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10º Ano

11º Ano
Os Espaços Organizados pela População:

Espaços Rurais:

Conceitos:
Agricultura: Atividade económica incluída no setor primário, através da qual se exploram os
recursos do solo com vista à produção de bens de origem vegetal (lenhosa ou não lenhosa) ou
animal. Estes bens podem ser utilizados como matérias-primas de diversas indústrias ou
canalizados diretamente para a alimentação humana, sem qualquer transformação.

Sistema Agrário: Modo de exploração do meio. Envolve um conjunto diversificado de meios de


produção, adaptados aos condicionalismos bioclimáticos de um determinado espaço, que visa
dar resposta às condições e às necessidades sociais do momento.

Valor Acrescentado Bruto (VAB): Riqueza gerada na produção depois de deduzido o custo das
matérias-primas e de outros consumos inerentes ao processo produtivo.

Espaço Rural: Compreende os espaços agrário e agrícola e caracteriza-se pelo predomínio de


atividades ligadas à exploração agrícola, florestal, pecuária, ao turismo, ao artesanato e à
produção de energias renováveis. Nas últimas décadas, tem vindo a adquirir uma dimensão
multifuncional decorrente das relações de crescente interdependência com as áreas urbanas.

Espaço Agrário: Espaço ocupado com a produção agropecuária e florestal, incluindo os


terrenos incultos, as habitações dos agricultores e todas as infraestruturas e equipamentos de
apoio à atividade agrícola (rede
SAU
de caminhos, estufas, celeiros,
canais de rega, armazéns,
Espaço Agrícola
estábulos, etc.).

Espaço Agrícola: Espaço Espaço Agrário


destinado à produção vegetal e
animal, o que compreende as Espaço Rural
parcelas cultivadas (superfície
agrícola utilizada – SAU) e os
prados.

Superfície Agrícola Utilizada (SAU): Superfície constituída pelas terras aráveis (limpa e
sobcoberto de matas e florestas), culturas permanentes, pastagens permanentes e hortas
familiares.

Estrutura Agrária: Conjunto de condições sociais e fundiárias, resultantes da relação ser


humano/meio, que definem os espaços agrários, refletindo-se em diferentes paisagens
agrárias.

Estrutura Fundiária: Forma de organização das propriedades agrícolas, em termos de


dimensão, forma e distribuição espacial.
Produtividade Agrícola: Quantidade de produção obtida per capita, geralmente durante um
ano.
Produção
Mão de Obra
Rendimento Agrícola: Quantidade de produto agrícola obtida por unidade de superfície,
geralmente em hectares (há), durante um ano.
Produção
Área
Região Agrária: Unidade territorial criada para fins administrativos e estatísticos, e definida
com base na homogeneidade das paisagens agrárias.

Edafoclimática: Junção de condições do solo e do clima ideais.

Fitofármacos: Produtos de origem sintética.

Microfúndio: Exploração agrícola de pequena dimensão, geralmente inferior a 1 hectare.

Minifúndio: Exploração agrícola de pequena dimensão, geralmente inferior a 5 hectares.

Latifúndio: Exploração agrícola de grande dimensão, geralmente superior a 50 hectares.

Paisagens Agrárias: Paisagens resultantes da combinação de um conjunto de características


relacionadas com a morfologia agrária, o tipo de povoamento rural e o sistema de cultura, que
lhes confere uma certa identidade espacial.

Campos Abertos e Fechados: Os campos são abertos quando não apresentam qualquer tipo
de vedação a delimitar a propriedade. São campos fechados todos os que se encontram
cercados por muros, sebes, árvores, arame ou outros elementos, protegendo a propriedade,
por exemplo, da ação do vento e do pisoteio do gado.

Policultura: Ocupação de uma parcela agrícola com várias culturas.

Monocultura: Ocupação de uma parcela agrícola com uma só espécie vegetal ou com uma
espécie dominante.

Regadio: Refere-se ao cultivo de espécies exigentes em água (como o milho e as hortícolas),


que, por isso, necessitam de ser regadas.

Sequeiro: Refere-se ao cultivo de espécies vegetais com pouca necessidade de água (como o
trigo e o centeio) e, por isso, sem recurso a sistemas de rega artificiais.

Afolhamento: Divisão das explorações agrícolas em várias parcelas ou folhas, para alternar as
culturas e, assim, preservar a fertilidade do solo agrícola. O afolhamento é contínuo quando se
pratica a rotação de culturas sem descanso das parcelas. É descontínuo quando, no intervalo
de tempo de um ano ou mais, uma das parcelas fica em pousio.

Pousio: Técnica agrícola que consiste em deixar uma determinada parcela de terra em
repouso, sem fornecer colheita durante o ano agrícola, visando a reconstituição natural da
fertilidade do solo.

Exploração Agrícola: É a propriedade onde o produtor agrícola desenvolve a sua atividade.


Caracteriza-se pela utilização de fatores de produção comuns (mão de obra, máquinas,
instalações, terrenos, etc.); por uma gestão única; por cultivar produtos agrícolas ou manter
em boas condições agrícolas e ambientais as terras que já não são utilizadas para fins
produtivos; por atingir ou ultrapassar uma certa dimensão (área, número de animais); e por se
localizar num local determinado e identificável.

Culturas Temporárias: Culturas cujo ciclo vegetativo não excede um ano ou que, não sendo
anuais, são ressemeadas com intervalos que não excedem os 5 anos.

Culturas Permanentes: Culturas que ocupam o solo por vários anos, fornecendo repetidas
colheitas.

Hortas Familiares: Superfície agrícola ocupada com produtos agrícolas ou frutos e flores,
destinados ao autoconsumo do agregado doméstico do produtor.

Pastagens Permanentes: Superfícies destinadas à alimentação do gado. Não estão incluídas na


rotação de culturas e ocupam o solo por um período superior a 5 anos.

Terras Aráveis: Terras que se destinam a culturas temporárias de sementeira anual. Associadas
ao sistema de rotação das culturas e ao pousio.

Natureza Jurídica do Produtor: Personalidade jurídica do responsável jurídico e económico da


exploração, que pode assumir duas formas principais:

 Produtor Singular, que engloba o produtor autónomo, o qual recorre, sobretudo, à


atividade própria e à mão de obra familiar na sua exploração; e o produtor
empresário, que utiliza predominantemente o trabalho assalariado;
 Sociedades Agrícolas, formadas por vários produtores que, em conjunto, dirigem uma
ou mais explorações agrícolas que empregam, sobretudo, mão de obra assalariada.

Dimensão Económica (DE) e Valor de Produção Padrão Total (VPPT): A DE é expressa em


euros e define-se com base no VPPT, que corresponde ao valor monetário total das atividades
da exploração (vinicultura, fruticultura, bovinos de leite, etc.), obtido z partir dos preços de
venda à porta da exploração. De acordo com a sua dimensão económica, as explorações
agrícolas apresentam a seguinte classificação:

 Muito Pequena Dimensão: < 8 mil € de VPPT;


 Pequena Dimensão: 8 mil a < 25 mil € de VPPT;
 Média Dimensão: 25 mil a <100 mil € de VPPT;
 Grande Dimensão: ≥ 100 mil € de VPPT.

Superfície Regada: Superfície da exploração agrícola ocupada por culturas temporárias


principais, culturas permanentes e prados e pastagens permanentes que foram regados pelo
menos uma vez no ano agrícola (não inclui a horta familiar e as estufas).

Exploração Agrícola de Sequeiro: Exploração onde a área de regadio é inferior a 25% da


respetiva SAU.

Pluriatividade: Exercício de mais do que uma atividade económica remunerada, por exemplo,
o caso dos agricultores que também trabalham na indústria.

Plurirrendimento: Rendimento proveniente de diversas atividades económicas.


Emparcelamento Rural: Agrupamento de pequenas explorações ou dos blocos que as
constituem, no sentido de obter conjuntos mais vastos, visando melhor as condições técnicas e
económicas das explorações.

Arrendamento Rural: Locação, total ou parcial, de prédios rústicos para fins agrícolas,
florestais ou outras atividades de produção de bens ou serviços associadas à agricultura, à
pecuária ou à floresta.

Reserva Agrícola Nacional (RAN): Delimita o conjunto das áreas que em termos
agroclimáticos, geomorfológicos e pedológicos apresentam maior aptidão para a atividade
agrícola. As áreas de RAN são abrangidas por um regime territorial específico que estabelece
um conjunto de condicionamentos à utilização não agrícola do solo.

Indústria Agroalimentar: Indústria que se dedica à transformação de produtos agrícolas em


alimentos prontos a consumir ou em ingredientes para a preparação de refeições (por
exemplo, a polpa de tomate).

Grau de Autoaprovisionamento: Razão entre a produção interna (obtida a partir de matérias-


primas nacionais) e a utilização interna total. Permite avaliar, para um dado produto, as
necessidades de importação ou a capacidade de exportação de um determinado território.
Produção
× 100
Consumo Interno

Estufa: Instalação construída de maneira a aumentar a temperatura de um local fechado,


mediante calor gerado artificialmente ou por simples acumulação de calor solar, permitindo o
cultivo de espécies vegetais em áreas ou períodos onde as condições naturais não o permitem.

Solo: Complexo mineral e orgânico, resultante da desagregação mecânica e das alterações


químicas e biológicas das rochas.

Socalcos: Degrau ou patamar, mais ou menos horizontal, através da construção de muros de


suporte nas vertentes das elevações. Tem como objetivo diminuir a erosão, segurando o solo e
retendo as águas, ajudando-as a infiltrarem-se. Facilita, assim, a prática da agricultura.

Agricultura 4.0: Agricultura desenvolvida com base em tecnologias digitais (inteligência


artificial, automação e robótica) que visam a otimização das várias etapas do processo de
produção agrícola. Drones, veículos automatizados, sensores de identificação de pragas,
dispositivos de georreferência e sistemas automatizados de gestão eficiente dos fertilizantes,
da água e da energia, são alguns dos recursos deste tipos de agricultura.
Fatores Condicionantes:

Principais Fatores
Condicionantes das Paisagens
Agrárias Portuguesa

Fatores Físicos ou
Fatores Humanos
Naturais

Objetivo de
Clima Relevo Passado Histórico
Produção

Desenvolvimento
Fertilidade dos
Recursos Hídricos Científico e Políticas Agrícolas
Solos
Tecnológico

Fatores Físicos ou Naturais:


Clima:
 Maior ocorrência de precipitação nos meses de outono e inverno, os meses mais frios,
de menor crescimento das plantas;
 A estação mais quente, de maior potencial energético, é limitada pela escassez de
precipitação – custos com o regadio;
 Os anos ora muito chuvosos, ora muito secos causam prejuízos avultados na produção
agrícola.
 Estes três fatores influenciam as espécies a cultivar, a regularidade das sementeiras e o
rendimento agrícola.
 A estação quente coincide com a estação seca
 A temperatura aumenta de norte para sul;
 Valores térmicos mais suaves no litoral e nos Açores, devido ao efeito amenizador do
mar;
 Valores térmicos mais elevados no sul e na Madeira;
 A precipitação é mais elevada no norte litoral, devido à barreira de condensação, nos
Açores e na vertente norte da ilha da Madeira;
 A precipitação é mais reduzida no interior continental e em Porto Santo;
 Mais favorável em Entre Douro e Minho, Beira Litoral e Ribatejo e Oeste (litoral) e nos
Açores, com:
o Temperatura amena e baixa amplitude térmica anual;
o Precipitação mais elevada;
o Humidade relativa do ar elevada
 Menos favorável em Trás-os-Montes e Beira Litoral (interior norte) e Alentejo e
Algarve (sul continental), com:
o Temperatura baixa no inverno, com neve e geada frequente, devido ao
gradiente térmico vertical; elevada no verão;
o Precipitação pouco abundante no inverno e escassa no verão, principalmente
no Alentejo e Algarve, com risco elevado de seca;
o Humidade relativa do ar baixa, sobretudo no verão.

Relevo:
 Os terrenos acidentados dificultam a mecanização e a modernização das explorações;
 Quanto maior o declive, maior o deslizamento do solo por ação dos agentes erosivos,
empobrecendo-o;
 A altitude influencia as condições de temperatura e humidade;
 As vertentes umbrias não favorecem a prática agrícola, devido à menor incidência da
radiação solar.
 Estes quatro fatores influenciam a fertilidade dos solos, as espécies a cultivar e o uso
de tecnologia;
 Mais favoráveis no litoral de Entre Douro e Minho, Beira Litoral e Ribatejo e Oeste
(norte do rio Tejo), com áreas planas de baixa altitude, onde os rios finalisam o seu
curso e Alentejo e Algarve (peneplanícies), com os vales das serras de baixa altitude e
na planície do litoral;
 Menos favoráveis em Trás-os-Montes e Beira Interior (interior norte e centro) com
planaltos e montanhas acima dos 800 metros e na ilha da Madeira, com vertentes
íngremes e vales estreitos.
 Na Madeira, a diversidade das culturas está diretamente relacionada com a altitude:
o Até aos 200 m na vertente soalheira, encontram-se as espécies tropicais,
enquanto na vertente umbria se cultiva a vinha e produtos hortícolas;
o Acima dos 200 m são cultivados os cereais, os produtos hortícolas e algumas
árvores de fruto da região mediterrânica;
o Nos vales encontram-se as árvores de fruto das regiões temperadas;
o Nas altitudes mais elevadas encontram-se os pastos, os pinhais e os bosques,
destacando-se a floresta Laurissilva;
o A construção de socalcos é essencial à prática agrícola;
o Os solos de origem vulcânica são férteis;
o Abundância de água, mesmo nas regiões mais secas, graças ao complexo
sistema de levadas.

Solos:
 Os solos nacionais apresentam uma baixa aptidão agrícola, devido à:
o Forte suscetibilidade à erosão, já que, devido ao clima temperado
mediterrânico, existe reduzida precipitação e um período seco estival;
o Fraca capacidade de drenagem;
o Constituição geológica desfavorável;
o Baixo teor de matéria orgânica.
 A erosão é desencadeada, sobretudo, pela precipitação irregular, que origina uma
baixa taxa de formação do solo, o que resulta em solos pouco profundos, e o aumento
das perdas de nutrientes essenciais;
 Nos invernos muito chuvosos, os solos ficam saturados e as raízes das plantas acabam
por apodrecer;
 Predominam os solos xistosos, muito pobres, e os graníticos que, apesar de férteis, se
encontram, sobretudo, em altitudes;
 As más práticas agrícolas e as características climáticas do país contribuem para o
baixo teor de matéria orgânica no solo;
 Os solos mais férteis, ou seja, os solos profundos e espessos, localizam-se nas áreas
planas de baixa altitude, planícies de rios (solos de aluvião), solos vulcânicos e
graníticos, ao passo que os solos com menor fertilidade se encontram nas áreas de
maior altitude e vertentes íngremes, uma vez que favorece a erosão, os solos xistosos
e os calcários e argilosos;
 Os solos férteis estão a escassear em Portugal, visto que se utiliza incorretamente o
solo agrícola, bem como, se escolhe mal as espécies que se cultivam e as técnicas
agrícolas utilizadas.

Recursos Hídricos:
 Os fatores que fazem variar a quantidade de água presente no nosso país são:
o O clima, pela maior ou menor abundância de precipitação;
o A presença de aquíferos subterrâneos;
o A densidade da rede hidrográfica, que disponibiliza água doce para rega;
o A construção de reservas hídricas;
 Com o Empreendimento de Fins Múltiplos do Alqueva (EFMA), houve a possibilidade
de cultivar espécies de regadio na região do Alentejo.

Fatores Humanos:
Passado Histórico:
 O passado histórico influenciou a ocupação do solo e a estrutura fundiária, com
diferenças no norte e sul de Portugal:
 No norte as explorações são pequenas e fragmentadas, devido a fatores como:
o Maior densidade populacional;
o Processo de Reconquista pouco organizado e forte parcelamento das terras
pelo clero e nobreza;
o Sistema de partilhas de heranças fundiárias por todos os filhos;
o Terreno mais acidentado, maior pluviosidade e solos mais férteis;
 No sul as explorações apresentam maior dimensão e são espacialmente contínuas
devido a fatores como:
o Baixa densidade populacional;
o Processo de Reconquista mais organizado, com uma repartição de terras pelo
clero e pela nobreza mais estruturada;
o Relevo mais aplanado, verões muito longos e secos e menor fertilidade dos
solos.

Objetivo da Produção:
 Mercado:
o Elevado rendimento e produtividade, o que resulta em maior competitividade;
o Produção apoiada por um elevado nível tecnológico;
o Explorações agrícolas de média e grande dimensão, geralmente abertas, de
forma regular;
o Elevado grau de especialização das culturas agrícolas;
 Autoconsumo:
o Predomínio da policultura;
o Baixo rendimento e produtividade;
o Explorações agrícolas de pequena dimensão, quase sempre fechadas e de
forma irregular;
o Técnicas artesanais de cultivo, reduzida mecanização.

Políticas Agrícolas:
 Determinam as quantidades e as espécies a cultivar;
 Influenciam os preços no produtor e no consumidor;
 Regulamentam as práticas agrícolas, como o uso de agroquímicos, e tecnologias de
produção adotadas;
 Apoiam o rendimento dos agricultores através de subsídios ligados ou desligados da
produção;
 Criam incentivos financeiros, promovendo a inovação e a modernização do setor, bem
como a formação da mão de obra.

Desenvolvimento Científico e Tecnológico:


 Sistemas de rega automatizados, promovendo a poupança de água;
 Manipulação genética;
 Utilização de agroquímicos;
 Novas técnicas de proteção das culturas, reduzindo a utilização de químicos nocivos;
 Utilização de tecnologias digitais, como drones, veículos automatizados, sondas,
sistema de gestão eficientes de água, energia.

Aumentar a produção agrícola;

Diminuir a dependência dos fatores naturais

Promovendo uma agrícola económica e ambientalmente sustentável.

Povoamento

Concentrado Misto Disperso

Compõe características de Distribuição das casas de


Aglomeração das casas povoamento concentrado e forma dispersa pelos campos
formando aldeias rodeadas disperso com uma ocupação de cultivo
por áreas de cultivo estruturada pelas principais
vias de comunicação
CC das Regiões Agrárias:

Entre Douro e Minho:

 Tipos de Solo: Solos graníticos e derivados, relativamente profundos, arejados e


ricos em nutrientes;
 Características Climáticas: Precipitação média anual elevada, verões frescos e
invernos amenos;
 Morfologia Agrária: Minifúndios, de traço irregular, fechados e muito
fragmentados;
 Povoamento: Disperso;
 Sistema de Cultivo: Intensivo, em regime de policultura;
 Principais Culturas Agrícolas:
o Temporárias: milho, culturas hortícolas, floricultura, prados temporários e
culturas forrageiras;
o Permanentes: vinha;
 Pecuária: Gado bovino (pecuária intensiva).

Trás-os-Montes:

 Tipos de Solo: Solos de base granítica e xistosa, pouco profundos, impermeáveis e de


baixa fertilidade;
 Características Climáticas: Verões curtos, quentes e secos e invernos pouco chuvosos e
muito frios;
 Morfologia Agrária: Campos abertos, de média dimensão e formas regulares;
 Povoamento: Concentrado;
 Sistema de Cultura: Extensivo, em regime de monocultura de sequeiro, com rotação
de culturas e pousio, geralmente aliado à criação de gado ovino e caprino. Nas áreas
montanhosas cultiva-se em socalcos, de que é exemplo o Alto Douro Vinhateiro;
 Principais Culturas Agrícolas:
o Temporárias: centeio, trigo, batata, prados temporários e culturas forrageiras;
o Permanentes: olival, vinha, amendoeiras e castanheiros;
 Pecuária: Gado ovino e caprino (pecuária extensiva).

Beira Litoral:

 Tipos de Solo: Solos calcários, xistosos, arenosos e argilosos, pouco espessos e pobres
em nutrientes;
 Características Climáticas: Precipitação abundante e temperaturas amenas quer no
verão como no inverno;
 Morfologia Agrária: Minifúndios, de contornos irregulares e quase sempre vedados.
 Povoamento: Misto;
 Sistema de Cultura: Intensivo, com predomínio da policultura;
 Principais Culturas Agrícolas:
o Temporárias: milho, arroz, batata, produtos hortícolas, floricultura, prados
temporários e culturas forrageiras;
o Permanentes: Vinha e olival;
 Pecuária: Gado ovino, bovino, suíno e avicultura (pecuária intensiva).
Beira Interior:

 Tipo de Solos: Solos graníticos e xistosos, grosseiros, de reduzida espessura e pouco


produtivos;
 Características Climáticas: Verões curtos, quentes e secos e invernos pouco chuvosos e
muito frios;
 Morfologia Agrária: Campos de pequena e média dimensão, em regra, abertos e de
traçado relativamente regular;
 Povoamento: Concentrado;
 Sistemas de Cultura: Extensivo, com monocultura de sequeiro, com pousios longos,
sobretudo para sul da Cordilheira Central, compensados com a exploração florestal e a
criação de gado. Os prados e as pastagens permanentes ocupam quase metade do
solo agrícola;
 Principais Culturas Agrícolas:
o Temporárias: milho, centeio e avelã, prados temporários e culturas
forrageiras;
o Permanentes: Olival, vinha, castanheiros, amendoeiras e cerejeiras;
 Pecuária: Gado ovino e caprino (pecuária extensiva).

Ribatejo e Oeste:

 Tipo de Solos: Solos arenosos, argilo-calcários e de aluvião (são dos mais férteis do
país, com destaque para a planície aluvial do Tejo);
 Características Climáticas: Precipitação fraca e irregular, verões quentes, longos e
secos, e invernos curtos e amenos;
 Morfologia Agrária: Campos de média e grande dimensão, abertos e regulares;
 Povoamento: Misto;
 Sistemas de Cultura: Diverso, devido às diferentes realidades edafoclimática.
Predomina o intensivo, orientado para o mercado;
 Principais Culturas Agrícolas:
o Temporárias: Milho e arroz, prados temporários e culturas forrageiras,
horticultura e floricultura;
o Permanentes: Vinha, olival e frutos frescos;
 Pecuária: Gado suíno, bovino, ovino e avicultura (pecuária intensiva)
Alentejo:

 Tipo de Solos: Solos graníticos pouco profundos e xistosos, impermeáveis e de baixa


fertilidade. Exceção para os solos argilo-calcários (“barros de Beja”), dos mais férteis
do país;
 Características Climáticas: Verões longos, quentes e secos e invernos suaves;
 Morfologia Agrária: Latifúndios, de forma regular e geralmente sem vedações;
 Povoamento: Concentrado;
 Sistemas de Cultura: Extensivo, em regime de monocultura de sequeiro, com recurso
ao afolhamento, que inclui pousios muito longos (até 7 anos), que são compensados
com a exploração florestal de montado (sobreiro e/ou azinheira), olival e com a
criação de gado. Os prados e as pastagens permanentes ocupam mais de metade das
explorações agrícolas da região;
 Principais Culturas Agrícolas:
o Temporárias: Trigo, aveia, cevada e girassóis;
o Permanentes: Olival, vinha, sobreiro, azinheira, pinheiro;
 Pecuária: Gado ovinho, caprino, bovino e suíno (pecuária extensiva).

Algarve:

 Tipo de Solos: Solos calcários, pouco profundos, pedregosos e pobres em nutrientes;


 Características Climáticas: Verões longos, quentes e secos e invernos suaves;
 Morfologia Agrária: Campos de média dimensão, de contornos muito variáveis,
abertos no interior serrano e fechado no Litoral;
 Povoamento: Alternância entre o concentrado nas áreas montanhosas e o disperso
nas áreas mais aplanadas;
 Sistemas de Cultura: Coexistência dos sistemas intensivo (no Litoral), ligado à
policultura e ao regadio, e extensivo (no Interior), associado à monocultura e ao
sequeiro;
 Principais Culturas Agrícolas:
o Temporárias: Trigo, aveia e cevada, horticultura e floricultura;
o Permanentes: Alfarrobeira, amendoeira, figueira, pomares de citrinos,
principalmente laranjeiras, tangerinas e olival;
 Pecuária: Gado ovino, suíno e caprino (pecuária extensiva).
Açores:

 Tipo de Solos: Solos vulcânicos de grande fertilidade (boa permeabilidade, drenagem e


ricos em matéria orgânica);
 Características Climáticas: Precipitação média anual elevada, amenidade térmica e
baixa insolação;
 Morfologia Agrária: Dimensão e forma variáveis, consoante as ilhas. Predominam os
campos de pequena a média dimensão, irregulares, e vedados com sebes, arbustos ou
muros de pedra solta (cerrados);
 Povoamento: Misto;
 Sistemas de Cultura: Estratificação altimétrica – policultura intensiva nas altitudes mais
baixas, prados e pastagens permanentes nas regiões mais altas, os quais ocupam de
dois terços do solo da região;
 Principais Culturas Agrícolas:
o Temporárias: Prados temporários e culturas forrageiras, milho, batata,
beterraba e cevada;
o Permanentes: Vinha, tabaco e chá;
 Pecuária: Gado bovino (pecuária extensiva).

Madeira:

 Tipo de Solos: Solos vulcânicos de grande fertilidade;


 Características Climáticas: Baixa pluviosidade e amenidade térmica. A costa norte é
mais chuvosa e apresenta uma menor insolação;
 Morfologia Agrária: Microfúndios (0,3 ha em média), fechados e de traçado irregular.
Nas vertentes mais íngremes cultiva-se em socalcos;
 Povoamento: Disperso;
 Sistemas de Cultura: Intensivo, em regime de policultura, estratificado em altitudes e
apoiado por uma extensa rede de canais (levadas) que asseguram a irrigação;
 Principais Culturas Agrícolas:
o Temporárias: Horticultura, floricultura e batata;
o Permanentes: Vinha e frutos subtropicais, sobretudo banana;
 Pecuária: Avicultura, sobretudo galináceos (pecuária intensiva).

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