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RIO DE JANEIRO
2022
FAVENI
RIO DE JANEIRO
2022
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Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o
mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja
parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e
corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de
investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de violação aos direitos
autorais.
A violência tem como seu maior fator determinante a cultura, que é transmitida
através de seus valores, os quais se incorporam no imaginário das famílias gerando
uma forma de pensamento podendo gerar a violência intrafamiliar. O profissional de
saúde tem o dever ético e legal de denunciá-la, para isso precisa conhecê-la. Assim sendo,
este trabalho teve como objetivo evidenciar a importância do profissional da
Estratégia de Saúde da Família na detecção à violência doméstica voltada para a
criança. Trata-se de uma pesquisa do tipo bibliográfica com abordagem de natureza
qualitativa e método descritivo. A busca de literatura foi realizada nos bancos de dados
CIDSaúde, HISA, LILACS e MEDLINE. Portanto, considera-se fundamental que a
equipe de profissionais da ESF inclua ações e serviços de promoção, prevenção e
reabilitação, individuais e coletivos, voltados para as vítimas e para os agressores,
que infelizmente ainda não é realidade de muitos municípios. Além disso, é
primordial que esses profissionais recebam qualificações permanentes abordando
conhecimentos e práticas bem-sucedidas para a detecção de casos, no acolhimento
e assistência da população em estudo.
INTRODUÇÃO
METODOLOGIA
íntegra. Nessa fase foi feita uma análise crítica dos resultados e apresentadas as
características de cada estudo. Os achados evidenciaram que as pesquisas se
concentram no nível de evidência 4: estudos descritivos (não-experimentais) ou com
abordagem qualitativa; e no nível 5: evidências provenientes de relatos de caso ou
de experiência.
RESULTADOS
DISCUSSÃO
De acordo com o esperado, grande parte das obras tem como população-
alvo crianças vítimas de violência doméstica e buscam compreender as concepções
dos profissionais da saúde têm sobre o tema abordado. Também destacam a
importância da detecção da violência doméstica contra criança, na medida em que
esses profissionais estão envolvidos nas práticas e orientações do cuidado a vítima.
Para Lobato et al. (2019) confirmaram os obstáculos enfrentados pelos
profissionais em auxiliarem as famílias em condições de violência. A maioria se
sente insegura e insuficientemente habilitada no manuseio de atos de violência
doméstica.
Em relação às pesquisas de Nunes et al. (2011) a violência intrafamiliar
contra a criança e o adolescente requer dos profissionais de saúde uma nova
postura para o caso e admitir que esse acontecimento é resultado de uma dinâmica
relacional profundo e muito complicado.
Semelhantemente, o estudo de Magalhães et al. (2011) é preciso conceber
que o ato de violência transcende o controle específico de uma área do
conhecimento, sendo necessário o observar as variedades determinantes do
singular e do coletivo, e o comprometimento e enfrentamento do assunto pelo
profissional de saúde, que se dá pelo seu compromisso com a causa da criança e do
adolescente.
Para Pesce (2011) ressalta a necessidade de continuar os estudos sobre a
temática contribuindo para que diversas áreas, principalmente da saúde possam ser
conduzidas, visando à prevenção de agravos ao desenvolvimento da criança.
Segundo Gabatz et al. (2011) recomendam o trabalho de prevenção que
deve ser feito junto com a família e com a comunidade a fim de identificar possíveis
sinais de violência doméstica contra as crianças, contribuindo assim para minimizar
a ocorrência dessas violências e tendo como proposta a construção de uma
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Outro ponto relevante deste estudo foi o achado, que tange a violência de
crianças portadoras de doenças ou deficiências físicas e/ou com problemas de
saúde mental, de estarem susceptíveis aos maus tratos, correlacionado à maior
demanda de cuidado que estas crianças necessitam, em especial, nas idades mais
precoces.
Este estudo destacou o trabalho e a contribuição dos profissionais da
Estratégia de Saúde da Família na detecção de violências domésticas contra a
criança. Paralelamente, a análise das literaturas sugere que existem várias
dificuldades dos profissionais em acompanhar famílias em situações de violência,
pois não se sentem qualificados o suficiente para o manejo desses casos.
Percebe-se que a grande maioria teme sofrer represálias por parte dos
agressores diante da notificação dos casos. Esse fato revela a necessidade do
diálogo entre gestores e profissionais, a fim de encontrem soluções a fim de
assegurar a segurança dos profissionais e da família envolvida.
No entanto, considera-se fundamental que a equipe de profissionais da ESF
inclua ações e serviços de promoção, prevenção e reabilitação, individuais e
coletivos, voltados para as vítimas e para os agressores, que infelizmente ainda não
é a realidade de muitos municípios. Além disso, é primordial que esses profissionais
recebam qualificações permanentes abordando conhecimentos e práticas bem-
sucedidas para a detecção de casos, no acolhimento e assistência da população em
estudo.
Tal ação isoladamente não é suficiente, e um ponto considerável é a
vulnerabilidade dos gestores da Estratégia Saúde da Família quanto à organização
do método de trabalho das equipes. Essa fragilidade se dá pela falta de designações
claras das atribuições das equipes diante da violência doméstica contra a criança,
entre outros ângulos. Características do território também precisam fazer parte do
debate. Sendo assim, torna-se fundamental a união dos gestores, equipes e
comunidade no que se confere o problema e de como podem e devem ser
abordados na sociedade.
REFERÊNCIAS BILIOGRÁFICAS