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TDAH

20 estratégias escolares para crianças com Déficit de atenção ou


TDAH
Uma criança com Déficit de atenção ou TDAH,  pode apresentar também dificuldades de aprendizagem,
déficits de percepção visual, auditiva, na sua capacidade para responder, na sua memória, na sua
organização espacial, na sua lateralidade, sua capacidade de análise e síntese, etc. Estas áreas influem
no desempenho na leitura, e da escrita, portanto algumas estratégias devem ser adotadas em sala de aula
para que esta criança obtenha o interesse em participar das ações escolares e consequentemente seja
motivada a estudar.

Estratégias na sala de aula para crianças Déficit de


atenção ou TDAH

1-      Incrementar a imediata correlação entre prêmios e consequências.

2-      Quando não se comporta adequadamente na sala de aula, recomenda-se que se dê um


tempo para meditar sobre o que fez (time out).

3-      Aconselha-se supervisão nos recreios e horários livres.

4-      Tentar evitar críticas e “sermões”. É preferível chamar-lhe a atenção de uma forma prudente
e calma quando ela não tiver se comportando corretamente.

5-      Reforçar seu comportamento positivo com cumprimentos, reconhecimentos, etc.

6-      Sentá-la próximo da professora ou de algum colega que possa ser visto como um líder
positivo.
7-      Firmar um “contrato de comportamento positivo” com ela, incluindo aquelas condutas que
estão ao seu alcance.

8-      Motiva-la quando consegue reprimir um impulso, por exemplo, na sala de aula, quando
consegue levantar a mão para responder ao invés de responder impulsivamente.

9-      Orientar a atenção da criança que tem Déficit de atenção para a tarefa que será iniciada. É
importante ajuda-la a descobrir e selecionar a informação mais importante, organizá-la e
sistematizá-la.

10-  É necessário dar a ela regras consistentes sobre o que deve fazer; as instruções devem ser
parceladas. Em alguns casos é conveniente enumerar as instruções para que seja mais fácil para
elas segui-las.

11-  As rotinas de trabalho devem ser claras. Devem ser evitadas, na medida do possível,
variações imprevistas.

12-  Não é conveniente fazer atividades com limites de tempo. Isto pode favorecer condutas
impulsivas.

13-  Permitir um tempo extra para completar seus trabalhos.

14-  Encurtar períodos de trabalho de modo a coincidirem com seus períodos de atenção.

15-  Dividir os trabalhos que lhes sejam dados em partes menores de modo que elas possam
completá-los.

16-  Entregar os trabalhos um de cada vez.

17-  Reduzir a quantidade de deveres de casa.

18-  Dar instruções tanto orais como escritas.

19-  Estabelecer sinais secretos entre a criança e o professor para poder fazê-lo notar quando
está começando a se distrair.

20-  É importante que estas crianças que têm Déficit de atenção ou TDAH estejam em ambientes de
trabalho motivadores, com tarefas que sejam significativas para elas. Deve-se atrair o seu interesse e
apresentar a ela tarefas que sejam desafiantes. Existia a crença que seria conveniente que crianças com
Déficit de atenção ou TDAH estivessem em ambientes de trabalhos com poucos estímulos porque tudo
lhes chamava a atenção; no entanto, agora se sabe que é importante proporcionar-lhes uma estimulação
adequada, num ambiente que seja estimulante para estas crianças.

10 dicas para auxiliar os professores em sala de aula com alunos com


Déficit de atenção
Todos nós que trabalhamos com alunos que tem déficit de atenção, sabemos que não é fácil
administrar os sintomas deste transtorno, seja na sala de aula ou em casa. Normalmente, a
eficácia deste tratamento depende do conhecimento e da persistência da escola e do professor.

Deste modo, apresentamos algumas dicas de como lidar com crianças que tem déficit de atenção
na escola. As sugestões são direcionadas aos professores ou cuidadores destas crianças e são
pertinentes a qualquer idade das mesmas.

01 – Em primeiro lugar verifique se o que você está lidando é déficit de atenção. Definitivamente
sabemos que não é tarefa dos professores diagnosticar este transtorno, mas você pode e deve
questionar. Tenha plena certeza de que os responsáveis pela criança tenham testado a audição e
a visão da mesma recentemente e tenha certeza também de que outros problemas médicos
tenham sido resolvidos. Uma avaliação adequada deve ser feita. A responsabilidade disso tudo é
dos pais e não dos professores, mas o professor pode contribuir para o processo.

02 – Tenha senso de missão e prepare-se para conviver com paciência com estas crianças.
Concordo que ser uma professora em uma sala de aula onde há duas ou três crianças com déficit
de atenção pode ser extremamente cansativo. Neste caso, tenha plena que você tem o apoio da
escola e dos pais. Tenha certeza de que há uma pessoa com conhecimento á qual você possa
consultar quando tiver um problema (pedagogo, psicólogo infantil, psiquiatra, psicopedagogo ). O
importante é que este profissional ele ou ela conheça muito sobre este transtorno e possa auxiliá-
lo (a). Conheça os recursos de uma sala de aula e possa falar com clareza. Tenha certeza de que
os pais são realmente parceiros.

03 – É imprescindível que você conheça seus limites. Não tenha medo de pedir ajuda. Você,
como professor, não pode querer ser uma especialista em déficit de atenção, embora precise
conhecer bastante sobre o assunto para lidar e educar o seu aluno. Você deve sentir-se tranquilo
em pedir ajuda quando achar necessário.

04 – PERGUNTE À CRIANÇA O QUE PODE AJUDAR


Crianças com déficit de atenção são sempre muito intuitivas. Elas sabem dizer a forma mais fácil
de aprender, se você perguntar. Elas ficam normalmente temerosas em oferecer informação
voluntariamente porque isto pode ser algo muito difícil para elas. Mas tente aproximar-se desta
criança, dialogar com ela e perguntar a ela como ela pode aprender melhor. O melhor especialista
para dizer como a criança aprende é a própria criança. É assustadora a frequência com que suas
opiniões são ignoradas ou não são solicitadas. Além do mais, especialmente com crianças mais
velhas, tenha certeza de que ela entende o que é DA. Isto vai ajudar muito a você como educador
e a própria criança.

05 – Lembre-se de que as crianças com Déficit de atenção necessitam de estruturação. Elas


precisam estruturar o ambiente externo, já que não conseguem se concentrar, e não podem se
estruturar internamente também. Faça listas. Crianças com este transtorno se beneficiam
enormemente quando têm uma tabela ou lista para consultar quando se perdem no que estão
fazendo. Elas necessitam de algo para fazê-las lembrar das coisas. Eles necessitam de
previsões. Eles necessitam de repetições. Elas necessitam de diretrizes. Elas precisam de limites.
Elas precisam de organização.

06 – NÃO ESQUEÇA DA PARTE EMOCIONAL DO APRENDIZADO


Estas crianças necessitam de um apoio especial para encontrar prazer na sala de aula. Domínio
ao invés de falhas e frustrações. Empolgação ao invés de tédio e medo. É essencial prestar
atenção às emoções envolvidas no processo de aprendizagem.

07 – Estabeleça regras. Tenha-as por escrito e fáceis de serem lidas. As crianças se sentirão
seguras sabendo o que é esperado delas.

08 – Olhe sempre nos olhos. Você pode “trazer de volta” uma criança Déficit de atenção através
dos olhos nos olhos. Faça isto sempre. Um olhar pode tirar uma criança do seu devaneio ou dar-
lhe liberdade para fazer uma pergunta ou apenas dar-lhe segurança silenciosamente.
09 – O local adequado na sala é a criança sentada próxima à sua mesa ou próxima de onde você
fica a maior parte do tempo. Isto ajuda a evitar a distração que prejudica tanto estas crianças.
10 – Seja firme embora sem perder a ternura e estabeleça limites, fronteiras. Isto deve ser
devagar e com calma, não de modo punitivo. Faça isto consistentemente, previamente,
imediatamente e honestamente. Não seja complicado, falando sem parar. Estas discussões
longas são apenas diversão.

Estratégias para memória em crianças com Déficit de Atenção ou


Dislexia
Existem crianças que tem dificuldade para guardar as informações na memória de trabalho e depois
utiliza-la.

Em atendimentos feitos a crianças, em especial, as que têm dislexia e déficit de atenção,


notamos que este fato acontece bastante. Muitas vezes o professor pensa ensinar o que sabe,
porém, a criança nem sempre aprende o que o professor quer ensinar, mas sim o que ela quer
aprender, ou seja, algo que o professor nem sabe que ensinou mas que a criança reteve.
Como citamos em artigos anteriores, sobre memória de curto prazo ou memória de trabalho,
vamos apenas relembrar que:

– “Se não utilizarmos que trabalharmos com a informação da memória de trabalho, rapidamente,
ela se desvanecerá (ao redor de 15 segundos).

– A informação que não é guardada na memória de longo prazo não pode ser relembrada.

– Podem ser utilizadas várias estratégias para manter a informação de memória de curto prazo.
Por exemplo, a informação pode ser repassada, realizar elaborações com ela, criar imagens
visuais, etc.

– A informação da memória de longo prazo é transferida para a memória de trabalho; isso é o que
permite sua utilização.

Devemos sempre lembrar que para que qualquer aprendizagem seja possível, o aspecto
emocional é primordial: NÃO ocorre uma aprendizagem se existir uma interferência afetiva.

A retenção da informação varia também de acordo com o método de ensino utilizado. O gráfico
abaixo representa o resultado de estudos realizados depois que alunos foram expostos a
diferentes métodos de ensino.

Na aula oral presume-se que o aluno aprende 5%, leitura 10%, Audiovisual 20%, demonstração
30%, discussão em grupo 50%, praticar fazendo, 75%, ensinar a outro/uso imediato da
aprendizagem 90%.
A informação relembrada depois de 24 horas presumimos que estará na memória de longo prazo.
Para melhor reter a informação na memória dos alunos, observe as estratégias abaixo:

Algumas estratégias para melhorar a qualidade da


memória visual:
 

– Criar imagens visuais: Pedir à criança que feche os olhos e imagine um brinquedo, Ex: Uma
bola

– Realizar conexões ou associações: Associar letras a imagens, exemplo C com casa, D com
dado, ou cores com imagens, vermelho com coração, verde com limão, marrom com urso
(explicar que nem todos os ursos são marrons), etc.

– Dar as instruções de várias maneiras: dar as instruções tanto de forma oral quanto utilizando
imagens, sons, ou até mesmo fazendo um pequeno teatro. É bastante divertido.
– Apresentar ilustrações com letras. Mostre as ilustrações a criança e peça que a mesma a
memorize e depois as reproduza no papel. A quantidade de letras pode ir aumentando de acordo
com a idade.

Ex:

MO ICG ADBG TFIB JSSKN


Espero que este artigo e estas estratégias tenham ajudado muito a todos vocês. Até o próximo
post onde continuarei escrevendo sobre estratégias e atividades que tem me auxiliado bastante e
onde tenho obtido resultados muito positivos com meus alunos. Comentem, façam sugestões,
estarei fazendo esta parceria e responderei a todos os comentários de vocês.

Rotina de estudos para criança com Déficit de Atenção


Diversos estudos tem mostrado relações importantes entre o déficit de atenção ou TDAH e uma série de
dificuldades na aprendizagem e no desempenho escolar. A criança que tem déficit de atenção ou TDAH
tem dificuldade de planejar atividades futuras, é normal que elas subestimem o tempo estipulado para
realizar determinada tarefa, principalmente se esta não for de seu interesse. Geralmente, quando recebem
a data de uma atividade avaliativa não conseguem se planejar para realizar a mesma.

Calendário semanal
Para os pais que precisam de uma rotina de estudo  adequada  para realizar com seus filhos, o
calendário semanal de estudos é uma estratégia que tem se mostrado bastante eficiente para
lidar com esse problema. A construção deste calendário deverá ser feito pelos pais juntamente
com os filhos e deve ser feito semanalmente. É importante que se estimule a criança a construir o
calendário contendo todos os dias da semana e que ela o deixe em algum lugar visível em seu
quarto. Deve-se estabelecer, também, um horário de estudo que vai de 30 minutos à 1 hora por
dia, de segunda a sexta-feira, sendo necessário a ativa participação da criança na elaboração
desses horários. Eles também podem variar nos dias da semana, conforme os compromissos da
criança, ou dos pais, como por exemplo: segunda de 14h00min as 15h00min horas, na terça de
17h00min as 18h00min. Estipulados os horários de estudo, é importante que eles sejam
mantidos. Pedir que a criança escolha uma matéria por dia para ser estudada, conforme suas
necessidades na escola, em alguns casos ajudá-la a escolher. É fundamental que tenha alguém
em casa nos horários de estudo dessa criança para auxiliá-la com as dificuldades e que esta
rotina seja seguida por ambas as partes. Essa estratégia, em conjunto com as demais, apresenta
um melhor resultado no tratamento dessa criança.
Modelo de tabela para rotina de estudos

segunda-feira

Horário:
Matéria:

terça-feira

Horário:
Matéria

quarta-feira

Horário:
Matéria

quinta-feira

Horário:
Matéria

sexta-feira

Horário:
Matéria

 Sistema de Pontos
O sistema de pontos é uma técnica utilizada para premiar a criança quando ela tem algum
comportamento desejado pelos pais. As crianças com déficit de atenção ou TDAH precisam
dessa recompensa para que o rótulo de “incapaz”, para a realização de qualquer objetivo, seja
desfeito.

O sistema de pontos recompensa a criança, mas não imediatamente. Conforme ela vai realizando
as tarefas, vai acumulando pontos para trocar por algo que lhe agrade. É de extrema importância
que o sistema de pontos seja implantado em casa e que os pais acompanhem a criança quanto a
excução das tarefas. As recompensas em casa não devem incluir apenas recompensas materiais,
mas também algo como uma tarde no parque, um passeio no cinema ou no zoológico, algo que
seja de interesse da criança e esteja dentro dos pontos acumulados por ela na semana.

11 estratégias para melhorar a percepção visual das crianças com


déficit de atenção
Percepção de formas
Trabalhar a percepção da criança com déficit de atenção, desde a percepção de formas
imprecisas até chegar gradualmente a percepção dos traços das letras, dos números e das
palavras. Procurando fazer com que a criança perceba as formas e deste modo obter a
concentração da mesma. Através destas atividades a  criança com déficit de atenção pouco a
pouco diferencia símbolos distintos, que são dados por pontos, claros e escuros, linhas, ângulos,
que marcam sua figura. A criança vai diferenciando figuras e traços, e chega a internalizar os
elementos que constituem formas mais especificas tanto nas figuras como nas letras.

EXERCÍCIOS
1. Percepção de formas básicas no ambiente: descobrindo formas do ambiente, fazendo que ela
as reproduza em um molde de formas geométricas, na lousa, no papel, etc. Ex: pedir para que as
crianças encontrem um quadrado na sala de aula, um círculo, um triângulo em alguns objetos na
sala.

2. Classificação de formas segundo um critério: dar-lhes fichas de formas quadradas, circulares,


curvas e triangulares. Pedir que as agrupem em famílias e que pensem em nomes para dar a
essas famílias. Pode ser usado jogos de formas geométricas também.
3. Classificação de formas segundo vários critérios: considerar mais além de outras variáveis com
o tamanho e cor. Peça que haja grupos de acordo com o tamanho, forma e cor, lhes dizendo, por
exemplo:
 

– Procure todos os quadrados.

– Agora, separe os grandes dos pequenos.

– Olhe os triângulos pequenos! Como podem se separar em grupo?

4. Simbolização de formas geométricas: utilizando formas geométricas peça que construam uma
casa, um avião, uma figura humana, etc.

5. Discriminação de fundo: peça que discriminem formas em um fundo, que sejam letras, figuras,
números, etc. Por exemplo:
– Pedir que tracem as figuras que encontrarem com diferentes cores.
– Pedir que encontrem a figura da moldura no desenho.

6. Completar figuras: pedir que completem as partes das figuras que faltam.
 

7. Identificação de palavras com seus correspondentes. Configurações: apresente palavras (que


não possam ainda ler) e peça que as moldurem, para que eles percebam que há letras de
diferentes alturas. Em seguida apresente cartões com as configurações recortadas, e peça que
os coloquem em cima das palavras da configuração correspondente.
 

RATO – PATO – MACACO

8. Identificação do objeto diferente: apresentar uma caixa que contenha alguns objetos e entre
esses um diferente. Peça que tirem o que é diferente. Por exemplo:
– Um caixa com fichas quadradas e entre essas uma redonda.

– Alguns palitos de sorvete vermelhos e somente um azul.

– Uns cubos pequenos e um grande.

9. Identificação da forma diferente: Para que o exercício anterior se dê de maneira concreta. Este
exercício se faz através da representação gráfica, com diferentes graus de dificuldade:
– Cartões com figuras, onde o elemento diferente varia em forma e cor. Pergunte qual é o
elemento diferente e por quê.

– Cartões com figuras nos quais o elemento diferente varia em tamanho, cor e forma.

– Cartões com elementos da mesma cor nos quais o elemento diferente varia em categoria.

– Apresentar quatro ou mais figuras onde o elemento diferente varie em um detalhe direcional.
 10. Identificação de letras semelhantes e diferentes: Uma folha de papel com letras e pedir que:

– Risque com um lápis de cor o cartão que mostra as letras iguais.

– Risque as letras diferentes utilizando uma cor diferente para cada uma.

11. Identificação de detalhes similares ou diferente: exemplos:


– Discriminação de desenhos pares.

– Identificar o desenho que não forma partes do grupo em cada linha.

– Identificar os desenhos similares em cada linha

– Identificar quais desenhos são pares (figuras abstratas). Pinte da mesma cor os pares.

– Identificar as figuras iguais em cada linha e pinte-as da mesma cor.

Através destas atividades as criança com déficit de atenção, poderão melhorar tanto sua
percepção visual como sua concentração.

Atividades lúdicas para alunos com Déficit de Atenção


Eu acredito que qualquer criança aprende, tenha ela um transtorno, síndrome ou dificuldade de
aprendizagem. Não tenho fórmula pronta, apenas sou uma estudiosa no assunto e tenho muita
vontade de ajudar. Sei que com algumas estratégias e muita afetividade, podemos desenvolver
nestas crianças o prazer pelo conhecimento, em consequência disso, sua real aprendizagem. 

Atividades envolvendo o lúdico, a música, poesia, associação de imagens, podem nos auxiliar
bastante em alcançar nosso objetivo.

Alerto a todos para a questão de “acreditar” nas possibilidades, embora não sejam tão imediatas,
tenhamos persistência e que toda nossa técnica seja baseada no amor. Nesta caminhada
seguirei com todos vocês, reanimando as esperanças, com bastante otimismo e fé.
Em parceria nos momentos de dúvidas e angústias, mas também com muita felicidade quando
conseguirmos pequenos avanços que serão grandes vitórias nossas e de nossas crianças.

Quanto a estas atividades que disponibilizei hoje, pais e professores, usem sempre o lúdico, a
música, poesia, sejam criativos e principalmente usem a afetividade. Os resultados com certeza
aparecerão. Voltem sempre a este blog que terei novidades e muito boa vontade em ajuda-los.
Foco e Fé sempre. Beijos no coração de todos.

Atividade 01
Confeccione tirinhas de cartolina ou outro papel com as vogais, em outra folha copie as palavras
que você pretende trabalhar com a criança. No local das vogais use a tirinha para que a criança
encontre a letra adequada para formar a palavra. Nessa atividade pode se trabalhar letras
maiúsculas e minúsculas.
 

Atividade 02
Este tipo de atividade encanta as crianças e nos permite desenvolver o vocabulário e a
expressão. Podem ser ensinadas canções e poesias (esta poesia abaixo eu fiz, quem tiver este
dom pode usa – lo também) e pedir a elas que as repitam que formem coros, que façam
representações das canções mais famosas, que perguntem a seus pais as canções de ninar que
eles cantavam e as ensinem a seus colegas, etc.

APITO

Na palavra APITO

Temos muito que aprender

Temos vogais e consoantes

Juntos vamos conhecer

As vogais vou apresentar

Elas são O, I, A

E as consoantes você quer ver?

São elas, P e T.

Quantas letras tem a palavra APITO?

Para isso é preciso contar

Cinco letras tenho aqui,

Quais são elas pode mostrar?


 

Escrevendo a palavra APITO

Com que letra vou iniciar?

E para terminar de escrever

Que letra eu vou colocar?

 Atividades cinestésicas e de identidade para alunos com Déficit de


Atenção
Acreditamos que a criança que tem qualquer transtorno, assim como qualquer criança, não gosta
de aula sem criatividade, em termo popular, aquela aula “chata”, entediante. Este tipo de aula
deve ser revista e feita de uma forma lúdica, alegre, motivadora.  Os pais também devem
proporcionar a estas crianças a complementação do conhecimento de sala de aula, com métodos
lúdicos, interessantes e alegres. O momento da aprendizagem deve ser prazeroso e  não
traumático.

Neste momento trabalharemos com atividades relativas a identidade do aluno associando-a ao


conhecimento de si mesmo e ao conhecimento alfabético, esta atividade pode ser feita com
alunos que tenham déficit de atenção usando letras móveis.

Atividade 01
– Trabalhando a Identidade

1.    Escreva seu nome completo

2.    Retire do seu nome:

a)    As vogais

b)    As consoantes

3.    Quantas consoantes tem seu nome?

4.    Quantas vogais tem seu nome?


5.    Escreva 4 nomes próprios que comecem com a letra A

6.    Conte as sílabas dos nomes escritos na questão de número 5.

Nome do aluno: ______________________________________

Série: _____________________________________________

Atividade 02
– Atividade para aprender palavras de uso frequente utilizando as destrezas visuais e
cinestésicas. Observe cuidadosamente as palavras nesta folha. A seguir complete em cada
espaço a letra que falta para completar a palavra (1º ano).

OVO

O __ O

__V O

__ __ O

 
__ __ __

PATO

P A __ O

P __ T O

__ A T O

__ __ __ O

FACA

F __C A

F A __ A

F A C __

COME

C __ M E

C O __ E

 
C __ __ E

__ __ __ __

– Folha de trabalho para escrever palavra de uso frequente. Olhe a palavra em cada linha, você
deve olhar as letras que estão depois da palavra e colocar um círculo em volta das letras que
formam a palavra. Depois deve escrever a palavra. (1º ano)

1. ele                r m e s p l d c e m          _________________

2. mas              x  e m e a t e s w u        _________________

3. teve              b n t l u e q v a l e          _________________

4. havia            h s p a r v k v t i n a       __________________

5. mesa           b m w d e j o s z a h       __________________

6. piso             m u p r t i s d o w q        __________________

7. tem             s c n t j e d a n m p         __________________

8. mamãe       m n a u o m i ã h d e       __________________

9. disse          z s d n i b g c e s             __________________

10. céu          z x b c t i é l n u m o        ___________________


Estratégias e exercícios para alunos com Déficit de
Atenção
A pessoa que tem dificuldade de aprendizagem é afetada em toda sua
totalidade, ela sofre pela desvalorização e críticas que provém dos demais,
pela subestimação que sente por não conseguir cumprir com aquilo que
espera de si mesma, e com que os outros esperam principalmente no
ambiente familiar. O fracasso na aprendizagem toca tanto o ser íntimo, como
o social, justamente pelo lugar que tem o sucesso social em nosso mundo.

Podemos dizer que o baixo rendimento escolar converteu-se em sinônimo de


fracasso na vida. O sujeito é construído perseguindo as ideias que lhe são
propostas ao longo de sua existência. Deste modo é o produto dessas
identificações sucessivas que formam a trama do ser eu.

Ocorre que nas sociedades ocidentais o sucesso, o dinheiro, a posse de bens


e o poder que se desprende de tudo isso, representam o ponto mais alto dos
valores que cada um sonha em possuir.

Desta forma, triunfar na escola constitui uma perspectiva de conseguir mais


adiante uma boa situação e, em consequência, ter a possibilidade de acessar
o consumo de bens. O baixo rendimento escolar pressupõe a renuncia a tudo
isso. Os problemas específicos de aprendizagem se expressam de diferentes
formas e afetam distintas competências, é muito difícil observar as
dificuldades de maneira isolada. É imprescindível ressaltar que na realidade
as dificuldades podem surgir em mais de uma das áreas estudadas ou um
sintoma pode devido a mais de uma causa. Neste caso, a análise de cada
situação individual permitirá um trabalho mais efetivo.

Para iniciar o nosso módulo abordaremos algumas estratégias que podem ser
desenvolvidas com as crianças no que se refere a déficits de atenção.
Estratégias em sala de aula
– Sentar a criança numa área silenciosa.

– Sentar a criança perto de alguém que seja um bom modelo a seguir.

– Sentá-la próximo de algum colega que possa apoiá-la em sua


aprendizagem.

– Orientar a atenção da criança para a tarefa que será iniciada. É importante


ajudá-la a descobrir e selecionar a informação mais importante, organizá-la e
sistematizá-la.

– As rotinas de trabalho devem ser claras. Devem ser evitadas, na medida do


possível variações imprevistas.

– Não é conveniente fazer atividades com limites de tempo. Isto pode


favorecer condutas impulsivas.

– Permitir um tempo extra para completar seus trabalhos.

– Encurtar períodos de trabalho de modo a coincidirem com seus períodos de


atenção.

– Dividir os trabalhos que lhes sejam dados em partes menores de modo que
elas possam completá-lo.

– Dar assistência à criança para que ela se coloque metas a curto prazo.

– Entregar os trabalhos um de cada vez.

– Exigir delas menos respostas corretas que do restante da turma.


– Reduzir a quantidade de deveres de casa.

– Dar instruções tanto orais como escritas.

– Tentar envolver a criança na apresentação dos temas.

– Estabelecer sinais secretos entre a criança e o professor para poder fazê-lo


notar quando está começando a se distrair.

– É importante que estas crianças estejam em ambientes de trabalho


motivantes, com tarefas que sejam significativas para elas. Deve-se atrair o
seu interesse e apresentar a ela tarefas que sejam desafiantes. Existia a
crença que seria conveniente que estivessem em ambientes de trabalhos com
poucos estímulos porque tudo lhes chama atenção; no entanto, agora se sabe
que é importante proporcionar-lhes uma estimulação adequada, num
ambiente que seja estimulante para estas crianças que tem déficit de atenção.

Exercícios lúdicos
 

1- Mar e terra:
É desenhada no chão uma linha ou pode ser feita com fita adesiva. Pede-se
às crianças que se coloquem à esquerda da linha e dizemos a elas: agora
vocês estão no mar… Onde vocês estão? As crianças respondem: no mar. O
professor continuará dizendo: quando eu disser terra todos devem pular para
o outro lado. Os pés devem estar juntos no mesmo local. Então o professor irá
dizendo terra, mar, terra, mar, terra, terra etc. Os que se equivocam vão
sendo eliminados.

Obs: Nesta atividade poderá ser trabalhada a motricidade, lateralidade e


déficit de atenção dos alunos.
 

Quem enxerga melhor


Cada criança tem papel e lápis. O professor deve dizer uma letra do alfabeto
e as crianças devem escrever o maior número de objetos que estejam na sala
e que comecem com essa letra. Este jogo pode ser repetido com cores.

Obs: Trabalhar com séries em que a criança já sabe escrever. Trabalhar as


cores e a escrita, assim como o déficit de atenção do aluno.

Intercâmbio de pessoas
As crianças colocam-se em círculo e se olham, tentando recordar a posição
de cada um dentro do círculo. Uma das crianças deve sair da sala e duas das
crianças do círculo devem mudar de posição. Ao retornar à sala a criança que
estava fora deve descobrir quais são as crianças que trocaram de lugar.

Obs: neste jogo pode ser trabalhado motricidade, orientação espacial,


lateralidade, déficit de atenção.

Exercícios visuais
 
Com letras
 - Mostrar uma variedade de letras variadas, pedir à criança que pinte todas as
letras semelhantes à do enquadramento.
Obs: trabalha a atenção, conhecimento de letra, e até mesma se existe
confusão com estas letras que pode ser um indício de dislexia a ser
averiguado.

Com figuras geométricas


– Pede-se à criança que faça um círculo ao redor das figuras que são iguais 
à do enquadramento:

Obs: trabalha-se a atenção, concentração, conhecimento de figuras


geométricas

Figuras iguais
– Pedir à criança que identifique as figuras que são iguais, e pinte-a:
Obs: Trabalha-se conhecimento de cores, figuras geométricas, a atenção e
concentração das crianças.

 7 dicas para os pais lidarem com crianças que tem


Transtorno do Déficit de Atenção /Hiperatividade
Sabemos que educar um filho com Transtorno do Déficit de Atenção e
Hiperatividade, não é tarefa das mais simples. Paciência, firmeza e disciplina
são algumas das características que os responsáveis que convivem com  a
criança que tem TDAH precisam ter. Além de seguir com comprometimento o
tratamento prescrito pelos profissionais de saúde. Para auxiliar a todos
existem algumas dicas simples que podem facilitar a vida dos pais ou
responsáveis e da criança.

1.Todas as crianças precisam de exemplo, tranquilidade e do suporte dos pais


e/ou responsáveis. O ambiente pode agravar ou melhorar os sintomas de uma
criança com Déficit de atenção ou TDAH.  Um lar estruturado com harmonia e
carinho é importante para qualquer criança, e indispensável para as quem tem
TDAH, que precisam de bastante suporte para superar suas dificuldades.
2. As regras precisam ser claras e que sejam seguidas por todos. Os pais
atuam como exemplo, um modelo a ser seguido pelos filhos, portanto, devem
agir como gostariam que eles agissem. Só assim a criança terá parâmetros de
comportamento bem definidos e saberá o que é exigido dela.
3. Elogie, elogie e elogie: pais, é sempre melhor dar atenção aos bons
comportamentos do que punir sempre que algo indesejável acontece. Não
espere pelo comportamento perfeito, valorize pequenos passos alcançados.
Lembre-se que a criança está sempre tentando corresponder às expectativas,
mas às vezes não consegue. Crianças que tem Transtorno do Déficit de
Atenção ou Hiperatividade, tendem a ser muito criticadas, rotuladas de
bagunceiras,  desobedientes e indisciplinadas, e podem se sentir frustradas
por não conseguirem corresponder às expectativas dos adultos. Procure
compreender sempre, ofereça atenção e carinho ao seu filho.

4. Elogiar não é sinônimo de permissividade: Dar carinho e atenção não


significa deixar de educar com firmeza, impondo limites quando necessário
precisa-se ter autoridade sem perder a ternura. A criança precisa aprender a
cumprir regras e o respeito a elas deve ser exigido. Tenha como hábito ler
sobre o assunto para entender o que se passa com seu filho e qual a melhor
maneira de ajudá-lo. Compreenda suas limitações. Não exija demais dele, e
invista em suas potencialidades. Profissionais da área de saúde mental e
educacional, como psiquiatras, psicólogos, neurologistas, psicopedagogos e
pedagogos, especializados em Transtorno do Déficit de Atenção e
Hiperatividade (TDAH), são sempre a melhor fonte para recomendar livros,
textos e sites(Blogs) relacionados. E, lógico, recomendo este Blog (ganhe
Sempre mais) que sempre terá novidades, estratégias, atividades, que
poderão auxiliá-los neste sentido.
5. É necessário saber lidar com birras e crises de raiva: Crianças com
Transtorno do Déficit de atenção e Hiperatividade (TDAH) podem apresentar
comportamento explosivo. Quando algo dá errado elas podem sentir-se muito
frustradas e descontar em pessoas ou coisas a sua volta. Quando essas
crises acontecem, procure reconhecer as fases:

– antes da birra

– momento da raiva

– recuperação (quando a criança começa a se acalmar)

– reparação (um bom momento para dialogar)

Seja paciente, tente não criticar ou lembrar a criança sobre o que fez. Após
explicar as suas consequências deste tipo de atitude, esqueça o assunto.

6. Cumprir ordens: ajude seu filho a manter o quarto arrumado, pois é, muitas
vezes pode parecer mais fácil arrumar o quarto você mesmo do que persuadir
seu filho a fazê-lo. Porém, em longo prazo, ele terá que assumir a
responsabilidade por seu próprio quarto. Procure transformar o que parece
uma difícil tarefa com regras claras e simples. Arrumar o quarto junto com seu
filho pode ser um ótimo começo. Com o tempo e com o seu incentivo, seu
filho estará apto a arrumar o quarto sozinho.
7. Evite acidentes domésticos: Ter uma criança impulsiva dentro de casa traz
alguns perigos. Fique atento a todas as atividades que seu filho realizar. Caso
ele vá andar de bicicleta, por exemplo, seja firme quanto à necessidade do
uso do capacete e de qualquer equipamento de segurança. Ajudar seu filho a
criar o hábito de manter bicicletas e brinquedos longe dele durante a noite
também é essencial.

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