Laudo Insalubridade Darcilene

ENGENHARIA, AVALIAÇÕES E PERÍCIAS
TELINO CABRAL PINHEIRO

Engenheiro Civil Engenheiro de Segurança CREA/RN Nº. 210.248.669-9
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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 5º VARA DA

FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE NATAL/ RN
Processo: 0803793-59.2012.8.20.0001
Ação: Procedimento Comum
Autor: Darcilene Maria Xavier Da Silva
Réu: Estado do Rio Grande do Norte
Assuntos: Adicional de Insalubridade
TELINO CABRAL PINHEIRO, engenheiro civil, perito

judicial nomeado nos autos da “Ação de Procedimento
comum”, em que figura como Darcilene Maria Xavier Da
Silva, como demandado o Estado do Rio Grande do Norte,
tendo procedido aos estudos pesquisas e diligência que se
fizeram necessários, vem apresentar a Vossa Excelência
suas conclusões consubstanciadas no seguinte laudo
pericial, e pedir a liberação dos honorários periciais.
Aproveito a oportunidade para solicitar a transferência dos
honorários para seguinte conta:
AG BANCO DO BRASIL: 1246-7
CC: 5375-9
CPF 51269252453
LAUDO TECNICO PERICIAL

SETEMBRO/2021
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Rua Minas Nova, nº 100, Cond. Porto Milano, Bl.B, Apto. 101, Neópolis – Natal/RN – CEP. 59.088-725 Fone: (84) 99108-2088
Email: telinocpinheiro@gmail.com
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SUMÁRIO
1.0- PRELIMINARES ..................................................................................................................... 3
2.0- INTERESSADO.......................................................................................................................4
3.0 OBEJETO.................................................................................................................................4
4.0-OBEJETIVO..............................................................................................................................4
5.0-VISTORIA.................................................................................................................................4
6.0- DOCUMENTAÇÃO ANALISADA............................................................................................9
7.0- METOLOGIA...........................................................................................................................9
8.0- AVALIAÇÃO AMBIENTAL......................................................................................................9
9.0- DESCRIÇÃO DAS TIVIDADES.............................................................................................10
10.0- RISCOS OCUPACIONAIS...................................................................................................35
11.0-PESQUISAS DE INSALUBRIDADE ....................................................................................38
12.0- QUESITOS ..........................................................................................................................40
13.0- CONCLUSÃO .....................................................................................................................43
14.0- BIBLIOGRAFIA...................................................................................................................44
15.0-ANEXOS...............................................................................................................................45
16.0- CONSIDERAÇÕES FINAIS ..............................................................................................46
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1.0- PRELIMINARES
Segundo consta na inicial a autora é servidora pública do Estado do Rio
Grande do Norte, concursada e efetivada em 21/09/2009. Onde exerce o cargo de
fiscal agropecuário/médica veterinária no Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária
do RN – IDIARN.
Segundo a inicial, após processo administrativo, ocorrido em 2009, solicitando
o adicional de insalubridade, devido a exposição aos riscos químicos e biológicos
inerentes as suas atribuições, de forma que fora elaborado um laudo pela Comissão
Permanente de Avaliação Pericial – COPAPE, constatando que a Autora, no exercício
de suas atribuições, encontra-se exposta aos agentes químicos e biológicos nocivos à
sua saúde. No entanto, este mesmo laudo afirmou que a demandante está exposta de
forma eventual a tais agentes, não havendo direito a concessão ao adicional de
insalubridade.
Segundo a inicial, em novo requerimento, ano de 2015, em processo
administrativo de outra médica veterinária, o COPAPE entendeu pelo deferimento do
adicional de insalubridade em favor dos médicos veterinários. Assim, desde janeiro de
2016 a Requerente passou a perceber o adicional de insalubridade em seu grau
máximo.
Desta feita, segundo seu defensor, a requerente requer o prosseguimento do
feito no que condiz ao retroativo das parcelas vencidas desde sua posse no cargo,
porquanto o exerceu, sob as mesmas condições de ambiente de trabalho, tanto nas
atividades de rotina, quanto nas circunstanciais.
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2.0- INTERESSADO
Doutor Juízo de direito da 5º Vara da Fazenda Pública de Natal/RN, Autor e
Réu e ao final concluir.
3.0- OBJETO:
O objeto desta pericia foi o posto de trabalho da autora: Darcilene Maria Xavier
da Silva, no cargo de Fiscal Estadual Agropecuário Médico Veterinária do IDIARN sito
a Rua Aureliano Lobo, 874, Açu - RN, 59650-000.
4.0- OBJETIVO
O presente Levantamento Pericial, objetiva verificar e emitir laudo
técnico de insalubridade, a respeito das atividades laborais da autora: Darcilene
Maria Xavier da Silva, no cargo de Fiscal Estadual Agropecuário Médico Veterinária
do ULSAV/IDIARN, sito a Rua Aureliano Lobo, 874, Açu - RN, 59650-000, e concluir
se as atividades desenvolvidas fazem jus à percepção do adicional de insalubridade,
conforme os termos da Portaria 3.214/78 do MTb, a fim de embasar a decisão do
Juízo 1º Vara da Fazenda Pública da Comarca de Natal/RN.
5.0- VISTORIA REALIZADA

A vistoria foi realizada no dia 10 de setembro de 2021, às 10:00 hrs, na sede
da ULSAV/IDIARN – Açu/RN, sito a Rua Aureliano Lobo, 874, Açu - RN, 59650-000.
Estiveram presentes na conferência o Perito do Juízo Engº Civil/Segurança Telino
Cabral Pinheiro, a autora: Maria Xavier da Silva, no momento a sua chefia da
Unidade Local de Sanidade Agrícola e Vegetal, a Sra. Talyana Kadja de Melo -
Matricula 210.663-9, não estava presente, mas por telefone ficou à disposição para
responder caso necessário, de pronto lhe falei que iria passar um email solicitando a
documento assinado das confirmação da autora, como também documentos em
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relação a política prevencionista em relação a segurança em saúde dos funcionários,

conforme legislação vigentes, caso existente na unidade.
Na oportunidade solicitei a autora, que narrasse seu labor:
Narra a autora quando em diligência fica exposta aos riscos químicos e
biológicos. De forma habitual quando estão fiscalizando plantações devido a usos
indevidos de agrotóxicos ou quando em diligência em fazendas com registros de
animais doentes.
Segundo a autora, sua rotina varia em relação as situações sanitárias do
estado em relação ao rebanho bovino, suíno, equino, aviários... ou seja de todas as
espécies animais e vegetais dentro da jurisdição do escritório de açu. Segundo a
autora, quando o IDIARN é notificado quanto à suspeita de animais acometidos com
alguma doença de notificação obrigatória, dentro da jurisdição do escritório de Açu ou
em cidades vizinhas, saímos em diligência à propriedade. De forma que, conforme
exames clínicos no rebanho, por amostragem, conforme procedimentos
administrativos, é colhido sangue e/ou saliva, para confirmar ou descartar a suspeita,
dependo de certas ocasiões, segundo narra a autora: ...já encontramos o animal
morto e para investigação recolhemos material biológico de certas partes do animal
desde o celebro a demais órgãos conforme sintomas apresentados..., para serem
processados em laboratório. Na condição do animal morto descartamos o animal,
queimando em covas rasas para eliminar os resíduos.
Nas diligências, a autora narra, que são lavrados autos de Interdição e
realizados acompanhamentos na propriedade (desde o controle de entrada e saída de
veículos) como são realizados exames clínicos dos animais diariamente. Nos exames
são coletadas amostras biológicas (soro, sangue, swabs, lesões, tecidos, entre
outros) para análises laboratoriais. Estas coletas de amostras, e realização de
necropsias são realizadas exclusivamente pelos Fiscais Estaduais Agropecuários do
IDIARN. Ressaltando, que além da coleta de sangue, todo o processamento das
amostras em soro para envio aos laboratórios oficiais do MAPA é realizado pelos
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próprios técnicos, sendo muitas vezes realizado no próprio escritório administrativo

sem estrutura laboratorial adequada. Perguntado a autora como era a política
prevencionista de segurança e saúde do ULSAV/IDIARN_AÇU, esta respondeu que
não é atuante ou desconhece, porque só recebeu treinamentos na época da sua
contratação e não mais, em relação aos EPI’s, quando na existência de surto e
precisa de investigação os fiscais requisitam estes (EPI’s) a secretaria do IDIARN do
estado e ficam no aguardo, de forma, segundo narra a autora, muitas vezes não são
atendidas e que as diligências tem que ser realizadas assim mesmo. Muitas
diligências não acontecem, por deficiência de EPI’s/materiais, ou por condições do
veículo, que devido as estradas carroçáveis não conseguem trafegar.
Segundo a autora, após resultados dos exames, os animais soropositivos
para as diversas doenças de notificação obrigatória, como AIE, Mormo, Brucelose e
Tuberculose, Influenza Aviária, Peste Suína, Aftosa e outras, são sacrificados, sendo
os veterinários da área de abrangência – IDIARN - que realizam a eutanásia e
destruição dos cadáveres, de acordo com as Instruções Normativas e Portarias
Federais vigentes para o controle e erradicação de cada doença (detalhes de cada
Programa de Sanidade Animal disponível no site do MAPA).
Segundo a autora, para a investigação e monitoramento das aves
migratórias, no caso da Influenza Aviária e doença de Newcastle nos municípios de
Galinhos e Barra de Cunhaú, que acontecem anualmente, mesmo não sendo da
jurisdição do escritório de Açu, mas devido a demanda e número insuficiente de
fiscais veterinários, nos deslocamos para atender, de forma que realizamos coletas de
sangue e SWABs cloacal e traqueal para envio ao LANAGRO. Também realizamos
fiscalização do trânsito de animais e produtos/subprodutos de origem animal, em
barreiras nas rodovias estaduais com o sem apoio da polícia rodoviária, na qual
solicitamos a parada de veículos para verificar a documentação de transporte animal
(Guia de Trânsito Animal) e demais documentos zoossanitários e, se for preciso,
também o exame clínico dos animais, bem como as condições de acondicionamento
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dos produtos de origem animal. O controle do trânsito é realizado também no acesso

de propriedades interditadas com animais suspeitos de alguma doença de notificação
obrigatória, sendo que os veículos que saem e entram na propriedade são
desinfetados com solução de Biocid. A fiscalização de eventos agropecuários, com o
controle do acesso dos animais e a averiguação da documentação zoossanitária
obrigatória também são nossas atribuições.
A autora, continua sua narrativa: são inúmeros os riscos à saúde as quais
esta exposta no seu labor, mesmo que de forma intermitente mas ao longo de toda
sua vida profissional, segundo suas atribuições, estando na frente de combate a
fiscalização dos rebanhos bovinos, equinos, aviários, suínos... conta também,
conforme afere o Serviço Estadual de Inspeção de Produtos de Origem Animal, que
tem como prerrogativa a fiscalização, sob o ponto de vista industrial, artesanal e
sanitário, de todos os produtos de origem animal, comestíveis e não comestíveis,
adicionados ou não de produtos vegetais, que sejam preparados, transformados,
manipulados, recebidos, acondicionados ou depositados no território do Estado, ou
que por ele transitem, conforme o artigo 1º da Lei Estadual nº 6.270, de 12 de março
de 1992.
A fiscalização realiza-se nos abatedouros públicos e privados e em
estabelecimentos industriais especializados e artesanais; nos entrepostos de
recebimento e distribuição do pescado e nas fábricas que o industrializem; nas usinas
de beneficiamento de leite, nas fábricas de laticínios, nas queijarias, nos postos de
recebimento e refrigeração do leite ou de recebimento, refrigeração e manipulação de
seus derivados, e nos respectivos entrepostos; nos entrepostos de ovos e nas
fábricas de produtos e derivados; e nos entrepostos que, de modo geral, recebem,
manipulam, armazenam, conservam ou acondicionam produtos de origem animal.
Na inspeção de produtos de origem animal são fiscalizados
estabelecimentos registrados e clandestinos (com destaque para o abate
clandestino, na qual muitas vezes o atendimento é realizado sem o
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acompanhamento policial) para avaliação das condições higiênico-sanitárias e

estruturais. São realizados atendimentos a denúncias, a solicitação de Ministério
Público (sobretudo abate clandestino), a pleitos de vistorias para registros, apreensão
e destruição de produtos fraudados ou em condições sanitárias inadequadas. De
forma que descarte é realizado por nós que estamos a frente em aterros sanitários,
autuação e interdição de estabelecimentos irregulares, coleta de amostra de leite e
outros produtos para análise fiscal. Neste tipo de fiscalização além dos riscos
sanitários ainda sofremos o risco de injúria moral e física.
Segundo a autora, esta adentra em câmaras frias, estando a temperatura
ambiente 30º e passamos as câmaras frias com temperaturas que oscilam de -15º C
a 4º C, sem proteção, ficando exposta entre outros riscos, ao choque término, que
pode desencadear várias patologias, conforme nossa condição física. Nesta ocasião
são preenchidos o termo de coleta e realizado separação das amostras para o envio
ao laboratório.
Segundo a autora:
“Todos os Fiscais Estaduais Agropecuários que atuam na Área Animal
laboram em condições insalubres de trabalho, haja vista desenvolverem atividades
intermitentes com exposição a agentes nocivos de natureza biológica
(microrganismos patogênicos), em função do contato direto com animais doentes,
além de ingresso em ambientes insalubres. Ressalta-se que em grande parte dos
atendimentos os Fiscais Estaduais Agropecuários não possuem à sua disposição os
Equipamentos de Proteção Individual necessários para realização da atividade com
segurança.
A exposição aqui ocorre de forma obrigatória, por força do próprio
cumprimento do contrato de trabalho. Não há como evitar, portanto, “o local
insalubre”.
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6.0 – DOCUMENTAÇÃO ANALISADA

A documentação utilizada na elaboração desse trabalho técnico foi retirada,
dos autos do processo em epígrafe, entrevista a autora, e documentos requisitados as
partes.
7.0- METODOLOGIA
A metodologia utilizada nesta perícia consiste em analisar qualitativamente as
condições insalubres no desenvolvimento das atividades laborais da Sra. Darcilene
Maria Xavier da Silva, que exerce seu cargo de Fiscal Estadual Agropecuário Médico
Veterinária do ULSAV/IDIARN, sito a Rua Aureliano Lobo, 874, Açu - RN, 59650-000.
Observando o disposto da Portaria 3.214/78 do MTb, que aprova as NR’S e
regulamenta o Capítulo V do Título II da Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT,
relativas à Segurança e Medicina do Trabalho e o artigo 190, que diz a obrigatoriedade
da notificação das doenças profissionais, produzidas pelo trabalho ou em consequência
do trabalho nas atividades insalubres.
Analisar a documentação apresentada pela empresa embasando-se na Nr 15,
que regulariza as atividades e operações insalubres com observância aos seus
anexos. Utilizando-se do artigo 429 do CPC, para formulação técnica da prova, como
também fazer uso de pesquisas na literatura a respeito do assunto.
8.0- AVALIAÇÃO AMBIENTAL

A avaliação ambiental foi realizada utilizando-se o Método da Avaliação
qualitativa, em conformidade com o disposto na Portaria nº 3. 214 de 22 de junho de
1978 que a provou as NR – Normas Regulamentadoras, e da CLT – Consolidação
das Leis do Trabalho, ambos amparados pela nossa Carta Magna, CF/88.
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8.1- MÉTODO QUALITATIVO

A avaliação qualitativa foi realizada com uma inspeção in loco da qualidade do
ambiente de trabalho da autora, analisando a prova material de sua autoria, realizada
nas suas diligências de campo conforme suas atribuições e demais fiscais, na região
de Açu e/ou cidades conforme determinação de seus superiores. Levando em
consideração a higiene ocupacional, métodos de trabalho, meios operacionais,
detalhando as condições físicas de iluminação, ventilação e riscos físicos, inerentes as
atividades individuais e ao coletivo.
Para ajudar no entendimento dos processos e esclarecimentos de dúvidas
foram tomados depoimentos dos funcionários presentes no momento da diligência
caso necessário. Confrontando as informações com o disposto nas Normas
Regulamentadoras – NR’S que juntos ajudaram no resultado conclusivo deste laudo
pericial.
9.0- DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES

Eu, DARCILENE MARIA XAVIER DA SILVA, Médica Veterinária, Servidora
Pública do Estado do Rio Grande do Norte, desde 22/12/2009, exercendo o Cargo de
FISCAL ESTADUAL AGROPECUÁRIO/MÉDICA VETERINÁRIA no Instituto de
Defesa e Inspeção Agropecuária do RN -IDIARN, venho através desde relatar as
atividades de rotina de campo que são realizadas em decorrência do cargo ocupado,
sendo embasado pelo Artigo 77º da Lei Complementar nº 122, de 30 de junho de
1994.
O IDIARN foi criado em 2006 através da Lei Complementar nº 324 de 29 de março de
2006. Nesta lei foi criado o Cargo de Fiscal Estadual Agropecuário/Médico
Veterinário, bem como as suas atribuições. Segundo o artigo 16 da referida lei, são
competências do Fiscal Estadual Agropecuário:
I - Executar a defesa sanitária animal e vegetal;
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II - Exercer a inspeção sanitária dos produtos e subprodutos de origem animal e

vegetal;
III - fiscalizar o transporte, armazenamento, comércio e beneficiamento de produtos e
subprodutos de origem animal e vegetal;
IV - Aplicar as sanções administrativas, lavrando auto de infração, bem como de
apreensão e interdição, respectivamente, de produtos e estabelecimentos, quando
constatado o descumprimento de obrigação legal relacionada com as atribuições
descritas neste artigo e na legislação pertinente;
V - Controlar a produção, comércio, uso, armazenamento, transporte interno e o
destino final de embalagens e resíduos de agrotóxicos, seus componentes e afins;
VI - Fiscalizar e assegurar a idoneidade dos insumos e serviços utilizados na
agropecuária, além dos produtos destinados ao uso veterinário; e
VII - classificar e padronizar, tecnicamente, os produtos e subprodutos de origem
vegetal.
As Medidas de Defesa Sanitária Animal previstas no Decreto Estadual nº 15.316, de
16 de fevereiro 2001, e que são executadas pelo Fiscal Estadual
Agropecuário/Médico Veterinário, são:
I – Vacinações;
II – Exames laboratoriais;
III – Alergo-testes;
IV – Identificação e isolamento de animais;
V – Abate sanitário de animais com aproveitamento total ou parcial de carcaças,
couros e vísceras;
VI – Sacrifício de animais, com destruição de seus cadáveres;
VII – Proibição da participação de animais em exposições agropecuárias,
competições e outros eventos pecuários, a qualquer título;
VIII – Proibição do trânsito e da movimentação de animais, seus produtos e
subprodutos;
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IX – Proibição do comércio de animais, seus produtos e subprodutos;

X – Proibição do comércio e do trânsito de material biológico;
XI – Higiene, limpeza e desinfecção de veículos e instalações;
XII – Esterilização de objetos, de materiais e de fômite;
XIII – Interdição temporária de propriedades;
XIV – Interdição temporária de áreas geográficas do Estado;
XV – Interdição temporária de estabelecimento comercial de produtos para uso na
pecuária;
XVI – Proibição do comércio de produtos para uso na pecuária;
XVII –Interdição temporária dos recintos destinados a exposições e feiras
agropecuárias, rodeios, cavalhadas, hípicas, centrais de coleta de sêmen e embriões,
estabelecimentos de leilões e de outros que, concentrem animais a qualquer título;
XVIII – Eliminação de vetores e reservatórios;
XIX – Apreensão de produtos e subprodutos de origem animal e de materiais
biológicos, com destruição sumária;
XX – Vigilância epidemiológica;
XXI – Controle do trânsito e movimentação de animais, de seus produtos e
subprodutos e de materiais biológicos;
XXII – Proibição do ingresso e trânsito, no território Norte-Riograndense, de animais,
seus produtos e subprodutos e de materiais biológicos procedentes de outros Estados
da Federação onde ocorram doenças que possam colocar sob risco o rebanho do
Estado;
XXIII – Interdição temporária de estabelecimentos abatedores de animais, laticinistas
e congêneres;
XXIV – Interdição temporária de granjas de aves e de suínos;
XXV – Biossegurança;
XXVI – Vigilância sanitária;
XXVII – Interdição de incubatórios;
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XXVIII – Controle de insumos e de imunobiológicos;

XXIX – Quimioprofilaxia;
XXX – Sacrifício de portadores com destruição de seus cadáveres;
XXXI – Apreensão e destruição de materiais para diagnósticos laboratoriais em
condições inadequadas de transportes, que possam causar riscos de propagação de
doenças;
XXXII – Introdução de animais sentinelas;
XXXIII – Declaração de zona infectada, de segurança e tampão;
XXXIV – Apreensão e abate sanitário de animais oriundos de áreas interditadas pela
SAPE, interceptados em trânsito, ainda que o seu transporte esteja acobertado de
documento zoossanitário;
XXXV – apreensão e sacrifício sumário de animais oriundos de foco e área perifocal,
com destruição de seus cadáveres, ainda que acobertados de documentos
zoossanitários;
XXXVI – apreensão de produtos e subprodutos de origem animal e de material
biológico, oriundos de áreas interditadas pela SAPE, com destruição sumária, ainda
que o seu transporte esteja acobertado por documento zoossanitário;
XXXVII – instituição de corredores sanitários.
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9.1- DECLARAÇÃO DA CHEFIA DA ULSAV DE ASSÚ:
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9.2-REGISTRO DOCUMENTOS DILIGÊNCIAS DA AUTORA:
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9.2- REGISTRO AMBIENTE DE TRABALHO

Sede unidade USAV-Assú
9.2.1-Arquivo da autora, com registro das diligências em campo:

9.2.1.1-Amostras recolhidas em campo, trazidas ao escritório, sendo manipuladas em
laboratório em Mossoró-RN: Fotos da sorologia que ocorreu em 2013 para mudança
de status de risco médio para livre com vacinação para Febre Aftosa que ocorreu em
todo o Estado RN.
Fotos em campo: Assú, São Rafael, Jucurutu.
Trabalho no laboratório em Mossoró para centrifugação e acondicionamento das
amostras que foram encaminhadas ao laboratório oficial.
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9.2.1.2- Para chegar as propriedades travessia da barragem através de canoa

sem condições mínimas de segurança para fiscalizar a propriedade do outro
lado em rio, como também riscos enfrentados nas diligências, devido a situação
precária do veículo: “...carro com estepe ruim e ficamos na estrada tentando
retornar em pleno sol do meio dia mas concluímos o trabalho.”
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9.2.1.3- Diligências em Pocilgas:
9.2.1.4- Diligências, preparação das vacinas:
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9.2.1.5- Demais diligências em campo:
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10- RISCOS OCUPACIONAIS:

10.1- FÍSICOS: RUÍDO; CALOR
10.1.1- RUÍDO:
Entende-se por Ruído Contínuo ou Intermitente, para os fins de aplicação de
Limites de Tolerância, o ruído que não seja ruído de impacto.
De acordo com a NR 15 – Anexo I, o limite de tolerância para ruído continuo ou
intermitente é de 85 DB, para uma jornada de 8 hrs de trabalho.
10.1.2- CALOR:
Calor é o termo associado à transferência de energia térmica de um sistema a
outro - ou entre partes de um mesmo sistema - exclusivamente em virtude da
diferença de temperatura entre eles.
De acordo com a NR 3 CALOR – Quadro I – Tipo de Atividade – Regime de Trabalho
Intermitente com descanso no próprio local de trabalho (por hora), sendo a atividade
moderada a jornada de trabalho com 08 hrs diárias é permitida em ambientes até
26,7º C.
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10.1.3- ACIDENTES:
De acordo com a NR 5 (CIPA-COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE
ACIDENTE), a empresa deve ter como objetivo a prevenção de acidentes e doenças
decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho
com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador.
10.1.4- QUIMICOS:
São substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo
do trabalhador pela via respiratória, ter contato ou ser absorvidas pelo organismo
através da pele ou por ingestão.
São empregados também como soluções medicamentosas (drogas
quimioterápicas, psicotrópicos, gases medicinais, etc.).
De acordo com a NR 7 a empresa deve estabelecer a elaboração e
implementação do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO,
com o objetivo de promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus
trabalhadores.
O SESMT do IDIARN deverá possuir a ficha de segurança de cada produto que
utilizado, sendo obtido por meio de exigências e avaliações feitas antes da opção de
compra. Deste modo, todos os produtos químicos e seus riscos podem ser conhecidos
pelos profissionais da área de segurança, permitindo que adequadas medidas de
controle possam ser adotadas.
10.1.5- BIOLÓGICOS:
Bactérias, vírus, fungos, protozoários, bacilos e parasitas são exemplos de
agentes de risco biológico. Nas condições observadas são diversas as fontes de
contaminação por agentes biológicos, em especial o contato das mãos com os olhos
ou a boca, feridas na pele exposta e possibilidade de perfuração cutânea.
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De acordo com a NR 15, Anexo 14, a relação das atividades que envolvem
agentes biológicos, cuja insalubridade é caracterizada pela avaliação qualitativa.
Insalubridade de grau máximo Trabalho ou operações, em contato permanente com:
• carnes, glândulas, vísceras, sangue, ossos, couros, pêlos e dejeções de
animais portadores de doenças infectocontagiosas (carbunculose, brucelose,
tuberculose);
10.1.6- Sobre a NR 32:

Em 2002, o então Ministério do Trabalho e Emprego constituiu um Grupo
Técnico (GT), que elaborou o texto básico sobre o tema segurança e saúde no
trabalho em serviços de saúde NR-32, em conformidade com os procedimentos
para elaboração de normas na área da segurança e saúde no trabalho
previstos na Portaria MTb nº 393, de 09 de abril de 1996. Desde então passou
por reformas e mudanças sendo a última concretizada em 04 e 05 de junho de
2019.
A norma NR 32 estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de
medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores, dos serviços de
saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à
saúde em geral.
A norma aperfeiçoou o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA),
previsto na Norma Regulamentadora nº 09 (NR-9), e o Programa de Controle Médico
de Saúde Ocupacional (PCMSO), previsto na Norma Regulamentadora nº 07 (NR-7),
devido à importância e as peculiaridades da exposição aos riscos biológicos, químicos
e radiações ionizantes nos serviços de saúde.
Como norma setorial, conforme classificação estabelecida pela Portaria SIT n°
787, de 28 de novembro de 2018, os aspectos de segurança e saúde no trabalho
abordados nas demais normas regulamentadoras gerais e especiais e não
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_____________________________________________________________________________________________
especificados na NR-32 também devem ser cumpridos. Por exemplo, a existência de

vasos de pressão (autoclaves) e caldeiras é muito comum nos serviços de saúde e,
portanto, para esses equipamentos, devem ser atendidas as exigências estabelecidas
na Norma Regulamentadora nº 13 (NR-13) – Caldeiras, vasos de pressão, tubulações
e tanques metálicos de armazenamento.
Outros temas igualmente relevantes são abordados na norma, como resíduos
(inclusive, os materiais perfuro cortantes, que causam tantos acidentes do trabalho),
condições de conforto por ocasião das refeições, lavanderias, serviços de limpeza e
conservação, manutenção de máquinas e equipamentos, condições ambientais
(ruído, iluminação, conforto térmico) e ergonomia.
11.0-PESQUISAS DE INSALUBRIDADE:
A política Prevencionista de Higiene e Saúde do Trabalhador, conforme a lei

Lei n.º 6.514, de 22 de Dezembro de 1977, que aprova as NR's - do Capítulo V, Título
II, da Consolidação das Leis do Trabalho, devendo esta ser de obrigatoriedade do
órgão gestor seja ele público ou privado, relativas à Segurança e Medicina do
Trabalho:
1.2 Campo de aplicação, em destaque a obrigatoriedade dos órgãos públicos:
..."1.2.1.1 As NR são de observância obrigatória pelas organizações e pelos órgãos públicos da
administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos Poderes Legislativo, Judiciário e
Ministério Público, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho -
CLT.." :
11.1- RUÍDO:
Não foram evidenciados riscos no labor da autora.
11.2- CALOR:
Foram evidenciados riscos no labor da autora.
38
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
11.3- QUIMICO:
Não fora evidenciado, níveis acima dos estabelecidos.
11.4- BIOLÓGICOS
Fica evidenciado na diligência o risco Biológico, sendo estes constatados nas
atribuições realizadas pela autora em suas diligências. Quando em suas atribuições
entra em contato físico com os animais, ao executar exames clínicos, coletando
amostras e/ou em sacrifícios destes. Sendo os animais vetores potenciais de
doenças de notificação obrigatória, como: febre aftosa (zoonose), estomatite
vesicular, raiva (zoonose fatal), pseudo- raiva (Doença de Aujesky), tuberculose
(zoonose), carbúnculo hemático (zoonose fatal), brucelose (zoonose) , garrotilho,
encefalomielite equina, peste suína clássica, linfadenite caseosa, ectima contagioso
(zoonose), língua azul, artrite encefalite caprina, micoplasmose, mixomatose e
encefalite, rinite atrófica, mormo (zoonose), febre catarral maligna, anemia infecciosa
equina, Newcastle (zoonose), salmonelose (zoonose), micoplasmose, cólera aviária,
influenza aviária (zoonose fatal), leptospirose (zoonose), dentre outras previstas no
manual da OIE (Organização Mundial de Saúde Animal. Embora as diligencias sejam
intermitentes, o risco se torna eminente, segundo informações da própria autora,
quanto às zoonoses de caráter fatal, em apenas uma única exposição através de
acidente ou falha do Equipamento de Proteção Individual (EPI) pode resultar em
contaminação do profissional e este vir a óbito.
Ademais, é de obrigatoriedade do Gestor público ou privado implantar e manter
eficaz uma política prevencionista de Segurança em Higiene Ocupacional aliada a
Saúde do Trabalhador, estando a ULSAV/IDIARN-ASSÚ em desconformidade,
perante a legislação, conforme a lei Lei n.º 6.514, não apresentando os programas,
documentos administrativos da política prevencionista e/ou sem atuação comprovada:
(CIPA, PPRA, PCMSO, PCMAT). Desta feita fica potencializada os riscos
39
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evidenciados na diligência nas atribuições da autora, por atuar sem monitoramento,

EPI’s adequados, treinamentos, em relação a sua segurança.
Ademais conforme NR 15 Anexo 14- Riscos Biológicos: é de obrigatoriedade o
adicional de Insalubridade máximo aos profissionais em contato permanente:
“- carnes, glândulas, vísceras, sangue, ossos, couros, pêlos e dejeções de animais portadores de
doenças infectocontagiosas (carbunculose, brucelose, tuberculose);”
Segundo Giovane Morais de Araújo, em seu livro Perícias e Avaliações de

Ruído e Calor, ele faz menção a Insalubridade, dizendo o seguinte:
“Destaca-se que o adicional de Insalubridade foi criado para penalizar o empregador pelo
descaso às ações preventivas. Por isso, ele não é um bônus, tão pouco deveria ser eterno. Não
foi intenção do legislador, ao elaborar o texto legal, perpetuar o pagamento do adicional de
insalubridade. Se este fosse o caso, estaria, o legislador, incentivando o descaso e
desestimulando a adoção de medidas preventivas, que elevam os padrões mínimos de
segurança no ambiente de trabalho, garantem a integridade física e preservam a saúde dos
trabalhadores envolvidos com atividades e operações perigosas.”
No entanto havendo o descaso do gestor, sendo evidenciado o risco biológico
conforme diligência, provas retiradas dos autos e depoimento da autora, o ambiente
em que a autora labora é insalubre, com exposição ao risco biológicos.
12.0- QUESITOS:
12.1- Quesitos do Juiz:
A-Quais as espécies de atividades desempenhadas pela parte autora no exercício
das atribuições inerentes ao cargo público que ocupa?
Resposta: Em entrevista com a autora e evidenciado através de documentos
apresentados, e confirmadas pela chefia da ULSAV/IDIARN-ASSÙ, são as seguintes
as atividades desempenhadas, segundo suas atribuições:
• Atendimento de doenças de notificação obrigatória sendo várias delas
zoonoses como a raiva (zoonose fatal), febre aftosa, tuberculose, brucelose, ectima
contagioso, mormo, Newcastle, salmonelose, influenza aviária (zoonose fatal), dentre
outras doenças prevista no manual da OIE (Organização Mundial de Saúde Animal);
40
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
• Exame clínico, necropsia, coleta de amostras biológicas (encéfalo, tecidos,

vísceras, órgãos, soro, sangue, swabs entre outros) de animais suspeitos de doenças
de notificação obrigatória, assim como todo o processamento das amostras para
serem enviadas aos laboratórios oficiais;
• Realização do sacrifico de animais soropositivos para diversas doenças
(Mormo, AIE, Brucelose, tuberculose entre outras) assim como a destruição dos
cadáveres, interdição e saneamento das propriedades;
• Vacinação assistida contra Febre Aftosa de produtores selecionados e
inadimplentes e nos casos que ocorram focos para controle, prevenção e erradicação
de uma doença como foi no caso da peste suína clássica;
• Fiscalização das vacinas que serão vendidas aos produtores nas revendas e
apreensão das impróprias para comercialização;
• Vigilância ativa nas propriedades para averiguar ocorrências de doenças;
• Fiscalização de trânsito de animais e produtos/subprodutos de origem animal,
para verificar a documentação de transporte animal (Guia de Trânsito Animal) e
demais documentos zoossanitários nas rodovias do Estado e, se for preciso, também
o exame clínico dos animais, bem como as condições de acondicionamento dos
produtos de origem animal.
• A fiscalização de eventos agropecuários, com o controle do acesso dos
animais, verificação da sanidade dos mesmos e a averiguação da documentação
zoossanitários obrigatória.
• Fiscalização de estabelecimentos registrados e clandestinos (com destaque
para o abate clandestino, na qual muitas vezes o atendimento é realizado sem o
acompanhamento policial) para avaliação das condições higiênico-sanitárias e
estruturais.
• São realizados atendimentos a denúncias, a solicitação de Ministério Público
(sobretudo abate clandestino), a pleitos de vistorias para registros, apreensão e
destruição de produtos fraudados ou em condições sanitárias inadequadas (o
descarte é realizado pelos próprios Fiscais em aterros sanitários), autuação e
interdição de estabelecimentos irregulares, coleta de amostra de leite e outros
produtos para análise fiscal.
• Lembrando que estamos à mercê de eventos imprevisíveis em campo de
trabalho (animais de grande porte se não for contido corretamente poderá nos causar
um acidente, risco com agulhas e seringas podendo ocorrer uma contaminação entre
outros).
41
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
b) Durante a prática dessas atividades, a parte demandante é habitualmente exposta

a algum dos agentes nocivos elencados nos anexos da Norma Regulamentadora nº
15, editada pelo Ministério do Trabalho? Se sim, identificar o(s) agente(s)
causador(es) do risco à saúde, descrevendo-o(s) em conformidade com o disposto na
referida norma; bem ainda esclarecer como e com que frequência a respectiva
exposição ocorre.
Resposta: Sim. Conforme NR 15 Anexo 14 - Agentes Biológicos:
é de devido o adicional de Insalubridade máximo aos profissionais em contato
permanente:
“- carnes, glândulas, vísceras, sangue, ossos, couros, pêlos e dejeções de animais
portadores de doenças infectocontagiosas (carbunculose, brucelose, tuberculose);”
No seu labor, mesmo que de forma intermitente, mas agravada pelo
descumprimento do gestor público em não apresentar documentos administrativos da
política prevencionista mínima (NR 9 – PPRA; NR 7 PCMSO), de forma que a autora
labora sem controle, sem monitoramento, em relação a sua segurança e saúde.
Desta feita fica constatado ambiente insalubre, pelo descaso do gestor público
em relação a legislação, conforme o disposto da Portaria 3.214/78 do MTb, que
aprova as NR’S e regulamenta o Capítulo V do Título II da Consolidação das Leis
Trabalhistas – CLT, relativas à Segurança e Medicina do Trabalho. A autora fica
exposta ao risco biológico sem controle e monitoramento, quando em suas atribuições
executa: exames clínicos, necropsia, coleta de amostras biológicas encéfalo, tecidos,
vísceras, órgãos, soro, sangue, swabs), processamento de amostras, vacinações em
campo, fiscalização de vacina, fiscalização em transito e em propriedades, pocilgas,
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_____________________________________________________________________________________________
atendimento a doenças de notificação obrigatórias (zoonoses), inspeção de produtos

e subprodutos de origem animal e destruição dos mesmos.
C- Constata-se insalubridade no ambiente de trabalho analisado? Se sim, em qual

grau? É possível eliminá-la ou neutralizá-la? Em caso positivo, como?
Sim, conforme NR 15 -Anexo 14 Agentes Biológicos:
Em destaque:
“Relação das atividades que envolvem agentes biológicos, cuja insalubridade é
caracterizada pela avaliação qualitativa. Insalubridade de grau máximo (40%)
Trabalho ou operações, em contato permanente com:
“...:
- carnes, glândulas, vísceras, sangue, ossos, couros, pêlos e dejeções de animais
portadores de doenças infectocontagiosas (carbunculose, brucelose, tuberculose);..
Nas atribuições da autora, um único contato já a coloca em risco, mesmo que esta
desenvolva suas atribuições de forma intermitente, suas atividades a expõe ao risco
eminente, não havendo uma política prevencionista por parte do gestor público,
conforme a Portaria 3.214/78 do MTb, que aprova as NR’S e regulamenta o Capítulo
V do Título II da Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT, relativas à Segurança e
Medicina do Trabalho: NR 5-CIPA; NBR 4 SESMT; NBR 6-EPI´s; NBR 7- PCMSO;
NBR 9 – PPRA. O ambiente em que a autora labora é insalubre.
12.2- Quesitos parte Autora/ parte Ré:

Não foram apresentados quesitos das partes.
13.0- CONCLUSÃO:
Após análise detalhada e criteriosa sobre os resultados colhidos durante a

diligência e provas acostadas nos autos e/ou apresentados pelas partes, constata-se
que a reclamante no seu labor diário, no cargo de Fiscal Estadual Agropecuário
Médico Veterinária do ALSAV/IDIARN-ASSÙ, tendo como base de apoio o escritório
sito a Rua Aureliano Lobo, 874, Açu - RN, 59650-000, fica exposta ao riscos
biológicas em suas atribuições, de forma habitual, sendo está agravada pela
43
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
negligência do gestor público, por não apresentar documentos administrativos, que

sejam mínimos, em relação política prevencionista de segurança em saúde do
trabalhador.
Desta feita a autora a Sra. Darcilene maria Xavier da Silva, labora em ambiente
insalubre na presença dos riscos biológicos, desde sua contratação aos dias de hoje,
desta feita tem o percentual ao adicional de insalubridade de 40% acrescidos ao
salário.
14.0- BIBLIOGRAFIA:
NBR 13.752:1996 - PERÍCIAS DE ENGENHARIA NA CONSTRUÇÃO CIVIL;

NR 15 E ANEXOS (1- RUÍDO; 3- CALOR; 11- AGENTES QUIMICOS; ANEXO 14 –
RISCOS BILÓGICOS);
NR 5 - COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES – CIPA;
NR 9- PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS-PPRA;
NR 7-PROGRAMA DE CONTROLE MEDICO DE SAUDE OCUPACIONAL-PCMSO;
NR 32- DIRETRIZES BÁSICAS PARA A IMPLEMENTAÇÃO DE MEDIDAS DE
PROTEÇÃO À SEGURANÇA E A SAÚDE DOS TRABALHADORES EM SERVIÇOS
DE SAÚDE;
PORTARIA Nº 3.214, DE 8 DE JUNHO DE 1978.
MANUAL NACIONAL DO SISTEMA ZOOSSANITÁRIA-MINISTERIOR DA
AGRICULTURA E AGROPECÁRIA-
https://www.aged.ma.gov.br/sanidade-dos-suideos-pnss/
44
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
15.0- ANEXOS:
15.1- Email Solicitação Documentos, em relação a politica prevencionista
conforme legislação:
45
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
16.0- CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nada mais havendo a esclarecer, o signatário dá por encerrado o presente

trabalho pericial que consta de 46 (quarenta e seis) folhas digitadas, sendo a última
datada e assinada.
Natal/RN,27 de setembro de 2021.
_______________________________
Engenheiro Civil Engenheiro de Segurança
CREA/RN Nº. 210.248.669-9
46
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
47
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
48
_____________________________________________________________________________________________

Laudo Insalubridade Darcilene

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ENGENHARIA, AVALIAÇÕES E PERÍCIAS

TELINO CABRAL PINHEIRO

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 5º VARA DA

TELINO CABRAL PINHEIRO, engenheiro civil, perito

LAUDO TECNICO PERICIAL

1.0- PRELIMINARES ..................................................................................................................... 3

6.0- DOCUMENTAÇÃO ANALISADA............................................................................................9

8.0- AVALIAÇÃO AMBIENTAL......................................................................................................9

9.0- DESCRIÇÃO DAS TIVIDADES.............................................................................................10

10.0- RISCOS OCUPACIONAIS...................................................................................................35

11.0-PESQUISAS DE INSALUBRIDADE ....................................................................................38

12.0- QUESITOS ..........................................................................................................................40

13.0- CONCLUSÃO .....................................................................................................................43

16.0- CONSIDERAÇÕES FINAIS ..............................................................................................46

5.0- VISTORIA REALIZADA

relação a política prevencionista em relação a segurança em saúde dos funcionários,

próprios técnicos, sendo muitas vezes realizado no próprio escritório administrativo

dos produtos de origem animal. O controle do trânsito é realizado também no acesso

acompanhamento policial) para avaliação das condições higiênico-sanitárias e

6.0 – DOCUMENTAÇÃO ANALISADA

8.0- AVALIAÇÃO AMBIENTAL

8.1- MÉTODO QUALITATIVO

9.0- DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES

II - Exercer a inspeção sanitária dos produtos e subprodutos de origem animal e

IX – Proibição do comércio de animais, seus produtos e subprodutos;

XXVIII – Controle de insumos e de imunobiológicos;

9.1- DECLARAÇÃO DA CHEFIA DA ULSAV DE ASSÚ:

9.2-REGISTRO DOCUMENTOS DILIGÊNCIAS DA AUTORA:

9.2- REGISTRO AMBIENTE DE TRABALHO

9.2.1-Arquivo da autora, com registro das diligências em campo:

9.2.1.2- Para chegar as propriedades travessia da barragem através de canoa

9.2.1.3- Diligências em Pocilgas:

9.2.1.4- Diligências, preparação das vacinas:

9.2.1.5- Demais diligências em campo:

10- RISCOS OCUPACIONAIS:

10.1.6- Sobre a NR 32:

especificados na NR-32 também devem ser cumpridos. Por exemplo, a existência de

A política Prevencionista de Higiene e Saúde do Trabalhador, conforme a lei

Não foram evidenciados riscos no labor da autora.

Foram evidenciados riscos no labor da autora.

evidenciados na diligência nas atribuições da autora, por atuar sem monitoramento,

Segundo Giovane Morais de Araújo, em seu livro Perícias e Avaliações de

• Exame clínico, necropsia, coleta de amostras biológicas (encéfalo, tecidos,

b) Durante a prática dessas atividades, a parte demandante é habitualmente exposta

atendimento a doenças de notificação obrigatórias (zoonoses), inspeção de produtos

C- Constata-se insalubridade no ambiente de trabalho analisado? Se sim, em qual

12.2- Quesitos parte Autora/ parte Ré:

Após análise detalhada e criteriosa sobre os resultados colhidos durante a

negligência do gestor público, por não apresentar documentos administrativos, que

NBR 13.752:1996 - PERÍCIAS DE ENGENHARIA NA CONSTRUÇÃO CIVIL;

16.0- CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nada mais havendo a esclarecer, o signatário dá por encerrado o presente

Natal/RN,27 de setembro de 2021.

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