com
determinado tipo de alimentação, ao desencarnar estes elementos não mudam de
qualidade, mas, sim, aprimoram-se para que o Ser Humano seja arrojado pela Lei de
Necessidade a uma reencarnação em um determinado local onde esses mesmos
elementos encontrem aquela alimentação que poderá ser modificada com parcimônia.
Isto porque, eles, ao se reunirem para um novo trabalho, já se encontram mais
aprimorados e, consequentemente, com sentimentos mais latentes, capazes de se
identificarem com novas necessidades.
6 A classificação da espécie, caracterizada pelos estudos da ciência oficial, tem estreita
ligação com os elementos que entram na composição do corpo humano. Quando isto for
descoberto por esses cientistas, muitos conceitos, sobretudo aqueles ligados ao tipo de
alimento que deve ou não ser ingerido pelo Ser Humano, estarão sendo corrigidos,
porque a espécie tem a finalidade de classificar os semelhantes como os animais,
vegetais e outros. Essa espécie não é nada mais, nada menos, que os seres elementares
que vêm a constituir este ou aquele corpo, e se uma pessoa não necessita de certos
alimentos, como por exemplo, a carne animal, ela não deve censurar outro irmão pelo
fato de ele fazer uso daquele alimento, porque se na constituição de seu corpo não existe
mais aquela espécie de alimento que o outro ainda contém e, se este não recusa esta
alimentação, é justamente porque estes seres elementares que entram na composição do
seu corpo, exigem, pela necessidade que ainda possuem, de se identificar com todas as
vibrações contidas naquelas substâncias.
7 Portanto, a censura atribuída por certas pessoas, em função do que a outra deve ou não
comer, não tem razão de ser e só terá fundamento quando se tiver plena consciência dos
seres elementares que entram na composição deste ou daquele corpo humano, de sua
espécie e categoria. Mas, que esta orientação venha como um conselho, porque só a
justiça divina pode corrigir os erros através das Leis Universais.
205

100 DECEPÇÃO - DOR - SOFRIMENTO


1 As diversidades de pensamentos de vibrações inferiores têm levado a maioria dos Seres
Humanos deste planeta a construir seus castelos de ilusões, cuja obra resultante é o
atual quadro que presenciamos, onde predomina a incompreensão, a prepotência, a
paixão, a vingança, o ódio, a anarquia e o crime.
2 Se uma pessoa cumpre com seus deveres com equilíbrio e se propõe a desempenhar um
cargo no campo sociopolítico, religioso ou filosófico, está sujeita a passar pelas maiores
decepções quando se deparar com os quadros estarrecedores que se apresentam diante
de seus olhos, sendo obrigada a abandonar a função para não aderir ao sistema
construído e mantido pela corrupção.
3 A dor pode ser de origem psíquica ou física. Neste último caso, é o corpo quem sofre as
consequências, mas, no primeiro caso, a mente também é afetada, isto porque os Plexos
deixam de cumprir seu papel perante as Leis Universais.
4 É a dor psíquica ou moral que tem levado a maioria dos pacientes a estagiarem nos
manicômios porque eles conservam, em suas mentes, as formas impossíveis por eles
criadas.
5 Nem todas as dores e sofrimentos pelos quais passa a matéria devem ser atribuídos às
provações, porque toda ação a que está submetida uma criatura deve ser analisada para
se identificar se trata de causa ou efeito.
6 Quando o Ser Humano age fora da Lei de Necessidade, inventando um método melhor
do que aquele oferecido pela Natureza para satisfazer seus prazeres e sensações, ele
cria, para si, formas de baixa frequência, que são gravadas em seu perispírito, advindo,
em consequência, a dor e o sofrimento.
7 A decepção, muitas vezes, deixa o Ser Humano na maior tristeza e essa produz o
sofrimento e a dor, entretanto, esta dor geralmente é benéfica porque corrige as faltas
praticadas fora da Lei e o encaminha ao cumprimento dos deveres.

101 FASCINAÇÃO - FANATISMO


1 Quando observarmos determinadas autoridades, tanto no campo religioso, representado
por sua crença, como no campo científico, pela ampliação de teoremas já enunciados, se
arvorarem a detentores das verdades, só podemos considerar que se trata de diferentes
tipos de fascinação.
2 Existem, ainda, aquelas criaturas que se unem visando tão somente os interesses
materiais para servir de elo entre si, julgando-se na maior felicidade pelo fato de estarem
praticando o amor verdadeiro. Entretanto, o Ser Humano ainda obedece aos impulsos do
coração sendo levado ao amor interesseiro e fatal, conhecido como fascinação.
3 O fanatismo é uma ação que se manifesta para dar origem à fascinação.
4 Existe o fanatismo condicionado pela imposição dos dogmas, esse que trouxe ao Ser
Humano a sua estagnação evolutiva no campo do desenvolvimento dos centros
perceptivos.
5 Toda criatura humana que transmite conhecimentos fora das Leis, sem apresentar
sentimentos daquilo que lhe foi transmitido, fica responsável pelas pessoas que se
propuseram a ouvi-lo, porque esses ficam, por ele, fascinados.
6 O fanatismo e a fascinação são qualidades negativas que viciam a Alma humana e a
colocam no mais alto grau de ilusão.
206

102 FANATISMO
1 A humanidade nos dias de hoje vive enganada por suas próprias determinações,
encontrando-se totalmente aprisionada pelo espaço delimitado por um triângulo cujos
lados são formados pelo fanatismo, superstição e a incredulidade.
2 O fanatismo é uma fé inconsciente, portanto uma afirmação absurda de um conhecimento
superficial e desconhecido acerca de uma doutrina ou de outro assunto qualquer que leve
as criaturas a um procedimento que foge a sua própria vontade, isto porque eles são
orientados no sentido de transmitir aquelas idéias ou teorias padronizadas para outras
pessoas que assimilam esses conhecimentos sem, contudo, chegar a ponto de senti-lo
perfeitamente, acabando por ampliá-los, chegando a um estado de dúvida que os
impedem de conduzir pelo caminho certo das realizações, afastando-se cada vez mais da
rota que os conduzem a uma direção cujo destino é a verdade.
3 A superstição é um temor ou um medo que determinados Seres Humanos apresentam
pela crendice em atos sobrenaturais que venham a interferir em seu comportamento,
quer seja para o bem, quer seja para o mal.
4 Atualmente, com o advento de várias descobertas no campo científico, algumas teorias
religiosas que se basearam na superstição para formular seus dogmas, caíram por terra,
fazendo com que parte da humanidade abandonasse o hábito de adorar as imagens que
em nada contribuem para acelerar sua evolução.
5 A incredulidade pode ser compreendida como uma negação ampliada ou aumentada
sobre determinado assunto que não se analisa com razão, levando certas criaturas a
desacreditarem tanto na verdade como na mentira, conservando-se em total ignorância
sobre as Leis Naturais por não admitir a crença num ser supremo que a tudo criou, deu
vida e equilíbrio.
6 Quando o Ser Humano estiver passando por algum sofrimento, ele não deve se
impacientar, mas, sim, aprender a sentir o resultado ou efeito de uma causa cometida
anteriormente, e em qualquer situação em que se encontre é necessária a prática de
boas obras, porque elas se refletirão no futuro e seu procedimento, com resignação no
presente, proporcionar-lhe-ão sentimentos para compreender as análises mal planejadas
de outrora.
7 O fanatismo, as opiniões formadas sem análises e a superstição têm levado os religiosos
a permanecerem com seus pedidos sistemáticos a Deus, para satisfazer aos seus
benefícios pessoais, frutos da falta de esforço para conseguirem por si mesmos tudo que
a Natureza lhes oferece para proporcionar suas realizações através das ferramentas que
lhes foram concedidas.

103 FANATISMO II
1 No vasto Campo Universal, grande porcentagem da humanidade já se afastou da crença
religiosa, sendo que a culpa reside principalmente na própria religião, esta que não tem
capacidade de transmitir os conhecimentos para que a humanidade resolvesse os seus
problemas com seus próprios esforços, tornando-se muitas destas religiões cúmplices,
porque só transmitiram, só ensinaram, o fanatismo e a superstição.
2 Nenhum Ser Humano é possuidor de toda a verdade, isto porque no meio de muitas
verdades florescem a falsidade, a invenção e a mentira, que nada tem de Divino ou Real,
sendo que o material apresentado por estas instituições não se apoia em bases
solidificadas pela razão.
3 O que o Ser Humano está precisando no momento é de ensinamentos reais para que ele
possa solucionar por si mesmo seus problemas tidos como insolúveis pela diversidade de
fundações.
207

4 A vida não é somente constituída da parte corporal ou material, mas de um elemento


Espiritual que o anima, que no passado foi o construtor desta forma perfeitamente visível
aos olhos físicos.
5 Fanatismo é uma afirmação exagerada daquilo que não se sabe, sendo também
interpretado como aquele que adere cegamente a uma doutrina ou partido, ou que possui
grande dedicação e amor a alguém.
6 A humanidade já reconhece que Deus tudo criou e que tudo o que existe partiu de Deus,
razão porque Ele é o Grande Arquiteto do Universo. Se existe um inferno, este não foi
criado por Deus, porque sendo Ele todo Bondade, Amor, Caridade, Verdade e Justiça,
não poderia ter criado um inferno. Se Deus criou todas as coisas, Ele deveria ter criado
também um inferno. No entanto este inferno foi criado pela mente do próprio Ser
Humano, porque a criação de Deus corresponde a um paraíso.
7 Se existe um céu e um inferno tão propalado pelos Seres Humanos – o céu representado
pela luz, e o inferno representado pelas trevas –, ambos devem se encontrar
equilibrados, porque, para que a luz brilhe de modo mais acentuado, é necessário que
existam as trevas para espantar a escuridão, e com isto tudo se torna luz.
8 Tudo o que existe no Universo obedece às transformações, porque tudo o que nele existe
é relativo. Assim, o mal é o bem relativo, o ódio é o amor relativo, a injustiça é a justiça
em estado bruto, a impiedade é a piedade em estado grosseiro, e assim são todas as
coisas que existem no vasto Campo Universal porque elas obedecem à Lei de
Relatividade.

104 FASCINAÇÃO
1 Quando dois seres se unem afirmando existir entre eles uma afeição profunda e, sendo
verificado posteriormente apenas um interesse que traz a sensação e o prazer,
geralmente o desfecho final é uma tragédia que se caracteriza pelo amor fatal, uma das
manifestações da fascinação e, quando esta ocorre com duplicidade, a cada dia que se
passa, os raios que contornam a imagem formadora do semblante de um impressiona a
mente do outro e vice-versa, chegando ao ponto em que criaturas não possuem mais a
capacidade de se libertarem das formas criadas, quando pretendem formular uma
separação, por verem que os seus interesses materiais não tem condições de serem
concretizados.
2 A fascinação comumente reconhecida nas camadas sociais é um deslumbramento
produzido pelo encanto ou uma atração que proporciona uma sedução e beleza.
Entretanto, ela representa a dominação pelo sugestionamento que ocorre entre duas
vontades, quando existe inferioridade em uma delas, sendo que esta, ao ser dominada
pelas impressões, não possui a capacidade de utilizar a sua energia potencial, para se
livrar da imagem mental, isto porque ela desconhece o motivo pelo qual se neutraliza
uma corrente pela energia contrária.
3 O amor paixão, por exemplo, deve ser neutralizado pelo amor real, este que orienta as
criaturas para o cumprimento dos seus deveres.
4 Quando o Ser Humano despertar para saber o motivo que o leva ao sofrimento, ele
necessariamente terá que fazer um reprocessamento de sua vida, através de uma
reflexão, equilibrando as necessidades de sua parte instintiva, exercendo um perfeito
domínio sobre estes elementos, a fim de que não haja desregramento e,
consequentemente, desequilíbrio de seu Corpo Físico.
5 Se o Ser Humano, em cada existência material, constituir causas que enegreçam sua
Alma, é evidente que, no futuro, o efeito se processará, trazendo os sofrimentos
determinados por essas ações e, com isso, a Alma pode se desesperar ao se lembrar de
208

todos estes atos que, naturalmente, terão que ser transferidos à matéria no tempo
determinado.
6 É necessário, então, que o Ser Humano, nas diversas encarnações, seja justo em suas
ações para se livrar de erros que o levem a infringir os códigos estabelecidos nas Leis
Universais.

105 FASCINAÇÃO II
1 É necessário que o Ser Humano seja senhor da Lei, e não escravo da mesma no vasto
Campo Universal, procurando encontrar de uma forma real o amor verdadeiro. O amor
divino e espiritual é uma atração natural entre duas criaturas pelo cumprimento de seus
deveres. O amor verdadeiro é o amor desinteressado de qualquer retribuição.
2 A verdadeira amizade está representada pela espontaneidade e pelo desinteresse, pela
lealdade sem extorsões, havendo nela sempre um respeito mútuo entre as partes que
contribuem pela cooperação de um ideal comum de harmonia, de beleza, pelo
desenvolvimento do prazer. Entretanto, se este prazer for um fruto de uma obra mal
analisada, então o Ser Humano é levado ao desregramento e ao abismo, porque se
deixou levar pelos deleites sentimentais, sem análise da razão e do raciocínio,
desprezando sua inteligência, duvidando finalmente do que crê, amando o que repele e
querendo o que não deseja.
3 Sendo o Ser Humano o produto do que pensa, do que faz e do meio onde vive, logo, para
que ele realize pelas obras, é necessário que tenha bons pensamentos, e assim é certo
que ele terá como resultado os belos efeitos das divinas causas cometidas.
4 A fascinação está baseada no amor fatal e é a dominação que uma vontade forte exerce
sobre uma vontade fraca, influenciando o raciocínio dos entes que não atingiram o
equilíbrio da razão. Logo, tal tipo de amor entre os Seres Humanos é uma fascinação,
que passa a ser identificado como um amor fatal.
5 Muitas vezes ocorre a dupla fascinação, ocasionada tão somente pelos interesses
materiais, e quando uma dessas pessoas descobre que o interesse foi apenas o fruto de
uma vaidade, vem a revolta contra o outro ser, ocasionando o ódio entre ambos, tendo
em vista que o seu equilíbrio está baseado nas bases da ignorância.
6 O amor verdadeiro é aquele isento de qualquer retribuição; é o amor desinteressado de
qualquer bem ou posse material, e não uma fascinação, que é uma ambição provocada
pelo interesse de uma beleza imaginária, e que na realidade não passa de um prazer
ilusório. O verdadeiro amor é aquele que prende as criaturas pela sinceridade e pelo
cumprimento dos deveres em função de suas obras.

106 A LÓGICA DA VIDA


1 Enquanto o Ser Humano não procurar conhecer e sentir qual o seu verdadeiro princípio,
não compreenderá o que se passa consigo agora e, consequentemente, pouco ou nada
entenderá o que passará no futuro, levando-se em consideração que tudo no Universo
evolui. Assim, enquanto nós não procurarmos sentir o porquê da nossa existência, ou
ainda, da nossa estadia sobre o planeta em que temporariamente habitamos, então será
muito difícil fugirmos ou desapegarmo-nos das cadeias magnéticas que ainda nos
prendem ao mesmo, caracterizando assim a escravidão em que nos encontramos por
consequência do uso do prazer, desregrada e corrompidamente, esquecendo de cumprir
com os nossos deveres perante “O Criador”.
2 O que o Ser Humano precisa conhecer, compreender e sentir é que o mesmo é uma
trindade composta de Espírito, Alma e Corpo Físico e que tem como missão ajudar o Pai
– Deus – criador de todas as coisas nesta grandiosa Obra Universal da qual somos parte
integrante. Tal ajuda caracteriza-se quando Ele, para o equilíbrio do Universo pela
209

necessidade, cria o planeta, pela Lei de Involução, este que irá evoluir suas massas
segundo as normas da Natureza que encerram as Leis Universais e, por fim, pela Lei de
Evolução retornando ao Mesmo, completamente perfeito e equilibrado devido à sua
descondensação material.
3 Uma vez criado o planeta, este, num período de tempo equivalente a milhões de anos ao
equilíbrio nos Universos, já oferecendo condições de vida sobre si, faz com que,
naturalmente, pela necessidade, sejam atraídos seres inteligentes sobre sua massa, a fim
de que estes lhe proporcionem um desenvolvimento mais acelerado, qual o natural.
Portanto, é aí que Deus, conhecedor desta necessidade, ao “sentir” o seu pedido, libera
de Si as centelhas dotadas de toda Sua sabedoria, Partículas Absolutas, para ajudarem
na obra da evolução destas massas que são os Espíritos e estes, para agir em função do
objetivo que a necessidade exige, criam a Alma e o Corpo Físico com os elementos da
Natureza condizentes com a forma de cada um no que se refere à afinidade para haver a
condensação dos mesmos, e, deste jeito, desde já, ligando-se a esses corpos por si
criados lhes dando a vida e movimento para assim poder agir sobre o planeta e ajudá-lo
em sua lenta evolução, a fim de que toda esta grandiosa obra um dia retorne o mais
breve possível ao Seu Criador em forma de energia consciente. Esta é a lógica da vida:
tudo partiu de um princípio único, Deus, Criador e Incriado, Justo e Perfeito, Verdadeiro e
Absoluto e ao Mesmo retornará.
4 Muitos de nós, aliás, todos nós vivemos ainda a criticar os nossos semelhantes, pura e
simplesmente por causa de nossas imperfeições, o que é compreensível. Porém, é
necessário entender que tudo se encontra sob o controle das Leis Divinas, estas que são
a representação de Deus, determinando assim a sua Imutabilidade, ou seja, não
mudando para privilégio de nenhum ser, seja ele mineral, vegetal, animal ou hominal.
Portanto, independente de qualquer sofrimento pelo qual passa a criatura humana, esta
não deverá desesperar-se, pois tal sofrimento se trata apenas de efeitos, enfim, de
reações relativas às ações praticadas fora das Leis Universais; consequentemente, assim
estará ajudando ao planeta a evoluir suas massas, ainda que seja inconscientemente, o
que deverá ser corrigido pelo uso da inteligência espiritual, mudando as causas para não
mais passar por tal efeito, caracterizando assim um destino menos infeliz pelo uso das
formas da Natureza para realizar as obras que a necessidade exige, o menos
imperfeitamente possível, quer sejamos instrutor ou instruído, pai ou filho, mestre ou
aluno, empregador ou empregado, etc., pois todos estamos, ainda que não eternamente,
no lugar que merecemos, de acordo com a nossa evolução.
5 O Ser Humano já se encontra devidamente aparelhado para realizar as obras que a
necessidade exige e a razão justifica, para uma melhor e mais rápida evolução. No
entanto, pelos falsos costumes e procedimentos errôneos perante as Leis Naturais, todos
nós vivemos apegados às sensações que a matéria proporciona, além de
supersticionados pelos dogmas das diversidades de seitas, que tudo afirmam e que
poucos de nós analisam, para compreender o que tem sido dito, que, não raro, é imposto
pelos seus antecedentes. E, enquanto isso ocorrer com o Ser Humano, então o mesmo
será um barco à deriva neste imensurável oceano, sem uma bússola e sem os demais
acessórios necessários, que o levarão a um destino incerto, por falta da consciência que
deve ter para com a lógica da vida.
6 Quer consciente quer inconscientemente, uma das maneiras com a qual o Ser Humano
ajuda o planeta em sua evolução é a alimentação. Porquanto, a ingestão de alimentos
seja de ordem mineral, vegetal ou animal, é uma das maneiras pela qual ele é favorecido
a trazer à experimentação a energia que em nós tem como fim analisar para
compreender e praticar para evoluir, tanto a massa que individualmente está condensada
formando o nosso corpo, como a que coletivamente está a formar os corpos dos nossos
semelhantes, bem como do planeta onde nos encontramos encarnados. O que ocorre é
210

que nós, por não compreendermos esta lógica, usamos de nossa liberdade para
utilizar uma existência como se fosse a única, o que faz com que nos precipitemos em
correntes imaginárias de uma felicidade superficial e não duradoura, por não existir a paz
interior de que tanto necessitamos, pois, levados pelo fascínio das formas que
impressionam a mente, chegaremos a galgar, num futuro breve, os degraus do fracasso
caracterizado pelas glórias adquiridas pela ignorância, simplesmente por não termos
utilizado a razão, esta que nos leva a felicidade duradoura.
7 Logo, existe uma grande diferença entre uma alimentação tida como normal e outra
caracterizada pela gula, pois, enquanto uma traz o equilíbrio dos seres que formam o
nosso corpo, a outra traz o desregramento provocado pelo excesso, que nos leva ao
vício, pela dependência, haja vista o costume do uso de certos regimes alimentares.
8 Ainda hoje, como norma, as criaturas estão preocupadas em fazer com que seus corpos
estejam equilibrados no que diz respeito à forma externa, quando se alimentam de
iguarias que lhes trazem ao organismo uma beleza aos olhos físicos, colocando o instinto
animalizado adiante da razão, trazendo, em consequência, o mal-estar diário, advindo do
fascínio destas formas a usar, inclusive, do prazer desregrado do sexo, advindo, na
maioria das vezes, desencarne prematuro, caracterizado pelo lento suicídio,
demonstrando assim, a não compreensão dos deveres para com o Corpo Físico.
7 Aos que isto fazem inconscientemente, infelizmente estarão ainda à mercê da
manifestação das Leis também da mesma maneira, trazendo consigo, sempre, a
infelicidade, a dor e a desilusão por não terem usado com brandura o que lhes facultara a
Lei em termos de direitos.
8 O prazer é, pode, deve e necessita ser usado com moderação, pois ele é como uma
recompensa pelo dever cumprido, visto que o mal não está no usar, mas sim, no abusar
das coisas criadas pelo Pai, abusar este que vem a enfraquecer nossos centros de forças
que recebem do Espírito as energias da vida e movimento e as do equilíbrio da Natureza,
fazendo com que se manifestem as doenças, pois as mesmas, para adquirir a
normalidade, necessitarão de tempo a fim de novamente realizar o seu propósito, que é o
de filtrar as energias da Natureza e distribuí-las aos órgãos para o seu devido
funcionamento.
9 É notório salientar que nem mesmo os elementos do Corpo Físico morrem. Eles, após o
desencarne, vão gravitar na Natureza, purificar-se a fim de que nós, Almas, quando
necessitarmos do reencarne para prosseguirmos nossa obra, então, reagruparemos
todos esses mesmos elementos afins com as nossas necessidades, para assim fazermos
justiça, com nossas ações, às nossas obras.
10 Daí, se vivemos com alguma dor que nos aflige, em princípio agradeçamos ao Pai, pois,
se assim nos sentimos é porque algo está sendo por nós realizado fora da Lei de
Necessidade e a dor só vem a evidenciar tal ação fora da razão. Agora, é meditar para
compreender tal efeito e corrigir, para não mais incorrer no mesmo, a fim de não mais
sofrer, pois não existe efeito sem causa, nem causa sem efeito.
11 Muitas criaturas que já conceberam um pouco destas verdades, já usam, inclusive, desta
inteligência espiritual para buscar o seu equilíbrio; e por entender, também, desta lógica
da vida, têm levado o seu aprendizado a outros, a fim de que, também, venham estudar
para aprender e praticar para evoluir, cumprindo assim com o seu papel, ou melhor, com
o dever para consigo mesmo, não se deixando escravizar por inteligências alheias, pois
todos somos responsáveis por tudo que fazemos e tudo o que nos elevará a Deus será
exclusivamente aquilo que, nas diversidades de existências, aprendermos e sentirmos.
No mais tudo se apagará de nossa Alma e mente, pois pertence à Natureza e a ela
retornará.
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12 Quando buscarmos entender toda esta lógica, então haveremos de nos apegar à
máxima: “Deus criou o Ser Humano a sua imagem e semelhança”. Portanto, se o Ser
Humano tem uma parte Absoluta dentro de si, que é Deus, representado pelo Espírito, e
tem a sua parte relativa, que é representada pela Alma e o Corpo Físico, logo, podemos
concluir por analogia, visto que o Mesmo criou todo Universo, que tudo que existe tem um
princípio Absoluto e outro Relativo, levando-se em conta que na Natureza tudo se
transforma, aprimora e evolui, pelo simples fato de existir a necessidade. Desta maneira,
assim como o ódio é o amor em estado grosseiro, também a ignorância é a sabedoria
analogamente.
13 Os que sentem, necessitam e desejam o equilíbrio deverão compreender que é dever de
todos espiritualizar-se para viver o menos imperfeitamente possível, usando da sua
humildade, simplicidade e igualdade, seguindo as normas impostas pelas Leis Universais,
que têm como regedora de todas as outras a Lei de Moral, e como base da realidade as
Leis de Mediunidade, Reencarnação e Imortalidade.
14 A ciência material, na busca incessante pelo equilíbrio do Ser Humano, tem descortinado
verdades, o que tem sido de grande valia para todos. Só lamentamos esta ciência não
dar mão à espiritualidade, para que as curas tidas como impossíveis sejam assim
varridas com mais brevidade do planeta, de acordo, claro, com a necessidade. O
equilíbrio é também uma das Leis Naturais que poderíamos melhor compreender, ou
poderemos melhor entendê-la quando procurarmos sentir a Justiça Divina, caracterizada
pela necessidade real que possuem os corpos físicos de atender aos seres elementares
que entram em sua composição.
15 Baseados em certas verdades acerca de sentimentos de criaturas que, por necessidade
real, analisaram e compreenderam, logo, praticaram e sentiram a realidade no que se
refere à alimentação para o equilíbrio, podemos chegar a caminhos que nos levarão a
nossas próprias conclusões, tais como:
1º) A fisiologia humana espiritual, tanto da parte material, como psíquica.
2º) A compreensão da constituição biológica espiritual dos alimentos, que caracterizam
um certo equilíbrio ao corpo o menos imperfeitamente possível.
16 Uns falam, ou melhor, expressam que tal equilíbrio é evidenciado em termos de yin-yang,
outros sódio-potássio e, ainda, ácido-base, o que nos oferece bastante material para
iniciarmos um estudo pessoal no que se refere à alimentação, dados os nossos
problemas. Quanto à escolha, ocorrerá individualmente, pois cada um fará sua iniciação
pessoal; porém, uma coisa é certa: todos caminhos levam a Deus, evidentemente que
cada qual tem sua velocidade individual.
17 Segundo o estudo ácido-base, por ter uma estreita afinidade com o nosso padrão de vida
ocidentalizada e um tanto sedentária, tal teoria nos evidencia o seguinte (cabe a análise
individual, claro): todos os alimentos, depois de ingeridos e digeridos, denotam uma
reação orgânica e esta poderá ser ácida ou alcalina (base). Nota-se que, entre 11h da
manhã e 3h da madrugada do outro dia, todo o metabolismo do corpo encontra-se
dominado pelos processos ácidos, ou seja, todo ácido úrico dos alimentos digeridos será
retido nos órgãos e tecidos, ficando um mínimo no sangue, o que nos deixa um tanto
dispostos. O período de excesso deste processo em nós apresenta-se às 23 h, ou seja,
onze horas da noite. Das 3h da madrugada até às 11h da manhã, o metabolismo do
corpo se encontra dominado pelos processos alcalinos (base), quando todo o ácido úrico
será despejado na corrente sanguínea, a fim de que seja eliminado do corpo, depois,
claro, do devido processo de filtração. O período de excesso deste processo registra-se
às 9 h da manhã.
18 Nos processos ácidos nos sentimos bem. Nossa urina será clara e abundante, pois todo
ácido estará nos órgãos e tecidos retidos, aí o nosso corpo estará em fase de construção.
212

Nos processos básicos nosso organismo estará um tanto indisposto, nos sentimos
menos bem, nossa urina estará carregada, pois estamos depurando o corpo, eliminando
o ácido úrico dos órgãos e tecidos. Se neste período ingerirmos alimentos ácidos, logo,
todo o processo será suspenso naturalmente, e novamente todo o ácido úrico será retido
nos órgãos e tecidos, fazendo com que no futuro corramos o risco de nos enchermos de
doenças, tais como: reumatismo, gota, artrite, cálculos renais, úlceras, prisão de ventre,
acidez estomacal, gastrite, sem falar nas enxaquecas, dores de cabeça, enfim, mal estar
diário, desânimo, falta de raciocínio, afasia psíquica, mau humor, nervosismo, etc. O que
seria de bom grado estudar (achamos), a fim de que assim o Ser Humano possa
melhorar em si suas imperfeições caracterizadas pelo desequilíbrio, por não entender
ainda qual a moral de sua história sobre a classificação dos alimentos.
19 Conhecimento sobre conveniente combinação de alimentos é de grande valor e deve ser
recebido como sabedoria de Deus.
20 Criam-se perturbações mediante combinações impróprias de alimentos, e há
fermentação: o sangue fica contaminado e o cérebro confuso.
21 Muitos comem depressa demais. Outros comem numa só refeição alimentos que não
combinam. Se os seres humanos tão somente se lembrassem de quão grandemente
afligem a Alma, quando afligem o estômago e de como é profundamente desonrado
quando se abusa do organismo, seriam corajosos e abnegados, dando ao mesmo
oportunidade para recobrar sua ação salutar. Enquanto estamos à mesa podemos fazer
obra médico-missionária mediante a lógica da vida, usando dos códigos que estabelecem
as Leis Divinas, as Leis Universais, enfim, as Leis Naturais que regem o Universo.

107 O PERDÃO
1 Quando os Seres Humanos se reúnem para estabelecerem um diálogo cujo assunto se
encontra diretamente ligado aos interesses materiais, quer seja no campo dos negócios,
quer seja em relação à parte sentimental, geralmente a ambição e o amor próprio não
permitem que ocorra um entendimento racional entre si, gerando, em consequência, a
discórdia e a confusão.
2 Mas, se a discussão tem o objetivo de ventilar uma questão dentro da harmonia para se
chegar a uma conclusão, evidentemente haverá proveitos entre os participantes daquele
trabalho que gerou o debate. Entretanto, se nesta discussão predominam as ofensas que
geram ódio, todos aqueles que se envolveram no drama que gerou a causa não só
passarão por efeitos psíquicos quando desencarnados, mas também experimentarão a
sensação física, isto porque todas as formas criadas naquele momento ficam gravadas
na Alma e, muitas vezes, uns encarnam e outros permanecem no astral inferior,
aguardando o momento ideal para atacar seu inimigo, isto porque seu orgulho e vaidade
se juntaram para vingar-se daquele que, no passado, se constituía num adversário que o
tempo não conseguiu apagar de sua memória.
3 É no seio da própria família que ocorrem as reencarnações de seres dissidentes das
vidas pretéritas e estes, para se libertarem dos erros adquiridos, se comprometem a
retificá-los, substituindo as desavenças e os sentimentos de ódio pela compreensão.
4 O perdão é compreendido como uma absolvição de culpa e, nesse sentido, todos
deveriam utilizar-se dessa prática, não para isentar seu irmão de uma dívida gerada por
uma causa, mas para orientá-lo no sentido de esquecer, pelo arrependimento, todos os
males praticados.
5 É comum se observar nos vários setores de atividade humana as pessoas se apiedaram
de seus semelhantes, quando estes são acometidos de alguma enfermidade grave,
suplicando ao Alto para interferir na remissão de suas penas, ignorando que as Leis
213

Universais são imutáveis e quem vai de encontro aos seus itens determina o castigo
que merece.
6 Portanto, Deus não poderia infringir a Lei de Justiça a fim de atender um pedido de
perdão para quem quer que seja, e também não condenaria nenhum de seus filhos,
porque, dessa forma, estaria cometendo uma injustiça.
7 A humanidade é dotada de todas as qualidades necessárias para promover as
realizações, e todos os pensamentos por ela formalizados lhe pertencem. Isto vale dizer
que, quem fere com sua arma é também por ela ferido, e nos permite concluir que a
solução de todos os problemas que afligem os seres encarnados e desencarnados é o
arrependimento, esquecendo completamente os males praticados em tempos remotos,
para que possam ser tocados, em suas consciências, com as dádivas que a Natureza
lhes oferece e superar as dificuldades que, por ventura, se apresentarem diante de si,
galgando, por merecimento, os graus de sabedoria reservados aos que lutam para se
libertarem da ignorância, formada pela ilusão dos falsos costumes.

108 O DESTINO
1 Muitos Seres Humanos chegam a se converterem em religiosos para conhecerem Deus
em sua essência, porém, eles não procuram os meios de conhecê-lo. Do mesmo modo é
o reconhecimento do Espírito, que não é aquilo que o Ser Humano pensa ser. Sim,
porque Deus não é semelhante ao Ser Humano em sua forma material.
2 É comum se ouvir falar que se o Ser Humano tiver fé em Deus seus sofrimentos
cessarão; porém, a fé cega é semelhante a um artilheiro que mira, mira, atira, mas não
atinge o alvo que se propôs acertar.
3 O Ser Humano é o templo da sabedoria. Deus está no Ser Humano e em todas as coisas
que existem no Universo, desde um verme até o ser mais perfeito que existe no vasto
Campo Universal.
4 A espiritualidade oferece sempre; concede ao Ser Humano tudo, de modo bem
compreensível, para que ele coloque sua mente em atividade para compreender tudo
com maior boa vontade.
5 Portanto, o Ser Humano deve vencer todos os obstáculos que por acaso venham a ser
colocados em seu caminho, tornando-se consciente no domínio material.
6 O destino, no meio da criatura humana, corresponde à sucessão de fatos que podem ou
não ocorrer, o que vem a constituir a vida humana, considerado que é como resultante de
coisas independentes de sua vontade e também identificado como sorte ou futuro de uma
pessoa; porém, o Ser Humano é o construtor do seu próprio destino, o qual pode ser
coroado de paz, alegria e prosperidade, como também pode ser construído de dores,
sofrimentos e decepções, qualidades estas indesejáveis ao Ser Humano.
7 Dizem os Seres Humanos que Deus tem os seus privilegiados, dando a estes um destino
belo e facilitando-lhes a viver com facilidade, e a outros um destino trágico e cruel, que os
leva à infelicidade e desilusão. No entanto, é o Ser Humano quem se responsabiliza por
suas dores e destino trágico, este que é verificado como consequência da sua falta de
raciocínio, intolerância, egoísmo e vaidade. Sendo o Ser Humano responsável pelo seu
próprio destino e sendo possuidor de qualidades inferiores, ele jamais poderá construir
um ideal almejado que toda a humanidade deseja. Um destino de paz, harmonia e
felicidade, onde desponta a luz que ilumina todas as inteligências e consciências, que é o
bálsamo suavizante que lhes dá alegria. Deus não condena nem perdoa seus filhos,
porque condenar seria uma falta de justiça e perdoar seria uma falta de cumprimento a
esta Lei, ou seja, à Lei de Justiça.
8 É necessário que ao Ser Humano sejam ministrados conhecimentos que façam surgir em
seu coração, inicialmente, o saber, depois o querer para saber e, finalmente, o ousar,
214

para que ele possa vencer todos os obstáculos que porventura venham a se colocar
em seu caminho.
9 O que mais tem infelicitado o Ser Humano é o seu egoísmo e vaidade e, aqueles que
sabem enfrentar todas as dificuldades da vida não temem o destino, pois no momento de
sua manifestação se tornam fortes e rígidos pela tolerância e resignação, reconhecendo
que estas ações foram para eles apenas a dispersão de formas criadas por suas mentes
obscurecidas.

109 A SIMBOLOGIA CABALÍSTICA DO DESTINO


1 A Humanidade precisa ser esclarecida que todas as decepções, sofrimentos e dores por
que passa o Ser Humano no presente, só podem estar relacionadas ou com efeitos das
causas cometidas no passado, ou com as determinações mal planejadas. Portanto, o Ser
Humano não deve ser enganado com a promessa de que todos os seus problemas serão
relacionados pela interferência de forças superiores existentes em terceiros. O que se faz
necessário é sacudir a poeira de suas falsas ilusões procurando esclarecer os motivos
pelos quais o levou a passar por aqueles sofrimentos e dissabores, procurando equilibrá-
lo dentro das normas regimentais contidas na Lei.
2 Os Seres Humanos podem libertar-se das situações complicadas em que se encontram
mergulhados, bastando para isto, fazer uso de determinados métodos que são: o
equilíbrio da mente, o domínio do pensamento, a perseverança, as análises bem
planejadas e a sinceridade. É preciso que o Ser Humano se convença de que não existe
determinismo de Deus para com a humanidade, o determinismo parte do próprio Ser
Humano para consigo mesmo através da realização de suas obras.
3 No momento em que substituímos, cabalisticamente, na palavra destino, as letras pelos
números correspondentes, que se encontram fixados no quadro de algarismos hebraicos
e romanos, obtemos como solução o número 138, que nos permite fazer a seguinte soma
teosófica com redução à unidade: 1 + 3 + 8 = 12 = 3. Simbolizando a vibração da unidade
divina sobre as Leis com perfeito equilíbrio, para formar a trindade.
4 O Ser Humano é uma trindade composta de Espírito, Alma e Corpo Físico possuindo o
livre arbítrio para traçar o seu próprio destino relativo, considerando que o destino
absoluto foi criado por Deus para toda a humanidade.
5 Deus concedeu ao Ser Humano as ferramentas necessárias, para que ele realizasse
suas próprias obras e seguisse o seu caminho em busca da perfeição.

110 O DIREITO
1 Para que o Ser Humano viva uma vida sem sofrer decepções, é necessário que ele
entenda e compreenda a lógica da vida, analisando com convicção e certeza todas as
coisas que lhe sejam apresentadas. Muitos procuram atingir com segurança os seus
objetivos com a intenção de vingança, ignorando que devem usar o perdão quando forem
ofendidos por seus semelhantes ou, pelo menos, tolerá-los, porque a tolerância é o
centro de equilíbrio entre o amor e o ódio, e a vingança pode ser identificada como um
brinquedo de Almas cegas.
2 Muitos profetas vieram trazer a verdade para esta humanidade necessitada; porém, a
verdade se encontra no mundo para ser levada a todos os Seres Humanos, sendo que
estes chegaram a ponto de se inferiorizarem, julgando-se incapazes de qualquer
realização, bem como pedirem aos santos figurados nas imagens para que trabalhem por
eles e realizem seus pedidos.
3 É necessário que o Ser Humano destrua todas as suas superstições e possa escutar
todas as vibrações de harmonia Universal, fazendo para tanto a utilização de sua Alma.
215

4 O Direito é reconhecido como o conjunto das normas vigentes num país, é aquilo que
é justo conforme a Lei. É a faculdade legal de praticar ou não praticar um ato.
5 O Ser Humano desconhece o direito de seus irmãos, procurando atingir pontos elevados
da vida material, julgando que ao atingir este ponto alcança também o ponto mais alto da
vida espiritual. Porém, esta sabedoria não é nada mais do que um tipo de esperteza ao
desconhecer a Lei de Igualdade. O Ser Humano possui os seus direitos, estes que são
garantidos por lei quando ele cumpre com seus deveres. Porém, se ele não cumpre com
a Lei, logo, ele não tem direito, pois não cumpriu com seus deveres. Sim! Porque direitos
sem deveres é anarquia e deveres sem direitos é servidão ou escravidão.
6 O direito deve sempre estar equilibrado com o dever, de modo que cada Ser Humano
procure adquirir seus direitos cumprindo com seus deveres. Portanto, para que este Ser
Humano seja justo, é necessário que ele seja correto, e para tanto é necessário que ele
sinta dentro de si o Direito.

111 DIREITOS E DEVERES


1 O Ser Humano que já sente a Lei dentro do seu próprio ser e já começa a entender o seu
emaranhado, não defende e nem ataca o seu semelhante, tornando-se, desse modo,
neutro, por compreender o princípio e o fim da formação de uma circunferência.
2 Cada Ser Humano tem uma experiência diferenciada, que constitui as folhas do grande
livro da vida e cada vez mais essas lições o fortalece e o instrui nas encarnações, nas
experiências e nos conhecimentos adquiridos. Para que a humanidade aceite dentro de si
toda a realidade contida nestas lições é necessário que ela abrace o ideal almejado,
criando a confiança e a certeza.
3 Todos aqueles que fizeram as análises de suas idéias através de um estudo minucioso
puderam visualizar, de certo modo, suas faltas, dirigindo-se pelo caminho do amor, da
harmonia, da verdade e da justiça. Para que exista uma boa organização, por exemplo, é
necessário, também, que exista organização das idéias dos seus membros porque, do
contrário, tudo se transforma em desorganização. Essa organização é a concórdia entre
todos os sentimentos, que constituem o verdadeiro saber adquirido pelo membro nas
experiências de suas vidas sucessivas.
4 O Ser Humano deve se compenetrar de que para possuir direitos é necessário que se
cumpra com os deveres. Todas as Leis do Universo são as mesmas e estão baseadas
nos direitos e deveres, da mesma forma como as causas e os efeitos.
5 Aos Seres Humanos foi concedido por Deus o direito e a liberdade para agir e progredir
na realização de seu ideal almejado. Porém, eles sentiram em si o calor da injustiça,
violando o direito do seu próprio irmão, privando-se de sua liberdade pelas más obras
realizadas, cujas causas foram reconhecidas pela manifestação dos efeitos, que se
constitui no grande Karma Universal. Se não houve cumprimento do dever, então, a Lei
nega o direito porque ela é imutável e, para que ocorra a regeneração, vem a dor, esta
que leva o Ser Humano ignorante à reflexão. Para que o direito do Ser Humano produza
seus efeitos, é necessário o reconhecimento das Leis, reconhecendo que direito sem
dever é anarquia e dever sem direito é escravidão.
6 Todos aqueles que desejam realizar precisam cumprir com seus deveres, para ajudar
seus semelhantes em todos os setores de atividades em que se encontram envolvidos,
dirigindo-se pela razão.
7 A humanidade tem se envolvido com o fanatismo, mas a verdade já está se
apresentando, com suas luzes, para os devidos esclarecimentos. Este bálsamo milagroso
que amolda todas as decadências e quedas e que está representado pelo templo da
realidade. Portanto, não se deve dar direitos a quem não cumpre com seus deveres, mas
216

sim dar direitos a quem cumpre com os seus deveres, para viver em plena harmonia e
justiça.

112 TUDO É NECESSÁRIO E TUDO PASSA


1 O Ser Humano, muitas vezes, censura a si próprio por desconhecer a Lei, privando-se de
sua liberdade, transformando em absurdo tudo o que é natural e simples. Aquilo que a
necessidade exige do Ser Humano e cuja existência é necessário que ele atenda, é para
que ele possa ficar equilibrado dentro da Lei.
2 O Ser Humano que já começa a sentir as Leis internas dentro de si, não condena nem
defende seu semelhante daquele que o ataca, conservando-se neutro. Tudo que foi
iniciado no princípio tem que se reunir no final, para se combinar e criar a grande
harmonia que proporciona o ponto central dessa circunferência.
3 Portanto, são necessárias as grandes e pequenas experiências a fim de que aqueles que
analisam, estudam e observam, penetrem no emaranhado das Leis, ficando mais
conscientes da necessidade e da liberdade que elas proporcionam a todos os seres
Universais.
4 Cada Ser Humano é possuidor de experiências variadas que constituem de uma folha no
grande livro da vida, e esta grande lição o fortalece, o instrui cada vez mais em suas
encarnações, nas suas experiências e nos seus aprendizados.
5 Tudo é necessário e tudo passa no Vasto Campo Universal. Portanto, o Ser Humano
deve se elevar pelos conhecimentos adquiridos e pelo aprendizado que tende a adquirir
através das experiências de outros irmãos de maiores sentimentos.
6 Cada organização tem suas próprias lições, seus próprios ensinamentos e cada adepto
constitui uma página onde a pena da necessidade escreve a grande lição que levará
estes aprendizes a ponto de se tornarem poderosos e conscientes de suas realizações.
7 É necessário que o Ser Humano procure através de seus próprios esforços atingir uma
inteligência equilibrada pela razão e uma consciência equilibrada pela crença, alcançando
dessa forma uma felicidade equilibrada pela ciência, e não proceder como muitos, que
através de seus desregramentos e falta de análises abandonam sua inteligência e agem
fora da razão e do raciocínio, desprezando sua consciência e seus conhecimentos
porque duvidam do que crêem e depositam fé naquilo que não sabem e não analisam.

113 A VINGANÇA
1 A vingança nos meios materiais é verificada como uma espécie de retaliação ou desforra
de ofensa e até mesmo como uma punição. Ela é proporcionada quando o Ser Humano
se encontra em desequilíbrio. A vingança não é nada mais nada menos do que o
brinquedo das Almas cegas. Porém, quando o Ser Humano desperta para a realidade ele
abandona a vingança para seguir a Lei Natural.
2 O Ser Humano é composto de inteligência, Corpo Físico, imaginação, razão, instinto e
sentimento, e a razão é a responsável pela reflexão que se deve dar a todas as coisas,
inclusive exercitando os órgãos físicos e dando pasto ao intelecto.
3 O remédio para todos os sofrimentos do Ser Humano é o equilíbrio e a prática das Leis
Universais, procurando sempre se harmonizar com a natureza. A paciência, a calma, a
moderação, são práticas que coadunam com a mãe, mestra e serva a Natureza, porque
ela ensina como libertar dos sofrimentos provocados pela doença. Ela abraça todos os
seus filhos e lhes oferece toda a sua beleza e fortuna para que eles possam realizar.
4 Existem muitos Seres Humanos que não sabem identificar quando as suas dores partem
da matéria física ou da Alma, sendo que a solução das mesmas se encontra nas Leis
Universais, e os métodos para que o Ser Humano se liberte destes sofrimentos são o
equilíbrio, domínio da mente e as boas obras, porque estas dores ocorrem pelas
217

determinações mal analisadas ou pelas obras do passado. Muitos há que pensam


existir o determinismo de Deus para com o Ser Humano, porém, isto não ocorre; o que se
verifica é um determinismo do Ser Humano para consigo mesmo.
5 Na realização das grandes obras o Ser Humano pode agir consciente ou
inconscientemente. Quando a obra é consciente, além dos sofrimentos pelas quais ele
vem a passar, ocorre também o remorso, e quando ele age inconscientemente advém
apenas as dores sem ter consciência, entretanto, da má obra realizada. Tudo tem uma
forma, quer seja para o bem, quer seja para o mal. Do mesmo modo são as idéias do Ser
Humano, elas podem ser apresentadas como belas formas ou como formas monstruosas,
e geralmente o ciúme e o crime estão incluídos entre estas.
6 Muitos Seres Humanos querem saber, outros não querem se esforçar e ainda existem
aqueles que não tem quem os ensine para que eles possam agir.
7 É necessário que o Ser Humano siga o ritmo harmônico da Natureza, porque Ela
apresenta toda a simplicidade para a realização de suas obras, e aquele que ainda detém
em seu pensamento o sentimento de vingança contra seu irmão e o denomina de inimigo,
não possui ainda a virtude de perdoar, caminhando vagarosamente de mãos dadas com
a cólera, a paixão, a falsidade e o ódio.
8 Portanto, quando houver a necessidade da discussão entre um Ser Humano e seu
semelhante, aquele deve usar a calma, a paciência e o esquecimento completo do mal,
porque ele desconhece totalmente as suas obras do passado.

114 ACASO
1 A humanidade tem depositado sua crença na Divindade, porém, esta ainda não foi
compreendida pelo Ser Humano, que adquiriu ensinamentos contrários à razão, isto
porque formou uma divindade composta de santos e imagens para adorá-los e depositar
toda a sua crença.
2 A Divindade está representada pela Divina Lei, cuja Lei fora caracterizada com várias
frases para serem identificadas pelo Ser Humano. Sendo Deus a Vida de todas estas
Leis. Ele é todo bondade, amor, verdade e justiça e, finalmente, a representação de todas
estas Leis no vasto Campo Universal, cujas manifestações proporcionam ao Ser Humano
o estudo, a análise e a conclusão de todas as coisas.
3 A mesma Lei utilizada na realização de uma grande obra é também utilizada na
realização de uma má obra. Tudo se processa através da manifestação da Lei de
Variedade, que possui como elemento realizador a Necessidade, que oferece ao Ser
Humano o equilíbrio estabelecido pelas Leis, o movimento, a vida e o progresso. Tudo se
encontra estabelecido nas normas que oferecem as Leis Naturais e as Leis Materiais, que
são idênticas, mas que são identificadas pelos Seres Humanos como duas coisas
distintas.
4 Tudo se realiza através da Força de Necessidade, e não pelo acaso, tão comentado e
discutido pela humanidade em geral. Também, nada é impossível no Universo, cuja
palavra é empregada quando a ciência esgota os seus conhecimentos acerca de
determinado assunto, e, então, este Ser Humano para não cansar sua mente buscando
novas teorias chama isto de impossível. No futuro, quando a Lei de Necessidade imperar
por sua ação neste Ser Humano, este que dissera que aquele assunto era impossível,
através de sua inteligência e não pela sua consciência, realiza o impossível chamado por
si. Diz ele que isto foi obra do acaso, que o fez descobrir o impossível. o acaso não
existe, porque o Ser Humano pode pensar sem o auxílio da inteligência e da consciência,
e vice-versa.
5 Portanto, o Ser Humano deve apagar de sua mente toda a idéia que dificulta o progresso
e que se chama de impossível, ou seja, o acaso.
218

6 O que para a religião é um milagre, para a ciência é um fenômeno e para o ignorante é


um acaso.
7 O fenômeno do milagre pela exaltação do Ser Humano é realização da Natureza, que
dispensa grande quantidade de energia. O descrente afirma que foi o acaso que o fez
curar e o cientista diz que foi um fenômeno que se precisa estudar.
8 As grandes verdades foram transmitidas ao Ser Humano, mas ele não soube arquivar em
sua consciência para que fossem refletidas em seus sentimentos para suas realizações,
quer sejam materiais ou Espirituais, porque ele conhecerá todas as Leis que regem o
Universo, proporcionando-lhe seu uso em tudo o que ele desejar.

115 A CRUZ EM SENTIDO INVERSO


1 Toda a crença que o Ser Humano possui acerca da Divindade, ainda, não foi
compreendida pela humanidade, que desconhece o que vem a ser a Divindade ou a
Unidade conhecida em todo o Universo. Foi criada, dessa forma, uma Divindade
semelhante à criatura humana, com a capacidade de encontrar todas as coisas e
determinando um movimento para que tudo se processe de acordo com sua vontade.
2 A Divindade é a Suprema Lei, cuja manifestação única e universal foi emanada pelas
energias do Criador.
3 Os nomes aplicados pelos Seres Humanos às Leis, conhecidas como: Necessidade,
Coesão ou Equilíbrio, no campo físico, não são mais do que as mesmas Leis conhecidas
pelos Seres Humanos, cujas manifestações se processam e os cientistas aproveitam
essa ação para dar novas denominações a essas Leis, não raro, no sentido contrário à
Verdadeira Lei.
4 Tudo se processa dentro da Necessidade, sendo esta uma das manifestações da Divina
Lei, que, por si só, supera todas as manifestações da Variedade, sem a presença da qual
o Ser Humano poderia sentir a manifestação dessas variedades e reconhecê-las, uma a
uma.
5 A Cruz em sentido inverso simboliza o sofrimento e a dor humana e quando essas
palavras têm as suas letras substituídas cabalisticamente pelos números
correspondentes, obtemos os seguintes resultados: para a palavra sofrimento temos o
número 374, que nos permite o seguinte resultado pela soma teosófica: 3 + 7 + 4 = 14 = 1
+ 4 = 5, simbolizando que quando a trindade evolui com o comprimento, a largura, a
profundidade e a quadratura, dá como resultado as cinco forças da Natureza. Para a
palavra dor temos o número 204, que gera, pela soma teosófica, 2 + 0 + 4 = 6, que
simboliza que o equilíbrio do Universo, do comprimento, da largura, da profundidade e da
quadratura resulta na criação. Para a palavra humana temos o número 100, que, pela
soma teosófica, resulta em 1 + 0 + 0 = 1, simbolizando a manifestação da Unidade Divina
nos Universos. A soma dos resultados obtidos nos proporciona a seguinte operação: 5 +
6 + 1 = 11 + 1 = 12 = 3, que simboliza a trindade.

116 A CRUZ DUPLA EM SENTIDO INVERSO


1 No momento em que a humanidade precisa ter as suas bases fortalecidas pela verdade,
ser equilibrada pela Divina Luz da Sabedoria, ter amenizadas as suas dores através dos
ensinamentos proporcionados pela ciência através de suas pesquisas e de seus esforços
com a ajuda intuitiva da Espiritualidade, é preciso que as idéias se unifiquem e que todos
os pensamentos se fundam em um só pensamento, para que, dessa fusão, surjam os
meios que permitam a realização de todo o objetivo e todo o ideal almejado. Para que o
Ser Humano alcance todas essas coisas, para que ele aceite, dentro de si, todas as
realidades, é necessário que ele construa o amor, ligando-o ao objetivo e abraçando o
ideal que almeja, criando a convicção, a confiança e a certeza, chegando a ponto de ser
219

verificada a fusão desse triângulo que une todas as coisas, e, então, a Alma humana
que, ainda, se encontra em dúvida acerca da realidade fique invencível na forja da
verdade, da confiança e do cumprimento do dever.
2 A Cruz Dupla em sentido inverso simboliza o sofrimento físico e moral e, quando as letras
dessas palavras são substituídas, cabalisticamente, pelos números correspondentes,
obtemos os seguintes resultados: com a palavra sofrimento, temos, pela soma teosófica
do número 374: 3 + 7 + 4 = 14 = 1 + 4 = 5, simbolizando que quando a trindade evolui
com o comprimento, a largura, a profundidade e a quadratura, dá como resultado as
cinco forças da Natureza. Com a palavra físico, pela redução dos números
teosoficamente, temos 110 = 20 = 2 + 0, representando o poder do equilíbrio no Universo.
A palavra moral apresenta o número 241 = 61 = 6 + 1 = 7, que representa o poder da
criação pela Unidade Divina, gerando a evolução.
3 Tudo tem que ser pesquisado para que a verdade surja desse esforço e dessa
persistência, premiando aqueles que são dignos de ocuparem um lugar de destaque nos
planos de evolução.

117 A SIMBOLOGIA CABALÍSTICA DA MORAL


1 A Natureza representa um grande livro de ensinamentos e em suas páginas se
encontram encerradas todas as belezas e paisagens ocultas. Ela está representando o
grande livro da vida, cujos conhecimentos no futuro, poderão refletir nas obras realizadas
pelo Ser Humano, e enquanto este não se dedicar para retirar de suas páginas brilhantes
os devidos esclarecimentos, que por certo irão identificar os seus erros e sentir as suas
paixões, ele certamente não será digno de merecer a confiança da Divindade e receber
outras atribuições que lhe estão reservadas, para servir toda a humanidade terráquea.
2 É bem verdade que no Universo existem os seres mais esforçados e os menos
esforçados. Entretanto, todos devem se preparar com antecedência, porque já se
aproxima o momento em que eles terão que passar da fase transitória de suas ilusões
para a fase definitiva e real dos conhecimentos verdadeiros. Porém, não há motivo para
tristeza e sim para alegria, pois nos momentos em que for verificado a tragédia e o
sofrimento que porventura vier a ocorrer no período da transição, isto não deverá ser
analisado como uma fase negativa, mas sim como uma manifestação de progresso e
evolução. O desânimo deverá ser substituído pelo encorajamento procurando
compreender que um longo período de experiência já foi percorrido, sentindo toda
alteração deste trecho acidentado.
3 Analisando a palavra moral e realizando cabalisticamente a sua tradução, substituindo as
letras que dela fazem parte pelos números correspondentes verificados na tabela de
correlação dos algarismos hebraicos e romanos, encontramos o número 241, cuja soma
teosófica com redução posterior à unidade encontramos 2 + 4 + 1 = 7, simbolizando a
evolução.
4 No Universo tudo se transforma, aprimora e evolui, desde os mais ínfimos minerais até o
Ser Humano que é reconhecido como uma potência realizadora, cujas obras são
efetuadas com a matéria prima oferecida pela Natureza.

118 QUERER
1 As diversidades de idéias e teorias conservaram, na mente humana, uma grande
confusão. Colocaram nesta mente as terríveis doenças da inação e do fanatismo.
Criaram, ainda, um ponto de divergência entre a mentira e a verdade, formando, desse
modo, um grande cabedal de dores e sofrimentos mentais, tornando a humanidade
escrava de tudo aquilo que não corresponde à realidade.
220

2 A humanidade só será iluminada pelos primeiros lampejos de luz quando os Seres


Humanos, representados pelos cientistas oradores, médiuns e educadores aplicarem o
método perfeito na grande pesquisa do princípio, meio e do fim do objetivo desejado de
todas as coisas.
3 No mundo material a sabedoria é reconhecida pelo relativo, enquanto que no mundo
espiritual ser sábio é conhecer o absoluto. No seio do conhecimento material os
princípios são desprezados e deseja-se apenas atingir os fins, sendo que este acaba por
ser desconhecido, porque o Ser Humano ignorou o meio e o princípio, deixando de seguir
o método ideal para alcançar a escala gradual de evolução. Tudo é necessário para que
ele possa fazer e conhecer porque é preciso que ele saiba fazer para conhecer o que
está fazendo e, em seguida, tenha conhecimento real daquilo que foi feito.
4 Existem muitos que dizem: eu faço, porém desconhecem os meios de o fazer. Outros há
que dizem: eu faço, determinando-se a fazer porque têm consciência daquilo que fazem.
E esses que já possuem dentro de si esta consciência, que já afastaram de si todas as
poeiras das falsas teorias, procuram conhecer o método perfeito para a realização de
todas as coisas.
5 O saber e o querer são qualidades indispensáveis para todo Ser Humano que procura
atingir a realidade. O Ser Humano, para saber, precisa querer e, para querer, é
necessário que ele sinta, dentro do seu íntimo, a vontade de ousar, pois desta maneira
ele terá convicção do que está ousando, para atingir pontos elevados da sabedoria e do
conhecimento, sendo que a sabedoria no mundo espiritual é conhecer desde a semente,
até o ponto mais alto da evolução.

119 A CÓLERA
1 A fase histórica de combates travados pelos povos não pode ser percebida pela grande
maioria dos seres encarnados porque, na constituição de suas leis, estas não foram
regulamentadas segundo as normas que regem a Natureza. Muitas destas lutas surgiram
em função de fatores religiosos, políticos e econômicos.
2 No decorrer da idade média, por exemplo, os cristãos, liderados pelos nobres que
detinham o poder, investiram com violência contra seus adversários para que fossem
recuperados os lugares santos.
3 Todos estes atos de violência praticados no passado são gravados na Alma humana, a
fim de que o seu construtor não escape dos efeitos correspondentes.
4 A cólera é um vício que, ao se apoderar de um Ser Humano, o transforma em um senhor
todo poderoso caracterizado por vários aspectos: pela paixão através de um afeto
violento, pela ira através da raiva, pela fúria através do ímpeto, pela zanga através do
aborrecimento, pelo castigo através do governo absoluto, cujos líderes se aproveitam do
poder para demonstrar toda sua habilidade de vingança aos inimigos, até quando se dão
por satisfeitos.
5 Nos dias atuais ainda vemos combates intensos entre vários países, sobretudo na parte
oriental do planeta, isto porque as Leis Universais não podem ser modificadas para
satisfazer a vaidade do poder dominante de cada época.
6 A infelicidade, o aborrecimento, a represália, a desforra, o ódio, o sofrimento prolongado,
a mágoa e a aversão são efeitos de sensações produzidas por más determinações que
vem infringir as Leis Naturais. Mas o Ser Humano não está condenado a penas eternas: a
prisão em que se encontra submetido é causada por si próprio que, desconhecendo os
poderes que lhe são atribuídos, usa-os inconscientemente para o mal, sendo vítima de
sua própria arma que ao ser acionada contra seu semelhante e não alcançando seu
objetivo, retorna para seu emissor, atraída que é pela afinidade de vibrações existentes
entre o projétil e o instrumento, e a dor se manifesta para que ocorra o despertamento da
221

matéria que, por muitas vezes, insensível aos processos naturais que ocorrem em si,
despreza a causa verdadeira considerando que sua incredulidade não permite a
percepção daquilo que a visão grosseira não vê.
7 Deus facultou a todos os Seres Humanos o direito de compreender suas Leis, pois só
através de seu conhecimento que todos os problemas são resolvidos em qualquer plano
da existência, mesmo aqueles considerados, pela ciência oficial, como insolúveis. Mas
para tal, é necessário saber pedir para receber, querer o desenvolvimento de seus
centros para perceber e, por fim, ousar pela prática para conceber. Sendo assim, a cólera
será substituída pela calma, paciência, prudência e a esperança de que a felicidade se
consegue pelo cumprimento dos deveres que se encontram representados pelo amor,
código estabelecido na Lei Maior, para que haja progresso em todas as obras que a
criatura humana se propôs a realizar, utilizando o livre arbítrio que lhe é concedido dentro
da justiça e do direito.

120 A TEMPERANÇA
1 A Temperança pela própria posição que ocupa na escada de Jacó, representa o símbolo
do equilíbrio que tem como finalidade a moderação dos desregramentos impulsionados
pelos prazeres e paixões inferiores adquiridos através dos impulsos do coração.
2 Sendo a Temperança uma das virtudes pela qual o Ser Humano deve reger-se, quando
se aproxima das normas estabelecidas pelas Leis Naturais, ela proporciona, em
consequência, a sobriedade e a calma a todos aqueles que a praticam, trazendo-lhe a
quietude, o sossego e a paz.
3 O Ser Humano, quando pisa no segundo degrau denominado de Temperança, deve
purificar seu Corpo Físico, sem, contudo, desprezar totalmente seus desejos, mas
compreendendo perfeitamente a natureza interna para equilibrar e dominar a sua parte
materializada e grosseira.
4 Existe também uma qualidade indispensável para todos aqueles que pretendem alcançar
a fé. E ela está representada pela serenidade que vem oferecer a doçura a todos que,
pacientemente, demonstram compreensão perante seu semelhante com meiguice e
tranquilidade.
5 Para que o Ser Humano alcance o segundo degrau correspondente à virtude denominada
Temperança, é necessário que seu esforço individual seja impulsionado por uma vontade
de decisão firme, a fim de que não haja desvio das linhas de conduta delineadas para seu
Progresso Espiritual, e ao se posicionar nesta região, a felicidade aparecerá como
complemento natural, pelo cumprimento dos degraus em obediência às Leis.
6 Quando os Seres Humanos, nas suas ações terrenas, se fazem representar
simbolicamente pela Temperança, eles se encontram verdadeiramente equilibrados pela
unidade e trindade. Entretanto, se o seu comportamento se caracterizar pelo desperdício,
pela agitação que vem a se constituir em qualidades contrárias a esta virtude, então esta
ainda não foi compreendida em seu sentido real por todos aqueles que admitem tal
procedimento, advindo, em consequência, o desânimo e a falta de coragem para galgar
os degraus seguintes e conseguir sua evolução pela sabedoria.
7 No estágio da Temperança o silêncio deve ser compreendido como um segredo
necessário e recomendado para todos aqueles Seres Humanos que pretendem atingir
elevados conceitos Morais e Espirituais.

121 CONCENTRAÇÃO E MEDITAÇÃO


1 Concentração é o ato de convergir o pensamento para um ponto que podemos entender
como objetivo ou finalidade da realização. Entretanto, para que haja sucesso, é
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necessário que não se pense em duas coisas ao mesmo tempo, pois este
procedimento enfraquece o órgão que opera na construção das formas mentais.
2 O hábito da limpeza mental diária, ou seja, manter-se por alguns instantes com a mente
livre, é prática importante para o seu domínio e, consequentemente, para qualificação dos
pensamentos.
3 Quando estamos ouvindo um rádio ou alguma mensagem, a nossa concentração será no
sentido de unirmos nossa mente ao órgão auditivo, para uma perfeita compreensão
daquilo que nos foi comunicado.
4 A Meditação é uma reflexão profunda e persistente acerca de determinado objetivo, com
o fim de ajudá-lo, compreendê-lo e senti-lo. Existe ainda a meditação por autossugestão
mental, para os casos de enfermidade, obtendo-se, assim, um descondicionamento
gradual do organismo, que esquece a maneira de produzir determinadas doenças,
observando as causas.
5 Nos exercícios de autoconscientização do Corpo Astral é a meditação sobre este que dá
condições para que se esqueça, completamente, do Corpo Físico, explicando que ele não
é um invólucro confortável indispensável à vida, mas sim, uma parte desta Trindade,
sendo que estes casos podem ser considerados como concentração profunda por
autossugestão.
6 Na concentração para desenvolvimento da vontade, quando se pretende trabalhar com o
Corpo Astral, a mente é acionada para desenvolver um trabalho, naturalmente. Isto se
verifica nos casos de desdobramento, enquanto que na meditação o órgão mental
desempenha sua função característica do seu plano, como é o caso da telepatia e
desenvolvimento da imaginação.

122 IMPACIÊNCIA
1 A humanidade precisa de alguém que a incentive a se libertar dos sofrimentos em que se
encontra encerrada para que possa sentir o desejo de um alívio e que este alívio seja um
bálsamo suavizante dessas dores. Aqueles que sofrem, aqueles que imploram, elevando
seu pensamento para fazer algum pedido dentro da razão, terão amenizados seus
sofrimentos; porém, se o Ser Humano errar, é natural, porque errar é humano, mas
persistir no erro faz advir para si, em consequência, o sofrimento, para que ele se
arrependa pelo reconhecimento da Lei. O Ser Humano que se arrepende para corrigir as
suas faltas no vasto Campo Universal, está apto para seguir o sublime, o belo e o
maravilhoso.
2 É preciso que a humanidade tenha conhecimento no presente para poder afirmar no
futuro: “eu sou o que sou”, porque, na realidade, “sei o que sei”, porque reconheço como
realizar aquilo que desejo fazer. Se esta humanidade tivesse arquivado no passado estas
grandes verdades, então seria refletido em sua consciência no presente, sendo mais
produtiva, tanto na parte material, Espiritual, enfim, em todas suas realizações.
3 A impaciência é o contrário da paciência, que consiste em suportar as dores com
resignação, calma e esperança de um dia libertar-se da situação que porventura se
encontre submetido e caminhar para horizontes mais radiosos.
4 Aqueles desejosos de progredir e desejosos de realizar devem reconhecer que é preciso
esforçarem-se para alcançar o ponto elevado da sabedoria e do poder, e para tanto, é
necessário que o Ser Humano transporte a si mesmo sobre os seus próprios ombros,
evitando que alguém o carregue para que ele não se canse. Este ponto que ele deve
alcançar é aquele que consiste nas realizações.
5 A calma e a paciência são os pilares de algumas virtudes, como perseverança e fé, pois
aqueles que compreendem seus irmãos no momento das grandes batalhas, no que se
refere às discussões, e se mantêm calmos, são dignos de merecimento, porque estes já
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compreendem os itens das Leis Universais, não se alterando e nem alimentando ódio
no coração.

123 A PACIÊNCIA
1 Quando o Ser Humano for capaz de desenvolver os seus centros de percepção, sendo
capaz de abrir sua mente para que penetrem em seu ser todas as leis externas, e
tornando-se dessa forma duas naturezas, logo ele poderá unir suas forças e dessa forma
abreviar todas as suas realizações.
2 Se o Ser Humano estiver persistindo num ideal que não seja perfeito, isto é, num ideal
injusto e que possa lhe precipitar no abismo, ele tem que desistir deste ideal, vibrando o
seu pensamento para finalidades diferentes, uma vez que ele se encontra consciente do
que está acontecendo e porque ele está sofrendo. Isto significa dizer que ele anulou sua
própria liberdade através de determinadas formas que o infelicitam. Deus não perdoou
nem condenou a ação pelo Ser Humano praticada, porque Ele sabe que este, um dia, se
libertará de todos os crimes e erros, atingindo assim um ponto elevado na escala
evolutiva.
3 O desinteresse espontâneo é condição indispensável para uma verdadeira amizade, leal
e paciente, devendo haver nela, sempre mútuo respeito. Identicamente mal
compreendido é o amor que impera em nosso planeta, pois que pode ser identificado
como uma fascinação.
4 A paciência é reconhecida como uma virtude que consiste em suportar dores e
sofrimentos com resignação. Portanto, devemos ser pacientes em primeiro lugar para
conosco mesmos e em seguida para com nossos semelhantes.
5 A humanidade sente o desejo de atingir o conhecimento e o poder, porém não se
determina a agir e esforçar-se para alcançar o ideal almejado. Em tudo é necessário
esforço, vontade e paciência. Se uma pessoa tida como ignorante pretende fazer alguma
realização sem os meios necessários, é justo que ela venha a fracassar. Entretanto, este
fracasso ainda é relativo, porque ela não se deixa abater e procura o meio que ocasionou
o seu fracasso, estudando para realizar ela pode encontrar o método correto que a
permita alcançar o ideal almejado.
6 É através das dores e sofrimentos que o Ser Humano adquire conhecimento, e é através
da análise que ele adquire convicção e fé, esta fé que constitui o grande cabedal de
riqueza de sua Alma, em marcha ascendente para o Absoluto.

124 INTENÇÃO
1 O domínio da vontade, a obtenção da força, não reside apenas num simples desejo do
Ser Humano, mas sim na libertação das paixões inferiores de toda a Natureza. Os Seres
Humanos com seus desregramentos não fazem mais do que enfraquecer as suas
energias a ponto de perder o seu equilíbrio orgânico, entrar em desarmonia e cair nos
braços do desânimo para realizar.
2 Todo fracasso do Ser Humano consiste na prática das perversões contra suas forças
vitais, lutando para diminuir sua inferioridade e vencendo-a pela moderação. O Ser
Humano não deve desconhecer a causa de seus fracassos, e sim deve analisá-los para
fazer a verdadeira caridade a seus irmãos necessitados.
3 Os Seres Humanos desconhecem o direito de seu semelhante, tentando de qualquer
maneira atingir pontos elevados do conhecimento material, julgando que atingindo esse
ponto atinge também altos conhecimentos da vida Espiritual. Porém, tal tipo de sabedoria
não é nada mais do que uma esperteza por parte de quem a pratica, porque estes
desconhecem a Lei de Igualdade. Hoje é reconhecido no Universo que o saque e a
infração são métodos perfeitos de ação, e aqueles que não saqueiam e não levam
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sofrimentos aos lares são considerados como verdadeiros saqueadores, e os que


levam misérias e infelicidades à humanidade são vistos como verdadeiros honestos.
Porém, dia virá em que os tesouros mal adquiridos serão descobertos e aquilo que foi
adquirido através da ambição lhes servirão de ruínas, e o ouro transformado em dores e
sofrimentos.
4 O Corpo Material é considerado como um mero instrumento, sendo que o sofrimento do
Ser Humano não está num gesto por ele praticado, nem também num ato. O sofrimento
está na sua intenção, ou seja, no seu pensamento, este que cria as formas belas ou
monstruosas para as grandes realizações, imprimindo apenas na matéria o desejo para
que seja promovida a realização. Se uma arma de fogo dispara ocasionando uma vítima,
o criminoso seria o próprio Ser Humano. Não está na arma o crime, nem tampouco na
parte material, mas sim na intenção da mente que criou a forma para promover tal
realização. As formas mentais prendem-se à Alma de cada um para que a necessidade o
obrigue a sentir o desejo de libertar-se daquelas formas que a infelicitam.
5 Todos os Seres Humanos precisam lutar pela sua liberdade, exigindo o seu direito para
com isso buscar a realidade, sendo que muitos desprezam essa realidade para seguirem
um caminho que a razão não justifica nem a necessidade exige.

125 ATENÇÃO
1 A humanidade tem convivido com a derrota e o fracasso no vasto Campo Universal,
apenas porque não conseguiu se desvencilhar da vaidade. Vaidade essa que a hipnotiza,
subjuga e escraviza sua mente, deixando-a presa às falsas teorias, fazendo-a desistir das
mais belas teorias que poderiam levá-la às grandes realizações e vitórias.
2 O orgulho é uma vaidade, a luxúria é outra vaidade e tudo é um amontoado de vaidades
que precisam ser dispersos pelo fogo ardente da dor e sofrimento, a fim de que possam
surgir as cinzas da simplicidade e da harmonia entre todos os seres.
3 A humanidade ouve sempre os impulsos do coração, quando deveria ouvir a voz da
lógica e da razão, pois já é sabido que o coração não é um bom conselheiro, sendo que a
razão ilumina a estrada da vida e eleva o Ser Humano ao ponto almejado da sabedoria.
4 O Ser Humano foi, é e sempre será o Ser Humano, existindo, porém, as transformações
de suas qualidades inferiores, chegando a ser com este aprendizado um verdadeiro Ser
Humano, que conhece a Lei e que age pelo conhecimento dos métodos perfeitos que o
leva às mais altas vitórias sem usar a violência, nem demonstrar a força física que é
vencida pelo cansaço e que o leva à debilidade orgânica.
5 A atenção é uma aplicação cuidadosa da mente a alguma coisa e, dessa forma, é que o
Ser Humano para moralizar-se precisa dar atenção a todas estas coisas, economizando
as suas energias, existindo também aqueles que lutam, cansam, esforçam-se e, com
esse cansaço, são levados às decadências e quedas, pois colocam no lugar da sabedoria
a ignorância, esgotando suas energias por desconhecerem o método de alcançarem a
vitória.
6 No Universo nada existe estacionário e a Natureza caminha vagarosamente em marcha
ascendente, onde impera a Verdade, a Ciência, a Justiça e a Luz.

126 O ESQUADRO
1 Todos os construtores desejam edificar seus grandes edifícios, onde impere a sabedoria,
a justiça e o amor. Porém, os Seres Humanos desejam realizar essas construções sem
bases legítimas, desejando alcançar os fins sem observar os princípios legais. Eis a
grande falha nas construções que o Ser Humano pretende realizar, afastando-se cada
vez mais da verdade, onde poderia encontrar toda a força.
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2 O Ser Humano que deposita toda a sua crença em determinada seita religiosa ou outra
religião qualquer pensa que é senhor de toda a verdade, acreditando que além daquelas
verdades apregoadas por sua sociedade não existe nenhuma verdade a mais. Toda
verdade já existe traduzida nas diversidades de livros que existem no Universo. A
realidade se encontra posicionada como o fim de todas as coisas, sendo que a razão se
encontra no princípio. Entretanto, para que o Ser Humano encontre dentro de si a razão,
é necessário esforço e boa vontade. Se todas as religiões e seitas se julgam possuidoras
de toda a razão, seria preciso que elas se posicionassem em apenas uma coisa:
sinceridade.
3 O esquadro tem o seu símbolo representado pela harmonia e o amor e a partir do
momento em que substituímos as letras destas palavras pelos números correspondentes,
operando com a soma teosófica e redução desses números, obteremos a realidade que a
cabala nos proporciona da seguinte maneira: para a palavra harmonia obtemos o número
310 = 3 + 1 + 0 = 4 + 0 = 4, que simboliza o comprimento, a largura, a profundidade e a
quadratura. A palavra amor é representada pelo número 241 = 2 + 4 + 1 = 6 + 1 = 7, que
simboliza a evolução. O resultado da soma teosófica correspondente aos números
dessas palavras é 4 + 7 = 11 = 2, que é o símbolo do equilíbrio.
4 Portanto, o esquadro, sendo o símbolo da harmonia e do amor e estando representado
pelo equilíbrio, pode proporcionar ao Ser Humano a realização de todas as coisas. Sem
harmonia não pode haver amor e sem amor não pode haver justiça, e no ambiente em
que não existe a justiça não pode haver a caridade, essa que é identificada como um
bem real e, sem esse bem verdadeiro o Ser Humano não pode adquirir a sua evolução.

127 O MALHO
1 Toda sociedade que possui sua base fundamentada num princípio bem organizado pode
ter um grande progresso, tanto material como espiritual. É preciso que exista boa vontade
entre os seus membros e que eles cooperem e combinem suas idéias, para que suas
realizações possam atingir um ponto de equilíbrio ideal.
2 É necessário, também, que a humanidade se dedique a estudar aquilo que lhe é dito,
mas que esse estudo não seja feito apenas através dos livros, aceitando a teoria dada
pelo sentimento do autor, pois para se atingir a verdade é necessário, sobretudo, analisar
não em um só dia ou minuto, esporadicamente, as idéias que lhe são apresentadas, mas
durante um certo tempo que justifique para analisar e tirar suas próprias conclusões. É
preciso que o Ser Humano procure dentro de si as chaves que abrirão as portas da
compreensão e do entendimento, para que ele possa chegar à conclusão de todas as
coisas. Em todo o setor de atividade na qual participa a coletividade deve haver
discussão, deve haver afirmação, deve haver negação e deve, sobretudo, haver
conclusão. Sem que ocorra discussão não pode haver análise e sem a análise não se
pode chegar a uma conclusão perfeita com o devido equilíbrio.
3 O malho representa, simbolicamente, a vontade, sendo que esta pode ser interpretada
cabalisticamente quando substituirmos suas letras pelos números correspondentes e,
além do mais, quando utilizamos a soma teosófica e redução para obtermos o seguinte
resultado: para a palavra vontade temos o número 75, ou seja, 7 + 5 = 12 = 1 + 2 = 3, que
simboliza a Trindade.
4 A Trindade se encontra representada pelo Espírito que é uma centelha divina, pela Alma,
que é um corpo quintessenciado e pelo Corpo Físico que é a parte mais grosseira.
5 Existem também as três potências realizadoras de tudo que existe e que estão
representadas por Deus, a Natureza e o Ser Humano, sendo que este é uma potência
que encerra em si as outras duas e que é capaz de tudo realizar, porque tudo se encontra
dentro de si mesmo. Deus é a representação de toda a sabedoria, força e poder. A
Natureza é a fonte onde se encerram todos os elementos realizadores, e se o Ser
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Humano possui tudo isso dentro de si, então ele é capaz de tudo realizar, transformar
e concluir.

128 O CINZEL
1 Nada que a Espiritualidade tem transmitido para o Ser Humano se constitui em novidade,
pois a verdade se encontra espalhada por todo o Universo, sendo que a humanidade tem
transmitido essas verdades em grossos volumes com alguns erros e deturpações, pois
sua coragem não chegou a ponto de revelá-las como são.
2 Todos desejam atingir o conhecimento da verdade para serem úteis à humanidade,
considerando que suas Almas já ensaiam as belas doutrinas que devem ser levadas ao
coração e à inteligência das ovelhas desgarradas do caminho celeste, é necessário, para
tanto, a sinceridade, a boa vontade, para que possa ser assegurada, realmente, a
liberdade.
3 É necessário que o Ser Humano fique inteiramente convencido de que da união do
Espírito com a Alma nasce a razão e da união da Alma com a Matéria nasce a paixão. A
razão foi e sempre será a bússola que dirige todos os navegantes que se movimentam no
mar terreno. Sendo o Ser Humano um navegante consciente, então ele deve dirigir-se
pela bússola da razão, para que possa chegar ao porto da salvação.
4 O cinzel é um instrumento utilizado pelos escultores e gravadores, sendo o símbolo da
causa e efeito, sendo que estas palavras quando representadas simbolicamente pelos
números correspondentes nos fornecem os seguintes resultados: com a palavra causa
obtemos o número 92, que nos permite fazer a seguinte soma teosófica: 9 + 2 = 11 = 1 +
1 = 2, que simboliza o equilíbrio. A palavra efeito é representada pelo número 29 e
fornece a seguinte soma teosófica: 2 + 9 = 11 = 1 + 1 = 2, que simboliza também o
equilíbrio. A soma desses resultados nos fornece 2 + 2 = 4, que simboliza o comprimento,
a largura, a profundidade e a quadratura.
5 Para que o Ser Humano evolua e chegue ao fim de todas as suas realizações, é preciso
que tenha base firme e aprenda a esfriar a sua consciência dos males cometidos,
retirando as idéias errôneas de sua mente. É preciso, também, que o Ser Humano
destrua todas as formas monstruosas que permanecem em seu perispírito e que o atira
nos braços da fatalidade.

129 A SIMBOLOGIA CABALÍSTICA DO KARMA


1 A Natureza é a grande fonte de informação de conhecimentos e de sabedoria,
proporcionando, a toda humanidade, lições variadas em todo o setor de atividade por ela
desenvolvida. Ela trabalha como um Grande Arquiteto realizando uma obra perfeita na
construção da Fraternidade Universal. A posse dos elementos que entram em sua
constituição não é verificada com a troca pelo ouro, mas sim através do esforço, da
sabedoria e do merecimento. Sendo o Ser Humano senhor destas qualidades, poderá
realizar aquilo que no passado foi considerado como impossível.
2 Todo destino do Ser Humano que consiste no itinerário formado por sua existência
material, se baseia no Karma, este que possui estreita ligação com as existências
passadas. Todo desequilíbrio apresentado por uma pessoa no presente, quer seja na
parte material ou psíquica, pode ter as seguintes consequências: ou são obras mal
realizadas na vida atual, ou são o efeito de causas cometidas em vidas passadas e,
sendo verificado esta possibilidade, os registros se encontram presentes tanto na Alma,
como nos arquivos do astral, podendo o Ser Humano entrar em contato com estas
existências, tanto pela ajuda da espiritualidade, como pela regressão verificada com o
auxílio de irmãos encarnados.
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3 Quando utilizamos os cálculos cabalísticos para substituirmos as letras pelos números


correspondentes, que fazem parte da palavra Karma, constantes do quadro de
algarismos hebraicos e romanos, obteremos como solução o número 342, que nos
permite fazer a seguinte soma teosófica com redução à unidade 3 + 4 + 2 = 9, que
simboliza a perfeição.
4 A perfeição absoluta da criatura humana se encontra no Espírito, esta partícula divina que
é originada do Criador para animar a Alma e o Corpo Físico, formando estes, a trindade,
que se resume nas potências realizadoras do Universo.

130 PENSAR
1 Para que o Ser Humano detenha a força e domine sua vontade não é necessário que ele
abandone seus desejos ou necessidades, cujas qualidades são indispensáveis ao seu
próprio equilíbrio orgânico, mas sim, libertar-se das paixões inferiores de toda natureza.
2 O domínio da natureza inferior muda a chave da natureza física. Os Seres Humanos,
através de seus desregramentos, não fazem mais do que enfraquecer as suas energias,
perdendo o seu equilíbrio orgânico e entrando em desarmonia, para, em seguida, cair nos
braços da impotência.
3 Quando a humanidade renunciar a todas as perversões contra suas próprias forças vitais,
logo deixará de conhecer os dissabores do fracasso, lutando contra seus desregramentos
e vencendo-os pela moderação e equilíbrio. O Ser Humano é senhor de uma vontade
superior capaz de tudo vencer e, para tanto, é necessário ter boa vontade e fazer a
verdadeira caridade, ajudando a si e ao seu semelhante a sacudirem as poeiras das
falsas teorias e das obras mal planejadas.
4 A Vontade é a corrente realizadora de tudo que existe no Universo. É ela quem conduz o
Ser Humano a ousar.
5 O Pensar ou Imaginar não é a solução de todos os problemas dos Seres Humanos,
porque sendo este dotado das diversidades de centros de energias, eles favorecem as
suas realizações, sendo que seu fracasso consiste em não saber usá-los.
6 É o pensar com dúvidas e descrença que causa aos Seres Humanos suas derrotas onde
eles poderiam vencer e alcançar a mais nobre vitória. Esta só será conseguida quando o
Ser Humano pensar com confiança, sabedoria e esforço. Sem saber, o Ser Humano pode
pensar, porém não sabe fazer. Sem o esforço, a vontade e a persistência, ele não pode
realizar.
7 Muitos se julgam incapazes de promover as grandes realizações no laboratório do seu
ser, bem como pelas substâncias oferecidas pela Mãe Mestra, a Natureza. É preciso que
o Ser Humano tenha confiança no poder que existe dentro de si mesmo, afastando para
bem longe as poeiras das falsas teorias que o fazem escravo do fracasso, da decadência
e quedas, procurando o conhecimento real e puro, para que, no futuro, possa fazer as
grandes realizações.

131 A INVEJA
1 As mudanças de ciclos evolutivos que os globos se submetem são necessários para o
aperfeiçoamento de suas massas e para evolução da energia, e esta alteração traz para
si a miscigenação de Almas que por ele tem afinidade e que, previamente, assumem
compromissos solenes perante as leis, para saldarem seus compromissos de acordo com
sua obra individual que não é interrompida em nenhuma circunstância.
2 A oportunidade sempre é oferecida à criatura humana, que é o instrumento representante
da Alma, nas diversidades de existências corpóreas. Mas as soluções de seus problemas
só terão vínculos com às Leis Materiais se ela for, ao menos, uma cópia imperfeita das
Leis Naturais, porque do contrário, ou seja, por sua infração sempre haverá uma
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prorrogação de seus sofrimentos posto que a causa de tudo isto está relacionada com
a relatividade da necessidade e o livre arbítrio de cada um.
3 Toda vez que uma pessoa é dominada pela Inveja surge nela o desgosto, o pesar e a
cobiça, e, quando misturados, produzem, pela destilação, a repugnância, o
aborrecimento, a tristeza, a aflição, a avidez e a ganância, estas que, ao serem
aquecidas, se fazem representar pela agonia, angústia, tédio e pelo desejo de se
apoderar do bem de outrem, e se não houver a isenção desses vícios, a tendência é o
desespero e, por fim, o suicídio, um ato de loucura que o priva de toda a liberdade que
lhe fora concedida pelas leis.
4 A Inveja é um vício causado pelo mau uso dos órgãos sensoriais do eu inferior e ela está
diretamente ligada ao estado materializado em que se encontra a maioria dos seres
encarnados e também dos desencarnados, sendo que, nestes últimos, ao estado de
impressão.
5 Se os Seres Humanos, através de suas deduções, resolverem transferir uma criança que
nasceu no convívio de pais pobres para outra família abastada na ilusão de que ela irá
ser feliz, estarão muito enganados, pois existe a liberdade por parte de todo o ser, para
encarnar no local que melhor convier ao seu adiantamento espiritual. Do mesmo modo
ocorre com as criaturas que desejam se transferir de um planeta menos evoluído para um
outro mais evoluído, o mínimo que poderia ocorrer era o despertamento de sua
curiosidade não havendo, portanto, nem aumento, nem diminuição de suas qualidades
em se referindo ao aprimoramento. Se, pelo contrário, uma pessoa saísse de um planeta
mais evoluído, para encarnar em outro de baixa frequência, os habitantes deste, não
estando preparados para escutar as verdades da maneira com que seriam transmitidas,
ver-se-iam feridos em seu orgulho, representado pelo amor próprio, e então levariam
esse ser ao desencarne.
6 Mas em qualquer planeta que constitui o Universo sempre existiram e existirão Seres
Humanos que se dedicam à espiritualização e à espiritualidade, sendo orientados para se
aproximarem das Leis e, em consequência, de seu construtor, ganhando como
recompensa a luz e a verdade. Mas no momento em que utiliza todo conhecimento na
prática, são duramente criticados e perseguidos por aqueles invejosos que, além de nada
construírem pela ociosidade em que se encontram, ainda deturpam os conhecimentos
daqueles que seguem o caminho da razão, do entendimento, da humildade, da
moderação e da justiça.
7 Porém, todos aqueles que se encontram mergulhados na escuridão já podem utilizar
suas forças através do pensamento e da vontade, porque sempre existe a possibilidade
de se promover a administração de uma terapêutica psíquica, a fim de que venham ser
normalizadas as funções dos órgãos físicos para, em seguida, obterem o equilíbrio e se
libertarem das poderosas correntes que os prendem na matéria e que são representadas
pelo falsos costumes e ilusões e, após a convicção da renúncia dos mesmos, refletir
profundamente sobre as causas, olhando para o alto com a finalidade de visualizarem os
primeiros lampejos de Luz que incidem sobre sua inteligência, transmutando-se com a
energia do pensamento para lhes proporcionar razão, esta que indicará o caminho da
esperança e da felicidade.

132 A PRUDÊNCIA
1 Dando sequência à subida dos degraus que levam o Ser Humano ao conhecimento e à
sabedoria, se encontra a Prudência, uma virtude que se caracteriza no Ser Humano
quando suas soluções são conseguidas pelos métodos corretos e bem ordenados.
2 Todos devem se esforçar para conhecer aquilo que praticam, meditando antes de agir, a
fim de que todas essas falsas teorias adquiridas com o passar de muitas existências
sejam dissipadas, dando-lhes condições de alterar a direção de seus objetivos e, com
229

ela, as formas impressionantes, frutos de atos irrefletidos por falta de prudência, que
podem ser transformados em débitos a serem saldados no futuro, atrasando desta forma
a marcha progressiva para abreviar a evolução dos conhecimentos que integram o
currículo natural deste plano hominal que estamos atravessando.
3 O Ser Humano, para realizar com precaução, tem que ser prudente, utilizando, em
primeiro lugar, a sua imaginação e, em seguida, a sua vontade, que deve ser
impulsionada não por dúvida, mas pela determinação de um ato onde predomina a ação
e o esforço.
4 Para se alcançar o degrau que constitui esta virtude é necessário que se baseie nos
códigos estabelecidos pelas Leis Imutáveis, tomando como exemplo o equilíbrio perfeito
que a unidade representada pela centelha divina apresenta ao cumprir com perfeição as
determinações emanadas pelo Alto.
5 Na maioria das vezes, o desequilíbrio atribuído à criatura humana está tão somente
relacionado com a imprudência que vem a ser representada pela precipitação nas
análises, pelo nervosismo nas determinações e pela instabilidade nas decisões.
6 A norma de Prudência se constitui em uma virtude, e é parte integrante do caminho que
leva o Ser Humano ao conhecimento da verdade interior e, para tal, é necessário que se
observe atenciosamente o método correto pelo qual a Natureza promove suas
realizações, usando a precaução e a vigilância para vencer os obstáculos que por acaso
venham a surgir, em qualquer que seja a atividade a ser desempenhada.
7 Existem muitas qualidades que são indispensáveis para todos aqueles que principiam ou
estagiam neste importante degrau, e elas estão representadas pela prevenção que
proporciona a premeditação, pelo juízo que traz a idéia e pela atenção que propõe o
estudo e a análise cuidadosa de tudo que se pretende conhecer ou aprender.
8 A prudência que o Espírito representa se encontra em estado de perfeição, e esta virtude
se manifesta no Corpo Físico através da Alma, sendo que, nestes últimos, pelos estados
em que se encontram, apenas tem a capacidade de receber e perceber, de acordo com a
qualidade em que se encontram suas matérias. Daí a necessidade da reencarnação para
se livrar de causas adquiridas no passado por atos imprudentes oriundos da precipitação
de más determinações e da falta de atenção.

133 SUGESTÃO – AUTO-SUGESTÃO – HIPNOSE


1 A vontade é uma qualidade latente no Ser Humano e está diretamente ligada ao seu
modo de agir. Porém, quando se pretende utilizá-la, não deve haver desconfiança no
momento da realização da obra pelo pensamento.
2 A Sugestão pode ser compreendida como uma operação que pode exercer certa
influência de uma pessoa sobre outra. Quando ela é exercida através do pensamento
pela força mental, então se processa um certo domínio das vibrações do pensamento
sobre os centros nervosos, isso se houver uma predominância da vontade do primeiro
sobre o último.
3 A Auto-Sugestão é um processo de grande importância. Ela nos oferece elementos para
combatermos a timidez e o medo, além de seu valioso auxílio para que haja equilíbrio no
domínio de nossos sentidos e no desenvolvimento dos centros, fortificando, assim, a
vontade, a imaginação etc.
4 A Hipnose, que dá origem ao hipnotismo, é uma palavra originada do grego e que
significa “sono”. Podemos considerar a hipnose como um estado final, em cujo princípio é
verificado a sugestão, sendo esta considerada como um artifício que pode ser utilizada
para influenciar os outros, obtendo desses, tudo ou parte daquilo que se deseja.
5 Atualmente, além do sono, a sugestão hipnótica é também utilizada no estado de vigília,
acabando por transformar uma criatura humana em verdadeiro robô. Neste estado, a
230

sugestão pode ser verbal ou mental. No primeiro caso, a palavra tem grande
significação, considerando que ela se encontra representando, verbalmente, o
pensamento e quando é verificada inferioridade em uma consciência, então, a pessoa
sugestionada obedece a uma ordem que vem de fora, mesmo que essa venha escrita
sob forma de carta ou qualquer outro documento, o que se pode considerar como uma
sugestão verbal indireta, sendo excluídos desses casos os idiotas e todos aqueles
privados, temporariamente, da inteligência por espaços de tempo curtos ou longos.
6 A sugestão mental, como todo trabalho de natureza psíquica, exige um grande esforço,
isto porque sendo o Ser Humano dotado de livre arbítrio, ele pode acelerar o
desenvolvimento natural de seus centros, mesmo que não haja sentimento neste trabalho
e ele venha a sofrer por não saber usar a imaginação com a inteligência.
7 Um pensador, quando possui uma matéria pensante bem desenvolvida, pode arremessar
os pensamentos já formados à grandes distâncias e estes podem penetrar em outro
cérebro e aí se fixar, fazendo predominar a sua vontade, deixando a pessoa convicta de
que aquelas ações nasceram de seu próprio desejo, sugestionando indiretamente,
também, aquelas pessoas inadvertidas que fazem ou passam a fazer parte de seu círculo
de amizades.
8 Em resumo, podemos considerar a hetero-sugestão como um estímulo que vem de fora
para impor-se, em forma de sugestão, a autossugestão como uma ação voluntária que
vem da parte interna e a hipnose um estado artificial que se assemelha ao sono e que é
caracterizado pelo aumento gradual da sugestão.
9 Muitos Seres Humanos, quando possuem uma posição privilegiada, quer seja pelo
alcance do poder ou quando pertencem a uma família em excelente situação financeira,
esquecem-se dos compromissos assumidos perante a Lei e abusam desta situação do
poder e do privilégio, construindo formas monstruosas ante seus semelhantes.
10 Outros há que, pelo desenvolvimento exagerado de determinado centro, apoderam-se e
fazem uso de uma força cuja origem lhe é desconhecida e, além do mais, não associam
essa com outras que deveriam ser utilizadas como pré-requisito para o aprendizado
natural. Este procedimento, em desacordo com as Leis Universais, lhes deixa sem forças
para operar com aquele centro que, estando desenvolvido, tem que ser utilizado no
reparo do erro cometido, para que seja processado o equilíbrio em função de sua
vontade, para recuperar suas forças psíquicas, vindo a reconhecer o ato que ocasionou
seu fracasso e, desta forma, lutar para vencer.
11 Portanto, qualquer que seja a situação em que se encontre uma pessoa, esta deve
utilizar a não violência para vencer todas as forças contrárias, e a condição para que ela
seja alcançada consiste na prática da tolerância, calma, paciência, resignação,
simplicidade, humildade, harmonia e amor.

134 MEDITAÇÃO
1 A meditação é um estado de reflexão profunda e persistente acerca de determinado
objetivo, com finalidade de ajudá-lo, conhecê-lo e senti-lo. Esta ação refere-se à Alma,
onde, na verdade, encontra-se o pensar, o querer, bem como a intenção de todas as
ações do Corpo Físico. Nesta ação é que a mesma consegue, cada vez mais, expandir
seus sentimentos, visto que é, também, na mesma que se encontra a verdadeira vida.
Para que possamos entrar em estado de reflexão é importante que estejamos com o
corpo equilibrado, tanto moral, quanto fisicamente, bem como o menos ativo, tanto física,
quanto mentalmente.
2 Assim, é importante resguardarmo-nos, ao máximo, de ações e registros dos nossos
sentidos, pois isso virá facilitar o trabalho de reflexão. Assim, devemos fazer com que
sejam diminuídas as vibrações do órgão responsável por tais registros, ou seja, o
231

cérebro, este que, juntamente com a nossa aura, é a sede da nossa força ativa e que,
individualmente, quando em atividade, é um receptáculo dos pensamentos que nos
chegam e gerador dos que transmitimos.
3 O Ser Humano recebe através de seus órgãos, percebe através de seus sentidos e
concebe através dos seus centros de forças. Assim, o Ser Humano age e registra por
responsabilidade de sua Alma, pelo trabalho da mente, dos Plexos, bem como do cérebro
que, quanto mais ativo maior o trabalho do Corpo Físico e, quanto menos ativo maior
trabalho e reflexão da Alma.
4 O cérebro, bem como tudo no Universo, trabalha dentro de vibrações que expressamos
como ondas, que podem ser medidas com um aparelho denominado de encefalógrafo,
que registra, medindo por intermédio dessas ondas, seu estado de trabalho, que
classificamos desta maneira: ondas delta e teta, de 0 (zero) a 7 (sete) ciclos por
segundos (cps), estado em que estamos completamente dormindo. Ondas alfa, de 7
(sete) a 14 (quatorze) cps, estado em que estamos acordados, porém não
completamente despertos ou dormindo e não completamente adormecidos. Estado este
que denominamos de fronteiriço ou meditativo e ondas beta, que vão de 14 (quatorze)
c.p.s. acima, onde estamos, aí, completamente despertos.
5 Para que possamos entrar em estado de meditação naturalmente, de início necessitamos
ter um bom, ou melhor, uma tão boa, quanto fácil concentração. Depois isolarmo-nos
seguido de um mais profundo possível relaxamento e, assim, simplesmente, abrimo-nos
para o nosso mundo interior, sem pressa e persistentemente, ficando receptivo ao que
nos vem como influência, na forma clara de pensamentos, analisando-os individualmente
e sem nenhuma ira, repelindo depois de analisados, os que não nos digam respeito e
conservando os que nos trarão os benefícios que estamos à procurar, tirando, desse
modo, proveito da meditação.
6 Convictos disto, ou melhor, do bem que nos traz a meditação, da função da nossa mente,
então podemos, necessitamos e devemos praticá-la o tanto quanto possível, pois assim
estaremos reforçando o nosso Chacra Coronário.
7 Beneficiando os demais Plexos e Chacras, inclusive, particularmente, o Plexo Frontal, a
Mente, o Cérebro e, consequentemente, todo o nosso organismo, é que, acertadamente,
podemos meditar programadamente, onde não somente estaremos receptivos às idéias
que nos venham, mas, também, iremos procurar soluções, bem como entendimento de
questões que, por necessidade, tenham ou venham a nos ocorrer. Para tal, iniciaremos,
evidentemente, com um isolamento, seguido de um relax, tanto física, repousando os
órgãos, quanto mentalmente, cessando os pensamentos e. faremos com que o cérebro
entre em um estado de vibração que registre o menos possível dos pensamentos não
condizentes com o que precisamos realizar, dominando, assim, os sentidos e depois
disso conseguido, trazer à mente aquilo que queremos realmente compreender, ajudar e
sentir, dentro de um estudo, análise, compreensão e prática para evolução. Lembrar que,
em princípio, tudo parecerá impossível, o que poderá fazer com que alguns cheguem até
a desistir. Porém, os que não acreditam em perda, mas, sim, em aprimoramento, estes
persistentes praticarão e sentirão no todo da sua realidade. A teoria e a prática são forças
que, quando combinadas, fazem tudo tender a realizar-se... logo, a ser sentido,
evidenciando, assim, a evolução que, embora seja o princípio natural neste reino em que
nos encontramos, pode, deve e necessita ser acelerado, ou melhor, abreviada. A
evolução é fruto não da teoria, que embora seja uma direção necessária, não faz gravar-
se em nós como sentimento, mas, sim, da prática, que nos leva, a saber, com convicção,
tornando-se, assim, nosso sentimento, nossa fé e, consequentemente, nossa sabedoria
acumulada em nossas existências sucessivas.
232

135 TELEPATIA
1 Atualmente, muito se fala em Telepatia e desdobramento. A literatura antiga considerava
a telepatia como um fenômeno místico por uns, truques de magia e hipnose por outros, e
que a mesma podia ser definida como transmissão de pensamento. Hoje, os estudos
telepáticos se constituem num mistério e acham-se afeitos à parapsicologia, segundo
consta nas enciclopédias. Entretanto, para que possamos entender este estudo,
precisamos empregar muito esforço a fim de que nossas tentativas, no campo da prática,
não resultem num inesperado fracasso.
2 Antes que possamos entender a simples profundidade da transmissão do pensamento,
precisamos compreender, minuciosamente, a natureza, a origem e o mecanismo do
pensamento, além da educação e domínio da mente. Precisamos saber, também, que o
pensamento não é gerado dentro do Ser Humano, mas sim fora dele.
3 O cérebro é um receptor e transmissor de pensamentos e estes se movimentam em
forma de ondas sendo que, quem transmite esta vibração ao cérebro é o sistema
nervoso. Nós podemos compreender o pensamento como sendo um corpo formado de
matéria astral, conduzido por uma força mental. Já a mente é um laboratório, uma sede
onde os pensamentos se combinam. Mente não é a Alma porque esta última não se
decrépita e a mente, nos anciãos, por exemplo, perde a força e o vigor.
4 Existe a transmissão do pensamento ou telepatia e o desdobramento. Em primeiro lugar,
devemos sentir que existe no cérebro uma pequena glândula chamada “glândula pineal”
e, entre as sobrancelhas, o Centro Frontal. O desenvolvimento da glândula pineal está
relacionado com o exercício do Centro Frontal fixando, por exemplo, o olhar na ponta do
nariz para haver, com a persistência, um ligeiro formigamento da referida glândula,
quando alcançaremos, pelo esforço, a educação do pensamento e o domínio da mente.
5 A telepatia ou transmissão do pensamento se dá do seguinte modo: quando uma pessoa
emite um pensamento após concentrar-se, ela liga sua mente à glândula pineal, através
do Centro Frontal, e cria a forma desejada no astral, forma esta que será animada pelo
poder da mente. Esta onda emitida produz suas ondulações no outro cérebro que, ao
sentir na glândula pineal este pensamento, é despertado e percebe, consequentemente,
na substância parda da parte posterior do cérebro, a forma emitida. Se a glândula pineal
do receptor não estiver apta a reproduzir as ondulações que a circulam, então o
pensamento passará despercebido.
6 Já no desdobramento, temos um princípio idêntico ao anterior, onde se faz a
concentração no Centro Frontal. Antes, porém, a pessoa pensa no seu objetivo, em
seguida, faz uma sugestão como ler as letras do ABC para aumentar o estado
concentrativo, chegando a um ponto em que adormece e vê tudo em plena consciência.
Depois, ele nota que este não foi um sono como se realiza todos os dias. O
reconhecimento foi feito pela Alma que se desligou do corpo como faz normalmente nos
conhecidos sonhos.

136 PENSAMENTO
1 Figurando entre as coisas que tem levado grande parte da humanidade às doenças pelo
enfraquecimento mental está o pensamento, essa força utilizada por tudo que tem vida,
porém, ignorada em sua essência pela grande maioria.
2 Os pensamentos podem ser considerados como um corpo vivo, cuja formação se
processa pela combinação ativa da matéria astral com a força mental do Ser Humano e,
quando usado para o mal, vem a se constituir numa poderosa arma que atinge
justamente os seus emissores, que são constituídos, entre outros, pelos ambiciosos,
invejosos e vingativos.
233

3 É necessário que se reconheça que na síntese dos pensamentos, a natureza da


matéria astral é diretamente proporcional às vibrações pelas quais ela tem afinidade.
Assim, as formas constituídas no auge da revolta têm uma duração, em certo intervalo de
tempo, que permanece com a alimentação da força mental até que venha a sua
desintegração.
4 O primeiro passo para a formação do pensamento reside na vontade da criatura humana,
no querer ou intenção da mente em criar a forma no astral, atraindo os elementos
concedidos pela Natureza para formar um corpo que, após ser gerado inferiormente, vai
da aura até o centro de percepção, depois de passar pela mente e manifestar as energias
imaginárias.
5 A força que impulsiona todas as realizações se encontra na Alma, tanto na causa, como
no efeito, e para assumir esta responsabilidade é que todas as formas se gravam nela,
para que, através da necessidade, venha a se libertar das mesmas, aumentando assim o
seu cabedal de conhecimentos das causas cometidas.
6 Muitos pensam que utilizando a força bruta pelo orgulho, ambição e cobiça, conseguem
vencer na vida, como é normal se ouvir, em detrimento à liberdade de seus semelhantes.
Estes apresentam, assinam e põem em prática suas próprias leis sofrendo os efeitos de
suas causas. Outros há que procuram nas adivinhações uma fórmula definitiva para
resolver seus complicados problemas, caindo, portanto, no terreno da superstição;
havendo, ainda, outros que guardam toda sua crença nos dogmas das religiões, nas
consultas feitas fora da lógica da razão, pelas entidades espirituais.
7 Toda criatura tem o livre arbítrio de professar a crença que lhe interessar, mas não deve
ficar estacionada naquele grau de estudo porque a vida não pode e não deve ser
compreendida só em uma existência, mas nas diversas encarnações pelas quais tem de
passar a Alma para atingir a perfeição.
8 Se o Ser Humano quiser viver uma vida equilibrada, é necessário que ele se matricule na
escola da Mãe Natureza e aprenda a interpretar as lições contidas nesse grande livro da
Lei, pela sua profunda simplicidade.
9 Se a Natureza executa suas obras com calma e paciência, por que estamos sempre
contrariando esses métodos e nos distanciamos da força que possuímos?
Desconhecemos, por exemplo, o pensamento. Este corpo tem sua criação iniciada pela
mente que, se for desenvolvida em obediência às Leis Universais, poderá nos trazer a
Verdade e a Luz, além de compreendermos que ela nos proporciona a circulação de uma
força luminosa que nos envolve plenamente e que é representada por uma matéria
mental que atrai a parte astral, transformando numa substância que dá origem à
formação dos pensamentos.
10 O Espírito encerra em si toda energia em perfeição e o Ser Humano possui todas essas
energias condensadas, formando seus centros de força. Quando o Ser Humano quer
criar uma forma, são as energias imaginárias quem dirigem os pensamentos e, para se
adquirir a razão, as energias pensantes são dirigidas pelas energias inteligentes, para se
obter consciência, essa que incentiva o Ser Humano a se libertar de todos os
preconceitos materiais que o leva à inação e decadência.

137 UNIDADE DO PENSAMENTO


1 Tudo no Universo deve ser sintetizado, como é feito pela Natureza, e não ampliado e
dividido como é feito pelo Ser Humano, que promove as suas realizações sem as devidas
análises, sem bases e argumentos e que, no fim, ele mesmo diz que não sabe aquilo que
sabe.
2 É necessário que o Ser Humano demonstre a sua ilustração material e que essa
ilustração seja no sentido de tudo reduzir e sintetizar todas as coisas, a fim de ser melhor
234

compreendido e proporcionar aos estudiosos a certeza e o conhecimento real daquilo


que estudou.
3 Tudo é relativo, passando pela inteligência, sabedoria, consciência e pensamento do Ser
Humano, chegando a aprimorar-se e atingir graus superiores na escala de evolução.
Logo, se tudo é relativo, um dia se tornará absoluto.
4 Tudo o que existe nos globos é relativo, porque eles, sendo representados pelo Universo,
vão se aperfeiçoando. Este Universo ou Globo tem também a sua Alma astral e seu
Espírito em essência, possuindo os mesmos elementos que no Ser Humano se
encontram encerrados.
5 Toda Sociedade e toda Organização precisam possuir, em seu meio, adeptos que
possuam uma unidade de pensamento, porque os pensamentos são verdadeiros corpos
formados por uma força mental que atrai a matéria astral, depois que o molde estiver
pronto.
6 Em tudo é necessário o equilíbrio, a ação, para que o Ser Humano chegue às grandes
realizações. Muitas vezes o Ser Humano conclui uma obra, e é elogiado por todos, isto
porque ela deixa a aparência de uma boa obra. Na realidade o Ser Humano é, realmente,
julgado por suas obras e não por seus atos. Muitas vezes ele age fora da Lei de
Necessidade e atrai para si o sofrimento e a dor, isto porque agiu pelos sentimentos
inferiores de egoísmo, orgulho e vaidade.
7 Se o Ser Humano age fora da necessidade, atrai para seu perispírito as formas
monstruosas por ele criadas, advindo a decepção e não a satisfação que as boas obras
proporcionariam.

138 A MENTE
1 A mente é um órgão de natureza material, de estrutura psíquica e com a função de nela
ligarem-se as energias do ser, seu portador, depois de distribuídas, para suas realizações
condizentes com os seus desejos ou necessidades, quer conscientes ou inconscientes,
levando-se em consideração tanto seu desenvolvimento quanto a sua liberdade.
2 Este órgão é, dentre outros, subordinado ao Centro Coronário, mas está, em função do
objetivo de sua existência, estritamente ligado ao Centro Frontal, no que se refere às
ações do Ser Humano, visto que no seu trabalho dará formas a todas as vibrações tanto
internas como externas ao corpo a que pertence. Este trabalho é realizado em si pelas
energias imaginárias, estas que se manifestam, ou melhor, predominam no centro frontal,
e que estão representando Deus na Natureza, num estado de vibrações que, segundo o
conceito doutrinário espiritualista, no que se refere à Planificação Divina, caracteriza-se
como Plano da Natureza do Reino Hominal - Mental ou da Imaginação, uma das moradas
do nosso Pai.
3 O centro frontal tem forma de Plexo, é um filtro ou destilador natural a depender de sua
ação em função do equilíbrio do Corpo Físico, que tem como atuação, na matéria, bem
como os demais centros, a descondensação. Tem como função na mesma o
desenvolvimento da mente. Como objetivo, o pensar, e como órgãos subordinados
encontram-se os do sentido ou percepção, que são audição, visão, gustação, olfato e
tato. Sua localização no corpo humano, anatômica e superficialmente, encontra-se entre
as sobrancelhas. Por si são transmitidas as energias à matéria provindas tanto da
Natureza, que mantemos elementos de sua constituição coesos, quanto às provindas do
Espírito, que lhe dão a vida e o movimento.
4 O seu desenvolvimento poderá ser buscado pela meditação (feita pela Alma),
determinando assim um desenvolvimento de caráter individual, por independer de ações
com conotações coletivas para tal, dado às liberdades de pensar, de consciência, bem
como o livre arbítrio de todo o Ser Humano.
235

5 Sua formação conclusiva é identificada no ser hominal quando, no mesmo, se


caracteriza o terceiro corpo, o que acontece naturalmente, dando-se assim a
manifestação da Divindade Absoluta na evolução da Divindade Relativa nos universos,
ou ainda a caracterização do equilíbrio nesta Divindade Relativa nos universos, neste
reino que nos encontramos. Logo, podendo o Ser Humano, em relação aos
conhecimentos encontrados no plano da natureza que naturalmente se encontram
ligados através deste Plexo, usar da prudência para aproximar-se o máximo possível da
lógica da vida em suas ações, procurando, por exemplo, realizar seguindo os métodos de
ações tanto do Espírito, que realiza prudente, paciente e perfeitamente as determinações
emanadas de Deus, por ter em si tais energias em estado de perfeição, quanto o da
Natureza que realiza tudo, embora um tanto demoradamente, porém com perfeição. O
Ser Humano pensa por motivos diversos, sendo este o objetivo deste nosso estudo.
6 A mente é o órgão utilizado e presidido pelo Plexo Frontal que, por meio das energias
imaginárias ou mentais, faz com que nela sejam acobertadas as vibrações captadas pelo
sistema nervoso provindas, tanto da parte interna, quanto da externa do Ser Humano,
criando o molde referente às mesmas, acontecendo assim, a primeira parte para a
criação das formas de pensamentos, que agora se apresentam como um molde oco, ou
melhor, um núcleo de vibrações ainda um tanto descompensado. Uma vez submetido á
natureza externa consumar-se-á a concretização da forma, levando-se em consideração
a necessidade, a afinidade, a liberdade de ação do ser, bem como da sua vontade em
função do seu desenvolvimento. Daí, podemos compreender e sentir que a mente tem,
em relação às criações dos pensamentos - forças que regem tudo no Universo - dois
trabalhos distintos: um quando inicia a criação da forma e outro quando termina a
mesma, para o ato do ser em relação ao meio ambiente, pois a forma, uma vez
consumada, poderá ser utilizada considerando-se ou não a necessidade, porém sim a
liberdade de ação de cada um.
7 Citamos que o Ser Humano pensa por motivos diversos, senão vejamos:
a)Por formas pensantes perambulantes que capta diariamente.
b)Por formas gravadas no seu arquivo mor, a Alma que, quando a necessidade exige para
o equilíbrio do Universo, é transmitida de si para o Corpo Físico tudo aquilo que a mesma
tem necessidade de libertar-se através do aprendizado, segundo a Lei do Karma.
c) Por assédio de vibrações de Almas desencarnadas e encarnadas. (caracterizando
inclusive as obsessões).
d)Por vibrações dos elementos, ou melhor, dos seres elementares que compõem o seu
Corpo Físico, de acordo com seus instintos e necessidades.
8 Para tudo isto estar em registro direto do nosso ser, é utilizada a mente pelo Plexo
Frontal, a fim de haver o pensar, perceber, conceber, receber e agir da Alma, através do
Corpo Físico, resultando, assim, a sua descondensação, logo, a sua evolução, visto que
toda ação provoca uma reação igual e em sentido contrário, que tem como fim o
aprendizado e sentimento. Todo este trabalho realizado pela mente é presidido pelo
maior interessado, a Alma, pois é em si que se encontra a intenção, o querer e na
realidade o pensar, portanto, toda a responsabilidade das ações do Corpo Físico.
9 Como todo processo da percepção se dá na parte material, passemos a estudar como
isso se realiza para nos conscientizarmos do trabalho da mente, juntamente com o Plexo
Frontal em tais processos, que se caracterizam em quatro situações fundamentais, como
descrevemos:

Mecanismo do Princípio ou Causa, Formação, Percepção e Ação do Pensamento no


Ser Humano
236

Objeto Formado
1 O Ser Humano em si é uma das tantas partículas existentes no todo relativo e que, por
intermédio dos seus sentidos, está a auxiliar, naturalmente, o trabalho para com seu
Criador, ou melhor, Criador de todas as coisas, captando e, deveras, agindo amparado
sempre pelas Leis Universais, que se inicia por um mecanismo específico que
descrevemos como da percepção, que se dá da seguinte maneira: nos Seres Humanos,
os sentidos, contendo seus terminais nervosos, denotam no seu fim, ou melhor,
externamente, a parte que capta as vibrações do ambiente e de objetos, caracterizados
de órgãos externos encontrados na boca, nariz, olhos, ouvidos e epiderme.
2 Essas vibrações seguirão até o sistema nervoso, evidentemente atuando no nervo do
referido órgão, que as levará até a mente, esta que, uma vez recebendo-as naturalmente,
acolhe-as e molda-as com as energias imaginárias provindas do Plexo Frontal, tendo aí
criado o molde ou forma do que possivelmente irá ser percebido, pois se formará a
imagem mental do objeto. Em seguida, gerando o poder mental, tal molde ou imagem
será pela mente presidida e pelo Plexo Frontal impulsionado até a parte posterior do
cérebro para aí ser percebido ou percebida.

Obra Proveniente de Uma Causa


1 A Lei de Necessidade está eternamente a exigir que a Lei de Evolução se processe em
tudo que podemos caracterizar como relativo, daí o fato de necessitar. Pois bem, como
tudo é de acordo com a mesma, assim suas exigências no nosso Corpo Astral fazem com
que este gere, no Corpo Físico, a intenção, esta que é proporcional ao seu adiantamento
psíquico. Tal intenção proporciona ao Ser Humano, evidentemente, tudo que lhe será
necessário para a sua ação. Porém, aí se encontra ainda em um estado abstrato, o que
naturalmente faz com que o Corpo Físico produza em si, por questão de afinidade e
desenvolvimento para a sua atividade, a sua aura que oferecerá matéria prima para a
confecção dos pensamentos, assim como um artista que precisando, busca, para fazer
certa obra de arte, a matéria condizente com a mesma.
2 Cada pensamento agora será levado da aura à mente bem como ao Plexo Frontal e
destes ao cérebro, na área do centro de percepção ou pensante, para ser percebido. Pois
bem, uma vez isso consumado, será submetido à Alma que decidirá sobre tal ação que
evidencia tal pensamento percebido pelo Corpo Físico, afirmativa ou negativamente. O
que geralmente tem acontecido é que, na maioria das vezes, esta decisão é feita pelo
Corpo Físico, dado o fato da sua falta de espiritualização. Logo, este decide pela Alma,
usando sua inteligência objetiva, caracterizada pelo intelecto que só entende o que pega
e vê.
3 Quando nos identificamos com a nossa Alma, ou melhor, como uma Alma encarnada,
temos melhores chances de decidirmos o mais dentro da lógica e da razão possível, pois
estaremos usando da nossa inteligência subjetiva, esta que nos aproxima mais da
verdadeira vida, levando em conta que todas as forças que existem na matéria também
existem na Alma, porém em estado mais evoluído.
4 Vale evidenciar que nem sempre, uma vez consumado, ou melhor, percebido o
pensamento com o qual poderá agir o Corpo Físico, a Alma decide afirmativamente.
Quando a mesma assim procede, grava-se em si a causa para, no futuro, a mesma
passar o efeito que lhe trará o aprendizado e, desta maneira, cada vez mais sublimará
seus sentimentos. E quando a mesma decide negativamente, dependendo da sua
espiritualização, poderão gravar-se em seu perispírito tais formas como impressões, que
se apagarão com o passar do tempo e, consequentemente o avanço espiritual,
caracterizando-se assim um trabalho artificial.
237

Obra Proveniente de Um Efeito


1 Sabemos que o Ser Humano na verdade é uma trindade formada de Espírito, Alma e
Corpo Físico, e que esta Alma ou Corpo Astral, formada de elementos quintessenciados
mais evoluídos que a matéria grosseira, formadora do corpo material, é o arquivo onde
todas as ações da matéria se gravam, quer como sentimentos ou impressões e, segundo
as normas diretivas das leis, mais precisamente a Lei de Necessidade, em função do
objetivo de suas exigências para o equilíbrio do Universo, faz com que a mesma procure
libertar-se do em si gravado (quer sejam causas ou impressões), proporcionando assim,
à matéria, as ações condizentes com o seu desenvolvimento. Sendo a Alma o arquivo e
responsável por tudo que passa com a matéria, também a mesma serve-se da matéria
para libertar-se dos efeitos referentes às causas cometidas no passado, ou melhor,
anteriormente, em função das exigências da Lei do Karma, trazendo-lhe assim a
evolução através do aprendizado.
2 Quando a Lei se manifesta em nossa Alma através de suas exigências, gera na mesma o
desejo, o que faz com que naturalmente seja produzida a intenção no Corpo Físico, que
será proporcional à espiritualização do mesmo, bem como no que diz respeito à formação
da aura, que lhe proporcionará matéria prima para a criação dos pensamentos que
precederão a ação em função do objetivo da exigência da Lei. Uma vez formado tal
pensamento, presidido, é claro, pelo Plexo Frontal e mente, será levado ao cérebro para
a devida percepção e, desta feita, é automática a ação, pois já, quando foi gerado o
desejo na Alma de libertar-se do já exposto, este vem acompanhado da autorização
imediata para a ação da matéria (Corpo Físico), que será proporcional, evidentemente, ao
seu desenvolvimento, não importando o porquê, como, onde, quando e o que aconteça
com a mesma, caracterizando-se assim um trabalho natural.

Pensamento estranho formado (perambulante)


1 O Ser Humano, estando em atividade psíquica, sempre estará circundado pela sua aura,
proporcional à sua intenção, que lhe proporciona, como evidenciado, a matéria para a
formação dos pensamentos, bom que se repita, quer para a criação de causas, quer para
processar efeitos.
2 Levando-se em consideração que, pela Lei de Afinidade, os contrários se repelem e os
semelhantes se atraem para que haja a evolução, o Ser Humano, através da sua
intenção, constantemente está a atrair pensamentos afins que se combinam em sua aura,
chegando-lhes à mente e Plexo Frontal e, consequentemente até o cérebro, para aí ser
percebido e submetido à inteligência para determinar sua ação. Quando, porém, a
criatura humana não tem a área pensante do cérebro equilibrada, no que diz respeito às
células onde se processa a percepção, esta não se faz como necessariamente deveria
acontecer, e assim o Ser Humano poderá, o que normalmente acontece, agir por este
pensamento sem que haja a participação de sua inteligência, pois não houve a percepção
para que o mesmo pudesse ser analisado. Aí, o Ser Humano agirá por um processo de
subjugo, pois tal pensamento, já formado inclusive com o poder mental de seu criador,
alinhou-se com o do mesmo por sua intenção, combinou-se com sua aura e por fim
interpenetrou-lhe a mente, consequentemente subjugando-o por ter, em sua formação,
tais elementos de outra criatura denotando quase sempre uma vontade superior à sua.
Eis aí, as quatro situações fundamentais deste trabalho decisivo: “Plexo Frontal/Mente”
para as ações do Ser Humano.
3 Sendo a mente um órgão de natureza material, porém de estrutura psíquica, traz ainda à
ciência material um certo desconforto, ou melhor, dificuldade no seu estudo visto que
acha ela impossível, por enquanto, claro, analisar para compreender tudo que se
238

encontra neste conjunto - o Ser Humano, oculta e abstratamente, deste jeito não
podendo praticar para evoluir.
4 Porém, os que já sentem em seu âmago a luz da verdade, devem, podem e necessitam
buscar incessantemente, por sua vontade, conscientizar, orientar, desenvolver, educar,
controlar e usar sua mente com ideais de moralização espiritual, a fim de que no futuro,
assim, possa cada vez mais se identificar como uma Alma encarnada, consciente dos
seus compromissos para com seu Criador. Diz a lógica, que entre o Espírito e a Alma
existe a razão, e entre a Alma e Corpo Físico existe a fascinação. Digo-vos que entre a
Alma consciente e a mente existe a luz, e entre a mente e o Corpo Físico existe a treva.
Faça-a tender para qualquer dos lados e desfrute do adquirido.
5 O Plexo Frontal, tendo como meta na matéria a descondensação e sendo, ainda que
relativamente, um mestre para a mente, encontra-se completamente formado e o
necessariamente desenvolvido, aguardando apenas que este aprendiz se desenvolva
controlada e educadamente, para que dele possa receber toda luz para sua evolução.
Esta luz que o mesmo concebe do Alto. Daí, nada mais justo que façamos com que forte,
temperante, prudente e perseverantemente consigamos oferecer condições para que isso
ocorra com mais brevidade que o natural, pois para isso nos é dada a Liberdade.
6 Muito embora a ciência oficial pesquise persistentemente em busca das explicações
filosóficas (que vêm se apresentando proporcionalmente ao seu avanço espiritual, ainda
assim muitos - principalmente os dogmatistas orgulhosos julgando-se superiores,
intencionalmente, porém sem consciência (queremos crer) - têm feito com que se
manifeste em seu ser a dúvida, esta que faz gerar a descrença e consequentemente a
dissidência, frutos da subjugação mental, o que lhes veta a interpenetração e percepção
da verdade. Entendamos que, o Ser Humano, neste plano de evolução em que se
encontra, deve, necessita e pode procurar, simples e profundamente, entender a lógica
da vida, que é realizada, por exemplo, como evidenciamos, pela Natureza com total
perfeição, esta que denota uma felicidade duradoura pelo profundo, porém, simples fato
de a verdade ser a verdade.
7 Assim, para a conscientização, orientação, desenvolvimento, educação, controle e uso da
mente, deve-se praticar a meditação em todos os pontos de vista, para uma cada vez
menos relativa conscientização espiritual do Ser Humano e buscar, assim, ajudar-se, bem
como ao seu semelhante, pela fraternidade universal, uma das manifestações da Lei de
Amor, cumprindo, desta maneira, com seus deveres para com o Pai, Criador de todas as
coisas.

139 O CONHECIMENTO DA VERDADE / DOMÍNIO DA MENTE


1 Para que o Ser Humano compreenda as Leis que regem a Natureza é necessário, em
primeiro lugar, o querer; depois o saber e assim, ir adquirindo paciência para conhecer a
si próprio e observar como Deus pode ser reconhecido através da própria Natureza,
observando o amor que esta dispensa a todas as criaturas, envolvendo estes seres
humanos, emprestando-lhes toda sua fortuna para uma administração temporária, sem
visar recompensa. A verdade e a justiça também fazem parte dos códigos estabelecidos
na Divina Lei.
2 O Ser Humano pode realizar da mesma forma que a Natureza e com mais brevidade.
Para tanto, é necessário reger-se pelas Leis Universais, afastando de si a ignorância, a
dúvida e a indecisão, usando a força de vontade, imaginando com consciência e
atingindo o objetivo desejado pensando com inteligência.
3 A mente é um laboratório natural, uma câmara mental onde as energias provenientes dos
Plexos se distribuem a fim de que a imagem do pensamento seja levada à parte posterior
do cérebro, para ser devidamente identificada pelo Ser Humano.
239

4 Se a alfabetização de uma criança exige como base fundamental o aprendizado das


letras, a educação da mente requer o conhecimento de sua formação, estrutura e função.
5 A educação da mente consiste, pois, em desenvolvê-la, entendendo que todos os
sentidos da percepção devem estar ligados a ela no momento do desempenho da função
dos mesmos.
6 A prática diária da concentração disciplina a formação das diversidades de formas
mentais, além do mais, aqueles pensamentos que a necessidade não exige e o
sentimento não aceita, serão substituídos por outros de natureza contrária e estes,
naturalmente, foram formados por milhares de laboratórios mentais de crianças inocentes
por desconhecerem as Leis Universais e a Planificação Divina.

140 ATITUDES MENTAIS


1 O Ser Humano, muitas e muitas vezes, deseja realizar uma boa ou má obra e, para tanto,
cria as formas mentais conscientes ou inconscientes. Quando ele age inconscientemente,
realiza uma obra da mesma natureza e sofre a consequência da má obra realizada por si.
Esta obra é atraída pelo enfraquecimento do seu organismo, tendo em vista o
desprendimento de grande quantidade de energia para a construção daquela forma,
sofrendo em consequência, sem saber o motivo de tal sofrimento, chegando a ponto de
revoltar-se contra a própria divindade dizendo que se trata de erros cometidos por seus
genitores no passado e atribuindo-lhes o resultado desses erros. Porém, isto é um grande
engano, um Ser Humano não sofre por causa de outro Ser Humano, nem tampouco paga
dívidas de outros, mas sim dívidas contraídas por si, quer seja consciente ou
inconscientemente. O seu padecimento advém das formas monstruosas que criou, sendo
ainda que o remorso o persegue no caso em que ele age conscientemente, e no caso em
que ele age inconscientemente apenas as dores o fazem sofrer em função da má obra
que realizou.
2 A mente do Ser Humano está representada pela câmara mental, esta que possui
verdadeira força para a formação dos pensamentos. Os fenômenos de ordem psíquica ou
mental têm origem na Alma e repercutem no Corpo Material. O Ser Humano deve atentar
bem para sua conduta moral, esta que parte de suas atitudes mentais, pois se seu corpo
é saudável é porque ele possui uma Alma equilibrada, porém se advém certas doenças é
porque sua Alma tem pensamentos maus. Portanto, é necessário que o procedimento do
Ser Humano seja exemplar, pois é dessa maneira que ele andará equilibrado perante si
mesmo e seu semelhante.
3 A Alma de cada indivíduo é formada por uma diversidade de centros, sendo que o
Espírito vibra nos canais existentes na mesma, levando as vibrações até a parte material.
4 Tudo é simples para quem segue as Leis Naturais e, através de sua mente, cria as
formas no astral, sendo que estas, ao ligarem-se às energias da vontade, produzem uma
obra quer seja para o bem, quer seja para o mal.

141 INICIAÇÃO
1 Toda criatura humana, quando sente verdadeiramente em seu interior a necessidade,
curiosidade e/ou desejo de refletir sobre o Princípio Criador, a Finalidade da Vida, bem
como a Razão de Nossa Existência, logo, a finalidade do viver como um todo, busca
procurar novos rumos que lhe tragam a paz e o equilíbrio que o seu ser tanto almeja.
Assim, naturalmente, quer pelo sentimento, quer pela decepção ou dor, o Ser Humano
promove sua Iniciação à Consciência Espiritual, esta que o leva a identificar-se com os
conhecimentos, quanto a tal, de determinada sociedade, seita ou religião, etc., bem como
um livre pensador. Assim, ele bate, pelo próprio querer, por sua própria vontade, na porta
240

da realidade, à procura da Luz, a realidade Absoluta, com o fim de crescer, brilhar e se


adiantar. Afinal, o conhecimento identifica o Ser Humano com as Leis Universais.
2 Na realidade, o Ser Humano é um ser, obra da Criação Divina, com um objetivo óbvio,
lúcido e lógico, bem como tudo no Universo e, quer queira-se quer não, tanto vivo, ou
melhor, encarnado; quanto morto, ou melhor, desencarnado, tal objetivo continua vivo no
seu ser, bem como vivido pelo mesmo, quer consciente, quer inconscientemente.
Portanto, tanto o encarne quanto o desencarne são, em verdade, as suas maiores
iniciações. Afinal, na Natureza nada se perde, tudo se transforma; logo, tudo perdura; se
perdura, tudo é infinito; e se tudo é infinito, a morte não existe, como até então tem sido
considerada. Eis quanto importa buscarmos despertar e expandir o máximo possível “a
nossa consciência espiritual”, mas que o façamos com base em valores insofismáveis,
caracterizados por códigos perenes e imutáveis de Leis Naturais que regem o Universo.

142 MEDIUNIDADE
1 O mecanismo que proporciona a comunicação dos seres encarnados com os
desencarnados, através dos médiuns, é denominado de mediunidade, uma sensibilidade
que se manifesta através dos Chacras e Plexos.
2 A mediunidade é o produto da individualização das energias que se desenvolveram nos
seres encarnados, através de seus centros de forças, pelo tempo estabelecido e também
pelo esforço para o aprimoramento de suas qualidades, permitindo, assim, as
diversidades de manifestações dos desencarnados que trazem revelações do
aprendizado que já experimentamos no passado e que, agora, nos proporcionam novos
conhecimentos para serem considerados como base edificante do grande templo da
sabedoria.
3 No campo dos estudos espíritas existe também uma pequena analogia nos estudos
verificados no mundo profano, visto que é comum se repetir as idéias de autores mais
experientes e mesmo de entidades. O Ser Humano precisa e deve entender que a teoria
que ele deve seguir é aquela ditada por sua razão e esta não pode ser alcançada sem o
desenvolvimento da matéria inteligente, através das energias do mesmo nome. Ademais,
o pensamento deve ser dominado a fim de que a matéria pensante seja desenvolvida
para se combinar com a inteligência e proporcionar um raciocínio perfeito.
4 É comum se ouvir dizer que a Terra é um planeta de expiações e provas. Isto permitiu a
muitos médiuns psicografarem suas obras, incluindo também uma mediunidade de prova,
como se existisse uma determinação de Deus para com o Ser Humano. Em verdade, o
que existe é o determinismo do Ser Humano para consigo mesmo. Ora, se o Ser Humano
pratica uma causa e esta causa se transforma num efeito, que vem a se processar com o
tempo e, além do mais, se a sua obra foi realizada em detrimento de seus semelhantes,
então ele irá passar por um efeito justamente igual à causa cometida e não, como se
costuma dizer, um sapato colocado na cabeça e um chapéu calçado nos pés.
5 Quando se fala que à Alma, ao reencarnar, são vedados o passado, o presente e o
futuro, isto é verificado porque houve um predomínio da matéria sobre a Alma e, em
consequência, o Corpo Material não está preparado emocionalmente para suportar as
verdades que se encontram encerradas no seu eu interno, porque em cada existência
ocorre a mudança de roupagem externa. Entretanto, a essência do trabalho realizado no
decorrer das peregrinações sucessivas das existências físicas fica gravada no eu eterno,
não sendo levado em consideração a situação financeira, social ou religiosa que a
mesma venha ocupar.
6 A mediunidade ideal é aquela em que o Ser Humano se identifica com a Natureza,
ligando cada centro de força com o seu plano correspondente, resgatando seus débitos
com paciência, tolerância e resignação, diminuindo, gradativamente, a relatividade de
suas necessidades pelo domínio dos sentidos do corpo grosseiro e, assim, adquirindo a
241

consciência como uma Alma Encarnada, praticando a verdadeira iniciação que


consiste em transpor os portais da imortalidade.

143 OBSESSÃO / MAGIA


1 O Ser Humano ainda se encontra longe de compreender a sua missão em função da sua
existência, pelo simples fato de não procurar explicar para si próprio, o porquê das coisas
que lhe acontecem diariamente.
2 Esta falta de análise resulta nele deixar-se levar pelas correntes vibratórias impostas pela
Lei Natural a fim de que haja um dia o despertamento do seu eu interior, neste plano em
que se encontra, onde ainda mesmo com os acontecimentos físicos, mas com um caráter
abstrato, ou melhor, extrafísico, o Ser Humano vive a descrer que a vida não pára por
aqui, mesmo com o passamento ou morte tão propalada pela maioria dos habitantes
deste orbe. É justamente por este motivo que a maioria, atualmente, sofre
desesperadamente, pois o objetivo da nossa existência não só continua vivo, mas
também vivido em nós, quer encarnado ou desencarnado, até que não somente
entendamos o porquê da nossa existência, mas sejamos também, no futuro, o motivo
desta existência ou a causa deste efeito de existirmos, ou ainda a vida desta existência.
3 Assim, o Ser Humano vai graduando seus sentimentos através das causas e seus
respectivos efeitos nas diversas encarnações, na maioria das vezes com ações tão
grosseiras que fazem com que duvide do ser supremo por não compreender que ele é
quem faz seu destino. Afinal, não pode existir determinismo de Deus para com o Ser
Humano e isto se prova pelo simples fato de existir a liberdade de consciência, a
liberdade de pensamento, o livre arbítrio, etc.
4 Pois é com esta liberdade que o Ser Humano, uma Alma encarnada que é, e ainda não
despertada no plano físico, na maioria das vezes, pela falta de orientação espiritual, visto
que a sua maioria hoje tem é dogmática, vem a impressionar seu eu interno com
sensações advindas de atitudes que realizara quando encarnada e que ficaram gravadas
em si. Isto porque ou para que se faça, quando a necessidade exigir, a Justiça Divina,
afinal “quem com o ferro fere, com o ferro será ferido“ visto que “toda causa tem um efeito
idêntico“ ou melhor “toda ação provoca uma reação igual e em sentido contrário”.
5 É justamente isto que faz com que essas Almas, uma vez desencarnadas, agora
necessitem despertar no seu plano de origem, ou seja, o Astral, e é aí que estas, uma
vez impressionadas, ou seja, uma vez obsedadas por tais impressões, sejam atraídas
para situações afins, o que lhes ajudará na verdade a livrar-se do estado de auto-
obsessão.
6 Assim, estas Almas estarão sujeitas, inclusive, a serem utilizadas para atividades
macabras, que no planeta ainda transitam intituladas magias, ou ainda a serem atraídas
para junto de encarnados e desta feita transmitir-lhes suas impressões de dores e
sofrimentos.
7 A princípio elas ligar-se-ão através de seus pensamentos ao Chacra Coronário do
encarnado, tirando-lhe a inteligência, confundindo-lhe o pensamento e a persistência
deste fato, faz com que naturalmente liguem-se ao Chacra Umbilical também do
encarnado, tirando-lhe as energias de vida, transformando desta feita de obsessão
simples, para dupla personalidade. Em função do diagnóstico e cura, no primeiro caso,
sérias doutrinas verdadeiras sobre a vida verdadeira, fazem despertar o desencarnado e
aplicar-se-á energias no Chacra Coronário do encarnado afastando-o do mesmo. No
segundo caso, além da doutrina fundamental, será preciso aplicar energias nos Chacras
em que se encontra ligada ao encarnado, para que não haja o desencarne do mesmo,
pois que o desencarnado pode ter-lhe sugado as energias dos seus Chacras,
prejudicando, inclusive, suas energias vitais ou ectoplásmicas, ou melhor, suas energias
orgânicas, estas que são recebidas pelos órgãos através de seus centros de energias ou
242

Chacras respectivos, estes que as captam da Natureza e distribuem aos órgãos duas
terças partes e meia de sua captação, para suas devidas atividades, ficando com meia
terça parte para a sua manutenção em estado de equilíbrio e coesão, em função do
objetivo da sua existência.
8 Essa afinidade natural, fazendo com que os semelhantes se atraíssem e ocorresse a
obsessão, pode ser realizada de maneira também arquitetada, porquanto Almas
encarnadas, por conhecimento destes fundamentos, subjuguem Almas desencarnadas
necessitadas de despertamento, porque estão impressionadas de vibrações materiais,
para agir no plano extrafísico a influenciar os pensamentos de criaturas não avisadas,
não espiritualizadas, não equilibradas ou ainda afins em qualquer situação, para
transmitir-lhes os desejos destes influenciadores ou oficiantes, em função dos pedidos de
outrem ou do seu próprio, no que concerne esta conjuração mágica.
9 Porém, como na vida nada se perde, tudo se transforma, e digo mais, se aprimora e
evolui, identificando-se com “a onisciência”, todas estas ações, nada mais são que
vibrações universais da Lei de Necessidade, para tal aprimoramento de tudo e que no
nosso planeta ocorre debaixo dos olhos da ciência material, a fim de que a Lei se
processe, porquanto a mesma, muito embora tenda no futuro a isto explicar, bem como a
tudo, no presente lhe está oculto porque a Lei assim determina.
10 Entretanto, assim que o relativo crer que será o absoluto, o cientista material dará, segura
e abertamente, as mãos aos cientistas espirituais e assim a felicidade não mais nos
escapará pela igualdade em essência, em função da fraternidade que deve existir entre
todos os seres de todos os cantos do Universo, desta grande obra Divina da qual
fazemos parte, quer queiramos ou não, quer conscientes ou inconscientes estejamos
disto.
11 Portanto, a pesquisa e a análise tendem a nos tirar da confusão dos fatos, creia-se, pois
que chegar-se-á a compreensão da realidade das coisas, visto que os semelhantes se
atraem para espiritualizar-se e, uma vez esta realidade compreendida, poder-se-á
praticá-la a fim de se tornar um sentimento, este que redunda no Ser Humano a sua
sabedoria verdadeira, adquirida não da leitura de livros, mas de sua própria experiência
vivida nas diversidades de existências físicas e que ficam gravadas em sua Alma.
12 Para tanto, a crença num Criador de todas as coisas, na imortalidade e na comunicação
entre os encarnados e os desencarnados, são direções seguras para as análises que
porventura se necessite ou deseje compreender e sentir no vasto, simples, porém
profundo Campo Universal.

144 MEMÓRIA - TELA MENTAL


1 De acordo com o que se diz no campo dos estudos materiais, a memória é a capacidade
de reter imagens, impressões de idéias adquiridas anteriormente, considerando que a
criatura humana tem uma vida limitada.
2 O nosso conceito acerca dessa faculdade tem uma extensão mais abrangente. Desde
quando entendemos que a vida é eterna, o Ser Humano deve e tem que conservar em si
um arquivo representado por sua Alma, que guarda em sua memória ocorrências
verificadas em milhões de anos, que se traduzem no seu sentimento.
3 A depender da atenção que se dá a determinado ato, podemos ter uma má ou boa
memória, isto porque, quando a imagem é apresentada ao intelecto, ela chega até a
Alma. Se o nosso centro atômico não estiver desenvolvido, quando a Alma transmitir
suas experiências ao mesmo, ele não as perceberá. É por esse motivo que não
lembramos de nossas existências passadas.
4 A educação do pensamento, pela disciplina da mente, é fundamental para todas as
realizações dos trabalhos de origem psíquica e, após vencermos essa fase, podemos
243

desenvolver a imaginação, ou seja, uma área de percepção que constitui uma tela
mental, que será preenchida pelas imagens constituídas, principalmente, pelos
pensamentos que mais interessam aos nossos estudos.
5 Toda a mente da Alma, como ela própria, é mais evoluída que o Corpo Físico e,
considerando que no plano hominal ela não morre, comporta-se, assim, como um
verdadeiro arquivo material, porque todo tempo limitado pelas encarnações se encontra
na própria Alma.

145 AURAS
1 A história sobre a evolução da ciência tem demonstrado alguns progressos em benefício
da humanidade. Entretanto, todos os conhecimentos adquiridos através das diversas
teorias chegam a um ponto de estagnação, porque a vaidade domina a mente dos
cientistas e não permite que eles considerem um princípio real, baseado na simplicidade.
2 Sendo o Ser Humano, um Universo consciente em miniatura, ele possui, em seu interior,
um grande laboratório natural, aparelhado para medir, com precisão, toda a matéria prima
que a Natureza lhe proporciona para que ele promova esta ou aquela realização,
bastando, para tal, que seja substituída a complicada multiplicação de teorias pela
simplicidade de métodos facilmente compreensíveis e ensinados com paciência e
exatidão pela mãe mestra Natureza.
3 A aura é um halo de luz que envolve o corpo do Ser Humano, possuindo uma forma
ovóide, a qual não é identificada pela maioria dos Seres Humanos em virtude de sua
visão não se encontrar aparelhada para percebê-la.
4 A claridade que circula em torno do corpo do Ser Humano é proporcional ao
desenvolvimento de sua mente e se constitui numa força mental que produz os
pensamentos quando solicita a matéria astral, para formar aquilo que se convencionou
chamar de aura. Porém, não se pode exigir que uma pedra pense a ponto de formar uma
imagem consciente, isto porque ela não se encontra com os aparelhos em condições de
promover tais realizações.
5 Pode-se dizer que o corpo do Ser Humano está envolvido por duas auras: a primeira é
formada pela matéria astral do Plano Médio, esta que forma o corpo grosseiro, e a
segunda se constitui numa aura mais perfeita que é formada pela matéria
quintessenciada, de modo que esta, ao se combinar com a matéria mental da Alma,
produz ações mais racionalizadas. Os Seres Humanos, em sua grande maioria, por
atenderem aos constantes desejos dos elementos instintivos e grosseiros que entram na
composição de sua matéria, formam os seus pensamentos de egoísmo e vingança,
ficando totalmente envolvidos e aprisionados pelas auras formadas, sem possuírem a
mínima condição de se comunicar com os planos superiores a partir do médio-causal,
porque o campo etéreo produzido ao seu redor não permite tal emanação.
6 O que caracteriza a qualidade da aura é justamente o desenvolvimento mental, de modo
que os mendigos, os nervosos, os ciumentos possuem uma aura que geralmente se
encontra enferma, pela cor que apresenta e que é proveniente de sua vibração.
7 Para que um cientista oficial sinta esta orientação como uma verdade, é necessário que
ele domine e equilibre os elementos inferiores que entram na composição de seu corpo
material e se reconheça como uma Alma encarnada, se libertando, por conseguinte, de
uma aura caracterizada pela vaidade orgulhosa.

146 A SIMBOLOGIA CABALÍSTICA DA AURA


1 Fazendo parte das energias que compõem o Universo encontra-se presente o éter, este
que está sempre em movimento produzindo a eletricidade através da aceleração. As
vibrações sonoras, sendo uma manifestação do Prana, podem gerar eletricidade, luz e
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calor; o Prana, sendo o criador dos demais éteres, tem a capacidade de interpenetrar
todos eles, manifestando-se também na célula humana, proporcionando ao Corpo Físico
a sensação de percepção.
2 A Aura é uma fonte de matéria prima, utilizada na formação dos pensamentos, sendo
também identificada como um halo de luz que circula o corpo do Ser Humano e que não
é identificado por ele, tendo em vista que o mesmo não possui os centros de percepção
perfeitamente desenvolvidos. A qualificação verificada na aura baseia-se no
desenvolvimento mental e aqueles que têm condições de visualizá-la, observando que
nas pessoas saudáveis elas são simétricas, enquanto que, nas pessoas que são
portadoras de algum tipo de enfermidade, elas a apresentam com manchas. As auras
podem se dilatar através de vibrações, sendo que esta dilatação é verificada no estado
de nervosismo, atingindo dimensões extraordinárias.
3 Quando substituímos as letras pelos números correspondentes observados na tabela de
correspondência dos algarismos hebraicos e romanos, verificadas na palavra aura,
obtemos como resultado proveniente da soma teosófica com redução à unidade, o
seguinte número: 202 = 2 + 2 = 4, simbolizando as quatro dimensões representadas pelo
comprimento, largura, profundidade e quadratura.
4 A aura possui essas dimensões e é a matéria-prima básica para a formação de um
pensamento que, ao penetrar no Plexo frontal, alcança a mente e se transforma em
trabalho que, através do movimento, produz força que se transforma em ação e este
pensamento é arrojado para a parte externa.

147 IMPRESSÕES
1 Todo aprendizado adquirido pela literatura material é complicado e superficial, e todos os
ensinamentos ministrados pela Natureza, são simples e profundos. Mas, para que ela
seja manipulada (a natureza), através de suas substâncias visíveis e invisíveis, é
necessário que se reconheçam as Leis que a regem, para que possa fazer uso na prática
e alcançar os objetivos que se resume nas realizações.
2 Uma das Leis ignorada por grande parte da humanidade e interpretada por poucos, é a
Lei de Causas e Efeitos, porquanto é pensamento de alguns, que aqueles que negam
trabalho a seu semelhante, fracassam em seus negócios, o que não está de acordo com
a razão, pois aquele que fere seu semelhante na sua parte psíquica, também será ferido
na sua parte psíquica.
3 As Impressões, sobretudo nas Almas desencarnadas e obsediadas, são um conjunto de
formas pensamentos que subjugam suas mentes desequilibradas, fazendo com que elas
permaneçam na ilusão de que ainda possuem a matéria, facilitando sua aproximação das
Almas encarnadas, para transmitirem essas impressões sob forma de pensamentos.
4 Quando uma Alma encarnada precisa se libertar das formas mentais que nela se
encontram presas em função das más obras realizadas nas existências pretéritas, é ela
própria quem provoca o desejo, para que a matéria venha a sentir dor sob forma de
impressões, sendo que a descondensação das mesmas ocorrem mediante a
manifestação da necessidade.
5 Quando o Ser Humano não é devidamente esclarecido quanto à lógica da vida e, em
consequência, não se considera uma Alma encarnada, todo o produto de suas ações no
vasto campo terreno, se encontra ligado à alimentação, aos prazeres do sexo, ao apego
aos bens materiais, ou ainda aos entes queridos ligados à família, ficando assim
impressionado com essas variedades de formas que prejudicam visivelmente sua
evolução, sobretudo quando a necessidade exige a libertação da Alma para o seu plano
de origem.
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6 As dores físicas são caracterizadas pelo esgotamento dos centros nervosos, podendo
estar relacionadas também, com a parte psíquica provocada pela imaginação.
7 Entretanto, existem muitos sofrimentos que não têm relação com os erros cometidos no
passado, e sim pelas más determinações no presente sendo que, nestes casos, a
reflexão para o despertamento da inteligência se esforçando com persistência, por certo
alcançará o restabelecimento e o equilíbrio. Se as formas estiverem gravadas na Alma,
portanto tratando-se de um efeito, o Ser Humano deverá lutar para amenizar estas dores
com resignação, trabalhando sempre para que o tempo seja preenchido, e as impressões
apagadas da mente.

148 IMPRESSÕES II
1 O Ser Humano, ao se deparar em certas situações, nunca deve colocar as coisas difíceis
naquilo que é considerado como simples, porque no globo terrestre já existem muitos
indivíduos das diversidades de organizações com a missão de trazer a verdadeira ciência
para unificá-la à ciência material, e estando esta fora do seu devido lugar, ou seja, perna
para um lado, cabeça para o outro, é necessária a unificação de todas estas peças para
que ela venha formar uma imagem perfeita de tudo o que é perfeito.
2 Deus não tem e nunca teve mistérios para com seus filhos, sendo que é ilusão ficar
acreditando nestes “mistérios”. O Ser Humano precisa ir à luta para conseguir aquilo que
deseja e se ele não for, nada verá, porque existe um ponto fraco em si, que é
representado pela ociosidade.
3 Tudo o que o Ser Humano idealizou no passado foi motivo de riso no presente, porque
tais idéias foram impossíveis de serem realizadas na época. No futuro, o impossível de
hoje também será realizado, e, portanto, não é tempo para dúvidas e trevas.
4 As impressões resultam do estado físico ou psicológico de elementos ou situações
exteriores sobre os sentidos, o corpo ou a mente.
5 A matéria orgânica tem a função de receber as energias, sendo que a primeira é
transmitida pela Natureza para seus Plexos e a segunda é a energia que o Espírito lhe
transmite através da Alma pelos seus Chacras Umbilical e Coronário, sendo que no
coronário se encontra a corrente inteligente e no umbilical a corrente de vida. Portanto, o
Ser Humano é representado por uma trindade que é o Espírito, Alma e Corpo Físico.
Quando a Alma se desliga da Matéria Orgânica conserva todas as impressões da
mesma, sentindo todas as sensações e prazeres que a Matéria Orgânica sentia, porque
elas se refletem na mente da Alma e ficam gravadas em seu perispírito. Estes prazeres e
sensações se realizam no Chacra Umbilical e se refletem no Chacra Coronário, gravando
na mente do Ser Humano o grau da sensação ou do prazer.
6 Tanto a vida material como a das Almas são repletas de impressões, porém estas
impressões são curáveis tanto no mundo material como no mundo astral. Os psiquiatras
procuram curar seus doentes administrando-lhes apenas certos medicamentos e
esperando, pacientemente, os resultados, não levando em conta que ao retirar os
doentes dos sanatórios seriam necessários alguns minutos ou horas dialogando com eles
para retirar as impressões que permanecem em suas mentes. Curar é fácil; para tanto, é
necessário que o operador que se proporcione a efetuar tal cura saiba usar as sugestões,
porque a vida é para aqueles que pretendem trabalhar e que sabem agir em prol do bem
e da realização para atingir um ideal sublime e concluir as obras para o bem comum da
humanidade.

149 O TRIÂNGULO
1 A humanidade sente o desejo de compreender aquilo que ainda não sabe, julgando que
sem as experiências pode aprender e praticar a verdadeira caridade. A verdadeira
246

sabedoria e o verdadeiro conhecimento se encontram naquilo que se sabe. Muitas


vezes, o Ser Humano pensa que sabe aquilo que aprendeu, porém, quando surge o
momento exato para utilizar os conhecimentos adquiridos, ele se sente incapaz para tal,
pois não sentiu aquilo que aprendeu.
2 É necessário que o Ser Humano reconheça que tudo é simbólico, sobretudo quando as
letras são representadas pelos números, estes que, ao serem utilizados para formarem
as somas teosóficas e redução à unidade, chegam sempre a um significado real que
pode ser a geração, a evolução, o equilíbrio, a perfeição, etc.
3 Tudo se encontra encoberto no simbolismo oculto, apesar de ser deturpado pela
diversidade de seitas religiosas e o Ser Humano, cego por sua ignorância, não quer
alcançar o caminho da verdade, nem obter toda a realidade e nem mesmo chegar à
conclusão do conhecimento verdadeiro e real de todas as coisas existentes no Universo.
4 A humanidade, muito embora sendo induzida pela confusão, vai seguindo lentamente sua
marcha, encontrando, naturalmente, a diversidade de tropeços e quedas que são
impostos por certas sociedades. Essas quedas servem para despertá-la e fazer com que
ela, vagarosamente, chegue à realidade de todas as coisas, se firmando, cada vez mais,
pelo conhecimento, pelo sentimento e por suas realizações.
5 O Triângulo se encontra simbolicamente representado pela sabedoria, força e amor e
quando se representa cabalisticamente as letras destes lados pelos números
correspondentes, temos: para a sabedoria, o número 283, que reduzido teosoficamente
dá 2 + 8 + 3 = 4; para a força temos o número 201, que reduzido dá 2 + 0 + 1 = 3 e,
finalmente, o amor, representado pelo número 241, cuja redução produz 2 + 4 + 1 = 7. O
primeiro representa o comprimento, a largura, a profundidade e a quadratura; o segundo
representa a trindade e o terceiro representa a evolução. A soma destes 8 números, ou
seja: 4 + 3 + 7 = 14 = 5, simboliza as 5 (cinco) forças da Natureza ou os 5 (cinco)
sentidos que os evangelistas descreveram ao anunciar as grandes realizações.

150 O TRIÂNGULO BRANCO


1 A condição necessária para que a Alma humana construa o seu destino é a liberdade. O
Ser Humano se encontra submetido aos impulsos da natureza interna, que o domina e o
obriga a querer determinar a preferência do sentido. O ponto moral que o Ser Humano
possui só será alcançado quando ele compreender as Leis e fizer delas uma norma direta
de suas ações, dominando e modificando a si mesmo e a sua sorte, através das obras de
abnegação, de caridade e de sacrifício ao dever. A humanidade, quase em sua
totalidade, é possuidora de uma liberdade, essa liberdade que lhe foi oferecida para que
ela construísse o seu destino. Porém, o Ser Humano, com sua vaidade, atraiu para si a
fatalidade, anulando, dessa forma, a liberdade que lhe fora concedida.
2 Todos aqueles que desejam realizar e, em consequência, serem úteis à humanidade,
devem se dirigir por sua razão, cumprindo com seus deveres e lembrando que o direito
sem dever é loucura e o dever sem direito é servidão. Aqueles que se esforçarem e
procurarem desenvolver suas forças, atingirão o poder que necessitam através de seus
esforços e de suas lutas. Porém, aqueles que não se esforçam e permanecem na
ociosidade, jamais atingirão o objetivo desejado.
3 O Triângulo Branco simboliza a necessidade, a liberdade e a razão e quando essas
palavras têm as suas letras substituídas pelos números que a cabala nos proporciona,
obtemos os seguintes resultados: com a palavra necessidade temos o número 234 = 2 +
3 + 4 = 9, que nos permite fazer a seguinte interpretação: o equilíbrio da trindade, do
comprimento, da largura, da profundidade e da quadratura produz a perfeição. Para a
palavra liberdade temos o número 231 = 2 + 3 + 1 = 6, cuja operação foi realizada pela
soma teosófica e redução à unidade para proporcionar o seguinte: o equilíbrio da trindade
e da Unidade Divina é que produz a criação. A palavra razão nos fornece o número 209 =
247

2 + 0 + 9 = 11 = 1 + 1 = 2, que foi obtido quando operamos com a soma teosófica e


consequente redução do resultado à unidade.
4 O resultado dessas três operações apresenta a seguinte soma teosófica: 9 + 6 + 2 = 17 =
1 + 7 = 8, que simboliza a geração e que foi produzido pela interpretação cabalística do
triângulo branco.

151 O TRIÂNGULO PRETO


1 As diversidades de sociedades espiritualistas já reconhecidas pela humanidade precisam
transmitir com sabedoria as grandes verdades para fortalecer a Alma humana, para que
essa realize o ideal almejado.
2 Se os Seres Humanos, através de seus estudos teóricos, pretendem levar o Espírito da
humanidade à confusão e à incompreensão daquilo que lhe foi transmitido, é porque
esses Seres Humanos não passaram adiante essas verdades da forma que receberam.
3 A realidade se encontra representada de uma maneira relativamente simples, porém os
Seres Humanos julgam que será necessário adicionar uma boa dose de confusão para
que ela se torne mais difícil e incompreensível, mascarando, assim, o líquido que se
encontrava puro com o impuro da fantasia, tornando-se ambos impuros por se
encontrarem misturados e, dessa maneira, só servindo para intoxicar a humanidade e
contribuir para que, cada vez mais, ela mergulhe no seio da confusão, da discórdia e da
renúncia.
4 Tudo o que existe no vasto Campo Universal precisa obedecer às normas estabelecidas
nas Leis Universais, estas que se mostram tão simples diante do Ser Humano, mas que
ele pretende fantasiá-las com a impureza das leis materiais.
5 O Triângulo Preto se encontra simbolizado pela fatalidade, vontade e poder, sendo que
estas palavras podem ter as suas letras cabalisticamente representadas pelos números
correspondentes para obtermos os seguintes resultados: com a palavra fatalidade,
encontramos, pela soma teosófica, o número 35 = 3 + 5 = 8, simbolizando que o poder da
Trindade nas cinco forças da Natureza é que proporciona a geração. Para a palavra
vontade encontramos, pela soma teosófica e redução à unidade, o número 75 = 7 + 5 =
12 = 1 + 2 = 3, simbolizando que a Unidade Divina unida ao equilíbrio gera a Trindade.
Para a palavra poder encontramos o número 209 = 2 + 0 + 9 = 11 = 1 + 1 = 2, adquirido
através da soma teosófica e redução à unidade, simbolizando que, quando as unidades
divinas se unem geram, como resultado, o equilíbrio.
6 Sendo assim, a verdade pode ser transmitida de diversas maneiras, porém essa verdade
só deve ser apresentada em sua nudez, como ela é e não deturpada pela fantasia da
ignorância, da insensatez.

152 ASA
1 O pensamento daquele Ser Humano que se encontra em meditação exige grande
desprendimento de energia a ser emitida pelo Corpo Material, de maneira que este Ser
Humano não deve pensar em duas coisas ao mesmo tempo, pois esse procedimento
vem a enfraquecer as energias mentais, não lhe permitindo realizar o objetivo desejado.
2 O pensamento humano, quando elevado ao alto, deve sempre ser preenchido de belas
formas, como alegria, saúde e harmonia, não ser dirigido para o fracasso, para a
decadência e para o sofrimento. O ato de pensar nas tristezas e nas doenças não é o
meio adequado para se libertar das tristezas e das dores pelas quais se está passando.
O Ser Humano deve elevar o seu pensamento para um objetivo único capaz de curá-lo e
não diversificar a sua maneira de pensar, pois isso gasta grande quantidade de energia e
não lhe traz benefício algum, deixando-o em um estado de completa enfermidade e
insatisfação e esta impera, modificando, o éter e a aura que envolve o Ser Humano.
248

3 A Asa simboliza o pensamento humano, este que pode ser traduzido cabalisticamente
no momento em que substituímos as suas letras formadoras pelos números
correspondentes, obtendo para a palavra pensamento o número 220, que pela redução
teosófica é igual a 2 + 2 + 0 = 4, que simboliza o comprimento, a largura, a profundidade
e a quadratura. A palavra humano possui, pela interpretação da cabala, o número 99, que
pela soma teosófica e redução à unidade apresenta o número 9 + 9 = 18 = 1 + 8 = 9, que
simboliza a perfeição. A soma dos resultados fornece o número 4 + 9 = 13 = 1 + 3 = 4,
que simboliza o comprimento, a largura, a profundidade e a quadratura.
4 Para tudo no Universo é necessário que se crie bons pensamentos, como ocorre com os
grandes cientistas que pretendem realizar uma grande descoberta, dirigindo as suas
energias apenas para o objetivo desejado. Aqueles que se envolvem com muitas formas
mentais jamais atingirão os altos pontos da realização, porque nas suas experiências não
tiveram conhecimento de que tudo é realizável pela força do pensamento.

153 RECONHECER
1 Quando os Seres Humanos chegarem a ponto de considerarem certas realizações como
uma vitória absoluta, esta deve ser vista como uma derrota, pois eles são incapazes de
agir dentro das normas estabelecidas pelas Leis Naturais.
2 Quando os Seres Humanos desejam realizar, com a intenção de adquirir tais ou quais
coisas, seus objetivos são sempre no sentido de deixar às suas ordens aqueles a quem
deveriam amparar. Muitos há que procuram atingir seus objetivos com o sentimento de
vingança, ignorando que devem usar o perdão quando forem ofendidos em sua parte
moral pelo seu semelhante ou, não estando em condições de perdoá-los, pelo menos
devem tolerá-los e reconhecê-los como verdadeiros irmãos, porque a tolerância é a base
de equilíbrio entre o amor e o ódio, sendo que a vingança é o desequilíbrio provocado por
si mesmo.
3 A vingança é o brinquedo das Almas ignorantes e cegas que são da Justiça Divina.
Existem muitos que sentem o desejo de vingar-se, porém quando atingem as vibrações
da verdade abandonam a vingança e seguem o caminho da realidade.
4 Existem muitos Seres Humanos que fazem seus pedidos aos santos figurados, aos ídolos
e às entidades que trabalham para realizar tais pedidos e, quando não conseguem obter
as realizações, sentem-se mal, tristes chegando a ponto de perturbarem-se. É bem
verdade que o Ser Humano desconhece o seu passado, porém, com um pouco de
reflexão no presente, ele pode reconhecer o futuro porque ele é o construtor do seu
destino. Afinal, não existe efeito sem causa ou vice-versa.
5 Tudo obedece a uma marcha progressiva da Natureza, que se encontra estabelecida
pelas Leis que tudo fornecem, facilitam e ensinam o Ser Humano a seguir sua marcha
para a perfeição. Entretanto, para chegarem a esse ponto de ciência é necessário a
análise, a consciência e a conclusão. E, para se chegar a essa consciência pela análise,
é necessário que ele possua convicção de tudo o que está fazendo, porque, se ele faz,
sabe porque está fazendo.

154 A LUXÚRIA
1 O Corpo Físico, esta massa grosseira e visível aos olhos materiais, quando em atividade,
é animado pelo Espírito e conduzido pela Alma. Como a maioria não é capaz de sentir
estas forças latentes em si, prefere acreditar que o mundo se formou por acaso, sendo
que o objetivo de tudo que existe encontra-se resumido no prazer e na sensação
oferecidos pelos sentidos através do Corpo Físico, e que todas as ações praticadas
podem ser acobertadas em função de sua situação privilegiada, cuja força se encontra
temporariamente representada pela posse do ouro, o qual tira a liberdade de quem o
249

possui, substituindo-a pela escravidão, esta que prende a criatura na ilusão de que
toda a beleza se encontra na aparência do objetivo, sem levar em conta a grandeza do
subjetivo.
2 Quando a Luxúria está encoberta pelo véu da cobiça, surgem os atos relacionados tão
somente aos interesses possessivos que ela vem despertar no Ser Humano, o qual é
induzido naturalmente por este vício, apegando-se, em consequência, aos objetos que
produzem sensações, prazeres e ambições.
3 Quando representada pela corrupção, além das consequências físicas que vêm a ser
verificadas com o decorrer do tempo, surge também a dor moral, esta que traz o maior
desequilíbrio aos centros psíquicos.
4 Quando a Luxúria está representada pela sensualidade que se identifica como um
espelho dos prazeres materiais, aparece a servidão, a descrença, o descontrole e a
inobservância à Lei de direitos estendidas a seu semelhante, sendo verificado o mais alto
grau de materialização que satisfaça àquelas necessidades grosseiras, levado tão
somente pelo instinto, que vem combinar com a inteligência ainda materializada para
produzir aquilo que deseja, e se considerar satisfeito. Mas, no momento em que ele se
utiliza de toda a faculdade que lhe proporciona o intelecto, para privar os elementos
instintivos daquelas necessidades que o acostumara através da prática, advém a
decadência em todo o Ser Humano que assim procede e está sujeito a experimentar, a
fim de que esse ato se transforme em aprendizado natural, fazendo com que sua vontade
seja despertada para que se faça uma análise de si, conhecendo minuciosamente a
função de cada parte que se junta para formar este grande organismo natural, que venha
proporcionar-lhe o equilíbrio orgânico, tão necessário ao desempenho de suas atividades,
para que se processe a evolução das partes internas e externas.
5 Quando a Alma encarnada provoca ações ligadas quase que exclusivamente ao corpo
grosseiro, sobretudo quando a prática é verificada na esfera sexual com desregramento,
causa primária do desequilíbrio físico, vem aumentar o numero de Almas que, ao
desencarnarem, conservam ignorado o método ideal para utilizar seus órgãos sensoriais
com brandura, vindo estacionar nos diversos planos vibratórios criados por suas mentes
confusas com as diversidades de impressões, frutos de costumes ilusórios e decadentes,
que vem constituir poderosos alicerces capazes de manterem estas falsas moradas, que
se constituem em verdadeiros planos de ilusão. Esta libertação está diretamente ligada
ao conhecimento de uma escada ascendente que começa com a obstinação, passando
pela inconsciência, arrependimento, renúncia e, por fim, alcançando a vontade, esta que
lhe devolve a consciência do seu plano de origem e lhe permite utilizar as faculdades que
possui, observando, evidentemente, os limites em obediência ao que se encontra
determinado nas Leis Imutáveis.

155 A PERSEVERANÇA
1 O espaço que separa a fortaleza da fé, tomando como base a escada de Jacó, é
constituída de várias etapas, inclusive esta que serve de limite, bem como outras
intermediárias de grande importância como, por exemplo, a perseverança, uma virtude
que requer, antes de tudo, a prática da inteligência para se conseguir a fixidez depois de
adquirir a estabilidade e a firmeza.
2 Muitos procuram de toda maneira conseguir a sabedoria sem, contudo, usar a
persistência ou então partir de um princípio real, sendo que neste caso é indispensável
que a ousadia tenha como princípio a qualidade do querer, porque se esta não for
verificada, não haverá solução duradoura na obra a ser realizada e todos os esforços
empreendidos podem transformar-se num fracasso que servirá de experiência para que,
nas próximas tentativas, se transformem em vitória.
250

3 Uma das condições básicas para se alcançar qualquer objetivo desejado é ser
persistente. E o currículo natural exigido pelas Leis para este fim não depende do
conhecimento superficial e transitório, tomando como base teorias firmadas pelo
sentimento de terceiros, para que todo o aprendizado que foi obtido se transforme em
sentimento.
4 A perseverança é uma virtude que requer, em primeiro lugar, coragem para ousar,
seguida do esforço e persistência, que vem a se constituir em qualidades indispensáveis
para que a obra seja concluída no seu devido tempo.
5 Toda e qualquer criatura humana poderá ter o futuro que quiser ou desejar, basta, para
tanto, que sejam observadas as normas estabelecidas pelas Leis Naturais, sobretudo a
Lei de Causas e Efeitos, as más determinações atribuídas às ilusões do mundo
materializado, também pelas aspirações de grau elevado, não devendo ser levado em
consideração a fase pela qual esta pessoa esteja atravessando quer seja de sofrimento
através das dores que o despertarão para o cumprimento do dever, quer seja pela
felicidade proporcionada pela alegria do desempenho de uma missão baseada nas Leis
Universais. Isto porque, na realidade, o Ser Humano não deve se impressionar com
aquilo que ele passa em suas ações terrenas, mas sim com tudo que ele venha aprender
e sentir porque é de posse desses conhecimentos que, no futuro, as verdades serão
compreendidas com maior facilidade, isto porque haverá maior identificação da parte
externa com a parte interna.
6 A perseverança é uma qualidade que exige, daqueles que pretendem alcançá-la, a
prudência e proporciona aos mesmos o desenvolvimento de sua inteligência para obter a
razão e, consequentemente, a verdade, por ter demonstrado um equilíbrio perfeito que é
exigido para quem pretende alcançar e transpor este importante degrau em busca da
sabedoria.

156 A PERSISTÊNCIA
1 Quando os Seres Humanos se reúnem para fazer certas realizações é comum a
desistência deste ou daquele compromisso por parte de algum. Entretanto, o que o Ser
Humano não deve é perder a confiança na Lei, sob pena dele contrair um débito maior
para com esta e mais cedo ou mais tarde tem que resgatá-lo.
2 Nas organizações e no seio da humanidade, em geral, é comum o acontecimento dessas
coisas, pois aqueles que assumiram o compromisso devem entender que o fizeram
perante a Lei, e não para com as entidades do Além que observam esses compromissos
assumidos e que, muito embora queiram, nada podem fazer em benefício daqueles que
pedem, pelo contrário, deixam que se cumpra a Lei para com aqueles que rescindiram o
contrato assumido para consigo, para com seu semelhante e para com Deus. Não se
deve assumir um compromisso sem, antes de tudo, fazer uma meditação sincera,
procurando saber de si mesmo se é capaz de cumpri-los.
3 Todo e qualquer Ser Humano já se encontra apto para fazer verdadeiros milagres, basta,
para isso, que ele tenha persistência, pois a persistência é necessária a todas as coisas
no Universo. Deve esforçar-se e ousar, para poder realizar. O Ser Humano que ousa,
realiza, porque provou que é persistente, pois o ousar só tem validade quando vem
seguido da persistência.
4 O Ser Humano pode acelerar ou abreviar o crescimento de qualquer vegetal, não sendo
necessário que ele se encontre preparado para tanto, nem constitui novidade alguma o
Ser Humano abreviar a marcha da Natureza. O crescimento de uma árvore pode ser
abreviado apenas com passes magnéticos. Para isso é necessário que se coloque uma
semente para germinar em um ambiente satisfatório fazendo as vibrações necessárias
para que ocorra o crescimento da árvore e, de acordo com a persistência do aprendiz, vai
sendo diminuído o espaço de tempo que ele precisa para que possa atingir o que
251

realmente deseja. Assim, verificará que realmente realizará, desde que ouse
persistentemente, pois conhece a verdade por sua própria experiência através de sua
persistência.

157 A RAZÃO
1 A verdade se encontra espalhada por todo o Universo e o Ser Humano, de uma forma ou
de outra, tem demonstrado seus conhecimentos através dos livros, embora muitos
estejam deturpados. Quando um Ser Humano, em sua simplicidade, pretende transmitir
seus sentimentos, muitas vezes é criticado por seu semelhante que se diz mais ilustrado
pela ciência oficial, daí vem a discussão formando-se inimigos; isto porque o primeiro não
entendeu a lógica da vida, procurando manter-se calmo, sem gesticular para não perder
energias e assim vencer seu adversário pela calma, paciência e moderação,
apresentando sua partícula de razão. Os esclarecimentos transmitidos pelo Ser Humano
poderão satisfazer a curiosidade do seu adversário, eliminando a dúvida e criando a
compreensão. Mas, para tanto é necessário que ele seja verdadeiro na sua explanação
para provocar, em seu adversário, a reflexão e a meditação.
2 No Universo existem as Leis de Justiça, de Amor e existem, também, a beleza, a
harmonia e o bem. Portanto, o Ser Humano deve ser justo para com seu semelhante,
procurando entrar em contato com a verdade, o amor e a justiça.
3 Segundo os estudos materiais, a razão é a faculdade de avaliar idéias universais, de
estabelecer relações lógicas, o bom senso, a justiça, a inteligência e o raciocínio bem
direcionado.
4 A humanidade tem realizado suas obras levando em conta os impulsos de um falso
conselheiro que é o seu coração, e não tem se firmado perante sua razão, que é a lógica
da vida que ilumina seu caminho, colocando-a no ponto almejado.
5 É preciso ter razão em todas as coisas, porque a razão é a sabedoria universal e a
estabilidade eterna para todos os Seres Humanos, porém muitas vezes estes se sentem
humilhados quando alguém afirma que não têm razão de alguma coisa que imaginaram
ser verdadeira, porque ainda são escravos do seu egoísmo.
6 É preciso entender e compreender que da união do Espírito com a Alma nasce a razão, e
da união da Alma com a Matéria nasce a paixão; sendo assim, no íntimo de cada pessoa
existe uma paixão que a razão condena.
7 A razão é, pois, a bússola que dirige todos os navegantes que viajam pelo mar e que
pretendem chegar ao porto da salvação. Para tanto, é necessário que o Ser Humano
tenha persistência e se esforce ao máximo para alcançar todas as realizações, fazendo
uso de sua razão. É preciso que o Ser Humano pese todas as suas forças, destrua todas
as formas que o atormenta através dos conhecimentos adquiridos pela sua sabedoria e
esforço e atinja os pontos elevados que a Espiritualidade lhe proporciona.

158 ANALISAR E COMPREENDER


1 Já temos plena convicção de que o nosso objetivo difere do de determinadas instituições
pelo fato de que o nosso primeiro passo consiste no estudo das Leis Universais e
esforçarmo-nos ao máximo em sua aplicação na prática, para sermos dignos de sua
confiança e conseguirmos, assim, o conhecimento da ciência.
2 É bem verdade que não dispomos, no momento, de médiuns de efeito físico participando
dos nossos trabalhos, mas precisamos saber que é pela demonstração de nossa
perseverança e persistência e com o cumprimento de nossos deveres, que passamos a
adquirir nossos direitos. Toda a orientação ministrada em nosso meio foi transmitida pela
mediunidade intuitiva e, também, por ajuda da Espiritualidade através dos diversos
conhecimentos psicografados, de modo que toda religião, seita ou sociedade que
252

professe a base fundamental da constituição humana e que tenha uma norma de


trabalho que chegue ao nosso conhecimento, este método deverá ser analisado,
discutido e concluído para que possamos senti-lo.
3 Se a quimbanda ou candomblé professa o fetichismo ou crença nos poderes de amuletos
e no curandeirismo, se possui um ritual e uma hierarquia encabeçada pelo Pai-de-santo
ou Mãe-de-santo e se tem a finalidade de venerar seus orixás, todos aqueles que se
afinam com esses ritos o fazem por uma razão que eles desconhecem, sobretudo no uso
da magia negra para a prática do mal.
4 Se a umbanda utiliza os rituais trazidos pelos negros africanos e se, no passado, ela era
conhecida como candomblé, sendo utilizada para a prática do mal, como o mal é o bem
relativo, só podemos concluir que hoje a Umbanda verdadeira é reconhecida com a
prática do bem ou da magia branca, para neutralizar sua opositora, porque, um dia,
ambas se fundirão em uma só pelo conhecimento da verdade.
5 Se a doutrina espírita foi considerada pelo codificador como filosofia religiosa, que
objetiva moralizar o Ser Humano e que professa postulados fundamentais como “crença
num Ser Supremo ou Deus, existência da Alma, da Reencarnação, do Karma e da
pluralidade dos mundos”, entretanto, o que se viu foi a deturpação, levando em conta o
sentimentalismo e a falta de obediência às Leis Naturais.
6 Se os nossos irmãos extraplanetários nos visitam é porque eles aguardam,
ansiosamente, a nossa educação espiritual e, consequentemente, a mudança dos nossos
pensamentos, para oferecer-lhes condições de um intercâmbio no campo das viagens
espaciais, isto porque, pela falta de fraternidade entre nós mesmos, não conseguimos
desenvolver a inteligência espiritual para ajudarmos o planeta na sua lenta evolução.
7 Se o espiritualismo científico veio por último é porque os tempos assim exigiram, a fim de
que todas aquelas teorias deturpadas e incompletas viessem a ser corrigidas para serem
melhor compreendidas e, finalmente, ajudar à ciência oficial a realizar as obras tidas
como impossíveis.
8 O que deixa o Ser Humano na dúvida é não acreditar no seu sentimento, para aceitar,
sem análise, tudo que lhe é dito.
9 O que leva o Ser Humano ao fracasso é sempre se julgar superior ou inferior ao seu
semelhante e não procurar, pelo realismo, analisar para compreender.

159 VIBRAÇÃO
1 As vibrações têm grande importância no estudo dos movimentos das ondas luminosas,
sonoras, de rádio e, sobretudo, nas ondas cerebrais. Tomemos como exemplo uma gilete
presa por uma das extremidades. Se movimentarmos a outra parte e ela oscilar 50 vezes,
teremos 50 vibrações por segundo. Nas ondas cerebrais, as vibrações são medidas em
ciclo por segundo (cps), são um tipo de energia elétrica e são medidas por encefalógrafo.
2 As ondas beta possuem 14 ou mais cps.
3 As ondas alfa possuem de 7 a 14 cps.
4 As ondas teta possuem de 4 a 7 cps.
5 As ondas delta possuem 4 ou menos cps.
6 A depender do nosso estado e relaxação, o cérebro produz os seguintes tipos de ondas:
Beta: Desperto - Vigília.
Alfa: Ponto de dormir, mas não completamente adormecido, sonhar acordado; ponto
de acordar, mas não completamente desperto.
Teta e Delta: Adormecido.
253

7 As energias que produzem maior intensidade de vibração e que são emitidas pelo
cérebro, ocorrem no estado de vigília e o poder de captação ou emissão de determinados
tipos de oscilações está relacionado diretamente com o desenvolvimento dos centros
perceptivos.
8 A relaxação é um estado no qual o corpo se encontra totalmente descontraído, sendo o
físico pelo relaxamento muscular e o mental pela cessação de pensamento.
9 Podemos entender que o relaxamento é o ponto de partida para os exercícios, como por
exemplo, o desdobramento e a telepatia. A posição a ser assumida deve estar
relacionada com as correntes magnéticas da Terra. Se a pessoa estiver sentada, deve
voltar-se para o norte ou para o oeste e, se estiver deitado, colocar o corpo na direção
norte-sul.
10 Quando o Ser Humano se prepara, estudando minuciosamente a teoria cujo assunto se
encontra estritamente ligado ao conhecimento das Leis Universais, da Vontade e da
Imaginação e acha-se em condições de praticar todos os exercícios visualizados por
meio da teoria, tem amplas possibilidades de conseguir o fruto deste esforço pelas
realizações.

160 RELIGIÃO - CABALA


1 As religiões têm se aproveitado das fraquezas do povo, principalmente nos seus
momentos de dor e sofrimento, transmitindo-lhe seus ensinamentos através de cânticos
em louvor à Deus, ignorando que estes hinos cantados são executados por si próprios e
que todo esse ritual de beleza tem o objetivo de incentivar as emoções dessa
humanidade inocente e subjugada.
2 As religiões sempre oferecem o pão material àqueles mais necessitados, esquecendo-se
de encaminhá-los, em seguida, ao cumprimento dos deveres estabelecidos nas Leis
Universais e fazendo com que eles permaneçam em eterna dependência, porque tudo
aquilo que lhe fora oferecido não passou de simples paliativo, cuja preocupação se
prendeu aos efeitos, esquecendo-se completamente das causas.
3 A Cabala é um sistema de estudo através do qual o Ser Humano passa a visualizar a
realidade dos números. Em hebraico, o termo cabala significa tradição recebida, ou seja,
são ensinamentos tradicionais herdados de um remoto passado.
4 Os mais importantes cálculos atribuídos à cabala são: notarikon, gematria e themurah.
5 Notarikon consiste na tradução de um signo apresentado.
6 A gematria tem a finalidade de combinar as letras para identificar o sentido oculto da
palavra na frase.
7 Themurah consiste em permutar as letras, isto é, cada agrupamento deve diferir do outro
pela ordem dos elementos componentes.
8 Em cabala se emprega os números para descobrir os mistérios que encerra um
anagrama.
9 Três classes formam os números e cada uma delas contém nove letras, assim
compreendidas:
1) Primeira classe - formada dos números simples de 1 a 9 e chamada números
pequenos.
2) Segunda classe - formada de dezenas que vão de 10 a 90 e chamada números
intermediários.
3) Terceira classe - formada pelas centenas que vão de 100 a 900 e chamada números
grandes.
10 Os milhares hebraicos são reduzidos à unidade.
254

11 As letras são substituídas pelos números e vice-versa e são utilizadas duas operações,
a soma teosófica e a redução.

CORRESPONDÊNCIA DOS ALGARISMOS HEBRAICOS E ROMANOS

Nº de Ordem Valor em Romano Valor em Algarismo

Exemplos: Pai em hebraico corresponde a AB = 3 e Mãe corresponde a AM = 41, ou seja,


41 + 3 = 44; 4 + 4 = 8 que simboliza a geração.

Exemplos para cálculos cabalísticos

1) Notarikon - A denominação de Iod - He - Vau - He, corresponde ao nome do Criador,


isto é, ADONAI ou IHOAH, dado por Moisés à luz da gramática, e significa “O Ser que
é, que foi e que será”.
2) Gematria - A divisão da palavra ARETS, produz Ar (movimento) e Ts (eterno), ou seja,
movimento eterno.
3) Themurah - A palavra ROMA nos permite fazer as seguintes permutações:
P4 = 4! = 4 x 3 x 2 x 1 = 24 e dentre elas temos: AMOR, ROMA, MORA, ORAM,
ARMO,...

161 SONO - VIGÍLIA


1 O sono é um estado em que todos os órgãos do corpo repousam pela perda temporária
da consciência. Neste estado, a matéria orgânica se comporta apenas como captadora
de energia, estas que são transmitidas da Natureza aos Chacras e Plexos e estes, que
são centros receptores e distribuidores, emitem essas energias aos órgãos aos quais se
encontram ligados, para um perfeito funcionamento da máquina humana.
2 O esforço físico desempenhado por um Ser Humano em seu trabalho diário, muitas
vezes, exige deste a liberação de grandes quantidades de energias. Entretanto, existe um
momento em que as reservas do Centro Coronário também se esgotam. Nessa situação,
255

o Ser Humano adormece onde se encontra e, automaticamente, o Chacra passa a


funcionar como centro receptor de energias.
3 O descanso normal não está relacionado com a hora em que a pessoa se recolhe para
dormir, mas, sim, com o tempo, ou seja, com a duração do sono.
4 Quando um Plexo funciona deficientemente, o Ser Humano dorme em excesso e, quando
ele dorme pouco, esse centro não fica totalmente restaurado.
5 A vigília é um estado em que uma pessoa qualquer permanece completamente desperta,
e seu cérebro produz vibrações de energias maiores do que a situação verificada no
sono. Se na vigília for gasta toda a energia captada durante o sono, a criatura também
tem que interrompê-la, a fim de que os centros sejam restabelecidos para
desempenharem suas funções.

162 O QUE É, PARA QUÊ E POR QUE DO SONO DO SER HUMANO


1 Existe a necessidade de nós, criaturas humanas, nos autoconhecermos, quer
objetivamente, quando para tal usaremos os nossos órgãos dos sentidos a fim de
perceber tal realidade, e quer subjetivamente quando lançaremos mão do nosso
sentimento e crença para sentir o poder que nos está interiormente representado como
segue em razão de procurar justificar, sentindo, as manifestações de Deus no Ser
Humano.
2 Podemos considerar este Ser Humano (em razão da sua constituição criada), uma
trindade consciente, ou seja, que possui três corpos: um deles o Espírito, este que o
vivifica e anima, seu criador, sua essência, sua parte absoluta; o outro, a Alma, corpo não
denso formado de matéria quintessenciada do Plano Astral, que uma vez despertada a
agir em razão dos objetivos das exigências da Lei de Necessidade o conduz às
realizações por suas próprias ações, em razão da orientação dela, que se responsabiliza
por tudo realizado por ele e, por último, o Corpo Físico formado de elementos mais
grosseiros, este que age para a transformação da massa em energia deste conjunto do
qual faz parte, para haver a identificação com sua essência criadora. Afinal, energia atrai
energia, essência atrai essência, esta que é característica primordial para justificar a
semelhança entre Deus e o Ser Humano, não a matéria, sendo esta uma parte
Doutrinária - Filosófica explicativa de tal obra.
3 Por outro lado, no que se refere ainda às manifestações de Deus, esta energia
consciente e ciente no Ser Humano, podemos evidenciar tal força, tal vibração, tal
energia, em primeiro plano lhes dando a vida e o movimento, caracterizados pelo
equilíbrio dinâmico evidenciado pelo progresso e pela estabilidade eterna existente nele,
bem como nos universos, justificados pela harmonia entre os contrários. Depois, essa
energia caracterizada pela força de coesão, que vem a manter os elementos realizadores
que se encontram dispersos na Natureza, mas que nele estão agregados, formando a
sua matéria, justificados pela razão de forças contrárias se atraírem e por fim como
energia condensadora do seu reino, ou seja, o reino hominal. Sendo esta uma parte
filosófica científica explicativa das manifestações de Deus no Ser Humano. Entretanto, a
maioria dos seres humana prefere achar que são obra do acaso, por não sentirem este
poder que em si existe.
4 Pois bem, passemos a estudar um pouco este Corpo Físico no que se refere a sua parte
psíquico-espiritual. Ele encerra em si, além da matéria orgânica mais grosseira, esta que
recebe as energias provindas da Natureza, também os órgãos do sentido, estes que
percebem tais energias e, ainda mais, os centros de forças, estes que concebem essas
mesmas energias, a fim de que as distribuam programadamente a todo este conjunto
orgânico e ele venha a funcionar perfeitamente como uma máquina que trabalha em prol
de realizar os seus objetivos.
256

5 Bem se sabe que tudo no Universo são Leis, e estas se baseiam em direitos e
deveres. Não se tem direitos sem ter cumprido com os deveres, pois seria isto loucura;
bem como também não se pode ter cumprido com deveres sem adquirir-se direitos, pois
que assim também seria escravidão. O Ser Humano não tem conseguido desfrutar de
seus direitos por não ter ainda, na maioria das vezes, entendido o que a Natureza tem lhe
proporcionado como direitos em relação às suas ações (estas que consideramos ser dele
seus deveres); e suas reações relativas, (evidentemente seus direitos) pelo fato de que
toda causa tem um efeito, ou melhor, toda ação tem e provoca uma reação igual e em
sentido contrário no Universo.
6 Depois de seu dia de trabalho o Ser Humano que cumpriu com tal dever tem o direito, por
assim dizer, de descansar; advém-se então o sono para que ele possa desfrutar desta
grande dádiva da Natureza. Entretanto, por não ter ainda a compreensão da realidade
que ele encerra, isto tudo tem acontecido a ele inconscientemente, senão vejamos: todo
este conjunto orgânico que denota o Corpo Físico inclui neste complexo sistema, os
centros de forças como evidenciado anteriormente, ou seja, seus Plexos e Chacras, estes
que ainda são desconhecidos, em parte, das suas funções da ciência oficial, e são eles
que concebem, ou melhor, captam as energias da Natureza e as distribuem aos órgãos
para o seu funcionamento e equilíbrio.
7 Nas atividades do Ser Humano ele gasta certa quantidade de energia, a ponto de 8 (oito)
horas de atividade ou mais começar a sentir um certo esgotamento; aí tais centros
captadores são incapazes de atender as exigências da matéria orgânica e esta então,
automaticamente, exige o descanso, tempo em que os centros deixam de ser
distribuidores de tais energias para tais órgãos a fim de serem captadores das mesmas
na Natureza filtrando-as, visando com isto restabelecer então, em si, a quantidade normal
de energias exigidas para o equilíbrio do organismo humano.
8 Porém, o que tem ocorrido é que inoportunamente o Ser Humano, nestas ocasiões, por
não entender tal processo natural, vem com certas atitudes exceder-se dando à sua
matéria aquilo que ela já possui, ou melhor, aquilo que ela não necessita neste momento.
Assim sendo, ele faz com que seus centros de forças sejam obrigados a parar de filtrar
energias da Natureza, a fim de destilar as substâncias encerradas com demasia em si por
esses excessos do Ser Humano que, com estas atitudes, faz gerar em si as tão temidas
doenças no planeta, caracterizadas por uma paralisação orgânica que é produzida, não
normalmente, pela Natureza.
9 Não raro o Ser Humano tem sido levado ao esgotamento, quando trabalhando, ou
divertindo-se a ponto de acabar as reservas de seus centros, como por exemplo, do
Chacra Coronário (este que capta as energias da Natureza e as distribui para os órgãos
da cabeça, principalmente o cérebro) forçando-o a deixar de distribuir suas energias a
tais órgãos, para captá-las afim de não deixar que a criatura humana desencarne, pois
que as energias que agora distribui são tão somente para que não paralise os elementos
que compõe o cérebro, e é por esta razão, ou melhor, é neste ponto que o Ser Humano
chega a dormir, independentemente da sua vontade ou ambiente em que se encontre.
10 Somente quando o Ser Humano sente bem estar geral depois do sono é que pode dizer
que normalizara suas funções de energias. Quando levado a acordar antes do despertar
normal por consequências várias, termina por não ter noção perfeita do que estará a
fazer, às vezes até se levantará do leito de descanso e se deitará novamente, afinal seu
Chacra Coronário não se encontra por certo em condições de distribuir as energias em
quantidade suficiente para que ele tenha consciência perfeita do acontecido. Caso a
insistência ocorra, forçando-o a ficar acordado para realizar esta ou aquela tarefa, ele não
estará bem, sentir-se-á insatisfeito, com mal estar, displicente, sem vontade e, em suma,
com sintomas do sujeito desejoso de descanso. Neste ponto o seu Chacra Coronário em
vez de três terços de energias, estará apenas com dois terços.
257

11 Também não está no parar um pouco ou descansar das atividades do dia de trabalho,
o restabelecimento das energias do Ser Humano, ainda que ele deixe até mesmo de
produzir movimentos, isto só fará com que ele reserve um pouco das suas energias, ou
melhor, conserve um pouco de suas reservas, mas tais procedimentos não o levam a
captar mais energias através de seu Chacra Coronário.
12 Evidentemente que também não está no fato do Ser Humano dormir demais, o poder de
adquirir mais energias. Assim, dormir pouco não é o que soluciona, nem também muito
dormir, pois que aí caracteriza-se deficiência em alguns de seus centros de forças.
13 Portanto, o ideal não é dormir tarde e acordar cedo, nem tão pouco dormir cedo e acordar
tarde, mas sim dormir o tempo necessário para ter satisfação plena (esta que é
caracterizadora de um acordar natural), a fim de que haja uma compreensão de energias
em razão do gasto das mesmas anteriormente. Saibamos que para gozar de boa saúde é
necessário que entendamos que o organismo, quando em atividade, queima diariamente
dois terços e meio de energias, reservando assim meio terço para manutenção do estado
de coesão dos elementos que compõem os Plexos e Chacras para o seu trabalho, para o
seu movimento em função das exigências da matéria orgânica.
14 Portanto, podemos concluir que pouco dormir durante o qual os Plexos não conseguirão
captar energias a ponto de completar em si três terços das mesmas (posto que não
houve tempo suficiente para tal), pode levar o Ser Humano ao esgotamento total a ponto
de ficar escravo das necessidades exigidas pelo seu organismo que certamente o levará
a cair em sono profundo, onde quer que se encontre, podendo também se chegar a um
nível de coma e até mesmo de desencarne.
15 Portanto, uma direção segura aos que, a princípio, desejam adquirir tal equilíbrio, podem
tomar como base o fato de dormir cedo e acordar cedo, em razão de denotar uma certa
lógica, já que a perfeição a nível material é, como bem sabemos, um tanto quanto
relativa.

163 SONHOS
1 Existem muitas teorias acerca dos sonhos. Uns dizem tratar-se de desejos reprimidos
que, ao deixarem de ser consumados na vida normal, são vividos quando se dorme.
Outros dizem que são associações de idéias originadas de imagens mentais, havendo,
ainda, alguns que afirmam tratar-se de experiências adquiridas pelos Espíritos e das
ações que o corpo experimenta na ausência deste.
2 Para que possamos fazer um estudo resumido e abrangente acerca do sonho,
precisamos entender que cada pessoa o faz de maneira diferente, de acordo com seu
grau de evolução espiritual.
3 Já estudamos que o corpo da Alma foi formado no Plano Astral, entretanto, quando
encarnada, geralmente ela vive no Plano Médio Inferior.
4 Quando o Ser Humano se envolve tão somente com assuntos ligados à parte material,
todas as impressões provenientes dessas ações se gravam na mente e se reproduzem
nos sonhos que, muitas vezes, não são lembrados pela falta de desenvolvimento da
imaginação pela autossugestão na hora de dormir.
5 Podemos citar, como exemplo, as criaturas que não admitem a imortalidade da Alma e
aquelas já com certo grau de espiritualização. Vemos que, no primeiro caso, quando a
Alma desencarna, ela permanece cega, isto porque seu autossugestionamento colocou-a
naquela situação de ignorância. Portanto, essas pessoas, em seus sonhos, geralmente
reproduzem os pensamentos da vida material e o desligamento da Alma se dá de modo
inconsciente. Já no segundo caso, podemos citar que existem as visões mentais.
Entretanto, na maioria das vezes, a Alma sai do corpo inconscientemente e vai operar
num plano diretamente proporcional ao seu grau de espiritualização, ocorrendo, ainda, os
258

casos de separações conscientes tanto no sono, como na vigília, pelo


desenvolvimento da Glândula Pineal.

164 MORTE - MEDO


1 A maioria dos Seres Humanos, em nosso planeta, considera a morte como a perda do
Corpo Físico e, em consequência, de todos os bens adquiridos com o auxílio dessa
máquina, cujas peças foram tão bem arrumadas pela Natureza, ao longo de milhões de
anos.
2 Essas pessoas ficam tão impressionadas com o Plano Material que, no momento e após
o desencarne, se envolvem num verdadeiro dilema por não admitirem o Corpo Astral e,
por conseguinte, usarem, sem consciência, o poder da mente como autossugestão,
permanecendo nesse corpo sem os centros perceptivos do físico, que lhe proporcionam o
gozo da vida terrestre.
3 Após a morte, o corpo se decompõe, isto porque todos os elementos que o integram
deixam de operar em seu conjunto. Entretanto, eles continuam vivos em sua
individualidade para retornarem às suas energias de origem e, no futuro, formarem
corpos mais perfeitos como consequência do aprimoramento destes elementos.
4 O medo ou pavor que as pessoas sentem da morte é proporcional ao apego à existência
física e que, por intuição, estas são levadas a admitirem apenas a parte material,
porquanto sem esta não existiria evolução. Existem também aqueles que temem a morte
por falta de conhecimento das Leis Universais e de que a parte espiritual que compõe os
corpos gravita nos seus planos correspondentes, de modo que, quando o Ser Humano
começa a compreender o processo do desencarne (morte), seu medo diminui e vem a
esperança, a decisão e, por fim, a certeza do começo de uma nova vida em planos mais
evoluídos.
5 O susto é uma espécie de medo que varia de pessoa para pessoa a depender do estado
físico e psicológico em que se encontra mergulhado. O susto, a depender de sua origem,
pode ser identificado pelo espanto, terror ou pavor atribuído a uma pessoa, cujas
consequências são imprevisíveis.

165 CÉU - INFERNO - PURGATÓRIO


1 O dogmatismo é um sistema de filosofias cujo fundamento principal é a aceitação de
dogmas e este é o alicerce onde se constrói uma doutrina religiosa, cujo objetivo
fundamental é o arbítrio de penalidade, de acordo com o procedimento do Ser Humano.
2 Algumas religiões descrevem o inferno como caldeiras ferventes onde os suplicantes se
contorcem, sendo observados pelos anjos.
3 O purgatório é reconhecido como um estado intermediário de onde as Almas saem para
entrarem no céu, sendo este considerado como um verdadeiro paraíso.
4 O inferno dogmatizado pela religião deve ser compreendido como um céu relativo, porque
está sujeito a transformações, e não uma região construída por Deus, para onde são
enviados os pecadores condenados.
5 Deus, com sua infinita justiça, jamais iria criar um inferno para fazer estagiar seus filhos.
O purgatório é o efeito reparador de causas cometidas em infração às Leis. O inferno
pode ser compreendido como obras derivadas de maus atos e o céu as construções
realizadas em bases indestrutíveis, representado pelas boas intenções.
6 Os planetas e as diversidades de planos são escolas de aprendizado por onde devem
passar as Almas encarnadas e desencarnadas. Desse modo, é necessária a existência
daqueles mais evoluídos e dos menos esclarecidos, e não a condenação destes às
fornalhas do inferno, sem a mínima esperança de se salvarem ou encomendar a Alma
deste ou daquele desencarnado para determinadas regiões do céu, fazendo com que
259

este procure um paraíso que só existe em suas mentes pela falta de estudo das Leis
Universais, causa primária da justiça nas moradas do Pai.

166 TERRA-A-TERRA – ALCOOLISMO


1 Quando a humanidade despertar para o conhecimento das grandes verdades e começar
a sentir a maneira pela qual a Natureza concedeu esta dádiva tão necessária e preciosa
que é a sua mente e, além do mais, quando souber qual sua função, seu objetivo e a
maneira com que está estritamente ligada com o plano que a formou e que se constitui na
matéria prima a ser utilizada nas suas realizações, todas as dúvidas e mistérios irão
sendo dissipados com o decorrer do tempo.
2 Existe uma região, na crosta terrestre, que é comumente conhecida como Umbral, que
também é conhecida como “terra a terra” e este é um local para onde se encaminham
determinados tipos de Almas. São planos que vão desde a obsessão até o estado de
levitação. Na realidade, estes planos não estão relacionados com o conhecimento da
Alma, mas sim com o estado tumultuado em que se encontram suas mentes, de modo
que toda a sensação e todo prazer que o Ser Humano adquire quando encarnado
repercute na mente da Alma.
3 Que importa se os parentes lamentam a perda dos entes queridos ou pedem ao Alto para
que eles sejam colocados em regiões privilegiadas, sem dores nem sofrimento, se tudo é
orientado pelas Leis Universais?
4 “Terra a terra” é uma região dividida em planos, como já foi explicado, e onde a Alma
disputa, até o fim, pela destruição de suas formas mentais já formadas, bem como
daquelas que poderão ser concretizadas, de acordo com o seu estado de obstinação.
5 O alcoolismo pode ser considerado como um dos males que mais infelicita o Ser Humano
na superfície da Terra. A ingestão diária de determinada quantidade de álcool provoca
certas enfermidades que vão além da compreensão material, que não tem conhecimento
de causa, conforme passamos a explicar: quando uma pessoa se habitua a ingerir
bebidas alcoólicas, e se tem afinidade por alguma entidade desencarnada, é atraída para
esse campo de vibração de igual frequência para, num trabalho em conjunto
desencarnado-encarnado, partilharem da mesma substância pelos seus componentes,
isto é, energia e matéria.
6 A Alma da criatura humana é invisível aos olhos físicos, e muitas doenças do Corpo
Físico não são mais do que enfermidades da Alma. Sendo assim, os tratamentos da parte
material não produzem efeitos. Quando os órgãos se desequilibram pelo abuso do álcool,
os Plexos responsáveis por seu funcionamento sofrem uma modificação passando de
filtros naturais para destiladores das energias em excesso.

167 VAIDADE - CURIOSIDADE - SIGILO


1 A vaidade é uma qualidade que se manifesta no Ser Humano sob vários aspectos,
porque sendo ela de pouca duração, não oferece elementos para se depositar confiança.
2 A religião deu claras demonstrações de vaidade, ocultando toda a verdade transmitida
por aquele que atingiu a perfeição no corpo material.
3 A ciência oficial também ostenta a vaidade de possuir toda a sabedoria. No entanto, pela
falta de conhecimento das Leis Universais, fracassou na missão de salvar a humanidade
nos momentos que marcaram os quadros apocalípticos.
4 No decorrer das vidas sucessivas pelas quais o Ser Humano tem que passar, sua Alma é
representada, no Plano Material, pelas diversidades de personagens, isto é, pelos papéis
que ele deve representar para aprimoramento de sua matéria e evolução espiritual, e
toda experiência resultante desse aprendizado fica gravado na Alma, sendo reconhecida
como seu sentimento. Portanto, quando ele se deparar, em outra vida, com estes
260

conhecimentos vem, necessariamente, senti-lo e praticá-lo. Entretanto, se ele não


aprendeu, ou seja, se não possui aquela experiência, na maioria das vezes, é apenas
levado pela curiosidade.
5 Vemos, por exemplo, que quando Cristo transmitiu toda a verdade ao povo e somente
doze permaneceram com o aprendizado, foi porque os demais foram curiosos que
desejavam benefícios da parte física.
6 No passado, as sociedades secretas eram duramente perseguidas e seus componentes
sofriam penas que geralmente culminavam com suas mortes. Com o passar do tempo, as
seitas passaram a considerar o sigilo como segredo necessário e indispensável.
Atualmente, o sigilo faz parte do juramento para evitar a revelação, no mundo profano,
dos conhecimentos tidos como segredo, evitando a curiosidade de muitos. Além do mais,
sendo o Ser Humano uma Lei, ele precisa adquirir confiança das Leis Externas e ser
candidato a aprendiz dos Conhecimentos Universais.

168 ENTUSIASMO - PERSISTÊNCIA - DESTINO


1 É preciso que o Ser Humano se convença de que, para atingir a vitória, é necessário agir
por meio da sinceridade e que seja despertado seu interesse pela decisão firme e a
vontade de investigar pela iniciativa própria, de modo que este esforço venha gerar em si
o entusiasmo, uma grandiosa força que utilizada com persistência o leva a um destino.
2 O destino é o resultado final da obra. A mente se responsabiliza pela criação da forma e o
Corpo Físico, que só possui a qualidade de receptor, é quem sofre as consequências das
más determinações através da dor, que libera elementos que esta matéria necessita em
forma de impressão.
3 Deus não determina o castigo, não condena, nem impõe servidão ao Ser Humano. Se
este passa por um sofrimento, houve um motivo justo que o impulsionou à realização da
má obra e a libertação da dor e do remorso não tem nenhum vínculo com a confissão,
nem com a oração.
4 São qualidades indispensáveis para que o Ser Humano se liberte dos sofrimentos, a
renúncia seguida da boa vontade, a paciência, a calma, o domínio da mente e o
equilíbrio.
5 A persistência é uma força que deve ser aplicada a todas as ações, para que seja
alcançado o objetivo desejado, não importando o tempo gasto para a realização da obra.
6 A Natureza nos ensina como devemos equilibrar nossas vidas oferecendo, no princípio,
os elementos para o curso primário; no meio o conhecimento do curso secundário e no
fim uma universidade. Mas, para que o Ser Humano atinja este ponto final é preciso
compreender os princípios das realizações, a decisão, o esforço, a confiança, a direção
para chegar ao destino.

169 ENTORPECENTES
1 Atualmente, o que tem contribuído para manter a humanidade em estado de dúvida, de
indecisão e de dores, é a falta de conhecimento de suas origens e constituição dos seus
deveres materiais e espirituais, e do seu objetivo, que poderá ser alcançado sem passar
por experiências pesadas que poderão proporcionar um desequilíbrio psíquico da Alma,
sofrendo, em consequência, um atraso em sua evolução de tal modo que somente a
repetição das vidas que vem proporcionar as experiências necessárias, colocar-lhe-á no
caminho do qual foi desviado por força de um erro de planejamento.
2 A depender da maneira pela qual o Ser Humano leva a sua vida ela pode ser prolongada
ou abreviada, lembrando que os erros e desregramentos do passado ficam gravados na
Alma para que se liberte através do Corpo Físico das obras realizadas em conjunto.
261

3 O entorpecente é uma droga cuja atuação no organismo de quem dela faz uso
depende da intenção, isto porque, quando a mesma é utilizada como medicamento, traz o
alívio para as dores, sem, contudo, produzir efeitos tão maléficos como se fosse adquirida
para sentir os prazeres e sensações transitórias, que culminam na dependência orgânica,
sendo que a libertação de seu uso se torna mais difícil à proporção em que passa o
tempo.
4 No campo do universo material que o Ser Humano representa, o entorpecente atua
diretamente no organismo, mas tem repercussão profunda na área do cérebro, onde
reproduz os pensamentos, isto porque ocorre a redução dessas células, predominando
apenas a imaginação das formas vazias criadas pela mente e levando as pessoas, na
maioria das vezes, a promoverem certas tragédias, isto porque elas não possuem uma
consciência clara daquele ato que está praticando.
5 Entretanto, se os efeitos de todas as obras executadas pelo Ser Humano, quando
encarnado, ficam gravados na Alma quando estes fazem mau uso dos tóxicos, as
impressões que ficam inoculadas sob forma de energias só vêm a se dissipar
completamente após o decorrer de várias existências, havendo sempre a afinidade pelos
entorpecentes, para que a Lei de Necessidade seja atendida e desse modo advir a
saturação de todas essas formas, após sofrer as consequências das mesmas, ficando o
Ser Humano com o produto deste aprendizado que está representado pelo seu
sentimento, passando ele a possuir todo o conhecimento na área ligada às drogas,
podendo, inclusive, em vidas posteriores, se especializar neste estudo para ajudar
aqueles dependentes que são despertados em tempo por apresentarem um alto grau de
vontade, e procurar todos os meios para se libertar do vício que conseguiu adquirir não
só pelo desajuste da família e solidão, como é apregoado, mas pela necessidade que
possui a Alma em destruir as formas que foram construídas no passado.
6 Toda criatura humana possui uma liberdade e ela é plena quando se encontra equilibrada
por sua consciência, podendo ser anulada quando não se cumpre com os deveres,
sobretudo no abuso das drogas, produzindo sua vontade e perdendo a nitidez de sua
consciência, sendo assim facilmente subjugada por uma sugestão direta ou indireta.

170 O SUICÍDIO
1 Enquanto o Ser Humano não se identificar como uma Alma encarnada, ignorando a
existência de um Ser Supremo, responsável pela criação de tudo o que existe, não crer
na comunicação dos vivos com os mortos e não se espiritualizar, geralmente lhe faltará a
confiança em Deus e em si próprio, isto porque não foram ministrados conhecimentos da
verdade sobre sua constituição, levando-lhe a crença de que a sua vida está
representada, apenas, pelo Corpo Físico e que sua existência termina quando ocorre o
fenômeno chamado morte.
2 A descrença do Ser Humano se caracteriza pela falta de conhecimento das Leis
Universais, principalmente na situação além túmulo, o que tem concorrido para aumentar
as diversidades de atos de loucura dentre os quais se destaca o suicídio, um gesto
oposto à morte natural, que é a porta para a verdadeira vida.
3 O Ser Humano, quando vem cumprir sua missão através da reencarnação, já traz
consigo os erros gravados na Alma, a fim de serem reparados para seguir sua marcha
evolutiva. Porém, de um momento para o outro, interrompe artificialmente a vida,
provando com este ato a loucura sua falta de fé em Deus.
4 Existem aqueles que pensam no suicídio para alcançar uma paz eterna sem dores, sem
sofrimentos e sem decepções, sendo que esta possibilidade é apenas fruto de sua
imaginação, porquanto não houve a participação da inteligência.
262

5 Quando não existe o sentimento de amor entre duas pessoas, predominando, em


consequência, a fascinação, é comum acontecer entre eles um ato de suicídio moral, e
cabe ao culpado arcar com o efeito da causa cometida, determinando assim um destino
cheio de sofrimento, de infelicidade e desilusão.
6 Já que foram revelados alguns gestos que culminam com o suicídio, os itens seguintes
devem ser analisados para meditação, como um remédio a ser ministrado a todos
aqueles que, por ignorância, pensam ou já consumaram o ato, passando pelos maiores
sofrimentos que consiste na perda temporária do corpo material, para que a Alma se
limpe dos erros cometidos no passado:
a) Nunca se impacientar mesmo se vendo em situação extremamente difícil onde,
aparentemente, o fim parece inevitável, tendo a esperança de aguardar o socorro
até o último instante.
b) Mesmo sabendo-se que a morte é inevitável, pelas circunstâncias que o quadro
apresenta, não se deve encurtar a vida, pois esse procedimento é o bastante para
demonstrar a falta de fé e confiança nas Leis.
c) Conformar-se na perda de entes queridos, sobretudo aqueles unidos pelos laços
sentimentais, isto porque aquele que se mata na ilusão de reunir-se, no além, com a
pessoa que lhe era afeta, na verdade se separam por um tempo proporcional à
causa pela falta de compreensão das Leis Naturais.
d) Nunca pensar que, atentando contra sua própria vida, se alcança um repouso
eterno porque, se o corpo é oferecido à Alma para limpar-se das manchas de
outrora, ao separar-se dele por infração às Leis, está cometendo, ao invés de uma
falta, duas.
e) Suportar com resignação todas as enfermidades, considerando que existem
doenças da Alma que são transferidas para a matéria, sendo que, nestes casos, os
tratamentos físicos não produzem os efeitos esperados.
7 O desgosto da vida, atribuído a certas pessoas, deve-se justamente à falta de
compreensão da lógica da vida, fazendo com que elas passem pelas maiores decepções
que são as consequências das obras construídas, sem exigência da Lei de Necessidade.

171 O SONO
1 Quando o Ser Humano afastar de seu pensamento todas as teorias que constituem em
falsos alicerces, e além do mais conseguir absorver com inteligência todos os
conhecimentos ministrados pela mãe e mestra, a Natureza, tudo o que é misterioso
deixará de existir, por não haver mais necessidade de sua subsistência.
2 É necessário que o Ser Humano nunca chegue a duvidar daquilo em que ele crê e que
esta dúvida seja dissipada através de seu sentimento, ou seja, o Ser Humano crê naquilo
que crê porque sente em si aquilo que crê.
3 Como é do conhecimento de certos Seres Humanos, a matéria orgânica é constituída de
Plexos ou centros de força que recebem as energias da Natureza, sendo que estas
energias são responsáveis pelo equilíbrio do organismo humano. O Ser Humano nos
seus afazeres diários e em seus movimentos constantes desprende grandes quantidades
de energias captadas pelos Plexos e, conforme o esforço efetuado, ele passa a sentir-se
esgotado, fazendo com que a matéria orgânica venha a necessitar de repouso, e com a
verificação deste, os Plexos captadores passam a captar as energias, quando se verifica
que houve uma normalização de energia no sistema orgânico do mesmo.
4 O sono normal é aquele em que o Ser Humano acorda bem disposto depois de dormir a
quantidade de horas necessárias ao seu repouso diário. Muitas vezes o Ser Humano em
suas lutas é levado a grandes esforços por exigência de seu trabalho e também por
perder noites farreando, advindo em consequência o esgotamento até o ponto em que o
263

Chacra coronário esgote todas as suas reservas, cessando neste ponto a distribuição
de energia por este Chacra e este passa automaticamente ao regime de captação,
chegando desta forma a ponto de esgotamento das reservas, sendo que a energia que o
Chacra coronário fornece ao cérebro é diminuta, apenas uma quantidade necessária para
que seus elementos não se paralisem. Quando este ponto é atingido, o Ser Humano
dorme em qualquer lugar, até mesmo andando. Quando o Ser Humano acorda
subitamente ou quando é despertado pela vibração de algum objeto, ele não se sente
bem durante o dia, porque na maioria das vezes um mal-estar o persegue. Isto ocorre
porque o Chacra coronário não se encontrava em condições de distribuir a quantidade de
energia suficiente para uma perfeita consciência.
5 O Ser Humano pensa que o mal se encontra em dormir tarde, porém há um grande
engano em tal afirmação. O mal se encontra em dormir tarde e acordar cedo, porém se
houver uma compensação não existe mal em pouco dormir porque quem anima o Ser
Humano é a quantidade de energias captadas pelo Chacra coronário e demais Plexos.
Existem também os casos em que o Ser Humano capta apenas 2/3 de energia em seu
Chacra coronário, e quando isso acontece, ele passa o dia todo enjoado e com mal-estar.

172 GRAU DE COMPANHEIRO – INICIAÇÃO


1 A Natureza não nega ao Ser Humano aquilo que o mesmo, por necessidade, curiosidade
e/ou desejo, busca em prol do seu adiantamento espiritual, quer consciente ou
inconsciente. Porém, ele, por já ter conseguido, pelo seu querer, bater às portas da
verdadeira realidade da vida, exigindo, naturalmente, que as mesmas se abrissem, a fim
de que lhe fossem ministrados os lampejos da base da Realidade Absoluta, assim o
mesmo já se encontra preparado para pedir, com sabedoria, tudo que lhe é necessário
para sua evolução abreviada, consciente, e que se encontra na Natureza, essa que como
Mãe, ampara; como Mestra, orienta e, como Serva, serve a todos os seus filhos
indistintamente. Agora, cabe-lhe procurar usar da perseverança, esforçando-se e
estudando minuciosamente, analisando todas as coisas, a fim de que, para agir, direcione
os seus pensamentos com inteligência para conhecer, sentindo, absorvendo o valor
significativo real da realidade que reside em todas as coisas existentes, em função das
suas ações.

173 OUSAR
1 A humanidade tem sofrido a consequência das diversidades de superstições que
atapetam o Universo, pois o fanatismo tornou-se o templo de suas adorações, sendo
vítima de seus próprios temores, dúvidas e descrenças, falta de esforço e persistência.
Quando ela se determinar a proceder de acordo com aqueles que possuem um certo
grau de conhecimento, que gastam algum tempo em pensar, pesquisar e analisar certos
pontos fracos e fortes, para só então se determinar a agir, não dispersará nunca suas
energias e com isto chegará a ponto de cultivá-las com paciência, tranquilidade e
confiança.
2 O Ser Humano que cria em sua mente as belas formas, pode vê-las seguindo por toda a
parte, sentindo um grande prazer por ver que aquela beleza que o cerca e o segue foi
criada por sua própria mente e que ela vê, diante de si, a todo o momento. Existem,
também, aqueles que criam as formas monstruosas, estas que o perseguem por toda a
parte, caindo, então, nos braços da obsessão, revoltando-se e chegando a ponto da
loucura.
3 É necessário que o Ser Humano entenda que o ousar vem seguido do querer e do saber,
para depois calar, estudando as belas formas criadas, examinando-as para compreendê-
las.
264

4 O ousar é uma das qualidades indispensáveis ao Ser Humano que deseja atingir a
realidade, pois, para o Ser Humano ousar, é preciso querer ousar. Para que ele possa
querer é preciso que ele sinta, dentro de seu íntimo, a verdadeira vontade de ousar, pois
só desta maneira ele terá convicção de que está ousando para atingir a sabedoria, esta
que no mundo material significa conhecer tudo o que existe na matéria e na parte
espiritual. Conhecer desde um pequeno gérmen até o mais alto ponto da energia em
evolução, para um dia se integrar ao todo, ou seja, na mesma energia absoluta que deu
origem a tudo que existe no Universo.

174 A AMBIÇÃO
1 As enfermidades que atualmente são reconhecidas através dos vários rótulos
catalogados pela ciência oficial provêm, justamente, da falta de retidão e dos excessos
alimentares, vindo a enfraquecer as forças vitais que lhe são transmitidas para equilíbrio
da máquina humana. Como existe uma estreita relação entre o Corpo Físico e a Alma,
evidentemente a moralização desta traz, como resultado, o equilíbrio da matéria.
2 É bem verdade que os procedimentos adaptados pelas sociedades, ao longo de milhares
de anos, dificultam as reformas dos costumes, fazendo com que o Ser Humano
permaneça inexplicavelmente sem forças para corrigi-lo de vez, considerando que os
elementos instintivos, sendo desprovidos de inteligência, precisam ser atendidos em suas
necessidades.
3 Entretanto, se o Ser Humano resolve infringir as normas que regem a formação e
aprimoramento destes seres, ele está sujeito a experimentar uma enorme sensação de
dor, a fim de que desperte para analisar e corrigir suas ações fora da Lei.
4 A gula é um vício que se estabelece entre os povos, em função de costumes adaptados
pelas camadas sociais, transformados em padrões comuns, porquanto nas
comemorações e banquetes é indispensável a presença de iguarias, estas que se
relacionam tão somente com a sensação do prazer, do que mesmo pela necessidade.
5 Entretanto, a ampliação de teorias atribuídas a outras pessoas pela descoberta
sistemática que, segundo afirmam, são originadas da razão pura, não está de acordo
com a lógica, isto porque, antes que se faça um estudo minucioso acerca do princípio
primitivo daquilo que se quer estudar para se chegar a uma conclusão, já é anunciada a
sua descoberta, sendo que estas são frutos de um planejamento sem sabedoria, que se
resume no seu sentimento pelas experiências adquiridas no passado.
6 Existe uma grande diferença entre uma alimentação normal e aquela caracterizada pela
gulodice, isto porque, enquanto uma traz o equilíbrio dos seres que entram na
composição do organismo, a outra traz o desregramento provocado pelos excessos, e
isto é verificado quando os elementos, já acostumados a receberem certa quantidade de
energia condensada, deixam de recebê-las em função da alteração brusca verificada no
regime alimentar.
7 Além das considerações apresentadas, e tendo em vista que nada se encontra inerte e
não se perde, aqueles elementos já acostumados com os padrões introduzidos com o
tempo, gravitam na Natureza e, no momento da reencarnação, a Alma entra em contato
com estas partículas que conservam em si todos as qualidades adquiridas no decorrer de
suas existências pretéritas, a fim de que a Lei de Progresso seja verificada, até que um
dia o Ser Humano use sua inteligência espiritual de acordo com a capacidade de
desenvolvimento do referido centro e, gradativamente, consiga diminuir esta relatividade
sem, contudo, infringir as Leis que regem o processo da evolução.
8 Quando os sentidos são desenvolvidos e guiados pela ignorância, para atingir seus
objetivos grosseiros e materializados, o Ser Humano fica condicionado àquelas mesmas
formas que permanecem consigo, sendo transformadas em impressões quando se muda
265

de plano e aí, além de permanecer com as mesmas necessidades adquiridas pelo


Corpo Físico, ainda se posiciona, na vibração correspondente, à combinação dos
prazeres com a obra. Isto equivale dizer que cada criatura tem um caminho próprio a
seguir, dependendo do conhecimento e da orientação que obteve sobre as Leis Naturais,
de modo que a esperança de alcançar um princípio de conhecimento no futuro reside no
arrependimento, este que lhe transmite forças para afastar os portais da ignorância e se
identificar com os primeiros raios de luz.

175 A ESPERANÇA
1 Quando a humanidade, em suas peregrinações terrenas, se depara com as dificuldades
naturais, que não são nada mais do que o fruto do seu próprio trabalho, é comum se ouvir
as queixas e os lamentos sendo que, na maioria das vezes, esta situação é analisada
como uma imposição da Divindade. Entretanto, existe um pequeno número de pessoas
que já sentem e se aproximam da espiritualidade, sabendo perfeitamente que o destino
do Ser Humano é constituído por ele próprio, não havendo, portanto, imposições das
esferas superiores, sendo que a sabedoria e a perfeição podem ser alcançadas pela
subida de uma escada que em sua formação contém um degrau de grande importância
denominado esperança, que é uma confiança que o Ser Humano possui e que pode
transformar-se, através da necessidade, em um desejo da Alma para se libertar dos
compromissos adquiridos no passado para alcançar, com resignação, o objetivo
pretendido. Portanto, a esperança é uma virtude e uma amiga do Ser Humano, porque
auxilia e o ajuda a suportar com resignação o peso dos encargos, o desespero, as
tristezas, as dores e as desilusões.
2 Se muitos lutam para alcançar este quinto degrau da escada de Jacó é porque já
pretendem reconhecer a verdade, essa que se encontra representando o sentimento de
cada um, fazendo com que a criatura humana visualize a natureza externa com os olhos
grosseiros da parte materializada e enxergue sua natureza interna com os olhos de
matéria quintessenciada, ou seja, da Alma, vindo deste modo a compreender como se
atrai a matéria prima para a confecção da forma, ou seja, para que se processe a
formação dos pensamentos, muito embora o Ser Humano não se encontre preparado
convenientemente para sentir as vibrações que a Natureza lhe oferece, isto porque, em
geral, a sua mente e o seu pensamento estão constantemente dirigidos para fins
adversos àquelas orientações por ela indicadas.
3 Todos aqueles que almejarem um futuro promissor devem ter esperança para conseguir
o ideal almejado, substituindo todas as formas grosseiras e imperfeitas por aquelas
justificadas perfeitamente pela lógica e a razão, afastando-se cada vez mais da
superstição, do fanatismo, da maldade, da revolta e da vingança e se aproximando, em
consequência, da beleza, do equilíbrio e da sabedoria, dos degraus que os elevam à
perfeição, esperançosos na construção de belas formas que tenham como objetivo
prestar ajuda aos irmãos necessitados pelos aconselhamentos espirituais que poderão
despertá-los para o cumprimento de seus deveres sagrados, após conseguir o seu
equilíbrio material.
4 Para se alcançar este degrau representado pela verdade, é necessário que se ponha em
prática a inteligência para que venha a se identificar com os centros de percepção,
representados pelas cinco forças da Natureza e desta forma dar continuidade à
caminhada de mãos dadas com a esperança para atingir a consciência onde
internamente repousam as Leis Universais.

176 PERCEPÇÃO
1 O que tem levado o Ser Humano a passar pelas decepções, dores e sofrimentos é,
justamente, a falta de conhecimento de si próprio, das funções de seus órgãos, dos
266

centros de força, além de não se reconhecer como uma Alma encarnada, bem como
ignorar a presença de uma Centelha Divina que lhe dá vida e movimento.
2 Já é reconhecido que a mente, para adquirir a capacidade de formar imagens completas,
necessitou de um tempo pré-determinado para o seu aperfeiçoamento, o que ocorreu no
plano hominal, fazendo com que o Plexo Frontal exercesse domínio completo sobre os
cinco sentidos do Ser Humano.
3 A percepção não é nada mais, nada menos, do que uma compreensão pelo estado de
consciência que se encontra o Ser Humano no momento da realização, sendo que a
mente desempenha um trabalho importante no momento da realização, uma vez que, se
ela não estiver ligada ao órgão, a pessoa pode enxergar, ouvir e sentir, porém sem
consciência.
4 No ouvido, ou seja, no aparelho auditivo, se manifestam as energias do Prana ou éter
sonoro, e os instrumentos representados pelo ouvido externo levam o som em estado de
vibração para ser apresentado à mente do Ser Humano, onde ocorre a manifestação das
energias imaginárias, formando-se, em consequência, a imagem mental do objeto que
emitiu aquela vibração sonora, sendo que esta é transmitida ao cérebro onde se realiza a
percepção.
5 Os elementos de sentimentos animalizados sempre provocam os seus desejos,
promovendo uma combinação entre o ato e a necessidade, levando o Ser Humano a
formular um pensamento que chega até a mente e desta ao cérebro, que o submete à
apreciação da Alma, sendo através desta que se processa a autorização na sequência da
mesma ordem, ou seja, da Alma para o cérebro, à mente, aos órgãos e, finalmente, aos
instrumentos que servem apenas para a consumação do ato que enseja a percepção.
6 Quando se pretende sintetizar determinada substância em laboratório é necessário que
se compreenda as suas propriedades específicas, a fim de que seja selecionado o
catalisador responsável pela aceleração ou diminuição do avanço da reação em estudo.
Assim, se quisermos dissolver um sólido, cuja temperatura de fusão seja alta, então
temos que lançar mão da temperatura para promover o aquecimento até aquele ponto
pré-determinado. O mesmo procedimento acontece com a solidificação, sendo que, neste
caso, submetemos o líquido a um resfriamento, que pode ser associado a uma variação
na pressão do sistema.
7 Para que possamos promover uma realização natural, como por exemplo, a formação de
um objeto, é necessário que saibamos ou sintamos quais os elementos que entram na
composição do mesmo, isto é, temos que ter certeza da maneira pela qual o objeto foi
formado para que utilizemos as energias da Natureza e a matéria-prima que ela nos
oferece e possamos, então, promover esta ou aquela realização. Mas, para tanto, é
necessário que sejam afastados de nossos pensamentos a dúvida e a descrença, para
que se processe a manifestação da vontade, quando impulsionada pela necessidade.

177 SUPERSTIÇÃO
1 A humanidade do presente possui os seus julgamentos ainda falhos, pois existe no seio
dos Seres Humanos aqueles que pensam que Deus privilegia esta ou aquela criatura que
lhe seja agradável. O Pai não tem privilegiados, nem tão pouco simpáticos a si. Dentre os
mestres que passaram pelo planeta, existiu o Cristo, este que, segundo algumas
religiões, realizava curas por ser um privilegiado de Deus, porque era seu filho e que veio
mandado por Deus para demonstrar como era a realidade das coisas para a humanidade,
sendo esta filha do mesmo Pai. O que ocorre na realidade é que aqueles esforçados, que
lutam, que aprendem e aperfeiçoam para atingir o último grau da perfeição, estes vêm
mostrar em sua última encarnação o fruto de seus estudos.
267

2 Se o Cristo realizava suas curas, ele próprio não se considerava um privilegiado de


Deus e ainda afirmava: “Tudo o que eu realizo qualquer Ser Humano esforçado pode
realizar mais do que eu”, e, na realidade, o Ser Humano pode realizar através do seu
aprimoramento, do seu esforço e da sua vontade.
3 A superstição está baseada num sentimento religioso, no temor e na ignorância, e que
induz a admitir falsos deveres, confiar em coisas ineficazes e criar coisas fantásticas. Ela
se encontra baseada, também, no apego exagerado a qualquer coisa.
4 Os Seres Humanos precisam equilibrar suas vidas dentro das normas estabelecidas pela
confiança, pelo saber, pela certeza e pelo esforço no realizar, porque através de suas
crenças sem fundamentos, de suas superstições e fanatismos, infelicitam a si mesmos.
Dizem certos Seres Humanos que algumas religiões possuem orações com poderes
extraordinários de realizações, sendo que a frase escrita pelo Ser Humano não tem
importância alguma; o poder da realização se encontra no pensamento e na vontade do
oficiante, sendo necessário, para tanto, que o Ser Humano aprenda a orar deixando-se
envolver pelas energias que lhe proporcione o seu bem-estar.
5 O que o Ser Humano necessita é de conhecimentos reais, estes que o conduz ao
verdadeiro caminho das realizações e das soluções de seus problemas. Enganar a
humanidade com promessas e superstições é fazer com que ela deixe de realizar suas
obras por si mesma, é criar um abismo no qual se precipitarão condutor e conduzido,
estes que certamente irão se lamentar pela queda ocorrida.

178 TEMOR
1 Quando a humanidade compreender a lógica da vida e o método perfeito que são as
normas que regem os códigos estabelecidos na Divina Lei que tudo orienta e ensina,
então ela poderá equilibrar-se dentro de um ponto real e verdadeiro de todas as coisas. O
Ser Humano pode utilizar sua inteligência para governar as forças da Natureza para
poder utilizá-las em suas realizações. Para tanto, é necessário que ele se liberte da
descrença, da falta de fé e de confiança em si mesmo.
2 O Ser Humano sente esta dúvida, esta desconfiança e esta falta de crença, porque
desconhece os meios que regem estas normas que regem as Leis, e se ele não sabe,
então não crê, e dessa forma não tem certeza do método correto para atingir estas
realizações com esforço e persistência, analisando tudo para atingir seu próprio
equilíbrio, porque se ele abandona sua inteligência, age fora da razão e despreza sua
consciência, então não pode afirmar aquilo que sabe nem aquilo que crê.
3 Quem comete uma ação recebe como efeito uma reação e enfraquece suas forças vitais,
tornando-se assim impotente perante as Leis Naturais, que tudo lhe oferece para realizar
suas obras.
4 O temor é um medo que enfraquece a coragem do Ser Humano, envenena seus
pensamentos, destrói suas forças e desequilibra seu sistema nervoso. Todos aqueles que
não têm um certo grau de conhecimento, são contagiados pelo Ser Humano que sente
temor. Toda vez que a verdade é transmitida para uma Alma enferma, esta é afetada pelo
gérmen do temor que a lança no calabouço da inferioridade. É necessário que o Ser
Humano procure sempre o princípio de todas as coisas, analisando as Leis Imutáveis que
regem o Universo, para ser senhor da Natureza, senhor de si mesmo e senhor do
Universo. Muitos conhecem a Lei, porém a infringe pela sua vaidade, que supera a voz
do seu dever, e os conselhos que deveriam ser transmitidos por vários mestres se
encontram dentro de si mesmo, na sua consciência, sendo ela que indica tudo o que se
deve fazer.
268

5 O Ser Humano deve sempre analisar todas as coisas, procurando conservar-se calado
no meio de todos aqueles que o observam e transmitindo sua sabedoria no momento
exato para todos aqueles que o cerca.
6 O Ser Humano, no momento de suas discussões, não deve gesticular para não gastar
suas energias, conservando calma para atingir a vitória e, por conseguinte, edificando
suas construções sobre bases sólidas para ter uma estabilidade duradoura.

179 MISTÉRIO
1 Já é reconhecido por uma parte da humanidade que tudo no Universo é orgânico e
relativo, passando pelas transformações necessárias para apresentarem uma forma mais
perfeita no futuro.
2 Tudo obedece às diversidades de transformações, como por exemplo, para atender à Lei
de Destruição, os velhos edifícios são destruídos, para que surjam em seus lugares
respectivos novos prédios, mais modernos e condizentes com a necessidade da
atualidade vigente.
3 Já houve época em que a ciência afirmara que um globo foi imprensado por dois outros,
fazendo com que a humanidade acreditasse em tal teoria sem o emprego de seu
raciocínio e de sua análise, aceitando tudo como verdadeiro, sem ter o trabalho de
examinar.
4 Existem no globo dois movimentos: o de rotação, que o globo gira em torno de si mesmo,
e o de translação, que o faz em torno do seu centro; e, para que houvesse choque, seria
necessário que um desses globos se tornasse fixo.
5 É necessário que estas velhas teorias sejam destruídas, pois a humanidade atual precisa
caminhar para um posto mais elevado da ciência, que o levará à descoberta de grandes
eventos.
6 O mistério é um dogma religioso impenetrável à razão humana, sendo que esta foi
incapaz de explicar ou compreender este elemento oculto ou obscuro.
7 No seio da religião também existem os conhecidos mistérios que seus próprios criadores
desconhecem, pois sendo eles criados por uma mente desequilibrada, não foi justificado
por sua razão nem ditado pelos seus sentimentos, chegando à conclusão de que esta
religião não deveria existir, porque se tudo é mistério, este que não é desvendado para o
esclarecimento do povo, então não havia necessidade da religião para o Ser Humano,
pois sem ela este não pode conhecer a verdade, permanecendo na ignorância.
8 Existem muitos Seres Humanos que se envaidecem, chegando a ponto de se sentirem
felizes apenas acreditando no fato dos mistérios inexistentes em suas religiões,
afirmando que estas são as únicas e verdadeiras perante o Universo, e que o Deus por
eles adorado é o único e verdadeiro, sendo considerado como tudo para a sua crença e
nada para sua razão, julgando-se salvos, mas uma salvação cheia de falta de
cumprimento dos deveres e da realidade das coisas verdadeiras.
9 O Ser Humano deve abandonar estes falsos mistérios e seguir pela luz que os conduzirá
a pontos radiosos, onde repousa a sabedoria das Leis Universais, esta que o conduzirá a
pontos radiosos da sabedoria sem mistérios e onde repousa a Sabedoria Divina, esta que
se manifesta a cada momento, ensinando-lhe como agir quando se apossar dos
conhecimentos adquiridos na grande obra para o progresso e perfeição de cada um.
10 É preciso que as velhas teorias sejam substituídas porque, no momento, elas não são
mais necessárias para o aprimoramento do Ser Humano, este que já caminha para
postos mais elevados da ciência, que deverá ser senhor das grandes descobertas, e não
escravo da dúvida que o deixa sem noção das coisas reais, só acreditando em tudo o que
sua razão ditar e o seu sentimento aceitar, porque assim estará baseado no justo e no
perfeito.
269

180 PRATICAR E EVOLUIR


1 A prática pode ser efetivada quando o aprendiz estudou, aprendeu, já possui todo o
conhecimento da parte teórica e, portanto, já sentiu a realidade dos fatos.
2 O estudo da química nos dá uma informação bastante satisfatória para a compreensão
da teoria e prática, isto porque o simples fato de escrevermos uma reação química não
nos diz se ela vai ocorrer na prática. Para tanto, devemos lançar mão de catalisadores e
outros aceleradores da reação em experiência.
3 Considerando o exemplo acima, podemos concluir que o Ser Humano só aprende se o
seu querer partir de um querer real, onde as qualidades predominantes são o esforço e a
persistência. Daí haver a necessidade de saber quais os elementos que entraram na
composição deste ou daquele objeto e, em consequência, compreender o princípio, o
meio e o fim de sua formação.
4 A teoria relativa ao estudo das Leis Universais e o objetivo de sua existência no plano
físico nos levam a compreender que só podemos aplicá-las para o nosso bem e para o
bem da humanidade quando a necessidade exigir e o sentimento ditar.
5 Se o plano astral só difere do físico pela diferença de vibração entre eles, então devemos
praticar a concentração prolongada levando em consideração o grau de vontade. Do
mesmo modo, podemos identificar e sentir o plano mental pela prática da meditação, para
o desenvolvimento da imaginação.
6 Se o Ser Humano não consegue aplicar na prática tudo aquilo que aprendeu, não deve
tomar isso como um fracasso, mas, sim, como uma vitória porque, no momento da
revisão da teoria, ele é levado a estudar pacientemente os assuntos considerados sem
importância, levando-se em consideração que seu grau de vontade está diretamente
ligado com a energia e matéria. No momento da obtenção de qualquer resultado, vem o
esclarecimento e a certeza de que para evoluir é necessário praticar.

181 RELATIVIDADE - MAGIA


1 A Relatividade analisada pela teoria da ciência oficial estabelece que existe uma
equivalência entre massa e energia, e que esta pode ser calculada pelo conhecimento da
velocidade da luz e da massa da matéria em estudo.
2 O conceito espiritualista acerca desta teoria é mais amplo, porquanto tudo que existe no
Universo é orgânico e relativo, somente Deus e o Espírito são considerados como
Absolutos.
3 A humanidade se acostumou a fixar certos padrões gramaticais, como por exemplo, a
palavra mal, usada que é para distinguir o certo do errado, o que infelizmente é verificado
pela falta de conhecimento da Lei de Relatividade.
4 Se o amor partiu do ódio, logo, este é o amor relativo; a impiedade é a piedade relativa; a
injustiça é a justiça relativa; o inferno é o céu relativo. Ora, se tudo isso são partes que se
juntam para formarem o todo que existe no Universo, então podemos dizer que estão
submetidos à Lei de Relatividade, para se aprimorarem, evoluírem e aperfeiçoarem.
5 A palavra magia também tem sido mal interpretada pelo Ser Humano, que leva tudo para
o terreno da superstição. Ela está estritamente ligada ao pensamento, ou seja, à
combinação das energias da câmara mental para atingir o objetivo desejado.
6 A magia branca pode ser compreendida pela prática do bem, tanto por parte do mago,
como pela ajuda de entidades esclarecidas.
7 A magia negra é reconhecida e utilizada pelos magos para a prática do mal, porque as
entidades são enganadas com oferendas e despachos.
8 A magia vermelha se diferencia das anteriores porque as entidades têm conhecimento e
não cobram pelo trabalho efetuado, entretanto o oficiante deve ser dotado de
270

características simpatizantes para cativá-las e estas se apresentam nos celeiros das


Almas desequilibradas como verdadeiros juízes, para impor sua autoridade e efetivar a
realização da obra.

182 EM BUSCA DA VERDADE


1 Somos, hoje, em 1989, no Planeta Terra, em média 5 bilhões de Almas encarnadas (sem
evidenciar os desencarnados), onde ainda quase que a totalidade, quer por questões
kármicas ou más determinações presentes, sofrem consciente ou inconscientemente sem
orientação espiritual oficial convincente que nos explique, lógica e resignadamente, tais
situações em nossas vidas.
2 A inconsciência do Ser Humano deve ser um produto de sanção da Lei Natural em
relação as suas obras realizadas, dado o seu livre arbítrio, mas não fruto de ações
doutras criaturas que, uma vez inconscientes das Leis, diga-se com efeito, usem de suas
orientações de cunho religioso (que deve ser real, porém não dogmático) e façam com
que os que já podem, devem e necessitam ser despertados, conscientizados, cada vez
mais enegreçam suas Almas com estas falsas orientações.
3 Gostaríamos de que nós, toda humanidade, principalmente os interessados, necessitados
e de boa vontade, ajudássemo-nos mutuamente no que se refere ao direito de
adquirirmos “a Verdade”, este nosso maior patrimônio. Afinal, ela é a única esperança
que temos para esclarecer nosso ser, bem como nossa razão, a fim de que possamos
caminhar com direção iluminada, em busca do nosso Criador, por caminhos verdadeiros,
cuja direção é o amor.
4 Assim, com a consciência, logo, a convicção despertada, e pela certeza de que ela nos
traz e faz, esperamos que todos vivam a desejar encontrar a verdade, querendo somente
ela e que por ela se imolem, pelo simples fato de não existir nada superior a ela.
5 Portanto, perguntas como: Do que, como, quando, donde e por que partimos ou viemos?
Quem e o que somos? O que, como e por que a tudo isto em nossas vidas fazemos?
Para quê, como, quando, onde e por que retornaremos ou vamos? Fazem por certo com
que, ao menos, aos que prontos se encontram, comecem a despertar suas consciências
em busca do seu princípio e aos que ainda não, gerem assim o entusiasmo de
analiticamente em si, silenciosamente, examinar a possibilidade de a tudo isto buscar.
Afinal, deve o Ser Humano espiritualizar-se. Se não sente este desejo, ao menos deseje
este desejo. O método a seguir são as Leis Universais, pois que dentro delas tudo é bem,
fora das mesmas nada é definitivo nem seguro e o investimento é convergir nossa
atenção, direcionando nosso pensamento através de nossa inteligência à tal busca,
caracterizado por uma determinação de ação, com paciência e moderação, procurando
examinar raciocinando até chegar-se à uma conclusão, para daí gerar confiança de agir
com segurança e evoluir abreviadamente por sentir, ou melhor, por ter consciência.
6 Reflitamos...

183 A RAZÃO DA VIDA E DA MORTE


1 É necessário que o Ser Humano não se subestime, pois que como ignorante tem
sucumbido em vez de procurar saber para vencer neste imensurável Universo.
2 Doutra forma tem ele, quando sabe, tirado partido de suas forças e quando as ignora,
como se evidenciou, torna-se impotente e, às vezes, inválido. Entretanto, aos que
oferecem condições para que a Luz se faça em seu ser, tem manifestado a coragem,
esta sublime qualidade que os fazem levantarem-se e ascenderem-se, desprendendo-se
da ociosidade, da incapacidade, da paralisia e da cegueira, e assim passam a,
conscientemente, avançar, realizando tudo aquilo que na Natureza se encontra à
disposição dos hominais, para que tenham uma vida menos infeliz e mais vitoriosa.
271

3 Considerando as transformações rápidas no planeta, que tem culminado a quedas de


hábitos, valores e normas que não mais auxiliam os Ser Humano na sua caminhada
evolutiva, podemos concluir que de há muito estas e outras vitórias nos esperam, e que
os que consciente estão desta realidade devem, podem e necessitam usar de suas
energias potenciais para materializar tudo aquilo que para si e seus semelhantes é
exclusivamente necessário.
4 Creia-se que, além das orientações dogmáticas, estas que têm sido aos Seres Humanos
impostas desde a infância, também o temor a Deus, por não se espiritualizarem, a
ignorância às Leis Naturais, a falta de raciocínio e análise, a ociosidade mental, a
afirmação exagerada sem sabedoria, a vaidade de se saber o que não se sente e a
presunção, são males que ainda trazem os Seres Humanos infelizes em nosso orbe.
5 A morte, dogmaticamente falando, é o pior dos crimes que se pode praticar à criatura
humana, o que lhes traz a ilusão de que os túmulos são o fim de toda a vida, colocando-
os cada vez mais nas trevas. Mas, a realidade é que a morte não existe, nem mesmo
para o Corpo Físico, pois que este tem de obedecer à Lei Natural da Evolução, cujo
princípio é não de perda, mas sim de aprimoramento.
6 Já está evidenciado que na Natureza nada se perde, tudo se transforma, aprimora e
evolui. Também já se caracteriza que a energia não se acaba, apenas se transforma.
Mais ainda, evidenciou-se que a matéria é energia condensada. Assim sendo, necessário
é que caracterizemos que esta matéria, que é energia condensada, em função da
evolução, adquire, quando condensada, para formar um corpo qualquer, principalmente
de um Ser Humano, através suas ações e obras, consciência, razão, vontade própria e
também cientifica-se da consciência, pelo simples fato do Ser Humano poder raciocinar,
analisar, pesquisar, compreender e, quando justificar, praticar para mais rapidamente
evoluir em busca do seu Princípio. Estas qualidades que o corpo material adquire são
formadas de sensibilidade, sentimento, bem como sabedoria e, em função da evolução,
encontra-se esta matéria do Ser Humano ainda necessitando de duas qualidades, a fim
de que atinja a perfeição dessas massas.
7 Portanto, se nesse imensurável Universo existisse o tão propalado fim na duração, nem
Deus seria então infinito, pois que Ele é constituído da totalidade dos elementos contidos
na Natureza, porém, em estado Absoluto de perfeição, ou melhor, Nele reside a
absolutividade e relatividade. Podemos assim evidenciar que no Universo tudo é infinito
no sentido da duração, concluindo desta feita que a morte não existe e a vida é eterna.
8 Muita realidade tem sido dita e, de quando em vez, materializada aos Seres Humanos.
Boa parte deles, a princípio relutam, levando um bom espaço de tempo para concluírem
por suas próprias experiências o que tem ouvido e visto. Temos o exemplo dos
Cristóforos que por aqui passaram, de suas doutrinas filosóficas, do que nós Seres
Humanos lhe fizemos e que hoje fazemos com suas filosofias.
9 Pois bem, agora a tônica é Deus, dita por quase toda humanidade. Será que
necessitaremos de tanto tempo para concluir, sentir da sua existência? Será preciso mais
sofrimento, a fim de que sejamos forçados a buscá-lo? O Ser Humano demora por
concluir o que, no âmago, almeja e, ainda que não desejasse viver eternamente, ele tem
obrigação de viver por gratidão de existir, pois deve entender e sentir que a vida não
cessa, ela é desenvolvimento, é progresso, é movimento, é equilíbrio. Portanto, quando
ele isto tudo compreender, através de suas qualidades do sentimento, da sua sabedoria,
da sua ciência, desenvolvidas, é sinal que nele estão se manifestando as qualidades
puras da sua essência, ou seja, do seu Deus interno, seu Espírito. Os que já sabem que
seu corpo material e, mais precisamente a matéria de maneira geral, não é coisa morta,
aproveitam da sua energia e utilizam-se dela para combater a ignorância que em si
assola, manejando-a como utilíssimo instrumento para sua ascensão, sua evolução neste
difícil e amargo que pode tornar-se doce “teatro da vida”.
272

10 Porém, os que, ao contrário, ainda teimosamente convencidos de que sua matéria,


este elemento vivo, é tão somente um fardo pesado preso as suas costas como se
fossem cargas em pescoços de bovinos ou cangalhas em lombos de asnos, estes se
deixam levar pelas circunstâncias da vida e assemelham-se ao pó da estrada que, a
princípio, é tão somente rebuliçado pelo tropel dos outros que, com sua vontade
traduzidos em entusiasmos e coragem, avançam gloriosamente, ainda que se ferindo nas
pedras toscas dos estreitos, porém retos, caminhos da vida.
11 Ainda assim, todo esse pó que se caracteriza como coisa inerte, entretanto se ergue
quando agitado, levantado, e sentir-se-á atraído pelo tropel dos viandantes, estes que
sentem que a vida é movimento, e os arrastam ininterruptamente ao equilíbrio.
12 Desintegrar não é dar consciência e sim descondensar que faz com que dispersem os
elementos de um corpo na Natureza para que voltem, no futuro, necessariamente mais
aprimorado para uma vez reagregarem-se e, desta feita, constituírem novos corpos cada
vez menos imperfeitos, pois que conseguirão, cada vez mais, refletir a energia interior em
função de estarem cada vez menos aglomeradas suas massas.
13 Os maiores prêmios que a humanidade “in totum” impera existir dentro de si, nada mais
são que a paz, a luz, a compreensão, estes que lhes trazem a onisciência, e para isto
adquirir é necessário que os Seres Humanos busquem os métodos exatos para suas
ações, pela compreensão da lógica da vida, esta que deve ser vivida e compreendida por
todos os seres encarnados ou desencarnados, e cheguem então a ponto de conservarem
em si o verdadeiro paraíso, proporcionado pelo verdadeiro equilíbrio, encontrado entre o
amor e a retidão, a brandura e a compreensão, bem como entre a luta e a vitória.
14 Portanto, os que não buscam a lógica têm fracassado por não a entenderem, e com isso
sofrem por não compreender tudo o que a Natureza tem lhes oferecido para que
construam o seu verdadeiro paraíso de felicidade eterna.
15 Assim, o equilíbrio se adquire com a razão, o saber com a realização. Deve-se ter o saber
pela razão de saber, para que se sinta a lógica da vida, a fim de se ter equilíbrio e
estabilidade eterna.

184 RACIOCINAR
1 Quando o Ser Humano tiver a capacidade de desenvolver seus centros de percepção,
quando desenvolver sua câmara mental para que penetrem em si todas as leis externas,
então ele pode dizer que é possuidor de duas naturezas: a natureza interna e a natureza
externa.
2 A natureza externa, vagarosamente, vai traçando as suas realizações da Lei Natural do
Progresso. É a natureza externa que proporciona ao Ser Humano, através de sua
exaltação, através do progresso e do esforço, o poder de abreviar todas as realizações
que desejar.
3 Se o Ser Humano estiver sempre persistindo num ideal justo, ele pode vencer as grandes
batalhas, mas se esse ideal for falso e injusto, ele pode precipitar-se num abismo,
precisando desistir urgentemente deste ideal. Para tanto, basta que ele modifique o seu
pensamento vibrando para outros fins, consciente das consequências que está sofrendo.
4 A libertação dos efeitos provocados pelas más obras não está nas confissões, nem
tampouco no perdão adquirido através de outros Seres Humanos imperfeitos, mas, sim,
na renúncia de todos os crimes. Está no esforço e persistência para se conduzir dentro
dos bons pensamentos, afastando de si o orgulho e a vaidade que possa atirá-lo no
abismo da ignorância e ilusão.
5 O raciocinar é reconhecido como um encadeamento lógico de pensamentos. Se o Ser
Humano comete algum erro é porque insiste em persistir em idéias que não são úteis, por
não seguir a voz da razão. A vida é movimento, equilíbrio e progresso. O Ser Humano faz
273

o seu próprio julgamento e, com esta análise, julga suas faltas maiores ou menores do
que a dos outros Seres Humanos. Aqueles que possuem faltas em menores proporções
chegam ao ponto de aumentá-las perante o povo, se lamentando por tê-las cometido.
Outros há que diminuem suas faltas pela vergonha de revelá-las, guardando segredo até
que o remorso estampe em suas consciências.
6 Não é preciso que o Ser Humano revele para os outros as suas faltas, pois sejam elas
reveladas ou não, a Lei já tem conhecimento delas e, cedo ou tarde, o Ser Humano irá
sofrer as suas consequências.

185 A CARIDADE
1 Constituindo a área povoada pelo planeta Terra, existem as diversidades de classes
sociais que, de uma forma ou de outra, praticam, por conveniência própria, pela posição
privilegiada que ocupam, uma caridade que, na maioria das vezes, se resume numa
benevolência, compaixão, piedade, devoção, afeto, afeição e até mesmo por amizade
que só mais tarde, com o passar do tempo, se verifica que muitas delas se constituíram
numa infração às Leis Naturais, o que deve ser tomado como uma lição, porque aquilo
que se pensou que era um bem, na realidade se tratava de um mal para todos aqueles
que, a princípio, se julgaram beneficiados com aquela ação.
2 Para se fazer uma caridade real dentro das normas estabelecidas pela lógica e pela
razão, uma caridade verdadeira que não venha a prejudicar a si próprio para beneficiar o
próximo, como, por exemplo, passar fome para alimentar outra pessoa ou ficar despido
para vestir seu irmão, deve-se agir de modo que não haja prejuízo para qualquer uma
das partes, pois, se isto ocorrer, ela não pode ser considerada como uma qualidade, nem
tampouco como uma virtude que ocupa o sexto degrau da escada de Jacó, esta que
simbolicamente representa um Ser Humano consciente e equilibrado pelo cumprimento
dos deveres que, ao deparar com seu irmão necessitado, ajuda-o para que ele adquira
seu equilíbrio e, após conseguir seu restabelecimento, o encaminha para o trabalho,
sendo este o método que deve ser reconhecido como uma caridade real e não aquela
que visa transferir para outros as moedas metálicas, na ilusão de que estas venham a
resolver todos os problemas apresentados por estas criaturas.
3 A verdadeira caridade está ligada diretamente com a necessidade que determinada
pessoa demonstra de ajudar ou ser ajudada, mas isto sem que haja prejuízo das partes,
porque se houver persistência neste objetivo pelo uso do pensamento sem a participação
conjunta da inteligência, ele estará atraindo para si a própria necessidade.
4 O Ser Humano que se lança nesta caminhada para atingir o ponto mais alto da sabedoria
e perfeição, precisa saber que, para atingir esta finalidade, é necessário que se processe
em si um grande esforço para que haja maior sensibilidade pelo desenvolvimento de seus
centros perceptivos, e assim ir conseguindo, a cada instante que se passa, um melhor
discernimento de sua consciência, aprendendo o método elaborado pela Natureza e
tentando aplicar de todas as maneiras e em todo o campo de ação as Leis Universais,
isto porque para se fixar com segurança e equilíbrio neste degrau é necessário que seja
internado em si, no seu sentimento, tudo o que foi aprendido e compreendido como
verdade, esta que tem como função impulsionar o Ser Humano para partes mais altas do
Conhecimento Espiritual.
5 Para o Ser Humano chegar à realidade de tudo que ele deseja é indispensável que as
experiências sejam recebidas como dedicação e esforço, atingindo desta forma a razão,
tendo plena convicção de que, sem justiça, não pode haver caridade, não esta justiça
reconhecida pelo mundo profano, mas aquela que, sendo imutável, jamais condena um
inocente, por mais grave que seja a ação por ele praticada.
274

186 A CARIDADE - A SEXTA VIRTUDE NO SER HUMANO


1 Quer orgulhosa, vaidosa, vingativa, compassiva, penosa, piedosa, odiosa e
arrogantemente, o Ser Humano tem praticado a caridade ao seu semelhante,
demonstrando, assim, ainda ser para ele difícil compreender a verdadeira caridade. Ela é
o cumprimento dos deveres e está enraizada no Ser Humano em razão da igualdade que
une todos os seres, quer na sua essência ou na matéria em razão da liberdade de
pensar, de consciência, bem como de direitos e ainda em razão da fraternidade, este
vínculo seguro e indestrutível que une todas as criaturas humanas pela amizade que
deve existir entre eles, pelo fato de, como verdadeiros irmãos, compreenderem que
partiram de um mesmo princípio - Deus.
2 Para que se pratique a caridade é preciso compreendê-la, tanto quanto a Lei de
Necessidade.
3 Deve-se praticar a caridade somente aos que necessitam, pois quando se pratica a
caridade a quem não necessita, há falta de caridade consigo próprio, fazendo com que se
manifeste em si a Lei de Necessidade. Portanto, deve-se ajudar aos que necessitam e os
que não necessitam devem trabalhar, movimentarem-se, pois a vida se prova pelo
movimento, para se adquirir o progresso. Afinal, tudo é e deve ser de acordo com a
Necessidade.
4 Equivocadamente, hoje, o Ser Humano tem achado que tem praticado a caridade ao seu
semelhante pelo fato de usar o prestígio dos cargos que ocupa perante o trabalho social,
esquecendo-se de que se determinara quanto a tal, e não pelo fato de ter lhe sido pedido.
Assim, arrogantemente, tem praticado a caridade demonstrando seu orgulho. Doutra
forma, vaidosamente, a pratica para adquirir mais prestígio, por receio, medo de que lhe
falte um dia algo, mas também pela vingança tem conseguido praticá-la, envenenando-se
pelo ódio, até a sacrificar suas vítimas. Existem ainda os que, pela compaixão e piedade,
praticam a caridade e se determinam a doar tudo de si para os outros, chegando ao
ponto do empobrecimento total. Esta é a caridade dogmática, da parte religiosa, daqueles
que entendem que se deve dar até mesmo a roupa do corpo aos seus irmãos. Estes,
uma vez despidos, serão pegos e levados pelos mantenedores da ordem pública, que os
encarcerarão para que assim possam receber recompensa por tal caridade prestada - as
glórias do processo judicial por desrespeito a ordem e moral pública, e gozar, assim, da
tranquilidade forçada de tal processo.
5 Ainda que seja difícil compreender a verdadeira caridade, deve o mesmo conceber que
existem várias manifestações da caridade. Entretanto, ela está no Ser Humano
transmitida pela sua essência. Muitos, desconhecendo-a, procuram demonstrar que a
praticam, outros o fazem pelo fato de acharem que é simplesmente obrigação que tem
para com seu próximo, pela igualdade existente entre eles; e ainda outros a praticam com
a intenção de atrair a admiração dos demais para si. Tudo isto só vem a enegrecer, cada
vez mais, a Alma do Ser Humano. A caridade não pode e nem deve ser praticada com
estes pré-requisitos, ainda mais quando é oferecido e depois anunciado, em todos os
meios de comunicação, aquilo que por si fora feito.
6 A caridade real que deve ser praticada consiste em fazer com que o próximo retire de si o
véu da inércia, das falsas ilusões, dos falsos costumes, dos falsos procedimentos que
lhes trazem infelizes durante todo o tempo, encaminhando-o à busca do equilíbrio pelo
trabalho, pelo movimento, ensinando-lhe os planos, para que ele ponha em execução e
adquira seus direitos por si mesmo, pelo fato de cumprir com seus deveres. Aí, sentir-se-
á enquadrado dentro da Lei. Portanto, lembrar que se deve prestar sempre o favor,
porém, que seja nas proporções de condições do praticante. Deste modo, será como a
árvore que plantada ao pé da fonte de água, cresce, floresce, dá frutos e acolhe os que
debaixo de sua copa buscam sombra e conforto. Deve o Ser Humano praticar a caridade
sem, contudo, prejudicar ou ser prejudicado, nem visando o prejuízo alheio, nem visando
275

retribuição do Alto, pois será então, esta sua caridade, o símbolo da mediocridade,
caracterizada pelos que veneram os ídolos e imagem de barro, certos que estão
venerando o próprio Deus.
7 O equilíbrio individual é a chave de busca para a realização e, baseando-se nisto, deve
ser praticada a caridade incessante e abundantemente, porém dentro dos códigos
exigidos pela necessidade.
8 Considerando que o Ser Humano, para viver feliz e sem transtornos, necessita
espiritualizar-se ao ponto de entender a lógica da vida, pode-se concluir o porquê de
tantos sofrimentos em nosso orbe. Tem o Ser Humano passado várias decepções pelo
fato de praticar a caridade e esperar que o favorecido reconheça. Como nem sempre este
a reconhece, não por não querer reconhecê-la, mas sim por não se encontrar preparado
para reconhecê-la, então o interesseiro caridoso revolta-se e, vingativamente, chega a
querer desfazer a caridade prestada ao favorecido e, assim, na maioria das vezes,
adoece e termina por negar-se, resistente e sistematicamente, a praticar toda e qualquer
caridade alegando não valer à pena, pois que todos os seres humanos são ingratos e mal
agradecidos. Já os que praticarem sem esperar nada em troca pelo bem prestado, não
ficarão recalcados com a falta de reconhecimento do favorecido. Assim, continuarão a
praticá-la quando a necessidade exigir e a razão justificar, em relação aos ditames da Lei.
Assim manda a Lei de Amor e Fraternidade.
9 Muitas e muitas vezes tem o Ser Humano oferecido, através da caridade, armas aos
loucos que, em seguida, voltam estas mesmas armas contra quem lhe favoreceu, e este,
ao ser ferido, revolta-se, muito embora esta revolta não tenha razão de existir, pois que
quem o ferira foi quem ele mesmo armara, na sua falta de discernimento lógico em
relação às Leis Naturais que regem o Universo.
10 Logo, o uso da consciência seguindo as Leis Divinas dá convicção ao Ser Humano de
fazer o bem, consciente daquilo que está fazendo, sem nenhum desejo de querer algo
em troca. Deve ele fazê-lo pelo cumprimento do dever, para adquirir seus direitos perante
a Lei Divina, Deus. Esta é a sua recompensa. Fora isto, creia-se, lhe trará à tona sua
vaidade, pois será recompensado pela Lei Material, condicionada pelos Seres Humanos.

187 A SIMBOLOGIA CABALISTICA DA CARIDADE


1 Todo pensamento e inteligência se encontram fundamentados nas diversidades de Leis
da Natureza. Todavia, se o pensamento humano ainda continua fraco e vacilante, é
porque a humanidade ainda não dirigiu a sua mente no sentido de conseguir as grandes
verdades.
2 É preciso que o Ser Humano se identifique com a verdadeira Lei em sua essência. A
caridade, por exemplo, não foi observada no passado e ainda não está sendo praticada
nos dias atuais. Entretanto, aqueles que procuram realizar a caridade com equilíbrio,
evita contrair novos débitos para consigo próprio e para com a Lei.
3 A Natureza tem revelado a alguns estudantes da parte oculta, a sua composição
referente a matéria quintessenciada, e tem oferecido à grande maioria suas substâncias
em estado condensado, para serem analisadas, pesquisadas e sintetizadas para o bem
de toda humanidade. Portanto, ela é caracterizada não só pela riqueza e poder existente
em sua constituição, mas também pela inteligência apresentada por suas Leis, pela
maneira eficiente com que elas realizam suas obras, a fim de serem sentidas e
compreendidas por todos os seres humanos.
4 Quando traduzimos cabalisticamente a palavra caridade, substituindo as letras que fazem
parte de sua constituição pelos números correspondentes verificados na tabela de
correlação dos algarismos hebraicos e romanos, encontramos o número 255, que nos
permite fazer a seguinte soma teosófica com redução à unidade: 2 + 5 + 5 = 12 = 1 + 2 =
276

3, simbolizando que a Unidade Divina se encontra perfeitamente equilibrada na


formação da trindade.
5 A caridade deve ser praticada pelos Seres Humanos em benefícios de seus semelhantes
como um dever, considerando que deve existir uma igualdade entre todas as criaturas de
Deus. Ela não deve ser observada como uma ostentação, nem tampouco para atrair a
atenção daqueles que foram beneficiados.

188 A PREGUIÇA
1 O desânimo, que caracteriza determinadas criaturas em nosso planeta, tem ligação direta
com a ociosidade que consiste na perda de tempo inutilmente e essas, na maioria das
vezes, adquirem com relativa facilidade tudo que lhe é necessário para viver uma vida
sem preocupações e, consequentemente, sem haver necessidade de desprender o
mínimo esforço físico e mental naquilo que venha a lhe proporcionar tranquilidade.
Entretanto, a Lei de Trabalho foi estabelecida para todas as criaturas, indistintamente,
sem considerar os preconceitos por discriminação, quer seja de riqueza ou de pobreza,
de sabedoria ou de ignorância, pela condição de patrão ou empregado. Enfim, em
qualquer situação que se encontrem os Seres Humanos, deve haver uma perfeita
compreensão das Leis para que a justiça seja estabelecida nesta ou naquela sociedade
e, deste modo, venha ser efetivada uma perfeita harmonia que poderá ser alcançada
quando houver a substituição da revolta pela resignação, da ignorância pelo
conhecimento, da fraqueza pela fortaleza, da cólera pela calma e do desespero pela
esperança.
2 A humanidade tem se comportado como verdadeira escrava do dinheiro, esse que foi
estabelecido em comum acordo entre os povos, para que houvesse uma maneira de
efetuar pagamentos. Entretanto, o que se observa é que a maioria dos que acumulam
suas fortunas em moedas metálicas pensam que conseguem fazer a própria felicidade,
solucionando, também, todos os problemas de seus irmãos.
3 Para que o Ser Humano possa prestar um verdadeiro auxílio ao seu semelhante é
preciso que, em primeiro lugar, se espiritualize, compreendendo perfeitamente como
funciona o sistema organizado de que é constituído, tanto na parte interna como na parte
externa, para em seguida ajudá-lo a se libertar dos falsos costumes adquiridos de
geração em geração pelos vícios que, combinados com a conveniência, aumentam cada
vez mais as suas necessidades relativas.
4 O Ser Humano possui em si todas as qualidades necessárias à sua evolução, entretanto,
sua ociosidade e preguiça não lhe dão condições para promover as realizações. A
Natureza ofereceu-lhe toda a matéria prima para suas obras, além de ensinar o método
correto para realizar um trabalho em obediência às Leis Universais. Mas a descrença,
associada ao seguimento das teorias errôneas, faz com que a criatura humana
permaneça iludida pensando que as fortunas acumuladas lhe proporcionarão uma
felicidade eterna em todo o setor de atividade, esquecendo-se de aplicar a fraternidade
àqueles necessitados que batem à sua porta e que carecem de um auxílio material para
dar sequência ao seu trabalho na condição de Alma encarnada.
5 A riqueza não é condenada quando aqueles bens que pertencem à Natureza são
administrados pelos competentes, isentos da cobiça e da ambição, pois, do contrário,
serão afastados da condição de dirigente para ocuparem a condição de dirigidos.
6 Muitos sofrem, mas não sabem procurar na causa a consequência de seus erros, e são
raros aqueles que encontram o motivo que ocasionou o sofrimento. Porém, quando no
Astral adquirem a consciência, são orientados a formularem seus compromissos perante
a Lei, e quando descem para atender ao reencarne lhes é vedado o passado, presente e
futuro para que venha a ser processado sua evolução pelo próprio esforço. Mas o que
geralmente ocorre é o estacionamento, a vida materializada e a ignorância que os fazem
277

se esquecer do juramento prestado e que viria a proporcionar-lhes uma vida alegre e


feliz, pela reparação dos erros cometidos no passado.
7 A preguiça é um vício pelo qual as pessoas se sentem fracas, ociosas e desanimadas
sendo que muitas vezes aguardam o desencarne para a continuação desse descanso,
vindo depois a se arrependerem quando se deparam com a finalidade verdadeira da
existência física, aprendendo que ela se resume em ação e compreensão das Leis.

189 CONTEMPLAÇÃO
1 As preces e orações que diariamente soam nos templos religiosos, muitas vezes deixam
de atingir o objetivo desejado justamente pelo fato de que na emissão dos pedidos para
que se consiga determinados benefícios ou realizações, a força realizadora, que é o
pensamento, se encontra voltada para outros fins.
2 Portanto, uma prece ou uma meditação requer um razoável domínio da mente, porque se
esta não estiver devidamente disciplinada ocorrerá a manifestação das energias
imaginárias sobre determinado assunto, havendo, também, a possibilidade da captação
de pensamentos que navegam no Plano Astral, proveniente de milhares de mentes que a
cada instante formam novos corpos vivos e que, antes de retornarem às suas origens,
interpenetram e subjugam outras mentes de igual padrão vibratório.
3 A meditação é um exercício que fortalece a mente, proporcionando-lhe o equilíbrio que
ela necessita para desempenhar a função que lhe é atribuída diariamente e a todo
instante.
4 Se o Ser Humano pretende realizar alguma obra com o auxílio de sua parte psíquica, ele
deve, em primeiro lugar, fixar o pensamento naquilo que deseja e, se houver necessidade
para a realização do pedido, este deverá se esforçar com persistência e determinação
para atingir o fim almejado, levando em consideração que, se a sua mente estiver
desequilibrada, poderá haver a captação de imagens ilusórias que o levará a promover
uma realização proveniente de sentimentos alheios.
5 Quando o Ser Humano se isola em estado meditativo, ele pode chegar a uma situação de
se considerar uma entidade independente do Corpo Material, podendo estudá-lo em
todas as suas partes para compreender o funcionamento de seus órgãos inferiores até a
mente, e esta deverá permanecer, durante o tempo necessário, sem formar imagens,
para não interromper este estado de paz interior. Quando ocorre a limpeza das formas
mentais pela mente e a Alma se identifica conscientemente com o seu plano de origem,
confirmando sua individualidade pela independência que possui do Corpo Físico, ela
experimenta um estado de paz interior, ocorrendo sua exaltação, que é também
reconhecida como contemplação.

190 REMORSO
1 Quando os Seres Humanos compreenderem a verdadeira lógica da vida, reconhecendo o
método perfeito da determinação de uma ação, descortinando em consequência o código
estabelecido na Lei Universal, essa que tudo ensina e tudo orienta, ele poderá então
equilibrar-se dentro do ponto real e verdadeiro de todas as coisas.
2 O sentimento de caridade ainda não foi compreendido pela maioria da humanidade. Não
são as esmolas e os donativos que constituem a verdadeira caridade. O que a
humanidade necessita é sacudir a poeira das falsas teorias para que possa ser
encaminhada para alçar as grandes realizações.
3 Todos os globos que constituem o Universo foram condensados para evoluírem, e não
para os sofrimentos, decepções e infelicidades. Porém, os Seres Humanos desprezaram
estas verdades, julgando-se impotentes para alcançarem a perfeição; afastaram-se,
desse modo, da Natureza tanto quanto puderam, deixando de viver uma vida simples
278

para viver uma vida artificial. Criaram a sua própria ignorância, tornando-se impotentes
e duvidosos das qualidades que possuem.
4 O Ser Humano, muitas e muitas vezes, deseja a realização de uma boa ou má obra,
criando, em consequência, as formas conscientes ou inconscientes. Quando o Ser
Humano age conscientemente, isto é, quando ele tem plena convicção que está
cometendo um mau ato para a realização de uma má obra, não sofrerá apenas as
consequências da má obra realizada, mas também será perseguido por um segundo
elemento, que é o remorso. O remorso corresponde justamente ao arrependimento por
culpa ou crime cometido por esse ou aquele indivíduo.
5 Outras vezes o Ser Humano sofre e não sabe a causa que o levou àquele sofrimento,
revoltando-se contra a Divindade. Muitos Seres Humanos pensam que sofrem pelos erros
cometidos pelos seus parentes ou antepassados, havendo nisso um grande engano, pois
um Ser Humano não sofre por causa de outro Ser Humano, e sim passa pelas dores
contraídas por si próprio, sendo que, aqueles que agem inconscientemente sofrem
apenas as dores, sem, no entanto, terem consciência da má obra realizada.

191 A IGNORÂNCIA
1 A Espiritualidade oferece ao Ser Humano tudo de modo bem compreensível. Portanto,
este deve colocar sua mente em plena atividade para que possa compreender tudo aquilo
que lhe foi transmitido pelo Astral com a maior boa vontade. A Alma humana só estará
verdadeiramente preparada para atingir sua liberdade no dia em que as Leis Universais
que lhe são externas passarem a ser internas e conscientes. No dia em que esse Ser
Humano se compenetrar e fazer da Lei uma norma direta de suas ações terrenas, logo
ele atingirá o ponto moral de que é possuidor, dominando e governando a si mesmo, e
modificando a sua sorte com obras de abnegação, de justiça, de bondade, por um maior
sacrifício do dever. Para tanto, o Ser Humano é possuidor de uma liberdade, essa
liberdade que lhe foi oferecida para que ele construísse o seu próprio destino. O Ser
Humano que não julga com direito de cumprir com seus deveres não poderá ter uma
liberdade de realizar aquilo que deseja. Todos aqueles que desejam realizar, sendo,
portanto, úteis à humanidade, devem se dirigir pela razão, cumprindo com seus deveres e
lembrando que direito sem dever é loucura.
2 É necessário que o Ser Humano, através de seus esforços, através de sua persistência e
do seu sacrifício, afaste de si a cortina negra que o cega, deixando-o na ignorância,
impedindo-o de vislumbrar horizontes mais radiosos da sabedoria, do conhecimento e
das realizações.
3 Na Natureza existe a união dos contrários para produzir a formação de obras mais
perfeitas, portanto, a falta de conhecimento e métodos verdadeiros para formarem esta
união é que faz o Ser Humano descrer naquilo que crê. Porém, quando ele souber aquilo
que sabe com convicção e certeza, logo ele pode crer naquilo que crê, porque
proporcionou a unificação do conhecimento com a crença.
4 É comum se verificar no meio da humanidade um ignorante sorrir para tecer críticas a um
sábio, porque viu nas realizações promovidas pelo sábio um objeto de crítica, mesmo
para as suas diversões ignorantes. O ignorante diz que um dia pretende ser um sábio e o
sábio sempre diz que é um ignorante, porque cada dia que descortina as belezas da
Natureza mais ignora os ensinamentos que ela contém, e julga-se cada vez mais
ignorante porque desconhece aquilo que existe no Grande Livro da Lei.

192 DEDUÇÕES LÓGICAS


1 Surgem em todos os setores do vasto Campo Universal, as grandes verdades que
acabam por desfazer o véu terrível da superstição e do fanatismo, e levando à
279

humanidade o bálsamo milagroso da realidade, da decadência e de todos os


fracassos. Que sejam levadas a essa mesma humanidade necessitada de material para
sua realização, as verdades que a levarão a construir o seu próprio templo de sabedoria,
de conhecimento e de realização.
2 A lógica que qualquer organização consciente de seus deveres deve proferir é, em
primeiro plano, saber para dizer, fundamentando seus argumentos com conhecimento
adquirido pela causa, a fim de ter bases seguras para enfrentar todos os obstáculos,
todas as batalhas que porventura venham a se apresentar em seu caminho. É preciso
vencer todos os adversários sem demonstrar instintos de superioridade, conservando
sempre a calma enquanto for possuidor da verdade, para poder argumentar e tirar suas
deduções lógicas, para vencê-los pelas argumentações e pelas provas.
3 Verdades e mais verdades haverão de surgir no vasto Campo Universal, porque até o
presente momento apenas sombras das grandes verdades foram administradas para o
esclarecimento da humanidade pelos missionários da luz no planeta terreno. O Ser
Humano atual já exige que lhe sejam apresentadas as verdades mais elevadas.
Entretanto, para absorver este conhecimento, é necessário que muitos Seres Humanos
retirem de sua consciência o complexo de inferioridade e o convencimento que existe em
si de que tudo sabe, a fim de que possam observar o sentido real e perfeito de todas as
coisas.
4 A humanidade sente o desejo de alcançar pontos mais elevados da sabedoria, porém,
não se esforça para atingir o ideal almejado, sendo ela a culpada de sua ociosidade. Em
tudo é necessário ação, esforço e persistência para seguir em marcha ascendente e
alcançar as grandes realizações.

193 MANTRAS
1 A simplicidade, a humildade, a calma, a igualdade, a firmeza, a autoridade e o
conhecimento profundo de determinado assunto que serve de base para se proferir um
discurso, são características fundamentais de certos oradores, que chegam ao ponto de
sugestionar todos os ouvintes que permanecerem atentos às palavras por eles proferidas.
2 Porém, existem muitos que, no auge de suas palestras, entram em discussão com seus
opositores, gesticulando e gastando com isso grandes quantidades de energias. Como os
Plexos responsáveis pelo movimento verificado na exaltação não estão devidamente
preparados para captar a mesma ou maior quantidade dessa energia desprendida no
decorrer do pronunciamento, ao final de cada discurso o orador se encontra esgotado,
sendo verificado em seu semblante um visível cansaço, estando, na maioria das vezes,
completamente dominado pelas emoções e aqueles centros que deveriam ser
beneficiados com a prática do exercício se enfraquecem.
3 O mantra, a respiração, a música e a sugestão mental estão intimamente ligados, sendo
que o mantra pela representação dos versos, a respiração profunda pela captação do
Prana presente no oxigênio, a música pelo canto com a boca fechada e a sugestão
mental pelo alto grau de vontade do palestrante, quando este liga seu pensamento ao
objetivo desejado.
4 O exercício da voz pelo canto com a boca fechada faz com que o elemento vitalizante
espalhe calor por todo o corpo e, quanto mais puro for o oxigênio inalado no exercício,
maiores serão os resultados obtidos.
5 A sílaba OM que se pronuncia AUM, representa a Divindade. Ela é um mantra que pode
ser associado à respiração e a sugestão mental, sendo que os resultados positivos
aparecem quando a vontade e a persistência do praticante se encontram.
280

194 CASAMENTO
1 Atualmente a humanidade em quase sua totalidade, para dar sequência às exigências da
Lei de Necessidade no que se refere à procriação, opta ou pela convivência a dois, ou
pela união reconhecida como casamento, o qual varia de país para país segundo as
tendências civis e religiosas, a fim de perpetuar a espécie humana.
2 Antigamente, havia maneiras do Ser Humano se casar com uma mulher, sendo que uma
delas se constituía na venda da filha por parte da família, ao marido.
3 Mas foi com o advento do cristianismo que o casamento se tornou um ato indissolúvel
quando presidido por autoridade religiosa que segue uma ritualística própria, sendo que,
atualmente, a separação é um ato legal formalizado pelo divórcio.
4 A legitimidade do casamento está diretamente relacionada com as leis comuns, estas que
são alteradas de acordo com as conveniências da época, quando são movidas pelos
interesses materiais.
5 No momento em que duas pessoas se unem pelos laços do matrimônio, o juramento
prestado naquele instante não está relacionado com a atração física, que é caracterizado
pela fascinação ou pelo prazer de uma ilusão passageira, mas sim pela necessidade que
possuem essas mesmas Almas de limparem suas manchas obtidas pelas causas do
passado, para adquirirem, por merecimento, a liberdade de consciência de que foi
privada, quando os códigos da lei material tiveram que ser corrigidos por ordem superior.
6 Existem separações que são consideradas como legais, desde quando a lei seja atendida
em suas exigências.
7 Nas separações consideradas como ilegais, o motivo fundamental é a falta de
conhecimento da Lei de Amor, porque se esta não for compreendida e sentida, o
resultado final do enlace é a desunião provocada pelas decepções e desilusões,
considerando que, se os compromissos não estiverem diretamente ligados às suas
Almas, é evidente que a separação dos Corpos Físicos é apenas uma confirmação
daquilo que já existe, uma vez que, não havendo necessidade da união, o que se observa
é uma idéia de posse entre si.
8 É comum, nas separações provocadas pelos desajustes, a indecisão de algumas
pessoas quanto a uma outra tentativa para construção de novo lar, sendo que essa
situação se assemelha à anterior, porquanto cada pessoa tem a liberdade de decidir
quanto ao seu destino.
9 A verdadeira amizade consiste no desinteresse do prazer corrompido e na escolha de
uma Alma pela qual se tenha afinidade, para que se possa vencer em conjunto as
grandes batalhas, sobretudo aquelas ligadas à inferioridade do Ser Humano.

195 CONSCIÊNCIA ESPIRITUAL


a) Vamos relaxar, primeiramente estendendo as palmas das mãos sobre a mesa,
deixando o corpo completamente relaxado.
b) Vamos pensar que neste momento estamos sozinhos, completamente sozinhos,
num deserto.
c) Vamos nos transportar para este deserto onde nada poderá nos incomodar.
d) Vamos sentar em posição de meditação, sempre com as mãos erguidas para o
alto, significando forças para o nosso corpo e para a nossa mente.
e) Vamos sentir neste momento este ambiente completamente silencioso que nos
envolverá.
f) Vamos levar a nossa fronte para o alto. Vamos clarear as nossas idéias.
g) Vamos pensar em coisas boas.
281

h) Vamos imaginar que estamos nascendo e brotando como uma planta.


i) Vamos imaginar a nossa fecundação na terra.
j) Vamos imaginar o nosso crescimento lento, neste grande deserto em que nos
encontramos.
k) Nós estamos completamente sozinhos neste deserto. É nele que nos
encontraremos e é dele que nós brotaremos e cresceremos.
l) Vamos imaginar que somos uma planta em plena juventude. Uma planta jovem.
Uma planta sadia.
m) Vamos imaginar que desce sobre essa planta uma chuva prateada. Essa chuva cai
sobre a planta e essa planta amadurece e começa a reproduzir.
n) Vamos imaginar que essa planta, que somos nós, vai continuar repleta de luz e de
forças necessárias para que conserve sempre o seu vigor, como se fosse uma
planta jovem.
o) Assim, também vamos conservar a nossa mente neste deserto, onde somente
entraremos em sintonia com o Alto e de onde, e somente, partirá idéias e
pensamentos.
Irkhisis, em nome do Pai.

196 CONSELHO E CURA


1 Nos grandes centros onde se encontram reunida uma maior parte dos seres encarnados,
existem as casas de saúde, os templos religiosos de diversas categorias, as seitas, as
instituições e as sociedades secretas, para onde são encaminhados os que necessitam
de uma orientação para corrigirem seus defeitos e se afinarem com as Leis, obedecendo
às instruções de um pastor que trabalha incessantemente no sentido de arrebanhar suas
ovelhas que se encontram separadas das demais. Porém, seu trabalho é silencioso e
suas determinações são voltadas sempre para reconduzir seus guiados ao caminho
perdido, procedendo como uma verdadeira bússola que orienta os navegadores em sua
rota correta para que estes alcancem o objetivo de chegada, embora este guia não seja
compreendido pela grande maioria, é a necessidade quem transfere sob a forma de
vibração, o sofrimento através da dor.
2 As enfermidades, que também são reconhecidas como doenças, na realidade são
provenientes do desequilíbrio que os órgãos físicos apresentam em função dos
desregramentos adquiridos pelas extravagâncias e enfraquecendo, em consequência, os
Plexos que são os centros responsáveis pela manutenção e bom funcionamento desses
mesmos órgãos.
3 Existem doenças físicas que são identificadas como uma moléstia, e a dor proveniente
dela é sentida na Alma, quando desencarnada, e esta para se libertar das formas
adquiridas no passado, transfere suas dores para serem sentidas pelo Corpo Físico até
que o Ser Humano desperte e se enquadre nas normas estabelecidas pela Lei.
4 Para que o Ser Humano tenha no futuro uma vida cheia de felicidades, é necessário que
ele pratique as boas ações no presente e, se agora ele passa seus sofrimentos e dores
isto pode estar relacionado com as más obras do passado ou com as realizações mal
planejadas, e o remédio para os seus males consiste em ter paciência e se orientar no
sentido de fazer uma reflexão reprocessando todos os seus atos cometidos para
promover a retificação necessária e se equilibrar.
5 O conselho deve ser emitido no sentido de despertar o Ser Humano para que ele não
continue no erro provocado por suas más determinações. Entretanto, se ele reconhece
todas as verdades e resolve ignorá-las, então seu sofrimento vem seguido do remorso,
282

isto porque sua consciência atendeu à voz superior da vaidade, e só o arrependimento


o colocará no caminho que deixou de seguir.
6 A cura representa o restabelecimento da saúde de uma pessoa quando a enfermidade foi
proveniente de uma má resolução e que pode ser conseguida por orientação de alguém
mais experiente, ou por uma reflexão meditativa da própria pessoa. Entretanto, se o
sofrimento persiste, o seu procedimento será no sentido de não se revoltar e tentar
identificar a causa em função do efeito que está se processando na matéria, lembrando
que, quando a Alma precisa resgatar os débitos contraídos no passado, ocorre uma
transferência que é absorvida pelo Corpo Físico, a fim de que esta se liberte das formas
que a atormentavam e, nesse caso, não adiantam os pedidos de ajuda por parte de quem
quer que seja, pois o Ser Humano tem a liberdade de passar pelos efeitos relativos às
causas, para aprender e sentir, utilizando, para tanto, a paciência e a resignação.

197 O SIGNO DE SALOMÃO


1 Os Seres Humanos discutem muito acerca da sabedoria, força e amor. Porém, eles têm
procurado sempre atingir um ponto sem observar o outro. Sem a sabedoria, para que
haja a combinação da força com o amor, jamais poderá existir uma estrutura perfeita.
2 Se o Ser Humano almeja alcançar a sabedoria é necessário que ela venha equilibrada
pela força. A sabedoria proporciona os meios para que se possa obter a força, porém,
para que o Ser Humano possa ser senhor de uma sabedoria verdadeira, é preciso que
ele mereça a devida confiança e também que exista beleza em suas ações e
determinações, beleza em suas obras, em sua Alma e em todas as suas realizações.
3 Se é desejo de todos os encarnados e desencarnados alcançarem um alto ponto de
sabedoria, eles devem caminhar sempre para galgar o ponto mais elevado da ciência,
para suas realizações.
4 Toda a humanidade vai progredindo vagarosamente, procurando atingir certos
conhecimentos pelo desenvolvimento de seus centros de força, para, no futuro, alcançar
um plano mais elevado. Entretanto, é necessário ânimo firme e persistência em todas as
ações e realizações, utilizando a inteligência para que não haja dúvida na obra
idealizada.
5 O signo de Salomão simboliza o macrocosmo e o microcosmo, e quando traduzimos
cabalisticamente esta palavra pelos números correspondentes e operamos com esses
números através da soma teosófica e redução à unidade, obtemos o seguinte: para a
palavra macrocosmo encontramos o número 401 = 4 + 0 + 1 = 5, que simboliza as 5
(cinco) forças da Natureza, e para a palavra microcosmo obtemos o número 410 = 4 + 1
+ 0 = 5, que simboliza também as 5 (cinco) forças da Natureza. Operando com a soma
desses resultados obteremos 5 + 5 = 10 = 1 + 0 = 1, ou seja, a Unidade Divina.
6 Qualquer sociedade poderá despertar os sentimentos que se encontram latentes em
cada Ser Humano que dela faz parte, limpando, em primeiro lugar, a poeira das falsas
teorias. Para que isso possa ocorrer é necessário que o Ser Humano utilize a sua régua
para medir o comprimento, a largura, a profundidade e a quadratura de todas as coisas,
para que no futuro ele possa dizer, com toda a convicção, que tem conhecimento de toda
a realidade e, também, para que o símbolo da ciência, representado pela sabedoria,
possa iluminar toda a humanidade e torná-la isenta do fanatismo.

198 AUTOCONHECIMENTO
1 Até que se prove o contrário, atualmente convivemos com uma crise que parece não ter
fim nem precedentes, quer no Ser Humano, ou seja, individualmente, quer na sociedade,
ou seja, coletivamente.
2 Eis que importa questionarmos e investigar refletidamente:
283

3 Qual a origem desta crise, afinal?


4 Evidentemente que não se encontrando a origem deste caos, atualmente caracterizado,
inclusive, pela corrupção, violência e volúpia para que se possa extirpá-lo pela raiz, é
lógico que no mínimo, sutilmente, ela irá como que se enraizando, para em seguida
crescer, florescer e frutificar, enfim, irá se expandir no Ser Humano e na sociedade como
o éter se faz quando solto no ar; como erva daninha quando existe despercebida a
crescer no pasto, como fogo quando ateado em capim seco; e só tenderemos à enxergar
tão somente o seu produto - caos - em todo o nosso derredor, quando suas proporções
atingirem níveis alarmantes em nosso ser e no todo que fazemos parte, com
características parecedoras de caráter irreversíveis.
5 Com isso demonstramos a nossa falta de sensibilidade para antevê qual a tendência de
nossas ações, quando elas não se baseiam em valores insofismáveis, caracterizados, por
exemplo, como códigos perenes e imutáveis de Leis Naturais que regem o Universo.
Ainda que para encontrá-los, conhecê-los, senti-los e utilizá-los como padrão de ação do
nosso dia-a-dia de relações, seja algo tido para uns como uma coisa distante, para
alguns uma coisa difícil e para a maioria praticamente uma coisa impossível; importa
saber que no Universo tudo são Leis, elas que partem de um centro eterno e absoluto,
supremo e imutável, consciente e onisciente, Deus, a vida das Leis Universais. Dentro
delas tudo é bem, porém fora das mesmas nada é definitivo ou seguro. Eis que, para que
o Ser Humano viva feliz e equilibrado, enfim, integrado com este Universo do qual é parte
integrante relevante, segundo as Leis Naturais que o regem, lhe é essencialmente
necessário, bem como racionalmente justificável, pesquisar e analisar para compreender
e praticar para evoluir os seus códigos perenes e imutáveis com o fim de usá-los, cada
vez mais conscientemente, como um eterno e sempre novo padrão de ação do seu dia-a-
dia de relações. Eis O Imutabilismo, o Ser Humano em busca do imutável.
6. De que vale, por exemplo, uma dita felicidade, advinda de mentiras e ilusões criadas pela
imaginação humana, enfim, por opiniões e/ou por autossugestões se isso não é definitivo
e seguro?
7 Bem verdade que encontrar valores insofismáveis caracterizados por códigos perenes e
imutáveis de Leis Naturais que regem o Universo, é uma jornada, senão parecedora
impossível, difícil. Eis porque árdua, porém vale dizer que é essencialmente necessária e
racionalmente justificável.
8 Então, porque não iniciar-se logo nessa senda?
9 Afinal, se queremos chegar ao longe, temos que começar pelo que está mais próximo de
nós: nós mesmos. Não se pode ir adiante sem dar o primeiro passo. Como não temos
tido a determinação de iniciar, para conosco próprios, tal jornada, então a Lei Natural
manifesta-se nos dando uma mostra clara, quando e quanto estamos vivendo fora de
seus códigos indubitáveis, através da manifestação da decepção, dor e/ou sofrimento.
Muitos ainda insistem em colocar a poeira embaixo do tapete; em colocar sua sujidade
embaixo de sua estúpida vaidade, autossugestionando de que tudo vai muito bem, como
inclusive fazem os pais medíocres, imbecis e irresponsáveis que guardam e/ou
escondem a poeira da sua casa em objetos e/ou embaixo do tapete, para demonstrar aos
visitantes de sua residência uma atmosfera superficial de beleza e organização, ainda
que isto prejudique de maneira contundente aos seus filhos asmáticos e/ou aos visitantes
desta sua tão “bela e adorada capoeira”. Importa a esses que abram os seus olhos para
observarem ao seu redor e tenham coragem de verificar, por si mesmos, se o mundo e a
humanidade estão ou não em caos, inclusive, ecológicos e psicológicos,
respectivamente. Se sensíveis poderão perceber a verdade que nisto se encerra, e
poderão ter a noção exata para identificar de quem é realmente a culpa de toda esta
situação em que todos nos encontramos.
10 É nossa a culpa, é “deles”, ou de quem é, afinal?
284

11 Qual a diferença entre “eles” e “nós”, se todos somos um, se nós e a massa somos
um, se nós, o mundo e a humanidade somos um e o fazemos como são e estão?
12 Cumpre a cada qual analisar para verificar se suas ações, do seu dia-a-dia de relações,
criam ou não mais confusão no meio em que se encontra inserido. Basta olhar para si e
verificar, e perceber quem está agindo, se de nós é aquele que É o compreensivo do que
É tal qual É, ou aquele que deseja ser outra coisa que não É. Afinal, quem quer ser
alguma coisa é porque no fundo percebeu que não é coisa alguma. Pois que aquele que
quer ser algo, foge do que é, logo não pode dar atenção ao que É, nem tampouco
compreendê-lo e, por conseguinte, livre não é, não foi, nem será, portanto age prisioneiro
e é só isso que leva para os outros quando de suas ações, ainda que ditas para auxiliá-
los quanto a sair de suas crises: prisão. Afinal, os meios determinam os fins, logo, quando
o prisioneiro, de si mesmo, age só pode produzir com tal ação prisão. Porquanto, já é por
todos sabido que segundo a Lei Natural do Karma, esta que é conhecida, religiosamente,
como Lei de Compensação, e tem como um dos seus códigos perenes e imutáveis o fato
insofismável de que é dando que se recebe; essa mesma Lei que também é conhecida,
filosoficamente, como Lei de Causas e Efeitos, tem como um dos seus códigos perenes e
imutáveis o fato insofismável de que toda causa tem um efeito idêntico correspondente; e,
ainda, tal Lei é conhecida, cientificamente, como Lei de Ação e Reação, e tem como um
dos seus códigos perenes e imutáveis o fato insofismável de que toda ação provoca uma
reação igual e em sentido contrário.
13 Inegavelmente o mundo está em caos, caracterizado, inclusive, pela guerra, enfim, em
crises exageradamente alarmantes e, como dito, parecedoras sem fim e sem
precedentes. Ela, do mundo, a guerra é, em realidade, uma demonstração exterior do
nosso estado de ser interior. Ela nada mais é senão o resultado coletivo de nossas ações
individuais do nosso dia-a-dia de relações. Tais crises, em suas diversidades de
manifestações, nos ocorreram, ocorrem e ocorrerão. Elas, até prova em contrário,
nascem, crescem, florescem e frutificam em nós, fazendo moradia nos mostrando o seu
valor no nosso dia-a-dia, e tão logo assim ocorre, reagimos, então elas modificam-se e,
não raro, nós aceitamos, e elas assim subsistem sob uma nova forma diferenciada,
porquanto foi por nós ressignificada, rotulada, enfim, ao reagirmos lhe damos novo nome,
mas, no entanto, é a própria que dantes vigorava, antes de nossas novas ações, ou
melhor, dessas nossas reações contra as mesmas. Incluem-se aí as psicológicas,
econômicas, políticas, sociais, religiosas, enfim, um sem número de crises.
14 Durante todo o tempo de nossa existência já brigamos por terras, por seres, por dinheiro,
por pessoas, por móveis, etc., mas desta feita a coisa não está na esfera do objetivo, mas
sim no campo do subjetivo; se notarmos a nossa crise, está afeita a maneira de pensar,
posto que o que temos feito e convivido, até que se prove o contrário, é através de
padrões de idéias, criados e propalados, inclusive, pela nação, pela ciência, pela religião,
enfim, pelos sistemas que têm nos deixado, não raro, armados, condicionados, enfim,
moldados e, à sociedade, adequados e vivemos assim todos disputando, uns com os
outros, as coisas da vida, justificando através destas idéias dos padrões de ações, as
nossas ações do nosso dia-a-dia de relações.
15 Enfim, todo o nosso desafio está afeito ao fato de conseguirmos usar, no nosso dia-a-dia,
a nossa qualidade de pensar sem gerar problemas. Eis a questão.
16 É fato que estamos como que, inclusive, a explorar, inutilizar, chacinar e, não raro, a
destruir nossos semelhantes com o pensar, ou melhor, com idéias medíocres, porquanto,
fora dos códigos que estabelecem as Leis Naturais que regem o Universo, como, por
exemplo, a de que com a guerra pode-se produzir a paz. Sequer entendemos que “são os
meios que determinam os fins”, pois toda causa tem um efeito; e para uma ação violenta,
teremos que produzir e herdar uma reação violenta; afinal, bom que se rediga, não há
causa sem efeito idêntico correspondente, pois que é dando que se recebe, bem como
285

toda ação provoca uma reação igual e em sentido contrário. Se assim não fosse só
existiria a Lei dos Contrários e Confrontos no Universo, no entanto, as Leis Naturais que
regem o Universo se baseiam em direitos e deveres. Direitos sem deveres é anarquia e
deveres sem direitos é servidão.
17 Estamos como que esquecendo-nos que o futuro é produto do presente, e se agirmos no
presente com guerra é evidente que no futuro só teremos coisa idêntica: guerra, por mais
que nossas idéias, não importam donde se originaram, digam o contrário. É evidente este
fato. Ainda que tais idéias prometam e/ou expressem um dito resultado de benefício, pelo
contrário, a desgraça só aumenta, como está claro para aqueles que sabem, que têm
sensibilidade, que sentem, que têm os olhos abertos e têm coragem de enxergar, para
ver um tanto quanto isso de perto. Afinal, o futuro não é amanhã, mas sim agora.
Porquanto, os meios determinam os fins, bom que se repita. Se queremos compreender,
temos que dar atenção. Se queremos compreender temos que ver e, para ver, tem que
haver claridade, tem que haver luz, tem que haver VERDADE. Não fora, mas dentro de
nós, no nosso interior.
18 Já lutamos entre nós mesmos em duas grandes guerras mundiais, em nome de ideais,
como, por exemplo, o ideal da democracia, mas nem por isso o mundo deixou de
conviver com esta incabível, intolerável, inadmissível e nefasta criação humana: a guerra.
19 Eis que, de maneira infantil, boa parte de nós, senão a maioria, pensa que com o
violento, de nós atrairá e/ou produzirá, para ser herdada por todos nós, desde já até
sempre, a não violência, que com o ilícito atrairá e/ou produzirá o lícito, que com a
injustiça atrairá e/ou produzirá a justiça, e com esse nosso pensar tolo e infantil, bom que
se repita, justificamos nossa injustiça.
20 Já se explorou de tudo na vida, inclusive o próprio Ser Humano e as coisas; e desta feita
estamos a explorar o pensamento humano, enfim as idéias.
21 Quem não enxerga o poder da propaganda e agora, mais especificamente, as ações da
rádio-tele-informática, em exaustivo trabalho, procurando muito mais oferecer aquilo que
estimula o Ser Humano a, não raro, devastar-se e destruir-se em vez de integrar-se?
22 Tudo isso em troca de um lucro grande e imediato em curto espaço de tempo e de
benefício próprio, sem enxergar o estrago que isto causa para todos nós: total
degeneração. Esta que é, senão a maior, uma das piores desgraças que pode acontecer
ao gênero humano.
23 Empreende-se a querer, inclusive, mudar o comportamento do Ser Humano, ou melhor, a
transformá-lo através de idéias, quase sempre de outros Seres Humanos; esqueceu-se
de que no Universo tudo realmente são Leis, e que se o Ser Humano age dentro de seus
códigos perenes e imutáveis, tudo para ele será bem, se do contrário, tende
evidentemente, a conviver com a desarmonia, a injustiça, o desamor e a mentira, enfim,
propenso a viver uma vida sem real beleza, sem real riqueza, sem real significação; sem
harmonia, sem amor, sem verdade e sem justiça, coisas estas únicas que libertam.
24 Eis que importa saber que o Ser Humano necessita realmente de valores insofismáveis,
tais como, por exemplo, já dito e redito, de códigos perenes e imutáveis de Leis Naturais
que regem este Universo do qual é parte integrante, e não de idéias e/ou opiniões, por
mais magnânima, sóbria e soberbamente edificada que sejam, pois sempre estarão
fadadas a ruir. E é o que se nos acontece hoje no mundo, a vida humana sem nenhuma
real beleza, riqueza e/ou significação, pois o Ser Humano tornou-se títere da sociedade,
tornou-se um ser sem nenhuma importância, no entanto, as opiniões e idéias, não raro,
tidas e ditas sui generis tomaram e subiram o podium no espetáculo da vida e tornaram-
se de tamanha relevância que o Ser Humano sequer tem alguma importância e
significação neste contexto. E daí, entende-se poder inutilizá-lo, mutilá-lo, chaciná-lo e/ou
destruí-lo, em seguida evidenciar o porque de a isso fazer, justificando com uma estúpida
286

e medíocre qualquer idéia, como hoje ainda é feito, pois estamos, inclusive, a matar os
nossos irmãos, daqui e do outro lado do oceano, em nome da “Democracia”. Pura
mediocridade.
25 Eis que, até prova em contrário, o planeta como um todo em sua cultura está repleto de
idéias que produzem cada vez mais caos. Idéias estas usadas, quer da nação, da
religião, da filosofia e/ou da ciência, para justificar tal maldade, tal insensatez, tal
insanidade, e que são utilizadas pelos menos avisados e/ou desavisados, no mínimo,
para proteger suas posses e poder, não se importando com o que isso possa causar,
criando assim, não raro, mais caos. Estes não concebem ainda a importância da
utilização de tais códigos perenes e imutáveis de uma das Leis Naturais que regem o
Universo, como sendo a Lei do Karma, inclusive na área do comportamento humano em
função da busca à compreensão do Princípio Criador, da Finalidade da Vida, bem como
da Razão de Nossa existência. Leis Naturais estas com as quais convivemos, embora
nem sempre estejamos conscientes de sua existência, porém, utilizando-a todo o tempo
do nosso viver, em nossas ações do dia-a-dia de relações, como citada, por exemplo, a
Lei Natural do Karma, esta que regula a justiça equilibrada do nosso viver, senão
vejamos. Religiosamente falando, ela intitula-se Lei de Compensação e/ou Retribuição.
Ela que estabelece entre a diversidade de seus códigos perenes e imutáveis, o fato
insofismável de que “é dando que se recebe”, “quem com o ferro fere com o ferro será
ferido”, “quem pela espada vive pela espada morrerá” etc. Filosoficamente falando esta
mesma Lei intitula-se de Lei de Causas e Efeitos. Ela que estabelece entre a diversidade
de seus códigos perenes e imutáveis, o fato insofismável de que “toda causa tem um
efeito idêntico correspondente”. E, cientificamente falando esta mesma Lei é por nós
intitulada de Lei de Ação e Reação. Ela que estabelece entre a diversidade de seus
códigos perenes e imutáveis, o fato insofismável de que “toda ação provoca uma reação
igual e em sentido contrário”. Bom que se rediga. Portanto, podemos considerar que os
Seres Humanos não compreenderam ainda que não se pode com o mal produzir o bem,
com a guerra não se pode produzir a paz, nem com a ilusão produzir a realidade, quer
para si, quer para o seu semelhante, bem como para o todo que é parte integrante.
26 E isso é Lei Natural, quer queira-se, quer não. Ela pode até tardar, mas não falta nem
falha. Por uma questão, inclusive, de justiça, de equilíbrio universal.
27 A única e exclusiva coisa que ela, a guerra, proporciona como “avanço”, ou melhor, como
“evolução” é armamentos mais sofisticados, veículos de terra, mar e ar mais
aperfeiçoados, bem como Seres Humanos, talvez civilizados, mas nunca educados, no
mínimo estéreis, mutilados tanto física e psíquica, bem como moral (espiritualmente),
mas nunca criativos. Enfim, ela, a guerra, nunca oferecerá paz aos nossos, ou seja, a nós
mesmos, nem desta, nem das próximas gerações, enquanto assim estivermos.
28 Eis que as idéias, não raro, se tornam ideais, e são utilizadas por nós para dizermos
justificáveis as nossas ações estúpidas do nosso dia-a-dia de relações. Usamos,
inclusive, as idéias de guerra com fins de paz, que hoje são criadas, desenvolvidas e
organizadas, mantidas e, não raro, utilizadas.
29 Para que e até quando?
30 - Sabe Deus.
31 É como está hoje nossa sociedade, embasada e fundamentalmente estruturada em
idéias para justificar suas ações, que ultimamente até então nada mais tem oferecido ao
Ser Humano, em grande escala, senão violência, corrupção e volúpia. Sendo esses três
os motivos, senão maiores, os piores quanto ao aumento em gênero, número e grau da
degeneração da espécie humana. E se na vida do Ser Humano, as suas ações tem como
base idéias, inclusive de tais construções, é evidente que essa premissa o levará a ser e
estar em crises que partilharão de sua vida como amiga inseparável e ininterrupta.
287

32 Com isso, não raro, o Ser Humano apega-se, pois que desperto fora para tal, às coisas
materialistas, bem como condicionadoras, ou melhor, as coisas tão somente objetivas,
aquilo que é construído pelas mãos, como a propriedade, os carros, o salário, etc., bem
como as coisas construídas pela nossa mente e captadas pelos sentidos sensoriais, tais
como o nome e/ou sobrenome, a família com base de nação, casta, cor, religião, bem
como o prazer, a satisfação, segurança, etc., sem sequer desenvolver sua parte extra-
sensorial para captar aquilo que a mente, na qualidade de pensador, não pode construir,
captar ou sondar. Assim, tudo isso são assertivas que indicam, contundentemente, a
criação de caos, bem como o fomento para o seu amplo crescimento em altura, largura,
profundidade e quadratura, que tão logo mostrarão o produto de suas ações. Basta ter
olhos, deixá-los abertos e ter a coragem e sinceridade de olhar de perto para ver a
verdade que aí encerra.
33 Eis como nos encontramos para enfrentar os desafios da vida, cheios de códigos
esporádicos e irresponsáveis de idéias e opiniões nossas e dos outros. No entanto, o que
necessitamos não é de opiniões, mas sim de fatos, porquanto, opiniões se discutem e,
não raro, suscitam a separatividade. Já fatos não. Os códigos perenes e imutáveis de
Leis Naturais que regem este Universo incomensurável, do qual fazemos parte, denotam
em si fatos. Idéias mudam, Leis Naturais não. Eis que para o Ser Humano viver, só pode
fazê-lo agindo, para agir, não raro, pensa, e se age pensando com base em códigos de
idéias e opiniões que mudam para privilégio e/ou benefício de si e/ou de alguém, é
evidente que só se ampliará a circunferência do caos mundial. Mas, se o fizer com base
nos códigos perenes e imutáveis de Leis Naturais que regem o Universo, que nunca
mudam, é evidente que sua e nossas vidas serão cheias daquilo que sempre nos fora, é
e será legado pelo Todo, bem como ao todo que o integra, aquilo que nos faz realmente
ricos, cheios de real beleza e a levar uma vida cheia de real significação, mas que é
inenarrável a sua experimentação.
34 Assim, importa que investiguemos, individualmente, o que podemos fazer de exato, algo
que importe, algo que seja essencialmente necessário, algo de relevância, e que seja
justificado pela razão, ainda que ditado pelo nosso sentimento, com fins do caos senão
acabar, pelo menos conter e minimizar. Evidente que primeiramente em nós mesmos.
Afinal, nós, o mundo e a humanidade somos um, e o fazemos como são e estão através
das nossas ações do dia-a-dia de nossas relações. E se o mundo está em caos é porque
nós, que somos uma de suas partes integrantes, assim estamos. Quem diz o contrário,
não raro, senão engana-se, continua irresponsavelmente a esconder, colocando sua
sujidade em lugares de si próprio tão abissais, que dificultará o seu encontro e limpeza,
essa que terá de advir, cedo ou tarde, quer queira-se quer não, porquanto, o primeiro e
último, enfim, o único e exclusivo conhecimento que o Ser Humano não pode, não deve,
nem necessita desprezar é o de si mesmo.
35 Eis aí a origem do caos do mundo: nós mesmos.
36 É esse ente do ente humano doente, que precisa ser encontrado, conhecido e curado,
enfim, transformado e não a sociedade.
37 A sociedade é composta de Seres Humanos que vivem por vontade própria e sob normas
comuns, e só assim pode ela existir. Se esses estão confusos, inseguros e insatisfeitos
em si mesmos, é porque, quando agem, o fazem, não raro, até prova em contrário, com
base em valores de idéias e opiniões, não podendo, portanto, ser e estar em relação
direta com o Universo, logo, não podem experimentar o seu valor significativo, porquanto,
não estão agindo integrados com este mesmo Universo.
38 Assim, é evidente que sua vida é e será confusa, insegura e cheia de insatisfações, logo,
sem significação. Eis porque se busca tanto, incessantemente, a segurança, o prazer e a
satisfação, e não conseguindo, frustra-se, e frustrado advém-lhe para o seu ser a
depressão e tudo mais que lhe é afeto.
288

39 O que o frustrado, quando age, dá e tem como recebimento, em considerando que é


dando que se recebe?
40 O que o frustrado, quando age, causa e tem como efeito, em considerando que toda
causa tem um efeito idêntico?
41 Enfim, ao agir, o que criará o frustrado, ao seu redor, em considerando que toda ação
tem uma reação igual e em sentido contrário?
42 Vale buscar conferir, não é verdade?
43 Pois bem, é notório o fato de que o nosso caos é imensurável, logo, para exauri-lo, em
nós mesmos, enfim, para olvidá-lo, nos é necessária uma ação também de valor
imensurável, sob pena de causarmos mais caos quando agirmos com de nós, uma parte,
tentando dizimar o todo do problema. Afinal, o todo sem a parte não é o todo, bem como
a parte sem o todo não é a parte. O todo, em partes, demonstra no todo as partes que
tem. Aquele que, em si mesmo, as partes do todo reconhece, quando age, demonstra no
todo as partes que do todo é e tem. O que implica dizer que é o Ser Humano que precisa
ser regenerado e não a sociedade, isso deve se realizar já, porque o futuro é agora e não
amanhã. Não se pode fazê-lo com idéias. E quando for feito através da compreensão dos
fatos em si mesmo, através sua análise com base nos códigos perenes e imutáveis das
Leis Naturais que regem o Universo, é evidente que exaurir-se-á a confusão. Afinal, a
análise dos fatos elimina a confusão. Em seguida e/ou concomitante lhe é necessário,
bem como justificável, por assim dizer, saber manter esse estado de ser quando
adquirido, o degenerado.
44 Eis um outro desafio.
45 Assim, quanto ao trabalho ora apresentado, o indicativo a ser investigado é:
46 É ou não possível auxiliar de maneira efetiva o Ser Humano quanto ao transformar o
humano de si mesmo, momento a momento em sua vida, já, e não amanhã?
47 Afinal, quando se quer ou deseja ser, cria-se o futuro psicológico e, já não se é mais o
que é, assim, já não se pode dar-lhe atenção e, portanto, não se pode compreendê-lo, e
se não se compreende, a confusão persiste, e se age com ela a amplia em si mesmo, no
todo e em todos. Eis que se adia a transformação para amanhã. É só quando se enxerga
o que se é hoje, agora e não amanhã, aí sim a transformação não foi, não é e nem será
adiada, e é, possivelmente, sumariamente executada, eis que aí houve o
autoconhecimento.
48 Daí importa fazermos a revolução, não exterior, mas sim interior; não na sociedade, mas
em nós mesmos, no nosso pensamento, na nossa maneira de pensar, quando então
estaremos com a possibilidade de observar sem condenação ou perdão, bem de perto, e
de nós mesmos, cada sentimento, cada pensamento, cada ato, e ter a ímpar condição de
quando oportuno inteirá-los numa ação integral; assim, parece-nos claro, ser possível a
nossa integração e que se repercutirá na sociedade numa reação em cadeia. Afinal, é
com a transformação de nosso mundo particular que transformamos o mundo coletivo,
numa reação em cadeia.
49 O autoconhecimento, parece-nos claro, é, senão o único, o mais óbvio, lúcido e lógico
caminho. Porquanto, sem ele o Ser Humano duvida de si mesmo e cai no abismo da
ignorância e da descrença. E o Ser Humano que duvida de si próprio ama o que no fundo
repele, e quer o que na realidade não necessita. Eis porque em suas ações, quando
como político, em vez de auxiliar o seu semelhante, explora; quando como educador, em
vez de libertar o educando, escraviza; e quando como religioso, em vez de nos ligar a
Deus, desliga. Eis uma das causas de todo este caos, toda esta degeneração.
50 Com o autoconhecimento começaremos a perceber e conceber de nós cada sentimento,
cada pensamento e cada ato, tornando-nos cônscios do que somos. Tornar-se “cônscio
de”, eis a ação imensurada, a ação que transforma. E é o que somos que importa, e não
289

o que queremos ser. É o que somos que podemos transformar e não o que queremos
ser, pois o que somos está ocorrendo, logo, podemos contatar, lhe dar atenção e de certo
compreender, bem como absorver o seu valor significativo, se assim podemos dizer; já o
que queremos ser não ocorre, portanto, não lhes podemos contatar, sequer dar atenção,
nem tampouco compreender, quanto mais absorver o seu valor significativo. Afinal,
somos o que somos. E este é o primeiro e último, o único e exclusivo conhecimento que
decididamente o Ser Humano não pode, não deve, nem necessita desprezar - o de si
mesmo, bom que se repita. Pode ele ir ao Sol, à Lua ou à Plutão, dia virá que terá que
voltar à si mesmo para si conhecer, com fins de crescer e se adiantar. Afinal, nada está
inerte no Universo, tudo é movimento, é ação, é progresso, e ainda que pareça parado
está em velocidade imensurada.
51 Parece-nos somente assim ser factível a transformação do Ser Humano individualmente,
porquanto, o caminho é para dentro, e isto repercutir-se-á no social; mas não podemos
criar uma nova humanidade, uma nova geração, uma nova civilização, sem começar pelo
Ser Humano no que se refere a sua transformação.
52 Uma coisa é fato, quanto a todo este caos, estamos ainda todos, não raro, pesados,
cheios de carregamentos; uns como que com os pés no chão do solo fértil da destruição
e cada vez mais que com isso agimos, parecemos ampliar o caos em que nos
encontramos; há outros que estão como que em alto mar em barco no meio da
tempestade, sem bússola, sem rumo e sem porto seguro para atracar e descarregar sua
carga para os devidos fins; e ainda aqueles outros que estão como que viajando pelo ar
em nau, sem bússola, sem combustível e sem aeroporto e/ou permissão para pousar.
53 O que Fazer?
54 - Cabe-nos reflexão.
55 Como se criar uma nova sociedade, uma nova humanidade, com a estrutura
completamente distinta da de até agora, e distante deste caos que tanto nos assola?
56 Entendemos ser esse o nosso atual desafio; e então buscarmos realizar essa
transformação, a começar por nós mesmos individualmente; conhecendo de nós mesmos
cada sentimento, cada pensamento, bem como cada ato, enfim, as nossas reações
quando nas relações do dia-a-dia de nossas vidas e seus incessantes desafios.
57 Assim, em considerando tudo isso, importa ao Ser Humano empreender na busca
flexível, e de maneira ousada, persistentemente, cumprir o seu papel com bases, o
quanto possível, sólidas para si e seu semelhante.
58 Enfim, importa tornarmo-nos de nós mesmos o investigador, o cientista, para fazer do Ser
Humano um Ser Humano, a princípio, o de nós mesmos, porquanto, já somos o problema
e a solução. Somos o Criador e a Obra.
59 Mãos a obra!

199 AUTOCONSCIENTIZAÇÃO
1 O Ser Humano em sua busca individual acerca da sua evolução, quer seja natural ou
abreviada, segundo a compreensão do Princípio Criador, da Finalidade da Vida, bem
como da Razão da Nossa Existência, verifica que na medida em que avança, quanto a
tal, a única certeza que reside em seu ser é a de que não é possível isso realizar se não
for através das relações do seu dia-a-dia, do seu próprio viver, quiçá seja rico, belo e
significativo, enfim, das suas experiências como um todo, quer individuais, quer coletivas.
Afinal, se queremos compreender o todo da vida, temos que levar em conta não os
códigos da religião, mas sim, os códigos perenes e imutáveis de Leis Universais, mais
precisamente da Lei de Relatividade. Daí, suscita considerar e questionar:
2 Afinal, qual o valor significativo real de uma relação?
290

3 - Eis o maior desafio com o qual nos deparamos em nosso viver.


4 Assim evidenciado, neste momento, é oportuno e vale considerar certas variáveis que
nos auxiliem investigar refletidamente quanto à tal questão. Senão vejamos.
5 É factualmente perceptível de que no Universo tudo pensa e tem vida.
6 É factualmente perceptível de que a vida se prova pelo movimento que existe em todas
as coisas existentes no Universo.
7 É factualmente perceptível de que a vida é autossustentável e auto-organizada, bem
como é e está explicitamente demonstrada na Natureza através da Relatividade.
8 Afinal, na Natureza tudo é relativo, porque nada é composto de um só elemento
indivisível. Nela não existe perda, mas sim aprimoramento. E isso não se realiza pela
imobilidade, mas sim pelo movimento; ele que é inegável, eterno e autossustentável. É o
movimento que oportuniza a evolução e não a paralisação. O que é dito e tido como
estático, embora não pareça, está em velocidade imensurável, verá aquele que tiver
olhos, coragem e souber ver para observar e verificar isso bem de perto.
9 É factualmente perceptível de que a vida é representada pelas ações nas relações.
10 É factualmente perceptível de que não se tendo equilíbrio dinâmico organizado, não se
compreende a vida e seus complexos, pertinentes e ininterruptos desafios, tanto objetiva
quanto subjetivamente manifestos em tudo que existe. E não se compreendendo a vida, a
confusão, o desencontro e o desconforto tornam-se, do Ser Humano, amigos
praticamente inseparáveis.
11 É factualmente perceptível de que se queremos compreender a vida, observando o seu
valor significativo real, devemos começar pelo que está mais próximo de nós, nós
mesmos. Afinal, o Ser Humano é a suprema obra da Criação Universal de repouso e
representação das Leis Universais, enfim, da vida.
12 É factualmente perceptível de que a vida não pode ser compreendida por nós, para ser
“bem” vivida, se não for através do bem viver. E viver é ser, é estar em relação com
coisas, pessoas, seres, pensamentos, bem como sentimentos.
13 É factualmente perceptível de que o viver é diretamente proporcional às relações em todo
seu contexto. Ele, o viver, é nada mais nada menos que o conjunto de atividades meio
para se alcançar a mais relevante das atividades fins do gênero humano - a compreensão
da vida e sua finalidade, inclusive em si mesmo.
14 É factualmente perceptível de que para se compreender a vida, absorvendo em si mesmo
o seu valor significativo real, deve-se sempre ser e estar naquele estado de ser
concepção que oportunize alcançá-lo quando das suas reações no seu dia-a-dia de
relações do seu viver. afinal, o valor significativo real das relações não é tão somente
prazer e/ou satisfação, mas, sim, a autorrevelação para que, pela ação do
autopercebimento, haja a autotransformação e, por conseguinte, a possibilidade da
manifestação de uma nova humanidade, uma nova civilização.
15 É factualmente perceptível de que, se nossa vida “não tem sentido”, se assim podemos
dizer, é porque percebemos no mais profundo do nosso ser que o nosso viver, por
motivos que não cabem relacionar, não nos deu, não nos têm dado, nem tão pouco, no
mínimo, tendencia a nos dar como resultado plausível e razoavelmente útil das relações:
• A sua real beleza,
• A sua real riqueza,
• Bem como a sua real significação.
16 E, enquanto assim continuamos, questões de grande relevância para o nosso “bom”
viver, tais como:
• Quem somos?
291

• De onde viemos?
• Para onde vamos?
17 Ficarão sem respostas plausíveis e razoavelmente úteis que nos auxiliem acerca da
concepção, elaboração e execução dos nossos “deveres sagrados para com Deus”, quer
seja na área individual, ou melhor, de nós para conosco próprios, quer seja na área
coletiva (social), ou melhor, de nós para com o nosso semelhante e para com o meio em
que vivemos, enfim, para com O Universo.
18 É factualmente perceptível que nas relações do dia-a-dia do nosso viver é possível ser
oportunizado, no mínimo, nos autorrevelar quando das nossas reações quer sejam
físicas, quer psíquicas, quer morais (espirituais); e daí, se nos autopercebermos, bom que
se repita autopercebermos e não auto-rotularmos, autorresignificarmos e/ou
autossugestionarmos, é indubitável, no mínimo, a possibilidade de haver
autoconhecimento, este que nos possibilita dar como resultado a auto-integração,
concomitantemente a possível autotransformação e, por conseguinte, oportunizar a
possibilidade de uma abreviada evolução consciente.
19 É factualmente perceptível de que as nossas relações, quer sejam com coisas, pessoas,
seres, pensamentos, bem como, sentimentos, abrangem diversos círculos de influências
e que, dentre eles, podemos caracterizar especificamente 3 (três) níveis muito
importantes, senão vejamos:
• Nível pessoal,
• Nível profissional,
• Nível espiritual.
20 Cada um deles, evidentemente, com suas peculiaridades.
21 No nível pessoal, o mundo de nossas relações é muito restrito e está afeito à nossa
pessoa individualmente, bem como a nossa relação direta com a sociedade familiar,
principalmente a consanguínea, seja a que nos construiu ou a que construímos. Nossas
ações, geralmente, têm por base as indicações caracterizadas por valores humanos,
advindos, inclusive, da influencia das nossas tradições, raça, clã, tribo, religião, filosofia;
enfim, do pai, mãe, tio, avô, irmão, etc.
22 Nesse nível, quando das nossas relações, discutimos muito, embasados em nossas
idéias pessoais, e de outrem, enfim, embasamo-nos em opiniões, em valores mutáveis,
donde resultam, geralmente, confusão, desencontros e desconfortos em nosso viver,
quase que ininterruptamente.
23 Basta observar para verificar como se encontram atualmente no planeta os Seres
Humanos e as famílias, até prova em contrário, em estado de crescente desintegração e
desagregação, respectivamente.
24 No nível profissional, o mundo de nossas relações é pouco restrito, pois não está tão
somente afeito à nós mesmos e/ou à nossa família consanguínea, mas à nossa família
planetária. Nossas ações têm por base as indicações caracterizadas, não raro, por
valores científicos, e na sociedade como um todo, o quanto possível, já sistematizados,
advindos, inclusive, das influências das sociedades técnicas, alternativas e/ou
principalmente científicas, quer na área das ciências exatas, biomédicas, humanas,
sociais, etc., enfim, não mais em opiniões quer de nosso pai, mãe, tio, avô e irmãos,
religião, filosofia, etc., mas sim de cientistas como, por exemplo, Newton, Mendel, Piaget,
Durkheim etc.
25 Nesse nível, geralmente, quando em nossas relações, discutimos muito embasados em
teorias e idéias não mais somente nossas e dos nossos parentes, mas especificamente
idéias de cientistas e, não raro, incertas, porquanto não estão embasadas em valores
292

imutáveis, donde também não deixam de resultar confusões, desencontros e


desconfortos quase que ininterruptos.
26 Basta observar para verificar como se encontram, atualmente, a família planetária, as
sociedades mundiais, enfim, o mundo, principalmente agora com a globalização, em
estado de crescente caos, caracterizado, inclusive, pela corrupção, violência e volúpia,
em graus exageradamente alarmantes e parecedores sem fim e sem precedentes.
27 No nível espiritual, o mundo de nossas relações é irrestrito, embora para a maioria não
pareça, ou melhor, não seja tão perceptível. E não está tão somente relacionado à nós
mesmos e/ou à nossa família consanguínea, nem tampouco somente à nossa família
planetária, mas sim à nossa família Universal. Nossas ações têm por base as indicações,
não mais de valores humanos, religiosos, filosóficos e/ou científicos, mas sim de valores
insofismáveis, valores universais, estes que têm como características peculiares a
perenidade e a imutabilidade. Valores estes que transcendem as idéias pessoais, as
opiniões e as teorias, enfim, os pensamentos, quer sejam, como dito, religiosos,
filosóficos e/ou científicos. Com os valores Universais, a confusão, o desencontro e o
desconforto são inexistentes, porquanto tais valores não são idéias pessoais, nem
tampouco falsas teorias, mas sim fatos insofismáveis; logo não são discutíveis, porquanto
contra fatos não pode, não deve, nem necessita haver argumentos. Esses valores foram,
são e sempre serão, ainda que raramente, concebidos individualmente, no social
demonstrados, porquanto utilizados por Seres Humanos, de inegável grau evolutivo de
grau muito significativo, tais como Krishna, Buda, Jesus, etc.
28 Eis que muito importa ao Ser Humano desejoso ou necessitado, conscientizado e/ou
autoconscientizado, buscar, em seu viver, envolver-se não somente com a cultura
material, ou seja, aquela que o auxilia a construir o seu pensamento, ou melhor, aquela
que lhe oportuniza a especialização, e com a qual embasa o seu agir; mas também se
envolver com a cultura espiritual, ou seja, aquela que lhe oportuniza a redenção,
porquanto o auxilia também a que desperte, conheça, desenvolva, mantenha e use o seu
potencial, ou melhor, o seu sentimento já existente, bem como a construir novos
sentimentos.
29 Afinal, vale salientar que o Ser Humano é também o produto do que sente, pensa e age,
bem como do meio em que vive; e, ainda, que o conhecimento o identifica com as Leis
Universais.
30 Assim, o Ser Humano passa a ser e estar em condições mínimas, indubitáveis, para
planejar o seu viver, quer nos níveis pessoal, profissional, bem como espiritual, podendo
gerenciá-los a que produzam, como fatos, os resultados plausíveis e razoavelmente úteis
esperados, e que sejam então, controlados de maneira que a sua evolução abreviada
consciente seja oportunizada de maneira factualmente perceptível, tendo como
peculiaridade o equilíbrio dinâmico organizado.
31 Com isso é, senão impossível, pouco provável haver, no viver do Ser Humano, confusão,
desencontros e desconfortos.
32 afinal, se é intenção ímpar auxiliar o Ser Humano acerca da sua evolução abreviada,
consciente, equilibrada, dinâmica e organizada, enfim, “a brilhar”, muito importa levar em
conta não os ensinamentos religiosos, mas, sim, os códigos perenes e imutáveis de Leis
Naturais que regem o Universo, tal como os da Lei de Relatividade, porquanto, como dito,
na Natureza tudo é relativo porque nada é composto de um só elemento indivisível. Nela,
as coisas interagem e interdependem-se e tudo são relações. E uma vez que no Universo
tudo são Leis e que dentro delas tudo é bem, porém fora das mesmas nada é definitivo
ou seguro, para que o Ser Humano possa viver feliz e equilibrado, enfim, com o Universo
integrado, lhe é necessário, bem como justificável, o conhecimento, sentimento e uso de
seus códigos perenes e imutáveis como um eterno e sempre novo padrão de ação do seu
dia-a-dia de relações.
293

33 Aí parece-nos claro ser possível, indubitavelmente, ao Ser Humano ser e ter um viver
tendo da vida como premissas primordiais, a sua real beleza, a sua real riqueza, bem
como a sua real significação, e questões a saber tais como:
• Qual o princípio criador?
• Qual a finalidade da vida?
• Qual a razão de nossa existência?
34 Não mais ficarão sem respostas plausíveis e razoavelmente úteis, para si. Por
conseguinte é então oportunizado ao seu Ser um viver em estado de:
• Eterno renascimento,
• Semeando e colhendo o bem,
• Espalhando o amor, e
• Perpetuando a verdade.
35 Por conseguinte, em condições mínimas indubitáveis de tornar-se mais um possível
vencedor dos prélios planetários consciente e, assim, merecedor do credenciamento de
viver em ambientes Universais, ou seja, em orbes onde, por exemplo, a dor e o
sofrimento são, senão “desconhecidos” e/ou já erradicados, pelo menos conhecidos e
controlados.
36 Ou até então o seu viver será cheio de confusões, desencontros e desconfortos e, por
conseguinte, a sua vida terá sido, até então, em vão...!
37 Ou será que não?
38 - Cabe-nos reflexão.

200 GRAU DE MESTRE - INICIAÇÃO


1 Deus, A Divina Lei, a vida do Absoluto, a vida das Leis Universais, esta energia suprema
eterna e Absoluta que a tudo envolve penetra e vivifica, é infinito na duração e na
extensão, porém finito na distância. Assim, para o Ser Humano senti-Lo basta-lhe
progredir com moralização espiritual, pois cada causa criada em prol desta compreensão,
o efeito, por ser igual, lhe trará o sentimento desta realidade, logo, cada vez mais, o Ser
Humano, o criado, aproximar-se-á de Deus, o seu Criador, em princípio através do seu
sentimento, adquirido por suas experiências nas diversas encarnações que passar,
adquirir, aprender e sentir.
2 Depois que o Ser Humano já conseguiu, por sua vontade, usando do seu querer, a base
da realidade, o conhecimento do seu princípio, sua meta e o seu fim, baseando-se nas
Leis Divinas e, além do mais, quando ele já aprendeu a pedir pelo seu saber, chegando à
razão das coisas, agora ele já pode, porque sabe como buscar para achar, por confiança,
convicção e certeza, tudo que lhe é necessário e justificável para o seu adiantamento
espiritual, do seu semelhante, do planeta, enfim, para o Universo, pois já sabe buscar,
tanto interna, como externamente ao seu ser. Assim, é a criatura que tem e usa da fé,
esta que é a maior entre a diversidade de suas virtudes; ela que é o prêmio natural que
todos os Seres Humanos adquirem por já ter em si manifestadas a confiança, a
convicção e a certeza da lógica da vida, consequentemente, sentindo, cada vez mais
finita, esta distância entre ele, “o criado” e o Pai, “Deus, o Criador”.

201 REALIZAR
1 No Universo existe muita confusão que tem princípio em uma determinada causa e
termina em causas diferentes daquelas iniciadas, já que a perturbação começa em casa
pela falta de compreensão entre as pessoas e acaba por florescer no mundo das idéias,
das religiões, passando, finalmente, para o mundo da política.
294

2 O Ser Humano precisa analisar o seu pensamento do dia-a-dia e, com isso, verificar
quantas vezes suas idéias são corretas, analisando, também, quantas vezes ocorre a
insistência de que seus irmãos devem aceitar o seu juízo como perfeito, pouco
importando a opinião dos outros, porque, no seu entender, a sua palavra sobrepõe à dos
outros e é lei.
3 No meio da humanidade terrena, principalmente nas organizações e sociedades, a
confusão começa quando uma pessoa pretende ter qualidades superiores a outra,
desejando que a sua superioridade não seja contestada, lutando para que prevaleça,
dessa forma, a sua autoridade; portanto, não admitindo, de forma alguma, que sua teoria
seja contestada, principalmente quando julga aqueles que a contestam inferiores.
4 Para que o Ser Humano possa realizar é necessário que ele ponha em prática todo o
produto de suas realizações, observando atentamente como a Natureza, através de sua
marcha lenta, analisa todos as obras com cuidado para poder realizar de acordo com as
normas estabelecidas pelas Leis Universais. Já o Ser Humano, deixa de seguir os
métodos perfeitos da Natureza demonstrando, por exemplo, que no seio da família a
confusão começa quando cada um deseja que a sua idéia prevaleça sobre a dos demais,
julgando com isso que a sua idéia é a mais correta.

202 A FÉ
1 Atualmente ainda é comum se ver, nas grandes comemorações religiosas, a presença
maciça de devotos que se aglomeram nas romarias para pagarem suas promessas por
algum beneficio pessoal que porventura obtiveram, em função de uma propalada fé que
se acredita ser uma crença verdadeira.
2 A humanidade, em sua maioria, tem depositado sua fé em Deus, ou em santos
protetores, apenas nos momentos que lhes são endereçados seus pedidos para
beneficiar a si ou a alguém de sua família, sendo que, na realidade, este procedimento
tem vínculo apenas com uma esperança que ela possui de realizar aquilo que deseja.
3 Sendo a fé uma virtude que supera todos os obstáculos representados pelos degraus
inferiores da escada de Jacó, ocupa o ponto extremo superior destes conhecimentos
porque ela é a representação viva da sabedoria que alcança todo Ser Humano quando
tem plena consciência do que se encontra estabelecido nas Leis Universais.
4 O esforço que devemos empreender no sentido de alcançar o degrau representado por
esta qualidade deve vir aliado ao pensamento e a uma força de vontade capaz de vencer
todas as barreiras que porventura aparecerem em nossa frente, usando conscientemente
a inteligência para que possa alcançar a sabedoria, sendo indispensável que se
manifeste nestas criaturas uma boa conduta moral, retidão, respeito e justiça perante o
seu semelhante.
5 Diariamente o Ser Humano frequenta os templos religiosos, crendo num Deus que
desconhece, porque se existe uma partícula divina na constituição humana ele deve
procurar e sentir esta força dentro de si, pela confiança, certeza e fé, que é a sabedoria
real que representa seus sentimentos.
6 A fé é uma qualidade que no Ser Humano se encontra representada por todo o
conhecimento que se possui, isto equivale dizer que todas as verdades que porventura se
apresentarem diante de si pela combinação de seus sentimentos, serão identificadas.
Entretanto, se isto não ocorrer, é porque falta, em si, a confiança, certeza, convicção dos
poderes que lhes são conferidos pelas Leis em manipular todas as substâncias que se
encontram ao seu redor, através de suas próprias ferramentas naturais.
7 O que conduz o Ser Humano ao fracasso é justamente a ânsia, a pressa e o mau
planejamento que ele emprega em querer atingir os fins sem compreender perfeitamente
os princípios, isto porque em suas realizações geralmente só é levada em conta a
295

utilização do pensamento, entretanto, falta o esforço para que se processe o


desenvolvimento da inteligência, e assim, conscientemente, venha desejar aquilo que
quer pela fé que possui.

203 A FÉ, A SÉTIMA VIRTUDE DO SER HUMANO


1 Tornar-se-á doce a vida do Ser Humano quando ele se dedicar à vida material, com uma
conotação espiritual, pelo fato de conhecer a razão da sua existência. Fora da razão
nunca se atingirá a verdade, sem esta não se pode atingir a verdadeira consciência e,
evidentemente, sem a última jamais se conscientizará, ou melhor, se cientificará da fé,
este prêmio maior que os hominais recebem pelo fato de já terem em si a certeza, a
segurança, a confiança e a convicção plena do que podem fazer por si mesmos tudo que
necessitam, pois conhecem como realizar tudo que sua razão deseja e já, desta feita,
desobrigaram-se com o vacilo por oficializarem em si a palavra chave de sua crença - o
seu sentimento.
2 Disseram, certa feita, que “o que apenas o Ser Humano sabe é que nada sabe”, o que
deixa a desejar pelo fato de haver, evidentemente, a evolução. Assim, com efeito, pode-
se já caracterizar seguramente que na verdade “o que apenas o Ser Humano sabe, é que
não sabe tanto quanto sabe”. No dia em que todas as criaturas humanas, por uma
orientação oficial segura em prol da verdade para o engrandecimento fraternal da
humanidade, seguirem as Leis Naturais desde seu reencarne até o desencarne, então se
sentirão inquebrantáveis e felizes, pois que não haverá divergência entre as
necessidades do povo e a missão dos que dentre este mesmo povo comprometem-se,
perante a Lei, em auxiliá-los. Assim, em breve o Ser Humano mais consciente dos seus
deveres por estar empossado em cargo elevado diante de seus semelhantes, não mais
utilizará deste cargo para seu conforto pessoal, mas sim sairá de tal descalabro e
agradecerá à Deus a oportunidade que lhe foi dada, agarrar-se-á com todas as suas
forças à tal missão e, realizando-a, resgatará sua liberdade de consciência e de ação
para suas novas obras por resgatar suas dívidas de vidas pretéritas, tornando-se, por
certo, uma criatura feliz e levando tal felicidade aos seus semelhantes.
3 O fato de o Ser Humano viver se julgando não saber aquilo que na realidade já sabe, se
dá porque ele não tem o sentimento de suas realizações. Portanto, ele deve confiar em si
e agir para ter no futuro segurança daquilo que realmente sabe.
4 A princípio, desconhecedor que é o Ser Humano do seu princípio, torna-se mais inseguro
e assim mais distante da realidade. Precisa saber ele que as energias de que é
constituído vem adquirindo consciência desde o reino mineral, portanto toda a
experiência de tal reino dentro de si existe como energia consciente. Prosseguindo, tais
energias conscientes vieram dar origem e formam o reino vegetal, depois o animal e
agora, em fase final, ao reino hominal, o que nos deixa clara a idéia de que ele já possui
dentro de si um verdadeiro cabedal de conhecimentos de tais reinos, nos quais já
adquiriu consciência. Para se caracterizar tal certeza, basta ao Ser Humano lançar mão
do sentimento interior, unido à crença e caracterizar o fato do porquê de existirem em sua
constituição substâncias de tais reinos evidenciados, melhor ainda se caracterizarmos
que o processo de evolução se dá através da transformação da matéria em energia, ou
seja, energia consciente de tal transformação. Assim será até chegarmos ao nosso
princípio - Deus.
5 Futuro virá em que o Ser Humano será despreocupado pelo fato de ter o sossego, paz e
equilíbrio, advindos das realizações concretizadas pela sua fé, que será desde então
iluminada pela ciência, esta que mostrará a realidade a toda sua humanidade.
6 Não pode, ou melhor, não deve é o Ser Humano evidenciar sempre uma fé em Deus e
fazer-lhe pedidos e mais pedidos em seu benefício ou de outrem, pois que estará ele tão
somente negando a fé. Neste ato, entender-se-á de que não existe ainda uma fé, apenas
296

está em si gerando a esperança de realização de seus desejos, mas não a fé, pois que
esta dota todo e qualquer Ser Humano de confiança e certeza de que possui o
conhecimento e é ciente, pois crê naquilo que sabe, e sente certamente que pode realizar
tudo que deseja, sem elevar seus pensamentos ao Grande Deus com seus pedidos,
porque tem o sentimento verdadeiro que Deus não se encontra tão distante dele, mas sim
dentro de si mesmo.
7 Para ter consciência é necessário ser analista e adquirir-se-á a ciência, então atingir-se-á
a fé. Sem isto existirá o vacilo e se ainda vacila-se não se adquiriu completamente a fé,
pois que ela é a inquebrantável força regozijadora da sabedoria. Sem ela no Ser Humano
produz-se a dúvida, a descrença e por fim a dissidência, pelo fato de não ter em si a
consciência.
8 Deve o Ser Humano não se apegar à crença alguma, a não ser na verdade, quando esta
for alegada dentro da lógica e da razão, assim conseguirá fugir de querer realizar aquilo
que não sente para que não se sinta impotente quando falar sem saber o que está a falar,
pelo fato de não ter sentido o que aprendeu. Portanto, levando-se em consideração o
trabalho individual que todos temos para com Deus e que é irreversível, deveremos
procurar crer tão somente em nossa consciência e sentimento. No mais é ser fanático e
supersticioso.
9 Não devemos crer em nada a nós dito por quem quer que seja, o que devemos é
procurar sempre, sempre analisar as análises das coisas e concluir por nossa própria
consciência para aceitar por sentimento próprio. Não devemos nos iludir nem tampouco
nos subestimar, pois que todos estamos no mesmo plano de evolução, afinal, os
semelhantes se atraem para se espiritualizarem, quer encarnados e desencarnados, e a
exclusiva coisa verdadeira é o nosso sentimento, este que não adquirimos em livros nem
em ensinamentos de outrem, mas sim da nossa própria experiência passada ou adquirida
nas diversidades de vidas pretéritas e presentes.
10 Agora, é deixarmos de lado a precipitação, a ânsia, os maus pensamentos procurando
compreender o princípio, meio e fim das coisas e daí buscarmos, no mínimo, pela
consciência, realizar tudo necessário e desejado às nossas vidas pelo fato da
compreensão da fé.

204 A AVAREZA
1 O apego aos bens materiais, cuja finalidade é a preservação de suas fortunas, tem
premiado a humanidade com pesados troféus, que a mantém presa pelas correntes
imaginárias da ilusão, permanecendo, sistematicamente, nesta rotina e, de propriedade
em propriedade, vai construindo seu patrimônio, sem perceber que tudo pertence à
Natureza, e esta jamais negou aos Seres Humanos a matéria prima necessária para a
edificação de qualquer obra, com o objetivo de proporcionar a felicidade e o bem comum
a todos.
2 Se o produto desta realização for utilizado com ambição para uma satisfação pessoal,
vindo a se estender apenas aos parentes e familiares, no momento do desencarne, todos
aqueles tesouros adquiridos são gravados na Alma como impressões para que ela
dispute até o fim estas formas adquiridas. Enquanto perdurar a obstinação, permanece
esta situação de insegurança e inconsciência, que só terá um princípio de fim quando for
estabelecida a renúncia aos bens adquiridos pela matéria.
3 A avareza é um vício que se manifesta pelo apego demasiado ao dinheiro, moedas que
são utilizadas na compra de bens, ao qual se dispensa um amor próprio, na ilusão de que
esta riqueza artificial lhe trará felicidade e paz duradoura, ignorando, assim, que ela, no
mínimo, provocará seu estacionamento, culminando numa caminhada progressiva em
busca do egoísmo, este que infelicita o Ser Humano e substitui seu método de agir
corretamente, pelas determinações mal planejadas.
297

4 Mas o Ser Humano não deve ser orientado por uma imposição, para que não haja
infração às Leis e não seja privado da liberdade de um aprendizado natural.
5 Se o ciúme consiste no receio de perder alguma coisa então, seu praticante está
incorrendo num grave erro porque tudo que nos pertence foi emprestado pela Natureza e,
consequentemente, a ela voltará, para que no futuro retorne mais aprimorado, dando
sequência à grande obra planetária.
6 O Ser Humano, quando encarnado, deve lutar o máximo para enriquecer não com
propriedades materiais, mas de conhecimentos espirituais, porque se o primeiro é
adquirido para manter o seu egoísmo e a ociosidade de seus herdeiros, que permanecem
na expectativa do fenômeno chamado morte, a fim de que seja processada a partilha em
função do que ficou autorizado em testamento, o segundo traz a liberdade pela renúncia
aos bens adquiridos, pois no momento em que a Alma se desprende, se liberta de todas
as impressões que a atividade material lhe proporcionou, cessando a necessidade de
contato com o Corpo Físico, pelo qual foram conseguidos todos aqueles bens.
7 Os planetas que constituem os Universos foram condensados para propiciar a felicidade
de seus habitantes, e não serem considerados como uma prisão, cujas grades foram
constituídas pelas mentes dos próprios prisioneiros, que abandonaram o método correto
de viver em harmonia com seus irmãos e, sobretudo, consigo mesmos porque, quando o
Ser Humano se propõe a vencer os elementos inferiores que constituem o seu Corpo
Físico, ele começa a sentir que está ocorrendo uma grande transformação em si, isto
porque aquelas formas grosseiras por ele constituídas serão destruídas, por não
encontrarem a vibração que serviu de base para sua construção, ademais qualquer
sofrimento adicional deverá ser combatido com a tolerância, resignação, confiança e
moderação obtendo, assim, a liberdade pelo cumprimento dos deveres, essa que não
escraviza o Ser Humano, mas devolve a ele aquilo que, no passado, lhe pertencera e que
se chama “consciência”.

205 EXALTAÇÃO
1 Existem muitos que lamentam não terem a oportunidade de conseguir realizar tudo aquilo
que almejam. Entretanto, é a falta de fé que não permite tal realização, tornando-os
impotentes para lutar e atingir o ideal almejado. Muitos há que lutam, lutam, porém
desistem no meio do caminho pelo desânimo, pela falta de persistência, sobrevindo,
finalmente, a desistência. Entretanto, dentro de cada Ser Humano existe a superioridade
que o permite realizar tudo que deseja e, para que ele atinja esse ponto, é necessário
que harmonize as energias internas com as correntes cósmicas, concentrando-se naquilo
que deseja realizar.
2 Existem muitos seres que, humildemente, descortinam a verdade. Porém, como sempre,
os cientistas mais privilegiados é que são seguidos em suas teorias, que, na maioria das
vezes, estão erradas ou ainda não terminadas. Já o Ser Humano que descobriu a
verdade duvida do que sabe, seguindo assim o mesmo erro julgando-se único senhor da
verdade que acaba de encontrar.
3 As religiões chegaram à conclusão de que é pecado deturpar as crenças dos Seres
Humanos, esquecendo que se a verdade foi descortinada por uns que estacionaram,
outros Seres Humanos também erram porque desconhecem a verdade.
4 Se as religiões dizem que tudo é mistério de Deus, a ciência já chegou à conclusão de
que Deus não tem mistério para com o Ser Humano. Só que esta ciência deveria seguir o
método instituído pela Lei Natural.
5 O Ser Humano não deve dificultar aquilo que é simples, porque nas sociedades secretas
existem adeptos com a missão de unificar a verdadeira ciência à ciência material,
tampouco explicar suas idéias pelas da ciência material porque, desta forma, não
298

conseguirão atingir um ponto de levar a confiança, a convicção e a certeza ao


pensamento humano.
6 O Ser Humano só poderá levar as explicações lógicas, suas deduções exatas através da
ciência. Muitas e muitas vezes o Ser Humano diz que acredita em tal causa, entretanto,
crer, somente, não é necessário, mas, sim, ter confiança, sentir e ter convicção de que
tudo aquilo em que ele crê é real.
7 Dentro da crença do Ser Humano existe também a dúvida, esta que transforma a sua
mente fazendo com que ele duvide do que crê, porque esta não está equilibrada pela
realidade das coisas.
8 O milagre, por exemplo, reconhecido como uma crença, corresponde à extravagância da
Natureza quando o Ser Humano se exalta.
9 A exaltação é presenciada quando um Ser Humano se encontra enfermo e segue em
romaria para ser curado por uma entidade ou santo de sua credibilidade. A exaltação do
Ser Humano faz com que ocorra uma aceleração em seus Plexos, estes que distribuem,
normalmente, as energias para os órgãos, sendo que os centros chegam a ponto de
queimar todas as suas energias, bem como aquelas transmitidas pela Natureza, advindo,
em consequência, o esgotamento dos centros, ficando o organismo em debilidade
energética, sem poder, no entanto, se restabelecer com a máxima urgência. Logo, a
Natureza, tendo a capacidade de administrar energias superiores às energias
anteriormente administradas, o faz e o centro passa então a funcionar normalmente,
realizando a cura do Ser Humano que se exaltou. Desconhecendo esta operação
realizada pela Natureza, o Ser Humano diz que foi a entidade ou “santo” que o curou.
10 É preciso que o Ser Humano descortine a verdadeira causa para ter convicção do efeito
correspondente e alcançar as grandes realizações.

206 NEM OTIMISMO, NEM PESSIMISMO, MAS SIM REALISMO


1 Todo Ser Humano tem um Princípio Divino e um Princípio Doentio. O Princípio Divino é
aquele que o Ser Humano vive em busca do realizar pela convicção e certeza, através de
sua análise e seu sentimento. O princípio doentio é aquele em que o Ser Humano vive a
aguardar a misericórdia divina, sem sequer movimentar-se em busca do equilíbrio,
colocando nas reações dos outros aquilo que ele, somente ele, pode realizar sem que
seja passageiro ou paliativo. Afinal, toda causa tem um efeito e a ajuda dos outros, no
que se refere aos nossos desequilíbrios, não ajudarão, se nós não mudarmos as causas
que praticamos e nos levou a tal situação de sofrimento, a fim de que possamos sair da
mesma.
2 Para dominar-se a vontade, para obter-se a força e a maneira lógica ou até mesmo fácil
de realizar aquilo que é indispensável para si, o Ser Humano não precisa lutar para
libertar-se total e radicalmente de seus desejos e necessidades indispensáveis ao seu
equilíbrio orgânico, mas sim consiste em libertar-se dos domínios dos apetites
desregrados e das paixões inferiores de toda Natureza que lhe tem atormentado.
Portanto, não consiste em desprezar o corpo quer seja no nível físico, psíquico ou moral,
mas sim purificá-lo. Tampouco destruir os apetites, mas sim dominá-los quando eles
começarem, ou melhor, pretenderem elevarem-se ao nível de desregramento e isto não
se consegue com imediatismos.
3 O domínio da Natureza inferior muda a chave da natureza física, subordina-a a um plano
superior, um plano inteligente e, então, o Ser Humano, acumulando seu poder de
energias, é levado a realizar o que lhe é necessário e que advir-se-á na razão
proporcional ao seu potencial.
4 Por outro lado, os Seres Humanos em suas atividades, a ponto de desregramentos, não
fazem mais do que enfraquecer suas energias, a ponto de perder, inclusive, seu equilíbrio
299

orgânico, entrando, assim, em desarmonia todo o seu ser e gerando em si o desânimo,


a impotência, até o blasfemar contra a divindade.
5 Entretanto, quando ele reconhecer que todo fracasso ou vitória advém-se de suas ações,
então, ele compreenderá que sua vitória consistirá em renunciar a todas as perversidades
contra as suas forças vitais, lutando contra os seus desregramentos e vencendo-os pela
moderação, parcimônia, tolerância.
6 O Ser Humano é o ser supremo do Universo e ser supremo não é ser desregrado, mas,
sim, é ser consciente do seu princípio divino, consciente de que é senhor de uma vontade
superior capaz de tudo vencer e que precisa conhecer as causas de seus fracassos,
buscando ensinamentos para que possa utilizá-los, a fim de que, conscientemente, possa
lutar e vencer.

207 MILAGRES
1 Já compreendemos que o Ser Humano integral redunda-se em seus Plexos e Chacras,
ou melhor, seus centros de forças, estes que são trabalhados, ou melhor,
descondensados desde o reino mineral até agora no reino hominal da Obra Homem,
através das atividades destes. É com este trabalho de descondensação da matéria que o
integra, que esses centros, com tais procedimentos, vêm passando e adquirindo
experiências que lhes ficam gravadas e que nós chamamos de “sentimentos do Ser
Humano” pelo fato das energias que lhes integram, cada vez menos aglomeradas em
razão da sua descondensação, poderem melhor refletir identificando a lógica da vida,
pois que assim vão adquirindo razão, vontade, consciência e, por fim, Ciência do seu
Princípio Criador, justificando a máxima de que “no Universo tudo são Leis”.
2 Entretanto, a maioria da humanidade ainda tem demonstrado um estado de fanatismo e
superstição, quando investe crer em um Deus particular que vem a agradar esta ou
aquela criatura por seus pedidos. Com estas atitudes o Ser Humano demonstra não
sentir que quem faz o destino dele é ele próprio e que Deus não privilegia nenhum Ser,
pois Ele estabelece os códigos imutáveis através das Leis Naturais e elas baseiam-se em
direitos e deveres. Portanto, a idéia da sorte e do azar não existe quando relacionada
evidentemente com a gratuidade; porém, se, ao contrário, for relacionada com direito e
dever, então verificaremos que merecer é um direito adquirido pelo Ser Humano pelo
cumprimento do seu dever.
3 Hoje o Ser Humano sofre por desconhecer tais lógicas, estas que são evidenciadas pelas
Leis Universais e terminam enveredando por caminhos tortuosos, cheios de quedas e
fracassos por utilizarem métodos não corretos para suas ações, em razão de serem, na
maioria das vezes, imediatistas. E assim tem-se acomodado atrás de sua própria
preguiça, muito embora esteja com as armas em seu poder e munição suficiente para
agir, lutar e vencer, porém tem tido receio de levantar seus olhos para esta realidade.
4 Considerando que toda causa tem um efeito podemos concluir que os Seres Humanos,
quando se encontram com alguma enfermidade, por exemplo, é porque existe uma
causa, e o imediatismo destes Seres Humanos os tem evitado acharem as causas dos
seus sofrimentos, mas sim tão somente acabar com os sintomas, ou melhor
desaperceberem-se dos efeitos, porém sem descobrirem suas causas reais. Os efeitos
são justificados pelas causas ou vice-versa. Não se pode achar as causas sem que se
reflita sobre os efeitos e isto não se consegue com imediatismos, mas sim com paciência,
parcimônia, tolerância, moderação, resigno, compreensão e inteligência.
5 Já sabemos também que os centros de forças do Ser Humano estão a filtrar energias da
Natureza, para vitalizar-se, bem como distribuí-las para seus órgãos subordinados, estes
que ficam impregnados destes fluidos vitalizantes que chamamos de ectoplasma, e que
lhes transmitem vida e movimento, para que eles possam cumprir seu papel na matéria
orgânica desta máquina chamada corpo humano. Quando em certas atividades desta
300

máquina, realizadas pelas ações do Ser Humano, for verificado o enfraquecimento, é


porque alguma das suas partes está com suas funções, neste momento, suspensas, o
que virá com o tempo a regularizar-se, basta que lhe seja dado tal tempo. Se, ao
contrário, por quaisquer motivos pelas ações do Ser Humano enfraquecido, for destruída
toda a potência destes fluídos vitalizantes que os órgãos recebem, então poderá advir o
coma, depois o desencarne, pois que os órgãos reagirão uns sobre os outros buscando
tais fluídos até o esgotamento destes, chegando a ponto de paralisação total da máquina
humana, característica esta advinda dos desregramentos e excessos deste Ser Humano.
6 Normalmente em nosso orbe, os Seres Humanos têm buscado os templos espirituais
para suas iniciações quando, evidentemente, se encontram enfermos, buscando crer em
tal doutrina em razão deste seu padecimento.
7 Assim, ele tem depositado toda sua crença em algo ou alguém encarnado ou
desencarnado que ele acredita que possa curá-lo, o que na realidade o leva a um alto
grau de exaltação.
8 Tal procedimento faz com que os centros de forças aumentem sua velocidade de trabalho
acelerando-se e, com isto, vindo a gastar todas as suas reservas de energias bem como
também as energias que lhes são transmitidas pela Natureza, chegando assim ao
esgotamento, fazendo com que o organismo chegue a ponto de maior necessidade de
energia para seu pronto restabelecimento, ainda podendo ser controlado pela Natureza.
9 Daí é que a Natureza, em razão desta busca persistente do Ser Humano, através de sua
exaltação fervorosa da crença, é forçada, por essa necessidade que evidencia o
organismo, a administrar-lhes energias em tantas quantidades quantas sejam as suas
necessidades.
10 Aí o centro de força, que antes se encontrava deficiente, com o concebimento dessas
energias que agora a Natureza lhe concede de maneira “extravagante”, é impulsionado
forçosamente a funcionar a fim de distribuir estas mesmas energias que agora concebe
intensamente aos seus órgãos subordinados. Pois é dessa distribuição que o centro faz
aos órgãos que vem a normalizar suas funções e é nesse exato momento que se realiza
tal cura, tão procurada pelo Ser Humano necessitado, através da sua exaltação, de modo
que ele chega a evidenciar que consigo acontecera um milagre, pois atribui tal
acontecimento às influências do Alto ou da criatura no qual ele depositou toda sua crença
de cura e, no entanto isso tudo não passará de uma maneira extravagante da Natureza
fornecer-lhe energias em razão da sua exaltação.
11 Entretanto, considerando que o veneno que cura também tem o poder de matar, pode o
Ser Humano, através de sua exaltação, provocar seu próprio desencarne, quando atingirá
o último grau de exaltação incapaz de ser controlado pelas forças da Natureza, advindo
assim o desencarne, este que os Seres Humanos tem chamado de morte pela emoção.
Tudo isso é ainda hoje tão propalado como milagre pela humanidade inconsciente de que
no Universo tudo são Leis e elas se baseiam em direitos e deveres, dentro delas tudo é
bem, porém, fora delas nada é definitivo nem seguro.

208 PRECISÃO
1 É necessário que o Ser Humano em suas pesquisas busque para poder encontrar, pois
tudo lhe será revelado, todas as portas lhe serão abertas porque todo material está ao
seu alcance, sendo preciso apenas que ele abandone a ociosidade de que é possuidor e
reflita por um instante, iniciando as grandes realizações pelo desapego das coisas
materiais.
2 Para que o Ser Humano use o saber, é necessário apenas que ele procure saber, porque
do contrário, não adianta saber aquilo que não quer saber, e assim fazer a manipulação
dessa sabedoria no laboratório do seu próprio Eu.
301

3 Sendo o Ser Humano uma potência que encerra em si os grandes conhecimentos que
é o sentimento das coisas belas, ele é capaz de tudo realizar, porque tudo existe dentro
de si.
4 As Leis são aplicadas nas realizações tanto de uma boa obra, como de uma má obra,
sendo que o crime está apenas na intenção daquele que pretende praticá-lo. Tudo se
encontra reunido nas normas que regem as Leis da Natureza sendo que a lei material é
apenas uma cópia da Lei Natural.
5 A precisão é uma carência daquilo que é necessário ou útil, sendo reconhecida também
na exatidão de operação de alguns cálculos, para se chegar às realizações promovidas
no Vasto Campo Universal pelos Seres Humanos.
6 Se a humanidade tivesse ouvido no passado as grandes verdades e se essas verdades
ficassem gravadas em estado latente na sua consciência, para refletir no seu sentimento,
atualmente seria mais produtora tanto material como espiritualmente, porque a
humanidade reconheceria as Leis que regem o Universo e que faculta no Ser Humano, o
seu uso e aplicação naquilo que deseja.
7 É necessário que o Ser Humano renuncie à tola vaidade de saber o que na realidade
desconhece, compreendendo os métodos perfeitos exigidos pela compreensão,
tolerância, exatidão e precisão. Enfim, os princípios fundamentais que o levarão à
bonança, à luz e à perfeita realização.

209 A CONFIANÇA
1 Muitos se julgam impotentes e incapazes para manipular as substâncias invisíveis, para
levá-las a ponto de condensação, através de suas vibrações e fazendo desse modo a
mudança do invisível para o visível.
2 É necessário que o Ser Humano tenha fé no poder encerrado em seu ser. É preciso
também que seja urgentemente afastada a poeira das falsas teorias que o trazem preso
às teorias que o levam ao fracasso e quedas.
3 Existem muitos que possuem a sabedoria dentro do seu íntimo, porém não têm
consciência daquilo que sabem, isto porque não sentiram aquilo que aprenderam, e se
não sentiram, é porque o aprendizado foi tão somente superficial. Toda humanidade
precisa possuir o saber, mas, para saber, é preciso, em primeiro lugar, o sentir, pois o Ser
Humano não deve falar aquilo que não sente e que sua razão não dita, porque ao proferir
um discurso que não sabe o Ser Humano não sabe o que está falando. Portanto, é
necessário que o Ser Humano entenda tudo aquilo que fala para sentir tudo o que
aprendeu.
4 A confiança é reconhecida como uma segurança íntima de procedimento. Ela é
indispensável ao Ser Humano que pretende realizar alguma obra que mereça a
apreciação espiritual e terrena. O Ser Humano deve ter confiança nos seus
conhecimentos. Deve ter confiança no poder existente dentro de si mesmo. A confiança
forma a harmonia e o amor que existem entre o saber e a natureza externa, e com a
harmonização destes dois poderes, o Ser Humano, através de seus atos e ações, pode
tudo realizar.
5 Quando o Ser Humano tiver plena convicção daquilo que sabe e, em consequência,
crendo naquilo em que crê é porque unificou seu conhecimento com sua crença,
formando em si a grande imagem de confiança e certeza.
6 Porém, é preciso que o Ser Humano tenha uma fé iluminada pela ciência, ciência esta
que lhe mostre toda a realidade das coisas e certifique de tudo para que ele possa viver
equilibrado com a Lei.
302

210 AMOR AO PRÓXIMO


1 É necessário que os seres que fazem parte deste planeta se compenetrem de que
estamos atravessando o século da Verdade, esta luz que se encontra alimentada pelo
desenvolvimento da inteligência e que tem a capacidade de suplantar todas as trevas
obscurecidas pelo véu da mentira.
2 Entretanto, o Ser Humano prefere viver enganado, sofrendo as consequências de seus
erros, do que se identificar como uma Alma, para viver a verdadeira vida.
3 O amor que deve ser desenvolvido por um Ser Humano perante seu semelhante, deve
ser praticado levando em consideração que eles são identidades, isto é, que são atraídos
por uma força comum, representada pela Lei de Igualdade.
4 O Ser Humano deve tomar como padrão os ensinamentos da Natureza que dispensam o
verdadeiro amor aos seus filhos, oferecendo-lhes substância nela encerrada, para suas
realizações e esperando pacientemente o reconhecimento desta manifestação.
5 Em nosso planeta o que vemos é a indiferença sistemática de irmão para irmão, onde o
mendigo é humilhado, o negro é discriminado, o doente mental é confinado e muitos
trabalhadores explorados por seus patrões gananciosos.
6 O amor verdadeiro que devemos dispensar ao nosso semelhante se encontra abalizado
nas Leis Universais, quando cumprimos com os nossos deveres com fraternidade,
sinceridade, lealdade, desenvolvendo os nossos conhecimentos Espirituais, a fim de que
a caridade seja prestada pelo conhecimento de causa.
7 Sabemos que o planeta se encontra neste momento cheio de Almas necessitadas, tanto
encarnadas quanto desencarnadas, aguardando orientação daqueles que têm a missão
de despertá-las, transmitindo-lhes os conhecimentos que a ajudem a sair do estado em
que se encontram.
8 O amor verdadeiramente conhecido é aquele que se baseia no sentimento de igualdade,
liberdade e fraternidade para, em seguida, ser praticado em benefício do nosso
semelhante, sobretudo aqueles mais necessitados que, por não compreenderem a lógica
da vida, vivem em eterno sofrimento.
9 A caridade que se deve prestar aos nossos irmãos deve ser espontânea, isenta dos
interesses materiais. É, portanto ter consciência de que quando dois seres se apresentam
eles são identidades, isto é, existe uma igualdade comum entre eles, que é a
manifestação de Deus no Ser Humano através de suas energias.
10 Quando a humanidade compreender o verdadeiro significado do amor ao próximo,
necessariamente ela perdoará a todos que a injuriarem, porque já terá pleno
conhecimento da Lei de Causa e Efeito, porque cada pensamento emitido quer seja para
o bem, quer seja para o mal tem que retornar para seu emissor, a fim de que ele tome
conhecimento da causa cometida, e aprenda a praticar seus atos tomando como ponto
de referência as Leis Naturais.

211 O QUE É VERDADEIRAMENTE O AMOR


1 Hoje tem deixado o Ser Humano de observar a simplicidade, esta que lhe proporciona a
profundidade, o sentimento, a exatidão, a realidade e tem caracterizado sua vida pela
busca do prazer ao fantástico, ao maravilhoso, ao sensacional que lhe proporciona o
absurdo advindo da ilusão.
2 Criou-se, no presente, em função das “histórias” deturpadas do passado, como por
exemplo “A Estória de Adão e Eva”, um amor irracional, autoritário, castrador, fazendo
com que tal amor da ilusão misture tantos sofrimentos às ilusões do amor.
3 Na verdade é necessário compreender que a realidade de tudo existente esteve, está e
estará sempre na razão de sua existência, e esta razão é o princípio do amor. Assim,
303

esquecendo-se disto, ou melhor, fugindo deste princípio de simplicidade, em função de


sua maior fraqueza, ou seja, seu orgulho, pelo fato de que querer algo superior ao que
lhe oferece a Natureza, através de seus pensamentos, vem transformar tal sentimento - o
amor - numa coisa brutal que na maioria das vezes concretiza-se como um material
bélico, cujo desfecho final produz o crime, realizado quase sempre pelo suicídio, o que
está completamente contrário aos códigos estabelecidos pela Natureza, que concede a
todas as criaturas o amor, caracterizado por uma deliciosa realidade.
4 Pois é a fascinação quem constitui o amor fatal, e para curá-lo é necessário que o Ser
Humano entre em contato com a harmonia que preside todos os seres, inclusive o seu
próprio, e o sinta em sua Alma, nunca este amor baseado na paixão, efêmero, mas no
constante, puro, moderado e indescritível, também que se desligue das correntes
energéticas que o trazem prisioneiro ao “fatal” e identifique-se se combinando com uma
corrente contrária às que o prendem, para sentir o “real”, procurando amar pelo
sentimento justo e cumprindo com seus deveres, evitando amar o que sua razão repele,
querendo tudo que sua Alma realmente deseja em prol da sua evolução.
5 O verdadeiro amor é o encadeamento realizado por uma força de atração natural entre
dois seres, que se combinam positivamente proporcionando-a.
6 Na maioria das vezes, em função das ações, o físico subordina o astral, ou seja, o Corpo
Material não espiritualizado domina, através da mente, o Corpo Astral, a Alma, onde está
a razão, esta que justifica o amor como o cumprimento dos deveres, pela igualdade em
todos os seres, pelo dever voluntário, dada a grata compreensão de que tudo partiu de
Deus e a Ele retornará, em obediência às Leis da criação, da formação e evidentemente
da evolução.
7 Levando-se em consideração a evolução, já que nada se encontra inerte, tudo se
transforma, aprimora e evolui. O amor adveio-se do ódio, o seu estado bruto, grosseiro,
que deverá passar pelos processos característicos de aperfeiçoamento para no futuro ser
ele, o amor. Evidenciando-se, assim, que o que está em cima também se encontra em
baixo e vice-versa, assegurando desta forma que quem hoje odeia, amanhã amará, pois
eternamente imutável só Deus, e se o amor está dentro do ódio, logo dia virá com a
evolução em que ele se apresentará, queira-se ou não.
8 Para a derrubada da ambição, avareza, dos interesses pessoais e amor próprio, a
consciência e uso da voluntariedade e do desinteresse são métodos indispensáveis para
que flua o amor através da verdadeira amizade, caracterizada pelo mútuo respeito.
Saiba-se que o amor fatal é vibração que fascina os Seres Humanos, conservada que é
pela sua ilusão, levando-os ao caos, porém, quando a sua consciência é despertada,
toda ela é destruída não se levando em conta quem com ela conviva.
9 Agora é hora de evitar estes choques de interesses e de vaidades que imperam em
nosso planeta, que ainda embrutece o verdadeiro amor, transmitindo a verdade aos
Seres Humanos, esta que há 2000 anos lhes foi evidenciada e demonstrada, mas que
também fora, pelos insensatos, hábil e maliciosamente escondida no manto da mentira e
da fantasia, para trazer toda esta humanidade escrava, supersticionada, subjugada pelas
falsas doutrinas, através de seus dogmas criminosos.

212 EVOLUÇÃO
1 Cada sistema planetário possui o seu centro denominado por nós de Sol, sendo este um
globo desprovido de luz própria, sendo que a luminosidade que parte dele é atribuída ao
Tejas, um éter que envolve o planeta em grandes quantidades.
2 É necessário entendermos que este universo que habitamos precisa evoluir para purificar
suas massas. E isto só será efetivado pelas transformações que irão ocorrer e que já
estão ocorrendo em várias partes dos continentes.
304

3 Porém, da forma em que o planeta está sendo explorado, dificilmente os sofrimentos


serão minimizados, porquanto os cientistas ainda pensam que os tremores de terras e os
abalos sísmicos têm ligação tão somente com a acomodação de terras.
4 Quanto mais próximo se encontra um planeta de seu centro, mais evoluído ele é em
relação aos demais, de forma que Mercúrio é mais perfeito que Vênus e este mais
perfeito que a Terra, que por sua vez, é mais evoluída que Marte. Isto considerando o
tempo de formação de suas massas, e que proporcione um campo energético com
elementos de mesmas qualidades, mas com diferentes capacidades de força.
5 Quando os campos energéticos de dois planetas se aproximam, o mais perfeito repele o
menos imperfeito e os locais onde predominam maiores elevações, quer seja de origem
natural como grandes montanhas, quer seja de origem artificial - como os prédios
situados nas grandes metrópoles - serão diretamente atingidos.
6 O Ser Humano desconhece que é possuidor de um centro formado pelas energias
inteligentes, cujos elementos são mantidos em coesão através das vibrações emanadas
pelos planos divinos, sendo que uma de suas tarefas consiste no desenvolvimento destas
faculdades, para ajudar o planeta em seu progresso e aperfeiçoamento, aparando suas
arestas imperfeitas.
7 Outro ponto fundamental que dificulta a evolução do nosso planeta é o negativismo
provocado pelas imagens mentais, emanadas diariamente sob a forma de pensamentos,
condicionando legiões de entidades que permanecem enganadas pelas teorias das falsas
ilusões.
8 O Ser Humano pode e deve prestar ajuda ao planeta e à humanidade, como solução para
os graves problemas que estão acontecendo e que irão acontecer, utilizando a força
pacífica da energia nuclear para desintegrar as elevações montanhosas quer seja em
terra ou mar e, em paralelo, substituindo as formas mentais de vaidade, discórdia, guerra
e ódio pelos pensamentos de energia contrária, tais como: a modéstia, a concórdia, a paz
e o amor.
9 Quando a humanidade visualizar, na prática, as normas que a razão justifica, todo o mal
será varrido da superfície da Terra e haverá uma maior conscientização pela observação
permanente das Leis Universais.

213 EMOÇÃO
1 Grande parte da humanidade se engana quando pretende identificar o sofrimento de seus
irmãos, atribuindo que tudo são provações. Se assim fosse, não existiria liberdade de
consciência para que o Ser Humano pudesse se dirigir com sabedoria, sendo que muitas
vezes o sofrimento do Ser Humano está ligado tão somente às análises mal
determinadas.
2 Todos devem lutar no momento de suas dores com ou sem provações, batalhando
sempre dentro de suas possibilidades para adquirir o ideal almejado, não admitindo a
idéia de que é necessário ter fé em Deus para que o sofrimento cesse, sendo que esta fé
é professada por aqueles que desconhecem quem é Deus, e admitindo, portanto, uma fé
iluminada pelo saber.
3 Mesmo desconhecendo a Lei de Causa e Efeito, a humanidade, de uma forma ou de
outra, tem resgatado suas faltas através do seu próprio sacrifício, dores e sofrimentos, e
procurando, finalmente, encontrar o porquê destas faltas, esquecendo e substituindo
estes sofrimentos do passado e do presente por um futuro radioso e brilhante de luz e
perfeição, sofrendo com paciência e tolerância para com seu semelhante.
4 Como já foi falado anteriormente, o Ser Humano deve esquecer o sofrimento presente.
Pela paz vindoura, deve conquistar também todos os prélios planetários das regiões
305

celestes da felicidade, reparando suas faltas e dirigindo-se, finalmente, pelo caminho


do amor, da verdade e da justiça.
5 Muitos têm sofrido as consequências de suas próprias causas, atraindo formas criadas
em seu próprio ambiente, assumindo compromissos sem poder cumpri-los, não
possuindo, desta forma, condições suficientes para transportar sua cruz para o calvário;
porém, se o Ser Humano tem coragem, tem determinação, então ele deve persistir; mas,
se ele, pelo contrário, não possui forças, não deve persistir por esse caminho para não
sofrer as consequências que o destino lhe impõe.
6 É necessário que o Ser Humano cumpra com seus deveres para adquirir seus direitos,
sendo senhor de seus desejos, vencendo desta forma as belezas imaginárias e
libertando-se da fascinação.
7 A emoção, reconhecida que é como um abalo moral ou comoção, está relacionada com a
exaltação, porque quando o Ser Humano se encontra enfermo ele faz sua vibração em
uma imagem, fazendo com que seus centros de força entrem em aceleração, chegando a
ponto de queimarem todas suas energias juntamente com as energias fornecidas pela
Natureza, ocorrendo em consequência o esgotamento dos centros, ficando o organismo
em debilidade de energia, sem poder, contudo, se restabelecer com a devida urgência.
Porém, atingindo este grau de exaltação, a Natureza não possui a capacidade de
fornecer-lhe as energias que ele precisa por mau funcionamento dos próprios centros,
então o Ser Humano chega a ponto de morrer.
8 É necessário que a humanidade se liberte da ignorância em que vive cercado e se
enquadre nas Leis, para ser senhor e não escravo de suas próprias ações.

214 SABEDORIA, FORÇA E BELEZA


1 Os Seres Humanos que desejam atingir a liberdade de pensamento e de educação na
esfera física, psíquica e moral, devem ter direito à resistência passiva para que suas
vidas possam se desenvolver com brandura e sem constrangimentos.
2 Para que o Ser Humano atinja essa liberdade é necessário que renuncie a determinadas
superstições atribuídas pelas religiões, estas que possuem uma razão limitada, o que
transforma completamente a criatura terrena.
3 Muitos afirmam que adorando um ídolo ou adotando certos regulamentos impostos por
certas sociedades, o Ser Humano adquire um lugar nos planos superiores, aonde chega
a ponto de receberem, perceberem e conceberem a irradiação de Deus. Porém, já é
reconhecido que a reflexão é necessária, mas a reflexão das coisas divinas, porque o
progresso consiste no esforço e na vontade do Ser Humano em busca da perfeição para
alcançar as grandes realizações.
4 Toda a humanidade procura os meios de atingir a sua liberdade, exigindo os seus direitos
e buscando, em consequência, a realidade das coisas.
5 É preciso que o Ser Humano eleve sempre sua sabedoria e sua razão através das
análises, equilibrando o seu conhecimento e reduzindo a sua ignorância na solução de
tudo aquilo que por ele foi analisado, não admitindo crença naquilo que não tem
conhecimento real, porque a consciência verdadeira está no sentir.
6 O fanatismo produz a superstição no Ser Humano e este, sendo dominado por esta
superstição, discorda da verdade, chegando a ponto de dissidência. Portanto, é
necessário que o Ser Humano desenvolva seus centros de força, seus centros de
percepção e equilibre seus órgãos, procurando atingir a verdadeira sabedoria para sentir
a verdade. É dever da ciência encaminhar o Ser Humano para o saber, para que dessa
forma ele possa sentir dentro do seu íntimo a realidade de todas as coisas e possuir uma
fé iluminada pela Divina Sabedoria.
306

7 Sabedoria, força e beleza constitui um triângulo cujos lados representam o Ser


Humano que crê naquilo que está crendo e sente aquilo que está sentindo.

215 A VIRTUDE DA SABEDORIA


1 Todo Ser Humano, através de sua persistência, através de seu esforço, poderá um dia
atingir o equilíbrio tão necessário à sua vida material e espiritual, este que não é atingido
porque são vítimas do desregramento pelos deleites sensuais, estes procedimentos que
infelicitam suas Almas. Muitas vezes o Ser Humano abandona sua inteligência, agindo
fora do raciocínio e da razão, e chegando a ponto de duvidar do que crê e amar o que
repele. É preciso agora que ele possua confiança no poder existente em si mesmo,
afastando a poeira das falsas teorias e encaminhando-se pelo caminho da Luz e da
Verdade para que no futuro possa afirmar: “eu sou o que sou porque tenho plena
convicção do que posso fazer”.
2 Se a humanidade tivesse escutado as grandes verdades e se elas fossem arquivadas em
sua consciência para no presente refletirem em seus sentimentos, seria mais produtiva
tanto no sentido material como no espiritual, porque ela reconheceria as Leis que regem
o Universo e que proporcionam ao Ser Humano seu uso para aplicação em tudo o que
desejar.
3 Existem Seres Humanos que se apaixonam por si mesmos pelo simples fato de
estudarem por longos anos e adquirirem títulos de verdadeiros sábios, chegando a ponto
de impor seus conhecimentos para seu semelhante, muitas vezes utilizando tão somente
das demonstrações externas.
4 É necessário que se leve à humanidade novos valores morais e espirituais, equilibrados
pela justiça, porque as exigências da tecnocracia, da política e da religião têm impedido a
liberdade e as virtudes do Ser Humano que ainda se encontra dominado pelos maus
costumes e pelos vícios, estes que os levam ao fanatismo e a superstição.
5 É preciso que o Ser Humano aprenda sempre a elevar seu pensamento ao Alto buscando
a sabedoria através de suas idéias e análises. É necessário que ele reduza sua
ignorância pela solução dos problemas que lhe são apresentados porque presentemente
sua consciência está baseada apenas nos conhecimentos superficiais, porém a sua
consciência verdadeira se encontra nos seus sentimentos. O fanatismo proporciona ao
Ser Humano a superstição e dominado por esta ele discorda da realidade.
6 O Ser Humano quando não usa sua consciência, que é a representação da fé, ao adquirir
seus problemas materiais, tendo condições de se desfazer dos mesmos, pode vir a sofrer
as consequências apenas de uma atitude sem reflexão, porém estas consequências são
menores do que aqueles que pretendem se desfazer de uma obra pela descrença, pelos
recalques e pela má orientação dos conselheiros que o cercam; estes passarão por
decepções cujo alívio é a dor, sofrerão quedas cujo bálsamo será o sofrimento, sofrerão o
remorso e o arrependimento, cujo consolo é a obsessão.
7 Portanto, o Ser Humano deverá ser senhor da sabedoria para não ser vítima da
escravidão de seu pensamento que criou as formas monstruosas que se encontram fora
da Lei e sendo ferido com a mesma espada que usou para ferir seu semelhante.

216 RELIGIÕES
1 Quando o Ser Humano for capaz de desenvolver os seus centros de percepção, quando
for capaz de abrir sua mente para que se manifeste em si todas as leis externas, então
ele passará a ser uma dualidade de naturezas. A externa, que realiza tudo, possuindo
como base o progresso, e a natureza interna, que se encontra dentro do seu próprio ser.
Se o Ser Humano passa por seus sofrimentos é porque tem um motivo para sofrer, sendo
que não existe o perdão de Deus para com o Ser Humano, o que existe é a obediência às
307

Leis Universais, porque sendo Deus todo bondade, amor e justiça, seria incapaz de
castigá-lo.
2 Se o Ser Humano estiver persistindo num ideal falso que possa lhe infelicitar e quiser
mudar, ele tem que desistir desse ideal mudando o seu pensamento para outro fim; isso
indica que ele muda o seu livre arbítrio através das formas que o infelicitaram. Com isso
Deus não o perdoou nem o castigou, porque Ele tem conhecimento de que um dia o Ser
Humano se libertará de todos os erros e crimes e que atingirá um ponto mais elevado na
escala da perfeição.
3 A religião na parte material é reconhecida como a crença na existência de uma força
sobrenatural. Na parte filosófica é reconhecida ou identificada como religar toda a
humanidade novamente a Deus. Existem muitos Seres Humanos que afirmam ser a sua
religião a única e verdadeira existente no Universo e que o seu Deus é o verdadeiro e lhe
dá a vida eterna; porém, nas religiões existem tantos mistérios que seus próprios
fundadores acabaram por desconhecê-los, isto porque suas mentes desequilibradas não
combinavam com seus sentimentos, estes conhecimentos que existem dentro do Ser
Humano em suas diversidades de existências.
4 Atualmente, as religiões, que eram frutos das crenças populares, estão mergulhadas no
lodaçal da descrença desse mesmo povo, este que fora induzido a crer cegamente que
suas imagens e ídolos solucionavam todos os seus problemas através de pedidos e
promessas.
5 É necessário que se reconheça que nenhuma religião possui toda a verdade, razão pela
qual em conjunto com a verdade, surgem as mentiras, as invenções que nada têm de
Divino ou Real.
6 O que a humanidade precisa é de conhecimentos verdadeiros, estes que a conduzem ao
verdadeiro caminho das realizações e das soluções de seus difíceis problemas.
7 É necessário que o Ser Humano termine com o partidarismo existente nas religiões,
acabe também com a superstição, com o orgulho e com a vaidade que faz com que ele
permaneça convencido de que possui toda a verdade e que ninguém mais tem o direito
de possuí-la, porém essa verdade se encontra ao alcance de todos que desejam procurá-
la com boas intenções, para poder libertar-se.
8 Portanto, ser religioso não é seguir esta ou aquela seita. Ser religioso é seguir as Leis
Divinas, afinal, dentro delas tudo é bem, porém, fora das mesmas nada é definitivo ou
seguro.

217 LIBERDADE
1 Existem no planeta vários empecilhos que impedem o Ser Humano de realizar tudo aquilo
que deseja e numa destas coisas verifica-se o temor, este que atira o Ser Humano ao
cativeiro da inferioridade. Porém, aquele que já sente a Lei dentro de si, que já começa a
se identificar com seu emaranhado, então nada condena perante seu irmão e também
não o defende, tornando-se, desta forma, neutro nas decisões tomadas. Portanto, todas
as experiências são necessárias, porque tudo que foi criado no princípio tem que se
reunir no fim.
2 Cada criatura humana tem as suas experiências, que são as lições oferecidas pela
Natureza para se elevar ao Alto pelos conhecimentos obtidos através do trabalho, que é a
forma do progresso para qualquer realização, tanto na parte espiritual como na parte
material, obtendo o salário que fez jus pelos deveres praticados.
3 O Ser Humano pode através de sua persistência, através de seu esforço, através de sua
vontade, atingir a sua sabedoria baseado na Lei Natural, que a todos ensina e orienta no
sentido de promover suas realizações adquiridas através de seu sentimento.
308

4 Muitas vezes a humanidade é privada da sua liberdade por desconhecer os códigos


estabelecidos na Divina Lei, e esta liberdade só não terá limites quando atender a
Necessidade.
5 A humanidade, quase em sua totalidade, é possuidora de sua liberdade, esta que lhe foi
oferecida pelas Leis, para que ela construísse o seu destino. Porém, o Ser Humano,
através de suas obras mal planejadas, chegou a ponto de anular esta liberdade que lhe
foi concedida porque ela deixou de estar equilibrada pela razão e pelo dever. Porém,
quando o Ser Humano voltar a equilibrar a sua liberdade pela razão, então ele poderá ser
senhor de sua liberdade.
6 O Ser Humano possui todas as qualidades para realizar. Para isso, são necessários o
esforço, a persistência e a sinceridade para ser útil a seu semelhante e a todas as coisas,
porque o conhecimento encontra-se dentro de si pela integração de todos os elementos
da Natureza. Dessa forma, ele possui a sabedoria e a ciência para tudo realizar, tudo
transformar e tudo concluir perante a Grande Obra eterna, cujas bases são os códigos
estabelecidos pela Lei Universal, cuja Lei o Ser Humano é o verdadeiro senhor quando
cumpre com seus deveres.
7 Tudo no Universo tem que obedecer às normas estabelecidas pelas Leis Universais,
porém o Ser Humano fica cego perante a simplicidade destas Leis, a ponto de querer
acrescentar algo que a torne verdadeira pela redação das leis materiais, chegando a
ponto de se decepcionar quando vê que esta alteração foi um grande erro.
8 Portanto, é necessário que o Ser Humano se desvencilhe desta falsa sabedoria pela
aplicação do conhecimento real. É necessário também que a sua fé seja iluminada pela
luz da ciência, esta que lhe indica a realidade das coisas para que ele viva feliz e
equilibrado.

218 O BEM
1 Tudo no Universo tem que obedecer às normas estabelecidas pelas Leis Universais. A
Lei se apresenta na maior simplicidade para o Ser Humano, porém este quer adicionar
alguma coisa a mais para transformar a Lei Natural na lei material, esta que ficou
estabelecida pelo próprio Ser Humano.
2 É necessário que se entenda que a verdade deve ser transmitida para o Ser Humano da
maneira como ela é, sem fantasias, para não alterar sua fisionomia, não confundir, nem
desiludir a humanidade.
3 Portanto, é preciso retirar essa sabedoria humana do abismo em que se encontra
aplicando-lhe as substâncias reais para que ela possa curar-se e progredir, alcançando,
com confiança, a fé e a ciência, esta que deve ser iluminada para mostrar ao Ser
Humano a realidade das coisas, uma ciência que certifique e cientifique tudo através das
realizações, para que todos possam viver uma vida feliz, sossegada e sem
preocupações.
4 O Ser Humano deve acreditar em Deus em todos os momentos, e não somente naquelas
horas em que se propõe a fazer-lhe um pedido, porque isto demonstra que ele possui
apenas um desejo, ou seja, uma esperança, e não fé baseada na razão e na certeza.
5 No seio da humanidade o bem é reconhecido como uma qualidade oferecida a ações e
obras do Ser Humano, que lhe confere um caráter moral; é também identificado como um
favor ou benefício. Porém, o verdadeiro bem não consiste de paliativos, como, por
exemplo, oferecer um prato de comida a seu semelhante, pensando estar fazendo um
bem, quando muitas vezes está praticando um grande mal, retardando dessa forma a
manifestação da Lei na pessoa socorrida, e o Ser Humano que pensava estar praticando
o bem, na verdade não estava, e aquele que foi beneficiado vem a se revoltar com o seu
benfeitor.
309

6 O bem verdadeiro e real consiste em o Ser Humano ensinar ao seu irmão a maneira
de sacudir os falsos costumes e penetrar no caminho da realidade para que ele resgate
suas dívidas para consigo mesmo e para com a Lei.
7 Como já foi verificado também, o mal não existe no vasto Campo Universal, o que existe
na realidade é um Bem em seu estado grosseiro, que tem de passar por diversos estados
de aperfeiçoamento, até atingir o bem, tal qual é reconhecido pela criatura humana.
8 Existem diversas manifestações do bem no Universo, e sendo tudo relativo, tem que
passar pelas modificações para atingir a harmonia, o amor e a verdade, e a redução
gradual deste relativo aproxima o Ser Humano do absoluto, do belo e do sublime.
9 O Ser Humano deve fazer como a espiritualidade, que pratica um bem, uma caridade
real, deixando que cada um seja digno do seu próprio salário, este que deve ser adquirido
pelo merecimento, como recompensa aos Seres Humanos que empregam o esforço,
vontade e abnegação em suas realizações.

219 O MAL
1 Muitas e muitas vezes os Seres Humanos deixam-se dominar pelo ódio e pela cólera,
fazendo com que penetrem em suas mentes os pensamentos insensatos que os levam
sempre a agir baseados nas necessidades dos instintos primitivos combinando com
instintos de sentimentos iguais existentes na Natureza, que ao prenderem-se ao Ser
Humano invadem-lhe a Alma e sugam as energias que são transmitidas pelo Espírito ao
corpo material, provocando um desequilíbrio nesta matéria.
2 Existem, no seio da humanidade, muitos Seres Humanos que não têm força suficiente
para combater as exigências dos seus elementos, advindo em consequência deste fato a
dor, esta que desperta todas as Almas para o cumprimento de seus deveres. É ela que
suaviza todos os males morais e físicos e que corrige todas as ações praticadas fora da
Lei Universal.
3 Seja, portanto, justo inicialmente para consigo mesmo, ou seja, para os elementos que o
compõem, e depois para com seus semelhantes, amando seus irmãos para que possa
entrar em contato com a harmonia e o amor, não um amor passageiro e fascinado, mas
um amor puro, calmo e verdadeiro. Pratique a caridade a todos os necessitados. Pratique
o bem aos que precisam, mas este deve ser um bem verdadeiro, pois muitas vezes o Ser
Humano pensa que está praticando um bem e na verdade está incorrendo em um grande
mal para seu semelhante; às vezes também ele pensa que está praticando uma caridade
quando está cometendo um grande erro.
4 A humanidade reconhece o mal como aquilo que é nocivo e que fere a honra com
prejuízo. Na ordem filosófica; o mal corresponde à negação da razão; socialmente é a
negação do dever e fisicamente é a resistência às Leis invioláveis da Natureza.
5 Se uma criatura permanece inapta para o trabalho por algum tempo, seu irmão deve
socorrê-la, porém, quando ela restabelecer suas forças, deve-se deixá-la caminhar por si
só, e nunca fazer com que ela permaneça na ociosidade sem trabalhar; e, aprendendo
esta lição, ela pode ajudar todos aqueles que porventura venham a necessitar de sua
orientação para a prática do Bem.

220 CRÍTICAS
1 A humanidade sendo desconhecedora da Lei Universal, muitas vezes censura a si
própria, e por desconhecer a Lei transforma em dificuldade tudo o que é simples e
natural. Porém, quando ela interpenetrar nos códigos estabelecidos nesta Lei, ela não
encontrará nada que possa censurar. Portanto, são necessárias as grandes e as
pequenas experiências, a fim de que todos aqueles que pesquisam e que estudam
310

penetrem no emaranhado destas Leis e se conscientizem a cada dia de que é a força


da necessidade e a liberdade que elas proporcionam a todos os seres Universais.
2 Cada Ser Humano é possuidor de experiências variadas que servem de uma folha no
livro da vida, sendo que este instrui cada vez mais as encarnações e as experiências em
qualquer aprendizado. Portanto, o Ser Humano tem de se elevar pelos conhecimentos
adquiridos pelo seu próprio esforço e pela orientação de irmãos mais velhos e de maiores
sentimentos.
3 É necessário que o Ser Humano baseie suas raízes num único alicerce, num único
desejo, que é o de aprender analisando sempre todas as coisas.
4 A crítica é uma arte ou faculdade que permite o julgamento e manifestações de caráter
intelectual.
5 É comum no meio da alta, média ou baixa sociedade, a verificação da crítica, sendo que
cada Ser Humano pretende aumentá-la para deixar seus admiradores contagiados ou
curiosos. Muitas e muitas vezes os Seres Humanos persistem em idéias inúteis,
cometendo erros por desviarem da lógica e da razão.
6 O baixo criticismo começa quando os Seres Humanos se arrojam a conhecer o povo,
advindo em consequência a discórdia e a confusão, e quando no futuro esses erros são
descobertos por quem fez a crítica, aquele que se encontrava entre o povo revolta-se
porque teve conhecimento da verdade como ela é. Existem muitos que aumentam suas
faltas e depois se lamentam de as terem cometido, outros chegam a diminuírem suas
faltas com vergonha de revelá-las. Portanto, os Seres Humanos devem se unificar para
que possam atingir o ponto de sabedoria, força e amor.

221 INCREDULIDADE
1 A humanidade tem vivido desorientada até os dias atuais, porque não tem um roteiro que
indique uma orientação verdadeira para o caminho de atingir a vitória, isto porque ela vive
temendo o fracasso pela falta de reflexão e orientação espiritual capazes de solucionar
todos os problemas que ela atravessa no momento.
2 A vida é para ser compreendida por todos aqueles que desejam segui-la dentro das
normas estabelecidas pelas Leis Universais; isto equivale dizer que esta compreensão
faz com que o Ser Humano conserve dentro de si, um verdadeiro paraíso em que há de
gozar das delícias dos conhecimentos, da brandura e da harmonia. Entretanto, aqueles
que não compreendem a lógica perfeita da vida, que não compreendem o método
perfeito de suas ações, estes fracassam porque não entenderam o método perfeito
através do qual a Natureza ensina a construção de sua verdadeira morada.
3 A incredulidade consiste na falta de crença, sendo representada como negação
exagerada daquilo que não se analisa nem raciocina, porque a crença é como a fruta da
videira que alimenta, encoraja e vivifica. Se o Ser Humano não crê, é porque não está
sentindo e se não sente, é porque não está praticando, tendendo a ser escravo da dúvida
e da superstição.
4 Dentro da crença do Ser Humano existe um ponto importante que é a dúvida naquilo em
que ele crê, justamente porque a crença não se encontra equilibrada pelo conhecimento
real de todas as coisas.
5 Um Ser Humano, muitas e muitas vezes, diz que possui ou deposita sua crença nesta ou
naquela coisa, porém, nas suas relações materiais, pratica as más ações para prejudicar
seu semelhante, satisfazendo assim os seus sentimentos inferiores de baixa vibração,
quer na parte material, quer na parte espiritual. Logo, chegamos à conclusão da má obra
cometida pelo Ser Humano, este que inconscientemente pensou que fez uma boa causa
coroada de vitória, mas para a Lei não passou de um fracasso que o condenou a si
mesmo dentro dos códigos estabelecidos por esta mesma Lei.
311

6 Se a humanidade tem sofrido até os dias atuais a consequência de suas faltas, ela
também, de um certo modo, tem resgatado estas faltas através de seus sofrimentos e de
suas dores, porém já sabemos que existe um indicador para esta mesma humanidade,
este que está representado pela sabedoria, pelo caminho da alegria e do bem estar.
7 É necessário que cada Ser Humano se prepare para a última batalha que o eleva até o
alto, esquecendo o seu passado e o seu presente de dores e decepções, e almejando um
futuro radioso de paz, harmonia e amor.

222 SAÚDE E DOENÇA


1 Existem palavras que representam o “Templo das Almas” e elas estão representadas
pela harmonia, amor, verdade e justiça, sendo que sem harmonia não pode haver amor,
sem amor não pode haver justiça e sem a força não pode haver beleza. É preciso que
aqueles que já sentem dentro de si os primeiros lampejos de luz e da verdade, aqueles
que já sentem irradiar dentro da sua razão a força, sejam abertas as portas, como
também para aqueles que batem, pedem e procuram.
2 Os Seres Humanos, muitas vezes baseados em sua ignorância, acreditam e ao mesmo
tempo desacreditam, isto porque a sua fé não é uma fé verdadeira, e sim é um desejo
que eles alimentam, uma simples esperança e uma crença, baseados naquilo que
desconhecem.
3 A saúde é um estado daquelas pessoas cujas funções orgânicas físicas e mentais se
encontram em situação normal, sendo que a doença é justamente o contrário, isto porque
existe deficiência nos Plexos que comandam os órgãos, e as vibrações negativas da
mente se irradiam por todo o corpo da pessoa, tornando-o, na maioria das vezes, incapaz
de promover as realizações que o corpo estava acostumado a praticar.
4 É comum se afirmar no seio da Espiritualidade que não existem doenças, e sim
deficiência dos Plexos, e quando atinge a parte mental o Ser Humano fica psiquicamente
desequilibrado, isto porque ele foi atingido em seu estado psicológico, e quando um
órgão se encontra inapto o Plexo responsável por sua manutenção deixa de filtrar as
energias da Natureza, passando a funcionar como um destilador das energias que se
encontram naquele órgão, daí ocorrer a deficiência do referido centro de força.
5 Quando o Ser Humano se encontra com saúde ele deve lutar com todas as suas forças,
enfrentando todas as batalhas com confiança e certeza; assim, se ele encontrar-se em
dificuldade, sua libertação virá através dos esforços, amenizando o seu sofrimento e suas
dores, tirando de sua mente as dúvidas doentias que entravam os pensamentos e o
impede de caminhar para pontos radiosos do futuro.

223 HARMONIA
1 É necessário que o Ser Humano entenda que as grandes verdades ainda virão, porque
apenas sombras das grandes verdades foram administradas até a presente data, sendo
que para compreendê-las é preciso que se retire do seu ser o complexo de inferioridade e
o convencimento de que tudo sabe e já aprendeu, para que dessa forma possa observar
o sentido real de todas as coisas.
2 A Natureza é simples como também são simples todas as manifestações da Lei Natural.
A atividade é mãe da prosperidade, e a doçura e humildade são virtudes que conduzem à
estabilidade, sendo que cada causa tem o seu efeito, e esse efeito não é diferente da
causa cometida. A uma boa obra corresponde um bom efeito e a uma má obra um
péssimo efeito. O presente de um Ser Humano e tudo o que ele passa no Universo são
partes de suas obras do passado ou frutos de uma determinação mal analisada, e as más
obras realizadas no presente terão os seus efeitos refletidos no futuro.
312

3 No seio da humanidade em geral, a harmonia é uma disposição bem ordenada entre


as partes de um todo, é também reconhecida como uma paz coletiva que existe entre as
pessoas. Sem harmonia não pode haver amor porque ela é a representação da justiça.
Portanto, o Ser Humano deve ser justo para consigo mesmo e também para com seu
irmão, procurando entrar em harmonia, para que possa sentir o amor que se apossa de
sua Alma.
4 A Harmonia Universal é aquela que entra na Alma da criatura humana fazendo com que
seus elementos sintam em si a verdadeira manifestação das Leis. Ela está representada
por uma música sublime que encanta a toda humanidade consciente de sua missão.
Portanto, é necessário que o Ser Humano viva sempre em harmonia com o seu eu
interior e também com a Natureza que o rodeia, porque sem harmonia não se pode ter
uma orquestração perfeita.
5 É necessário que o Ser Humano procure elevar sempre sua sabedoria e sua razão
através das análises, equilibrando os seus conhecimentos e reduzindo em consequência
a sua ignorância pela solução de todas as coisas, crendo sempre na consciência real
para sentir o conhecimento verdadeiro baseado em seus sentimentos, porque as
poderosas vibrações da harmonia universal banham o Ser Humano aqui e ali, como um
grande rio cujas águas puras e cristalinas o fazem viver, dando-lhe o sentimento de uma
força poderosa e desconhecida no vasto Campo Universal.

224 A CRUZ
1 Já está confirmado no, Globo Terreno, que o Ser Humano, para encontrar o seu
equilíbrio, necessita procurar atingir uma inteligência orientada pela sua própria razão,
uma consciência orientada pela crença e um conhecimento orientado pela consciência,
uma força que deve ser reconhecida por si mesmo para ser utilizada em benefício da
humanidade, uma vontade orientada pela ação, uma felicidade verdadeira e uma ciência
sem limites.
2 Qualquer Ser Humano que pretenda evoluir através de seu próprio esforço poderá atingir,
com dedicação, o seu próprio equilíbrio. Porém, quando o Ser Humano abandona a sua
inteligência, ele, geralmente, se deixa levar pelos desregramentos e pelos princípios que
infelicitam sua Alma, chegando a ponto de desprezar sua consciência porque duvida
daquilo em que crê e deposita toda a sua fé naquilo que não tem base real, ficando em
estado de inação, ao invés de determinar-se a agir com vontade de realizar, porque
duvida da sua felicidade, julgando que todos os destinos são iguais.
3 A cruz tem como símbolo a redenção do Ser Humano e quando estas palavras têm as
suas letras cabalisticamente substituídas pelos números correspondentes, apresentam os
seguintes resultados: com a palavra redenção temos o número 295, cuja soma teosófica
e redução à unidade produzem 2 + 9 + 5 = 16 = 1 + 6 = 7, que simboliza que o equilíbrio
perfeito das cinco forças da Natureza resulta na evolução. A palavra do simboliza o
comprimento, a largura, a profundidade e a quadratura, porque é igual ao número 4. A
palavra Ser Humano dá como resultado o número 93 = 9 + 3 = 12 = 1 + 2 = 3, que
simboliza a Trindade.
4 Portanto, concluída a parte simbólica traduzida pela cabala, finalizamos a parte teórica da
doutrina, afirmando que os efeitos são relativos às causas, porque aquele que fere seu
semelhante em sua moral, também é ferido moralmente, porque quem comete uma ação
recebe, como recompensa, reação igual.

225 A CRUZ DUPLA


1 A causa da decadência da humanidade é não saber praticar e compreender certas
palavras, tais como esperança, atração, vontade, intuição e outras.
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2 homem vive na dúvida e na indecisão, sendo necessário que ele não seja um escravo
dessa dúvida, mas, sim, um senhor da resolução. É preciso, também, que o Ser Humano
aqueça sempre suas esperanças com a crença e a confiança, usando sua força de
vontade e seu pensamento para tomar suas decisões e seguir suas intuições para atingir
seus objetivos.
3 Para que o Ser Humano vença as grandes batalhas no vasto Campo Universal é
necessário vontade e ação. Portanto, aqueles que pretendem realizar alguma coisa em
benefício da humanidade precisam esforçar-se desde os menores princípios até os mais
elevados.
4 Se o Ser Humano comete algum erro é natural, pois, no Universo, errar é humano.
Porém, se ele insiste no erro, lhe advém como consequência o sofrimento, e ele sofre até
o ponto de arrepender-se, sendo que esse arrependimento, através da reforma e
mutação, é o reconhecimento da Lei.
5 A Cruz Dupla simboliza a redenção e a perfeição e quando essas palavras têm as suas
letras substituídas cabalisticamente pelos números correspondentes, obtemos os
seguintes resultados: com a palavra redenção conseguimos, pela soma teosófica, o
número 295, que é o resultado da redução 2 + 9 + 5 = 16 = 1 + 6 = 7 e simboliza que o
equilíbrio perfeito das cinco forças da Natureza resulta na evolução. A palavra perfeição
apresenta pela soma teosófica o número 251, que pela redução ocasiona 2 + 5 + 1 = 8,
simbolizando que o equilíbrio das cinco forças da Natureza e da Unidade Divina é que
proporciona a geração. Da união de 7 com 8 obtemos a dezena 78 = 7 + 8 = 15 = 1 + 5 =
6, simbolizando que a evolução e a geração, quando unidas, resultam na criação. Criação
de formas mais perfeitas que levam o Ser Humano a evoluir perante si próprio, a
Natureza e o Criador.

226 A SERPENTE
1 A liberdade é necessária a todo Ser Humano quando encontra uma base fixa para se
orientar pela Lei de Necessidade. Entretanto, quando essa lei não é atendida em suas
exigências, são anuladas todas as suas forças e suas possibilidades, precipitando-o no
abismo, para que possa compreender que aquilo que ele procurava praticar não era por
força da necessidade, mas sim uma força de sua má intenção e maldade. E é desse
modo que a Lei oferece a dor e o sofrimento como reparação dos erros.
2 Quando o Ser Humano sente, dentro de si, a necessidade, ele começa a interpenetrar no
emaranhado desta Lei, deixando de condenar as ações praticadas por seu semelhante,
deixando de acusá-lo ou defendê-lo diante daquele que o ataca ou daquele que é
atacado, conservando-se neutro porque adquire o conhecimento de que esse
emaranhado de Leis forma uma circunferência, cujo princípio e fim formam o círculo
completo da evolução.
3 Portanto, são necessárias as grandes e as pequenas experiências para serem
observadas por aqueles que estudam e observam, para que fiquem cada vez mais
conscientes das experiências e dos aprendizados proporcionados pelas encarnações.
4 A serpente tem a sua simbologia traduzida pelo destino, sendo que este se encontra
representado cabalisticamente pelo número 138, que pela soma teosófica e redução
subsequente, se obtém o número 1 + 3 + 8 = 12 = 1 + 2 = 3, que simboliza a trindade.
5 Cada Alma encarnada possui sua experiência que corresponde a uma página no grande
livro da vida e, também, uma lição que deve ser aprendida e jamais esquecida da Lei que
tudo concede ao Ser Humano dentro da fraternidade, da liberdade e da igualdade.
6 É necessário que a verdade seja sempre dita à humanidade, pois sempre que a realidade
é transmitida a uma Alma enferma, ela fica automaticamente afetada pelo gérmen do
temor, que a atira ao cativeiro da inferioridade. O Ser Humano deve sempre procurar o
314

princípio das coisas, analisando sempre o resultado de tudo aquilo que procura
realizar, se está ou não de acordo com a Lei que rege o Universo, essa Lei que torna o
Ser Humano um senhor de si, quando atende aos seus códigos imutáveis.

227 A ESFINGE
1 Há um grande engano por parte da criatura humana em deturpar os conhecimentos que
lhe são transmitidos, quer seja por orientação de Seres Humanos mais experientes, ou
mesmo por parte da espiritualidade. A Alma humana já exige que lhe seja transmitida
toda a verdade e aproxima-se o dia em que o Mensageiro Divino virá trazer o grande livro
da Lei para que seja apresentada, às gerações futuras, toda essa verdade. É necessário
que a humanidade seja burilada de todas as máculas que a enegrecem das passadas
existências para que possa observar em outras paisagens este grande clarão de luz, de
sabedoria e de justiça. São necessárias as grandes batalhas e as lutas incessantes para
a conquista da verdade, porém, para aqueles que lutam com esperança de adquirir a
vitória, esta luta torna-se como um serviço cotidiano e gratificante, que todos têm que
seguir, para a manutenção do seu corpo material e para a compreensão de si mesmo na
busca do Real.
2 Para que o Ser Humano seja considerado como um vencedor dos grandes prélios
planetários e para chegar a ponto de atingir regiões onde não há morte, mas sim, vida,
são necessárias as diversidades de peregrinações terrenas, uma vez que é necessário
haver experiências para se chegar à razão e com esta possa-se conhecer o real de todas
as coisas, que é o fim das experiências.
3 A esfinge tem como símbolo o querer, o saber, o ousar e o calar. O querer,
cabalisticamente, possui o número 410 = 4 + 1 + 0 = 5, que, pela soma teosófica e
redução à unidade, simboliza as 5 (cinco) forças da natureza. O saber possui,
cabalisticamente, o número 268, que, pela soma teosófica e redução à unidade,
representa 2 + 6 + 8 = 16 = 1 + 6 = 7, que representa a evolução. O ousar, que
cabalisticamente possui o número 261 e que somado teosoficamente e reduzido à
unidade nos fornece 2 + 6 + 1 = 9, simboliza a perfeição. E, finalmente, o calar, que
cabalisticamente possui o número 232, que somado teosoficamente e reduzido à unidade
fornece o número 2 + 3 + 2 = 7, simboliza a evolução. A soma dos resultados pela soma
teosófica e redução à unidade produz o seguinte: 5 + 7 + 9 + 7 = 28 = 2 + 8 = 10 = 1 + 0
= 1, que simboliza a Unidade Divina.
4 O futuro do Ser Humano está reservado e, para que ele seja vitorioso, é necessário lutar
para alcançar a perfeição, não permitindo que ela se realize lentamente como ocorre com
a Natureza, que obedece aos itens estabelecidos nas Leis Universais.

228 A RÉGUA
1 A base para a compreensão da vida pelo Ser Humano não está afeita ao que evidencia
os ensinamentos religiosos, mas, sim, aos códigos que estabelecem a Lei de
Relatividade. Afinal, o mal conhecido pelo Ser Humano nada mais é senão o bem mal
dirigido. Ele, o mal, nada mais é senão o movimento de ascendência do Relativo ao
Absoluto.
2 A compreensão é, na realidade, a condição primeira e última a fim de que o Ser Humano
possa, realmente, encontrar a verdade e se libertar. No entanto, o Ser Humano ainda
demonstra ignorar, esquecer e/ou inobservar os princípios reais quando desejam e/ou
necessitam realizar um certo fim. Os princípios reais são caracterizados por valores
insofismáveis, estes que tem características de perenidade e imutabilidade e, por
conseguinte, dão mostras, ao Ser Humano que quer realizar, da confiança, da convicção
e da certeza, enfim, da fé.
315

3 Como na vida tudo são relações, a espiritualidade, no cumprimento das suas funções,
em razão da evolução da Obra Homem e da Obra Planeta, fornece aos Seres Humanos
os planos reais para tal realização, bem como dá as indicações fundamentais, a fim de
que eles pesquisem e analisem até compreenderem e pratiquem para evoluir sentindo.
4 Evidentemente que a espiritualidade não tem a missão de dar a inteligência gratuita, nem
tampouco exigir que os Seres Humanos concebam sem estar no grau de sentir tais
planos e indicações, afinal, todo corpo obedece às qualidades do plano que ocupa. Ela, a
espiritualidade, sabe que se desse ao Ser Humano recém-nascido uma alimentação
sólida e não líquida, como o leite materno, não estaria a ajudá-lo, pelo contrário, o
prejudicaria definitivamente. Também ela não daria ao Ser Humano adulto só leite
materno, porquanto assim estaria, no mínimo, subestimando a condição do seu
organismo.
5 Dentre a diversidade de indicações da espiritualidade encontra-se aquela que é
representada pela régua, um símbolo dos construtores do passado e também da
atualidade e que, espiritualmente, serve para identificar a Planificação Divina, ou seja, o
caminho mais reto e mais rápido entre o relativo e o Absoluto, entre o Ser Humano e
Deus, entre o criado e o Criador.
6 O símbolo da régua, que representa a Planificação Divina, quando substituídas as suas
letras, cabalisticamente, pelos números, temos a seguinte operação e soma teosófica: A
planificação = 1 + 5 + 10 + 10 + 3 + 1 + 3 + 1 = 34 = 3 + 4 = 7, que simboliza a evolução;
e a palavra divina = 4 + 10 + 6 + 10 + 5 + 1 = 36 = 3 + 6 = 9, que simboliza a perfeição.
7 Unindo os dois resultados encontramos, num primeiro instante: 34 + 36 = 70, que
simboliza a evolução universal e, num segundo instante temos: 7 + 9 = 16 = 1 + 6 = 7,
que simboliza a evolução. Diante do que as Leis Naturais têm realizado para a
observação e uso do Ser Humano em suas realizações, toda humanidade, praticamente,
encontra-se em estado como que de inação, estado este que necessita ser, pelo Ser
Humano, vencida rápida, radical e emergencialmente.
8 Esta é uma jornada que parece, a princípio, ser árdua, porquanto a luz, ou seja, a
verdade, no princípio de sua demonstração, parece inconcebível ao Ser Humano, mas
com a perseverança deste, ela esclarece-o, bem como àqueles que a procuram,
pacientemente, identificar-se com a mesma.
9 Todo aquele que sente a realidade pensando que ela o sucumbirá sempre, será e estará
escravo da ilusão. Isto porque desconhece o valor que cada uma delas têm, para que
possa ter uma vida com características de real beleza, real riqueza, bem como real
significação.

229 O TALISMÃ
1 Agora que o Ser Humano precisa ter a sua verdade fortalecida pela Luz Divina da
Sabedoria, ter os seus sofrimentos amenizados pelo conhecimento de toda a realidade,
possuir ensinamentos que a parte científica já obteve através de seus esforços e que
foram transmitidos através do espiritualismo, é necessário que as idéias sejam unificadas
e os pensamentos se fundam em um só, para que surjam, dessa coesão, os meios
realizadores de todo o objetivo e de todo o ideal almejado.
2 Se atualmente a humanidade tem sofrido a consequência de suas faltas, de um modo ou
de outro ela também tem resgatado essas faltas através do seu sacrifício e do seu
sofrimento.
3 O Ser Humano já possui um indicador comum que o permite dirigir-se pelo caminho da
harmonia, da paz e da alegria e, finalmente, do seu bem-estar. É preciso que cada Ser
Humano se prepare para a última batalha que o elevará ao Alto, esquecendo o seu
passado de sofrimento e dores por um futuro radioso de paz, de amor e felicidade. Para
316

tal, é necessário que o Ser Humano saiba sofrer com paciência e ser tolerante para
consigo mesmo e para com tudo aquilo que se relaciona com suas faltas passadas.
4 O talismã se encontra verdadeiramente representado pelo esforço, sendo que este está
identificado cabalisticamente pelo número 295, este que pela soma teosófica e redução
proporciona o número 2 + 9 + 5 = 16 = 1 + 6 = 7, que simboliza a evolução.
5 O Ser Humano não precisa valorar tão somente o momento que ele atravessa
atualmente, pois há de vir um futuro próspero de abundância e felicidade, onde se
reúnem todos aqueles que triunfam contra o mal, todos aqueles vencedores dos prélios
planetários, todos aqueles que são dignos e que vivem em comunhão de idéias com seus
semelhantes, através de um estudo pela análise, para repararem suas faltas e se
orientarem pelo caminho da harmonia, do amor e da justiça.
6 Muitas vezes o Ser Humano age de maneira contrária à realidade das coisas que pensa,
considerando aquilo que pensou como uma maldade e desistindo de obtê-la, levando em
conta que aquilo iria lhe proporcionar, no futuro, um obstáculo, um empecilho que
causaria uma tristeza para si.

230 A POMBA BRANCA


1 O Ser Humano é orientado no sentido de ser convencido de que ele é o senhor das
forças da Natureza e que ela pode ser aplicada em todas as suas realizações. Porém,
esse Ser Humano é, senão descrente, duvidoso de que pode, algum dia, atingir o poder
sobre essas forças e dominá-las na construção do ideal almejado. Ele sente essa dúvida
porque desconhece os meios e as normas que regem as Leis Universais. Portanto,
aqueles que já sentiram a felicidade de serem bafejados pelos conhecimentos reais, que
não duvidam e nem descrêem, poderão se dirigir pelo pensamento que desejam.
2 Já é perfeitamente identificado pelo Ser Humano que existe a teoria e existe, também, a
prática e, para que este decore a teoria, é necessário que observe nela a simplicidade e a
facilidade de acordo com sua percepção e sabedoria. Para que este Ser Humano
entenda a prática é preciso que ele se mire na operação dos aprendizes das oficinas, que
realizam uma obra sem arte alguma, sendo que esta é uma verdadeira experiência que
será somada e armazenada como sentimento para o futuro. Quando o aprendiz
desenvolve nova obra, tem ele o cuidado de fazê-la com aperfeiçoamento, até chegar ao
ponto realizá-la uma obra para atingir a capacidade de ser tão perfeita como o mestre faz.
3 A pomba branca simbolicamente se encontra traduzida pela pureza. Esta palavra, ao ter
suas letras cabalisticamente substituídas pelos números correspondentes, apresenta,
como resultado, o número 213, que, simbolicamente, gera a seguinte tradução: o
equilíbrio da unidade e da trindade é que proporciona a criação, ou seja, 2 + 1 + 3 = 6.
4 A Natureza é a grande mãe e serva e o aprendiz que outrora teve esta Natureza como
mestra, hoje equipara o seu conhecimento e o equilíbrio das Leis, alcançando pontos
mais elevados, chegando a ser um verdadeiro senhor dessa Natureza e fazendo com que
ela o obedeça.

231 O TEMPLO
1 Todos os Seres Humanos que fazem parte da humanidade existente no Universo
possuem o desejo ardente de construir o grande edifício onde imperará a sabedoria, o
amor e a justiça. No entanto, pretendem edificá-lo sem base legítima e desejam atingir os
fins sem prestar atenção aos princípios, eis porque são verificados os grandes erros e
falhas em todas as construções que o Ser Humano pretende edificar. Quando o Ser
Humano afirma que necessita se transformar para atingir a sabedoria e o poder, ele deve
vibrar no sentido de ajudar a si e também a seu semelhante. Existem Seres Humanos
que sentem apenas o desejo em suas mentes, caminhando sempre em sentido contrário,
317

afastando-se, em consequência, do caminho que os levam ao poder, à força e à


verdade, caracterizado pela beleza de suas ações.
2 Através do conhecimento demonstrado por diversas escrituras o Ser Humano aprende
alguma coisa, porém, ele completa aqueles sentimentos com os seus próprios
sentimentos. O Ser Humano deve ter todos os livros que ele desejar, mas não deve
seguir esta ou aquela teoria, mesmo que esta seja fornecida pela espiritualidade, mesmo
dita superior, ou quem quer que seja. O Ser Humano deve seguir a teoria que sua razão
lhe ditar como certa, analisando todas as coisas, pedindo explicações a todos aqueles
que possuírem maiores conhecimentos, até chegar a um resultado final que o dirija à
realidade, por poder ver com clareza, em razão de poder emitir a sua própria luz.
3 Templo tem a sua simbologia representada pelo Universo, este que poderá ser
identificado cabalisticamente quando substituímos as letras que formam sua palavra
pelos números correspondentes acrescidos pela soma teosófica e redução à unidade.
Assim, obtemos o seguinte resultado: para a palavra universo temos o número 331 = 3 +
3 + 1 = 6 + 1 = 7, que simboliza a evolução.
4 Portanto, quanto mais o Ser Humano se esforça, mais ele evolui e, quanto mais ele
aprende, mais há o que ser aprendido. De modo que aquele que se julga senhor de todas
as coisas, se intitulando como um verdadeiro sábio, jamais poderá atingir certos
conhecimentos, porque limita a sua sabedoria apenas naquela fagulha de verdade que
possui. Porém, aqueles que sentem dentro de si o desejo de atingir a realidade, estes
podem alcançar o trono da perfeição.

232 A SIMBOLOGIA CABALÍSTICA DA MAGIA


1 No Universo tudo se encontra equilibrado dentro das Leis e, quando os Seres Humanos
desejam executar uma obra a bem da coletividade, ele procura os meios mais fáceis para
promover tais realizações, e quando pretendem alcançar este ou aquele objetivo, deixam
seus subalternos sob suas ordens, quando na realidade o que deveria ocorrer era o de
proporcionar o amparo a estas criaturas.
2 No seio da humanidade ainda é comum observar a prática da vingança, esta que é
considerada como um brinquedo das Almas cegas e que tem proporcionado a infelicidade
de muitos Seres Humanos que não têm refletido, satisfatoriamente, antes de executarem
as formas criadas pelo seu pensamento, ignorando que eles devem utilizar a prática da
paciência com seu semelhante no momento em que forem ofendidos por estes, e se a
ação praticada for compreendida como uma ofensa, então se não houver condição de
perdoá-los no seu genuinismo, pelo menos deve ser verificada a tolerância.
3 O que tem contribuído para que o Ser Humano permaneça na ignorância às Leis
invioláveis da Natureza é a incredulidade, sendo que para ele se identificar com os
conhecimentos que o sentimento dita e a razão justifica, é necessária a destruição de
qualquer vestígio de superstição.
4 Quando fazemos uso da palavra magia e substituímos cabalisticamente suas letras pelos
números correspondentes, verificados no quadro de algarismos hebraicos e romanos,
obtemos como resultado o número 55, que somado teosoficamente nos fornece o número
10, que simboliza a manifestação da unidade no Universo.
5 No Universo existem várias modalidades de magia, tais como: a magia da voz, a magia
negra, a magia vermelha, esta que é constituída de entidades que é possuidora de certos
conhecimentos e chegam a exercer sobre outras entidades, menos esclarecidas, certo
domínio fazendo delas verdadeiras escravas, obedecendo a suas ordens sob um estado
de subjugação.
318

233 A SIMBOLOGIA CABALÍSTICA DA JUSTIÇA


1 No Universo é verificado a presença de muitos Seres Humanos dominados pelo
fanatismo e completamente cegos pelas superstições, sonhadores com a posse dos
tesouros mal adquiridos e desejosos de conquistar as belezas imaginárias que o
circulam; e quando se deparam com as revelações que consistem no conhecimento da
verdade, geralmente se enfurecem contra aqueles que transmitiram tais ensinamentos,
lançando sobre eles as flechas envenenadas da traição, das falsas teorias e das injúrias,
considerando que em seu íntimo só existe uma justiça que, além de ser cega, é
provocada pela ignorância.
2 Entretanto, no Universo existe uma Lei, sem a prática da qual não pode haver equilíbrio.
Esta poderosa Lei, através de sua ação divina, garante os direitos e a liberdade que são
atribuídos a todos os Seres Humanos. Portanto, todos aqueles que vierem a infringir os
códigos estabelecidos nesta Divina Lei, terão o seu julgamento realizado por sua própria
consciência, sendo julgado por um terrível juiz, também conhecido como o Grande
Karma, que é uma Lei dirigida com equilíbrio pela Lei de Justiça.
3 Quando substituímos, cabalisticamente, na palavra justiça, as letras pelos números
correspondentes, observados na tabela de algarismos hebraicos e romanos,
encontramos como solução o número 110, que nos permite fazer a seguinte soma
teosófica, com redução à unidade; 1 + 1 + 0 = 2, simbolizando o equilíbrio.
4 A Lei de Equilíbrio foi estabelecida no Universo, para que tudo fosse realizado com
bondade, justiça e perfeição, para felicidade da própria humanidade, cujo procedimento
deve ser compatível com o século das luzes em que se encontra atravessando no
presente.
5 O Ser Humano precisa também equilibrar sua vida, segundo as normas que regem a
Natureza, a fim de que possa utilizar as ferramentas que fazem parte da sua constituição
moral e física, e realizar as obras, até então consideradas como impossível pelos
cientistas, no vasto Campo Universal.

234 A SIMBOLOGIA CABALÍSTICA DO AMOR


1 A humanidade precisa compreender que no vasto Campo Universal o amor verdadeiro, o
amor real e divino é a atração natural que deve existir entre dois seres, sendo que esta
atração é produzida por duas forças magnéticas e também por essa grande Lei de Amor,
que encadeia todos os seres do Universo.
2 O século em que o Ser Humano atravessa no presente, já o permite identificar dentro de
si, o verdadeiro amor que se baseia com cumprimento de seus sagrados deveres e, no
momento em que ele reconhecer a igualdade existente entre todas as criaturas,
logicamente “perdoará” todos aqueles que o procuram ofender, observando neles apenas
a manifestação da “ignorância”, impedindo que eles percebam pelo reconhecimento, a
igualdade, a liberdade e a fraternidade existente entre todos os seres existentes no
Universo. O amor dispensado pelos Seres Humanos não é nada mais do que uma
fascinação, uma ambição provocada por certos interesses vaidosos.
3 É preciso que seja despertado na consciência e no coração de toda humanidade, o
verdadeiro amor e a verdadeira amizade, que mantêm aliadas todas as criaturas pela
sinceridade e pelo cumprimento dos deveres, pois o Ser Humano prefere viver enganado
pela fascinação, experimentando toda espécie de sofrimento, do que entrar em contato
com o verdadeiro amor, para viver equilibrado com a Lei.
4 Quando a palavra amor tem as suas letras substituídas cabalisticamente pelos números
correspondentes que se encontram fixados na tabela de algarismos hebraicos e romanos,
encontramos como resultado o número 241, cuja soma teosófica e posterior redução à
unidade é igual a 2 + 4 + 1 = 7, simbolizando a evolução.
319

5 O Ser Humano vive dominado pela fascinação que se resume no amor fatal, e para
que ele se desligue desse amor fatal é preciso que ocorra um rompimento nas cadeias
magnéticas que o prendem, sendo perfeitamente justo para com seu semelhante e para
consigo mesmo, através dos elementos que constituem a sua matéria, amando seu
semelhante, não pelo amor apaixonado, mas sim, por um amor puro, confiante e sincero.

235 A SIMBOLOGIA CABALÍSTICA DO CÉU


1 No Universo tudo é simples e profundo nos domínios da Matéria e da Alma, sendo
necessário que o Ser Humano se aproxime da Natureza subjetiva, afastando-se um
pouco das pesquisas no campo dos conhecimentos literários a fim de que haja um
equilíbrio entre as matérias: física e quintessenciada.
2 Todas as transformações que ocorrem no vasto Campo Universal, estão, por assim dizer,
submetidos à Lei de Relatividade. Se os representantes das religiões criaram um céu
para premiar o Ser Humano reconhecido como bom, eles jamais conseguirão transformar
toda a humanidade, considerando que esta não possui a mesma mentalidade. Há
aqueles que possuem a consciência mais desenvolvida e por isso praticam o bem real,
sendo desse modo dignos do céu. Já aqueles que praticam o mal e têm consciência
disso, pensam inocentemente que sua sentença já foi consumada e que certamente eles
irão para o inferno sem a mínima esperança de salvação.
3 Muitas instituições e sociedades admitem o céu como uma região onde reside a paz e a
felicidade. Entretanto, este céu ainda é relativo porque está sujeito às transformações que
lhe exige a Lei de Progresso e Aperfeiçoamento.
4 Quando substituímos cabalisticamente na palavra céu as letras que dela fazem parte,
pelos números correspondentes que se encontram presentes na tabela de correlação dos
algarismos hebraicos e romanos da seguinte forma: C = 30, E = 5 e U = 0, obteremos o
seguinte número 35, que simboliza a manifestação da trindade nas cinco forças da
Natureza.
5 O verdadeiro céu não se encontra localizado nem na parte superior, nem na parte inferior,
mas sim, em torno do próprio Ser Humano, este que deve se esforçar no sentido de se
identificar com o céu verdadeiro, através de sua própria perfeição, admitindo finalmente
que a cor azulada que se vê no firmamento está representada pelo Vayú, o éter que nos
traz a sensibilidade.

236 ECTOPLASMA
1 É necessário que a ciência oficial complete seus conhecimentos com a leitura e prática
da parte espiritual a fim de que se reduza o tempo para a compreensão de certas teorias
que não foram concluídas, pelo fato de não se ter analisado o princípio que gera a
formação daquilo que se quer.
2 Se o Ser Humano amplia os conceitos idealizados por outros cientistas, sua obra não tem
um começo, mas sim, o limite de uma teoria já iniciada e, por esta razão, não se chega
aos fins desejados.
3 Os assuntos ligados ao Plano Espiritual proporcionam ao Ser Humano o desenvolvimento
de sua inteligência, facilitando o descobrimento de novas teorias que indicarão o caminho
que se deve tomar, para concluir uma obra idealizada.
4 O ectoplasma, por exemplo, foi um nome introduzido pela ciência material para dar
significado às camadas externas da parte interna das células animal e vegetal.
5 É sabido também que alguns pesquisadores no campo da teosofia e esoterismo já
chegaram à conclusão de que este modelador externo, ao ser expelido pelo médium, é
recolhido por entidades conscientes para executarem seus trabalhos de materialização,
320

deixando a humanidade estacionada e incapaz de dar prosseguimento a sua tarefa


individual, por falta de conhecimento do princípio gerador desta energia.
6 Denomina-se organismo, a disposição em que se encontram os órgãos dos seres vivos,
que funcionam porque recebem a energia transmitida pelos centros de força, estes que
possuem a capacidade de captar as energias transmitidas pelos planos da Natureza.
7 No Chacra Coronário do Ser Humano se manifestam as energias inteligentes, sendo ele
o responsável pela distribuição dessa energia na cabeça, e os órgãos que ali se
encontram localizados transmitem o que se convencionou chamar de ectoplasma, que se
origina deste desprendimento e que são empregados nas curas das diversidades de
órgãos físicos.
8 No Plexo Hipogástrico ocorre a manifestação das energias do Apas, beneficiando todos
os órgãos que formam o conjunto abdominal, proporcionando um ectoplasma específico e
utilizado para a confecção dos bisturis que são usados nas operações dessa matéria
orgânica.
9 Os planos da Natureza são constituídos das energias criadas pela involução da energia
negativa, levando em consideração que os Plexos foram formados no mineral através
destas vibrações que se encontram alimentando os centros de força correspondentes, a
fim de que o ectoplasma se manifeste através dos órgãos.
10 Quando os Plexos se enfraquecem pelos desregramentos do Ser Humano, ocorrem as
enfermidades dos órgãos e, em consequência, aquilo chamado doença.

237 CRENÇA, INDIVIDUALIDADE E COLETIVIDADE


1 A crença só pode ser reconhecida como uma convicção íntima ou uma certeza, quando o
Ser Humano vier a saber aquilo que afirma, porque a mesma veio unificada pelo
conhecimento, e aquele que se convence de que é possuidor desta verdade pode até
mesmo ousar pelas demonstrações.
2 Muitas e muitas Almas desencarnadas continuam impressionadas no mundo astral, pelas
formas mentais adquiridas no plano físico, adquiridas pelos ensinamentos religiosos que
têm cegado a humanidade através de suas falsas teorias, e fazendo com que muitas
delas passem a desacreditar em seus ensinamentos, sem, contudo, crer na obra do
Criador, e esta descrença, estando em desacordo com a lei, leva o Ser Humano a sofrer
a consequência de sua falta de análise, porque não teve no sentimento a representação
da fé, esta que proporciona ao Ser Humano a verdadeira sabedoria.
3 A crença deve ser baseada naquele aprendizado que se adquire e sente.
4 A individualidade do Ser Humano, consiste no livre arbítrio que ele possui de praticar
suas ações isoladamente perante as Leis, e também sobre o seu semelhante, a fim de
que estas causas venham transformar-se nos efeitos correspondentes, restando para si o
aprendizado e o conhecimento.
5 Toda vez que o Ser Humano se associa ou participa de uma sociedade para fazer um
trabalho, seja com uma companheira através do matrimônio, seja para fazer parte de um
grupo no campo filosófico, social ou religioso, ele assume compromissos perante estas
instituições, porém seu procedimento real está ligado diretamente com as Leis através de
sua individualidade, que fica comprometida no caso de infração dessas mesmas Leis que
se manifestarão no tempo preciso, reagrupando aqueles personagens, para que eles
desempenhem um trabalho individual, mas com repercussão coletiva.
6 A coletividade pode ser traduzida ou identificada como uma sociedade em que seus
participantes venham fazer uso de sua liberdade, para desenvolverem um trabalho de
natureza coletiva, mas com efeito individual no que diz respeito às Leis Universais, que
no momento oportuno se apresentarão para fazer o julgamento daquela obra.
321

7 Se observarmos a coletividade como uma reunião de Seres Humanos no campo social


ou religioso, e estando estes submetidos aos itens das leis materiais que podem ser
modificadas a cada momento que surja no Ser Humano o desejo de alterá-las, nem por
isto deixam de estar submetidos à orientação das Leis Naturais, estas que julgam os
Seres Humanos dentro da lógica e da razão, não importando a posição social ou
financeira que eles detenham.

238 SINCERIDADE
1 A Lei, quando aplicada para a realização de uma boa obra, se constitui numa
remuneração natural que toda criatura humana aufere, pelo cumprimento dos deveres,
não deixando de existir também quem dela se utilize para a realização de uma má obra.
Porém, tudo depende efetivamente da intenção, porque é através dela que se originam
ou se principiam as formas mentais que dão origem aos pensamentos, força que rege
tudo no Universo.
2 A sinceridade é também uma das Leis que deve ser aplicada pelo Ser Humano, em
primeiro lugar para si próprio e, em seguida, para toda a humanidade.
3 A franqueza, a lealdade e simplicidade são algumas armas a serem utilizadas em
combate ao disfarce e à malícia, qualidades estas de que alguns Seres Humanos ainda
fazem uso, pensando, inocentemente, que aqueles que foram enganados, maltratados e
humilhados permanecerão no sofrimento, até o fim da sua vida material.
4 Aqueles que se comportam com honradez perante a humanidade atraem para si
vibrações do mesmo quilate. Porém, os que agem fora da Lei de Sinceridade terão que
se enquadrar na Lei de Justiça, muito embora esta correção possa ser aplicada
lentamente chegando, muitas vezes, em existências posteriores, porque tudo está em
função da maneira pela qual as formas foram criadas para a realização daquela obra.
5 Se Deus concedeu ao Ser Humano os meios para que ele construísse seu templo de
conhecimentos, e se ele resolveu utilizar-se deste poder, planejar sua felicidade,
atendendo aos sentimentos impostos pelos elementos grosseiros que entram na
constituição de sua matéria, então, ele passará pelos mesmos sofrimentos em que
milhares de Almas se encontram submetidas, sem saber a razão pela qual muitas delas
permanecem nesta situação. Isto porque o seu estado permanente de obstinação rejeita
qualquer doutrina que venha contrariar suas falsas teorias.
6 Agora, cabe aos irmãos mais esclarecidos a incumbência da reconstrução da obra, não
pela destruição, mas sim, pela transformação, sem, contudo, julgar nem sugestionar, mas
aconselhar essas Almas a refazerem suas realizações pela utilização de uma corrente de
pensamentos contrários àqueles que foram utilizados, antes que a necessidade se
apresente, pela ascensão do grau de aprendizado que será submetido o planeta Terra.
7 O Ser Humano deve ser sincero para com os elementos que entram na composição do
seu Corpo Físico, compreendendo que ele é composto da parte instintiva que compõe os
planos de evolução e esta deve ser atendida em suas necessidades, sem, contudo,
permitir que chegue ao desregramento pelo desenvolvimento exagerado de determinado
centro em prejuízo dos demais.
8 O Ser Humano pode vencer qualquer batalha sem precisar de armamentos criados para
promover a destruição fora da Lei. Para tanto, é necessário que ele reconheça que a
verdadeira luta deve ser em torno de sua própria inferioridade.
9 Entretanto, se ele não possuir forças capazes de se soerguer por falta de coragem e
ânimo, é necessário que lhe sejam ministrados orientações no sentido do despertamento
em si, da esperança e do saber para que, em seguida, ele venha a ousar para vencer as
barreiras utilizando, agora, das armas que existem em si, e que são a sinceridade, a
humildade e a fraternidade.
322

10 Todos aqueles que desejam viver uma vida feliz em função das riquezas materiais,
precisam entender que o mal reside apenas no apego demasiado a estes bens. Mas,
quando eles são adquiridos dentro da honestidade e da sinceridade, todos os esforços
são compensados, trazendo o conforto material e a paz espiritual.

239 O SER HUMANO INTEGRAL


1 Chamamos, e é fato, a união entre Seres Humanos vivendo sobre normas comuns de
interesses e vontade própria - sociedade; daí, importa que o Ser Humano viva, neste
contexto, inteirado, e, para tanto, cumpre ser e estar auto-integrado com o fim de, no
mínimo, em função de suas ações do seu dia-a-dia de relações, produzir no meio social
tão somente o produto disto: integração. Afinal, é código perene e imutável da Lei Natural
do Karma, o fato insofismável que os meios determinam os fins. Lei esta que,
religiosamente, é conhecida como Lei de Compensação ou Retribuição, e que tem como
um dos seus códigos perenes e imutáveis o fato insofismável de que é dando que se
recebe; filosoficamente, esta mesma Lei é conhecida como Lei de Causa e Efeito, e que
tem como um dos seus códigos perenes e imutáveis o fato insofismável de que toda
causa tem um efeito idêntico correspondente; e ainda, cientificamente, esta mesma Lei é
conhecida como Lei de Ação e Reação, e que tem como um dos seus códigos perenes e
imutáveis, o fato insofismável de que toda ação provoca uma reação igual e em sentido
contrário.
2 Assim considerado, cumpre ao Ser Humano buscar compreender, em si mesmo por
exemplo, o todo de sua estrutura para com a vida, bem como o seu potencial humano
pessoal latente com o fim de despertar, conhecer, desenvolver, manter e utilizá-lo, como
embasamento de suas ações no seu dia-a-dia de relações, em função de suas
realizações, levando em consideração a finalidade da vida, bem como, a razão de sua
existência.
3 Cumpre, ainda, cada vez mais buscar ter o conhecimento, sentimento, de valores
insofismáveis caracterizados por códigos perenes e imutáveis de Leis Naturais que
regem o Universo, tanto religioso, quanto filosófico, bem como cientificamente, afinal, o
conhecimento identifica o Ser Humano com as Leis Universais. Valores esses, quer
sejam internos e/ou externos ao seu ser, que o auxiliem a melhor criar, organizadamente,
os seus pensamentos com o fim de nortear-se, no mínimo, lógica/eticamente em sua
conduta, como um eterno e sempre novo padrão de ação de seu dia-a-dia de relações.
Assim estando, no mínimo, em condições indubitáveis de compreender e/ou empreender
em sua busca individual quanto ao todo da vida, em princípio, em si mesmo. Afinal, se
queremos compreender a vida, devemos começar pelo que está mais próximo de nós:
nós mesmos.
4 Na atualidade, para a maioria de nós, senão para todos, a vida resume-se em
nascermos, crescermos e, não raro, instruirmo-nos dizendo-nos educados. Com esta
graduação, possivelmente, encontramos um bom emprego com respectivo salário e
construímos um bom empreendimento qualquer, sempre, de fins “lucrativos” e seu
respectivo retorno monetário, não raro, sem a menor conotação espiritual. Com isto,
adquirimos bens ditos e tidos como “materiais” e/ou “espirituais”, constituímos famílias,
e/ou algo que equivalha, para nós, tido, como sendo, um dos nossos maiores
comodismos, confortos e deleites próprios e tentamos perpetuar tais bens, bem como
procuramos fazer ser compreendido, por nossos indicados e pretensos herdeiros a
necessidade de terem pensamento idêntico, ou seja, o de perpetuar tais bens, até o dia
quando advir-nos a morte.
5 A vida, no entanto, parece-nos claro, não é nem está resumida, tão somente, nisto:
nascer, crescer, adquirir e tentar acumular coisas e morrer. Esse não é o seu princípio,
nem tampouco o seu fim. Aliás, para o Ser Humano, ela não tem outro fim a não ser o
323

viver em si mesmo. E viver, bom que se repita, é ser, é estar em relação consigo
mesmo e com o todo que faz parte, porquanto nada vive isolado no Universo. No entanto,
vale considerar que também o valor significativo real de uma relação não está afeito tão
somente a prazeres e satisfações, mas também, a autorrevelações, para que possa
haver, inclusive, a auto-integração, o autoconhecimento, e assim, a factual
autotransformação, e não somente superficiais mudanças como tem ocorrido nos seres
humanos, atualmente demonstradas e, pelos intencionados, observáveis, no mundo
como um todo. Eis que muito importa nos encontrarmos naquele estado de ser que nos
auxilie a compreender qual o valor significativo real das relações, para que o alcançando
e o nosso ser absorvendo-o, o nosso viver seja rico, belo e significativo, porquanto neste
momento, a vida, em si mesma, por nós, é então oportuna e, sumariamente, concebida.
6 É evidente o fato de que a vida e todas as suas manifestações fenomênicas objetivas
e/ou subjetivas, realizam-se plena, perene e ininterruptamente no todo,
demonstradamente através de Leis Naturais, essas que inclusive estabelecem, para o
todo, logo também para os Seres Humanos, valores insofismáveis caracterizados por
códigos perenes e imutáveis. Eis que importa que se conheça e sinta tais Leis a fim de
que se viva integrado segundo esses mesmos códigos, cada vez mais, o melhor e o
menos imperfeitamente possível. Afinal, se tudo no Universo são Leis, para que o Ser
Humano viva feliz e equilibrado segundo as mesmas lhe é necessário, bem como
justificável, o conhecimento, sentimento e uso das mesmas como um eterno e sempre
novo padrão de ação do seu dia-a-dia de relações. Muito importa ao Ser Humano,
também, buscar despertar, conhecer, desenvolver e manter o seu poder latente a fim de
utilizá-lo de maneira consciente, pois, bom que se repita, o interior sempre suplanta o
exterior. Eis que aquele que o que tem dentro se desperta e conhece, embora lhe pareça
nada, é tudo, senão apega-se ao que tem fora, que embora lhe pareça tudo, é nada;
tanto para si próprio quanto para o seu semelhante, bem como para o todo que faz parte.
7 Parece-nos claro ser essa, senão a maior, uma das maiores aspirações do Universo e a
maior conspiração do Criador:
8 O Ser Humano Integral segundo as Leis Naturais que regem o Universo.
9 Eis que a sociedade como um todo, tendo por fim, o Ser Humano, muito importa que seja
como aspira o Universo, e como conspira o Criador: o Ser Humano Integral. Portanto,
oportunizar-lhe a libertação ou dar-lhe, ao menos, o senso de libertação, bem como o
impulso para a libertação, é a função de sua existência. Daí, em razão disto, vale
salientar que todos os esforços individuais, sociais e mundiais sejam empreendidos com
o fim de auxiliá-lo para que assim seja e esteja: integral, e desta forma, possa melhor
cumprir com o seu papel no contexto da totalidade da vida do qual é parte integrante e,
por que não dizer, relevante. Afinal, o maior dever do Ser Humano para consigo mesmo é
o de pesquisar, analisar até compreender, em seguida projetar e construir todo
conhecimento teórico/prático, religioso, filosófico e/ou científico, acerca de qualquer
assunto necessário e justificável, sobre a vida, que importe para a sua evolução e a do
seu semelhante, bem como do todo que é parte integrante e, concomitantemente, ousar
de maneira persistente, para praticá-lo com o fim de evoluir sentido; porquanto, a prática
é necessária em todas as coisas, pois o que eleva o Ser Humano a Deus é o que ele
aprende e sente, e não, tão somente, o que passa ou adquire nas suas existências
sucessivas, ainda que toda atividade seja contributiva.
10 Vale salientar ainda que sendo o Ser Humano também o produto do que sente, pensa e
age, bem como do meio em que vive, eis que muito importa integrar no seu ser tais
qualidades: o sentir, o pensar e o agir numa só ação de integração do seu dia-a-dia de
relações, não somente em momentos súbitos, mas como um comportamento rotineiro e
natural, para que assim, como dito, seja e esteja em condições mínimas efetivas e
definitivamente seguras de integração, por conseguinte, em inegáveis condições de
324

conceber da vida, o seu valor significativo real, caracterizado pela sua real riqueza, sua
real beleza, bem como sua real significação, bom que se rediga.
11 “Ou a sua vida, até então, terá sido, como que, em vão...”
12 Será que não?
13 Cabe-nos ou não reflexão?
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EXERCÍCIOS DE CONEXÃO

GRAU 1
Primeiro Plano de Evolução

Plano Material ou Necessidade

Faculdade - Necessidade

Qualidade - Sentir

Força em Domínio - Reflexão

REFLEXÃO
1 A Espiritualidade fornece aos homens todos os planos para a execução de determinadas
obras. Porém, estes é que têm a obrigação de colocar em uso a sua inteligência e
consciência, para chegar ao real e verdadeiro.
2 O Ser Humano precisa resolver os seus próprios problemas, porque, se a espiritualidade
lhe desse as fórmulas para a realização, não haveria progresso, pois ficaria habituado a
receber tudo pronto, ficando ocioso e, finalmente, não evoluiria. Por isso é que cada um
deve ficar a vontade para a solução de seus problemas, sendo digno de seu salário
através do merecimento.
3 Ao Ser Humano, para viver sua vida sem sofrer desgosto, é necessário que reconheça a
lógica da vida, sendo justo para com seus irmãos e para consigo mesmo, amando seu
semelhante e procurando entrar em contato com a harmonia e o amor que existe em sua
Alma. Não um amor passageiro, mas um amor puro, real e verdadeiro, praticando a
caridade a todos necessitados e procurando socorrê-los nos momentos de suas agonias.
Porém essa caridade só deve ser praticada para aqueles que dela necessitam.
4 A Reflexão é um ato ou efeito de refletir, é uma meditação que se faz sobre si mesmo,
através da Alma deste ou daquele indivíduo.
5 A humanidade precisa ter conhecimento dos meios que lhe indique o caminho da vitória,
ao invés de sofrer o fracasso, efeito primário da falta de reflexão e educação, para
resolver os mais graves problemas da época.
6 A vida é para ser vivida por toda a humanidade, quer seja encarnada ou desencarnada.
Aqueles que chegam ao ponto de compreendê-la conservam, em si, um verdadeiro
paraíso, onde gozarão das delícias do conhecimento e da paz interior. Aqueles que não
procuram esta lógica exata sofrem, por não quererem compreender o método exato de
suas ações e por não atenderem aquilo que a natureza oferece para que a humanidade
possa construir o seu verdadeiro paraíso de maravilhas eternas.

EXERCÍCIO PRÁTICO DE REFLEXÃO


1 Neste exercício, o prático deverá:
a) Primeiramente relaxar e observar-se em postura cômoda.
b) Convergir o olhar (de olhos abertos ou fechados) para a raiz do nariz, num
determinado tempo, limitado por si mesmo ou caracterizado pelo desconforto
proporcionado por tal postura.
c) Descansar o olhar voltando para a posição natural e repetir o mantra: EU SOU O
QUE SOU, tantas vezes quantas lhe sejam possíveis, durante uma parte do tempo
determinado, por si mesmo, para a realização de todo o exercício e, em seguida, no
326

restante do tempo, ficar, em si mesmo, atento, perceptivamente, à sua maneira de


sentir, pensar e agir.
OBS: Vale dizer que quanto mais tempo o prático levar neste exercício, mais lhe será
oportuno a condição de ter, para com as coisas da vida, discernimento.

EXERCÍCIO DE RESPIRAÇÃO RÍTMICA PELO MÉTODO YOGI


1 Sentado, em postura natural, ou seja, com a cabeça, pescoço e corpo em linha reta e
com as mãos descansadas nos joelhos.
a) Inalar com lentidão uma respiração completa contando 6 (seis) unidades de pulso.
b) Reter o ar contando 3 (três) unidades de pulso.
c) Exalar lentamente pelo nariz contando 6 (seis) unidades de pulso.
d) Contar 3 (três) unidades de pulso entre as respirações.
e) Repetir algumas vezes.
f) Praticar a respiração purificadora que consiste em limpar, purificar e repousar os
órgãos respiratórios, inalando lentamente o ar, prendendo por alguns segundos e
exalando mais rapidamente.

MÉTODO PARA ESTIMULAÇÃO DO CÉREBRO


(MÉTODO YOGI)

1 Sentado, comodamente, colocar as mãos sobre as pernas respirando em obediência às


seguintes orientações:
2 Colocar o polegar esquerdo no conduto esquerdo do nariz e inalar o ar pelo conduto
direito; logo após, com o ar preso nos pulmões, fechar o conduto direito com o dedo da
mão direita e exalar o ar pela fossa nasal esquerda. Depois, sem mudar de dedo, nessa
mesma posição, inalar o ar pela fossa nasal esquerda, em seguida, trocando de dedo,
fechar a fossa nasal esquerda e exalar o ar pelo conduto direito. E assim
sucessivamente, até completar o tempo pré-estabelecido pelo prático.

DISTRIBUIÇÃO DO PRANA NO PLEXO HIPOGÁSTRICO


(MÉTODO YOGI)

1 Deitado de costas, estendido no solo, observando a relaxação, colocar a mão no Plexo


Solar (Hipogástrico). Respirar ritmicamente e depois de estabelecido o ritmo, querer que
cada inalação introduza uma quantidade maior de Prana ou Energia Vital, que será
armazenada no Plexo Solar através do sistema nervoso.
2 A cada inalação, queira-se que o Prana se distribua em todo o corpo, desde a superfície
da cabeça até a planta dos pés.
3 Durante o exercício da Vontade, procurar formar uma pintura mental da corrente
precipitada do Prana, internando-se nos pulmões, logo instantaneamente tomado do
Plexo Solar, para ser enviado, pelo esforço da expiração, a todas as partes do sistema,
até a ponta dos dedos das mãos até os pés.
327

GRAU 2
Segundo Plano de Evolução
Plano Astral ou Vontade
Faculdade - Vontade
Qualidade - Querer
Força em Domínio - Concentração
Onilateração - Profundidade

CONCENTRAÇÃO
1 O ponto de partida para que se possa atingir certas realizações se baseia no
pensamento, um corpo que traz, dentro de si, na sua constituição íntima, uma força que
se origina das substâncias contidas no Plano Mental pela combinação com os elementos
do Astral, através do poder da mente.
2 Cada ato físico desenvolvido está relacionado com um pensamento. Sendo assim, o
pensar em duas coisas ao mesmo tempo custa uma perda de energia que vem a
enfraquecer o Corpo Físico e os centros psíquicos.
3 A Concentração é um exercício de grande importância, mas, para que se possa praticá-la
é necessário, em primeiro lugar, o querer e, em seguida, o isolamento das impressões
externas pela fixação do pensamento naquilo que se deseja, para que se tenha êxito e
consiga alcançar o objetivo almejado.
4 A humanidade, em geral, não consegue atingir os alvos propostos para satisfazer os seus
desejos, simplesmente pelo fato de se encontrar com o perispírito repleto de impressões
materiais que repercutem na mente, impedindo, dessa forma, que a atenção se volte para
a realização da obra.
5 Quando o Ser Humano consegue manipular os instrumentos que formam o seu Corpo
Físico, dominando, também, o laboratório da mente, pode se beneficiar destas qualidades
para executar um trabalho com a matéria-prima oferecida pela Natureza, tanto visível
como oculta aos olhos físicos, como por exemplo, a condensação de um objeto mineral,
vegetal ou animal. Para tal, ele faz o molde da imagem através da mente e o submete à
ação condensadora da energia correspondente, a partir de seus elementos constituintes.
6 A prática correta da Concentração permite ao Ser Humano diagnosticar o grau de
enfermidade que uma pessoa se encontra.

O VALOR DA CONCENTRAÇÃO
1 O ponto de partida para que se possa atingir certas realizações se baseia no
pensamento, um corpo que traz, dentro de si, na sua constituição íntima, uma força que
se origina das substâncias contidas no Plano Mental pela combinação com os elementos
do Astral, através do poder da mente.
2 Cada ato físico desenvolvido está relacionado com um pensamento. Sendo assim, o
pensar em duas coisas ao mesmo tempo custa uma perda de energia que vem a
enfraquecer o CORPO FÍSICO e os centros psíquicos.
3 A CONCENTRAÇÃO é um exercício de grande importância, mas, para que se possa
praticá-la é necessário, em primeiro lugar, o querer e, em seguida, o isolamento das
328

impressões externas pela fixação do pensamento naquilo que se deseja, para que se
tenha êxito e consiga alcançar o objetivo almejado.
4 A humanidade, em geral, não consegue atingir os alvos propostos para satisfazer os seus
desejos, simplesmente pelo fato de se encontrar com o PERISPÍRITO repleto de
impressões materiais que repercutem na mente, impedindo, dessa forma, que a atenção
se volte para a realização da obra.
5 Quando o Ser Humano consegue manipular os instrumentos que formam o seu CORPO
FÍSICO, dominando, também, o laboratório da mente, pode se beneficiar destas
qualidades para executar um trabalho com a matéria-prima oferecida pela natureza, tanto
visível como oculta aos olhos físicos, como por exemplo a condensação de um objeto
mineral, vegetal ou animal. Para tal, ele faz o molde da imagem através da mente e
submete à ação condensadora da energia correspondente, a partir de seus elementos
constituintes.
6 A prática correta da CONCENTRAÇÃO permite ao Ser Humano diagnosticar o grau de
enfermidade que uma pessoa se encontra acometido, através de suas vibrações
inteligentes dirigidas ao paciente, sendo que estas vêm revelar qual o órgão em
desequilíbrio pela repercussão dos sintomas no operador, que vai do mal estar à tontura
e da vertigem ao desencarne, dando-lhe condições de se identificar com o Plexo
esgotado.
7 O que tem levado a ALMA encarnada ao fracasso e decepções é iniciar os trabalhos
práticos sem o devido conhecimento da teoria. Outro fator importante é a dúvida, a
descrença e a incerteza, estas que impedem as realizações do Ser Humano e não
permitem que ele se identifique com a força que o rodeia, e que aguarda o momento do
seu despertamento pela confiança, certeza e fé.

EXERCÍCIOS PRÁTICOS DE CONCENTRAÇÃO

OBJETIVO: Domínio da Mente / Educação do Pensamento.

1) Permanecer com a mente livre sem pensar, durante:


a) 1 minuto b) 5 minutos c) 10 minutos
d) 15 minutos e) 20 minutos f) 25 minutos
g) 30 minutos h) 60 minutos i) 120 minutos

ISOLAMENTO DO CAMPO DE CONSCIÊNCIA FÍSICA / AUTOCONSCIÊNCIA DA


ALMA

1 Método Yogi para o desenvolvimento da autoconsciência da Alma. Ele consiste na


meditação sobre o EU verdadeiro da Alma acompanhada da respiração rítmica.
a) Relaxar o corpo em posição bem cômoda.
b) Pense que sois uma entidade independente do corpo e que pode separar deste a
qualquer momento.
c) Pense que sois não um corpo, mas, uma Alma e que este corpo serve apenas de
invólucro transitório.
d) Durante a meditação esqueça completamente que é um Corpo Físico.
e) Com a continuação deste exercício haverá uma identificação com a Alma e uma
quase inconsciência do Corpo Físico.
329

EXERCÍCIO PRÁTICO DE RESPIRAÇÃO RÍTIMICA PELO MÉTODO YOGI


1 Em primeiro lugar, sentar-se em uma poltrona, naturalmente, com a cabeça, pescoço e
corpo em linha reta.
a) Inalar calmamente o oxigênio numa respiração completa, contando 6 (seis) unidades de
pulso.
b) Reter a respiração num tempo correspondente a 3 (três) unidades de pulso.
c) Exalar lentamente o ar pelo nariz num total de 6 (seis) unidades de pulso.
d) Contar sempre 3 (três) unidades de pulso no intervalo das respirações.
e) Repetir o processo algumas vezes.
f) Praticar uma respiração purificadora, que consiste em inalar lentamente o ar, retendo por
alguns segundos e exalando mais rapidamente.

ESTIMULAÇÃO DO CÉREBRO PELO MÉTODO YOGI


1 Sentado naturalmente, promover uma respiração obedecendo as seguintes orientações:
a) Colocar o dedo polegar esquerdo no conduto esquerdo do nariz e inalar pelo
conduto direito;
b) Fechar o conduto direito com o dedo da mão direita e exalar pelo conduto esquerdo;
c) Com o mesmo dedo inalar pelo conduto esquerdo;
d) Trocando de dedo, exalar pelo conduto direito;
e) Depois inalar pelo conduto direito e exalar pelo conduto esquerdo.

DESDOBRAMENTO II
1 Neste exercício o aprendiz colocará em prática todo conhecimento adquirido através do
estudo da teoria, sendo que essa realização é também reconhecida como viagem astral
ou projeciologia.
2 Em primeiro lugar é necessário que o Ser Humano promova um relaxamento ideal pelo
isolamento completo, para alcançar o estado de contemplação, que é o início do
desdobramento.
a) Relaxar o corpo em postura cômoda.
b) Concentrar-se através do poder da visão interna na ponta do nariz.
c) Neste estado, ir contando os números até o estado de adormecimento.
d) Depois de adormecer em função de sua Concentração, ele, posteriormente, irá
notar que o sono não foi igual àquele que ocorre rotineiramente à noite.
e) Neste momento, ele visualizará tudo o que foi pensado antes de fazer a
Concentração, tendo plena consciência de tudo o que se passa ao seu redor,
concluindo, assim, a realização idealizada.
f) Vale dizer que, no princípio, o desdobramento é todo descontrolado. Porém, com o
esforço e persistência o praticante se entusiasmará pela realização do objetivo
desejado.

GRAU 3
Terceiro Plano de Evolução
Plano Mental ou Imaginação
330

Faculdade - Imaginação
Qualidade - Pensar
Força em Domínio - Meditação

MEDITAÇÃO
1 A meditação é um estado de reflexão profunda e persistente acerca de determinado
objetivo, com finalidade de ajudá-lo, conhecê-lo e senti-lo. Esta ação refere-se à Alma,
onde, na verdade, encontra-se o pensar, o querer, bem como a intenção de todas as
ações do Corpo Físico. Nesta ação é que a mesma consegue, cada vez mais, expandir
seus sentimentos, visto que é, também, na mesma que se encontra a verdadeira vida.
Para que possamos entrar em estado de reflexão é importante que estejamos com o
corpo equilibrado, tanto moral, quanto fisicamente, bem como o menos ativo, tanto física,
quanto mentalmente.
2 Assim, é importante resguardarmo-nos, ao máximo, de ações e registros dos nossos
sentidos, pois isso virá facilitar o trabalho de reflexão. Assim, devemos fazer com que
sejam diminuídas as vibrações do órgão responsável por tais registros, ou seja, o cérebro
este que, juntamente com a nossa aura, é a sede da nossa força ativa e que,
individualmente, quando em atividade, é um receptáculo dos pensamentos que nos
chegam e gerador dos que transmitimos.
3 O Ser Humano recebe através de seus órgãos, percebe através de seus sentidos e
concebe através dos seus centros de forças. Assim, o Ser Humano age e registra por
responsabilidade de sua Alma, pelo trabalho da mente, dos Plexos, bem como do cérebro
que, quanto mais ativo, maior o trabalho do Corpo Físico e, quanto menos ativo, maior
trabalho e reflexão da Alma.
3 O cérebro, bem como tudo no universo, trabalha dentro de vibrações que expressamos
como ondas, que podem ser medidas com um aparelho denominado de encefalógrafo,
que registra, medindo por intermédio dessas ondas, seu estado de trabalho, que
classificamos desta maneira: ondas Delta e Teta, de 0 (zero) a 7 (sete) ciclos por
segundos (cps), estado em que estamos completamente dormindo. Ondas Alfa, de 7
(sete) a 14 (quatorze) cps, estado em que estamos acordados, porém não
completamente despertos ou dormindo, porém não completamente adormecidos, estado
este que denominamos de Fronteiriços ou meditativo e ondas Beta, que vão de 14
(quatorze) c.p.s. acima, onde estamos, aí, completamente despertos.
4 Para que possamos entrar em estado de meditação naturalmente, de início necessitamos
ter um bom, ou melhor, uma tão boa, quanto fácil concentração. Depois isolarmo-nos
seguido de um mais profundo possível relaxamento e, assim, simplesmente, abrimo-nos
para o nosso mundo interior, sem pressa e persistentemente, ficando receptivo ao que
nos vem como influência, na forma clara de pensamentos, analisando-os individualmente
e sem nenhuma ira, repelindo depois de analisados, os que não nos digam respeito e
conservando os que nos trarão os benefícios que estamos à procurar, tirando, desse
modo, proveito da meditação.
5 Convictos disto, ou melhor, do bem que nos traz a meditação, da função da nossa mente,
então podemos, necessitamos e devemos praticá-la o tanto quanto possível, pois assim
estaremos reforçando o nosso Chacra Coronário.
6 Beneficiando os demais Plexos e Chacras, inclusive, particularmente, o Plexo Frontal, a
Mente, o Cérebro e, consequentemente, todo o nosso organismo, é que, acertadamente,
podemos meditar programadamente, onde não somente estaremos receptivos às idéias
que nos venham, mas, também, iremos procurar soluções, bem como entendimento de
questões que, por necessidade, tenham ou venham a nos ocorrer. Para tal, iniciaremos,
evidentemente, com um isolamento, seguido de um relax, tanto física, repousando os
331

órgãos, quanto mentalmente, cessando os pensamentos e faremos com que o cérebro


entre em um estado de vibração que registre o menos possível dos pensamentos não
condizentes com o que precisamos realizar, dominando, assim, os sentidos e depois
disso conseguido, trazer à mente aquilo que queremos realmente compreender, ajudar e
sentir, dentro de um estudo, análise, compreensão e prática para evolução.
7 Lembrar que, em princípio, tudo parecerá impossível, o que poderá fazer com que alguns
cheguem até a desistir. Porém, os que não acreditam em perda, mas, sim, em
aprimoramento, estes persistentes praticarão e sentirão no todo da sua realidade. A
teoria e a prática são forças que, quando combinadas, fazem tudo tender a realizar-se...
logo, a ser sentido, evidenciando, assim, a evolução que, embora seja o princípio natural
neste reino em que nos encontramos, pode, deve e necessita ser acelerado ou melhor
abreviada. A evolução é fruto não da teoria, que embora seja uma direção necessária,
não faz gravar-se em nós como sentimento, mas, sim, da prática, que nos leva a saber
com convicção, tornando-se, assim, nosso sentimento, nossa fé e, consequentemente,
nossa sabedoria acumulada em nossas existências sucessivas.

EXERCÍCIOS PRÁTICOS DE MEDITAÇÃO

OBJETIVO: Desenvolvimento da Mente / Formação de Pensamentos Claros.

1) Permanecer com a mente livre sem pensar e contar regressivamente de:


a) 100 a 1 b) 50 a 1 c) 25 a 1 d) 5 a 1

2) Manter o corpo em postura natural e fixar os olhos na ponta do nariz, pelo poder da visão
interna, e meditar durante:
a) 1 minuto b) 10 minutos c) 15 minutos
d) 20 minutos e) 30 minutos f) 60 minutos
g) 120 minutos

COMO MEDITAR - MÉTODO PARA ENTRAR EM ESTADO PROPÍCIO À MEDITAÇÃO

A) Ao acordar. Neste momento, quando estamos no estado leve de Alfa, deixaremos


readaptarmo-nos com o meio ambiente, para começarmos a prática, também não
necessitaremos de relaxamento):
1º) Fechar os olhos e olhar para cima, por trás das pálpebras, num ângulo aproximado
de 20O (vinte graus) acima do nivelamento da visão (aí o cérebro estará
naturalmente produzindo ondas alfas);
2º) Agora, para continuar e cada vez mais se aprofundar neste estado, conte de 100 a
01 (cem a um), durante 10 (dez) manhãs. A contagem deverá ser feita mentalmente.
Para que possamos entrar neste estado mais rapidamente deveremos praticar ainda
tal exercício durante mais 40 (quarenta) dias como segue, além dos dias citados
acima:
- 50 a 01 - 10 manhãs;
- 25 a 01 - 10 manhãs;
- 10 a 01 - 10 manhãs;
- 05 a 01 - 10 manhãs – totalizando, assim, 50 dias (manhãs) até que se consiga
entrar neste estado pela contagem de 5 a 1.
332

B) Estando-se completamente desperto, acordado, em atividade. Neste momento


estaremos no estado Beta, quando nosso cérebro estará em toda sua atividade. Assim,
deveremos trabalhar para fazer com que o mesmo diminua suas vibrações o máximo
possível, a fim de, assim, podermos entrar no estado meditativo:
1º) Isole-se num ambiente onde não seja perturbado em nenhuma circunstância (se
possível, por ser o ideal);
2º) Sente-se numa cadeira confortável com os pés apoiados no chão, deixe suas
mãos repousarem em suas pernas, se preferir sente-se de pernas cruzadas na
posição de lótus. Mantenha sua cabeça equilibrada, não a deixe pender. Agora,
concentre-se primeiro numa parte de seu corpo, depois noutra, para relaxá-la
conscientemente. Comece com o pé esquerdo, passe para a perna esquerda,
depois o pé direito e passe para a perna direita e assim por diante, até para chegar
à garganta, ao rosto, aos olhos e finalmente ao couro cabeludo, ou, ainda, ao
Chacra Coronário dizendo, visualizando e procurando, realmente, sentir que tudo
está bem e que todas as partes estão leves, equilibradas, descontraídas e
relaxadas;
Evidenciamos que, também, poderá ser feito relaxamento deitado, se assim for
preferido.
3º) Agora, uma vez feito o relax, escolha um ponto cerca de 45O (quarenta e cinco
graus) acima do nível de seus olhos, no teto, se estiver deitado ou na parede oposta
a você, se estiver sentado. Olhe fixamente para esse ponto até que suas pálpebras
comecem a pesar e, então, permita que seus olhos se fechem. Daí comece a
contagem regressiva de 50 a 01 (cinquenta a um), durante 10 dias, quantas vezes
preferir ou tiver oportunidade. Procure, ainda, praticar este mesmo exercício durante
mais 20 (vinte) dias, como segue a escala abaixo, a fim de poder entrar mais
rapidamente no estado meditativo.
- 10 a 01 - 10 dias;
- 05 a 01 - 10 dias - totalizando assim 30 dias.
Até que consiga entrar neste estado pela contagem de 05 a 01.

MÉTODO PARA USAR O ESTADO MEDITATIVO


1 No momento em que chegarmos ao estado meditativo (estado alfa ou mais profundo
possível), deveremos praticar a visualização (criar uma tela mental). A tela mental vem a
ser um local criado por nós, mentalmente, onde poderemos colocar, ou melhor, projetar, o
mais visivelmente, tudo aquilo que precisamos analisar, quer para sentir ou solucionar.
Ela deverá ser do tamanho tanto maior quanto o mais bem visível possível.
2 Nesta tela mental, projete o que quer entender e discuta-o em todos os ângulos
possíveis, procurando soluções, entendimento, enfim, persistentemente, busque o
objetivo que o levou a meditar.

MÉTODO PARA SAIR DO ESTADO DE CONCLUSÃO DA MEDITAÇÃO


1 Uma vez chegado ao nível meditativo e concluído a mesma, quer estejamos, antes disto,
completamente despertos, ou seja, em Beta, ou mesmo ao acordar, no estado leve de
Alfa, fronteiriço, deveremos usar uma rotina para sairmos de tal estado em que nos
encontramos.
2 Desligar a mente da tarefa (meditação) e mentalmente dizer: “vou sair lentamente
enquanto conto de um a cinco, sentindo-me bem desperto e melhor do que antes”. um -
dois (prepare-se para abrir os olhos), três - quatro - cinco, olhos abertos (abra os olhos,
agora, quando estiver a falar) bem desperto e melhor do que antes.
333

TELA MENTAL - QUADRO PARA DESENVOLVIMENTO DA IMAGINAÇÃO E


CLARIVIDÊNCIA

1 Chamamos de Tela Mental o poder mental de concentração que se deve ter para, em
função de nossas necessidades, idealizar, visualizar, sentir, criar e realizar, pela pesquisa
persistente e analítica, até a compreensão e a prática para evolução consciente.
2 Deve o prático procurar criar sua tela mental, o mais visível possível, e nela projetar os
números e os objetos respectivos do quadro abaixo, ordinariamente, procurando
visualizá-los em todos os ângulos, o mais claramente possível. Isto lhe ajudará, como
acima evidenciado, a meditar programadamente no futuro, bem como ter maior
concentração para suas realizações que se fizerem necessárias, ou seja, quando
imaginar com consciência, seguindo as Leis Naturais.
Formação das Palavras do Quadro para Desenvolvimento da Imaginação/Clarividência:
1º exemplo:
0: R de Rã.
1: P de Pé.
10: 1 e 0
10: Palavra que contenha duas sílabas, a 1ª começando com P e a 2ª com R, logo: PÊRA.

2º exemplo:
100 (3 sílabas)
1: P de Pé.
0: R de Rã.
Logo, 100: PERERÊ.
0: Rã 25: Cone 50: Nero 75: Vinho
1: Pé 26: Cear 51: Nepa 76: Via
2: Cão 27: Chave 52: Nicho 77: Vovô
3: Flor 28: Casa 53: Ninfa 78: Vaso
4: Luz 29: Cesta 54: Nilo 79: Vista
5: Nó 30: Farol 55: Nenê 80: Serra
6: Ás 31: Flap 56: Nua 81: Sapo
7: Véu 32: Foca 57: Nave 82: Saco
8: Sol 33: Fifó 58: Nasal 83: Sofá
9: Trem 34: Folha 59: Noite 84: Sela
10: Pêra 35: Fone 60: Aro 85: Sino
11: Pipa 36: Fria 61: Apas 86: Soa
12: Porco 37: Favo 62: Arca 87: Sílvio
13: Perfil 38: Fóssil 63: Alfa 88: Sisal
14: Pilão 39: Fita 64: Alho 89: Santo
15: Prana 40: Lira 65: Anel 90: Terra
16: Pia 41: Lápis 66: Aia 91: Tampa
17: Pavão 42: Laço 67: Avó 92: Toca
18: Peso 43: Lufa 68: Asa 93: Troféu
19: Ponte 44: Lula 69: Astro 94: Tela
20: Carro 45: Lenha 70: Vara 95: Tina
21: Copo 46: Lua 71: Vespa 96: Tear
22: Coco 47: Luva 72: Vaca 97: Tevê
23: Cofre 48: Lousa 73: Volf
24: Colar 49: Lata 74: Vela 98: Tirso
334

99: Tatu 100: Pererê

0:R 3:F 6:A 9:T


1:P 4:L 7:V
2:C 5:N 8:S

Volf: marca de carro.

GRAU 4
Quarto Plano de Evolução
Plano Búdhico ou Inteligência
Faculdade - Inteligência
Qualidade - Reconhecer
Força em Domínio - Vibração

VIBRAÇÃO - RELAXAÇÃO
1 As VIBRAÇÕES têm grande importância no estudo dos movimentos das ondas
luminosas, sonoras, de rádio e, sobretudo, nas ondas cerebrais. Tomemos como exemplo
uma gilete presa por uma das extremidades. Se movimentarmos a outra parte e ela
oscilar 50 vezes, teremos 50 vibrações por segundo. Nas ondas cerebrais, as vibrações
são medidas em ciclo por segundo (cps), são um tipo de energia elétrica e são medidas
por encefalógrafo.
As ondas BETA possuem 14 ou mais cps.
As ondas ALFA possuem de 7 a 14 cps.
As ondas TETA possuem de 4 a 7 cps.
As ondas DELTA possuem 4 ou menos cps.
2 A depender do nosso estado e RELAXAÇÃO, o cérebro produz os seguintes tipos de
ondas:
BETA: Desperto - Vigília.
ALFA: Ponto de dormir, mas não completamente adormecido, sonhar acordado; ponto de
acordar, mas não completamente desperto.
TETA e DELTA: Adormecido.
3 As energias que produzem maior intensidade de VIBRAÇÃO e que são emitidas pelo
cérebro, ocorrem no estado de vigília e o poder de captação ou emissão de determinados
tipos de oscilações está relacionado diretamente com o desenvolvimento dos centros
perceptivos.
4 A RELAXAÇÃO é um estado no qual o corpo se encontra totalmente descontraído,
sendo o físico pelo RELAXAMENTO muscular e o mental pela cessação de pensamento.
5 Podemos entender que o RELAXAMENTO é o ponto de partida para os exercícios, como
por exemplo o desdobramento e a telepatia. A posição a ser assumida deve estar
relacionada com as correntes magnéticas da Terra. Se a pessoa estiver sentada, deve
voltar-se para o norte ou para o oeste e, se estiver deitado, colocar o corpo na direção
norte-sul.
335

6 Quando o Ser Humano se prepara, estudando minuciosamente a teoria cujo assunto


se encontra estritamente ligado ao conhecimento das Leis Universais, da Vontade e da
Imaginação e acha-se em condições de praticar todos os exercícios visualizados por
meio da teoria, terá amplas possibilidades de conseguir o fruto deste esforço pelas
realizações.

VISUALIZAÇÃO - ALTERAÇÃO DO RITMO DA NATUREZA


1 Escolha um vegetal, sementes de feijão, por exemplo. Coloque algumas sementes em
vasilhames separados, quer com terra ou algodão molhado. Nas sementes de um dos
vasilhames, aplique energia com a mente e imposição das mãos, para, intencionalmente,
fazê-las crescer mais abreviadamente. Nas do outro vasilhame, não, deixe-as crescer
com o ritmo normal da Natureza.
2 O prático reconhecerá que, dentro de poucos dias, conseguirá fazer com que o vegetal
cresça e frutifique e, no futuro, poderá, cada vez mais, diminuir tal tempo, visualizando e
alterando o ritmo natural da realização.

CONSCIÊNCIA DO DESENCARNE / IDENTIFICAÇÃO DA PRESENÇA DE ENTIDADES


1 Concentre-se diante do enfermo e que esta vibração seja independente de toda e
qualquer forma de pensamento. Que seja o seu pensamento somente voltado para o
doente. Se este estiver para desencarnar, sentirás uma VERTIGEM. Porém, se você se
sente como que ESGOTADO, então pode afirmar que o doente se encontra com uma
entidade esgotando seus centros de forças.

INTERPENETRAÇÃO DA MATÉRIA
a) O objetivo dessa prática consiste no diagnóstico para identificar a origem da enfermidade
de determinada pessoa, bem como suas possíveis consequências;
b) Concentrar-se diante do enfermo em observação;
c) Essa vibração que o curador irá empregar deve ser isenta de qualquer forma de
pensamento, porém, com atenção desvelada em estado de passiva atividade, de pleno
perceptor;
d) O pensamento, ou melhor, o pensar, a mente do operador, deverá se encontrar fixado
apenas no enfermo;
e) Se ele, o operador, se apresentar com um estado, sinal ou um sintoma parecido com um
esgotamento, ele poderá afirmar que o doente se encontra com alguma entidade
esgotando as energias contidas em seus Plexos ou centros de força.
Se os sinais e/ou sintomas forem parecidos à uma vertigem ou desmaio, poderá afirmar
que o doente irá disto desencarnar.

GRAU 5
Quinto Plano de Evolução
Plano Nirvânico ou Verdade
Faculdade - Verdade
Qualidade - Ousar
Força em Domínio - Percepção
336

PERCEPÇÃO
1 O que tem levado o Ser Humano a passar pelas decepções, dores e sofrimentos é,
justamente, a falta de conhecimento de si próprio, das funções de seus órgãos, dos
centros de força, além de não se reconhecer como uma ALMA encarnada, bem como
ignorar a presença de uma centelha Divina que lhe dá vida e movimento.
2 Já é reconhecido que a mente, para adquirir a capacidade de formar imagens completas,
necessitou de um tempo pré-determinado para o seu aperfeiçoamento, o que ocorreu no
plano hominal, fazendo com que o PLEXO FRONTAL exercesse domínio completo sobre
os cinco sentidos do Ser Humano.
3 A PERCEPÇÃO não é nada mais, nada menos, do que uma compreensão pelo estado
de consciência em que se encontra o Ser Humano no momento da realização, sendo que
a mente desempenha um trabalho importante no momento da realização, uma vez que,
se ela não estiver ligada ao órgão, a pessoa pode enxergar, ouvir e sentir, porém sem
consciência.
4 No ouvido, ou seja, no aparelho auditivo, se manifestam as energias do PRANA ou éter
sonoro, e os instrumentos representados pelo ouvido externo levam o som em estado de
vibração para ser apresentado à mente do Ser Humano, onde ocorre a manifestação das
energias imaginárias, formando-se, em consequência, a imagem mental do objeto que
emitiu aquela vibração sonora, sendo que esta é transmitida ao cérebro onde se realiza a
PERCEPÇÃO.
5 Os elementos de sentimentos animalizados sempre provocam os seus desejos,
promovendo uma combinação entre o ATO e a NECESSIDADE, levando o Ser Humano
a formular um pensamento que chega até a mente e desta ao cérebro, que o submete à
apreciação da ALMA,sendo através desta que se processa a autorização na sequência
da mesma ordem, ou seja: da ALMA para o cérebro, à mente, aos órgãos e, finalmente,
aos instrumentos que servem apenas para a consumação do ato que enseja a
PERCEPÇÃO.
6 Quando se pretende sintetizar determinada substância em laboratório é necessário que
se compreenda as suas propriedades específicas, a fim de que seja selecionado o
catalisador responsável pela aceleração ou diminuição do avanço da reação em estudo.
Assim, se quisermos dissolver um sólido, cuja temperatura de fusão seja alta, então
temos que lançar mão da temperatura para promover o aquecimento até aquele ponto
pré-determinado.
7 O mesmo procedimento acontece com a solidificação sendo que, neste caso,
submetemos o líquido a um resfriamento, que pode ser associado a uma variação na
pressão do sistema.
8 Para que possamos promover uma realização natural, como por exemplo, a formação de
um objeto, é necessário que saibamos ou sintamos quais os elementos que entram na
composição do mesmo, isto é, temos que ter certeza da maneira pela qual o objeto foi
formado para que utilizemos as energias da natureza e a matéria-prima que ela nos
oferece e possamos, então, promover esta ou aquela realização. Mas, para tanto, é
necessário que sejam afastados de nossos pensamentos a dúvida e a descrença, para
que se processe a manifestação da vontade, quando impulsionada pela necessidade.

CURA DA OBSESSÃO
a) Verificar, em primeiro lugar, antes de tudo, se o paciente se encontra com entidade. Para
tanto, utilizar a interpenetração da matéria e/ou um médium de eficiência comprovada
para identificar a obsessão;
b) Colocar o obsedado em uma cadeira;
337

c) Sentar-se diante do mesmo e aplicar-lhe energia no Chacra coronário durante o tempo


que sentir necessidade;
d) Depois afirmar para o paciente com convicção, confiança e certeza que a entidade já foi
conduzida para o devido local de ajuda, e que não mais retornará nestas condições;
e) Porém, se ele continuar afirmando que a entidade ainda se encontra presente, é
necessário afirmar que tudo o que ele sente no momento é fruto de impressões, e que lhe
serão transmitidas as energias para a sua cura e fortalecimento. E, assim fará, como
orientado anteriormente;
f) Logo após a transmissão das energias o operador poderá afirmar ao obsedado que ele já
se encontra totalmente curado.

CURA DA DUPLA PERSONALIDADE


Obs.: Nas horas em tratamento, que deverá ser realizada em conjunto com a
Espiritualidade evocando-a e devendo, pela mesma, ser tratado o obsessor cada vez que
ele for retirado do paciente, nas enfermarias e escolas do astral, para o seu
despertamento e abandono do obsedado.

GRAU 6
Sexto Plano de Evolução
Plano Paranirvânico ou Consciência
Faculdade - Consciência
Qualidade - Raciocinar
Força em Domínio - Contemplação
Onilateração - Largura

CONTEMPLAÇÃO
1 As preces e orações que diariamente soam nos templos religiosos, muitas vezes, deixam
de atingir o objetivo desejado justamente pelo fato de que, na emissão dos pedidos para
que se consiga determinados benefícios ou realizações, a força realizadora, que é o
pensamento, se encontra voltada para outros fins.
2 Portanto, uma prece ou uma MEDITAÇÃO requer um razoável domínio da mente, porque
se esta não estiver devidamente disciplinada ocorrerá a manifestação das ENERGIAS
IMAGINÁRIAS sobre determinado assunto, havendo também a possibilidade da
captação de pensamentos que navegam no Plano Astral, proveniente de milhares de
mentes que a cada instante formam novos corpos vivos e que, antes de retornarem às
suas origens, interpenetram e subjugam outras mentes de igual padrão vibratório.
3 A MEDITAÇÃO é um exercício que fortalece a mente, proporcionando-lhe o equilíbrio
que ela necessita para desempenhar a função que lhe é atribuída diariamente e a todo
instante.
4 Se o Ser Humano pretende realizar alguma obra com o auxílio de sua parte psíquica, ele
deve, em primeiro lugar, fixar o pensamento naquilo que deseja e, se houver necessidade
para a realização do pedido, este deverá se esforçar com persistência e determinação
para atingir o fim almejado, levando em consideração que, se a sua mente estiver
desequilibrada, poderá haver a captação de imagens ilusórias que o levará a promover
uma realização proveniente de sentimentos alheios.
5 Quando o Ser Humano se isola em estado meditativo, ele pode chegar a uma situação de
se considerar uma entidade independente do corpo material, podendo estudá-lo em todas
as suas partes para compreender o funcionamento de seus órgãos inferiores até a mente,
338

e esta deverá permanecer, durante o tempo necessário, sem formar imagens, para
não interromper este estado de paz interior.
6 Quando ocorre a limpeza das formas mentais pela mente e a ALMA se identifica
conscientemente com o seu plano de origem, confirmando sua individualidade pela
independência que possui do CORPO FÍSICO, ela experimenta um estado de paz
interior, ocorrendo sua EXALTAÇÃO,que é também reconhecida como
CONTEMPLAÇÃO.

CONTEMPLAÇÃO / DESDOBRAMENTO
1 A Contemplação é o princípio do Desdobramento. O prático deverá, em sua meditação,
procurar identificar sua mente com sua Alma, chegando a ponto de desdobrar até o
objetivo desejado.
2 No exercício, o prático deverá isolar-se em postura o mais cômoda possível,
concentrando sua visão interna na ponta do nariz, ao ponto em que contará os números
progressiva ou regressivamente, sempre com a intenção persistente do objetivo
(desdobrar-se). Nesse instante, ele sentirá adormecer em função de sua concentração,
mas notará que tal adormecimento não é natural, não é igual ao que ele tem feito todo
dia, mas, sim, sente-se distante como um sonho.
3 No princípio tudo será descontrolado, mas, com a persistência, o prático adquirirá
resultados, entusiasmar-se-á e realizará o desejado.

GRAU 7
Sétimo Plano de Evolução
Plano Mahaparanirvânico ou Ciência
Faculdade - Ciência
Qualidade - Realizar
Força em Domínio - Exaltação
Onilateração - Altura

EXALTAÇÃO
1 Existem muitos que lamentam não ter a oportunidade de conseguir realizar tudo aquilo
que almejam. Entretanto, é a falta de fé que não permite tal realização, tornando-os
impotentes para lutar e atingir o ideal almejado. Muitos há que lutam, lutam, porém
desistem no meio do caminho pelo desânimo, pela falta de persistência, sobrevindo,
finalmente, a desistência. Entretanto, dentro de cada Ser Humano existe a superioridade
que o permite realizar tudo que deseja, e para que ele atinja esse ponto é necessário que
harmonize as energias internas com as correntes cósmicas, concentrando-se naquilo que
deseja realizar.
2 Existem muitos seres que, humildemente, descortinam a verdade. Porém, como sempre,
os cientistas mais privilegiados é que são seguidos em suas teorias que, na maioria das
vezes, estão erradas ou ainda não terminadas, enquanto o Ser Humano que descobriu a
verdade duvida do que sabe, seguindo, assim, o mesmo erro ao julgar-se único senhor
da verdade que acaba de encontrar.
339

3 As religiões chegaram a conclusão de que é pecado deturpar as crenças dos homens,


esquecendo estas que, se a verdade foi descortinada por uns e ficaram estacionados,
outros homens também erram porque desconhecem a verdade.
4 Se as religiões dizem que tudo é mistério de Deus, a ciência já chegou à conclusão de
que Deus não tem mistério para com o Ser Humano. Só que esta ciência deveria seguir o
método instituído pela Lei Natural.
5 O Ser Humano não deve dificultar aquilo que é simples porque nas sociedades secretas
existem adeptos com a missão de unificar a verdadeira ciência à ciência material, nem
deve explicar suas idéias pelas da ciência material porque, desta forma, não conseguirá
atingir um ponto de levar a certeza e a confiança ao pensamento humano.
6 O Ser Humano só poderá levar as explicações lógicas, suas deduções exatas, através da
ciência. Muitas e muitas vezes, o Ser Humano diz que acredita em tal causa, entretanto,
crer somente não é necessário, mas sim ter confiança, sentir e ter convicção de que tudo
aquilo que ele crê é real.
7 Dentro da crença do Ser Humano existe também a dúvida, esta que transforma a mente
do Ser Humano fazendo com que ele duvide do que crê porque esta não está equilibrada
pela realidade das coisas. O milagre, por exemplo, reconhecido como uma crença,
corresponde à extravagância da natureza quando o Ser Humano se exalta.
8 A exaltação é presenciada quando um Ser Humano se encontra enfermo e segue em
romaria para ser curado por uma entidade ou santo de sua credibilidade. A exaltação do
Ser Humano faz com que ocorra uma aceleração em seus Plexos, estes que distribuem,
normalmente, as energias para os órgãos, e os centros chegam ao ponto de queimar
todas as suas energias, bem como aquelas transmitidas pela natureza, advindo, em
consequência, o seu esgotamento, ficando, então, o organismo, em debilidade
energética, sem poder se restabelecer com a máxima urgência. Logo, a natureza, tendo a
capacidade de administrar energias superiores às energias anteriormente administradas,
o faz e o centro passa então a funcionar normalmente, realizando a cura do Ser Humano
que se exaltou. Por desconhecer esta operação realizada pela natureza, o Ser Humano
diz que foi a entidade ou “santo” que o curou.
9 É preciso que o Ser Humano descortine a verdadeira causa para ter convicção do efeito
correspondente e alcançar as grandes realizações.

CANTO DIVINO / MANTRA


Para cada vez maior Consciência Espiritual
1 Durante um tempo determinado pelo prático, este deverá procurar encher os pulmões
completamente de ar e, de boca fechada, expeli-lo lentamente pelo nariz, ao mesmo
tempo em que harpejará a escala musical, como segue:
DÓ RÉ MI FÁ SOL LÁ SI DÓ
DÓ SI LÁ SOL FÁ MI RÉ DÓ
DÓ RÉ SI LÁ SOL FÁ MI DÓ
DÓ MI FÁ SOL LÁ SI RÉ DÓ
2 A boca não abrirá nem para soltar o ar, nem para harpejá-lo, o qual deverá ser nasalado
ou gorjeado.
3 Durante o exercício, o prático deverá autossugestionar-se pensando: “com este canto
divino, cada vez mais adquiro a força que me equilibra o ser e deixa-o fraterno”.
340

DESENVOLVIMENTO DOS CENTROS DE FORÇA


1 Encher totalmente os pulmões de ar, inalando-o pelo nariz e, com a boca fechada, o
praticante procura expeli-lo pelo nariz, ao tempo em que harpejará a sílaba OM, que
deverá ser traduzida como A-UM.
2 A boca permanecerá fechada durante a prática do exercício, sendo proporcionada a
seguinte autossugestão mental:
a) “Estou utilizando minhas energias mentais para desenvolver as energias inteligentes no
meu Chacra coronário, a fim de equilibrar os órgãos da cabeça”.
b) Utilizar o mesmo processo inicial, fazendo a seguinte sugestão mental: “Estou utilizando
minha mente para desenvolver as energias mentais no meu centro frontal, a fim de
beneficiar os órgãos da percepção”.
c) Utilizar o mesmo processo inicial fazendo a seguinte sugestão mental: "Estou utilizando
as minhas energias mentais para desenvolver as energias do Prana existentes no meu
Plexo braquial, a fim de beneficiar os órgãos da voz produzida pela garganta”.
d) Fazer uso do mesmo processo inicial verificado, fazendo a seguinte sugestão mental:
“Estou utilizando minhas energias mentais para desenvolver as energias da vontade no
meu Plexo Cardíaco, a fim de beneficiar o Coração”.
e) Utilizar o mesmo processo inicial, fazendo uso da seguinte sugestão mental: “Estou
utilizando minhas energias mentais para desenvolver as energias do Apas no meu Plexo
Hipogástrico, a fim de beneficiar os órgãos abdominais”.
f) Utilizar o mesmo processo inicial fazendo a seguinte sugestão mental: “Estou utilizando
as minhas energias mentais para desenvolver as energias da onda de vida no meu
Chacra Umbilical, a fim de beneficiar os órgãos localizados na região do umbigo”.
g) Utilizar o mesmo processo inicial, fazendo a seguinte sugestão mental: “Estou utilizando
minhas energias mentais para desenvolver as energias da procriação no meu Chacra
Sagrado, a fim de beneficiar os órgãos localizados na região do sacro”.
3 Este processo é verificado quando queremos beneficiar os centros de forças e órgãos
localizados no nosso próprio corpo. Porém, se quisermos ajudar ao nosso semelhante,
utilizar o mesmo processo, que passamos a repetir.
4 Encher totalmente os pulmões de ar e, com a boca fechada, o praticante tenta expeli-lo
lentamente pelo nariz, ao tempo em que harpejará a sílaba OM, que deverá ser traduzida
como A-UM.
5 A boca permanecerá fechada durante a prática do exercício, sendo proporcionada a
seguinte sugestão mental:
a) “Estou utilizando minhas energias mentais para desenvolver as energias inteligentes no
Chacra Coronário, do(s) meu(s) irmão(s) ....., a fim de equilibrar os órgãos localizados
na cabeça”.
b) Utilizar o mesmo processo inicial, fazendo a seguinte sugestão mental: “Estou
utilizando minha mente para desenvolver as energias mentais no centro frontal do(s)
meu(s) irmão(s)....., a fim de beneficiar os órgãos da percepção”.
c) Utilizar o mesmo processo inicial, fazendo a seguinte sugestão mental: “Estou
utilizando minhas energias mentais para desenvolver as energias do Prana existentes
no Plexo Braquial do(s) meu(s) irmão(s)....., a fim de beneficiar os órgãos da voz
produzida pela garganta”.
d) Utilizar o mesmo processo inicial, fazendo a seguinte sugestão mental: “Estou
desenvolvendo as minhas energias mentais para desenvolver as energias da vontade
no Plexo Cardíaco do(s) meu(s) irmão(s)....., a fim de beneficiar o coração”.
341

e) Utilizar o mesmo processo inicial, fazendo a seguinte sugestão mental: “Estou


utilizando minhas energias mentais para desenvolver energias do Apas no Plexo
Hipogástrico do(s) irmão (s)....., a fim de beneficiar os órgãos abdominais”.
f) Utilizar o mesmo processo inicial, fazendo a seguinte sugestão mental: “Estou
desenvolvendo as minhas energias mentais para desenvolver as energias da onda de
vida do Chacra Umbilical do(s) irmão (s)....., a fim de beneficiar os órgãos localizados
na região do umbigo”.
g) Utilizar o mesmo processo inicial, fazendo a seguinte sugestão mental: “Estou
utilizando as energias mentais para desenvolver as energias da procriação no Chacra
Sagrado do(s) irmão(s)....., para beneficiar os órgãos localizados na região do sacro”.

ISOLAMENTO DO CAMPO DE CONSCIÊNCIA FÍSICA /AUTOCONSCIÊNCIA DA


ALMA
1 Método Yogi para o desenvolvimento da autoconsciência da Alma. Ele consiste na
meditação sobre o Eu verdadeiro da Alma acompanhada da respiração rítmica.
a) Relaxar o corpo em posição bem cômoda;
b) Pense que sois uma entidade independente do corpo e que pode separar deste a
qualquer momento;
c) Pense que sois, não um corpo, mas uma Alma e que este corpo serve apenas de
invólucro transitório;
d) Durante a meditação esqueça completamente que é um Corpo Físico;
e) Com a continuação deste exercício haverá uma identificação com a Alma e uma quase
inconsciência do Corpo Físico.

PRANCHAS

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