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SISTEMA DE GESTÃO DA SEGURANÇA DO TRABALHO

IDENTIFICAÇÃO REVISÃO DATA REVISÃO


TRABALHO EM ALTURA
POP-02 00

1.0 OBJETIVO

Estabelecer requisitos de saúde e segurança, definir e criar a rotina de solicitação de


exames e acompanhamento médico para atividades em altura. Visando eliminar,
controlar e minimizar o risco de acidentes com quedas durante a execução de
trabalhos em altura.

2.0 REFERÊNCIAS

• Portaria 3214/78 MTE.

• Procedimentos de Segurança do Trabalho TSE Energia e Automação.

• Política de SSOMA TSE Energia e Automação.

3.0 DEFINIÇÕES

• ABSORVEDOR DE ENERGIA: Dispositivo utilizado em conjunto com sistema


de segurança contra quedas, destinado a limitar o valor da força de frenagem,
no caso de uma queda, e que obedece às especificações constantes na ABNT
NBR 14629 (ABNT NBR 11370), garantindo ainda em sua especificação que a
força de frenagem aplicada ao contratado não ultrapasse 600 Kgf;

• ACESSO: Movimento com a intenção de se chegar a um posto de trabalho


elevado;

• ALTURA DA QUEDA: É a distância vertical entre o ponto de apoio dos pés ou


plataforma de trabalho, até o piso de referência;

• ANCORADOURO: Ponto para ancoragem de EPI com resistência mínima de


1500 Kgf para cada contratado ancorado;

• ANCORAGEM INDEPENDENTE: É o ponto de fixação seguro e independente


da estrutura, que não faz parte da superfície de trabalho;

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• ANCORAGEM: É o ponto de fixação seguro que propicia segurança e


estabilidade, usado para prender linhas de vida, talabartes, cabos de espia,
trava-quedas, entre outros;

• ANDAIMES: São estruturas necessárias para execução de trabalhos em


lugares elevados, onde não possam ser realizados em condições de segurança
ao nível do piso (solo);

• ANEL "D"/ANEL TRIÂNGULO: Ponto de fixação no cinturão para o talabarte;

• ANÁLISE DE SEGURANÇA DO TRABALHO (AST): É uma ferramenta


utilizada para identificar, analisar, eliminar ou contralar os riscos referente a
execução das atividades, através do detalhamento das etapas de execução
das atividades.

• CINTO DE SEGURANÇA TIPO PARAQUEDISTA: Equipamento de Proteção


Individual ajustável, fixado ao corpo do contratado de forma a distribuir as
forças de sustentação e parada sobre as coxas, cintura, peito e ombros, e que
permite a fixação do talabarte à argola das costas, do peito, ombros ou cintura
(ABNT NBR 11370). Cinto de segurança utilizado para trabalhos em altura
onde haja risco de queda, constituído de sustentação na parte inferior do
peitoral, acima dos ombros e envolto nas coxas (NR-35);

• DISTÂNCIA DE DESACELERAÇÃO: É a distância vertical entre o início de


atuação do dispositivo de proteção, até a parada total da pessoa;

• DISTÂNCIA DE QUEDA LIVRE: É a distância vertical entre o ponto de fixação


de ancoragem até o momento em que o dispositivo de proteção começa a
atuar;

• EPI: Equipamento de Proteção Individual;

• ESPIA: Cabo de resgate (sintético não recomendado) metálico usado entre o


cinto de segurança e o ponto de ancoragem;

• ESTAIAMENTO: É a utilização de cabos de aço (tirantes) ou tubos rígidos,


sobre determinados ângulos para fixar os montantes do andaime;

• FERRAGENS: Gancho, anel "D"/triangular e fivelas, que são utilizados para a


adaptação de todos os dispositivos de fixação;

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• LAIA: Levantamento de Aspectos e Impactos Ambientais;

• LINHA DE VIDA DE SEGURANÇA (CABO GUIA): É um cabo ou barra


metálica, ancorado no mínimo em dois pontos, que é usado para a fixação de
trava-quedas retrátil ou talabartes do cinto de segurança. Permite ao usuário do
cinto de segurança se deslocar horizontal ou verticalmente, através de toda a
extensão de um determinado local, com o talabarte a ele fixado, deve ser
dimensionado por profissional habilitado;

• MOSQUETÃO DE TRAVA DUPLA: mosquetão cuja trava de segurança


depende de duas forças para abrir, uma força para desativar a trava e uma
segunda força para abrir a trava, que deve fechar automaticamente quando
liberada. Usado para minimizar o risco de abertura acidental;

• MOSQUETÃO: Elemento conector, metálico, com trava de segurança simples


ou dupla, para engate do cinturão de segurança a um dispositivo de
posicionamento, retenção ou limitação de queda (ABNT NBR 11370);

• PLATAFORMA DE TRABALHO: É todo local onde as pessoas se apoiam ou


transitam para a realização de uma atividade;

• PT: Permissão de Trabalho;

• PONTO DE ANCORAGEM: ponto destinado a suportar carga de pessoas para


a conexão de dispositivos de segurança, tais como cordas, cabos de aço,
trava-queda e talabartes;

• PROFISSIONAL LEGALMENTE HABILITADO: trabalhador previamente


qualificado e com registro no competente conselho de classe.

• RISCOS ADICIONAIS: todos os demais grupos ou fatores de risco, além dos


existentes no trabalho em altura, específicos de cada ambiente ou atividade
que, direta ou indiretamente, possam afetar a segurança e a saúde no trabalho;

• SISTEMAS DE ANCORAGEM: componentes definitivos ou temporários,


dimensionados para suportar impactos de queda, aos quais o trabalhador
possa conectar seu Equipamento de Proteção Individual, diretamente ou
através de outro dispositivo, de modo a que permaneça conectado em caso de
perda de equilíbrio, desfalecimento ou queda;

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• SISTEMAS DE PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS: Todos os componentes


necessários, que foram projetados e testados, para funcionar em conjunto na
prevenção de quedas, ou para minimizar o potencial para lesão;

• SMSO: Sistema de Gestão em Segurança, Meio Ambiente e Saúde

Ocupacional;

• TALABARTE: Equipamento componente de conexão de um sistema de


segurança, regulável ou não, para sustentar, posicionar e limitar a
movimentação do trabalhador (ABNT NBR 11370);

• TRABALHO EM ALTURA: É qualquer tarefa executada acima de 2 metros do


nível do piso inferior;

• TRABALHO SOBREPOSTO: são tarefas realizadas em níveis diferentes em


situações elevadas e posicionadas acima de equipamentos, pessoas e outros
objetos gerais na construção civil (obra);

• TRANSITÓRIAS: são aquelas utilizadas por tempo previamente determinado;

• TRAVA-QUEDA DE PRESSÃO: Dispositivo de segurança destinado a garantir


a locomoção vertical do contratado preso a um cabo de aço (o uso de corda de
poliéster não é recomendável). No caso de quedas é acionado um mecanismo
que trava através de pressão;

• TRAVA-QUEDA RETRÁTIL: Dispositivo de segurança, cujo cabo de aço ou


fita, se estende completamente quando o contratado desce do posto de
trabalho e se enrola novamente quando sobe, travando imediatamente quando
há movimento brusco.

4.0 RESPONSABILIDADES

4.1 EMPREGADOR

Cabe ao empregador:

 Garantir a implementação das medidas de proteção estabelecidas pela NR35;

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 Assegurar a realização da Análise de Risco - APR e, quando aplicável, a


emissão da Permissão de Trabalho - PT;
 Assegurar a realização de avaliação prévia das condições no local do trabalho
em altura, pelo estudo, planejamento e implementação das ações e das
medidas complementares de segurança aplicáveis;
 Adotar as providências necessárias para acompanhar o cumprimento das
medidas de proteção estabelecidas nesta Norma pelas empresas contratadas;
 Garantir aos trabalhadores informações atualizadas sobre os riscos e as
medidas de controle;
 Garantir que qualquer trabalho em altura só se inicie depois de adotadas as
medidas de proteção definidas pela NR35;
 Assegurar a suspensão dos trabalhos em altura quando verificar situação ou
condição de risco não prevista, cuja eliminação ou neutralização imediata não
seja possível;
 Estabelecer uma sistemática de autorização dos trabalhadores para trabalho
em altura;
 Assegurar que todo trabalho em altura seja realizado sob supervisão, cuja
forma será definida pela análise de riscos de acordo com as peculiaridades da
atividade;
 Assegurar a organização e o arquivamento da documentação prevista nesta
Norma.

4.2 TRABALHADORES

Cabe aos trabalhadores:

 Cumprir as disposições legais e regulamentares sobre trabalho em altura,


inclusive os procedimentos expedidos pelo empregador;
 Colaborar com o empregador na implementação das disposições contidas
neste procedimentos e na também na Norma Regulamentadora NR35;

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 Interromper suas atividades exercendo o direito de recusa, sempre que


constatarem evidências de riscos graves e iminentes para sua segurança e
saúde ou a de outras pessoas, comunicando imediatamente o fato a seu
superior hierárquico, que diligenciará as medidas cabíveis;

 Zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser
afetadas por suas ações ou omissões no trabalho.

5.0 DESCRIÇÃO DO PROCESSO

5.1 REQUISITOS PARA PESSOAS

5.1.1 Treinamentos

Os contratados devem passar por treinamento de capacitação de trabalho em altura a


ser ministrado pela CONTRATADA. A autorização para o trabalho em altura deve ser
registrada junto ao crachá.

Considera-se contratado capacitado para trabalho em altura aquele que foi submetido
e aprovado em treinamento, teórico e prático, com carga horária mínima de oito horas,
cujo conteúdo programático deve, no mínimo, incluir:

a) Normas e regulamentos aplicáveis ao trabalho em altura;

b) AST e condições impeditivas;

c) Riscos Potenciais inerentes ao trabalho em altura e medidas de prevenção e


controle;

d) Sistemas, Equipamentos e Procedimentos de Proteção Coletiva;

e) Equipamentos de Proteção Individual para trabalho em altura: seleção,


inspeção, conservação e limitação de uso;

f) Acidentes típicos em trabalhos em altura;

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g) Condutas em situações de emergência, incluindo noções de técnicas de


resgate e de primeiros socorros.

5.1.2 Avaliação Médica

Os envolvidos com trabalho em altura devem passar por exames ocupacionais


específicos conforme definição do PCMSO e obter liberação médica para o exercício
de suas atividades.

Os seguintes exames devem conter no PCMSO e ASO:

• Exame clínico;

• Acuidade visual;

• Eletroencefalograma;

• Hemograma completo e Glicemia;

• Gama GT;

• Avaliação psicológica;

• Audiometria;

• Eletrocardiograma.

A verificação de Pressão Arterial é pré-requisito para o trabalho em altura e deve ser


realizada conforme os procedimentos definidos pelos nossos clientes e de acordo com
cada PROJETO. Contratados com variação de pressão arterial, considerados dentro
de um grupo de risco, devem ser monitorados antes do início dos trabalhos e
periodicamente. A empresa deve assegurar que todos os envolvidos com trabalhos em
altura estejam em perfeitas condições físicas e psicológicas para o trabalho.

5.2 REQUISITOS PARA ATIVIDADES

As seguintes práticas são proibidas na EMPRESA:

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• Transportar pessoas por equipamento de guindar que não tenha sido


projetado para esse fim;

• Usar qualquer tipo de cinto de segurança como sustentação para


realização de trabalhos;

• Trabalhar individualmente ou sozinho (sempre deve estar acompanhado


por ajudante, vigia ou outro profissional, de maneira alguma permanecer
trabalhando sozinho, se a equipe ausentar-se do local de trabalho, o
contratado deve ausentar-se junto);

• Trabalhar em altura sob condições climáticas adversas, ventos fortes,


tempestades com descargas atmosféricas, sob chuva, em estrutura,
andaimes ou área molhada. Cabe ao supervisor em conjunto com o
SESMT avaliar as condições e decidir se o local está seguro para efetuar o
trabalho.

O uso de cestas aéreas para elevação de pessoas deve atender ao disposto no Anexo
XII da Portaria 3.214/78, NR-12, e deve ser submetido à análise prévia e aprovação do

SESMT.

5.2.1 Liberação dos Trabalhos

A atividade somente poderá ser iniciada, quando o responsável pela liberação e o(s)
colaboradores(s), concordarem que a mesma possa ser realizada sem perigo de
queda. São requisitos para o início dos trabalhos em altura:

• Emitir a Permissão de Trabalho (PT) PERMISSÃO DE TRABALHO;

• Elaborar, disponibilizar e divulgar a Análise Preliminar de Risco (APT)


conforme;

• Assegurar que todos os contratados envolvidos nos trabalhos em altura sejam


treinados conforme item 5.1.1;

• Avaliar junto a necessidade de interdição de área de trabalho, cuja interferência


possa causar riscos de acidentes ou problemas operacionais;

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• Assegurar que os contratados disponham dos equipamentos necessários para


execução das atividades onde houver o risco de queda e que estes estejam em
perfeitas condições de uso;

• Antes do início dos trabalhos deve ser efetuada inspeção rotineira de todos os
EPI, acessórios e sistemas de ancoragem. Deve ser registrado o resultado das
inspeções:

a) Na aquisição;

b) Periódicas e rotineiras quando os EPI, acessórios e sistemas de


ancoragem forem recusados.

• Assegurar que os EPC atendam aos requisitos do item 5.2.3.

5.2.2 Acesso

Os meios de acesso às áreas de trabalho elevadas devem ser previamente verificados


e aprovados, serem construídos de forma sólida, apropriada para a finalidade e
usados de forma segura, devem estar limpos e livres de obstruções, peças,
ferramentas ou tábuas. Devem permitir a transferência segura dos contratados para o
local de trabalho.

Os meios de acesso devem permanecer disponíveis o tempo todo, enquanto durar o


trabalho e as pessoas permanecerem na posição elevada, permitindo assim o fácil
abandono do local.

O trabalhador não deve acessar o local de trabalho carregando ferramentas ou peças


de forma precária. As mesmas devem ser transportadas bem acondicionadas e de
forma segura. Nos locais onde há risco de quedas de ferramentas deve-se amarrá-las
ou prendê-las.

Nos acessos às estruturas elevadas devem ser colocados avisos visíveis informando
que, a partir daquele ponto, é obrigatório portar o cinturão de segurança. Nos casos
em que houver andaimes acoplados à estrutura, o aviso deve ser mantido, mesmo que
as passarelas e pisos metálicos estejam terminados, pois existe a possibilidade de
pessoas acessarem os andaimes em níveis superiores sem usar o cinto.

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5.2.3 Proteção Coletiva

Devem ser analisadas as possibilidades de utilização de sistemas de proteção


coletivas que neutralizem riscos e queda de trabalhadores antes da adoção do EPI,
como por exemplo, redes de proteção, guarda-corpos afastados de periferias, entre
outros.

A área abaixo de onde o trabalho é executado deve ser isolada e sinalizada. Pessoas
que possam ser atingidas no solo ou níveis inferiores devem ser afastadas do local. É
proibida a fixação do cinto de segurança em andaimes que não apresentem condições
adequadas de travamento e estaiamento com estabilidade assegurada. Para a
realização de trabalho em andaimes é obrigatória a existência de pontos que permitam
ao contratado atracar o talabarte enquanto permanecer no andaime. Estes pontos
devem atender aos mesmos critérios estabelecidos neste procedimento para os
demais pontos de fixação de talabarte e cinto de segurança.

5.2.3.1 Cabo guia e linha de vida

Onde não existirem pontos de ancoragem para o talabarte do cinto de segurança,


deve ser instalado um cabo guia ou linha de vida com a finalidade de prover
segurança aos trabalhos com movimentação horizontal ou vertical. Estes sistemas
podem ser dotados de cabo de aço ou trilho de aço inoxidável e devem atender os
seguintes requisitos:

• Possuir capacidade de suportar no mínimo uma carga de 1.500 kg por pessoa


e estar posicionada em altura superior a 1,5 m do nível do piso de trabalho;

• O ancoradouro do sistema deve estar localizado em ponto externo à estrutura


de trabalho e deve possuir no mínimo a mesma resistência do cabo em uso;

• Possuir identificação através de plaqueta metálica ou numeração;

• Ser inspecionados por profissional habilitado, que deve manter um registro do


histórico das inspeções realizadas arquivando as evidências em prontuário
específico. Cabe a este profissional interditar o cabo e solicitar seu reparo caso
identifique avarias que ponham em risco a segurança de contratados;

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• Ancoradouros fabricados pela EMPRESA (olhais, por exemplo) devem ser


precedidos de projeto e devem ser submetidos antes do uso à inspeção
dimensional com respectiva emissão de laudo de aprovação por profissional
habilitado;

• Ancoradouros para cabo-guia e linha de vida que sejam fixados através de


soldagem devem ser submetidos antes do uso à inspeção de solda com
respectiva emissão de laudo de aprovação por profissional habilitado;

Além dos requisitos anteriores, devem-se observar os seguintes requisitos específicos:


• Para acesso a escada marinheiro, as linhas de vida devem ser fabricadas em
cabo de aço de no mínimo 10 mm de diâmetro, devendo obter validação
através de cálculo realizado por profissional habilitado;

• Para atividade em telhados o sistema deve ser fixado em estrutura de


suportação intermediária a cada 8 metros;

• Para as atividades como carregamento e descarregamento de caminhões,


enlonamento, descarga, manutenção em oficinas, deve prover de cabo guia e
meio de acesso seguro à carroceria, submetendo previamente à aprovação do
SESMT, ( estrutura móvel, estrutura fixa, instalação de troller e trava quedas ).

O uso de cabos de fibra sintética (cordas) para elaboração de linhas de vida ou cabo
guia horizontais é proibido, podendo em caso de necessidade, se não houver outra
alternativa, ser aplicado apenas para uso com trava-quedas em linha de vida vertical,
devendo neste caso, atender às disposições estabelecidas na Portaria 3.214/78 -
NR18 e as disposições anteriores relativas ao projeto, identificação e inspeção
mensal.

Dispositivos que possuam cabos de fibra como componentes para ancoragem


adquiridos de fabricante para uso como EPC devem possuir certificação, bem como,
homologação do fabricante. Neste caso, deve haver análise prévia e aprovação do
SESMT para a adoção deste EPC.

5.2.3.2 Guarda-corpo e rodapé (GCR)

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O guarda corpo deve ser utilizado como proteção contra queda de altura, fixado e
instalado em andaimes, escadas, plataformas, escadarias, passarelas, ao redor de
aberturas em pisos ou paredes, e devem atender os seguintes requisitos:

• Parapeito superior a 1,2 metros acima das áreas de trabalho ou circulação,


com resistência mínima a esforços concentrados de 150 Kgf/m no centro
(meio) da estrutura;

• Travessa (parapeito intermediário) de 0,7 m ou 70 cm acima das áreas de


trabalho ou circulação;

• Rodapé de altura mínima de 0,2 m ou 20 cm;

• Proteção entre o parapeito e rodapé;

• Acessos à escadas devem possuir fechamento impedindo acesso direto

(portão).

5.3 Equipamentos de Proteção Individual

Cabe à EMPRESA avaliar a necessidade de adoção de equipamentos e sistemas de


proteção individual contra quedas durante o planejamento do serviço. Inspecionar e
manter adequadamente os equipamentos de proteção.

• É obrigatório o uso do cinto de segurança do tipo paraquedista, com duplo


talabarte e capacete com jugular em todos os trabalhos em altura, os EPI
utilizados devem atender aos requisitos estabelecidos adiante.

• Em trabalhos nos postes de transmissão de energia é permitido o uso do cinto


para eletricista (tipo abdominal) desde que em conjunto com cinto tipo
paraquedista. Não é permitido o uso de cinto de segurança do tipo alpinista em
conjunto com esporas.

• É proibido o uso de estropos ou eslingas de cabo de aço ou fibra como meios


de extensão ou fixação dos talabartes junto às estruturas a fim de facilitar a

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movimentação do contratado, ou ainda se, conectados em cabo-guia ou linha


de vida a fim de aumentar o campo de trabalho. Esta prática descumpre o
disposto na NR-06 e NR-18.

• Cintas de ancoragem somente podem ser utilizadas se não houver alternativas


mais seguras para o trabalho. Neste caso, além de cumprir o estabelecido na
NR-06, a EMPRESA deve submeter o uso à análise e aprovação pelo SESMT
que estabelecerá requisitos adicionais e as condicionantes necessárias.

5.3.1 Cinto de segurança tipo paraquedista

Equipamento de proteção individual, ajustável, fixado ao corpo do contratado, através


de regulagem total, de forma a distribuir as forças de sustentação e de parada sobre
as coxas, cintura, peito e ombros. Utilizado para realizar quaisquer serviços acima de
2 metros de altura, com risco de queda, desde que atenda os seguintes requisitos:

• Ser confeccionado em material sintético, com linhas e costuras em material


sintético com cores contrastantes ao material básico, para facilitar a
inspeção;

• Possuir anéis de ancoragem no dorso para trabalhos em geral, anel de


ancoragem frontal, anéis laterais com proteção lombar para trabalhos de
posicionamento (quando necessário) e ponto de ancoragem no ombro para
trabalhos de espaço confinado e resgate;
• Em caso de atividades envolvendo altas temperaturas e soldagens, o cinto
de segurança tipo paraquedista deve ser confeccionado em fibra
paraaramida, e;

• Possuir carga estática mínima de ruptura de 2.268Kg.

• O peso Maximo do usuário deste tipo de cinto, será de 100 kg.

5.3.2 Talabarte

Equipamento componente de conexão do sistema de segurança contra quedas, retém


ou limita a queda. Permite que o usuário permaneça 100% do tempo de subida ou

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descida conectado ao ponto de ancoragem, ou linha de vida, deve atender os


seguintes requisitos:

• Fabricado em fibra sintética;

• Capacidade mínima de suportar carga de 2.268 kg;

• Comprimento máximo de 2 metros;

• Duplo, em “Y”, com absorvedor de energia;

• Mosquetão com abertura mínima de 53 mm e trava dupla;

• Em caso de atividades envolvendo altas temperaturas e soldagens, o talabarte


deve ser confeccionado em fibra de para-aramida;

• Devem estar fixados acima do nível da cintura do contratado, ajustado de modo


a restringir a altura de queda e assegurar que, em caso de ocorrência, minimize
as chances do contratado colidir com estrutura inferior.

5.3.3. Trava-queda móvel

Dispositivo que efetua o travamento imediato em movimentação em linhas verticais,


indicado para uso com balancim, plataformas suspensas, passarelas de telhado,
taludes, perneiras, chutes e britadores. Deve atender os seguintes requisitos:

• Possuir dupla trava de segurança e travamento simultâneo em dois pontos da


linha de segurança;

• Possuir força de frenagem inferior a 6 kN.

5.3.4. Trava-queda retrátil

Dispositivo que efetua o travamento simultâneo quando o trabalho é em ponto fixo,


como inspeção, carregamento e descarregamento de caminhões e vagões. Deve
atender os seguintes requisitos:

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• Ser instalado sempre, no mínimo, a uma distância de 70 cm acima da cabeça


do contratado;

• Ancorar em ponto fixo com capacidade superior a 1.500 kg;

• Força de frenagem inferior a 6KN;


• O deslocamento horizontal do contratado, em relação ao centro do aparelho
não deve ser superior a 1/3 da distância entre o ponto de ligação do cinto de
segurança e o solo;

• Possuir indicador de stress que indique que o usuário sofreu uma queda;

• Mosquetão giratório 360º para que o cabo não possa torcer;

• Possuir mola de proteção antitravamento.

5.4 Trabalho sobrepostos e interferências em elevações

Quando um trabalho inviabilizar outro trabalho em nível inferior por qualquer motivo,
inclusive segurança, a prioridade dever ser estabelecida pela GERENCIA DA OBRA,
que é a autoridade para esta finalidade em conjunto com o SESMT. Em nenhuma
hipótese o serviço de segurança do trabalho será responsabilizado pela eventual
interrupção do trabalho, indenizações ou pagamento por trabalhos não realizados não
serão pleiteados em função dessa condição.

A EMPRESA deve utilizar os meios necessários para evitar ou conter quedas tanto de
pessoas quanto de peças, objetos, ferramentas ou equipamentos durante a realização
de trabalhos onde exista sobreposição ou interferência entre elevações, tais como:

• Isolamento de área;

• Fechamento de aberturas no piso;

• Construção de assoalho provisório, marquises, e proteções de periferia;

• Alarme sonoro de equipamentos de movimentação de materiais tipo


elevadores, gruas, guinchos, entre outros.

• Dispositivos de amarração de ferramentas.

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TRABALHO EM ALTURA
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A EMPRESA deve providenciar aos seus contratados caixas de ferramentas


apropriadas e adequadas para o transporte das mesmas quando da realização de
trabalhos sobrepostos.

5.5 Trabalhos em telhado

Nos locais onde se desenvolvem trabalhos em telhados, devem existir sinalização e


isolamento de forma a evitar que os contratados que estejam localizados no piso
inferior sejam atingidos por eventual queda de materiais e equipamentos.

É proibido o trabalho em telhados sobre fornos ou qualquer outro equipamento do


qual haja emanação de gases provenientes de processos industriais, devendo os
equipamentos serem previamente desligados para a realização desses serviços. É
proibido concentrar cargas num mesmo ponto do telhado, estocá-las para posterior
uso e/ou sem quaisquer meios de fixação.

Para trabalhos em telhados, devem ser usados dispositivos que permitam a


movimentação segura dos trabalhadores. Nestes trabalhos será obrigatória ainda a
instalação de cabo-guia de aço que atenda ao disposto no item 5.2.3.1 para fixação do
cinturão de segurança tipo paraquedista.

Sobre as telhas ou entre vãos de tesouras ou estruturas somente será permitida a


instalação de passarela que atenda os seguintes requisitos:

• Fabricada em duralumínio antiderrapante, com ou sem degraus;

• Possua dispositivos de interligação/travamento entre os elementos;

• Possua projeto, memorial de cálculo, manual de instruções e atestado de


capacidade de carga emitidos pelo fabricante;

• Devem ser instalados pontos de ancoragem e linha de vida conforme item

5.2.3.1 acompanhando a extensão da passarela.

É terminantemente proibido o trabalho em telhado com chuva ou vento.

5.6 Trabalho com uso de Plataforma de Trabalho Aéreo

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A PTA deve atender às especificações técnicas do fabricante quanto a aplicação,


operação, manutenção e inspeções periódicas. É proibido o uso de cordas, cabos,
correntes ou qualquer outro material flexível em substituição ao guarda corpo.

A PTA não pode ser deslocada em rampas com inclinações superiores à especificada
pelo fabricante. O operador deve ser capacitado de acordo com o item 18.22.1 da NR-
18 e ser treinado no modelo de PTA a ser utilizado, ou em um similar, no seu próprio
local de trabalho.

O equipamento deve ser dotado de:

 Dispositivos de segurança que garantam seu perfeito nivelamento no ponto de


trabalho, conforme especificação do fabricante;
 Alça de apoio interno;
 Guarda-corpo que atenda às especificações do fabricante ou, na falta destas,
ao disposto no item 18.13.5 da NR-18;
 Painel de comando com botão de parada de emergência;
 Dispositivo de emergência que possibilite baixar o trabalhador e a plataforma
até o solo em caso de pane elétrica, hidráulica ou mecânica;
 Sistema sonoro automático de sinalização acionado durante a subida e a
descida.

É responsabilidade do usuário conduzir sua equipe de operação e supervisionar o


trabalho, a fim de garantir a operação segura da PTA.

Cabe ao operador, previamente capacitado realizar a inspeção diária do local de


trabalho no qual será utilizada a PTA.

Antes do uso diário ou no início de cada turno devem ser realizados inspeção visual e
teste funcional na PTA, verificando-se o perfeito ajuste e funcionamento dos seguintes
itens:

 Controles de operação e de emergência;


 Dispositivos de segurança do equipamento;

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IDENTIFICAÇÃO REVISÃO DATA REVISÃO


TRABALHO EM ALTURA
POP-02 00

 Dispositivos de proteção individual, incluindo proteção contra quedas;


 Sistemas de ar, hidráulico e de combustível;
 Painéis, cabos e chicotes elétricos;
 Pneus e rodas;
 Placas, sinais de aviso e de controle;
 Estabilizadores, eixos expansíveis e estrutura em geral;
 Demais itens especificados pelo fabricante.

Durante o uso da PTA, o operador deve verificar a área de operação do equipamento,


a fim de certificar-se de que:

 A superfície de operação esteja de acordo com as condições especificadas


pelo fabricante e projeto;
 Os obstáculos aéreos tenham sido removidos ou estejam a uma distância
adequada, de acordo com o projeto;
 As distâncias para aproximação segura das linhas de força energizadas e seus
componentes sejam respeitadas, de acordo com o projeto;
 Inexistam condições climáticas que indiquem a paralisação das atividades;
 Estejam presentes no local somente as pessoas autorizadas;
 Não existam riscos adicionais de acidentes.

É vedado:
 O uso de pranchas, escadas e outros dispositivos que visem atingir maior
altura ou distância sobre a PTA;
 A utilização da PTA como guindaste;
 A realização de qualquer trabalho sob condições climáticas que exponham
trabalhadores a riscos;
 A operação de equipamento em situações que contrariem as especificações do
fabricante quanto a velocidade do ar, inclinação da plataforma em relação ao
solo e proximidade a redes de energia elétrica;
 O uso da PTA para o transporte de trabalhadores e materiais não relacionados
aos serviços em execução.

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IDENTIFICAÇÃO REVISÃO DATA REVISÃO


TRABALHO EM ALTURA
POP-02 00

6.0 RESGATE E OPERAÇÕES DE EMERGÊNCIA

Em toda situação onde o sistema de contenção da queda for usado, um plano de


resgate deve existir e estar descriminado dentro do Plano de Emergência da
EMPRESA, para o acionamento das equipes de emergência devem ser
disponibilizados meios adequados de comunicação (rádios e telefone celular). A
equipe pode ser própria, externa ou composta pelos próprios trabalhadores que
executam o trabalho em altura, em função das características das atividades. O
empregador deve assegurar que a equipe possua os recursos necessários para as
respostas a emergências.

As pessoas responsáveis pela execução das medidas de salvamento devem estar


capacitadas a executar o resgate, prestar primeiros socorros e possuir aptidão física e
mental compatível com a atividade a desempenhar.

7.0 ANEXOS

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