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ASSUNTO: RESGATE EM ALTURA APLICADO EM LT DATA: 21/09/20

HISTÓRICO DE REVISÕES
Data Descrição da Alteração
21/09/2020 Emissão inical do documento.

1. OBJETIVO
Estabelecer as condições e procedimentos para o resgate de funcionários e/ou funcionários subcontratados
que executam trabalhos com diferença de nível (Trabalho em Altura) acima de 2,00m nas atividades de
construção da Linhas de Transmissão de Energia Elétrica Aérea (LT), e em especial as atividades
eletromecânicas (montagem de torres metálicas e lançamentos de cabos), visando preservar a integridade
física do socorrista e do acidentado, em ocorrências de emergências (acidentes/incidentes) nas referidas
atividades.
O principal objetivo de um plano de resgate é remover de modo seguro o acidentado da estrutura ou de
outro ponto inacessível para um lugar onde o cuidado médico possa ser administrado. Esse processo deve
ocorrer em tempo hábil sem expor a perigo o socorrista, o acidentado ou outras pessoas. O plano de resgate
deve ser esboçado durante a fase de planejamento e análise de risco global da tarefa, antes do início dos
trabalhos.

2. APLICAÇÃO
Todas as atividades de trabalho em altura no empreendimento do projeto 118 – ENGIE LT Novo Estado, a seus
funcionários e sub contratados onde a empresa atua.

3. ABREVIAÇÕES, DEFINIÇÕES E CONCEITOS


• Absorvedor de energia: Elemento com função de limitar a força de impacto transmitida ao trabalhador
pela dissipação da energia cinética;
• Análise Preliminar de Risco - APR: Avaliação dos riscos potenciais, suas causas, consequências e
medidas de controle;
• Ancoragem estrutural: Elemento fixado de forma permanente na estrutura, no qual um dispositivo de
ancoragem ou um EPI pode ser conectado;
• Atividades rotineiras: Atividades habituais, independente da frequência, que fazem parte do processo
de trabalho da empresa;
• Cinturão de segurança tipo paraquedista: Equipamento de Proteção Individual utilizado para trabalhos
em altura onde haja risco de queda, constituído de sustentação na parte inferior do peitoral, acima dos
ombros e envolta nas coxas;
• Condições impeditivas: Situações que impedem a realização ou continuidade do serviço que possam
colocar em risco a saúde ou a integridade física do trabalhador;
• Descensores: Dispositivo utilizado para resgate em trabalhos com altura. Funciona em conjunto com
polias, cordas semi-estática k2, mosquetão, fitas ou anéis de ancoragem acoplado ao cinto de segurança
do colaborador a ser resgatado;
• Dispositivo de ancoragem: Dispositivo removível da estrutura, projetado para utilização como parte de
um sistema pessoal de proteção contra queda, cujos elementos incorporam um ou mais pontos de
ancoragem fixos ou móveis;
• Distância de frenagem: Distância percorrida durante a atuação do sistema de absorção de energia,
normalmente compreendida entre o início da frenagem e o término da queda;

Elaborado por: Analisado por: Aprovado por:

Dalton Denver Monteiro /


Leandro Vilela / Emerson Cechin Rodolfo Guimarães Hermes de Almeida
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• Distância de queda livre: Distância compreendida entre o início da queda e o início da retenção;
• Elemento de engate: Elemento de um cinturão de segurança para conexão de um elemento de ligação;
• Elemento de engate para retenção de quedas: Elemento de engate projetado para suportar força de
impacto de retenção de quedas, localizado na região dorsal ou peitoral;
• Elemento de fixação: Elemento destinado a fixar componentes do sistema de ancoragem entre si;
• Elemento de ligação: Elemento com a função de conectar o cinturão de segurança ao sistema de
ancoragem, podendo incorporar um absorvedor de energia. Também chamado de componente de
união;
• Equipamentos auxiliares: Equipamentos utilizados nos trabalhos de acesso por corda que completam
o cinturão tipo paraquedista, talabarte, trava-quedas e corda, tais como: conectores, bloqueadores,
anéis de cintas têxteis, polias, descensores, ascensores, dentre outros;
• Estrutura: Estrutura artificial ou natural utilizada para integrar o sistema de ancoragem, com
capacidade de resistir aos esforços desse sistema;
• Extensor: Componente ou elemento de conexão de um trava-quedas deslizante guiado;
• Fator de queda: Razão entre a distância que o trabalhador percorreria na queda e o comprimento do
equipamento que irá detê-lo;
• Normas Regulamentadoras - NR: São disposições complementares ao capítulo V da CLT, consistindo
em obrigações, direitos e deveres a serem cumpridos por empregadores e trabalhadores com o objetivo
de garantir trabalho seguro e sadio, prevenindo a ocorrência de doenças e acidentes de trabalho. A
elaboração/revisão das NR é realizada pelo Ministério do Trabalho adotando o sistema tripartite
paritário por meio de grupos e comissões compostas por representantes do governo, de empregadores
e de empregados;
• NR-35 Trabalho em Altura: Texto publicado pela Portaria SIT n.º 313, de 23 de março de 2012 e
atualizada pela Portaria MTb n.º 1.113, de 21 de setembro de 2016;
• Permissão de Trabalho - PT: Documento escrito contendo conjunto de medidas de controle, visando
ao desenvolvimento de trabalho seguro, além de medidas de emergência e resgate;
• Ponto de ancoragem: Parte integrante de um sistema de ancoragem onde o equipamento de proteção
individual é conectado;
• PRA: Plano de Remoção de acidentados;
• Profissional legalmente habilitado: Trabalhador previamente qualificado e com registro no
competente conselho de classe;
• Riscos adicionais: Todos os demais grupos ou fatores de risco, além dos existentes no trabalho em
altura, específicos de cada ambiente ou atividade que, direta ou indiretamente, possam afetar a
segurança e a saúde no trabalho;
• SAMU: Serviço de Atendimento Móvel de Urgência;
• Sistema de acesso por cordas: Sistema de trabalho em que são utilizadas cordas como meio de acesso
e como proteção contra quedas;
• Sistema de posicionamento no trabalho: Sistema de trabalho configurado para permitir que o
trabalhador permaneça posicionado no local de trabalho, total ou parcialmente suspenso, sem o uso
das mãos;
• Sistema de Proteção contra quedas - SPQ: Sistema destinado a eliminar o risco de queda dos
trabalhadores ou a minimizar as consequências da queda;
• Sistema de proteção coletiva contra quedas - SPCQ: Sistema de proteção contra quedas que não requer
o uso de EPI para oferecer proteção;
• Sistema de proteção individual contra quedas - SPIQ: SPQ que requer que o trabalhador use EPI contra
quedas e receba treinamento para tal;
• Sistema de restrição de movimentação: SPQ que limita a movimentação de modo que o trabalhador
não fique exposto a risco de queda;
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• Sistema de retenção de queda: SPQ que não evita a queda, mas a interrompe depois de iniciada,
reduzindo as suas consequências;
• Talabarte: Dispositivo de conexão de um sistema de segurança, regulável ou não, para sustentar,
posicionar e/ou limitar a movimentação do trabalhador;
• Trabalhador qualificado: Trabalhador que comprove conclusão de curso específico para sua atividade
em instituição reconhecida pelo sistema oficial de ensino;
• Trava-quedas: Dispositivo de segurança para proteção do usuário contra quedas em operações com
movimentação vertical ou horizontal, quando conectado com cinturão de segurança para proteção
contra quedas;
• Trabalho em Altura: Considera-se trabalho em altura toda atividade executada acima de 2,00 m (dois
metros) do nível inferior, onde haja risco de queda;
• Zona livre de queda - ZLQ: Região compreendida entre o ponto de ancoragem e o obstáculo inferior
mais próximo contra o qual o trabalhador possa colidir em caso de queda, tal como o nível do chão ou
o piso inferior.

4. AUTORIDADES E RESPONSABILIDADES
4.1 Engenharia / Gerência
• Tem a Responsabilidade de dar suporte aos encarregados e empregados no que tange o cumprimento
do estabelecimento nesse procedimento;
• Garantir a implementação das medidas de proteção previstas neste procedimento e na NR-35, e suas
medidas de controle estabelecidas nesta IN.

4.2 Supervisores / Encarregados


• Possuir noções de trabalho e resgate em altura, e auxiliar os profissionais treinados pela NR 35;
• Realizar resgate durante ocorrências não previstas nas atividades da obra;
• Exigir o uso dos equipamentos de segurança durante a atividade;
• Instruir os colaboradores quanto as exigências do presente procedimento;
• Cumprir e fazer cumprir com o determinado nessa IN;
• Assegurar a suspensão dos trabalhos em altura quando verificar situação ou condição de risco não
prevista, cuja eliminação ou neutralização imediata não seja possível, só iniciar as atividades após
atendimento das medidas de controle estabelecidas na APR.

4.3 Engenheiro de Segurança do Trabalho / Coordenador de Segurança do Trabalho / Técnico de


Segurança do Trabalho
• Planejar e disponibilizar treinamentos da NR 35 (Trabalho em Altura) aos colaboradores que irão realizar
atividades em ambientes acima de 2 metros de altura, de forma interna (instrutores próprios) ou
externa (instrutores parceiros / escolas terceiras);
• Adotar as providências necessárias para acompanhar o cumprimento das medidas de proteção
estabelecida nesta IN e normas regulamentadoras;
• Garantir aos trabalhadores informações atualizadas sobre os riscos e as medidas de controle;
• Avaliar o cumprimento das medidas de controle exigidas, nas determinações das Regras de Ouro;
• Elaborar e fornecer formulários de inspeções quando solicitado.
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4.4 Colaboradores
• Cumprir as disposições legais e regulamentares sobre trabalho em altura, inclusive os quesitos de
segurança estabelecidos nesta IN;
• Colaborar com o SMS na implementação das disposições contidas nesta IN;
• Interromper suas atividades exercendo o direito de recusa sempre que constatarem evidências de riscos
graves e iminentes para sua segurança e saúde ou a de outros colaboradores, comunicando
imediatamente o fato ao seu superior hierárquico e/ou ao setor de SMS;
• Responsabilizar-se pela realização diária de inspeção do cinto de segurança e outros acessórios para
trabalhos em altura;
• Zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser afetadas por suas ações ou
omissões no trabalho;
• Cumprir as determinações das Regras de ouro Tabocas.

5. PROCEDIMENTO
5.1 Requisitos gerais
5.1.1 As ações de respostas às emergências que envolvam o trabalho em altura devem constar do plano de
emergência da empresa.

5.1.2 Os recursos para respostas às emergências, serão definidos a partir de análise preliminar de riscos
considerando os possíveis cenários de emergências, resultando no plano.

5.1.3 De acordo com o empregador será disponibilizada uma equipe apta para atuar em caso de
emergências para trabalho em altura, não significando que a equipe é dedicada somente à esta atividade.
Esta equipe pode ser própria (composta por trabalhadores da empresa), externa ou composta pelos próprios
trabalhadores que executam o trabalho em altura (auto resgate / Ex: Montadores de LT), em função das
características das atividades.

5.1.4 A equipe externa pode ser pública ou privada. A pública pode ser formada pelo corpo de bombeiros,
defesa civil, SAMU ou serviços correlatos. A utilização de equipes próprias, externas, públicas ou mesmo com
os próprios trabalhadores deverão considerar a eficiência da resposta.

5.1.5 As pessoas responsáveis pela execução das medidas de salvamento devem estar capacitadas a
executar o resgate, prestar primeiros socorros e possuir aptidão física e mental compatível com a atividade
a desempenhar. A capacitação para os trabalhadores que atuam na emergência e salvamento não se
confunde com a capacitação inicial para executar trabalho em altura, não sendo o conteúdo e carga horária
para esta capacitação apenas os estabelecidos no subitem 35.3.2 da norma vigente.

5.1.6 Se a empresa, de acordo com o seu plano de emergência, dispor ou necessitar de equipe própria ou
formada pelos próprios trabalhadores para executar o resgate e prestar primeiros socorros, os membros
desta equipe devem possuir treinamento adequado através de simulações periódicas, como se fossem um
caso real, para estar preparados a dar uma pronta e adequada resposta.

5.2 Capacitação
5.2.1 Os profissionais que executam atividades de trabalho em altura devem estar devidamente qualificados
e habilitados para as atribuições que irão desempenhar.
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5.2.2 Os trabalhadores que desenvolvem trabalhos em altura deverão ter treinamento periódico bienal,
teórico e prático, para a realização de trabalhos em altura, com no mínimo 08 (oito) horas, de acordo com
os termos estabelecidos pela NR 35 da Portaria Nº 3214/78 do MTE.

5.2.3 Cabe ao empregador avaliar o estado de saúde dos trabalhadores que exercem atividades em altura,
e emitindo o Atestado de Saúde Ocupacional ASO com aptidão para trabalho em altura.

Nota: Todo colaborador autorizado deverá ter sua pressão arterial aferida e controlada pelo setor de
Saúde mediante registro no Form.Med-019 - Controle e Aferição da Pressão Arterial.

5.2.4 Orientação Médica quanto à aferição de Pressão:


a) Aferição arterial MENSAL: Colaboradores de 18 a 35 anos;
b) Aferição arterial QUINZENAL: Colaboradores de 36 a 50;
c) Aferição arterial DIÁRIA para colaboradores acima de 50 anos e/ou hipertensos.

5.3 Resgate em torres metálicas de LT


Os procedimentos a seguir deverão ser adotados quando houver ocorrências e emergências tais como mal
súbito ou acidente com colaborador que estiver realizando suas atividades nas etapas de montagem de
torres metálicas LT e lançamento de cabos da LT (condutores/Para-raios/OPGW).

Para o resgate nesse cenário, será adotado um kit de resgate com equipamentos homologados através de
normas nacionais e internacionais, conforme abaixo:
• Polia dupla lateral oscilante para resgate em altura;
• Descensor;
• Lory Safe para resgate em altura;
• Corda para resgate, semi estática K2, corda NR 18;
• Mosquetão para resgate em altura;
• Fita ou Anel de Ancoragem Tubular.

a) Polia dupla lateral oscilante para resgate em altura.


• Equipamento indicado para uso em operações de resgate em altura, movimentação de cargas e
espaço confinado, de forma a permitir a mudança direcional da corda de resgate e descida da
vítima até o solo. Utilizado no conjunto (Descensor/grigri + Corda + Polias + Mosquetão).
Para formar o conjunto de polias, é utilizado duas (02) polias com corda e mosquetão oval de
aço, para ligação descensor e vítima em descida.
• Especificação técnica: Polia dupla lateral oscilante para resgate em altura, rolamentada 36KN
STERK, para ser usado com corda semi estatica K2/corda NR 18, até diametro de 13mm. Placas
laterais oscilantes e engates para mosquetões nos dois lados (abaixo e acima das roldanas). Em
conformidade com a norma europeia EN12278. Certificação CE.
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Figura 01: Polias para resgate em altura.

b) Descensor para resgate em altura


• Equipamento de resgate autoblocante (função antipânico), cuja função é controlar de forma
segura a descida da vítima através de alavanca que oferece o controle preciso das velocidades
baixas e altas.

c) Blocante Descensor Lory Safe CE EN COD. AN0455


• Equipamento de segurança utilizado para que a corda possa deslizar, o usuário deve liberar a
alavanca gradativamente da posição do topo ou final do equipamento.
• Especificação técnica: Descensor para acesso por cordas, modelo blocante descensor Lory Safe ,
para cordas de 10 a 12 mm, com medidas 125 mm de altura, 71 mm de largura / orifício inferior
de 19 mm, peso 390 gr, Normas CE 0123, pr EN 15151, EN 341 classe “A” EN 892, marca
ANTHRON, COD. AN0455.

Figura 2: Descensor para resgate em altura.

d) Corda para resgate, semi estática K2/corda NR 18


• Material cuja função é realizar a transferência de carga (vítima) do nível do local da emergência
(nível superior) até o solo (nível inferior).
• Especificação técnica/corda de resgate, semi estática: Corda para resgate semi estática K2,
diâmetro 12 mm, com capacidade de carga de Ruptura - 3.500 Kg. Norma Europeia EN-1891 e a
brasileira NBR-15986.
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Figura 03: Corda semi estática para resgate em altura.


e) Mosquetão para resgate em altura
• Equipamento para engate e conexão dos equipamentos descensores, polias, cinto de segurança
tipo paraquedista.
• Especificação técnica: Mosquetão para resgate em altura, confeccionado em aço bicromatizado,
tipo oval, com abertura 18mm e trava tripla. Carga máxima de trabalho: 25kN.

f) Fita ou Anel de Ancoragem Tubular


• Equipamento para acoplamento do descensor e do conjunto de polias na parte estrutural das
torres metálicas, com fechamento através de mosquetão.
• Especificação técnica: Cintas de Ancoragem e/ou Fitas de Ancoragem 120/60 cm . Confeccionada
em fita tubular de poliéster, revestida em cordura para aumentar a proteção no contato com
superfícies abrasivas. Revestimentos confeccionados em couro para proteção da fita no contato
com o conector. Utilizada em pontos ou sistemas de ancoragem que possuam arestas cortantes
ou abrasivas. Utilizada para instalação de ancoragens temporárias facilmente transportáveis com
possibilidade ajuste.

Figura 04: Fita ou Anel de Ancoragem Tubular com bainha protetora.


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g) Sacola de acondicionamento e proteção do kit de resgate.

Figura 5: Sacola para resgate em altura.

5.3.1 Passo a passo da montagem do kit de resgate:


Segue abaixo, passo a passo da montagem do kit de resgate em altura com a adoção do equipamento de
resgate Blocante Descensor Lory Safe.

O kit deverar ser inspecionado diariamente antes de iniciar as atividades, e registrada as inspeções em
formulario de CLECKLIST assinado pelo lider responsavel pela frente de serviço.
a) Em todas as torre onde houver serviço, deverá ser instalado roldana e corda de serviço, de forma
a puxar o kit de resgate montado, conjunto de polias, corda e mosquetão com sistema 4 para 1,
de forma a possibilitar a instalação do conjunto próxima à vítima, em caso de emergência.

Figura 06: Conjunto 4 para 1 com polias, corda e mosquetão com nó tipo oito duplo simples a ser instalado no
ponto próximo a vítima (conjunto 02). Poderá ser feito também na configuração 3 para 1.
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Resumindo as etapas:

Passo 1: Adquirir 02 polias duplas e 03 mosquetões ovais. Passo 2: Passar a corda de resgate na polia inferior 1 e
depois inserir a corda na polia inferior 2.

Passo 3: Passar a corda de resgate na polia superior 1 e Passo 4: Passar a corda de resgate na polia superior 2 e
fecha a placa de acoplamento. fecha a placa de acoplamento.

Passo 5: Fechas as placas das polias com os mosquetões Passo 6: Após o fechamento das extremidades, realizar o
ovais em cada extremidade. nó 8 e conectar na extremidade da polia.
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Passo 7: Após o fechamento das extremidades, realizar o Passo 8: Após o fechamento das extremidades, realizar o
nó 8 e conectar na extremidade da polia com auxílio de nó 8 e conectar na extremidade da polia com auxílio de
um mosquetão. um mosquetão.

Passo 9: Depois do arranjo de polias duplas realizado, Passo 10: Conecta-se na torre, a fita de ancoragem e a
instala-se no ponto acima da vítima o mosquetão da polia polia através de mosquetão oval. Importante, revestir a
que está acoplado o nó tipo 8. peça galvanizada com tecido ou fita de borracha de
câmaras de ar, de forma a evitar abrasão e danificação
das peças.

b) O encarregado da equipe irá certificar-se de que há necessidade de resgate/salvamento do


membro da equipe de montagem em altura.
c) Através do rádio de comunicação da equipe de campo (montagem de torres e lançamento de
cabos), o encarregado da equipe irá entrar em contato com a ambulância da empresa Tabocas
Participações Empreendimentos S/A, informando sobre a ocorrência e solicitar a presença dela
no local da atividade/ocorrência.
d) Em seguida, a equipe de resgate da própria equipe treinada em NR 35, irá iniciar a instalação do
kit de resgate/salvamento, o qual deverá estar montado dentro da sacola de acondicionamento.
e) Instalar o Descensor/Grigri na parte inferior da torre (Stub), através do conjunto fita de
ancoragem e mosquetão oval, utilizando fita de borracha para evitar abrasão da fita de
ancoragem, e instalar a corda de resgate no mesmo, onde ela estará amarrada na base da torre
formando a ancoragem do sistema Descensor.
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Figura 7: Simulação da instalação do descensor na parte inferior da torre com auxílio de fita de ancoragem e
mosquetão.

f) Após conectar a polia inferior com mosquetão no cinto de segurança da vítima na argola frontal
do cinto paraquedista, será amarrada outra corda de serviço na argola lateral do cinto da vítima
para que durante a descida a vítima seja afastada da estrutura de forma a evitar impactos e
lesões.

Figura 08: Simulação da instalação do descensor na parte inferior da torre e polias na parte superior da torre com
auxílio de fita de ancoragem e mosquetão, formando sistema de resgate em altura.

g) Após conectar a polia inferior com mosquetão no cinto de segurança da vítima na argola frontal
do cinto paraquedista, será amarrada outra corda de serviço na argola lateral do cinto da vítima
para que durante a descida a vítima seja afastada da estrutura de forma a evitar impactos e
lesões.

Figura 9: Simulação do Sistema de resgate em altura instalado. Descida da vítima controlada pelo descensor até o
solo.
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Figura 10: Simulação do Sistema de resgate em altura instalado. Descida da vítima controlada pelo descensor até
o solo.

h) O montador após realizar as etapas do item (e) acima, irá emitir um sinal para o encarregado,
informando que está a operação de ancoragem da vítima foi realizada, de forma a iniciar a descida
da vítima com o auxílio do Descensor, de forma a realizar a descida controlada.
i) Liberar os pés, talabarte e demais partes do acidentado, movimentando-o de forma a deixá-lo
em posição lateral à estrutura, ficando o mesmo livre durante a descida até o solo.
j) Posicionar-se adequadamente e efetuar a liberação das vias aéreas do acidentado caso
necessário.
k) O montador socorrista deve estar no método 100% conectado durante todo o tempo para
deslocar- se até o lado do acidentado nas estruturas, para executar a ancoragem do kit
resgate/salvamento na vítima.
l) Com relação a instalação das fitas de ancoragem na estrutura, deverá ser realizado a passagem
do mosquetão “oval” nas extremidades da polia e na argola da fita de ancoragem (certificar se o
mosquetão está devidamente rosqueado e fechado);
m) Verificar e checar os seguintes itens:
• Boas condições físicas dos cintos de segurança;
• Correto travamento dos mosquetões;
• Corda de salvamento livre (não estar enroscada ou presa);
• Correta ancoragem da corda em ambas extremidades;
• Decap do ponto de ancoragem superior;
• Sistema de descida (descensor/grigri) corretamente instalado;
• Garantir que a vítima esteja conectada no sistema de resgate, antes de retirar os seus
talabartes da estrutura. Como forma de verificação, realizar o puxamento da corda para
assegurar a conexão vítima.

O objetivo da atividade de resgate em altura é socorrer o mais breve possível a vítimas de mal súbito ou
acidente, de forma a preservar a sua vida. Para isso, segue abaixo passos a serem seguidos durante a
atividade de resgate em altura:
• Planejamento: O planejamento da atividade deve ser criterioso e rápido. Uma análise criteriosa
do cenário deve ser realizada a fim de constatar algum risco para a equipe de resgate, e todo
material a ser usado na atividade deve ser cuidadosamente escolhido e avaliado antes de
qualquer atividade.
• Atuação: A atuação da equipe deve seguir o plano básico de resgate e deve ser rápida. Para
tanto ela deve estar preparada tanto física como psicologicamente.
• Reavaliação: O cenário a todo instante deve ser reavaliado a fim de se observar possíveis
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mudanças no mesmo que possam colocar em risco a operação.

Abaixo temos modelos de exemplos práticos de resgate em altura:

Foto 1: Treinamento sobre utilização do kit de resgate em Foto 2: Simulado - Reunião de abertura e objetivo
altura para as equipes de campo. proposto.

Foto 3: Simulado - Início do exercício. Foto 4: Simulado - Acoplamento do sistema de resgate no


cinto da vítima.

Foto 5: Simulado - Descida controlada da vítima de mal Foto 6: Simulado - Descida controlada da vítima de mal
súbito pelo descensor instalado na base da torre. súbito pelo descensor instalado na base da torre.
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Foto 7: Simulado - Chegada em solo, onde já inicia a Foto 8: Simulado - Imobilização e atendimento para
abordagem pela equipe de saúde ocupacional / resgate condução ao hospital da região.
médico.

5.4 Resgate em andaimes


5.4.1 Em geral, quando da implementação das obras de apoio (canteiros de obras) das atividades de
construção de LT, é necessário em alguns casos, o uso de andaimes metálicos fabricado em aço carbono de
alta resistência para a execução de trabalhos envolvendo altura, tais como:
• Pintura e revestimento de fachadas;
• Obras e reformas em geral;
• Manutenções prediais e industriais;
• Montagem de estruturas metálicas e pré-moldadas.

5.4.2 Abaixo, temos exemplo de modelo de andaimes metálicos de acordo com norma vigente NR 18.

Figura 11: Exemplo de andaime metálico utilizado em obras.


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Figura 12: Partes de um andaime metálico utilizado em obras.

Figura 13: Partes de um andaime metálico utilizado em obras.

5.4.3 Para o cenário de trabalho em altura com uso de andaimes metálicos, o kit de resgate será composto
por:
• Descensor/Lory Safe: 01 unidade;
• Fita de ancoragem: 01 unidade;
• Mosquetão oval: 03 unidades;
• Corda semi estática/NR 18 até 12mm;
• Sacola para kit de resgate.
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5.4.4 De posse do kit de resgate, realizar a instalação dele no andaime da seguinte forma:
a) Instalar no guarda corpo do andaime ou ponto acima da estrutura o conjunto (descensor/grigri +
fita de ancoragem + mosquetão) do kit.
b) Pegar a corda de resgate e realizar um nó tipo 8 na ponta e instalar um mosquetão para
acoplamento ao cinto de segurança da vítima, em caso de ocorrências de mal súbito.
c) Quando da ocorrência, acionar a brigada de emergência e equipe de resgate medica outro
membro de resgate de posse do curso de NR 35, subirá no andaime e realizará o acoplamento na
vítima, de forma a ajudar a sair a vitima pela porta e controlar a descida do mesmo, com o apoio
da equipe de solo para puxar a vítima para fora da estrutura através de corda.
d) Colocar a vítima na prancha rígida e remover para o hospital da região, conforme PRA.

Figura 14: Exemplo de resgate em altura em andaime metálico.

6. FORMULÁRIOS APLICÁVEIS E/OU DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA


• ABNT NBR 15986 - Cordas de alma e capa de baixo coeficiente de alongamento para acesso por cordas
• EN12278 - Equipamento e Montanhismo. Polias. Requisitos de Segurança e métodos de teste
• NR 18 - Segurança e Saúde no Trabalho na Indústria da Construção
• NR 35 - Trabalho em Altura
• SEG - IN.022 - Trabalho em Altura
• SMS - IN.005 - Regras de Ouro Tabocas

7. ANEXOS

Não aplicável.

8. CONTROLE DE REGISTRO

O controle de registro deve ser mantido através do Form.SGQ-002 - Controle de Registros.


• Form.MED-019 - Controle e Aferição da Pressão Arterial
• Form.SEG-071 - Permissão de Trabalho.
SÉRIE:
SMS
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº REVISÃO: Nº PÁG
SEG - IN.089=118 00 17 / 17

ASSUNTO: RESGATE EM ALTURA APLICADO EM LT DATA: 21/09/20

9. RISCOS ASSOCIADOS

RISCOS AÇÕES

Descumprir normas presentes Capacitar todos os funcionários envolvidos na atividade, fiscalizar todos
nesse procedimento e em normas os trabalhos com solda e corte a quente para observar possíveis falhas
aplicáveis a tal atividade. no processo para instruir os mesmos na forma correta de executar a
atividade.

Garantir que todo o trabalho em altura seja precedido de AR e PT,


Todo o trabalho em altura não conforme NR 35.
seja precedido de AR e PT, Garantir o controle dos riscos através de documentações e utilização de
conforme NR 35. EPI e EPC e prevenção de acidentes nas atividades em trabalho em
altura.

Realizar a retirada do trabalhador suspenso em tempo inferior a 20


Sindrome da suspensão inerte.
minutos.

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