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Capı́tulo 0

Introdução Matemática

Exercı́cio 0.1:

Exercı́cio resolvido

A figura 1 representa dois vectores de módulos A = 2 e B = 1 e orientações dadas por α = 30◦ e


⃗ =A
β = 45◦ . Calcule o módulo e a orientação do vector soma C ⃗+B⃗

B A

b a
x

Figura 1:

a) usando equações vectoriais;

b) não usando equações vectoriais.

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Introdução Matemática

Resolução:

a) √
⃗ = Ax ı̂ + Ay ȷ̂ = A cos αı̂ + A sin αȷ̂ = 2 cos 30◦ ı̂ + 2 sin 30◦ ȷ̂ = 3ı̂ + ȷ̂
A (1)

⃗ = Bx ı̂ + By ȷ̂ = B cos βı̂ + B sin βȷ̂ = cos 45 ı̂ + sin 45 ȷ̂ = 2 (ı̂ + ȷ̂)
B ◦ ◦
(2)
2
√ √ å √ å
√ √
Ç Ç
⃗ = A
⃗+B
⃗ = 2 2 2
C 3ı̂ + ȷ̂ + (ı̂ + ȷ̂) = 3+ ı̂ + 1 + ȷ̂ (3)
2 2 2
= 2, 44ı̂ + 1, 707ȷ̂ (4)
» p 1, 707
C= Cx2 + Cy2 = 2, 442 + 1, 7072 = 3, 0 θ = arctan = 35◦ (5)
2, 44

b)

Ax = A cos α = 2 cos 30◦ = Ay = A sin α = 2 sin 30◦ = 1
3 (6)
√ √
◦ 2 ◦ 2
Bx = B cos β = cos 45 = By = B sin β = sin 45 = (7)
2 2
√ √
√ 2 2
C x = Ax + B x = 3 + = 2, 44 Cy = Ay + By = 1 + = 1, 707 (8)
2 2
» p 1, 707
C = Cx2 + Cy2 = 2, 442 + 1, 7072 = 3, 0 θ = arctan = 35◦ (9)
2, 44

Nos exercı́cios 1.2 a 1.6, os alunos deverão usar directamente os ângulos dados nas figuras sem
calcular os ângulos que os vectores fazem com o eixo dos xx no sentido directo (ver discussão
nos apontamentos teóricos eqs.(1.14) a (1.17)). Nas soluções, θ é o ângulo que o vector faz com
o eixo dos xx no sentido directo.

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Introdução Matemática

Exercı́cio 0.2: A figura 2 representa dois vectores de módulos A = 2 e B = 1 e orientações dadas


por α = 30◦ e β = 135◦ .
⃗ =A
Calcule o módulo e a orientação do vector soma C ⃗+B
⃗ usando equações vectoriais.

B A
b
a
x

Figura 2:

Solução: C = 2, 0 e θ = 59◦ .

Exercı́cio 0.3: A figura 3 representa dois vectores de módulos A = 2 e B = 1 e orientações dadas


por α = 30◦ e β = 30◦ .
⃗ =A
Calcule o módulo e a orientação do vector soma C ⃗+B
⃗ usando equações vectoriais.

y
A
B

b a
x

Figura 3:

Solução: C = 1, 7 e θ = 60◦ .

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Introdução Matemática

Exercı́cio 0.4: A figura 4 representa dois vectores de módulos A = 2 e B = 1 e orientações dadas


por α = 30◦ e β = 30◦ .
⃗ =A
Calcule o módulo e a orientação do vector soma C ⃗+B
⃗ SEM usar equações vectoriais.
y

A
a

b x

Figura 4:

Solução: C = 1, 2 e θ = 84◦ .

Exercı́cio 0.5: A figura 5 representa dois vectores de módulos A = 2 e B = 1 e orientações dadas


por α = 30◦ e β = 30◦ .
⃗ =A
Calcule o módulo e a orientação do vector soma C ⃗+B
⃗ SEM usar equações vectoriais.

y
A

b
B

Figura 5:

Solução: C = 1, 2 e θ = 174◦ .

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Introdução Matemática

Exercı́cio 0.6: A figura 6 representa quatro vectores de módulos A = 4, B = 2, C = 1 e D = 3 e


orientações dadas por α = 15◦ , β = 20◦ , γ = 40◦ e δ = 35◦ .
Calcule o módulo e a orientação do vector soma E ⃗ =A⃗+B ⃗ +C
⃗ + D.

y
A
a
B b

x
g
C d D

Figura 6:

Solução: E = 2, 9 e θ = 64◦ .

Exercı́cio 0.7: Um jogador de golf dá 5 tacadas na bola, deslocando-a, dessa forma, de ∆⃗r =
123ı̂ + 15ȷ̂ m. A terceira tacada deslocou a bola de ∆⃗r3 = 10ı̂ − 3ȷ̂ m. Se, nessa terceira tacada, ele
tivesse dado um impulso diferente à bola, provocando um deslocamento ∆⃗r3 ′ com um módulo duplo
de ∆⃗r3 e com uma orientação que faz com ∆⃗r3 um ângulo de 30◦ no sentido directo, qual seria o
deslocamento total ∆⃗r ′ da bola ao fim das 5 tacadas?
⃗ ′ = 133ı̂ + 23ȷ̂ m.
Solução: ∆r

Exercı́cio 0.8: Um avião faz uma viagem com 3 paragens e volta ao ponto de partida. Sabendo
que, nos 3 primeiros trajectos efectuados, ele se deslocou de, respectivamente, 300 km para NE, 400
km para S e 600 km para W, qual o deslocamento que o avião tem que sofrer na quarta viagem para
voltar ao ponto de partida?
Solução: ∆⃗r4 = 388ı̂ + 188ȷ̂ km.

Exercı́cio 0.9:
a) Mostre que os cossenos directores de qualquer vector num espaço euclidiano a 3 dimensões
obedecem à equação
cos2 α + cos2 β + cos2 γ = 1. (10)

b) Sabendo que o vector A,⃗ de módulo A = 10, está no primeiro octante num espaço euclidiano a
3 dimensões, faz um ângulo de 45◦ com o eixo dos zz e faz com o eixo dos xx o mesmo ângulo
que com o eixo dos yy, calcule as suas componentes nesse sistema de eixos.

⃗ = 5ı̂ + 5ȷ̂ + 7k̂.


Solução: A

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Introdução Matemática

Exercı́cio 0.10: Determine o valor de a para o qual os vectores 2ı̂ − ȷ̂ + k̂, ı̂ + 2ȷ̂ − 3k̂ e 3ı̂ + aȷ̂ + k̂
são complanares.
Solução: a = − 78

Exercı́cio 0.11: Dados os vectores a ⃗a = 3ı̂ + 4ȷ̂ − 5k̂ e ⃗b = −ı̂ + 2ȷ̂ + 6k̂, referidos em relação a um
sistema ortonormado, calcular:

a) A grandeza de cada um.

b) O produto escalar ⃗a.⃗b.

c) O ângulo que formam os vectores ⃗a e ⃗b.

d) A soma e a diferença (⃗a + ⃗b) e (⃗a − ⃗b).

e) O produto vectorial (⃗a ∧ ⃗b).

f) A projecção de ⃗a sobre ⃗b e a de ⃗b sobre ⃗a.


¶ ©
Soluções: (a) |⃗a| = 7.07 e ⃗b = 6.40; (b) ⃗a.⃗b = −25; (c) θ ⃗a, ⃗b = 123.5◦ ; (d) ⃗a + ⃗b = 2ı̂ + 6ȷ̂ + k̂ e

⃗a − ⃗b = 4ı̂ + 2ȷ̂ − 11k̂; (e) ⃗a ∧ ⃗b = 34ı̂ − 13ȷ̂ + 10k̂; (f) ab = −3, 90 e ba = −3, 54.

Exercı́cio 0.12: Considerar o plano definido pelos 3 pontos seguintes:


P1 −→ (−1, 1, 2)
P2 −→ (0, 0, 2)
P3 −→ (1, 0, 1)

Determinar um versor normal a esse plano. A resposta é única?


Solução: n̂ = ± ı̂+ȷ̂+
√ k̂ . Não.
3

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Introdução Matemática

Exercı́cio 0.13: Considere os vectores definidos na figura 7 com A = 5, B = 2, C = 4, D = 3,


α = 15◦ , β = 40◦ , γ = 70◦ e δ = 25◦ . Calcule

A
B b
a
g x
d
D
C

Figura 7:

⃗ · B;
a) A ⃗

⃗ · C;
b) A ⃗

⃗ · D;
c) A ⃗

⃗ ∧ B;
d) A ⃗

⃗ ∧ C;
e) A ⃗

⃗ ∧ D;
f) A ⃗

⃗ + B)
g) (A ⃗ ∧ C;

⃗·B
h) A ⃗ ∧ C;

⃗ ∧ B)
i) (A ⃗ ∧ C;

⃗ ∧ (B
j) A ⃗ ∧ C);

⃗ ∧ B)
k) (A ⃗ ∧ (C
⃗ ∧ D).

Soluções: (a) −4, 2; (b) −11, 5; (c) 2, 6; (d) 9, 1k̂; (e) −16, 4k̂; (f) −14, 8k̂; (g) −9, 5k̂; (h) 0; (i)
vector de módulo 36, 3 no plano xy, que faz um ângulo de 340◦ com o eixo dos xx no sentido directo
= 34, 1ı̂ − 12, 4ȷ̂; (j) vector de módulo 34, 6 no plano xy, que faz um ângulo de 285◦ com o eixo dos
xx no sentido directo = 9, 0ı̂ − 33, 5ȷ̂; (k) 0.

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Introdução Matemática

⃗ B,
Exercı́cio 0.14: Na figura 8, os vectores A, ⃗ C
⃗ eD
⃗ têm módulo 4 e fazem com o eixo dos xx um
ângulo de 150◦ .
⃗ B,
a) Calcule o momento de cada um dos vectores A, ⃗ C
⃗ eD
⃗ em relação à origem.

y
B 5

A
1

-3 -1 O 4
C x
-2 D

-4

Figura 8:

b) Calcule a soma dos momentos dos vectores em relação à origem.


⃗ O (A)
⃗ = 11, 5k̂; M
⃗ O (B)
⃗ = 15, 3k̂; M
⃗ O (C)
⃗ = −12, 9k̂; M
⃗ O (D)
⃗ = −5, 9k̂; (b)
P Soluções:

(a) M
i MO (i) = 8, 0k̂.

Exercı́cio 0.15: Considerar 3 vectores u⃗1 , u⃗2 e u⃗3 não colineares tais que u⃗1 + u⃗2 + u⃗3 = 0 (ver
figura 9).
a) Mostre que u⃗1 ∧ u⃗2 = u⃗2 ∧ u⃗3 = u⃗3 ∧ u⃗1 .

b) Será capaz de mostrar, partindo do resultado da alı́nea anterior, que:


|u⃗1 | |u⃗2 | |u⃗3 |
= =
sin α1 sin α2 sin α3

Este resultado é conhecido por ”lei dos senos”.

u1 α3 u2
α2 α1
u3

Figura 9:

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Introdução Matemática

⃗ faz com
Exercı́cio 0.16: Considere os vectores definidos na figura 10, com A = 4, B = 4 e C = 3. A
⃗ um ângulo de 45◦ . C
o eixo dos xx no sentido directo um ângulo de 60◦ e B ⃗ está orientado segundo o

eixo dos yy e D segundo o eixo dos xx. Calcule qual deve ser o módulo do vector D ⃗ para que a soma
dos momentos dos vectores em relação à origem do sistema de eixos seja nula.
Solução: D = 1, 2.

y
B

C 3 A
1
-1 1 2 3
x
-3
D

Figura 10:

Exercı́cio 0.17: Considerando 3 vectores não colineares ⃗u, ⃗v e w


⃗ tais que ⃗u = ⃗v + w
⃗ (ver figura 11).
»
a) Mostrar que |⃗u| = |⃗v |2 + |w|
⃗ 2 + 2 |⃗v | |w|
⃗ cos α (Teorema de Carnot).

b) É capaz de descobrir na alı́nea anterior o ”Teorema de Pitágoras”?

α
v w

Figura 11:

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Introdução Matemática

⃗ = 3ı̂ + 5ȷ̂ − 2k̂, B


Exercı́cio 0.18: Considere os vectores A ⃗ = −ı̂ + 3ȷ̂ − 3k̂ e C
⃗ = ı̂ − 4ȷ̂ + 2k̂. Calcule

⃗·B
a) A ⃗ ∧ C.

⃗∧B
b) A ⃗ · C.

⃗·C
c) A ⃗ ∧ B.

Soluções: (a) -25; (b) -25; (c) 25.

Exercı́cio 0.19: Calcule os seguintes limites:


ln x
a) limx→+∞ x .
xn
b) limx→+∞ ex , ∀n ∈ N.

c) limx→0+ x ln x.

d) limx→0+ xa , com a > 0 constante.

e) limx→0+ ax , com a > 0 constante.

f) limx→0+ xx .

Soluções: (a) 0; (b) 0; (c) 0; (d) 0; (e) 1; (f) 1.

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Introdução Matemática

Exercı́cio 0.20: Calcule as seguintes derivadas:


d
5
a) dx 2x4 − 3x3 + 1 .
d √
b) dx x.

d √1
c) dx x .

d x
d) dx a , com a constante.
d x
e) dx x .

d
 x2
f) dx x2 .
d
g) dx loga x, com a constante.
d
h) dx ln(cos x).
î 2 −1)
ó1,35
d
i) dx 5(x − 4x2 + 3 .
   2

j) d
dx sin ln cos e3(x −5) .

d
k) dx arcsin x, assumindo que o contradomı́nio de arcsin é (− π2 , π2 ).
d
l) dx arccos x, assumindo que o contradomı́nio de arccos é (0, π).
d
m) dx arctan x, assumindo que o contradomı́nio de arctan é (− π2 , π2 ).
d
n) assumindo que o contradomı́nio de arcsec é (0, π) \ π2 .
dx arcsec x,
4
Soluções: (a) 5(8x3 − 9x2 ) 2x4 − 3x3 + 1 ; (b) 2√1 x ; (c) − √1 3 ; (d) ax ln a; (e) (ln x + 1)xx ;
2 x ó0,35
 x2 î 2
óî 2
2
(f) 2x(ln x + 1) x 2 ; (g) x ln a ; (h) − tan x; (i) 1, 35 2x(ln 5)5 −1) − 8x 5(x −1) − 4x2 + 3
1 (x ;
 ã
3(x2 −5)
Å
2
sin e h   2
i
(j) 3 × 2x × e3(x −5) −  3(x2 −5)   cos ln cos e3(x −5) 1
; (k) √1−x 2
1
; (l) − √1−x 2
1
; (m) 1+x 2;
cos e

(n) √1 .
|x| x2 −1

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Introdução Matemática

Exercı́cio 0.21: Calcule as seguintes primitivas:


x sin(x2 + 5) dx;
R
a)

sin2 x dx;
R
b)

cos2 x dx;
R
c)
√ cos x
R
d) 3+sin x
dx;

sin3 x cos x dx;


R
e)
R
f) tan x dx;
√ 1
R
g) 1−x2
dx;
1
R
h) 1+x2
dx;
2
xe−x dx;
R
i)

xe−x dx;
R
j)
R
k) ln x dx;
R
l) x ln x dx.
2 √
Soluções: (a) − cos(x2 +5) + C; (b) x−sin x cos x
2 + C; (c) x+sin x cos x
2 + C; (d) 2 3 + sin x + C;
2
4 e−x
(e) sin4 x + C; (f) ln | sec x| + C; (g) arcsin x + C; (h) arctan x + C; (i) − 2 + C; (j) −e−x (x + 1) + C;
2
(k) x ln x − x + C; (l) x4 (2 ln x − 1) + C.

Exercı́cio 0.22: Calcule os seguintes integrais:


R5
x2 + x dx

a) 0
R√ 2
b) 0 xdx
π
t
R 2

c) −2π sin 2 dt

d) sin (5t) dt
0
R3 Ä ä
e) 2 t2 ı̂ + 20ȷ̂ + t3 k̂ dt
R3î ó
f) 0 sin (2πt) ı̂ + cos (2πt) k̂ dt
325

Soluções: (a) 6 ; (b) 1; (c) − 2 − 2; (d) 25 ; (e) 19
3 ı̂ + 20ȷ̂ + 65
4 k̂; (f) 0.

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Capı́tulo 1

Revisões

Exercı́cio 1.1: Um corpo com movimento rectilı́neo tem uma velocidade inicial de 5 m/s e uma
aceleração de 2 m/s2 . Que distância deve o corpo percorrer para que a sua velocidade média atinja o
valor de 15 m/s?
Solução: 150 m.

Exercı́cio 1.2: Um móvel, A, parte do ponto P1 da figura 1.1, deslocando-se no sentido horário com
uma velocidade de módulo igual a 6 m/s, que se mantém constante durante o movimento. Decorrido 1
segundo após o inı́cio do movimento de A, outro móvel B, inicialmente em repouso, parte do ponto O,
sendo a componente tangencial da sua aceleração constante e igual a 2 m/s2 . O valor de R indicado
na figura é 2/π metros.

a) Determinar o ângulo formado entre os vectores velocidade e aceleração para os móveis A e B,


quando estes fazem a sua passagem pelo ponto P2 .

b) Calcular a distância (marcada sobre a trajectória) entre A e B quando os módulos das suas
velocidades são iguais.

c) Calcular a relação entre as velocidades angulares do móvel A nos percursos P1 P3 e P3 P4 .


ω13
Solução: a) θA = π
2 e θB = 83, 9◦ ; b) ∆s = 21 m; c) ω34 = 43 .

Exercı́cio 1.3: Uma curva de raio 120 m é projectada para uma velocidade de circulação de 18 m/s.
a) Qual será o ângulo correcto para a inclinação da estrada se suposermos que não há atrito entre
os pneus e a estrada?

b) Se a curva não for inclinada, qual é o coeficiente mı́nimo de atrito entre os pneus e a estrada de
modo que àquela velocidade não haja derrapagens?

Solução: a) θ = 15, 4◦ ; b) µ = 0, 28.

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Revisões

P2

3R
R
P4 P1 O P0 P3
2R
4R

Figura 1.1: Exercı́cio 1.2.

Exercı́cio 1.4: Determinar o trabalho realizado pelo campo de forças


⃗ 2 2
F = x ı̂ + y ȷ̂ (SI) sobre uma partı́cula que se move de A(0, 0) para B(2, 4):

a) Ao longo da parábola y = x2 .

b) De (0, 0) a (2, 0) ao longo do eixo dos XX e depois ao longo da recta x = 2 até ao ponto (2, 4).

c) Ao longo da recta y = 2x.

Solução: a) W = 24 J; b) W = 24 J; c) W = 24 J.

Exercı́cio 1.5: A energia potencial de uma partı́cula que se move num espaço unidimensional é da
forma: Ep = a/x2 − b/x onde a e b são constantes positivas e x > 0. Determinar:

a) A posição de equilı́brio da partı́cula (verificar que o equilı́brio é estável).

b) Na região em que a força é atractiva, onde é máxima a sua intensidade? Fazer um esboço da
representação gráfica de Ep (x) e da força que actua na partı́cula.
2a 3a
Solução: a) b ; b) b .

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Capı́tulo 2

Electrostática

Exercı́cio 2.1: Nos vértices de um quadrado ABCD, com 10 cm de lado, estão colocadas cargas
pontuais de +50 µC em A e B e de −100 µC em C e D. Calcule o valor do campo eléctrico no centro
do quadrado.

Exercı́cio 2.2: A figura 2.1 representa um quadrado de 10 cm de lado assente num plano horizontal,
nos vértices do qual existem quatro cargas iguais de 20 nC. Determine a carga a colocar no ponto E de
forma a que uma partı́cula, de massa 20 mg e carga −10 nC, posicionada no ponto P, fique suspensa.
Os pontos E e P situam-se sobre o eixo do quadrado e OP = P E = 10 cm.

Figura 2.1: Exercı́cio 2.2.

Exercı́cio 2.3: No campo criado pela carga Q = 4 µC, considere sobre a mesma linha de força, dois

15
Electrostática

pontos A e B como ilustra a figura 2.2. Determine:

a) Os potenciais eléctricos em A e B.

b) O trabalho realizado pela força do campo para deslocar a carga q = 10−8 C de A para B.

c) A velocidade ⃗v com que deve ser lançada de B, sobre a referida linha de força e em direcção a
Q, uma partı́cula de carga q = 10−8 C e massa m = 40 g para que atinja A com velocidade nula
(suponha que o meio é o vácuo).

Figura 2.2: Exercı́cio 2.3.

Exercı́cio 2.4: Nos vértices de um hexágono regular de lado a, estão colocadas seis cargas pontuais,
de módulo Q, como indica a figura 2.3.

Figura 2.3: Exercı́cio 2.4.

a) Calcule a energia total armazenada nesta distribuição.

b) Calcule o potencial no centro do hexágono.

Exercı́cio 2.5: Em três vértices de um quadrado com 1.0 m de lado estão colocadas as seguintes
cargas pontuais: Q1 = +4.0 µC, Q2 = +3.0 µC e Q3 = −2.0 µC. Determine:

a) O potencial eléctrico no centro do quadrado.

b) A carga Q4 , a colocar no vértice livre, de modo que o potencial eléctrico se torne nulo no centro
do quadrado.

16
Electrostática

Figura 2.4: Exercı́cio 2.6.

Exercı́cio 2.6: A figura 2.4 mostra como varia um dado potencial eléctrico ao longo do eixo OX.
Trace o gráfico que representa a variação da componente Ex do campo eléctrico que lhe corresponde.

Exercı́cio 2.7: O potencial eléctrico num espaço a uma dimensão é dado por V (x) = C1 + C2 x2 ,
com V em Volts, x em metros e C1 e C2 constantes positivas. Calcule o campo eléctrico E nessa
região do espaço.

Exercı́cio 2.8: Um campo eléctrico numa certa região do espaço é dado pela expressão Ex =
2x3 kN/C. Calcule a diferença de potencial entre dois pontos do eixo dos XX, dados por x = 1 m e
x = 2 m.

Exercı́cio 2.9: O momento dipolar p⃗ = Q⃗a de um dipolo faz um ângulo θ com a direcção de um
⃗ confome ilustra a figura 2.5
campo eléctrico uniforme E
-Q

+Q

Figura 2.5: Exercı́cio 2.9.

a) Calcule o momento do binário a que o dipolo está sujeito.

b) Determine o trabalho realizado pelo campo para inverter a posição do dipolo, desde a sua posição
de equilı́brio estável até à posição oposta.

17
Electrostática

Exercı́cio 2.10: A superfı́cie cúbica fechada de aresta a, representada na figura 2.6, é colocada numa
região onde existe um campo eléctrico paralelo ao eixo OX. Determine o fluxo do campo através da
superfı́cie cúbica e a carga total contida no interior da superfı́cie, considerando que o campo eléctrico:
⃗ = k1 ı̂ (k1 é constante).
a) é uniforme, E
⃗ = k2 xı̂ (k2 é constante).
b) varia de acordo com E

Figura 2.6: Exercı́cio 2.10.

Exercı́cio 2.11: Considere duas cargas +q e −q, sendo ⃗a o vector que tem origem na carga −q e
extremidade na carga +q, como mostra a figura 2.7. A origem O do referencial está no ponto médio
entre as duas cargas.

a) Calcule o potencial criado pelas duas cargas no ponto P , situado no eixo dos xx a uma distância
r da origem.

b) Mostre que, no limite em que a → 0 com p⃗ = q⃗a constante, o potencial nesse ponto tende para
1 p⃗·r̂
V (r) = 4πε0 r
2 .

Sugestão: use o resultado (1 + δ)α = 1 + αδ + O(δ 2 ).

Exercı́cio 2.12: Quatro cargas encontram-se dispostas como mostra a figura 2.8: duas cargas +q
colocadas nos pontos (a, 0) e (−a, 0) e duas cargas −q colocadas nos pontos (0, a) e (0, −a).

a) Calcule o potencial criado pelas quatro cargas no ponto P , situado no eixo dos xx a uma
distância r da origem.

18
Electrostática

+ q
a q

P x
-q

Figura 2.7: Exercı́cio 2.11.


b) Mostre que, no limite em que a → 0 com Q = qa2 constante, o potencial nesse ponto tende para
1 3Q
V (r) = 4πε0 r
3 .

Sugestão: use o resultado (1 + δ)α = 1 + αδ + O(δ 2 ).

-q

+ q + q x
P
-q

Figura 2.8: Exercı́cio 2.12.

Exercı́cio 2.13: Considere uma distribuição superficial plana infinita de carga sobre o plano xy,
com densidade de carga σ = 1 µC.m−2 . No ponto (0; 0; 10) cm encontra-se uma carga q = −1 µC.
Calcule os pontos onde o campo eléctrico é nulo.

Exercı́cio 2.14: Considere duas distribuições superficiais de carga, planas e infinitas de densidades
σ1 e σ2 . Calcule o campo eléctrico no espaço que as rodeia se:
a) os dois planos forem paralelos, separados de uma distância d.

b) os dois planos forem ortogonais.

19
Electrostática

Exercı́cio 2.15: Três planos extensos A, B e C, paralelos e isolantes, estão separados de uma
distância 1 cm entre si. Os planos encontram-se uniformemente carregados com densidades de carga
σA = 2 × 10−7 C/m2 , σB = 4 × 10−7 C/m2 e σC = 6 × 10−7 C/m2 . Calcule as diferenças de potencial
entre os diferentes planos: VB − VA , VC − VB e VC − VA .

Exercı́cio 2.16: Duas superfı́cies condutoras isoladas, esféricas e concêntricas, de raios 5 cm e 10 cm,
estão aos potenciais 2.7 × 104 V e 9.0 × 106 V, respectivamente. Determine as cargas em cada uma
das esferas e a energia do conjunto.

Exercı́cio 2.17: Três esferas ocas e concêntricas, têm raios R1 = 1 m, R2 = 2 m e R3 = 3 m. A


esfera de menor raio foi carregada com 1µ C e a de maior raio com -2µ C. A esfera intermédia foi
ligada à Terra.

a) Calcule o potencial eléctrico das esferas.

b) Calcule as cargas e os potenciais da esferas se a esfera intermédia for desligada da Terra e ligada
por um fio condutor à esfera de menor raio.

Exercı́cio 2.18: Uma esfera carregada A, de 2 cm de raio, põe-se em contacto através de um fio
longo com uma esfera descarregada B, de 3 cm de raio. Depois de desligar as esferas, a energia da
esfera B é 0.4 J. Qual o valor da carga de A antes de as esferas serem postas em contacto?

Exercı́cio 2.19: Um condensador tem armaduras planas paralelas, de 500 cm2 de área, separadas
de 1 cm. Aplica-se uma diferença de potencial de 2000 V entre as armaduras, isolando-as depois de
atingir o equilı́brio.

a) Qual a energia armazenada no condensador?

b) Uma folha metalı́ca com 2 mm de espessura, descarregada e isolada, é introduzida a meia


distância entre as armaduras, ficando paralela a estas. Qual a capacidade do condensador
obtido? Que trabalho é realizado pelas forças eléctricas durante esta operação e qual é a diferença
de pontencial entre as armaduras?

Exercı́cio 2.20: Um condensador tem capacidade variável entre 5 pF e 200 pF. Quando o conden-
sador está na posição de capacidade máxima, liga-se aos seus eléctrodos uma bateria de 10 V até que
se atinge o equilı́brio. Com o condensador isolado reduz-se então a capacidade ao mı́nimo. Determine
a carga e a diferença de potencial entre as armaduras nesta posição.

20
Electrostática

Exercı́cio 2.21: Os condensadores de cada um dos circuitos da figura 2.9 estão inicialmente des-
carregados. Para cada circuito, faz-se a ligação 0-1 até se atingir o equilı́brio. Em seguida, desfaz-se
esta e faz-se a ligação 0-2. Determine a distribuição final das cargas e a energia armazenada em cada
condensador.
No circuito 1: C1 = 2 µF, C2 = 4 µF, C3 = 4 µF e ε = 100 V
No circuito 2: C1 = 1 µF, C2 = 2 µF, C3 = C4 = 0.5 µF e ε = 20 V
C C C

1 2

C 2 C C
2
0
0 1
1
C

Figura 2.9: Exercı́cio 2.21.

Exercı́cio 2.22: Considere a associação de condensadores da figura 2.10, inicialmente descarregados.


O condensador de 4 µF não suporta uma diferença de potencial entre os seus terminais superior a
100 V.
C1 = C2 = 1 µF, C3 = 4 µF e C4 = C5 = 2 µF

a) Determine o valor máximo da tensão que se pode aplicar entre A e B.

b) Nessas condições, determine a carga de cada condensador.

Figura 2.10: Exercı́cio 2.22.

21
Electrostática

2.1 Soluções de electrostática

Solução 2.1: 3.8 × 108 N/C.

Solução 2.2: 65 nC.

Solução 2.3:
a) VA = 3.6 × 105 V; VB = 1.8 × 105 V.

b) W = 1.8 × 10−3 J.

c) 0.3 m/s.

Solução 2.4:
2
a) −3.6 × 1010 Qa .

b) V = 0 V.

Solução 2.5:
a) V = 64 kV.

b) Q4 = −5 µC.

Solução 2.6:

⃗ = −2C2 xı̂.
Solução 2.7: E

Solução 2.8: V1 − V2 = 7.5 kV.

Solução 2.9:
⃗ = p⃗ ∧ E.
a) M ⃗

b) W = −2pE.

Solução 2.10:

22
Electrostática

a) Φ = 0, Qint = 0.

b) Φ = k2 a3 , Qint = ϵ0 k2 a3 .

Solução 2.11:
Ç å
1 q q
a) V (r) = 4πε0
q
2
− q
2
.
r2 −ra cos θ+( a2 ) r2 +ra cos θ+( a2 )

Solução 2.12:

q 2r(r2 +a2 )−2 r2 +a2 (r2 −a2 )
a) V (r) = 4πε0 r −a4
4 .

Solução 2.13: (0, 0, −30) cm e (0,0,50) cm.

Solução 2.14:
a) Ex = − σ12ϵ+σ0
2
para −∞ < x < 0
Ex = σ12ϵ−σ
0
2
para 0 < x < d
σ1 +σ2
Ex = 2ϵ0 para d < x < +∞

b) Sendo o eixo OX paralelo ao plano 2, tem-se:


⃗ = 1 (σ1 ı̂ + σ2 ȷ̂)
E no primeiro quadrante
2ϵ0

E= 1
(−σ1 ı̂ + σ2 ȷ̂) no segundo quadrante
2ϵ0
⃗ =
E −1
2ϵ0 (σ1 ı̂ + σ2 ȷ̂) no terceiro quadrante
⃗ =
E 1
− σ2 ȷ̂)
2ϵ0 (σ1 ı̂ no quarto quadrante

Solução 2.15: VB − VA = 452 V; VC − VB = 0 V; VC − VA = 452 V.

Solução 2.16: Q1 = −100 µC; Q2 = 200 µC; E = 900 J.

23
Electrostática

Solução 2.17:
a) V1 = 4.5 kV; V2 = 0 V; V3 = −2 kV.

b) Q′1 = 0 C; Q′2 = 1.3 µC; Q′3 = −2 µC; V1′ = V2′ = 0 V; V3′ = −2 kV.

Solução 2.18: QA = ±2.7 µC.

Solução 2.19:
a) E = 8.84 × 10−5 J.

b) C ′ = 5.5 × 10−11 F; W = E − E ′ = 1.77 × 10−5 J; V ′ = 1600 V.

Solução 2.20: Q = 2 nC; ∆V = 400 V.

Solução 2.21:
No circuito 1: Q1 = 67 µC; Q2 = 133 µC; Q3 = 200 µC; E1 = 1.1 mJ; E2 = 2.2 mJ; E3 = 5 mJ.
No circuito 2: Q1 = 12.9 µC; Q2 = 14.3 µC; Q3 = 6.4 µC; Q4 = 5 µC; E1 = 83 µJ; E2 = 51 µJ;
E3 = 41 µJ; E4 = 25 µJ.

Solução 2.22:
a) Vmax = 300 V.

b) Q1 = Q2 = 200 µC; Q3 = 400 µC; Q4 = Q5 = 300 µC.

24
Capı́tulo 3

Corrente Contı́nua

Exercı́cio 3.1: Um condutor de cobre de 1.5 mm2 de secção (mı́nimo permitido em instalações
eléctricas), tem uma resistividade de 1.72 × 10−8 Ω.m à temperatura de 20 ◦ C. Qual a resistência dos
condutores de um circuito (2 fios) com 85 m de extensão?

Exercı́cio 3.2: Um bloco de carbono (ρc = 3500 × 10−8 Ω.m) tem 3.0 cm de comprimento e uma
secção transversal quadrada com 0.5 cm de lado. Sabendo que é mantida uma diferença de potencial
de 8.4 V ao longo do seu comprimento, determine a resistência do bloco e a corrente que o atravessa.

Exercı́cio 3.3: Determine a resistência equivalente entre os pontos A e B para cada um dos circuitos
da figura 3.1. Comente o resultado.
R = 4 Ω.

Figura 3.1: Exercı́cio 3.3.

Exercı́cio 3.4: No circuito da figura 3.2, considere desprezáveis as resistências internas do gerador
e do amperı́metro. Determine para as posições 0-1 e 0-2 do comutador:

25
Corrente Contı́nua

a) a razão entre as leituras feitas no amperı́metro.

b) a razão entre as potências consumidas no circuito.

1
0
3R
2

A
R

3R 3R

Figura 3.2: Exercı́cio 3.4.

Exercı́cio 3.5: No circuito da figura 3.3, as resistências internas dos geradores são desprezáveis em
face das restantes, sendo a do amperı́metro A2 de 20 Ω. Determine:

a) Os valores de ε1 e de ε2 sabendo que, quando o amperı́metro A1 indica o valor zero, o am-


perı́metro A2 indica 10 mA.

b) A corrente que passa em A1 quando se invertem os polos do gerador ε1 e o amperı́metro A2


marca o valor zero.

c) A resistência interna de A1 , r.

R1 = 80 Ω, R2 = 100 Ω

A


A
R R


Figura 3.3: Exercı́cio 3.5.

Exercı́cio 3.6: Uma bateria de automóvel de 12 V possui uma resistência interna de 0.4 Ω.
a) Qual a potência dissipada se a bateria for momentaneamente curto-circuitada?

26
Corrente Contı́nua

b) Qual a diferença de potencial aos terminais da bateria quando esta fornece uma corrente de
20 A ao motor de arranque?

Exercı́cio 3.7: No circuito representado na figura 3.4, ε = 3ε1 e ε2 = 2ε1, sendo desprezáveis as
resistências internas dos geradores.Determine a diferença de potencial VA − VB .
R

R
A B


R

Figura 3.4: Exercı́cio 3.7.

Exercı́cio 3.8: No circuito representado na figura 3.5, o amperı́metro e o voltı́metro acusam valores
de 2 A e 180 V, respectivamente.

a) Que valores esperaria medir nos aparelhos de medida caso os considerasse ideais?

b) Calcule a resitência interna de cada aparelho.

R1 = 35 Ω, R2 = 100 Ω, r = 10 Ω, ε = 300 V
R
A

R V
,r

Figura 3.5: Exercı́cio 3.8.

Exercı́cio 3.9: No circuito da figura 3.6, A1 e A2 são amperı́metros ideais e o gerador de força
electromotriz ε3 tem resistência interna desprezável.
a) Estabelecida a ligação 0-1, verifica-se que A1 indica o valor zero e que a potência dissipada no
circuito é 2 W. Calcule o valor de ε1 e ε3 .

27
Corrente Contı́nua

b) Desfaz-se a ligação 0-1 e faz-se a ligação 0-2. Sabendo que, nestas condições, a potência dissipada
na resistência R1 é nula, determine o valor indicado pelo amperı́metro A2 e a resistência interna
do gerador ε2 .

R1 = 110 Ω, R2 = 40 Ω, R3 = 50 Ω, ε2 = 9 V
 ,r  ,r

2 1
0
A A
R R


R

Figura 3.6: Exercı́cio 3.9.

Exercı́cio 3.10: Na figura 3.7 está representado o circuito da ponte de Wheatstone, para medição
de resistências. Rx é a resistência desconhecida, R0 é a resistência padrão e G é o galvanómetro ligado
ao contacto deslizante C, o qual se apoia sobre um fio homogêneo AB de grande resistência.
Demonstre que, na ausência de corrente no galvanómetro, se verifica a relação Rx /R0 = AC/CB
R R

A C B

Figura 3.7: Exercı́cio 3.10.

Exercı́cio 3.11: Os geradores do circuito representado na figura 3.8 têm resistência interna des-
prezável e RAB = 50 Ω.

a) Qual deve ser o valor da resistência entre o ponto A e a posição C do cursor, para que o
galvanómetro não acuse passagem de corrente?

b) Qual a potência dissipada na resistência R0 quando o cursor está em cada uma das posições
extremas?

28
Corrente Contı́nua

R
 G

A C B
 R

Figura 3.8: Exercı́cio 3.11.


ε0 = 30 V, R0 = 30 Ω, ε1 = 9 V, R1 = 120 Ω
Exercı́cio 3.12: Considere ideais os aparelhos de medida representados no circuito da figura 3.9.
a) Determine as leituras dos aparelhos quando o interruptor está aberto.

b) Determine o valor da intensidade da corrente que percorre a resistência R2 , quando o interruptor


está fechado.
ε1 = 12 V, r1 = 1 Ω, ε2 = 8 V, r2 = 2 Ω, ε3 = 10 V, R1 = 2 Ω, R2 = 15 Ω
,r
2R

A
R 
R

V
,r
3R

Figura 3.9: Exercı́cio 3.12.

Exercı́cio 3.13: Sabendo que o galvanómetro G da figura 3.10 não suporta correntes superiores a
10 mA e que a sua resistência interna é de 25 Ω, calcule os valores das resistências R1 , R2 e R3 do
”amperı́metro”de 3 escalas esquematizado.

Exercı́cio 3.14: Em equilı́brio, qual é a diferença de potencial aos terminais do condensador do


circuito da figura 3.11, considerando o gerador ideal.
ε1 = 36 V, R1 = 10 Ω, R2 = 40 Ω, R3 = 80 Ω, R4 = 20 Ω, C1 = 10 µC
Exercı́cio 3.15: Calcule a diferença de potencial aos terminais dos condensadores da figura 3.12 em

29
Corrente Contı́nua

Figura 3.10: Exercı́cio 3.13.

Figura 3.11: Exercı́cio 3.14.


equlı́brio, desprezando a resistência interna do gerador.
ε1 = 12 V, R1 = 100 Ω, R2 = 50 Ω, R3 = 150 Ω, C1 = 10 µF, C2 = 50 µF

Figura 3.12: Exercı́cio 3.15.

Exercı́cio 3.16: Os condensadores do circuito da figura 3.13 estão inicialmente descarregados e o


gerador tem resistência interna desprezável.
a) Determine a carga do condensador C1 e a corrente que atravessa R1 quando se estabelece a
ligação 0-1.
b) Determine, uma vez reestabelecido o equilı́brio, a energia armazenada no condensador C1 quando
se desfaz a ligação 0-1 e se estabelece a ligação 0-2.
ε = 10 V, R1 = 5 Ω, R2 = R3 = 10 Ω, R4 = 20 Ω, C1 = 2 µF, C2 = C3 = 1 µF
Exercı́cio 3.17: No circuito da figura 3.14, o amperı́metro A2 pode considerar-se ideal, o am-
perı́metro A1 tem resistência interna de 10 Ω e os condensadores estão inicialmente descarregados.
a) Com o interruptor aberto, determine os valores indicados nos aparelhos de medida e a diferença
de potencial VA − VB .

30
Corrente Contı́nua

Figura 3.13: Exercı́cio 3.16.

b) Com o interruptor fechado, e depois de atingido o equilı́brio, determine os valors indicados pelos
aparelhos de medida e carga de cada condensador.

ε1 = 20 V, ε2 = 10 V, R1 = 3.3 kΩ, R2 = 1 kΩ, R3 = 10 Ω,


C1 = 10 µF, C2 = 4.7 µF, C3 = 2.2 µF

Figura 3.14: Exercı́cio 3.17.

31
Corrente Contı́nua

3.1 Soluções de Corrente Contı́nua

Solução 3.1: R = 1.95 Ω.

Solução 3.2: R = 42 mΩ; I = 6.5kA.

Solução 3.3: R1 = R2 = 6 Ω.
No circuito 1, o potencial entre as resistências 2R e R é igual ao potencial entre as resistências 4R e
2R (lei de Ohm).

Solução 3.4:
IA1
a) IA2 = 3.1.
P1
b) P2 = 1.36.

Solução 3.5:
a) ε1 = 1 V; ε2 = 2 V.
b) I = 20 mA.

c) r = 50 Ω.

Solução 3.6:
a) P = 360 W.

b) ∆V = 4 V.

Solução 3.7: VA − VB = 2ε1 .

Solução 3.8:
a) I = 2.07 A; V = 207 V.

b) RiV = 900 Ω; RiA = 15 Ω.

32
Corrente Contı́nua

Solução 3.9:
a) ε1 = 4 V; ε3 = 20 V.
b) I = 222 mA; r2 = 40.5 Ω.

Solução 3.10:

Solução 3.11:
a) RAC = 24 Ω.

b) PA = 4.2 W; PB = 5.3 W.

Solução 3.12:
a) I = 2.8 A; V = 2.5 V.

b) I = 0 A.

Solução 3.13: R1 = 0.028 Ω; R2 = 0.25 Ω; R3 = 2.5 Ω.

Solução 3.14: ∆V = 20 V.

Solução 3.15: ∆V1 = 8 V; ∆V2 = 6 V.

Solução 3.16:
a) Q1 = 0 C; I1 = 1 A.

b) E = 6.25 µJ.

Solução 3.17:
a) I1 = 9 mA; I2 = 0 A; V = 0 V; VA − VB = −9.8 V.

b) I1 = 9 mA; I2 = 0 A; V = 5.8 V; Q1 = 40 µC; Q2 = 27 µC; Q3 = 13 µC;

33
Corrente Contı́nua

34
Capı́tulo 4

Electromagnetismo

Exercı́cio 4.1: A corrente que percorre o fio representado na figura 4.1 é de 8 A. Calcule o campo
magnético criado por esta corrente no ponto P, situado a meio do segmento a tracejado.

Figura 4.1: Exercı́cio 4.1.

Exercı́cio 4.2: Para cada um dos fios representado na figura 4.2 calcule o campo magnético no
ponto P, quando são percorridos por uma corrente de 15 A.

Figura 4.2: Exercı́cio 4.2.

Exercı́cio 4.3: Dois fios condutores infinitos, rectilı́neos e paralelos, na posição horizontal estão
separados duma distância de 1 m, sendo I1 = 6 A, ”entrando”no plano da página, como mostra a
figura 4.3.
a) Qual deve ser o módulo e sentido da corrente I2 para que o campo resultante no ponto P seja
nulo?

35
Electromagnetismo

b) Quais são então os módulos do campo resultante em Q e em S?

Figura 4.3: Exercı́cio 4.3.

Exercı́cio 4.4: Três fios rectilı́neos paralelos e infinitos, equidistantes entre si de 20 cm, são percor-
ridos por correntes de intensidades I1 = 2 A, I2 = 4 A e I3 = 4 A com os sentidos indicados na figura
4.4. Uma corrente de intensidade I4 percorre um outro fio infinito, paralelo aos primeiros, equidistante
do ponto A (que forma um losango com I1 , I2 e I3 na figura) e da corrente I3 . Qual deve ser o valor
de I4 para que o campo magnético em A seja perpendicular ao plano definido por I1 , I2 e I4 ?
A

I
I I

20 cm

I

Figura 4.4: Exercı́cio 4.4.

Exercı́cio 4.5: Na figura 4.5 estão representados dois fios muito longos tendo ambos um arco
semicircular. Um dos fios, que forma uma semicircunferência de 3 cm de raio, é percorrido por uma
corrente I1 = 5 A. O outro fio é percorrido por uma corrente I2 = 7.5 A, sendo de 9 cm o raio do seu
arco semicircular. Sendo os sentidos de I1 e I2 os indicados na figura, calcule, justificando, o campo
magnético no centro comum aos dois arcos.
I
R

R
I

Figura 4.5: Exercı́cio 4.5.

36
Electromagnetismo

Exercı́cio 4.6: Um circuito, com a forma de um triângulo equilátero de lado ℓ é percorrido pela
corrente I. Determine o raio da espira circular centrado no centro do triângulo e assente no mesmo
plano que, percorrida igualmente por uma corrente I, anula o campo no centro comum.

Exercı́cio 4.7: Calcule o campo magnético criado no ponto C da figura 4.6, pela corrente I. Note
que as porções (1) e (3) da corrente são semi-infinitas e perpendiculares ao plano que contém a porção
(2), e C é o centro desta porção circular.

(3)
(1)

(2)

R
C

Figura 4.6: Exercı́cio 4.7.

Exercı́cio 4.8: Dois fios condutores rectilı́neos e infinitos estão a uma distância de 60 cm e são
percorridos por correntes de 20 A, em sentidos contrários, como mostra a figura 4.7. Um terceiro fio,
paralelo aos outros dois e percorrido também por uma corrente de 20 A, está colocado a 40 cm do
ponto médio do segmento que une os outros dois. Determine o módulo, direcção e sentido da força
por unidade de comprimento que actua no terceiro fio:

a) se a corrente que o percorre ”sai”do plano da página;

b) se a corrente ”entra”no plano da página.

Figura 4.7: Exercı́cio 4.8.

37
Electromagnetismo

Exercı́cio 4.9: Dois fios rectilı́neos e muito compridos, cada um deles percorrido por uma corrente
de 9 A, no mesmo sentido, são colocados paralelamente. Calcule a força que cada um exerce sobre o
outro quando separados por 0.1 m.

Exercı́cio 4.10: Uma espira rectangular pode girar livremente em torno do eixo dos YY e é per-
corrida por uma corrente de 10 A no sentido indicado na figura 4.8. Admitindo que a espira está sob
a acção de um campo magnético uniforme de 0.2 T, paralelo ao eixo dos XX, calcule a força em cada
lado da espira e o momento do binário necessário para manter a espira na posição indicada.

8 cm

D

X
 cm
C

Figura 4.8: Exercı́cio 4.10.

Exercı́cio 4.11: Numa certa localidade, o campo magnético terrestre tem a intensidade de 0.5 ×
10−4 T , faz um ângulo de 60◦ com a horizontal e é dirigido de cima para baixo. Calcule o módulo da
força exercida por este campo magnético num condutor de 3 m de comprimento no qual circula uma
corrente de 100 A quando:
a) o condutor é vertical;
b) o condutor é paralelo à componente horizontal do campo;
c) o condutor é perpendicular à componente horizontal do campo e está no plano horizontal.

Exercı́cio 4.12: Considere o circuito esquematizado na figura 4.9 e determine:


a) as correntes em cada ramo do circuito, indicando os respectivos sentidos;
b) o campo magnético no ponto O, centro do quadrado ACEG de lado 80 cm, criado pela secção
rectilı́nea AHG do circuito;

38
Electromagnetismo

c) o campo magnético no ponto O criado pela secção semicircular BDF;

d) o campo magnético total no ponto A criado pelas duas secções referidas.

ε = 20 V , r = 2 Ω, R = 2 Ω
C B A
5R 4R

O
D H
,r

3R 4R
E F G

Figura 4.9: Exercı́cio 4.12.

Exercı́cio 4.13: Considere o circuito da figura 4.10. Calcule o campo magnético criado no ponto P
pela porção de fio condutor entre C e D.
ε1 = 4 V , ε2 = ε3 = 5 V , ε4 = 7 V , R = 2 Ω

2r
10R r

C P D

 2R 3R 

 5R

Figura 4.10: Exercı́cio 4.13.

39
Electromagnetismo

4.1 Soluções de electromagnetismo

Solução 4.1: B = 2.3 × 10−4 T.

4.7×10−6
Ä ä
; B2 = 4.7 × 10−6 R11 − 1
N J
Solução 4.2: B1 = R (SI), R2 (SI), .

Solução 4.3:
J
a) I2 = 2 A, .

b) BQ = 2.1 × 10−6 T; BS = 1.6 × 10−6 T.

J
Solução 4.4: I4 = 3.5 A, .

Solução 4.5: B = 7.9 × 10−5 T,


N
.
Solução 4.6: R = 0.35ℓ.
Ä ä
⃗ = 10−7 I ı̂ + ȷ̂ − π k̂ , em que ı̂ aponta de 3 para C e ȷ̂ de 1 para C.
Solução 4.7: B R 2

Solução 4.8:

a) dF
dl = 1.92 × 10−4 N/m, ↓.

b) dF
dl = 1.92 × 10−4 N/m, ↑.

Solução 4.9: dF
dl = 1.62 × 10−4 N/m, atractiva.

Solução 4.10: F⃗AB = 0.06ȷ̂ N; F⃗BC = 0.16k̂ N; F⃗CD = −0.06ȷ̂ N;


F⃗DA = −0.16k̂ N; M
⃗ = 8.3 × 10−3 ȷ̂ Nm.

Solução 4.11:

a) F = 7.5 × 10−3 N.

b) F = 1.3 × 10−2 N.

c) F = 1.5 × 10−2 N.

40
Electromagnetismo

Solução 4.12:
a) 2 A através do gerador, 1 A de A para G e 1 A de B para F .

b) BAG = 3.5 × 10−7 T, .


N

c) BBDF = 7.9 × 10−7 T, .


J

d) B = 4.3 × 10−7 T, .
J

7,1×10−8 J
Solução 4.13: B = r T, .

41
Electromagnetismo

42
Capı́tulo 5

Óptica Geométrica

Exercı́cio 5.1: Coloca-se uma lâmina de faces paralelas de espessura 8 cm em contacto com a
superfı́cie livre de um lı́quido num vaso; um observador que olha, através da lâmina, na direcção da
normal, vê o fundo do vaso a 7.5 cm abaixo da face superior da lâmina. Se retirar a lâmina, vê-o a
3 cm de profundidade. Determine o ı́ndice de refracção do material de que é composta a lâmina.

Exercı́cio 5.2: Um aquário contém água de ı́ndice de refracção 4/3. Um observador que olha
perpendicularmente à superfı́cie da água vê uma pequena impureza, situada sobre o diâmetro vertical
do aquário, a 3 cm de profundidade. Determine a que distância da superfı́cie livre da água se encontra
a impureza.

Exercı́cio 5.3: No interior de uma esfera maciça de vidro, de ı́ndice de refracção 1.6 e raio 2 cm,
encontra-se embutida uma partı́cula a 1 cm da superfı́cie da esfera. Indique a posição aparente da
partı́cula quando vista por alguém que olha na direcção do diâmetro que a contém, colocando-se junto
de uma ou de outra extremidade desse diâmetro.

Exercı́cio 5.4: A superfı́cie superior de uma gota de um certo lı́quido forma um dioptro convexo.
A imagem de uma impureza da gota situada a 3 mm do vértice do dioptro confunde-se com essa
impureza e a imagem de outra impureza a 1 mm do vértice é virtual e está a 0.9 mm do dioptro.
Determine o raio de curvatura do dioptro e o ı́ndice de refracção do lı́quido.

Exercı́cio 5.5: Indique de que distância parece aproximar-se um objecto quando é observado per-
pendicularmente, através de um vidro de janela de espessura igual a 3 mm e ı́ndice de refracção igual
a 3/2.

Exercı́cio 5.6: A um nadador que se encontra a 3 m de profundidade, a superfı́cie da água parece

43
Óptica Geométrica

um espelho em todos os pontos exteriores a um cı́rculo de 4 m de raio. Determine a partir destes


dados o ı́ndice de refracção da água.

Exercı́cio 5.7: Uma pessoa tem 1,62 m de altura e deseja ver a sua imagem completa num espelho
plano. Qual deve ser a altura mı́nima do espelho e a que altura ele deve estar colocado acima do solo
(suposto horizontal), sabendo que o topo da cabeça dessa pessoa está 15 cm acima da linha horizontal
que passa pelos olhos?

Exercı́cio 5.8: Um espelho esférico tem um raio de curvatura de 40 cm. Caracterize a imagem de
um objecto colocado a

a) 100 cm;

b) 40 cm;

c) 20 cm;

d) 10 cm.

Considere os dois casos de um espelho côncavo e de um espelho convexo. Faça os diagramas e os


cálculos analı́ticos.

Exercı́cio 5.9: Um objecto luminoso linear de 3 cm de altura está colocado a 3 m de uma parede
e pretende-se que a sua imagem, dada por um espelho côncavo, se forme sobre a parede e tenha 9 cm
de altura. Determine a distância a que deve ser colocado o espelho e qual deve ser o seu raio de
curvatura.

Exercı́cio 5.10: Um espelho esférico forma de um objecto real, situado a 120 cm do seu vértice,
uma imagem com as mesmas dimensões. Em que posição se deve colocar o objecto para obter uma
imagem 3 vezes maior?

Exercı́cio 5.11: Um indivı́duo usa, para se barbear, um espelho côncavo com 50 cm de raio. Onde
se forma a imagem da sua face quando coloca o espelho a 15 cm desta? Indique as caracterı́sticas da
imagem e se este espelho é ou não adequado para o fim em vista. Um espelho convexo serviria para
o mesmo fim?

Exercı́cio 5.12: Dois espelhos côncavos de raios de curvatura iguais a 12 cm têm as superfı́cies
reflectoras colocadas frente a frente. Determine qual deve ser a distância entre eles para que a imagem
real, dada por duas reflexões, de um objecto real situado a 15 cm de um dos espelhos, coincida com o
objecto.

44
Óptica Geométrica

Exercı́cio 5.13: Em frente de um espelho côncavo e normalmente ao seu eixo encontra-se um espelho
plano. Um objecto é colocado sobre o eixo do sistema à distância de 20 cm do espelho côncavo que
tem 30 cm de raio. Sabendo que a imagem dada por duas reflexões, sendo a primeira no espelho plano,
se forma no plano do objecto, determine a distância entre os dois espelhos.

Exercı́cio 5.14: O espelho esférico de um certo telescópio tem 8 m de raio. Calcular a localização
e o diâmetro da imagem da Lua formada por este espelho. A Lua tem um diâmetro D = 3, 5 × 106 m
e está a 3, 8 × 108 m da Terra.

Exercı́cio 5.15: Um dentista precisa de um pequeno espelho que forme uma imagem direita, com
ampliação de 5,5, quando o espelho estiver a 2,1 cm de um dente. Qual deverá ser o raio do espelho
(deverá ser um espelho côncavo ou convexo?)?

Exercı́cio 5.16: Um objecto, a 8 cm de um espelho esférico côncavo, forma uma imagem virtual
que está 10 cm atrás do espelho. Caracterize a imagem (incluindo a sua localização e factor de
amplificação) se o objecto for colocado a 25 cm do espelho.

Exercı́cio 5.17: Um objecto está a 100 cm de um espelho côncavo e forma uma imagem real a 75
cm do espelho. O espelho é então invertido, ficando com a sua face convexa virada para o objecto,
e deslocado sobre o seu eixo de modo a que a imagem fique 35 cm atrás do espelho. Qual foi o
deslocamento do espelho?

Exercı́cio 5.18: Quais as caracterı́sticas do espelho que se deve usar para maquilhagem, se se
pretender que a imagem do rosto a 30 cm do espelho seja virtual, direita e tenha um factor de
ampliação de 1,5?

Exercı́cio 5.19: Dentro de um tanque, foram colocados 2 lı́quidos não miscı́veis, o mais denso, A,
com um ı́ndice de refracção nA = 1, 46 e o menos denso, B, com nB = 1, 33. O primeiro foi colocado
até uma altura de 4 cm e o segundo até uma altura de mais 2 cm. A que distância da superfı́cie livre
do lı́quido B parece estar o fundo do tanque, quando observado perpendicularmente às superfı́cies das
camadas lı́quidas?

Exercı́cio 5.20: Uma lente delgada tem os dois raios do mesmo valor e é feita em vidro com ı́ndice
de refracção de 1,6. Achar os raios de curvatura e fazer um esquema da lente quando a distância focal
no ar for

a) +5 cm;

b) −5 cm.

45
Óptica Geométrica

Exercı́cio 5.21: Uma lente delgada tem ı́ndice de refracção 1,5 e uma face convexa com 20 cm de
raio. Quando um objecto com 1 cm de altura é colocado a 50 cm desta lente, forma-se uma imagem
direita de 2,15 cm de altura. Calcule o raio de curvatura da segunda face da lente, caracterize essa
face e desenhe uma imagem da lente.

Exercı́cio 5.22: Uma lente bicôncava, de ı́ndice de refracção 1,45, tem raios de módulos 30 cm e 25
cm. Um objecto está localizado 80 cm à esquerda da lente.

a) Calcule a distância focal da lente.

b) Calcule a localização da imagem.

c) Calcule a ampliação da imagem.

d) Caracterize a imagem.

Exercı́cio 5.23: Um objecto está a uma distância s de uma lente delgada cuja potência é P . Calcule
a posição da imagem, o factor de amplificação e caracterize a imagem nos seguintes casos:

a) s = 20 cm e P = 20 D.

b) s = 10 cm e P = 20 D.

c) s = 20 cm e P = −20 D.

Exercı́cio 5.24: Uma lente convergente de distância focal f = 10 cm é usada para se ter uma
imagem com o dobro do tamanho de um pequeno objecto. Calcule as distâncias entre o objecto e a
lente e entre a imagem e a lente quando

a) a imagem for direita;

b) a imagem for invertida.

Exercı́cio 5.25: Duas lentes convergentes, com distâncias focais f1 = 10 cm e f2 = 10 cm, estão
separadas por uma distância D = 35 cm. Um objecto está 20 cm à esquerda da primeira lente.

a) Calcule a posição da imagem e o factor de amplificação e caracterize a imagem.

b) Repita o problema, supondo que f2 = −15 cm.

46
Óptica Geométrica

Exercı́cio 5.26: Um objecto está a 12 cm de uma lente convergente, cuja distância focal é 10
cm. Uma segunda lente com uma distância focal de 12,5 cm está 20 cm à direita da primeira lente.
Caracterize a imagem final.

Exercı́cio 5.27: Um objecto está a 15 cm de uma lente positiva, cuja distância focal é 15 cm. Uma
segunda lente com uma distância focal de f2 está 20 cm à direita da primeira lente. Caracterize a
imagem final se

a) f2 = 15 cm.

b) f2 = −15 cm.

Exercı́cio 5.28: Um objecto está 15 cm à esquerda de uma lente delgada convexa cuja distância
focal é 10 cm. Um espelho côncavo com 10 cm de raio está 25 cm à direita da lente. Caracterize a
imagem final (após refracção na lente, reflexão no espelho e nova refracção na lente).

47
Óptica Geométrica

5.1 Soluções de óptica geométrica

Solução 5.1: n = 1, 78.

Solução 5.2: s = 4 cm.

Solução 5.3: s′1 = −0, 77 cm e s′2 = −4.29 cm.

Solução 5.4: r = 3 mm e n = 1, 17.

Solução 5.5: 1 mm.

Solução 5.6: n=1,25.

Solução 5.7: O espelho deve ter uma altura de 81 cm e ter a sua base a uma altura de 73,5 cm
acima do solo.

Solução 5.8: Espelho côncavo:


a) s′ = 25 cm; m = − 41 ; imagem real invertida.

b) s′ = 40 cm; m = −1; imagem real invertida.

c) Não há imagem (os raios reflectidos são paralelos pois o objecto encontra-se no foco).

d) s′ = −20 cm; m = 2; imagem virtual direita.

Espelho convexo:

a) s′ = − 50 1
3 cm; m = 6 ; imagem virtual direita.

b) s′ = − 40 1
3 cm; m = 3 ; imagem virtual direita.

c) s′ = −10 cm; m = 21 ; imagem virtual direita.

d) s′ = − 20 2
3 cm; m = 3 ; imagem virtual direita.

Solução 5.9: distância espelho - parede: 4,5 m; r=2,25 m.

Solução 5.10: A 40 cm ou a 80 cm do espelho.

48
Óptica Geométrica

Solução 5.11: s′ = −37, 5 cm. Imagem virtual direita, 2,5 vezes maior do que o objecto. O espelho
é adequado. O espelho convexo não seria.

Solução 5.12: 25 cm.

Solução 5.13: 40 cm.

Solução 5.14: s′ = 4 m. No foco, forma-se uma imagem real e invertida da Lua com 3,7 cm de
diâmetro.

Solução 5.15: r = 5, 13 cm (espelho côncavo).

Solução 5.16: s′ = −66, 7 cm, m = 2, 7 e a imagem é virtual e direita.

Solução 5.17: O espelho deve ser afastado 91 cm do objecto.

Solução 5.18: Espelho côncavo com uma distância focal de 90 cm.

Solução 5.19: O fundo do tanque parece estar a uma profundidade de 4,24 cm.

Solução 5.20:

a) r1 = 6 cm e r2 = −6 cm.

b) r1 = −6 cm e r2 = 6 cm.

Solução 5.21: r2 = 35 cm e essa face é côncava.

Solução 5.22:

a) f = −30, 30 cm.

b) s′ = −22, 0 cm.

c) m = 0, 275.

d) Imagem virtual direita.

49
Óptica Geométrica

Solução 5.23:
a) s′ = 6, 67 cm, m = − 31 e a imagem é real e invertida.

b) s′ = 10 cm, m = −1 e a imagem é real e invertida.

c) s′ = −4 cm, m = 1
5 e a imagem é virtual e direita.

Solução 5.24:
a) s = 5 cm e s′ = −10 cm;

b) s = 15 cm e s′ = 30 cm;

Solução 5.25:
a) s′2 = 30 cm, m = 2 e a imagem é real e direita.

b) s′2 = −7, 5 cm, m = − 21 e a imagem é virtual e invertida.

Solução 5.26: s′ = 9, 52 cm. Imagem final virtual invertida com factor de ampliação m = −1, 19.

Solução 5.27:
a) s′ = 15 cm. Imagem real invertida com factor de ampliação m = −1.

b) s′ = −15 cm. Imagem virtual direita com factor de ampliação m = 1.

Solução 5.28: A imagem final forma-se 18 cm à esquerda da lente e é uma imagem real, direita
com factor de ampliação m = 0, 8.

50
Capı́tulo 6

Vibrações

Exercı́cio 6.1: Um corpo de massa m = 50 g descreve um movimento harmónico simples (MHS) de


perı́odo 0.5 s e amplitude 4 cm. No instante t = 0 s o corpo encontra-se na posição x = 0, posição de
equilı́brio, movendo-se no sentido negativo do eixo dos XX.

a) Determine os instantes em que o corpo passa pela posição de abcissa x = −2 cm.

b) Compare o intervalo de tempo que a partı́cula demora a ir da posição de abcissa x = 0 cm para


a de abcissa x = −2 cm, com o tempo que demora a ir da posição de abcissa x = −2 cm para
a de x = −4 cm, sem inverter o sentido do movimento.

c) Calcule a velocidade da partı́cula em cada instante e determine em que pontos é máximo e


mı́nimo o módulo da velocidade. Com base nesta análise, justifique o resultado obtido na alı́nea
anterior.

d) Calcule a constante elástica, k, da força que actua sobre o corpo.

e) Determine as caracterı́sticas da força que actua sobre o corpo em cada instante, relacionando-a
com a posição onde este se encontra.

f) Relacione o sentido da força que actua sobre o corpo com o sentido do movimento deste, indi-
cando quando é acelerado e quando é retardado.

g) Represente graficamente a energia cinética, Ec (t), a energia potencial, Ep (t) e a energia total,
Et (t) da partı́cula em cada instante.

Exercı́cio 6.2: A figura 6.1 representa um corpo de massa 0.2 kg, assente num plano horizontal, sobre
o qual se pode deslocar sem atrito. O corpo encontra-se ligado a uma mola de constante K = 7.2 N/m.
A intensidade da força exercida pela mola sobre o corpo é nula quando este se encontra no ponto de
abcissa x = 0 m. Comprimindo-se a mola, coloca-se o corpo no ponto de abcissa x = +10 cm,
abandonando-o em seguida.

51
Vibrações

a) Determine a amplitude, o perı́odo, a frequência, a frequência angular e a fase na origem do


movimento do corpo.

b) Determine as funções x(t), v(t) e a(t) para o movimento do corpo e represente-as graficamente,
calculando o valor máximo do módulo da velocidade do corpo e os pontos onde ocorre.

c) Se em vez de abandonar o corpo, se tivesse dado um ligeiro impulso no sentido positivo do eixo,
de tal modo que ele passasse a descrever um movimento de amplitude dupla do anterior, qual
seria o perı́odo do movimento, a fase na origem, o valor da velocidade inicial e o valor máximo
do módulo da velocidade?

d) Compare os valores das energias totais nas duas condições descritas.

Figura 6.1: Exercı́cio 6.2.

Exercı́cio 6.3: Uma partı́cula descreve um


√ movimento harmónico simples, encontrando-se no ins-
tante t = 0 s no ponto de abcissa x = 1.5 2 cm, movendo-se no sentido negativo do eixo dos X. O
movimento é descrito pela função:
Å ã

x(t) = 3 sin t + α cm
2

a) Determine o valor de α.

b) Calcule a velocidade da partı́cula no instante t = 0 s.



c) Calcule a aceleração nos instantes em que a partı́cula se encontra na posição x = 1.5 2 cm.

d) Calcule os valores máximos dos módulos da velocidade e da aceleração, e a posição em que se


encontra a partı́cula quando estes valores são observados.

e) Determine em que instantes a partı́cula passa pela posição x = −1.5 2 cm.

Exercı́cio 6.4: Num tanque com água, uma rolha de cortiça move-se 2 cm para cima e 2 cm para
baixo relativamente à superfı́cie da água, executando um movimento harmónico simples (MHS) de
perı́odo 1 s. Recorrendo a um cronómetro, inicia-se a contagem do tempo quando a rolha está na
posição de profundidade máxima. Qual é a posição e a velocidade da rolha no instante t = 10.5 s?

52
Vibrações

Exercı́cio 6.5: Um corpo de massa m = 0.4 kg encontra-se ligado a duas molas A e B, como indica
a figura 6.2. A constante elástica da mola A é kA = 24 N/m. Quando o corpo se encontra no ponto
de abcissa x = −3 cm, a intensidade da força que a mola A exerce sobre o corpo é nula. Por sua vez,
a força exercida pela mola B é nula quando o corpo se encontra no ponto x = 2 cm. A resultante das
forças que actuam sobre o corpo é nula quando este se encontra no ponto de abcissa x = −1 cm.
O corpo foi levado até ao ponto de abcissa x = 4 cm, sendo largado sob a acção das duas molas,
movendo-se sem atrito sobre o plano horizontal.

a) Determine a constante elástica, kB da mola B.


⃗ a resultante das forças que actuam sobre o
b) Represente graficamente a função R(x), sendo R(x)
corpo em função da sua posição.

c) Escreva a função x(t), que dá a posição da partı́cula em cada instante.

d) Considerando a origem dos potenciais no ponto x = 0, obtenha a energia potencial do corpo em


função da sua posição, Ep (x), e calcule a energia total do sistema.

e) Para a mesma origem dos potenciais, calcule a energia potencial quando o corpo se encontra na
posição de equilı́brio.

f) Obtenha a energia cinética do corpo em função da sua posição, Ec (x), e calcule o seu valor
máximo.

g) Represente num gráfico a energia cinética, Ec (x), da energia potencial, Ep (x), e da energia total,
Et (x), em função da posição do corpo.

Figura 6.2: Exercı́cio 6.5.

Exercı́cio 6.6: Um corpo de massa m = 1 kg está suspenso por uma mola elástica de constante
de elasticidade k = 100 N.m−1 . Coloca-se o corpo em repouso no ponto onde a mola não exerce
nenhuma força e, no instante t = 0 s larga-se sem lhe comunicar nenhuma velocidade inicial. Estude
o movimento no eixo vertical com origem no ponto onde a mola não exerce nenhuma força, sendo o
sentido ascendente o sentido positivo. Mostre que o corpo realiza um movimento harmónico simples
e escreva a expressão para x(t).

53
Vibrações

Exercı́cio 6.7: A figura mostra um disco homogénio de massa M , raio R e momento de inércia rela-
tivamente ao seu eixo de simetria I = 21 M R2 na posição vertical e assente numa superfı́cie horizontal
sobre a qual pode rolar sem escorregar. O disco encontra-se preso pelo seu eixo a uma mola elástica
de constante de elasticidade k que tem a outra extremidade fixa, não havendo atrito na ligação da
mola com o disco. Mostre que o centro de massa do disco realiza um movimento harmónico simples
e calcule o seu perı́odo, sabendo que, se não houvesse atrito entre o disco e a superfı́cie sobre a qual
ele se desloca, o seu perı́odo seria T0 . Obteve um valor maior ou menor do que T0 ? Já esperava isso?
Porquê?

Figura 6.3: Exercı́cio 6.7.

Exercı́cio 6.8: A figura representa o corpo A, de massa mA , ligado à extremidade de uma mola
elástica de constante de elasticidade k. Sobre o corpo A está um outro corpo B, de massa mB , sendo
µ o coeficiente de atrito estático entre A e B e nulo o coeficiente de atrito entre A e a superfı́cie
sobre a qual desliza. Todas as superfı́cies de contacto são horizontais. Calcule a amplitude máxima
de oscilação do corpo A para que o corpo B oscile solidariamente com A sem deslizar.

B
A

Figura 6.4: Exercı́cio 6.8.

Exercı́cio 6.9: Um corpo de massa M , preso à extremidade de uma mola elástica que tem a
outra extremidade presa a um ponto fixo, desliza sem atrito sobre um plano horizontal e descreve
um movimento harmónico simples com perı́odo T e amplitude A. Deixa-se cair sobre esse corpo um
outro corpo de massa m de uma altura muito baixa, ficando os corpos colados um ao outro. Despreze
o ressalto dos corpos (i.e., assuma que os corpos se movem sempre apenas na direcção horizontal).
Calcule o perı́odo T ′ e a amplitude A′ do conjunto dos dois corpos se
a) o corpo de massa M estiver a passar pela sua posição de equilı́brio no instante em que os corpos
ficam colados um ao outro;
b) o corpo de massa M estiver num ponto extremo do seu movimento (em que x = A) no instante
em que os corpos ficam colados um ao outro.

54
Vibrações

Exercı́cio 6.10: Um corpo, preso à extremidade de uma mola elástica que tem a outra extremidade
presa a um ponto fixo, desliza sem atrito sobre um plano inclinado que faz um ângulo θ = 30◦ com a
horizontal como mostra a figura e descreve um movimento harmónico simples com perı́odo T = 0, 6 s.
Sabendo que, no instante t = 0 s, o corpo se encontra na posição x(0) = 0 m (que é a posição de
equilı́brio da mola) e que, no instante t = 0, 1 s o corpo tem uma velocidade v(0, 1) = 0 m.s−1 , calcule
a expressão para a posição do corpo em cada instante x(t) (use o eixo x indicado na figura).

q
x
Figura 6.5: Exercı́cio 6.10.

55
Vibrações

6.1 Soluções de Vibrações

Solução 6.1:
®
1
24 + n2 s
a) t = 5 com n ∈ N0 .
24 + n2 s
®
1
b) ∆t = 24 s entre x=0 cm e x=-2 cm
.
1
12 s entre x=-2 cm e x=-4 cm

c) v = 0, 5 cos(4πt + π) m/s.
O módulo da velocidade é máximo para x=0 cm e mı́nimo para x = ±4 cm.

d) k=7,9 N/m.

e) F = −7, 9x N/m.

f) Acelerado quando se aproxima de x = 0 cm e retardado quando se afasta.

Solução 6.2:
a) A = 0, 1 m; T = π/3 s; f = 3/π Hz; ω = 6 rad/s; φ = π/2.

b) x(t) = 0, 1 sin(6t + π/2) m;


v(t) = 0, 6 cos(6t + π/2) m/s;
a(t) = −3, 6 sin(6t + π/2) m/s2 ;
vmax = 0, 6 m/s no ponto x = 0 m.

c) T = π/3 s; φ = π/6; vi = 1, 04 m/s; vmax = 1, 2 m/s.

d) Energia da alÌnea c) = 4 × Energia da alÌnea a).

Solução 6.3:
a) α = 3π/4.

b) v(0) = 10 m/s.

c) a = −47, 1 m/s2 .

d) vmax = 14, 1 m/s no ponto x = 0 m; amax = 66, 6 m/s2 no ponto x = ±3 m.


®
1
+ 4n s
e) t = 32 34 com n ∈ N0 .
3 + 3n s

56
Vibrações

Solução 6.4: Ponto de amplitude máxima: x = 2 cm e v = 0 m/s

Solução 6.5:
a) kB = 16 N/m.

b) R(x) = −40x − 0, 4 N/m.

c) x(t) = 0, 05 sin(10t + π/2) − 0, 01 m.

d) Ep (x) = 20x2 + 0, 4x J; E = 0, 048 J.

e) Ep (−0, 01) = −0, 002 J.

f) Ec = −20x2 − 0, 4x + 0, 048 J.

Solução 6.6: . x(t) = 9, 8[sin(10t + π2 ) − 1] cm.


»
3
Solução 6.7: T = 2 T0
> T0 . Já esperava isso porque, quando há rolamento, a energia cinética
tem que se desdobrar em energia de translação e energia de rotação, pelo que a energia disponı́vel
para a translação é menor e o disco desloca-se mais devagar, demorando mais tempo a descrever um
ciclo.

Solução 6.8: Amax = (mA + mB ) µg


k .

Solução 6.9:
» »
a) T ′ = M +m
M T; A′ = M
M +m A.
»
b) T ′ = M +m
M T; A′ = A.

10π 7π
 
Solução 6.10: x = 0.045 1 + 2 sin 3 t + 6 m.

57
Vibrações

58
Capı́tulo 7

Ondas

Exercı́cio 7.1: Considere uma onda transversal propagando-se com uma velocidade c = 2 m/s, uma
amplitude de 0.1 m e uma frequência angular de 0.2 rad/s no sentido positivo do eixo dos XX.

a) Calcule o perı́odo e o comprimento de onda.

b) Escreva a equação de propagação de onda, sabendo que a partı́cula de coordenada x = 0 se


encontra na posição y = 0.05 m no instante t = 0 s, movendo-se no sentido negativo do eixo dos
YY.

Exercı́cio 7.2: Uma onda transversal propagando-se ao longo de uma corda com a direcção do eixo
dos XX, produz na partı́cula A da corda, situada no ponto x = 0, um movimento vibratório traduzido
pela equação y(t) = 0.1 cos (4πt) com y em metros e t em segundos.
Verifica-se que uma outra partı́cula B que se encontra no ponto x = 0.5 m executa um movimento
vibratório com a mesma amplitude e frequência, mas adiantado relativamente ao primeiro de π/2 rad.

a) Indique, justificando, o sentido de propagação da onda ao longo do eixo.

b) Esboce um gráfico que mostre as variações das elongações de A e de B em função do tempo.

c) Determine a velocidade de propagação da onda e escreva a sua equação de propagação.

59
Ondas

Exercı́cio 7.3: Uma onda transversal plana propaga-se num espaço a duas dimensões segundo a
direcção do eixo dos XX cuja equação de propagação é z1 (x, y, t) = 2 × 10−3 cos 20πt − 2π

3 x , (SI).
Ao ponto (x, y) = (2, 0) m chega simultaneamente uma outra onda que, na ausência da primeira
onda, imprimiria a este ponto um movimento harmónico simples traduzido pela equação z2 (2, 0, t) =
2 × 10−3 cos 20πt + π4 , (SI) . Determine:

a) a velocidade de propagação da primeira onda;

b) a equação do movimento harmónico simples que o ponto (x, y) = (2, 0) m executaria se só a
primeira onda se propagasse;

c) a amplitude, frequência e fase na origem do movimento desse ponto, resultante da sobreposição


das duas ondas.

Exercı́cio 7.4: Três partı́culas A, B e C, dispostas em linha recta nas posições indicadas na figura 7.1,
estão inicialmente em repouso. Num dado instante, a partı́cula C começa a descrever um movimento
harmónico simples numa direcção perpendicular à linha ABC, de amplitude igual a 3 cm, deslocando-
se para cima. Dois segundos depois, B entra também em vibração. A começa a vibrar no mesmo
instante em que C volta a passar, pela primeira vez, na posição de equilı́brio.
Admita que A, B e C são três pontos de uma corda por onde se propaga uma onda transversal.

a) Qual a velocidade e sentido de propagação da onda?

b) Em que instante iniciou A o seu movimento?

c) Qual a frequência angular e o comprimento de onda?

d) Escreva a equação de propagação, considerando t = 0 quando C começou a vibrar.

e) Escreva a equação do movimento harmónico simples executado por B.

Figura 7.1: Exercı́cio 7.4.

Exercı́cio 7.5: A figura 7.2 representa a elongação y dos vários pontos de um meio unidimensional
onde se propaga uma onda transversal no instante t = 0 s (uma fotografia nesse instante) e o movimento
do ponto de abcissa x = 24 cm.

60
Ondas

a) Indique o perı́odo e o comprimentos de onda dessa onda.

b) Indique o sentido de propagação da onda e calcule a sua velocidade.

c) Escreva a equação de onda.

d) Calcule o instante em que a partı́cula de abcissa x = 13 cm faz a terceira passagem pela posição
y = 0 cm (a partir do instante t = 0 s inclusive).

e) Determine a posição e velocidade da partı́cula de abcissa x = 7 cm no instante em que a partı́cula


de abcissa x = 0 cm passa, pela primeira vez, pela posição y = 0 cm, deslocando-se nos sentido
positivo do eixo dos yy.

y (cm) t=0 s y (cm) x=24 cm

2 2

1 1

0 0
0 6 12 18 24 30 36 x (cm) 0 2 4 6 8 10 12 t (s)

-1 -1

-2 -2

-3 -3

Figura 7.2: Exercı́cio 7.5.

Exercı́cio 7.6: Uma onda transversal com perı́odo T = 2 s e amplitude A = 60 cm propaga-se


ao longo de uma corda colocada sobre o eixo dos xx no sentido negativo. A partı́cula A, de abcissa
xA = 0 m, sofre uma oscilação yA (t) = A sin(ωt) e a partı́cula B, de abcissa xB = 3, 5 m, a oscilação
yB (t) = A sin(ωt + φB ). No instante t = 0 s, a partı́cula B está no ponto de ordenada yB (0) = −30
cm e move-se no sentido negativo do eixo dos yy.

a) Calcule o valor da frequência angular ω.

b) Calcule o valor de φB .

c) Calcule o valor do comprimento de onda λ e da velocidade da onda c (sabe-se que λ > xB − xA ).

d) Escreva a expressão para a função de onda.

Exercı́cio 7.7: Uma onda transversal propaga-se ao longo de uma corda colocada sobre o eixo dos
xx segundo a equação y(x, t) = A sin(ωt − kx + φ) com velocidade c = 10 m.s−1 . Devido a essa onda,
a partı́cula A da corda, de abcissa xA = 5 m, vibra segundo a equação yA (t) = A sin(ωt + φA ). No

61
Ondas

instante t = 0 s, a partı́cula A encontra-se no ponto de ordenada yA (0) = A2 e move-se no sentido


negativo do eixo das ordenadas (eixo dos yy). Sabe-se ainda que o tempo que a partı́cula A demora
a deslocar-se desde o seu ponto de equilı́brio até ao ponto de elongação máxima é de 0,25 s e que a
velocidade com que a partı́cula A passa pelo seu ponto de equilı́brio é (em módulo) vA = 0, 3π m.s−1 .

a) Calcule o comprimento de onda desta onda.

b) Calcule o valor de φA .

c) Calcule o valor da amplitude da onda.

d) Calcule o valor de φ (fase na origem, da onda) e escreva a expressão para a função de onda.

Exercı́cio 7.8: Uma onda transversal, propagando-se √


ao longo de uma corda com a direcção do
eixo dos xx no sentido negativo com uma velocidade c = π3 m.s−1 , produz na partı́cula A da corda,
de abcissa xA = 0, o movimento harmónico simples yA (t) = A sin(ωt + φA ) com condições iniciais
yA (0) = 0, 05 m e vA (0) = 0, 15 m/s. A partı́cula B, situada no ponto xB = 2 m, vibra em fase com
A, sendo que nenhuma das outras partı́culas da corda entre A e B oscila em fase com a partı́cula A.
Escreva a expressão para a função de onda que descreve esta onda.

Exercı́cio 7.9: Uma corda esticada é colocada segundo o eixo dos xx. Nessa corda propaga-se uma
onda sinusoidal no sentido negativo com uma velocidade c = 10 m.s−1 , que faz as partı́culas da corda
vibrar segundo o eixo dos yy. No instante t = 0 s, as componentes segundo o eixo √ dos yy da posição e
da velocidade da partı́cula P , de abcissa x = 0 m, são dadas por yP (0) = 0, 05 3 m e vyP (0) = 0, 05π
m.s−1 , respectivamente, demorando esta partı́cula 10 segundos a efectuar 5 oscilações completas. A
função de onda é dada por y(x, t) = A sin(kx + ωt + φ).

a) Calcule o valor da frequência angular ω.

b) Calcule o valor do número de onda k.

c) Calcule o valor da amplitude A.

d) Calcule o valor da fase na origem φ.

62
Ondas

7.1 Soluções de Ondas

Solução 7.1:
a) T = 31.4 s; λ = 62.8 m.

b) y(t) = 0.1 sin(0.2t − 0.1x + 6 ) (SI).

Solução 7.2:
a) Sentido negativo.

b) yB (t) = 0.1 sin(4πt + π2 ) (SI).

c) v = 4 m/s; y(x, t) = 0.1 sin(4πt + πx) (SI).

Solução 7.3:
a) c = 30 m/s.

b) z1 (2, 0, t) = 2 × 10−3 cos(20πt − 4π


3 ) (SI).

c) A = 3.17 × 10−3 m; ω = 20π rad/s; φ = 1.44 rad;


z(2, 0, t) = 3.17 × 10−3 cos(20πt + 1.44) (SI).

Solução 7.4:
a
a) v = 2 no sentido negativo do eixo OX.

b) t = 6 s.
π
c) w = 6 rad/s; λ = 6a.

d) y(x, t) = 3 × 10−2 sin π π



6t + 3a x (SI).

e) y(−a, t) = 3 × 10−2 sin π π



6t − 3 (SI) para t ≥ 2 s.

Solução 7.5:
a) T = 4 s; λ = 12 cm.

b) Sentido negativo; c = 3 cm.s−1 .

c) y(x, t) = 2 sin π2 t + π6 x + 5π

6 cm.

63
Ondas

d) t = 4 s.

e) y 7, 37 = −1 cm; vy 7, 37 = −2, 72 cm.s−1


 

Solução 7.6:
a) ω = π rad.s−1 .

b) φB = 6 rad.

c) λ = 6 m e c = 3 m.s−1 .

d) y(x, t) = 0, 60 sin πt + π3 x m.


Solução 7.7:
a) λ = 10 m.

b) φA = 6 rad.

c) A = 15 cm.

d) φ = 11π6 rad.
y(x, t) = 0, 15 sin 2πt − π5 x + 11π

6 m

Ä√ ä
π
Solução 7.8: y(x, t) = 0, 10 sin 3t + πx + 6 m.

Solução 7.9:
a) ω = π rad.s−1 .

b) k = π
10 m−1 .

c) A = 10 cm.
π
d) φ = 3 rad.

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