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RELATÓRIO TÉCNICO-PEDAGÓGICO i

(Artigo 21.º)
EQUIPA MULTIDISCIPLINAR DE APOIO À EDUCAÇÃO INCLUSIVA
Nome: Mariana Melissa Garrido Carvalho
Data de nascimento: 03/05/2012 C.C.: 30976696 6 ZY7 Idade: 10
Nível de Pré-escolar 1º ciclo 2º ciclo 3º ciclo Grupo/ 5.º B
Educação/Ensino: Turma:
Ano de Escolaridade: 5.º ano
Escola e Agrupamento Agrupamento de Escolas Marquesa de Alorna
de Escola Básica Marquesa de Alorna
Escolas:
1. Situação atual e antecedentes escolares relevantes

Situação atual:
Apoio em intervenção precoce: Não Sim Especificar: Plano Individual de Intervenção Precoce

Ano Letivo Ano Estabelecimento Escolar Idade Apoios/ Benefícios

2018/2019 1.ºano 6 anos Medidas Universais a), b), c), d) e e)


2019/2020 2.ºano 7 anos Medidas Seletivas b) – Educação Física e d)
EB 1 São Sebastião da Pedreira
2020/2021 3.ºano 8 anos Psicologia;

2021/2022 4.ºano 9 anos Terapia da Fala.

Medidas Universais a), b), c), d) e e)


2022/2023 5.ºano EB Marquesa de Alorna 10 anos
Medidas Seletivas d)

Ocupação dos tempos livres:_________________________________________________________

Observações:
A Mariana frequentou o Jardim de Infância pertencente à igreja de S. Sebastião da Pedreira, tendo-
se verificado, já, neste nível de ensino, dificuldades ao nível da aquisição e aplicação de conhecimentos,
assim como da concentração da atenção.
No ano letivo de 2018 / 2019, iniciou a frequência do 1º ano de escolaridade na Escola EB1 de São
Sebastião da Pedreira, pertencente a este Agrupamento de Escolas, tendo-se continuado a verificar a
existência de dificuldades de aprendizagem, em particular ao nível da leitura, da escrita, do raciocínio
lógico-dedutivo e da localização / manutenção da atenção, assim como algumas fragilidades
emocionais. Pelas razões apresentadas, procedeu-se ao encaminhamento da aluna para uma consulta
de Psicologia, no Gabinete de Apoio Psicossocial da Junta de Freguesia das Avenidas Novas. Na
sequência da avaliação efetuada, foi emitido um relatório psicológico, a 3 de junho de 2019, pela Dra.
Joana Nina (psicóloga clínica), no qual se pode ler que a Mariana apresentou alguma lentidão na
execução das tarefas, o que prejudicou a qualidade da sua prestação, tendo revelado, igualmente
sentimentos de insegurança. Ao nível dos afetos, revelou ser uma criança introvertida e pouco segura
de si, reservada e obediente, que se esforça por correspondente às expetativas externas.
De acordo com as provas realizadas, a Dra. Joana Nina afirma que a aluna revela uma eficiência
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intelectual global situada no nível inferior à média, quando comparada com as crianças da sua idade. No
que respeita aos domínios verbal e não verbal, a sua eficiência intelectual situa-se no nível médio
inferior. Apresenta baixos níveis de compreensão verbal e níveis de perceção e organização percetiva
inferiores à média e um nível de velocidade de processamento considerado, igualmente, baixo para a
sua faixa etária.
No mesmo relatório, a Dra. Joana Nina observa, ainda, que, quando comparada com as crianças da
sua idade, a Mariana ficam aquém do esperado, situando-se num nível inferior no que respeita as
capacidades de conceptualização mental; raciocínio numérico e cálculo, compreensão de relações
causa-efeito em situações sociais; realização de tarefas novas exigentes e não dependentes de
aprendizagens escolares e lentidão no processamento de informação visual e na execução. Acrescenta
que, no que respeita a disponibilidade de conhecimentos gerais do dia-a-dia; conhecimentos e
capacidade de resolução de situações problemáticas em contexto social e capacidade de antecipação
do todo a partir de elementos dispersos, a aluna se situa no limite inferior da média. Apresenta,
igualmente, um nível baixo no que respeita as capacidades de categorização, abstração e formação de
conceitos; a compreensão, domínio e amplitude vocabular, bem como a abstração verbal; a capacidade
para analisar estímulos visuais familiares e discriminar entre o essencial e o acessório e a capacidade
de memória visual. Também as capacidades de mobilização da atenção e memória imediata se situam
no limite inferior da média, relativamente ao seu grupo etário.
No que respeita a avaliação do nível da linguagem oral, a psicóloga constata que a Mariana
demonstra um desenvolvimento, igualmente, baixo, em comparação com as crianças da mesma idade,
na capacidade de identificação categorial e nos processos de reconstrução e segmentação silábicas.
Acrescenta, ainda, que a aluna se situa abaixo da média, no que respeita, às competências de
identificação de estrutura sintática, a capacidade de restauras frases semântica e sinteticamente
aceitáveis, assim como a capacidade de distanciamento e análise consciente das estruturas linguísticas.
A técnica observa que o seu desempenho ficou, igualmente, aquém do esperado para a sua idade, no
que respeita os processos de reconstrução e segmentação fonémicas, tendo considerado que os
resultados obtidos indicam um provável comprometimento da consciência fonológica.
No que concerne à avaliação dos afetos, dos sentimentos que experimenta e ao modo como se
posiciona dentro da família, de acordo com a Dra. Joana Nina, as provas efetuadas sugerem falta de
iniciativa e pouco autonomia em relação aos adultos, acentuada timidez e dificuldades de afirmação.
A psicóloga refere que a interpretação das provas permite relacionas as dificuldades apontadas com
um desinvestimento no desenvolvimento nas competências essenciais à aprendizagem escolar, tais
como, capacidades de realização de tarefas novas e exigentes, revelando lentidão no processo de
informação, tendo acrescentado que os resultados obtidos revelam a existência de uma Perturbação da
Linguagem.
A técnica considera que as dificuldades demonstradas pela Mariana estão relacionadas com o seu
baixo nível de eficiência intelectual e com alterações nos processos cognitivos essenciais à
aprendizagem da leitura e da escrita, assim como como as suas fragilidades emocionais. Conclui,
referindo que a aluna revela um autoconceito caracterizado pela passividade, o que possivelmente
estará a influenciar a sua motivação para a aprendizagem e a capacidade para ultrapassar as suas
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dificuldades.
Em setembro de 2019, a Mariana foi avaliada pela terapeuta da fala Catarina Mateus, que emitiu um
relatório, a 1 de outubro, no qual se pode ler que a aluna apresenta dificuldades nos domínios da
linguagem oral e escrita, corroborando a problemática já indiciada pela avaliação psicológica
supramencionada. Assim, através da avaliação formal a informal efetuada, no que respeita a oralidade,
a terapeuta verificou que a compreensão auditiva de material verbal / funcional se apresenta
comprometida, uma vez que a aluna demonstra dificuldade em compreender algumas questões que lhe
colocamos, do mesmo modo que não percebe algumas instruções, o que se reflete numa dificuldade na
concretização autónoma das atividades a realizar. No que concerne à componente morfossintática, a
técnica verificou que a aluna apresenta um discurso pouco fluente, caracterizado por algumas pausas,
utilizando frases simples para se exprimir e com uma extensão do enunciado curta para a sua faixa
etária. Alude, ainda, ao facto de a Mariana não ter conseguido realizar, de forma eficaz, a aplicação do
locativo / posse, o reconhecimento / correção de frases agramaticais, a coordenação de frases, a
ordenação de palavras na frase e a derivação de palavras. De acordo com a Dra. Catarina, a aluna não
realizou algumas das tarefas solicitadas, por não ter compreendido o que lhe foi pedido.
No que respeita a componente semântica, verificou-se que a Mariana apresenta um nível lexical
inferior ao expectável para a sua faixa etária, acedendo ao Iéxico de forma demorada nas tarefas de
evocação semântica, apresentando pouca coerência a coesão na definição de conceitos simples e
abstratos, na descrição de imagens e no discurso espontâneo. Também o conteúdo informativo
apresentado parece pouco eficaz, recorrendo a gestos pala auxiliar a sua expressão.
Relativamente à linguagem escrita, a aluna foi avaliada em diversos domínios, o primeiro dos quais,
o da consciência fonológica, tendo-se constatado que revelou dificuldades na identificação das rimas
com apoio visual, bem como na sua evocação. A terapeuta da fala observou que, mais uma vez, a aluna
parece não ter compreendido as duas tarefas que não conseguiu realizar corretamente.
Relativamente à consciência silábica, a técnica refere que a aluna não conseguiu realizar
corretamente as tarefas de segmentação de palavras com estrutura complexa (CCV e CVC), o mesmo
tendo acontecido com as tarefas de manipulação silábica (inversão, omissão, substituição e adição),
tendo apresentado bastante dificuldade na evocação de palavras pela sílaba inicial. No que respeita a
consciência fonémica, a Mariana não conseguiu realizar a manipulação fonémica (inversão, omissão,
substituição e adição). Na identificação e nomeação de grafemas, apresentou algumas trocas entre
letras com / sem semelhança gráficas (p.ex: <t> - <f>; <q> - <d>; <g> - <n>), bem como dificuldades nas
tarefas de soletração. A aluna apresentou, igualmente, alterações ao nível da discriminação de pares
mínimos em palavras e pseudo-palavras, mostrando confusão entre os pares /c-g/, /t-d/, /v-f/.
No que respeita o domínio da leitura, constata-se que, atualmente, a Mariana apresenta um
compromisso na descodificação de sílabas e palavras, pelo que Ihe é, ainda, muito difícil a leitura de
frases.
Verifica-se que a escrita avaliada através de cópia se apresenta alterada, uma vez que omite
grafemas. Também a escrita avaliada através da realização de ditado se encontra comprometida, uma
vez que a Mariana ainda não domina os valores fonémicos dos diferentes grafemas aprendeu, pelo que
nesta tarefa se mostra muito hesitante, sem conseguir escrever corretamente o que the é solicitado.
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Ao nível da articulação, a técnica refere que, no domínio fonético, se verificam fragilidades na
produção motora das líquidas [I], [r], e [lh], bem como nas sibilantes [s], [z], [x] e [j]. Acrescenta que, no
domínio fonológico, se verifica a ocorrência de alguns processos fonológicos, tanto na estrutura
silábica, como na estrutura fonémica dos itens considerados(...): omissão e/ou semivocalização
consistente das líquidas /r/, /l/ e /lh/, de modo inconsistente, nas diferentes posições; despalatalizaçăo
inconsistente do /x/ para /s/ em posição de coda.
A Dra. Catarina conclui o seu relatório de avaliação afirmando que a Mariana apresenta um perfil de
linguagem compatível com uma Perturbação da Linguagem, com alterações nas diferentes
componentes: semântica, morfossintática e morfológica, referindo que as suas dificuldades afetam a
linguagem oral e, consequentemente, o desenvolvimento da linguagem escrita.
No presente ano letivo, as dificuldades supramencionadas continuam a dificultar a aquisição e
aplicação de conhecimentos nas diversas áreas. Por esta razão, a Mariana continuará a ser apoiada
pela Equipa Multidisciplinar de Apoio à Educação Inclusa (EMAEI), estando o seu processo educativo
abrangido pelo DL 54/2018, de 6 de julho. Encontra-se a ser acompanhada em Terapia da Fala, com
frequência semanal, beneficiando, igualmente, de sessões semanais de Psicologia (através da Junta de
Freguesia das Avenidas Novas, assim como de Apoio Socioeducativo.
Atualmente, a Mariana apresenta uma eficiência intelectual global situada no nível inferior à média;
perturbação do Desenvolvimento da Línguagem e Perturbação Fonológica com repercussões na leitura
e na escrita; Perturbação de Défice de Atenção e Hiperatividade (apresenta-se predominantemente
desatenta) e fragilidades emocionais.
A Mariana revela muitas dificuldades em se concentrar nas tarefas propostas, dispersando-se com
muita facilidade, revela grandes dificuldades ao nível da fluência/compreensão leitora, da expressão
escrita, do raciocínio lógico-matemático
Por todos estes motivos acima descritos, a Mariana é uma aluna com necessidades educativas
especiais de carácter permanente.

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Medidas universais implementadas anteriormente:
Início Medida a
Medidas Universais Implementadas – artigo 8º
Implementação manter

a) Diferenciação Pedagógica

O reforço das estratégias utilizadas no grupo ou turma ao nível das atividades


Adequação das atividades ao ritmo/ estilo de aprendizagem do(a) aluno(a).
Valorização da participação na realização das tarefas propostas nas aulas.
Valorização e incentivo do trabalho de casa.
Reforço positivo.
Esclarecimento de dúvidas.
Acompanhamento/ apoio individualizado na realização de testes.
Estabelecer sempre de forma clara os critérios e objetivos dos trabalhos, verificando se o
aluno compreendeu e se não existem dúvidas. Sim
Não
O estímulo e reforço das competências e aptidões envolvidas na aprendizagem
Controle da organização do caderno diário.
Utilização da calculadora para treino de operações.
Priorização de objetivos que enfatizam capacidades e habilidades básicas de atenção,
participação e adaptabilidade do estudante.
Introdução de objetivos intermédios, considerando as necessidades do(a) aluno(a).
Priorização da aprendizagem e retomada de determinados conteúdos para garantir o seu
domínio e a sua consolidação.
Facilitar ao aluno(a) uma cópia dos apontamentos escritos de um colega.
Alteração no tempo previsto para a realização das atividades ou conteúdos e ao período
para alcançar determinados objetivos.

b) Acomodações curriculares
Sim
Não

Localização em sala de aula Apresentação do conteúdo Tarefas e fichas de trabalho

Organizar o espaço de sala de aula de


Assegurar que as orientações são Assegurar-se que as orientações são
forma a não conter estímulos que possam
compreendidas compreendidas
ser distrativos para o aluno. Na sala de
aula o aluno deve ocupar um lugar que Segmentar apresentações longas Facultar exemplo do produto final
lhe permita boa audição e visualização do Verificar oralmente a Segmentar apresentações longas
quadro facilitador da compreensão dos pontos-chave Verificar oralmente a compreensão
atenção/concentração, Escrever os pontos-chave no dos pontos-chave
preferencialmente, na primeira fila, quadro Escrever os pontos-chave no quadro
próximo do professor e longe da janela, Facultar tempo para responder a Disponibilizar tempo extra para o
ou seja, em local onde ele tenha menor perguntas processamento de informação.
probabilidade de se distrair. Ensinar o vocabulário Facultar tempo para responder a
Sentar o(a) aluno(a) de frente para o previamente perguntas
quadro Modelar/ demonstrar /simular Ensinar o vocabulário previamente
Sentar o(a) aluno(a) perto do conceitos Modelar/demonstrar/simular
professor/apresentação Usar o computador para apoiar o conceitos
Ficar de pé junto ao(à) aluno(a) ensino Usar o computador para apoiar o
quando está a dar ensino
orientações/apresentação Permitir que o aluno disponha de mais
tempo na concretização das tarefas.

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Testes Competências organizativas Acomodações Ambientais
Treinar competências
organizativas Utilização de computadores
Usar preferencialmente itens de
Utilizar um bloco de notas com as Estar perto/longe de distrações
escolha múltipla
tarefas e trabalhos de Organização dos espaços de forma a
Utilizar testes curtos em vez de
casa/planeamento possuir visibilidade e uma melhor
longos
Permitir pausas em tarefas longas audição
Usar testes orais
Permitir ao aluno escrever na folha
de teste
Permitir tempo extra no teste Comportamento
Permitir a realização do teste em Utilizar estratégias de
outro local
Acomodações Organizacionais
autodeterminação
Permitir a realização do teste num Utilizar regras simples e claras
outro horário (flexibilização) Colocar na sala de aula pistas Ensino da gestão de tempo
visuais que induzam a Ensino de métodos de estudo
comportamentos apropriados. Ensino de como tirar notas
Assinalar as respostas certas, não Desenvolvimento de capacidades de
as erradas autodeterminação, competências de
Implementar um sistema de comunicação e estratégias de resolução
gestão de comportamento de conflitos
Utilizar semanalmente
instrumentos para registo do
comportamento
Manter a proximidade ao aluno
Acomodações Motivacionais Acomodações de Apresentação Acomodações de Avaliação

Visitas de estudo Revisão e repetição Uso de dicionários


Reforço positivo Verificação regular da Debates/brainstorming
privilégios/ recompensas compreensão de conteúdos e Tempo disponibilizado
Sessões de treino para os testes instruções Grupos cooperativos
Uso de tecnologia Apresentação oral e visual Uso da tecnologia
Comunicar frequentemente ao aluno(a) Uso de tecnologia Ensino de verificação ortográfica,
o reconhecimento pelo seu esforço Providenciar um ensino nomeadamente através da soletração
Uso de sinais para ajudar o aluno (a) cinestésico uso de vocabulário previamente
permanecer na tarefa (pistas privadas); Apresentação faseada de novos ensinado
Reforço diário conceitos Provas orais
Aconselhamento Alternativas para Materiais de leitura gravados em áudio
Desenvolvimento cooperativo de Dar exemplos Leituras curtas
comportamentos e rotinas em sala de Uso de rimas, música técnicas de avaliação variadas: escolha
aula múltipla, respostas curtas,
Uso consistente de rotinas da sala de Preenchimento de espaços em branco,
aula correspondência, etc.
Resposta consistente e regular aos Uso frequente de questionários curtos
comportamentos inapropriados uso de
Fazer revisões utilizando questões
linguagem inclusiva e de incentivo ao
semelhantes às dos testes
sucesso do grupo
Possibilitar testes orais
Não penalização dos erros de
ortografia
Não penalização de incorreções ao
nível sintático
Atender ao conteúdo em detrimento
da forma
Permitir o uso da calculadora
Realizar testes com consulta do livro
Realizar o teste em sala à parte
c) Enriquecimento curricular (AEC, BE, Clubes, Projetos, Desporto Escolar…) Sim Não
Especifique:
d) Promoção do comportamento pro- social (Programa de Competências Pessoais e Sim Não
Sociais; GIPS …)
Especifique:
Intervenção foco académico/comportamental em pequenos grupos (Apoio ao Sim Não
Estudo; Apoio Socioeducativo; Atendimento à Turma; Ninhos; Fénix; Snoezelen…)
Especifique: Apoio ao Estudo

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Outras. Especifique: Sim Não

Início Medida a
Adaptações ao processo de avaliação implementadas
Implementação manter
Diversificação dos instrumentos de recolha de informação, tais como, inquéritos, Não Sim
entrevistas, registos vídeo ou áudio
Leitura de enunciados Não Sim
Utilização de sala separada Não Sim
Tempo suplementar Não Sim
Utilização de produtos de apoio Não Sim
Outras. Especifique:

2. Potencialidades, expectativas e necessidades na perspetiva do aluno e da família

A Mariana é uma menina que se relaciona de forma afável com os seus pares, com os professores e
restantes membros da comunidade educativa. Refere que gosta muito da escola e que o que mais gosta
de fazer é brincar e estudar. Nos intervalos, gosta muito de estar com os amigos no recreio. Quando
questionada sobre as atividades académicas, a Mariana afirmou gostar muito de Matemática e Português.
Acrescentou que, quando sente dificuldades em ambiente escolar, solicita ajuda à Terapeuta da Fala,
sentindo que esse auxílio facilita bastante a realização das tarefas. A aluna referiu, ainda, que, quando se
sente triste na escola, fala com os colegas.
A Mariana é filha única de pais separados. Vive com a mãe durante a semana, passando os fins de
semana com o pai. A aluna referiu que é, normalmente, com a mãe que partilha as suas preocupações
escolares e pessoais. Relatou que, quando está em casa, costuma ver televisão, brincar com as bonecas
e com o slime.
O Encarregado de Educação da aluna confia nos profissionais da escola intervenientes no seu
processo educativo e adota um papel interventivo no mesmo, colaborando com a Diretora de Turma, a
Psicóloga, a Terapeuta da Fala e a Equipa Multidisciplinar de Apoio à Educação lnclusiva, na definição de
medidas e estratégias de suporte à aprendizagem e inclusão, com vista ao sucesso pessoal e escolar da
sua educanda.
2.1. Fatores que, de forma significativa, afetam o progresso e o desenvolvimento do aluno

2.1.1. Fatores da escola

Que podem facilitar:

Ambiente físico

- A existência de recursos adequados à aluna.

Elogios e comentários (feedback)

- O elogio frequente do comportamento e progressos da aluna.

- O acompanhamento, durante as tarefas, para garantir a compreensão e o progresso.

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Gestão da sala de aula

- A clareza na aplicação dos procedimentos e regras da sala de aula, a sua compreensão por parte da
aluna e consistência na aplicação.

- A eficaz gestão das mudanças entre tarefas.

- A existência de recursos humanos para apoiar a concretização de objetivos específicos.

Organização da escola

- A disponibilidade de outros professores / técnicos para apoiar a professora Titular de Turma.

- A disponibilidade de tempo entre os professores que intervêm no processo educativo da aluna para
planeamento e articulação das atividades e respetivos modos de operacionalização.

- A estreita comunicação com a Encarregada de Educação da aluna e outros profissionais envolvidos no


seu processo de ensino aprendizagem (professores e técnicos responsáveis pelas atividades de
enriquecimento curricular).

Processo de ensino aprendizagem

- A adequação das tarefas ao nível de compreensão / competências da aluna.

- A criação de oportunidades para a aluna se envolver em atividades nas quais possa ter sucesso.

- A realização de atividades cujos conteúdos são do interesse da aluna.

- A utilização de várias abordagens de ensino.

- A clara definição das metas de aprendizagem e a partilha das mesmas com a aluna.

- A proposta de tarefas que tenham em atenção o estilo de aprendizagem da aluna: o ritmo das
atividades, a variedade e duração das mesmas e o tempo permitido para completar as tarefas.

- A monitorização e o registo frequente dos seus progressos.

- O recurso a outros profissionais para apoiar a aluna: psicóloga, terapeuta da fala.

Que podem dificultar:

Elogios e comentários (feedback)

- Uma constante atitude reprovatória por parte do adulto em relação ao seu desempenho.

- A insistente alusão às suas dificuldades.


2.1.2. Fatores do contexto familiar

Que podem facilitar:


Casa e família

- A consciência das dificuldades da aluna por parte da família.

- A disponibilidade para o seu acompanhamento.


2.1.3. Fatores individuais

Que podem facilitar:


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- A motivação da aluna para as aprendizagens, por exemplo, na área artística;

Estilo de aprendizagem

- A resposta ao elogio e a outras recompensas.

Desenvolvimento social e emocional

- O bom relacionamento que estabelece com os seus pares e com os adultos.

Outros factores

- A existência de serviços de apoio – Terapia da Fala e Psicologia

Que podem dificultar:


- A dificuldade em definir os seus próprios objetivos e em realizar tarefas novas.

Competências comunicacionais

- As dificuldades ao nível da compreensão e da expressão oral.

- As dificuldades ao nível da leitura, compreensão leitora e expressão escrita.

Estilo de aprendizagem

- As dificuldades ao nível da focalização/manutenção da atenção.

- A dificuldade em trabalhar autonomamente, uma vez que necessita de muito apoio ao nível da
compreensão e descodificação dos textos lidos e das questões apresentadas.

- A adoção de uma atitude, frequentemente, passiva em situação de sala de aula demonstrando pouca
iniciativa para realizar as tarefas propostas.

Desenvolvimento Social e emocional

- Alguma dificuldade em estabelecer relações com os seus pares.

- As fragilidades emocionais reveladas pela aluna, que podem comprometer a aquisição dos
conhecimentos, assim como condicionar o desenvolvimento das suas competências sociais ao nível da
autonomia.

3. Medidas de suporte à aprendizagem e à inclusão


(Para cada medida indicar o respetivo modo de operacionalização bem como os indicadores de resultados)
3.1. Medidas seletivas (Art.º 9.º)
(Em complemento das medidas universais.)

a) Percursos curriculares diferenciados (PCA, CEF, PIEF…)


b) Adaptações curriculares não significativas: (Anexar Ficha de Adaptações Curriculares Não Significativas)
Adaptações ao nível dos objetivos e conteúdos através da alteração na sua priorização ou sequenciação;
Introdução de objetivos específicos de nível intermédio que permitam atingir os objetivos globais e as aprendizagens
essenciais.
c) Apoio psicopedagógico
d) Antecipação e reforço das aprendizagens
e) Apoio tutorial

3.2. Medidas adicionais (Art.º 10.º)

a) Frequência do ano de escolaridade por disciplinas


b) Adaptações curriculares significativas:

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Introdução de outras aprendizagens substitutivas;
Estabelecimento de objetivos globais ao nível dos conhecimentos a adquirir e das competências a desenvolver para potenciar
a autonomia, o desenvolvimento pessoal e o relacionamento interpessoal.
c) Plano individual de transição
d) Desenvolvimento de metodologias e estratégias de ensino estruturado
e) Desenvolvimento de competências de autonomia pessoal e social

3.2.1. Critérios de progressão do aluno (Art.º 29.º)

A progressão dos alunos abrangidos por medidas universais e seletivas de suporte à aprendizagem e à inclusão realiza-se nos termos definidos

na lei.

A progressão dos alunos abrangidos por medidas adicionais de suporte à aprendizagem e à inclusão realiza-se nos termos definidos no programa

educativo individual (PEI).

3.2.2. Caso sejam mobilizadas as medidas adicionais previstas nas alíneas b), d) e e) deve ser garantida, no Centro de Apoio à
Aprendizagem, uma resposta complementar ao trabalho desenvolvido em sala de aula ou noutros contextos educativos (n.º5 do Art.º 13.º)

Operacionalização das medidas


a) Horário e recursos humanos: Horário do aluno (em anexo)

b) Tipo de apoio: Individual Grupo Terapias


Especifique: _____________________________________
c) Recursos materiais e de equipamento.
Especifique: __________________________________________________________________________
d) Local: Sala de aula CAA CAA Gabinete Refeitório Pátio Outro(s)____________

Observações:

4. Áreas curriculares específicas (Alínea d) do Art.º 2.º)

Contemplam:
Treino de visão.
Sistema braille.
Orientação e a mobilidade.
Tecnologias específicas de informação e comunicação.
Atividades da vida diária.

5. Necessidade de se constituir um grupo/turma com número de crianças/alunos inferior ao mínimo legal

SIM NÃO

(Em caso afirmativo -Selecionar o(s) tópico(s) que dizem respeito ao aluno.)
Os critérios de cariz pedagógico que justificam a redução do número de alunos por grupo/ turma são:
Verifica-se o acompanhamento e permanência na turma de (______%) o tempo letivo curricular, com a aplicação de medidas adicionais
de suporte à aprendizagem e à inclusão.
As barreiras à aprendizagem e participação são de tal forma significativas que exigem da parte do professor um acompanhamento
continuado, sistemático e de maior impacto em termos da sua duração, frequência e intensidade, no âmbito da concretização das
adaptações curriculares não significativas.
São utilizados produtos de apoio de acesso ao currículo que exigem da parte dos professores um acompanhamento e supervisão
sistemáticos.
Outros fundamentos:

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6. Implementação plurianual de medidas (n.º5 do Art.º 21.º)

SIM NÃO

(Em caso afirmativo, definir momentos intercalares de avaliação da sua eficácia.)

7. Recursos específicos de apoio à aprendizagem e à inclusão a mobilizar (Art.º 11.º)

7.1. Recursos humanos


a) Os docentes de educação especial;
b) Os técnicos especializados (Terapia da Fala)
c) Os assistentes operacionais, preferencialmente com formação específica.

7.2. Recursos organizacionais


a) A equipa multidisciplinar de apoio à educação inclusiva;
b) O centro de apoio à aprendizagem;
c) As escolas de referência no domínio da visão;
d) As escolas de referência para a educação bilingue;
e) As escolas de referência para a intervenção precoce na infância;
f) Os centros de recursos de tecnologias de informação e comunicação para a educação especial.
g) Outro do Agrupamento. Especificar __________________________

7.3. Recursos da comunidade


a) As equipas locais de intervenção precoce;
b) As equipas de saúde escolar dos ACES/ULS;
c) As comissões de proteção de crianças e jovens;
d) Os centros de recursos para a inclusão;
e) As instituições da comunidade, nomeadamente os serviços de atendimento e acompanhamento social do sistema de solidariedade e
segurança social, os serviços do emprego e formação profissional e os serviços da administração local;
f) Os estabelecimentos de educação especial com acordo de cooperação com o Ministério da Educação.
g) Outro(s) da Comunidade. Especificar: Técnicos Especializados do Hospital D. Estefânia.

8. Adaptações ao processo de avaliação (Art.º 28.º)

SIM NÃO

Adaptações ao processo de avaliação a aplicar:


a) A diversificação dos instrumentos de recolha de informação, tais como, inquéritos, entrevistas, registos vídeo ou áudio
b) Os enunciados em formatos acessíveis, nomeadamente braille, tabelas e mapas em relevo, daisy, digital
c) A interpretação em LGP
d) A utilização de produtos de apoio
e) O tempo suplementar para realização da prova
f) A transcrição das respostas
g) A leitura de enunciados
h) A utilização de sala separada
i) As pausas vigiadas
j) O código de identificação de cores nos enunciados
k) Outro (s):_____________________________________________________________________

9. Procedimentos de avaliação

9.1. Eficácia das medidas de suporte à aprendizagem e à inclusão

A avaliação relativa à implementação e à eficácia das medidas de suporte à aprendizagem e à inclusão, assume um caráter de continuidade,
devendo resultar da análise e discussão da informação expressa nas fichas de monitorização. Este processo será efetuado em conselho de
turma/conselho de docentes/ reuniões de ano, no final de cada período letivo ou noutras reuniões (nomeadamente reuniões com técnicos

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e/ou encarregados de educação), de modo a envolver todos os intervenientes.

O balanço realizado permitirá ponderar a necessidade de reajustes que devem ser registados no Projeto Curricular de Turma bem como no
RTP, através de uma adenda anual.

A reformulação do RTP deverá ocorrer final de cada ciclo ou sempre que se mostrar necessário.

9.2 Se aplicável, definir os termos de monitorização e avaliação do Programa Educativo Individual


(Ver PEI)

10. Procedimentos e estratégias adotadas para o envolvimento, participação e acompanhamento dos pais/encarregado de educação e do
aluno na tomada de decisão e na implementação das medidas

(Selecionar o(s) tópico(s) importantes.)

O acesso a registos periódicos de avaliação contínua/formativa;


A oportunidade de conhecer a equipa pedagógica ou outros profissionais de referência para o aluno;
A oportunidade de conhecer os espaços e ambientes de aprendizagem e, quando aplicável, a entidade de acolhimento nos períodos de
formação em contexto de trabalho, entre outros.
A manutenção da informação sobre as políticas e práticas da escola;
O esclarecimento sobre as prioridades do projeto educativo da escola;
O acesso à participação nas decisões tomadas sobre a escola;
O incentivo a um contacto regular com a escola e reuniões com professores;
O acesso a oportunidades diversificadas para que possam discutir os progressos e as preocupações a respeito dos seus filhos;
A valorização das diferentes contribuições oferecidas à escola;
A valorização do conhecimento sobre os seus filhos;
O encorajamento no seu envolvimento na aprendizagem dos seus filhos.

Observações

Encarregado(a) de Educação

Nome: Elma Carvalho

Data: Assinatura:

O(A) aluno(a)

Nome: Mariana Carvalho

Data: Assinatura:

A Coordenadora da Equipa Multidisciplinar de apoio à Educação Inclusiva (Art.º 12.º)

Nome: Margarida Fernandes


Data: Assinatura:

O(A) Coordenador(a) da implementação das medidas propostas (n.º10 do Art.º 21.º)

Nome: Joana Cunha

Data: Assinatura:

Responsáveis pela implementação das medidas

Nome Função Assinatura

Joana Cunha Diretora de Turma

Relatório Técnico Pedagógico Página 12 de


13
Mª Isabel Martins Gonçalves Professora de Educação Especial

O Presidente do Conselho Pedagógico (n.º4 do Art.º 22.º)

Nome: Pedro Faria

Data: Assinatura:

Homologação pelo Diretor (n.º4 do Art.º 22.º)

Nome: Pedro Faria

Data: Assinatura:

Relatório Técnico Pedagógico Página 13 de


13

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