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Procedimento de Execução PE-5009-LT-048


Trabalho em Altura

Rev. 2
PROJETOS COMPLETOS DE LINHAS DE TRANSMISSÃO
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ÍNDICE

1. OBJETIVO ............................................................................................................................................4
2. RESPONSABILIDADES ........................................................................................................................4
3. DEFINIÇÕES ........................................................................................................................................5
4. REFERÊNCIAS .....................................................................................................................................8
5. PROCESSO DE EXECUÇÃO ...............................................................................................................8
5.1. MEDIDAS DE CONTROLE ADOTADAS PARA TRABALHO EM ALTURA ......................................... 12
5.2. MEDIDAS DE PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS DE ALTURA............................................................. 13
5.3. ESCADAS, RAMPAS E PASSARELAS. ..............................................................................................15
5.4. RAMPAS E PASSARELAS..................................................................................................................27
5.5. ANDAIMES E PLATAFORMAS ...........................................................................................................31
5.6. MONTAGEM E DESMONTAGEM DE ANDAIMES ..............................................................................32
5.7. DESMONTAGEM DE ANDAIMES .......................................................................................................34
5.8. LIBERAÇÃO DE ANDAIMES...............................................................................................................35
5.9. PLATAFORMA ELEVATÓRIA .............................................................................................................35
5.9.1. TIPOS DE PLATAFORMAS .........................................................................................................35
5.9.2. CONSIDERAÇÕES GERAIS........................................................................................................36
5.10. TELHADOS ..................................................................................................................................37
5.10.1. CONSIDERAÇÕES GERAIS ....................................................................................................37
5.10.2. PLANEJAMENTO DO TRABALHO ...........................................................................................40
6. CUIDADOS COM A SEGURANÇA .....................................................................................................41
6.1. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO .....................................................................................................43
6.2. CORDAS (UTILIZACAO E PROCEDIMENTOS) .................................................................................44
Ensaios técnicos em cordas ................................................................................................................................... 45
Fator de queda ......................................................................................................................................................... 46
Nós para atividades em trabalho em altura ......................................................................................................... 47
Percentual de perda de resistência no nó............................................................................................................ 48
Mosquetões ............................................................................................................................................................... 48
Tipos de travas do gatilho ....................................................................................................................................... 51
Malhas Rápidas ........................................................................................................................................................ 52
Polias .......................................................................................................................................................................... 52
6.3. MOVIMENTACAO E ACESSO AS TORRES E CABOS ...................................................................... 53
Utilizando talabartes de segurança tipo “Y” e trava quedas para cordas ....................................................... 53

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Utilizando trava quedas para cordas ou retrátil com bastão telescópico ........................................................ 54
Via de escalada com fitas planas de ancoragem ............................................................................................... 55
Movimentação sobre cadeias de isoladores tipo “Suspensão” ........................................................................ 55
Movimentação sobre cadeias de isoladores tipo “Ancoragem” ........................................................................ 56
Movimentação sobre cabos condutores ............................................................................................................... 57
7. MEDIDAS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL ............................................................................................57
8. RECURSOS NECESSÁRIOS..............................................................................................................57
8.1. EQUIPAMENTOS / MÁQUINAS ..........................................................................................................58
8.2. FERRAMENTAS .................................................................................................................................58
8.3. MATERIAIS .........................................................................................................................................58
8.4. EQUIPE OPERACIONAL ENVOLVIDA NAS ATIVIDADES ................................................................. 59
9. REGISTROS .......................................................................................................................................59
10. CONSIDERACOES DE SAUDE ..........................................................................................................59
11. RESGATE EM ALTURA ......................................................................................................................62
12. ATERRAMENTO TEMPORARIO ........................................................................................................65
13. ADVERTENCIAS DISCIPLINARES E PUNICOES (FALTAS GRAVES) ............................................. 66

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1. OBJETIVO

Estabelecer as diretrizes para Execução do Trabalho em Altura em Obras de Linhas de


Transmissão.

2. RESPONSABILIDADES

Da Segurança do Trabalho
Realizar verificação dos equipamentos utilizados na execução das atividades.
Elaborar e disponibilizar as APRs em sua última revisão.
Realizar junto com o Encarregado a leitura da APR junto aos trabalhadores envolvidos na
atividade, e reforçar as ações de prevenção para evitar acidentes.
Supervisionar as atividades e verificar o cumprimento das ações preventivas estabelecidas
neste procedimento onde aplicável.

Do Meio Ambiente
Supervisionar as atividades e verificar o cumprimento das prescrições deste procedimento.

Da Supervisão / Encarregados
Deve estabelecer e aplicar na Obra, junto às equipes que são responsáveis pela execução
das atividades, a correta execução dos trabalhos, de acordo com os formulários e registros
específicos.
Realizar junto com o Técnico de Segurança a leitura da APR junto aos trabalhadores
envolvidos na atividade e coletar a assinatura dos mesmos.
O Encarregado deve orientar e acompanhar a equipe operacional para executar as
atividades conforme descrito nesta instrução.
Reportar a Seção Técnica da Obra qualquer divergência ou interferência com relação ao
especificado no projeto. São diretamente responsáveis pela implantação e controle das
medidas preventivas adotadas pelas equipes sob sua supervisão, devendo participar de
forma ativa, para que os trabalhos sejam desenvolvidos sem acidentes.
Cuidar para que os materiais sejam preservados em perfeito estado até o momento da sua
aplicação.

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Da Seção Técnica da Obra


O responsável da seção técnica deve fornecer a documentação técnica necessária para
execução da atividade.
Dar suporte técnico na identificação dos materiais / componentes.
Controlar os registros de identificação para garantir a rastreabilidade.
Emitir RNC quando aplicável.

Da Gerência e Coordenação da Obra


O Engenheiro Residente / Gerente de Projeto, devem proporcionar condições para que
sejam realizadas as atividades previstas conforme descrito nesta instrução.

3. DEFINIÇÕES

Trabalho em altura - É qualquer tarefa executada acima de 2 metros do nível do primeiro


piso inferior.

E.P.I - Equipamento de Proteção Individual.

Acesso - Movimento mecânico ou físico com a intenção de se chegar a um posto de


trabalho elevado.

Ancoragem - Fixação em um ponto seguro propiciando segurança e estabilidade para


trabalho em altura.

Cinto de segurança abdominal tipo eletricista - Dispositivo de segurança de uso


individual fixado em volta da cintura e utilizado exclusivamente em serviço de eletricidade
para trabalhos em poste. Devido ao risco de lesões na coluna e risco de queda durante o
deslocamento (subida e descida da escada), o cinto de segurança de eletricista somente
será autorizado se conjugado com um cinto de paraquedista.
Cinto de segurança tipo paraquedista - Dispositivo de segurança de uso individual,
dotado de correias que são instaladas no tronco, cintura e nas coxas, permitindo distribuir
as forças de retenção no impacto da queda.

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Distância de queda livre - É a distância vertical entre o ponto de fixação de ancoragem até
o momento em que o dispositivo de proteção começa a atuar.

Distância de desaceleração - É a distância vertical entre o início de atuação do dispositivo


de proteção, até a parada total da pessoa.

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Sistema de proteção contra quedas - Todos os componentes necessários, que foram


projetados e testados, para funcionar em conjunto na prevenção de quedas, ou para
minimizar o potencial para lesão.

Talabarte Duplo - São duas cintas ou cordas de poliéster flexível fixada ao anel "D" /
triangular do cinto de segurança que é empregada para ser fixada em uma estrutura.

Linha de vida de Segurança - É um cabo de aço ou estrutura metálica ancorado no


mínimo em dois pontos, que é usado para a fixação de trava quedas retráteis, espia ou
talabartes do cinto de segurança. Permite ao usuário do cinto de segurança se deslocar
horizontal ou verticalmente, através de toda a extensão de um determinado local, com o
talabarte a ele fixado.

Trava queda de pressão/Trava queda retrátil - Dispositivo de segurança, cujo cabo de


aço ou fita, se estende completamente quando o trabalhador desce do posto de trabalho e
se enrola novamente quando sobe, travando imediatamente quando há movimento brusco.

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Trava queda de pressão - Dispositivo de segurança destinado a garantir a locomoção


vertical do trabalhador preso a um cabo de aço ou corda de poliéster. No caso de quedas é
acionado um mecanismo que trava através de pressão.

4. REFERÊNCIAS

NR 35 - Trabalho em Altura
NR12 – Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos
NR18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção;
NR6 - Equipamentos de Proteção Individual;
NBR 7678 Segurança na Execução de Obras em Serviço de Construção;
NBR 6404 Segurança nos Andaimes;
NBR 6327 Cabos de Aço/Uso Gerais da ABNT;
NBR-14626 - Equipamento de Proteção Individual Contra Queda de Altura — Trava-Queda
Deslizante Guiado em Linha Flexível
NBR-15836 - Equipamento de Proteção Individual Contra Queda de Altura — Cinturão de
Segurança Tipo Paraquedista.
RTP-01 - Recomendação Técnica de Procedimentos - Medidas de Proteção Contra Quedas
de Altura
RTP-04 - Recomendação Técnica de Procedimentos – Escadas, Rampas e Passarelas

5. PROCESSO DE EXECUÇÃO

É considerado trabalho em altura toda atividade realizada acima de 2 metros do nível


inferior, onde houver risco de queda.
As pessoas só poderão trabalhar em altura após estarem treinados em relação a utilização
do cinto de segurança, ponto de fixação dos ganchos das espias, utilização correta de

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escadas móveis, regras para trabalhos em torres, carga e descarga de materiais, entre
outros.

Na montagem das torres metálicas, assim como todos os trabalhos realizados nas torres e
em cabos, que estejam acima de 2 metros do solo, é necessário o uso do cinto de
segurança que deverão estar presos a uma estrutura rígida, cabo trava-quedas, linha de
vida, etc, de modo a evitar quedas.

Na montagem das torres e


Lançamento de Cabos
acima de 2 metros do solo,
é necessário o uso do cinto

O cinto de segurança utilizado para trabalhos em altura deve possuir as seguintes


características:
• Cinto de segurança tipo paraquedista, com dois talabartes em Y. Absorvedor de
Impacto.
• Confeccionado em fibra de poliéster com costura de nylon.
• As espias deverão possuir resistência de 2.400Kg, o anel “D” e a argola das espias
2.120Kg, a fita de poliéster deverá possuir resistência a tração.
• Para serviços onde houver riscos de abrasão e calor nas espias, deverá haver
dispositivo de proteção do equipamento, para os soldadores as espias deverão ter com
alma de aço.

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• As espias dos cintos deverão trazer ganchos com travas duplas.


• Todas as linhas de vida utilizadas para a colocação da espia do cinto de segurança
deverão ser aprovadas pela área de Segurança do Trabalho, devendo no mínimo:
1. Apresentar 3 clips em cada uma das extremidades;
2. Projeto e dimensionamento para a carga sofrida;
3. Suportarem o peso de todos os colaboradores, imaginando a queda em conjunto,
aliado ao esforço ocasionado pela energia potencial da queda livre;
4. Não apresentarem emendas ao longo da sua extensão;
5. Não apresentarem qualquer defeito (formação de gaiola, fios arrebentados, etc).

Somente pessoas qualificadas deverão ser responsáveis pela montagem de andaimes


tubulares móveis ou andaimes suspensos mecânicos.

Os andaimes devem ser dimensionados e construídos de modo a suportar, com segurança,


as cargas de trabalho a que estarão sujeitos.

Todas as gaiolas, incluindo as suspensas por equipamentos de guindar, andaimes


suspensos mecânicos, bicicletas, ou qualquer plataforma suspensa construída para que os
colaboradores executem trabalhos em altura, deverão ser projetadas e especificadas por
Engenheiro qualificado, ficando os laudos e memoriais descritivos aprovados e assinados
por este profissional e arquivado na área de Segurança do Trabalho, para verificações
posteriores. Para uso desse tipo de equipamento deverá ser seguido o Anexo 12 da NR12.

Trabalhos em telhados só deverão ser liberados após realização de DDQSMS (Diálogo


Diário de Qualidade, Segurança, Meio Ambiente, e Saúde) e liberação do ASO (Atestado de
Saúde Ocupacional) dos colaboradores.

Guarda-corpo, escadas, passarelas e todas as demais estruturas que tem relação direta
com prevenção de quedas deverão atender todas as disposições constantes na NR18.

Todas as aberturas de pisos e paredes com risco de quedas devem ser adequadamente
protegidas.

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Nas periferias da construção deverá existir proteção contra queda de colaboradores e


contra projeção de materiais.
Deverão ser adotadas medidas de proteção coletiva, sinalização e isolamento nas áreas
onde ocorrerem trabalhos sobrepostos.

A Equipe de SMS deverá realizar inspeção por amostragem dos cintos de Segurança. Os
cintos reprovados deverão ser recolhidos para descarte. Essa atividade deverá ser
registrada em relatório fotográfico; porém é de total responsabilidade que o colaborador
usuário do cinto de segurança deve fazer inspeções diárias no EPI e devolvê-lo ao
almoxarifado para posterior descarte.

Em serviços com eletricidade realizados em postes ou com necessidades de limitação de


movimentos, deverá utilizar o cinto de segurança tipo paraquedista para deslocamento
(descida e subida do poste) e este cinto deve ter opção de ancoragem abdominal para
posicionamento e execução do trabalho.

Precauções especiais deverão ser tomadas na montagem ou movimentação de andaimes


próximos a redes de energia elétrica.

Todo trabalho em altura, acima de 2m, deverá ser realizado no mínimo por dois
colaboradores, sendo obrigatória a presença de um colaborador no nível térreo para realizar
o acompanhamento e prestar todo suporte quanto ao controle de equipamentos,
ferramentas e desempenho adequado da atividade.

Qualquer ferramenta ou equipamento movimentado para o nível superior deverá ser


seguramente enviado através de corda com amarração (Utilização de “Corda de Serviço”).

Havendo risco de queda de objetos pesados, detritos ou líquidos perigosos, em transeuntes


ou colaboradores situados abaixo dos andaimes, é obrigatória a instalação de cobertura de
proteção, além de sinalização indicando o risco quando não houver a possibilidade de isolar
a passagem dos mesmos.
Os acessos aos diferentes níveis de trabalhos existentes deverão ser vencidos através de

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escadas, passagens ou rampas (todos com guarda-corpo), não sendo permitido saltar ou
usar qualquer outro dispositivo que ponha em risco a acessibilidade aos diversos níveis.

Para trabalhos em telhados e de pintura, tratamento e limpeza de fachadas, entre outros,


somente poderão ser executados com a obrigatória instalação de cabo guia para fixação do
cinto de segurança tipo paraquedista, permitindo movimentação segura dos colaboradores.

Não é permitido o trabalho em telhado e fachada, entre outros, utilizando andaime,


balancim, plataforma suspensa em condições adversas (chuva, vento forte, relâmpagos,
etc).

É proibido fumar e utilizar celular em trabalhos em altura.

Não é permitido brincadeiras, ou jogar ferramentas do local elevado.

O local deverá ser sinalizado através de placas indicativas e ser feito um isolamento para
prevenir acidentes com transeuntes ou colaboradores que estejam trabalhando embaixo.
Ex.: Cuidado – Homens Trabalhando Acima Desta Área.

Todas as atividades realizadas em altura deverão ter suas etapas planejadas por um
Engenheiro e acompanhadas por um Encarregado.

5.1. MEDIDAS DE CONTROLE ADOTADAS PARA TRABALHO EM ALTURA

Para a realização de trabalhos que envolvam altura, rotineiro ou não rotineiro, deverão
ser adotados os seguintes procedimentos de segurança:
• Aplicação do Controle Preventivo – Pré Tarefa (Charla Pretarea) de Trabalho em
Altura e DDSMS – Diálogo Diário de Segurança, Meio Ambiente e Saúde, que
inclui o treinamento e esclarecimento dos colaboradores envolvidos em todas as
atividades que serão desenvolvidas;
• Aplicação da APR da atividade que envolva o trabalho em altura.

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5.2. MEDIDAS DE PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS DE ALTURA

Onde houver risco de queda de colaboradores ou de projeção de materiais é


obrigatória a instalação de medida de proteção coletiva correspondente.
A proteção coletiva deve priorizar a adoção de medidas que objetivem evitar a
ocorrência de queda.

a. Sistemas de proteção coletiva para evitar quedas, dispositivos protetores de


plano horizontal.

Todas as aberturas nos tubulões, sapatas, lajes ou pisos devem ter fechamento
provisório resistente. Ex: Cercado de proteção fixo:

Caso não seja possível a instalação de fechamento fixo, pode-se utilizar sistemas de
fechamento removível:

Cercado de proteção removível



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b. Dispositivos protetores de plano vertical - Sistema de guarda-corpo e


rodapé

Ter altura de 1,20m a contar do nível do pavimento.

Ser de material rígido e capaz de resistir ao esforço horizontal de 80kgf/m2 (oitenta


quilogramas-força por metro quadrado) aplicado no seu ponto mais desfavorável.

Os vãos dos elevadores, escadas e demais aberturas também devem estar


protegidas através de barreiras verticais, obrigatórias em todas as aberturas
existentes. Ex: Guarda-corpo com 1,20m de altura, travessão intermediário com
0,70cm e rodapé de 0,20cm.

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c. Dispositivos de proteção para limitação de quedas

Não sendo possível utilizar as medidas de proteção coletiva, acima citadas, deve-
se utilizar-se recursos de limitação de queda (elástico).

Rede ou tela de proteção

5.3. ESCADAS, RAMPAS E PASSARELAS.

a. Escadas móveis (Escadas de mão)


• As escadas de mão devem ter seu uso restrito para acessos provisórios e
serviços de pequeno porte;
• As escadas devem ser inspecionadas pelo seu usuário sempre antes de serem
usadas;
• As escadas de madeira não devem apresentar farpas ou saliências;
• É PROIBIDA a utilização de escadas de madeira nas atividades de trabalho em
altura superior à 2 metros e nas atividades com diferença de nível;
• O uso das escadas de madeira só é permitido nas atividades de escavação.

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b. Travessas e Cavilhas
• Nunca devem ser de madeira pintada;
• O comprimento de uma escada móvel simples deve ser limitado a 3 (três) metros;
• As escadas de encosto não devem ter mais de 7 metros (escadas de extensão
não devem ter mais de 12 metros);
• Não utilizar escadas metálicas para trabalhos em eletricidade;
• Ao utilizar escadas portáteis em trabalhos próximos a instalações elétricas,
barramentos, manter distância adequada e segura;
• A escada telescópica não deve ser estendida totalmente, devendo permanecer
uma sobreposição de pelo menos 4 degraus, devendo ser travada e amarrada;
• Somente um colaborador de cada vez deve utilizar a escada para subir ou
descer;
• Para subir uma escada deve haver um colaborador segurando a base desta até
que o colaborador amarre o terceiro degrau (a contar de cima para baixo) em um
suporte fixo e prenda seu cinto de segurança;
• As escadas portáteis de uso individual, duplas ou extensíveis, com mais de 25kg
devem ser erguidas por no mínimo 2 colaboradores;
• Ao se utilizar escadas próximas a portas, áreas de circulação, aberturas no piso e
vãos desprotegidos deve-se isolar e sinalizar a área informando sobre o risco de
acidentes e se for o caso, bloquear temporariamente a porta, proteger/vedar a
abertura no piso e o vão;

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• A inclinação de uma escada móvel deve ser tal que a distância da sua
extremidade inferior ao plano vertical de apoio não seja maior que 1/4 do
comprimento da escada;

Ângulo ideal

• As escadas devem ser fixadas de modo seguro e possuir sapatas


antiderrapantes;
• Amarrar a parte superior da escada, de forma adequada, para evitar
deslocamentos laterais;
• Ao se utilizar escada de mão para acessar um local de trabalho, a extremidade
superior da escada deve ultrapassar pelo menos 1 metro o piso deste local;
• Nunca utilizar escadas curtas ou compridas demais;

• É obrigatório o uso de cinto de segurança, preso a estrutura mais próxima, em


altura superior a 2 metros do chão. É proibido prender o cinto de segurança na
própria escada;

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• Sempre se deve subir e descer uma escada de frente para ela e nunca inclinar-se
exageradamente ou deslocar a escada sem descer;

• As escadas devem ser transportadas horizontalmente, evitando-se choque contra


colaboradores ou obstáculos. Quando transportada por um só colaborador a
escada deverá ter a parte da frente mantida a uma altura superior à cabeça da
pessoa;

• Escadas compridas devem ser carregadas por dois ou mais colaboradores, para
garantir um transporte mais seguro e promover melhor distribuição da carga.

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c. Escadas de abrir
• As escadas de abrir não devem ter mais de 6 metros de extensão, devendo ser
abertas até o fim do seu curso, com o tirante limitador bem encaixado, antes de
ser usada;
• As escadas de abrir não devem ser usadas como escadas de mão;
• A distância mínima entre os montantes no topo das escadas de abrir deve ser de
0,30cm, aumentando esta distância progressivamente, em direção à base, em
5cm para cada 30 cm de altura;
• A escada deve ser provida de dobradiças com afastadores e limitadores de
abertura com sistema anti beliscão, que evite lesões nas mãos dos
colaboradores;
• Os limitadores de abertura deverão estar totalmente estendidos (aberto) quando
a escada estiver em uso;
• São proibidas improvisações como uso de arames, cordas, fios, correntes e
outros materiais para substituir os limitadores de abertura;
• Somente usar escadas de comprimento suficiente, sendo proibido adicionar
extensões improvisadas. Não é permitido unir duas ou mais escadas, bem como
prolongar seus montantes, visando prolongar seu comprimento total;
• Na impossibilidade de nivelar o piso sobre o qual a escada está apoiada, será
permitido o prolongamento do pé por meio de sistemas automáticos ou
mecânicos.

Sistema automático de prolongamento



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d. Escadas extensíveis
• Utilizadas em trabalhos de pequeno porte, e constituída somente por duas

As escadas extensíveis devem ser compostas por:


a. Motantes e travessas
b. Roldana e guias
c. Duas catracas
d. Corda para manobra de extensão
e. Sapata antiderrapante de segurança nos montantes

seções;

• A escada deve dispor de limitador de curso, fixada no quarto vão a contar das
catracas, proporcionando uma sobreposição de pelo menos 1m quando
estendida;
• Todos os componentes devem estar em perfeito estado de conservação;
• Escadas extensíveis com mais de 7m deverão possuir obrigatoriamente
dispositivo de travamento (tirante ou vareta de segurança) para impedir que os
montantes fiquem soltos e prejudiquem a estabilidade;
• Ao se utilizar escadas extensíveis não ultrapassar os 3 últimos degraus para
garantir sua estabilidade.

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e. Escadas fixas (Escadas tipo marinheiro)


• A Escada tipo marinheiro em geral é constituída por estruturas metálicas e
utilizadas para acesso a lugares elevados ou de profundidade que excedam 6m,
com grau de inclinação em relação ao piso variando de 75º a 90º com gaiola de
proteção;

Cabo trava-quedas

• A gaiola de proteção deve ser instalada a partir de 2m do piso, devendo


ultrapassar 1 m a superfície a ser atingida, acompanhando os montantes;
• A gaiola de proteção é composta por anéis e barramentos (no mínimo 3),
devendo seus anteparos suportarem uma carga de 80Kgf;
• A distância entre os anéis deverá ser de 1,20m a 1,50m. A distância entre a
gaiola e o degrau não poderá ser superior a 0,60m;
• A abertura inferior da gaiola deve ter uma dimensão de 0,10m maior que o
restante da estrutura, para a movimentação inicial e final mais segura do
colaborador;

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• Os montantes devem ser fixados na parede a cada 3m, podendo os degraus ser
fixados diretamente na parede ou no próprio montante;

Importante:
Adotar sistema
Trava-quedas.

• As extremidades inferiores dos montantes poderão ser fixadas no piso ou


chumbadores na parede;
• As extremidades superiores do montante deverão ultrapassar 1m a superfície
que se deseja atingir e ser dobrada para baixo. Caso a escada possua os
degraus fixados na parede, na parte mais alta deverá existir um balaústre que
permita o apoio ao colaborador;

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• A distância entre os degraus deverá ser constante em toda a escada, podendo


ter de eixo a eixo, 0,25 a 0,30m;
• A largura dos degraus deve ser de 0,45 a 0,55m, e deverão ficar afastados da
parede 0,15 a 0,20m;
• As escadas fixas de marinheiro que possuírem mais de 10m de altura deverão
possuir plataformas intermediárias, subdividindo a escada em vários lances;
• A distância máxima entre as plataformas deverá ser de 9m. Em postos de
trabalhos subterrâneos esta distância deverá ser de 4m;
• Na plataforma deverá ser garantido um espaço para descanso com dimensão
mínima de 0,60x0,60m;
• A plataforma deve ser provida de sistema de guarda-corpo e rodapé com
travessão superior a 1,20m, intermediário de 0,70m e rodapé 0,20m;
• Ao utilizar a escada tipo marinheiro deve-se usar um cabo guia com trava-quedas
individual;

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• Não deve ser permitido que dois colaboradores fiquem numa mesma seção
compreendida entre os pontos de fixação dos montantes, para não comprometer
a segurança da escada;

Adotar Sistema Trava-quedas


em toda a extensão da escada

• Ao utilizar a escada, os colaboradores não deverão transportar cargas, para que


as mãos fiquem livres para apoiar nos degraus. Quando for necessário o
transporte de cargas, ele deverá ser feito por içamento;
• No interior da gaiola não deverão passar nenhum tipo de tubulação ou qualquer
outro material que ofereça risco ao usuário;
• Nunca se deve subir ou descer a escada de costas e as mãos deverão apoiar-se
nos degraus e nunca nos montantes;
• A escada tipo marinheiro deve ser inspecionado periodicamente pela equipe de
segurança do trabalho do setor.

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f. Escadas de uso coletivo


• A escada de uso coletivo deverá ser usada quando mais de 20 colaboradores
estiverem realizando um trabalho que necessite transpor diferenças de nível;
• A escada deve ser provida de um guarda-corpo de 1,20m de altura, travessão
intermediário de 0,70m de altura e rodapé de 0,20m;
• Os espelhos das escadas coletivas devem ter no mínimo 0,15m e no máximo
0,18m e largura dos degraus entre 0,25m a 0,30m. Estas medidas devem sempre
ser constantes;
• Toda escada de uso coletivo adotado para transpor diferença de nível deverá ter
o fechamento dos espelhos dos degraus.

• A largura da escada coletiva deverá ser definida de acordo com o número de


colaboradores que a utilizarão, de acordo com a tabela abaixo:

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• A escada de uso coletivo com mais de 1,50m de largura deve possuir reforço
inferior intermediário para evitar flexão do degrau da escada e espessura da
madeira de 2,5m;

• A escada de uso coletivo cuja largura seja igual ou superior a 2m deverá possuir
um corrimão intermediário;

• As escadas coletivas de madeira devem ser construídas com corrimão e patamar


de descanso a cada 2,90 m de altura, com degraus e espelhos dimensionados
conforme as figuras que seguem:

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5.4. RAMPAS E PASSARELAS

• As rampas são superfícies de passagem utilizadas para transpor colaboradores e


materiais, constituídos de planos inclinados que formam com os horizontais ângulos
que variam de 0º até 15º. Os ângulos citados são uma recomendação visando evitar
esforço excessivo dos colaboradores ao transpor a rampa;

• As passarelas são superfícies de passagem utilizadas para transpor colaboradores


e materiais, sobre vãos constituídos por um plano horizontal;

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• Não deve haver ressaltos entre o piso da passarela ou rampa e as superfícies a


serem atingidas;

• Para obter um maior fluxo de colaboradores, sem prejudicar sua segurança, a


largura da rampa ou passarela é dada em função do número de colaboradores que
a utilizam;

• A rampa ou passarela com largura superior a 1,50m deve possuir reforço inferior
intermediário para evitar flexão do piso;

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• As rampas e passarelas devem ser providas de um guarda-corpo, travessa


intermediária e rodapé:

• As rampas com inclinação entre 6º e 20º devem ser dotadas de sistema


antiderrapante, tipo friso, réguas ou outros meios que evitem escorregamento do
colaborador;
• Os apoios das extremidades das passarelas devem ultrapassar, no mínimo, de cada
lado, ¼ da largura total do vão e deverão ser fixados de modo a garantir sua
estabilidade;
• As áreas próximas aos acessos das rampas ou passarelas deverão ser protegidas
por sistema de guarda-corpo e rodapé, bem como ser sinalizadas e fechadas com
cerquite.

a) Trabalhos em taludes e escavações


• Sempre que aplicável, deverá ser utilizado equipamento de alpinismo para
trabalho em taludes íngremes sendo que somente colaboradores treinados e
autorizados poderão trabalhar em tais condições;

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• Antes de iniciar os serviços deverá ser inspecionado todo o equipamento de


segurança, inclusive o equipamento de alpinismo, e também deve ser
inspecionado o talude com relação a deslizamento de material;
• O deslocamento de descida e subida em taludes com altura a partir de 1,25m
deve ser feito sempre em uma trajetória vertical e retilínea através de escadas;

• Casos especiais de trabalho em taludes deverão ter orientação específica do


SESMT (Serviço Especializado em Engenharia e Medicina do Trabalho);
• Escadas, tábuas e outros materiais não poderão ser utilizados como rampas e
passarelas, devendo ser evitada qualquer improvisação;
• Devem ser construídas passarelas com largura mínima de 0,80m para
passagem de pessoas e 4m, no mínimo, em caso de tráfego de veículos;

• Na execução de poços e tubulões a céu aberto, a exigência de escoramento


fica a critério do responsável técnico pela execução do serviço, considerando
os requisitos de segurança que garantam a inexistência de risco ao colaborador;
• Tubulões, túneis, galerias ou escavações profundas de pequenas dimensões,
cuja frente de trabalho não possibilite contato visual da atividade e em que
exista trabalho individual, o colaborador deve estar preso a um cabo-guia que

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permita, em caso de emergência, a solicitação ao colaborador de superfície


para o seu rápido socorro;
• A partir de 1m de profundidade, o acesso à saída do poço ou tubulão deverá ser
efetuado por meio de sistemas que garantam a segurança do colaborador, tais
como: sarilho com trava e guincho mecânico.

5.5. ANDAIMES E PLATAFORMAS

• Os andaimes são estruturas metálicas ou de madeira, montados ao nível do solo,


utilizados para que os colaboradores possam realizar atividades em altura;
• Em trabalhos sobre andaimes acima de 2m é obrigatório o uso do cinto de
segurança e acima de 6m o uso de cabo guia e trava-quedas;
• É proibido o deslocamento da estrutura dos andaimes com os colaboradores sobre
os mesmos;
• Somente um profissional devidamente treinado e habilitado (eletricista) deverá
providenciar iluminação, instalação de máquinas e equipamentos elétricos para
serem utilizados em andaimes. As fiações não poderão conter emendas e os focos
de iluminação não deverão ofuscar e/ou atrapalhar a visão dos usuários;
• Se um andaime for erguido acima de 1,5m do nível do chão, deverá ser dotado de
corrimão de proteção e rodapé. Este corrimão deverá ter entre 90cm a 1m,
medidos a partir da plataforma;
• Os rodapés instalados no andaime têm o objetivo de evitar ou diminuir a
possibilidade de colaboradores, que estão trabalhando em altura elevada,
atingirem ou chutarem algum item, projetando-o para baixo;

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• É proibido a utilização de escadas ou qualquer outro dispositivo sobre a


plataforma;
• Boa organização e limpeza da plataforma são fundamentais para a segurança do
trabalho;
• Os andaimes devem ter suas cargas distribuídas de modo uniforme e sem obstruir
a passagem de pessoas;
• Caso seja montado um equipamento para içar cargas sobre o mesmo deve ser
reforçado para suportar essa carga;
• É proibido o uso de cabos de fibras naturais ou artificiais para sustentação de
andaimes suspensos;
• Nunca trabalhar sob andaimes durante chuvas, tempestades ou ventanias;
• Para trabalhos de solda ou corte sobre plataformas deve-se garantir que a área
sobre a plataforma, assim como a área abaixo dela estejam devidamente isoladas
e protegidas.

5.6. MONTAGEM E DESMONTAGEM DE ANDAIMES

• Fica determinado que o colaborador responsável habilitado pelo acompanhamento


da montagem do andaime é aquele hierarquicamente responsável pela equipe de
trabalho que estiver atuando no andaime;
• Os andaimes devem ser montados por mais de um colaborador e não devem
conter peças de fabricantes diferentes;
• O acesso aos andaimes em montagem deve ser limitado à equipe responsável
pelo serviço;
• Verificar perigo de contato com rede elétrica ou outros equipamentos energizados;
• O andaime deve suportar duas vezes o peso ao qual será submetido;
• Antes de cada nova jornada de trabalho deve ser verificada as condições gerais
dos andaimes (amarrações, estaios, pranchões, prumo, nível, entre outros),
recuperando danos ou alterações causadas por chuvas, ventos, vibração de
equipamento, ação predatória, entre outras;

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• Andaimes montados por mais de 3 meses devem ter sua liberação revisada por
completo e para aqueles fora de uso deverá haver uma identificação “Fora de
Uso”;
• Andaimes para acesso de colaboradores deverão ter escadas inclinadas
internamente, com corrimão e rodapé;
• Quando necessário, devem ser instalados dispositivos sinalizadores contra
impactos de veículos;
• Não deverão ser montados andaimes em locais de acesso de veículos de
emergência;
• Durante a montagem e desmontagem do andaime não será permitida a fixação
dos talabartes do cinto de segurança na estrutura do andaime;
• O andaime deve ser apoiado em base firme, rígida e nivelado (com sapatas). Não
o apoiar sobre terreno ou objetos instáveis como tijolos, blocos ou pedaços de
madeira;
• Avaliar as condições do solo e providenciar base de apoio com pranchões e/ou
chapas de aço, visando evitar o afundamento e/ou a inclinação do andaime;
• A fixação ou interligação das peças dos andaimes deve ser feita com dispositivos
próprios (braçadeiras, luvas, pinos e contra-pinos) sendo terminantemente proibido
improvisações com arame, cordas ou peças que não fazem parte de sua
composição;
• Todos os andaimes de encaixe devem ter um X no 1º módulo e posteriormente
uma diagonal a cada 2 módulos;
• Toda plataforma de trabalho deve ter rodapé (20cm) e corrimão com 70cm e
120cm de altura;
• Os andaimes que necessitam de rodízios devem ser providos de travas e somente
devem ser utilizados em locais de piso plano e pavimentado e ter altura limitada a
04 metros;
• Quando não for possível a fixação do andaime em uma estrutura ou ponto de
ancoragem, deve-se estaiar o andaime com cabos de aço devidamente fixados ou
por tubos rígidos nas quatro direções opostas;
• A subida e descida das plataformas dos andaimes somente devem ser efetuadas
com a utilização das escadas do mesmo;

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• É obrigatória a fixação das extremidades dos pranchões que formam o piso,


quando apoiados em duas travessas. Quando apoiados em três travessas, os
pranchões devem possuir nas extremidades, dispositivos que evitem o
escorregamento;
• A área ao redor do andaime ou da plataforma deverá ser isolada com fita zebrada
e sinalizada desde o início da montagem do andaime até a sua desmontagem;
• Nas plataformas móveis o cinto de segurança poderá ser fixado nela apenas
durante o trajeto de subida e descida, devendo posteriormente ficar preso a uma
estrutura fixa durante a realização das atividades;
• Não é permitida a existência de espaços vazios entre pranchões da plataforma;
• Os pranchões devem ter espessura mínima de 1 ½” e 25 a 30cm de largura;
• Deve ser evitada a justaposição de pranchões, pois neste ponto é criada uma
irregularidade favorecendo a ocorrência e acidentes;
• Na montagem do andaime as tábuas devem ultrapassar o suporte de 20mm a
60mm;
• Todas as plataformas de trabalho devem ter 60cm de largura, no mínimo;
• Caso seja necessária a existência de alguma abertura na plataforma de serviço,
esta deverá ser provida de guarda corpo.

5.7. DESMONTAGEM DE ANDAIMES

A desmontagem é tarefa de maior risco que a montagem, logo, necessita maior


cuidado, portanto:

• Verificar a existência de restos de materiais sobre as tábuas dos andaimes;


• Verificar a existência de tábuas soltas;
• Realize a desmontagem sempre de cima para baixo;
• Utilizar equipamento auxiliar sempre que possível, tais como: SKYMUNCK,
GUINDASTE, HYSTER, ETC;
• Usar cinto de segurança durante toda desmontagem;
• Nunca ficar no piso que está sendo desmontado e sim no andar de baixo ou fora
do andaime.

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5.8. LIBERAÇÃO DE ANDAIMES

a) A liberação para trabalhar nos andaimes, deverá ser realizada pelo Técnico de
Segurança do Trabalho da empresa ou, na falta deste (empresas terceirizadas que
não se enquadrem no Quadro II da NR 4 da Portaria Ministerial 3.214/78) pelo
Técnico de segurança do Trabalho da empresa contratante;
b) A avaliação do andaime deverá ser feita através de L.V – Lista de Verificação
específica e a identificação de liberação ou reprovação do andaime deverão ser
através placas de identificação fixados na própria estrutura do andaime, tais como:

5.9. PLATAFORMA ELEVATÓRIA

5.9.1. TIPOS DE PLATAFORMAS

a) Plataforma aérea tipo tesoura - é uma plataforma de elevação aérea


hidráulica com autopropulsão, equipada com uma plataforma de trabalho na
ponta do mecanismo “Sizzor“ (Tesoura) de elevação. É utilizada para colocar
os técnicos, com suas ferramentas e suprimentos, em posições de trabalho
elevadas;

b) Plataforma aérea tipo lança articulada - é uma elevadora hidráulica que


funciona com autopropulsão e é equipada com uma plataforma de trabalho. É
utilizada para posicionar o pessoal com suas ferramentas em posições acima
do nível do solo e pode ser usada para alcançar áreas de trabalho
localizadas acima da maquinaria ou equipamento.

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5.9.2. CONSIDERAÇÕES GERAIS

a) Somente pessoal qualificado e habilitado deve ter permissão para operar a


plataforma elevatória;
b) Deve portar crachá com identificação (nome, chapa, função e foto) em local
visível;
c) Para trabalhos acima de 2 metros de altura, todos na plataforma devem
utilizar cintos de segurança afixados em ponto de ancoragem apropriado;
d) Quando estiver executando serviço em “pipe-rack” o cinto de segurança deve
estar afixado na gaiola da plataforma e não na estrutura do “pipe rack”;
e) Não projete o corpo para fora do guarda-corpo da máquina;
f) Durante o deslocamento da plataforma somente é permitido uma pessoa
dentro da gaiola. Sempre virada de frente para a direção do deslocamento da
máquina;
g) Sempre coloque um vigia e use a buzina quando dirigir em área onde a visão
seja obstruída;
h) Mantenha um afastamento de pelo menos 3 metros entre qualquer parte da
máquina e uma rede ou dispositivo elétrico submetido a uma tensão de até
50.000 volts;
i) Não opere plataforma na subestação principal, a não ser que as duas linhas
de entrada estejam devidamente desenergizados e aterradas;
j) O local onde estiver sendo realizado o trabalho deve ser devidamente
isolado, impedindo a passagem de pessoas;
k) Quando a plataforma estiver sendo utilizada em áreas próximas à
movimentação de carga, a exemplo de pórtico, talha, empilhadeira, deve-se
adotar medidas específicas que evitem colisões. Assegure-se de que os
operadores das outras máquinas suspensas ou no solo estejam cientes da
presença da plataforma elevada;
l) O local e posicionamento deve ser firme, plano e isento de buracos e
saliências. Nunca opere a máquina em superfícies moles ou desniveladas,
pois a mesma pode tombar;

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m)Não amarre a máquina a qualquer estrutura adjacente. Nunca amarre fios,


cabos ou itens similares à plataforma;
n) Nunca posicione escadas, degraus ou itens semelhantes na unidade para
fornecer alcance adicional;
o) Mantenha os calçados e a área da plataforma sem lama, óleo, graxa e outras
substâncias escorregadias;
p) As grades da plataforma não devem ser usadas para manejo de materiais;
q) Nunca exceder o limite de carga estabelecido pelo fabricante;
r) Não operar a máquina quando a velocidade do vento exceder 50 km/h;
s) Nunca use a lança para qualquer objetivo que não seja posicionar o pessoal,
suas ferramentas e equipamentos;
t) Antes de sair da máquina verifique se a mesma esta parada e com o sistema
de freio travado;
u) Nunca caminhe pela lança para chegar ou sair da plataforma;
v) Faça inspeção periódica de segurança e vistoria diária da plataforma. A
inspeção do equipamento e do local de trabalho deve ser feito por
colaboradores competentes;
w) Não opere plataforma em mau funcionamento;
x) Não abaixe a plataforma antes de recolher inteiramente a extensão da
plataforma;
y) Não eleve a plataforma enquanto estiver em movimento;
z) Nas plataformas, o cinto de segurança poderá ficar fixado nesta somente
durante o seu trajeto de subida e descida, devendo ficar fixado em uma
estrutura rígida do prédio, durante a realização dos trabalhos.

5.10. TELHADOS

5.10.1. CONSIDERAÇÕES GERAIS

a) Comunicar ao setor usuário sobre a realização do serviço e fazer o


planejamento das etapas das atividades;

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b) Nos locais onde se desenvolvem trabalhos em telhados, devem existir


sinalização e isolamento de forma a evitar que os colaboradores no piso
inferior sejam atingidos por eventual queda de materiais e equipamentos;
c) Não sobrecarregar o beiral do telhado, pois esse não foi projetado para
suportar peso;
d) Para içar telhas, deve-se suspendê-las até a altura desejada, uma a uma,
devidamente amarradas, por meio de talhas ou outros meios igualmente
seguros;
e) Nunca armazenar telhas sobre o telhado;
f) Não deixar sobras de material sobre o telhado após a execução do
serviço;
g) Em dias de chuva ou de muito vento, ou enquanto as telhas estiverem
úmidas, não executar serviços sobre o telhado, mesmo com o uso de
passarela de madeira;
h) Não pisar diretamente sobre as telhas, mas sim sempre nas tábuas que
devem ser dispostas como passarelas;
i) O cinto de segurança tipo pára-quedista deverá ser utilizado,
providenciando-se previamente os meios necessários á sua fixação de
forma a possibilitar a locomoção do usuário sobre o telhado:

j) Para trabalhos em telhados, devem ser usados dispositivos que permitam


a movimentação segura dos colaboradores, sendo obrigatória a instalação
de cabo-guia de aço, para fixação do cinto de segurança tipo paraquedista;
k) Os cabos-guias devem ter suas extremidades fixadas à estrutura definitiva
da edificação por meio de suporte de aço inoxidável ou outro material de

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resistência e durabilidade equivalentes com resistência em qualquer ponto


a carga de no mínimo 1500kg, destinadas a dar mobilidade com segurança
aos colaboradores que efetuam movimentação horizontal com risco de
queda;

l) Procedimentos de segurança a serem observados na realização de


trabalhos em telhados, para evitar quedas de altura, são importantes
basicamente pelos seguintes motivos:
• Rompimento de telhas por baixa resistência mecânica;
• Tábuas mal posicionadas;
• Escorregamento em telhados úmidos, molhados ou com acentuada
inclinação;
• Mal súbito do funcionário ou intoxicação decorrente de gases, vapores
ou poeiras no telhado;
• Calçados inadequados e ou impregnados de óleo ou graxa;
• Locomoção sobre coroamento dos prédios;
• Escadas de acesso ao telhado sem a devida proteção;
• Ofuscamento por reflexo do sol;
• Falta de sinalização e isolamento no piso inferior.

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5.10.2. PLANEJAMENTO DO TRABALHO

a) Todo serviço realizado sobre telhado exige um rigoroso planejamento onde


devem ser verificados os seguintes itens:
• Tipo de telha, seu estado e resistência;
• Materiais e equipamentos necessários à realização dos trabalhos;
• Definição de trajeto sobre o telhado visando deslocamento racional,
distante de rede elétrica ou áreas sujeitas a gases, vapores e poeiras;
• Necessidade de montagem de passarelas, escadas, guarda-corpos ou
estruturas sobre o telhado;
• Definição dos locais para instalação de cabo-guia de aço para
possibilitar uso do cinturão de segurança conforme exigência do
ministério do trabalho;
• Controle médico e qualificação técnica dos trabalhadores para serviços
nessa área de alta periculosidade;
• Condições climáticas satisfatórias para liberar trabalho em telhado, visto
que é proibido com chuva ou vento;
• Programar desligamento de forno ou outro equipamento do qual haja
emanação de gases;
• Orientar os trabalhadores e proibir qualquer tipo de carga concentrada
sobre as telhas, visto que é o motivo principal de graves acidentes.

b) Durante o trabalho:
• Proibir carga concentrada - As telhas de fibrocimento, alumínio ou barro
não foram projetadas para suportar cargas concentradas. Seus
fabricantes advertem para não pisar ou caminhar diretamente sobre
elas. As maiores partes dos acidentes em telhados ocorrem por
rompimento mecânico de seus componentes, motivadas por
concentração excessiva de pessoas ou materiais num mesmo ponto.

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6. CUIDADOS COM A SEGURANÇA

Diariamente antes de iniciar as atividades, todos deverão participar do DDSMS (Diálogo


Diário de Segurança, Meio Ambiente e Saúde Ocupacional) a ser realizado pelo
Encarregado de Turma.

Antes de iniciar as atividades, os trabalhadores e encarregado deverão verificar todos os


equipamentos e ferramentas de trabalho, além dos EPI`s / EPC´s necessários para a
execução dos serviços.

Somente poderão ser iniciados os serviços, após a realização da leitura da Análise


Preliminar de Risco (APR), devendo os mesmos ter pleno conhecimento dos riscos
ocupacionais da atividade e assinar a lista de presença.

O encarregado junto com os trabalhadores deverá antes de iniciar as atividades, verificar o


local e realizar avaliação prévia para iniciar os trabalhos, de forma a evitar falhas e perdas
de tempo, além de prevenir acidentes de trabalho.

As operações em máquinas e equipamentos necessários à realização da atividade somente


podem ser realizadas por trabalhadores qualificados.

Compete ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do


Trabalho – SESMT, a recomendação do EPI adequado aos riscos existentes em
determinada atividade, bem como fornecer orientação e treinamento referente ao seu
devido uso, guarda e conservação.

Todo e qualquer EPI, de fabricação nacional ou importada, só poderá ser adquirido e


utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação – CA, expedido pelo órgão nacional
competente em matéria de segurança e saúde do trabalho do Ministério do Trabalho e
Emprego.

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Os componentes da equipe devem usar seus EPIs apenas para a finalidade a que se
destina, responsabilizando-se pela guarda e conservação do mesmo, comunicando ao
supervisor imediato qualquer alteração que o torne impróprio para uso.
A fiscalização do uso dos EPI’s de forma adequada e correta por todos os elementos da
equipe é de responsabilidade do superior imediato.
Proceder à limpeza constante da plataforma dos andaimes suspensos, evitando sobrecarga
do mesmo.

Quando o trabalho envolver resinas e produtos inflamáveis, deverão ser colocados


extintores de incêndio na plataforma de trabalho e os colaboradores orientados a não fumar.

As ferramentas portáteis usadas em altura devem estar amarradas no pulso (quando em


trabalho) ou cinto do colaborador para evitar queda das mesmas.

Sempre que houver a constatação de uma condição insegura, deve-se imediatamente


paralisar a atividade e comunicar ao encarregado.

É proibida a instalação de andaime suspenso em período chuvoso.

A empresa fornecedora do andaime suspenso mecânico deverá atender todos requisitos


descritos neste procedimento.

Durante a instalação de andaimes suspensos, não será permitido o uso de celular.

Antes da instalação do andaime suspenso, deverá ser solicitada a presença do técnico de


segurança.

A utilização de corda de poliamida deverá ser protegida por uma mangueira cristalina para a
proteção do atrito contra a estrutura da edificação.

Para trabalhos em torres de LT jamais fixar os dois talabartes Y em uma mesma peça da
torre.

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Com relação aos capacetes, deverá ser utilizado o código de cores, conforme tabela abaixo:

Cor Função
Branco Engenheiros, Equipe de Administração, Equipe de SMSQ, Encarregados
Azul Escuro Montadores, Oficiais, Esporeiro, nivelador
Vermelho Pedreiros, Carpinteiros, Armador, Mecânico, Pintor, Soldador
Cinza Motoristas e Operadores de Máquinas
Amarelo Ajudantes e Auxiliares
Laranja Operadores de Motosserra e Marteleteiro
Marrom Eletricista

6.1. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO

EPI:
• Calça e Camisa de manga longa (uniforme padrão operacional e administrativo);
• Capacete de segurança com jugular;
• Óculos de segurança;
• Luva de segurança (Vaqueta, Mista e PVC);
• Perneira;
• Botina de segurança;
• Cinto de segurança tipo paraquedista;
• Talabarte duplo Y 110 mm;
• Talabarte de posicionamento;
• Trava quedas;
• Mosquetão;
• Protetor Solar / Repelente de Insetos.

EPC:
• Kit de primeiros socorros;
• Prancha rígida / Talas / Colar Cervical;
• Veículo com motorista à disposição nas frentes de Serviço;
• Barraca de área de vivência (mesa e cadeira);

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• Barraca sanitária;
• Rádio de comunicação;
• Kit de emergência ambiental;
• Cones de sinalização/fita zebrada;
• Cerquites;
• Kits de Linhas de Vida;
• Placas de Sinalizacao de Advertencia e Segurança;

6.2. CORDAS (UTILIZACAO E PROCEDIMENTOS)

As cordas utilizadas em processos de trabalhos em altura são confeccionadas em fibras


sintéticas, pois estas possuem valores de resistências mecânicas de ruptura à tração e
abrasão satisfatórias. As cordas produzidas a partir de fibras naturais geralmente possuem
menor resistência, sensíveis a fungos, o que resulta na minimização da vida útil do produto
e possuem pouca uniformidade de qualidade, segundo a NBR-14626.

Tipos de Cordas:
• Capa e Alma (Kernmantle, kern = alma e mantle = capa):
As cordas com estrutura de capa e alma são as mais aconselhadas e seguras. A alma
(parte interior da corda) possui fibras de nylon (poliamida) torcidas juntas, formando
cordões que se encarregam da resistência à tração. Já a capa, é quem proporciona
proteção de desgaste a alma contra abrasão e mantém sua estrutura homogênea,
promovendo uniformidade ao diâmetro da corda; assim, a capa é um tubo de fios
trançados que resguardam seu interior.
• Trançada:
Essas são as que menos devem ser usadas, pois não resiste à abrasão e são de difícil
manuseio pelos usuários como também não tem boa capacidade de deslize dos
equipamentos normalmente usados
• Torcida:
As cordas torcidas também não são aconselhadas para o uso em técnicas verticais, pois
quando tracionadas giram pela distorção dos seus fios, que estão expostos causando
fragilidade por exposição.

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• Semi-Estáticas:
Muito utilizadas para a prática de técnica vertical, são composta em sua alma, de diversos
cordéis trançados com recheio de fibras esticadas. A principal característica é que ao subir
ou descer, o usuário não gira em torno da corda, porque esta não tende a desenrolar a
alma.
• Dinâmicas:
Cordas dinâmicas são as que possuem maior elasticidade. Sua alma é composta por
vários cordéis torcidos, que facilitam o alongamento em caso de um esforço muito grande.
Mais utilizado para a prática de alpinismo pelo fato de aliviarem o impacto em caso de
queda. Sua elasticidade pode chegar a até 30% do comprimento antes de romper.

Ensaios técnicos em cordas

Resistência à abrasão:
Dependendo da maneira como a capa é trançada, obtém-se maior ou menor resistência
abrasiva. As capas mais resistentes apresentam maior número de pontos e mais
apertados, desta forma, consegue-se que as fibras dificultem o desfiar provocado por
superfícies ásperas.
Maleabilidade:
A maleabilidade de uma corda é importante para realização de nós, ou ainda para
instalação de equipamentos tais como: descensores, ascensores e blocantes.
Alongamento:
Consiste em submeter uma seção de uma corda a uma tração estática aplicada através de
uma massa de ensaio para avaliação do alongamento obtido. As cordas dinâmicas
possuem um alongamento maior que as cordas semi-estáticas.
Resistência à tração:
Este ensaio tem como objetivo identificar e estabelecer os valores para a carga nominal de
trabalho e a resistência de ruptura por tração estática. Este processo consiste no
tensionamento estático de uma seção de um corpo de prova por um tempo determinado,
onde são classificadas conforme a analise final em função das alterações ou deformações
físicas apresentadas pela corda.

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Resistência à tração com Nó “8”:


Consiste em submeter duas cordas idênticas, unidas através de um nó tipo “8”, aos
ensaios de resistência à tração, considerando a confecção da união entre as cordas com o
nó.

Fator de queda
Fator de queda é uma expressão e uma técnica muito utilizada na área esportiva,
proveniente de ensaios em laboratórios específicos, esta técnica permite ao usuário dos
equipamentos e cordas um conhecimento prático e eficaz no que se refere à vida útil dos
equipamentos em relação ao número e tipo de queda.
Este teste consiste basicamente na conexão de um peso de 80 kg em uma corda de 2,80
m, quando é deixado cair a uma altura de 2,50 m acima do seu ponto de ancoragem,
totalizando 5 metros de queda. Um fator de queda igual a 2, ou seja, o mais crítico.
O fator de queda (F) é a razão da altura da queda (h) pelo comprimento da corda liberada
(l). F = h / l. Quando caímos de 4 metros com 2 metros de corda temos um fator de queda
igual a 2, caindo de 2 metros com 2 metros de corda temos um fator de queda igual a 1.

<1 >1 <1 >2

FIGURA 01: Simulação de subida.



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Regras Básicas na utilização de Nós:


• Utilizar o nó mais adequado a cada uma das situações;
• Nunca realizar um nó sem ter a certeza que está bem feito;
• Ajustar e apertar bem os nós;
• Pentear os nós, alinhando-os de forma a evitar torções desnecessárias;
• Desfazê-los logo que não sejam necessários;
• Conferir os nós realizados por pessoas com pouca experiência;
• Não deixar as pontas muito curtas para o nó não se desfaze (Fitas, no mínimo 5 cm, e
nas cordas 10 cm).

Nós para atividades em trabalho em altura


• Nó “8”
Utilizado em ancoragens, fácil de ser confeccionado e possível de ser desarmado após
utilização sobre carga.
Nós de Amarração: São nós utilizados para amarrar cordas. Alguns destes nós são
igualmente utilizados para autosegurança (ex. nó de Oito).
É o melhor nó para auto-segurança e bastante utilizado para fixar cordas em todo o tipo
de amarrações.

FIGURA 02: Nó “8”.


• Nó “Coelho”
Utilizado para ancoragens de cordas em paralelo. Sua confecção é muito semelhante ao
nó 8, porém dispõe de dois laços para ancoragens.

FIGURA 03: Nó “Coelho”.



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• Nó “Pescador”
Utilizado para unir cordas de mesmo diâmetro. Após a aplicação de carga, é difícil ser
desarmado.

FIGURA 04: Nó “Pescador”.


• Nó “Prussique”
Conhecido como “Nó blocante”, pois possibilita o bloqueio de uma corda em um sistema de
suspensão de cargas com polias e também como travamento de segurança quando
utilizado em conjunto com equipamentos descensores sem dispositivo auto-blocante.

FIGURA 05: Nó “Prussique”.

Percentual de perda de resistência no nó


Todo nó enfraquece a corda no local onde apresenta curvatura. Dependendo do tipo de nó
e corda, o percentual de perda na resistência pode chegar a 60%.
Mosquetões
Os mosquetões podem ser classificados quanto ao modelo, material construtivo ou ainda
quanto ao tipo do travamento do gatilho, segundo a NBR-15836.
Modelos de Mosquetões
O modelo construtivo do corpo do mosquetão define qual sua performance, e podem ser
classificados em 4 categorias, conforme a NBR-15836:
• Oval:
O oval foi, por muito tempo, o mais tradicional dos mosquetões; apenas recentemente
perdendo sua popularidade. Este equipamento quando sobre ação de uma força

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tencionando suas extremidades, a metade desta força é aplicada na parte mais sensível
do mosquetão, o gatilho, peça que promove a abertura e o fechamento.

FIGURA 06: Mosquetão oval.

• D:
O mosquetão tipo D foi projetado para receber a maior intensidade de força ao longo da
base do equipamento, parte oposta ao gatilho, minimizando os efeitos negativos referentes
à concentração de carga no gatilho.

FIGURA 07: Mosquetão D.

• D Assimétrico:
O mosquetão tipo D assimétrico foi desenvolvido para promover um melhor desempenho
ergonômico aos usuários.

FIGURA 08: Mosquetão D Assimétrico.



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• Pera:
Os mosquetões tipo pera, também chamados de HMS (Halbmastwurfsicherung, ou mezzo-
barcaiolo) possui entre suas principais características o grande e arredondado perfil interno
oferecendo resistência mecânica e reduzindo o desgaste de materiais sintéticos tais como
cordas ou fitas. Este mosquetão também minimiza a possibilidade da aplicação de carga
atravessada, ou seja, a ação de uma força atuando no sentido transversal à base do
mosquetão.

FIGURA 09: Mosquetão Pera.

Recomendações de segurança para utilização de mosquetões


• Caso necessite utilizar dois ou mais mosquetões em um mesmo ponto de apoio,
coloque-os paralelamente com os fechos em rosca invertidos, evitando possíveis aberturas
em qualquer um dos lados.
• Não utilize mais que dois mosquetões em sequência num mesmo ponto, pois a
ação de atrito poderá aplicar força excessiva nas travas.
• Mantenha as travas fechadas para evitar a abertura acidental.
• Não aplique carga tridimensional no mosquetão.
• Não coloque objetos junto às travas.
• Quedas ou impactos poderão provocar fissuras (fraturas) internas.
• No caso de deslize em cabos aéreos, observar o sentido de fechamento de rosca
idêntico ao sentido de deslize para evitar abertura do fecho.
• Condene equipamentos quando apresentarem ferrugem.
• Mantenha os equipamentos ligeiramente lubrificados.

Travas do gatilho
A trava deve ser de fácil abertura, devendo possibilitar a abertura de forma suave, mesmo
quando submetido à carga, para possibilitar a instalação de outras cordas ou fitas. Em

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caso de dificuldade na abertura da trava, deve se inspecionar o equipamento de forma a


identificar problemas tal como alongamento e deformações do material, e ainda o
alinhamento e a lubrificação das peças.
Os mosquetões foram projetados para serem submetidos a esforços de tração no eixo
longitudinal, onde a carga exercida estará concentrada na base do equipamento. A
aplicação de cargas sentido transversal dos mosquetões resultará na da redução da vida
útil do equipamento em função de deformações no gatilho.

28 kN 7 kN 8 kN

FIGURA 10: Abertura da trava versus esforço de tração.

Tipos de travas do gatilho


Todo mosquetão utilizado deve possuir duplo sistema de travamento do gatilho, com
objetivo de impedir a abertura acidental em caso de contato com estruturas metálicas ou
ainda peças, ferramentas e equipamentos pertinentes aos processos de trabalho.
• Twist lock (automático)
O travamento é realizado através de encaixe, onde a abertura deste, somente é liberada
após a desobstrução de uma peça que encobre o gatilho sob a ação de uma mola metálica
que mantém o equipamento na posição travada. O movimento para o destravamento do
gatilho poderá ser circular, avanço ou recuo ou ainda movimentos combinados.
• Rosca
Este sistema de travamento é composto por um conjunto rosqueável sobre o gatilho
impedindo a abertura acidental do equipamento quando devidamente rosqueado. Este
equipamento requer uma movimentação maior para abertura e fechamento da trava, onde
em muitos casos é possível encontrar equipamentos em utilização com a trava de rosca na
posição aberta, pois este processo, diferente do automático, é passivo de negligência.

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• Ball lock (automático)


O nome sugestivo provém da instalação de uma pequena esfera sob ação de uma mola
em uma região côncava na lateral do gatilho responsável pelo desbloqueio da trava do
gatilho.

Malhas Rápidas
São equipamentos confeccionados em aço carbono, geralmente utilizados nas uniões
entre as fitas do talabarte e os ganchos de ancoragem, entretanto, podem ser aplicados a
outras atividades.
Estes conectores, diferentemente dos mosquetões, não possuem a peça articulada
denominada “gatilho” e sua abertura ou fechamento se da através de uma capa móvel tipo
porca rosqueado a uma rosca fixa tipo parafuso.

FIGURA 11: Malha DELTA / Malha OVAL / Malha MEIA LUA.

Polias
• Polias ou Roldanas
Atualmente é possível encontrar uma grande variedade de polias para a realização de
diversas atividades. Entretanto o desempenho do trabalho a ser realizado dependerá a
escolha do equipamento apropriado.
• Polia com placas fixas
Sua configuração, geralmente exige que seja utilizada com mosquetões ovais ou similares.
• Polia com placas móveis
As placas móveis têm objetivo de facilitar e agilizar a instalação em qualquer ponto da
corda.
• Polia com Eixo Auxiliar
O eixo auxiliar possui uma função preventiva em caso de ruptura no eixo da roldana,
acolhendo a corda e sustentando a carga.

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• Polia Dupla
Preferida para montagens de sistema de redução de força, também chamado de Sistema
de Vantagem Mecânica, para socorro de vítimas em suspensão ou movimentação de
cargas. Os canais das polias dispostos uma ao lado da outra possibilita a compactação e
operacionalidade do sistema durante a montagem.
Para retenção de carga ou bloqueio de um dos sentidos de movimentação da corda,
poderá ser utilizada com nós “Prusique”.

FIGURA 12: Polias ou roldanas.

6.3. MOVIMENTACAO E ACESSO AS TORRES E CABOS

Procedimentos para trabalho em altura na montagem de torres, lançamento de


cabos, acesso em torres e cabos.

Estruturas de Linhas de Transmissão


Os procedimentos foram especificados considerando o controle efetivo do risco de queda
durante todo o tempo de exposição aos perigos. Portanto, os procedimentos visam à
utilização do cinto de segurança constantemente conectado a um dos equipamentos
antiqueda (talabartes de segurança e trava quedas para corda ou retrátil).

Utilizando talabartes de segurança tipo “Y” e trava quedas para cordas


Consiste na instalação alternada dos ganchos do talabarte de segurança tipo “Y”. A
movimentação de um dos ganchos somente poderá ser realizada após certificar-se que o
outro esteja devidamente ancorado.

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Em atividades de grupo, a movimentação de escalada de estruturas com talabartes de


segurança tipo “Y” poderá ser minimizada com o auxílio do trava quedas para cordas, onde
um trabalhador escala a estrutura e instala uma corda em um ponto fixo e resistente da
estrutura preservando a via de escalada para os demais trabalhadores.

FIGURA 13: Movimentação de escalada de estruturas.

Utilizando trava quedas para cordas ou retrátil com bastão telescópico


Em situações onde não seja possível o alcance de um ponto para a ancoragem de um
equipamento antiqueda, poderá ser utilizado um bastão telescópico para a instalação do
sistema de proteção contra quedas com trava-quedas para corda ou retrátil.

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FIGURA 24: Utilização de bastão telescópico.

Via de escalada com fitas planas de ancoragem


Este processo consiste na instalação de fitas planas de ancoragem no percurso desejado
de forma a constituir uma via de escalada e permitir a utilização alternada dos ganchos de
ancoragem do talabarte de segurança.

Movimentação sobre cadeias de isoladores tipo “Suspensão”


Durante a movimentação sobre cadeias de isoladores o trabalhador deverá utilizar o trava-
quedas preferencialmente retrátil ancorado em um ponto fixo e resistente da mísula. Na
impossibilidade de uso do retrátil, utilizar outros meios que também atendam o preceito de
segurança.
NOTA - Na ausência de trava quedas retrátil poderá ser utilizado fitas planas de ancoragens
laçadas entre os isoladores de forma a constituir uma via de escalada com pontos de

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instalação para os ganchos de ancoragem dos talabartes de segurança. Utiliza-se escadas


de acesso em casos específicos (quando necessitar).

FIGURA 15: Utilização de Linha de vida com trava-quedas.

Movimentação sobre cadeias de isoladores tipo “Ancoragem”


Movimentação vertical/horizontal sobre cadeias de isoladores instáveis em relação à
grampeação dos cabos: Utiliza-se escadas de acesso em casos específicos (quando
necessitar).

• A movimentação sobre cadeias de isoladores horizontais, em processo de


instalação/manutenção onde os a cadeia de isoladores e os cabos condutores estejam
provisoriamente sustentadas por equipamentos tais como talhas ou tifor, o trabalhador
deverá utilizar uma corda ancorada na mísula e um trava quedas para corda com o
travamento permanente sobre esta. Este equipamento será operado pelo trabalhador de
forma a soltar ou recolher gradativamente a corda durante a movimentação do trabalhador
sobre a cadeia de isoladores.
Movimentação horizontal sobre cadeias de isoladores estáveis em relação à grampeação
dos cabos:

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• Recomendamos a utilização do talabarte de segurança tipo "Y" com ganchos de


ancoragens a serem instalados entre os isoladores. Para esta atividade poderá ser
instaladas fitas de ancoragens entre isoladores de forma a promover uma via de
ancoragem para os ganchos. Ou outro meio similar que gere o fator de segurança no
trabalho em altura.

FIGURA 16: Movimentação sobre cadeia de isoladores.

Movimentação sobre cabos condutores


A movimentação sobre cabos condutores deverá ser realizada utilizando permanentemente
no mínimo um dos ganchos do talabarte de segurança tipo “Y”.
NOTA - Poderá ser utilizado, em caráter adicional, o talabarte de posicionamento, tendo em
vista que este facilita o retorno ao cabo em caso de queda do trabalhador. Assim como
escadas de acesso (quando necessitar).

7. MEDIDAS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL

Todos os serviços a serem desenvolvidos na obra referente a atividade de trabalho em


altura deverão atender às exigências dos documentos de Meio Ambiente, bem como as
normas vigentes.

8. RECURSOS NECESSÁRIOS

Antes das equipes se deslocarem para o local das atividades a serem executadas, devem
realizar uma verificação se todos os equipamentos, materiais e ferramentas listadas abaixo,
foram separados e estão sendo levados para o local de execução.

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8.1. EQUIPAMENTOS / MÁQUINAS


• Trator;
• Caminhão de turma;
• Toyota 4x4;
• Ambulância 4x4 em pontos estratégicos com rádio de comunicação;
• Conjunto completo de Guinchos de Lançamento “Puller” e “Freio Tensionador”;
• Conjunto completo de Guincho de Icamento Estacionário;
• Caminhão Guindauto;
• Guindastes;

8.2. FERRAMENTAS
• Mastro de montagem “Facão”;
• Andaimes e seus acessórios;
• Talhas;
• Roldanas pastesca;
• Tirfor;
• Catracas;
• Chave soquete;
• Chave combinada;
• Chave espina;
• Morcete;
• Camelão;
• Torquimetro.
• Escada de Descida em Mísula / Saída em Isoladores;
• “Bicicleta” para instalação de Espaçadores e Acessórios;
• Esporas de Bico (Para Trabalhos em Postes de Madeira – “Cavaletes de Proteção”;

8.3. MATERIAIS
• Cordas polietileno;
• Cordas para linha de vida, padrão NR 18;
• Cordas de Aramida;

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• Fitas de ancoragem e mosquetão;


• Cabos de aço;
• Manilhas / Presilhas;
• Parafusos;
• Pregos.
• Conjunto de Aterramento Temporário Completo;
• Hastes de Aterramento;
• Malhas de Aterramento;
• Kits para realização de resgate em altura.

8.4. EQUIPE OPERACIONAL ENVOLVIDA NAS ATIVIDADES


• Supervisores;
• Encarregados de turma;
• Motoristas;
• Montadores;
• Operadores de máquinas;
• Carpinteiro;
• Eletricista;
• Ajudantes;
• Técnicos de Segurança no Trabalho;

9. REGISTROS

N/A

10. CONSIDERACOES DE SAUDE

Conforme a NR 35, os itens relativos às ações de Saúde Ocupacional nos casos de trabalho
em altura nas empresas são:
35.4.1.2 Cabe ao empregador avaliar o estado de saúde dos trabalhadores que exercem
atividades em altura, garantindo que:

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a) os exames e a sistemática de avaliação sejam partes integrantes do Programa de


Controle Médico da Saúde Ocupacional - PCMSO, devendo estar nele consignados;
Entende-se o termo exames em sentido amplo, compreendendo a anamnese, o exame
físico e, se indicados, os exames complementares a que deve ser submetido o trabalhador,
devendo todos os exames e a sistemática de sua implementação estar consignados no
PCMSO da COBRA BRASIL, considerando os trabalhos em altura que o trabalhador irá
executar.

b) a avaliação seja efetuada periodicamente, considerando os riscos envolvidos em cada


situação;
A NR 35 não estabelece uma periodicidade para avaliação dos trabalhadores que executam
trabalhos em altura.
Assim, conforme definido no PCMSO, os exames clínicos com a respectiva emissão do
Atestado de Saúde Ocupacional deverão ser anuais.

c) seja realizado exame médico voltado às patologias que poderão originar mal súbito e
queda de altura, considerando também os fatores psicossociais.
Atendendo à recomendação do Ministério do Trabalho, o médico examinador deve focar seu
exame sobre patologias que possam originar mal súbito, tais como epilepsia e patologias
crônicas descompensadas, como diabetes e hipertensão descompensadas, etc.
Fica reiterado que a indicação da necessidade de exames complementares é de
responsabilidade do médico coordenador do PCMSO e/ou médico examinador.

35.4.1.2.1 A aptidão para trabalho em altura deverá ser consignada no atestado de saúde
ocupacional do trabalhador.
No exame médico admissional serão realizados, entre outros exames, eletrocardiograma,
eletroencefalograma, glicemia e hemograma para todos os empregados e qualquer
alteração da normalidade, conforme a avaliação do médico examinador, será considerada
como fator impeditivo para liberação de trabalho em altura.
Os exames supracitados deverão ser realizados com a seguinte periodicidade:
• Eletrocardiograma, glicemia e hemograma: renovação anual.
• Eletroencefalograma: renovação quinquenal.

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Esta periodicidade poderá ser alterada por definição do Coordenador do PCMSO.

Aferição da Pressão Arterial


Deverá ser feita a aferição da pressão arterial aleatoriamente. Assim, recomenda-se que
todos os trabalhadores tenham a pressão arterial medida ao menos uma vez no mês e os
dados obtidos deverão ser informados em documento especifico, que deverá ser
encaminhado para controle da área de Medicina do Trabalho. (*)
Os selos deverão ser trocados a cada mês e os empregados que apresentarem pressão
arterial sistólica acima de 140 mm de Hg e/ou pressão arterial diastólica maior do que 90
mm de Hg deverá ser encaminhado para acompanhamento médico e de enfermagem e
retirados da atividade em altura, até a normatização dos níveis pressóricos.

Avaliação Verbal Diária

Propõe-se e recomenda-se que diariamente o supervisor/encarregado da frente de serviços,


no Diálogo Diário de Segurança, faça uma avaliação sucinta das condições de cada
empregado, através de perguntas simples realizadas aleatoriamente, que deverá contemplar
os seguintes aspectos:

a) Sono: Você dormiu bem nesta noite?


b) Uso de medicamentos: Você está usando algum medicamento? Tomou algum
medicamento ontem à noite ou hoje pela manhã?
c) Alimentação: Quando foi e qual o conteúdo de sua última refeição?
d) Sintomas clínicos: Você tem sentido tonturas, mal-estar, problemas visuais?
e) Informações pessoais: Você faz algum tratamento para diabetes, hipertensão
arterial ou labirintite?
f) Condições de trabalho: Você está sentindo-se bem para trabalhar em altura hoje?

Em caso de resposta positiva a alguma destas perguntas, o empregado deverá ser


dispensado das atividades em altura na ocasião e encaminhado para acompanhamento de
médico e de enfermagem e resolução dos problemas citados.

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(*) fica sugerido que a aferição da pressão arterial seja feita pelos profissionais de saúde,
com a utilização de medidores de pressão arterial (esfigmomanômetros) digitais e registrada
no documento.

11. RESGATE EM ALTURA

Tem por objetivo estabelecer a sistemática para o resgate de colaboradores que executam
trabalhos em altura, visando à Segurança dos envolvidos e atender as Normas
Regulamentadoras vigentes. São apresentadas formas sugeridas de resgate ao qual são
ministradas em treinamentos para as equipes em conformidade com a NR-35 e com o PAE.

Analise Previa do Salvamento em Altura:


Nesta fase deve-se reunir o maior número de informações possíveis através de contatos
prévios com pessoas que possam trazer informações valiosas acerca do local e do tipo de
sinistro, como:

 Comunicação
 Altura;
 Natureza da ocorrência;
 Número de vítimas e grau de lesão;
 Idade das vítimas;
 Hora do acidente;
 Lugar exato, ou o mais aproximado possível.

FIGURA 17: Métodos e Analise das formas de executar o resgate.



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Princípios da Segurança no Momento do Resgate em Altura:

Garantir a própria Segurança:

De nada serve socorrer a uma vítima, se o sucesso da operação custar a vida de um


Funcionário É necessário garantir, na medida do possível, a segurança da equipe de
salvamento e demais envolvidos na situação, além da Segurança do próprio acidentado.

O socorrista deve sempre levar consigo todos os materiais necessários para a execução do
salvamento, devendo fazer inicialmente uma análise criteriosa da situação, avaliação de os
riscos possíveis e dos já existentes. Esta prática exige Treinamento e Capacitação voltado
para resgate em altura, vigor físico, bem como, poder de controle emocional, já que em
muitas situações o praticante depende destes requisitos para superar os obstáculos, não
desistindo do objetivo.

Em muitos casos, é mais importante a qualidade no atendimento e a correta manipulação


do acidentado (imobilização, contenção de hemorragia, prevenção de choque) do que a
rapidez. Primeiro afastando-o do perigo sem submetê-lo a novos danos, para que adiante
seja realizada a estabilização da vítima e para que seja possível a aplicação dos primeiros
socorros.

Deve-se:

Divulgar o PAE (Plano de Ação de Emergências) e fluxograma de Emergência aos


funcionários envolvidos bem como garantir a realização do resgate seguindo as
recomendações relativas ao PAE.

Executar a Realização de Simulados de Emergência envolvendo equipe SESMT e Brigada


de socorristas.

Manter KIT de primeiros Socorros e materiais de resgate e salvamento sempre no local das
atividades.

Realizar Check list e teste diário dos materiais e equipamentos e Comunicação como rádios,
etc;
A Especificação da corda linha de vida para resgate em altura. A corda deve ter diâmetro
nominal 12 mm, para cargas, resgate e linha de vida, alma central torcida em multifilamento
de poliamida, carga de ruptura mínima de 2000 daN, carga de ruptura mínima sem trançado
externo de 1500 daN, conforme portaria nº 13, de 09/07/2002, do MTE, código de material
372524.
O comprimento da corda de linha de vida da carretilha dupla ação deverá ser definido pela
equipe de acordo com a mais alta estrutura a ser atendida.

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FIGURA 18: Métodos e Analise das formas de executar o resgate.

Métodos Comuns que podem ser Utilizados no Resgate em Altura:

Sistema de Descida Simples


Sistema Freio 8
Sistema Carretilha Dupla Ação
Observação: Deve-se seguir o padrão mais apropriado a tarefa seguindo as diretrizes do
PAE – Plano de Atendimento a Emergências dos empreendimentos.

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12. ATERRAMENTO TEMPORARIO

• Sempre que houver risco de indução pela proximidade de linhas energizadas, deverá ser
executado aterramento temporário na linha em serviço.
• Todo material utilizado nos aterramentos temporários deve resistir às solicitações elétricas
e mecânicas provenientes da passagem da corrente máxima de curto-circuito do sistema,
durante o tempo de atuação da proteção.
• O cabo de aterramento temporário deve ter comprimento estritamente necessário para
ligação a terra, evitando-se catenárias (flechas) excessivas nos mesmos.
• Manter limpos, secos e em bom estado de conservação, os materiais utilizados nos
aterramentos.
• As conexões (presilhas e grampos) devem ser rígidas, limpas e não apresentar defeitos.
• Os aterramentos não devem apresentar cabos com fios partidos ou sinais de terem sido
anteriormente recozidos, devido à passagem de correntes elevadas.
• Recomenda-se que o comprimento das hastes não seja inferior a 1,5 m, e a parte cravada
no solo deve atingir, no mínimo, 1,0m de profundidade.
• Todas as hastes utilizadas em aterramento temporário devem ser conectadas entre si.
• O aterramento deve ser tal, que garanta uma resistência de aterramento a mais próxima
possível de 0 (zero) ohm.
• Utilizar o bastão isolante com isolamento adequado ao nível de tensão possível de ocorrer,
acidentalmente, para conectar os grampos do conjunto de aterramento às partes
condutoras.
• A colocação e retirada dos aterramentos temporários devem seguir a ordem ao qual as
partes que vão a terra sejam as primeiras a serem conectadas e as últimas a serem
retiradas:
• A colocação dos aterramentos deve ser feita com o operador situado em um nível mais
baixo que o material condutor a ser aterrado.
• Ao colocar e retirar o grampo que liga o material condutor ao aterramento, o operador
deve manter-se pelo menos, a 1,5 m de distância de qualquer parte metálica não aterrada.
• O grampo de conexão ao “ponto de terra”, deve ser conectado sempre abaixo do local
onde vai ser executado o serviço e abaixo do trabalhador.

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• Na fixação dos grampos de conexão aos cabos ou peças a ser aterrado, exercer um
pouco de pressão e movimento no grampo, através do bastão, para melhorar a resistência
de contato.
• O movimento e pressão para ajustar o grampo de aterramento aos condutores devem ser
exercidos de leve, de maneira a não danificar aos cabos.
• O conector terra que vai a estrutura ou outra parte aterrada, após conectar o grampo aos
condutores, não deve ser reajustado.
• O pessoal deve manter-se afastado dos cabos de aterramento e do ponto de terra e,
sempre que o serviço permitir, afastado das estruturas, devido a potencias de “passo” e de
“toque”.
• O “ponto de terra” deve ser sinalizado, de forma a tornar clara sua visualização.
• Para o aterramento em LT, deve-se aterrar as torres adjacentes, vante e ré, de modo que
o trabalhador esteja sempre entre dois pontos aterrados.

13. ADVERTENCIAS DISCIPLINARES E PUNICOES (FALTAS GRAVES)

De regra geral estão passíveis de advertência disciplinar e demissão por até justa causa as
seguintes condições irregulares (Faltas Graves):

1. Descida das torres por deslizamento pelos estaios ou treliças das estruturas
autoportantes.

2. Permitir que trabalhadores sejam içados junto a cargas;

3. Não permanecer 100% conectado durante a subida e descida da estrutura e


quando executar os trabalhos em altura.

4. Não realizar o aterramento elétrico das estruturas antes de iniciar a montagem;

5. Não realizar o aterramento dos mastros de montagens nas estruturas das torres;

6. Realizar trabalhos sob condições de chuvas e descargas atmosféricas;

7. Não realizar as inspeções diariamente nas ferramentas e acessórios;

8. Realizar içamento sobre os trabalhadores;


9. Trabalhar sob efeitos de álcool e substâncias alucinógenas;
10. Não realizar os treinamentos e exames médicos exigidos;

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