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CURSO PREPARATÓRIO PARA 1ª FASE DO 37º EXAME DA ORDEM DOS

ADVOGADOS DO BRASIL (OAB)


Ética Profissional
2 Martim Afonso

APRESENTAÇÃO

Estimados Guerreiros e Guerreiras!

É com muita alegria que apresentamos o módulo de Ética Profissional do preparatório para 37º
exame da Ordem dos Advogados do Brasil. Sejam todos muito bem-vindos!

Preparei esse roteiro pensando no seu exame e sabendo da importância desses temas para sua prova,
então, valerá a pena o nosso esforço durante essas aulas!

Nosso módulo não dispensa suas anotações pessoais e, principalmente, a leitura e os grifos dos
dispositivos específicos de cada assunto que abordaremos. Utilize, portanto, o seu Vade Mecum (1ª Fase
da OAB e Concursos) e vamos juntos!

Espero que vocês tenham um excelente proveito!

Receba o nosso sincero abraço!

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MATERIAIS PARA IMPRESSÃO

→ Código de Ética e Disciplina (2015)


→ Estatuto da Advocacia e da OAB
→ Regulamento Geral da OAB

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NOVIDADES LEGISLATIVAS

1) LEI 14.365/2022
▪ A Lei 14.365/2022, publicada aos 03 de junho de 2022, reforça, ainda mais, as prerrogativas
profissionais da advocacia, fortalecendo o direito ao justo recebimento dos honorários e
conferindo maior segurança jurídica às sociedades de advogados.
▪ A Lei 14.365/2022 alterou a Lei 8.906/94 (Estatuto da OAB), a Lei 13.105/15 (Código de
Processo Civil), e o Decreto-Lei 3.689/41 (Código de Processo Penal), incluindo disposições
sobre a atividade privativa de advogado, a fiscalização, a competência, as prerrogativas, as
sociedades de advogados, o advogado associado, os honorários advocatícios, os limites de
impedimentos ao exercício da advocacia e a suspensão de prazo no processo penal.

▪ Entre as principais novidades trazidas pelo dispositivo, estão:


I) A ampliação da pena do crime de violação das prerrogativas do advogado, cujos reflexos
práticos estão no aumento do prazo prescricional – de três para oito anos, com base na
pena máximo em abstrato;
II) A restrição da possibilidade de acordos despenalizantes, pois, inviabiliza a transação
penal e o acordo de suspensão condicional do processo;
III) A garantia do pagamento de honorários de acordo, como previsto pelo Código de
Processo Civil;
IV) A vedação à colaboração premiada de advogada e advogado contra seus clientes;
V) A regulamentação da figura do advogado associado;
VI) A ampliação do direito à sustentação oral de advogadas e advogados;
VII) O alargamento da prerrogativa do uso da palavra “pela ordem”, para alcançar também a
esfera administrativa, incluídos os casos das Comissões Parlamentares de Inquérito;
VIII) A garantia de destaque de honorários advocatícios, ponto de extrema relevância e há
tempos levantado pela OAB;
IX) A fixação da competência do Conselho Federal para análise da prestação efetiva do
serviço jurídico realizado pelo advogado;
X) A garantia da presença de representante da OAB e a preservação da cadeia de custódia e
do sigilo do material apreendido, nos casos de quebra da inviolabilidade de que trata o
inciso II, do artigo 7º, do EOAB;

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XI) Foram incluídos ao art. 7º, da EAOAB, os parágrafos 6º-A


ao 6º-I.

▪ A Lei 14.365/2022 altera também o Código de Processo Civil e o Código de Processo Penal,
com mudanças que impactam a advocacia. As inovações mais importantes, nesse sentido, foram:

I) O art. 85, do CPC, foi alterado por essa lei com o acréscimo dos parágrafos 8ª-A e 20.
A preocupação da reforma, neste ponto, diz respeito ao problema relacionado à
possibilidade de fixação equitativa dos honorários advocatícios quando a causa tiver
valor elevado.
- O parágrafo 8º-A, do EAOAB, estabelece que deve ser observado o limite
mínimo de 10% ou os valores recomendados pelo Conselho da OAB.
II) A possibilidade de sustentação oral em recurso interposto contra decisões
monocráticas – a orientação que prevalecia, sobretudo nos tribunais superiores, era
de que não há sustentação oral em julgamento de agravo interno contra decisão
monocrática.
- O parágrafo 2º-B, do EAOAB, que foi adicionado ao artigo 7º, prevê isso
textualmente.
III) A adição no Código de Processo Penal do art. 798-A, no sentido de que se suspende o
curso do prazo prescricional nos dias compreendidos entre os dias 20 de dezembro e
20 de janeiro. Com a reforma, o dispositivo foi incluído no CPP e não há mais dúvida
de que isso se aplica também aos processos penais, salvo exceções previstas no
próprio art. 798-A, como por exemplo, em processos que envolva réu preso.
IV) O art. 7º B, EOAB, que trata da pena por crime de violação de prerrogativa de
advogado. A pena foi aumentada para detenção de 2 a 4 anos. Chama atenção o que foi
vetado, como as regras importantes que estavam no projeto de lei, relacionadas a
busca e apreensão a escritórios de advocacia.

▪ Apesar das conquistas advindas com a Lei, a Ordem dos Advogados do Brasil luta para
derrubar os vetos sobre busca e apreensão, que tiram dessa Lei importantes dispositivos que
coibiam abusos e excessos arbitrários contra os escritórios de advocacia.

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▪ A Lei nº 8.906/1994 (Estatuto da Advocacia), passa a vigorar com as seguintes alterações:

Art. 2º, § 2º-A. No processo administrativo, o advogado contribui com a postulação de decisão
favorável ao seu constituinte, e os seus atos constituem múnus público.
Art. 2º-A. O advogado pode contribuir com o processo legislativo e com a elaboração de
normas jurídicas, no âmbito dos Poderes da República.
Art. 5º, § 4º. As atividades de consultoria e assessoria jurídicas podem ser exercidas de modo
verbal ou por escrito, a critério do advogado e do cliente, e independem de outorga de
mandato ou de formalização por contrato de honorários.
Art. 6º. Parágrafo único. As autoridades e os servidores públicos dos Poderes da República,
os serventuários da Justiça e os membros do Ministério Público devem dispensar ao
advogado, no exercício da profissão, tratamento compatível com a dignidade da advocacia
e condições adequadas a seu desempenho, preservando e resguardando, de ofício, a
imagem, a reputação e a integridade do advogado nos termos desta Lei.
Art. 7º.
X - usar da palavra, pela ordem, em qualquer tribunal judicial ou administrativo, órgão de
deliberação coletiva da administração pública ou comissão parlamentar de inquérito,
mediante intervenção pontual e sumária, para esclarecer equívoco ou dúvida surgida em
relação a fatos, a documentos ou a afirmações que influam na decisão;
§ 2º-B. Poderá o advogado realizar a sustentação oral no recurso interposto contra a
decisão monocrática de relator que julgar o mérito ou não conhecer dos seguintes recursos
ou ações:
I - recurso de apelação;
II - recurso ordinário;
III - recurso especial;
IV - recurso extraordinário;
V - embargos de divergência;
VI - ação rescisória, mandado de segurança, reclamação, habeas corpus e outras ações de
competência originária.
§ 6º-A. A medida judicial cautelar que importe na violação do escritório ou do local de
trabalho do advogado será determinada em hipótese excepcional, desde que exista
fundamento em indício, pelo órgão acusatório. (Promulgação partes vetadas)

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§ 6º-B. É vedada a determinação da medida cautelar


prevista no § 6º-A deste artigo se fundada exclusivamente em elementos produzidos em
declarações do colaborador sem confirmação por outros meios de prova. (Promulgação
partes vetadas)
§ 6º-C. O representante da OAB referido no § 6º deste artigo tem o direito a ser respeitado
pelos agentes responsáveis pelo cumprimento do mandado de busca e apreensão, sob pena
de abuso de autoridade, e o dever de zelar pelo fiel cumprimento do objeto da investigação,
bem como de impedir que documentos, mídias e objetos não relacionados à investigação,
especialmente de outros processos do mesmo cliente ou de outros clientes que não sejam
pertinentes à persecução penal, sejam analisados, fotografados, filmados, retirados ou
apreendidos do escritório de advocacia. (Promulgação partes vetadas)
§ 6º-D. No caso de inviabilidade técnica quanto à segregação da documentação, da mídia
ou dos objetos não relacionados à investigação, em razão da sua natureza ou volume, no
momento da execução da decisão judicial de apreensão ou de retirada do material, a cadeia
de custódia preservará o sigilo do seu conteúdo, assegurada a presença do representante
da OAB, nos termos dos §§ 6º-F e 6º-G deste artigo.
§ 6º-E. Na hipótese de inobservância do § 6º-D deste artigo pelo agente público
responsável pelo cumprimento do mandado de busca e apreensão, o representante da OAB
fará o relatório do fato ocorrido, com a inclusão dos nomes dos servidores, dará
conhecimento à autoridade judiciária e o encaminhará à OAB para a elaboração de notícia-
crime.
§ 6º-F. É garantido o direito de acompanhamento por representante da OAB e pelo
profissional investigado durante a análise dos documentos e dos dispositivos de
armazenamento de informação pertencentes a advogado, apreendidos ou interceptados,
em todos os atos, para assegurar o cumprimento do disposto no inciso II do caput deste
artigo. (Promulgação partes vetadas)
§ 6º-G. A autoridade responsável informará, com antecedência mínima de 24 (vinte e
quatro) horas, à seccional da OAB a data, o horário e o local em que serão analisados os
documentos e os equipamentos apreendidos, garantido o direito de acompanhamento, em
todos os atos, pelo representante da OAB e pelo profissional investigado para assegurar o
disposto no § 6º-C deste artigo. (Promulgação partes vetadas)
§ 6º-H. Em casos de urgência devidamente fundamentada pelo juiz, a análise dos
documentos e dos equipamentos apreendidos poderá acontecer em prazo inferior a 24
(vinte e quatro) horas, garantido o direito de acompanhamento, em todos os atos, pelo
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representante da OAB e pelo profissional investigado para


assegurar o disposto no § 6º-C deste artigo. (Promulgação partes vetadas)
§ 6º-I. É vedado ao advogado efetuar colaboração premiada contra quem seja ou tenha sido
seu cliente, e a inobservância disso importará em processo disciplinar, que poderá
culminar com a aplicação do disposto no inciso III do caput do art. 35 desta Lei, sem
prejuízo das penas previstas no art. 154 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940
(Código Penal).
§ 14. Cabe, privativamente, ao Conselho Federal da OAB, em processo disciplinar próprio,
dispor, analisar e decidir sobre a prestação efetiva do serviço jurídico realizado pelo
advogado.
§ 15. Cabe ao Conselho Federal da OAB dispor, analisar e decidir sobre os honorários
advocatícios dos serviços jurídicos realizados pelo advogado, resguardado o sigilo, nos
termos do Capítulo VI desta Lei, e observado o disposto no inciso XXXV do caput do art. 5º
da Constituição Federal.
§ 16. É nulo, em qualquer esfera de responsabilização, o ato praticado com violação da
competência privativa do Conselho Federal da OAB prevista no § 14 deste artigo.
Art. 7º-B. Pena - detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
Art. 9º.
§ 5º. Em caso de pandemia ou em outras situações excepcionais que impossibilitem as
atividades presenciais, declaradas pelo poder público, o estágio profissional poderá ser
realizado no regime de teletrabalho ou de trabalho a distância em sistema remoto ou não,
por qualquer meio telemático, sem configurar vínculo de emprego a adoção de qualquer
uma dessas modalidades.
§ 6º. Se houver concessão, pela parte contratante ou conveniada, de equipamentos,
sistemas e materiais ou reembolso de despesas de infraestrutura ou instalação, todos
destinados a viabilizar a realização da atividade de estágio prevista no § 5º deste artigo,
essa informação deverá constar, expressamente, do convênio de estágio e do termo de
estágio.
Art. 15.
§ 8º Nas sociedades de advogados, a escolha do sócio-administrador poderá recair sobre
advogado que atue como servidor da administração direta, indireta e fundacional, desde
que não esteja sujeito ao regime de dedicação exclusiva, não lhe sendo aplicável o disposto
no inciso X do caput do art. 117 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, no que se
refere à sociedade de advogados. (Promulgação partes vetadas)
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§ 9º A sociedade de advogados e a sociedade unipessoal de


advocacia deverão recolher seus tributos sobre a parcela da receita que efetivamente lhes
couber, com a exclusão da receita que for transferida a outros advogados ou a sociedades
que atuem em forma de parceria para o atendimento do cliente. (Promulgação partes
vetadas)
§ 10. Cabem ao Conselho Federal da OAB a fiscalização, o acompanhamento e a definição
de parâmetros e de diretrizes da relação jurídica mantida entre advogados e sociedades de
advogados ou entre escritório de advogados sócios e advogado associado, inclusive no que
se refere ao cumprimento dos requisitos norteadores da associação sem vínculo
empregatício autorizada expressamente neste artigo.
§ 11. Não será admitida a averbação do contrato de associação que contenha, em conjunto,
os elementos caracterizadores de relação de emprego previstos na Consolidação das Leis
do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943.
§ 12. A sociedade de advogados e a sociedade unipessoal de advocacia podem ter como
sede, filial ou local de trabalho espaço de uso individual ou compartilhado com outros
escritórios de advocacia ou empresas, desde que respeitadas as hipóteses de sigilo
previstas nesta Lei e no Código de Ética e Disciplina.
Art. 16, § 2º. O impedimento ou a incompatibilidade em caráter temporário do advogado não
o exclui da sociedade de advogados à qual pertença e deve ser averbado no registro da
sociedade, observado o disposto nos arts. 27, 28, 29 e 30 desta Lei e proibida, em qualquer
hipótese, a exploração de seu nome e de sua imagem em favor da sociedade.
Art. 17-A. O advogado poderá associar-se a uma ou mais sociedades de advogados ou
sociedades unipessoais de advocacia, sem que estejam presentes os requisitos legais de
vínculo empregatício, para prestação de serviços e participação nos resultados, na forma
do Regulamento Geral e de Provimentos do Conselho Federal da OAB.
Art. 17-B. A associação de que trata o art. 17-A desta Lei dar-se-á por meio de pactuação de
contrato próprio, que poderá ser de caráter geral ou restringir-se a determinada causa ou
trabalho e que deverá ser registrado no Conselho Seccional da OAB em cuja base territorial
tiver sede a sociedade de advogados que dele tomar parte.
Parágrafo único. No contrato de associação, o advogado sócio ou associado e a sociedade
pactuarão as condições para o desempenho da atividade advocatícia e estipularão
livremente os critérios para a partilha dos resultados dela decorrentes, devendo o contrato
conter, no mínimo:

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I - qualificação das partes, com referência expressa à


inscrição no Conselho Seccional da OAB competente;
II - especificação e delimitação do serviço a ser prestado;
III - forma de repartição dos riscos e das receitas entre as partes, vedada a atribuição da
totalidade dos riscos ou das receitas exclusivamente a uma delas;
IV - responsabilidade pelo fornecimento de condições materiais e pelo custeio das
despesas necessárias à execução dos serviços;
V - prazo de duração do contrato.
Art. 18.
§ 2º. As atividades do advogado empregado poderão ser realizadas, a critério do
empregador, em qualquer um dos seguintes regimes:
I - exclusivamente presencial: modalidade na qual o advogado empregado, desde o início
da contratação, realizará o trabalho nas dependências ou locais indicados pelo
empregador;
II - não presencial, teletrabalho ou trabalho a distância: modalidade na qual, desde o início
da contratação, o trabalho será preponderantemente realizado fora das dependências do
empregador, observado que o comparecimento nas dependências de forma não
permanente, variável ou para participação em reuniões ou em eventos presenciais não
descaracterizará o regime não presencial;
III - misto: modalidade na qual as atividades do advogado poderão ser presenciais, no
estabelecimento do contratante ou onde este indicar, ou não presenciais, conforme as
condições definidas pelo empregador em seu regulamento empresarial,
independentemente de preponderância ou não.
§ 3º Na vigência da relação de emprego, as partes poderão pactuar, por acordo individual
simples, a alteração de um regime para outro.
Art. 20. A jornada de trabalho do advogado empregado, quando prestar serviço para
empresas, não poderá exceder a duração diária de 8 (oito) horas contínuas e a de 40
(quarenta) horas semanais.
Art. 22.
§ 2º Na falta de estipulação ou de acordo, os honorários são fixados por arbitramento
judicial, em remuneração compatível com o trabalho e o valor econômico da questão,
observado obrigatoriamente o disposto nos §§ 2º, 3º, 4º, 5º, 6º, 6º-A, 8º, 8º-A, 9º e 10 do
art. 85 da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil).

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§ 8º Consideram-se também honorários convencionados


aqueles decorrentes da indicação de cliente entre advogados ou sociedade de advogados,
aplicada a regra prevista no § 9º do art. 15 desta Lei.
Art. 22-A. Fica permitida a dedução de honorários advocatícios contratuais dos valores
acrescidos, a título de juros de mora, ao montante repassado aos Estados e aos Municípios
na forma de precatórios, como complementação de fundos constitucionais.
Parágrafo único. A dedução a que se refere o caput deste artigo não será permitida aos
advogados nas causas que decorram da execução de título judicial constituído em ação civil
pública ajuizada pelo Ministério Público Federal. (Promulgação partes vetadas)
Art. 24.
§ 3º-A. Nos casos judiciais e administrativos, as disposições, as cláusulas, os regulamentos
ou as convenções individuais ou coletivas que retirem do sócio o direito ao recebimento
dos honorários de sucumbência serão válidos somente após o protocolo de petição que
revogue os poderes que lhe foram outorgados ou que noticie a renúncia a eles, e os
honorários serão devidos proporcionalmente ao trabalho realizado nos processos.
§ 5º Salvo renúncia expressa do advogado aos honorários pactuados na hipótese de
encerramento da relação contratual com o cliente, o advogado mantém o direito aos
honorários proporcionais ao trabalho realizado nos processos judiciais e administrativos
em que tenha atuado, nos exatos termos do contrato celebrado, inclusive em relação aos
eventos de sucesso que porventura venham a ocorrer após o encerramento da relação
contratual.
§ 6º O distrato e a rescisão do contrato de prestação de serviços advocatícios, mesmo que
formalmente celebrados, não configuram renúncia expressa aos honorários pactuados.
§ 7º Na ausência do contrato referido no § 6º deste artigo, os honorários advocatícios serão
arbitrados conforme o disposto no art. 22 desta Lei.
Art. 24-A. No caso de bloqueio universal do patrimônio do cliente por decisão judicial,
garantir-se-á ao advogado a liberação de até 20% (vinte por cento) dos bens bloqueados
para fins de recebimento de honorários e reembolso de gastos com a defesa, ressalvadas
as causas relacionadas aos crimes previstos na Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 (Lei
de Drogas), e observado o disposto no parágrafo único do art. 243 da Constituição Federal.
§ 1º O pedido de desbloqueio de bens será feito em autos apartados, que permanecerão
em sigilo, mediante a apresentação do respectivo contrato.
§ 2º O desbloqueio de bens observará, preferencialmente, a ordem estabelecida no art. 835
da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil).
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§ 3º Quando se tratar de dinheiro em espécie, de depósito


ou de aplicação em instituição financeira, os valores serão transferidos diretamente para a
conta do advogado ou do escritório de advocacia responsável pela defesa.
§ 4º Nos demais casos, o advogado poderá optar pela adjudicação do próprio bem ou por
sua venda em hasta pública para satisfação dos honorários devidos, nos termos do art. 879
e seguintes da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil).
§ 5º O valor excedente deverá ser depositado em conta vinculada ao processo judicial.”
Art. 26. Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo não se aplica na hipótese de o
advogado substabelecido, com reservas de poderes, possuir contrato celebrado com o
cliente.
Art. 28.
§ 3º As causas de incompatibilidade previstas nas hipóteses dos incisos V e VI do caput
deste artigo não se aplicam ao exercício da advocacia em causa própria, estritamente para
fins de defesa e tutela de direitos pessoais, desde que mediante inscrição especial na OAB,
vedada a participação em sociedade de advogados.
§ 4º A inscrição especial a que se refere o § 3º deste artigo deverá constar do documento
profissional de registro na OAB e não isenta o profissional do pagamento da contribuição
anual, de multas e de preços de serviços devidos à OAB, na forma por ela estabelecida,
vedada cobrança em valor superior ao exigido para os demais membros inscritos.
Art. 51, § 3º. O Instituto dos Advogados Brasileiros e a Federação Nacional dos Institutos dos
Advogados do Brasil são membros honorários, somente com direito a voz nas sessões do
Conselho Federal. (Promulgação partes vetadas)
Art. 54.
XIX - fiscalizar, acompanhar e definir parâmetros e diretrizes da relação jurídica mantida
entre advogados e sociedades de advogados ou entre escritório de advogados sócios e
advogado associado, inclusive no que se refere ao cumprimento dos requisitos norteadores
da associação sem vínculo empregatício;
XX - promover, por intermédio da Câmara de Mediação e Arbitragem, a solução sobre
questões atinentes à relação entre advogados sócios ou associados e homologar, caso
necessário, quitações de honorários entre advogados e sociedades de advogados,
observado o disposto no inciso XXXV do caput do art. 5º da Constituição Federal.
Art. 58.
XVII - fiscalizar, por designação expressa do Conselho Federal da OAB, a relação jurídica
mantida entre advogados e sociedades de advogados e o advogado associado em atividade
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na circunscrição territorial de cada seccional, inclusive no


que se refere ao cumprimento dos requisitos norteadores da associação sem vínculo
empregatício;
XVIII - promover, por intermédio da Câmara de Mediação e Arbitragem, por designação do
Conselho Federal da OAB, a solução sobre questões atinentes à relação entre advogados
sócios ou associados e os escritórios de advocacia sediados na base da seccional e
homologar, caso necessário, quitações de honorários entre advogados e sociedades de
advogados, observado o disposto no inciso XXXV do caput do art. 5º da Constituição
Federal.
Art. 69, § 1º. Nos casos de comunicação por ofício reservado ou de notificação pessoal,
considera-se dia do começo do prazo o primeiro dia útil imediato ao da juntada aos autos
do respectivo aviso de recebimento.
Art. 85. O Instituto dos Advogados Brasileiros, a Federação Nacional dos Institutos dos
Advogados do Brasil e as instituições a eles filiadas têm qualidade para promover perante
a OAB o que julgarem do interesse dos advogados em geral ou de qualquer de seus
membros.

▪ A Lei nº 13.105/2015 (Código de Processo Civil), passa a vigorar com as seguintes alterações:

Art. 85.
§ 6º-A. Quando o valor da condenação ou do proveito econômico obtido ou o valor
atualizado da causa for líquido ou liquidável, para fins de fixação dos honorários
advocatícios, nos termos dos §§ 2º e 3º, é proibida a apreciação equitativa, salvo nas
hipóteses expressamente previstas no § 8º deste artigo.
§ 8º-A. Na hipótese do § 8º deste artigo, para fins de fixação equitativa de honorários
sucumbenciais, o juiz deverá observar os valores recomendados pelo Conselho Seccional
da Ordem dos Advogados do Brasil a título de honorários advocatícios ou o limite mínimo
de 10% (dez por cento) estabelecido no § 2º deste artigo, aplicando-se o que for maior.
§ 20. O disposto nos §§ 2º, 3º, 4º, 5º, 6º, 6º-A, 8º, 8º-A, 9º e 10 deste artigo aplica-se aos
honorários fixados por arbitramento judicial.” (NR)

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▪ O Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo Penal), passa a


vigorar acrescido do art. 798-A, que dispõe:

Art. 798-A. Suspende-se o curso do prazo processual nos dias compreendidos entre 20 de
dezembro e 20 de janeiro, inclusive, salvo nos seguintes casos:
I - que envolvam réus presos, nos processos vinculados a essas prisões;
II - nos procedimentos regidos pela Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da
Penha);
III - nas medidas consideradas urgentes, mediante despacho fundamentado do juízo
competente.
Parágrafo único. Durante o período a que se refere o caput deste artigo, fica
vedada a realização de audiências e de sessões de julgamento, salvo nas hipóteses
dos incisos I, II e III do caput deste artigo.”

▪ Com isso, vejamos dez principais conquistas da advocacia com a Lei 14.365/2022:
1) São atividades de advogadas e advogados a atuação em processo administrativo e em
processo legislativo e na produção de normas;
2) O trabalho da advocacia pode ser prestado de forma verbal ou por escrito, independente de
mandato ou formalização de contrato;
3) A nova lei veda a colaboração premiada de advogada e advogado contra seus clientes;
4) A nova lei assegura a competência exclusiva da OAB para fiscalizar o efetivo exercício
profissional e o recebimento de honorários;
5) O texto amplia a pena do crime de violação das prerrogativas do advogado para de 2 a 4 anos
de detenção;
6) Regulamenta a figura do advogado associado, assegurando a autonomia contratual interna
dos escritórios de advocacia;
7) Assegura o pagamento de honorários de acordo com o previsto pelo Código de Processo Civil,
nos termos da decisão recente da Corte Especial do STJ;
8) Amplia o direito à sustentação oral de advogadas e advogados;
9) Garantia de destaque de honorários dos advogados;
10) Prevê as férias dos advogados na área penal, suspendendo os prazos processuais penais
entre 20 de dezembro e 20 de janeiro.

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2) DECISÕES

▪ O STF decidiu que não existe mais a sanção (suspensão do advogado) por inadimplência.
o Caso não pague, poderá ser executado, mas não poderá mais ser suspenso.
▪ O STF decidiu que o defensor público está dispensado de ter inscrição na Ordem dos Advogados
do Brasil (OAB).
o A inscrição é facultativa.
o Posição criticada, já que dificulta a fiscalização.

3) MUDANÇA LEGISLATIVA

▪ Art. 3-A, EAOAB. Os serviços profissionais de advogado são, por sua natureza, técnicos e
singulares, quando comprovada sua notória especialização, nos termos da lei. (Incluído pela Lei
nº 14.039, de 2020)

Parágrafo único. Considera-se notória especialização o profissional ou a sociedade de


advogados cujo conceito no campo de sua especialidade, decorrente de desempenho
anterior, estudos, experiências, publicações, organização, aparelhamento, equipe
técnica ou de outros requisitos relacionados com suas atividades, permita inferir que
o seu trabalho é essencial e indiscutivelmente o mais adequado à plena satisfação do
objeto do contrato.

▪ Crime de violação de prerrogativas profissionais (prerrogativas previstas no art. 7, II, III, IV


e V, e no § 12, EAOAB). A lei de abuso de autoridade trouxe a criminalização prevista no art. 7-B,
EAOAB.
▪ Em razão da Lei 14.365/2022, ampliou-se a pena do crime de violação das prerrogativas do
advogado para de 2 a 4 anos de detenção.
o Bem como, foram vetados vários incisos do art. 7º, da Lei 8.906.
▪ O advogado fica preso provisoriamente em sala de estado maior.
o Caso o estado não tenha uma, ele irá para prisão domiciliar.
o Cela especial não é sala de estado maior.
o A sala de estado maior é antes da condenação, em caráter provisório. Após condenação,
o cumprimento de pena não será em sala de estado maior.

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o A definição e reconhecimento da sala de estado maior


cabe à administração pública, e não a OAB.
o A prerrogativa de ficar em sala de estado maior será garantida ao advogado que for preso
durante o exercício da advocacia ou preso num ato pessoal da sua vida.
▪ O membro da comissão da OAB somente tem que estar presente para acompanhar, se o
advogado preso estivesse exercendo ato de advocacia (no exercício da profissão).
▪ O advogado preso num ato pessoal da sua vida terá sua prisão comunicada à comissão da
OAB.
▪ A OAB é competente para medida de desagravo, efetivada na defesa do advogado que tenha
sido ofendido no exercício da profissão ou em razão dela. É um instrumento de defesa dos
direitos e das prerrogativas da advocacia, previsto no inciso XVII, do artigo 7, do EAOAB.
▪ O advogado tem direito de estar presente em perícia médica para confortar o paciente/cliente.

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PRERROGATIVAS DO ADVOGADO (ART. 7, EAOAB)

ESTATUTO DA OAB
Art. 7º São direitos do advogado:
I - exercer, com liberdade, a profissão em todo o território nacional;
II – a inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, bem como de seus instrumentos de
trabalho, de sua correspondência escrita, eletrônica, telefônica e telemática, desde que relativas
ao exercício da advocacia; (Redação dada pela Lei nº 11.767, de 2008)
III - comunicar-se com seus clientes, pessoal e reservadamente, mesmo sem procuração, quando
estes se acharem presos, detidos ou recolhidos em estabelecimentos civis ou militares, ainda que
considerados incomunicáveis;
IV - ter a presença de representante da OAB, quando preso em flagrante, por motivo ligado ao
exercício da advocacia, para lavratura do auto respectivo, sob pena de nulidade e, nos demais
casos, a comunicação expressa à seccional da OAB;
V - não ser recolhido preso, antes de sentença transitada em julgado, senão em sala de Estado
Maior, com instalações e comodidades condignas, assim reconhecidas pela OAB, e, na sua falta,
em prisão domiciliar; (Vide ADIN 1.127-8)
VI - ingressar livremente:
a) nas salas de sessões dos tribunais, mesmo além dos cancelos que separam a
parte reservada aos magistrados;
b) nas salas e dependências de audiências, secretarias, cartórios, ofícios de justiça,
serviços notariais e de registro, e, no caso de delegacias e prisões, mesmo fora da
hora de expediente e independentemente da presença de seus titulares;
c) em qualquer edifício ou recinto em que funcione repartição judicial ou outro
serviço público onde o advogado deva praticar ato ou colher prova ou informação
útil ao exercício da atividade profissional, dentro do expediente ou fora dele, e ser
atendido, desde que se ache presente qualquer servidor ou empregado;
d) em qualquer assembléia ou reunião de que participe ou possa participar o seu
cliente, ou perante a qual este deva comparecer, desde que munido de poderes
especiais;
VII - permanecer sentado ou em pé e retirar-se de quaisquer locais indicados no inciso anterior,
independentemente de licença;

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VIII - dirigir-se diretamente aos magistrados nas salas e


gabinetes de trabalho, independentemente de horário previamente marcado ou outra condição,
observando-se a ordem de chegada;
IX-A - (VETADO); (Incluído pela Lei nº 14.365, de 2022)
X - usar da palavra, pela ordem, em qualquer tribunal judicial ou administrativo, órgão de
deliberação coletiva da administração pública ou comissão parlamentar de inquérito, mediante
intervenção pontual e sumária, para esclarecer equívoco ou dúvida surgida em relação a fatos, a
documentos ou a afirmações que influam na decisão; (Redação dada pela Lei nº 14.365, de
2022)
XI - reclamar, verbalmente ou por escrito, perante qualquer juízo, tribunal ou autoridade, contra
a inobservância de preceito de lei, regulamento ou regimento;
XII - falar, sentado ou em pé, em juízo, tribunal ou órgão de deliberação coletiva da
Administração Pública ou do Poder Legislativo;
XIII - examinar, em qualquer órgão dos Poderes Judiciário e Legislativo, ou da Administração
Pública em geral, autos de processos findos ou em andamento, mesmo sem procuração, quando
não estiverem sujeitos a sigilo ou segredo de justiça, assegurada a obtenção de cópias, com
possibilidade de tomar apontamentos; (Redação dada pela Lei nº 13.793, de 2019)
XIV - examinar, em qualquer instituição responsável por conduzir investigação, mesmo sem
procuração, autos de flagrante e de investigações de qualquer natureza, findos ou em
andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar apontamentos, em
meio físico ou digital; (Redação dada pela Lei nº 13.245, de 2016)
XV - ter vista dos processos judiciais ou administrativos de qualquer natureza, em cartório ou na
repartição competente, ou retirá-los pelos prazos legais;
XVI - retirar autos de processos findos, mesmo sem procuração, pelo prazo de dez dias;
XVII - ser publicamente desagravado, quando ofendido no exercício da profissão ou em razão
dela;
XVIII - usar os símbolos privativos da profissão de advogado;
XIX - recusar-se a depor como testemunha em processo no qual funcionou ou deva funcionar, ou
sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou foi advogado, mesmo quando autorizado ou
solicitado pelo constituinte, bem como sobre fato que constitua sigilo profissional;
XX - retirar-se do recinto onde se encontre aguardando pregão para ato judicial, após trinta
minutos do horário designado e ao qual ainda não tenha comparecido a autoridade que deva
presidir a ele, mediante comunicação protocolizada em juízo.

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XXI - assistir a seus clientes investigados durante a apuração de


infrações, sob pena de nulidade absoluta do respectivo interrogatório ou depoimento e,
subsequentemente, de todos os elementos investigatórios e probatórios dele decorrentes ou
derivados, direta ou indiretamente, podendo, inclusive, no curso da respectiva apuração:
(Incluído pela Lei nº 13.245, de 2016)
a) apresentar razões e quesitos; (Incluído pela Lei nº 13.245, de 2016)
b) (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.245, de 2016)
§ 1º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.365, de 2022)
§ 2º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.365, de 2022)
§ 2º-A. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 14.365, de 2022)
§ 2º-B. Poderá o advogado realizar a sustentação oral no recurso interposto contra a
decisão monocrática de relator que julgar o mérito ou não conhecer dos seguintes
recursos ou ações: (Incluído pela Lei nº 14.365, de 2022)
I - recurso de apelação; (Incluído pela Lei nº 14.365, de 2022)
II - recurso ordinário; (Incluído pela Lei nº 14.365, de 2022)
III - recurso especial; (Incluído pela Lei nº 14.365, de 2022)
IV - recurso extraordinário; (Incluído pela Lei nº 14.365, de 2022)
V - embargos de divergência; (Incluído pela Lei nº 14.365, de 2022)
VI - ação rescisória, mandado de segurança, reclamação, habeas corpus e outras ações de
competência originária. (Incluído pela Lei nº 14.365, de 2022)
§ 3º O advogado somente poderá ser preso em flagrante, por motivo de exercício da
profissão, em caso de crime inafiançável, observado o disposto no inciso IV deste artigo.
§ 4º O Poder Judiciário e o Poder Executivo devem instalar, em todos os juizados, fóruns,
tribunais, delegacias de polícia e presídios, salas especiais permanentes para os
advogados, com uso e controle assegurados à OAB. (Vide ADIN 1.127-8)
§ 5º No caso de ofensa a inscrito na OAB, no exercício da profissão ou de cargo ou função
de órgão da OAB, o conselho competente deve promover o desagravo público do ofendido,
sem prejuízo da responsabilidade criminal em que incorrer o infrator.
§ 6o Presentes indícios de autoria e materialidade da prática de crime por parte de
advogado, a autoridade judiciária competente poderá decretar a quebra da
inviolabilidade de que trata o inciso II do caput deste artigo, em decisão motivada,
expedindo mandado de busca e apreensão, específico e pormenorizado, a ser cumprido
na presença de representante da OAB, sendo, em qualquer hipótese, vedada a utilização
dos documentos, das mídias e dos objetos pertencentes a clientes do advogado
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averiguado, bem como dos demais instrumentos de


trabalho que contenham informações sobre clientes. (Incluído pela Lei nº 11.767,
de 2008)
§ 6º-A. A medida judicial cautelar que importe na violação do escritório ou do local de
trabalho do advogado será determinada em hipótese excepcional, desde que exista
fundamento em indício, pelo órgão acusatório. (Promulgação partes vetadas)
(Incluído pela Lei nº 14.365, de 2022)
§ 6º-B. É vedada a determinação da medida cautelar prevista no § 6º-A deste artigo se
fundada exclusivamente em elementos produzidos em declarações do colaborador sem
confirmação por outros meios de prova. (Promulgação partes vetadas) (Incluído
pela Lei nº 14.365, de 2022)
§ 6º-C. O representante da OAB referido no § 6º deste artigo tem o direito a ser respeitado
pelos agentes responsáveis pelo cumprimento do mandado de busca e apreensão, sob
pena de abuso de autoridade, e o dever de zelar pelo fiel cumprimento do objeto da
investigação, bem como de impedir que documentos, mídias e objetos não relacionados à
investigação, especialmente de outros processos do mesmo cliente ou de outros clientes
que não sejam pertinentes à persecução penal, sejam analisados, fotografados, filmados,
retirados ou apreendidos do escritório de advocacia. (Promulgação partes vetadas)
(Incluído pela Lei nº 14.365, de 2022)
§ 6º-D. No caso de inviabilidade técnica quanto à segregação da documentação, da mídia
ou dos objetos não relacionados à investigação, em razão da sua natureza ou volume, no
momento da execução da decisão judicial de apreensão ou de retirada do material, a
cadeia de custódia preservará o sigilo do seu conteúdo, assegurada a presença do
representante da OAB, nos termos dos §§ 6º-F e 6º-G deste artigo. (Incluído pela Lei nº
14.365, de 2022)
§ 6º-E. Na hipótese de inobservância do § 6º-D deste artigo pelo agente público
responsável pelo cumprimento do mandado de busca e apreensão, o representante da
OAB fará o relatório do fato ocorrido, com a inclusão dos nomes dos servidores, dará
conhecimento à autoridade judiciária e o encaminhará à OAB para a elaboração de
notícia-crime. (Incluído pela Lei nº 14.365, de 2022)
§ 6º-F. É garantido o direito de acompanhamento por representante da OAB e pelo
profissional investigado durante a análise dos documentos e dos dispositivos de
armazenamento de informação pertencentes a advogado, apreendidos ou interceptados,

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em todos os atos, para assegurar o cumprimento do


disposto no inciso II do caput deste artigo. (Promulgação partes vetadas). (Incluído
pela Lei nº 14.365, de 2022)
§ 6º-G. A autoridade responsável informará, com antecedência mínima de 24 (vinte e
quatro) horas, à seccional da OAB a data, o horário e o local em que serão analisados os
documentos e os equipamentos apreendidos, garantido o direito de acompanhamento,
em todos os atos, pelo representante da OAB e pelo profissional investigado para
assegurar o disposto no § 6º-C deste artigo. (Promulgação partes vetadas) (Incluído
pela Lei nº 14.365, de 2022)
§ 6º-H. Em casos de urgência devidamente fundamentada pelo juiz, a análise dos
documentos e dos equipamentos apreendidos poderá acontecer em prazo inferior a 24
(vinte e quatro) horas, garantido o direito de acompanhamento, em todos os atos, pelo
representante da OAB e pelo profissional investigado para assegurar o disposto no § 6º-
C deste artigo. (Promulgação partes vetadas) (Incluído pela Lei nº 14.365, de 2022)
§ 6º-I. É vedado ao advogado efetuar colaboração premiada contra quem seja ou tenha
sido seu cliente, e a inobservância disso importará em processo disciplinar, que poderá
culminar com a aplicação do disposto no inciso III do caput do art. 35 desta Lei, sem
prejuízo das penas previstas no art. 154 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de
1940 (Código Penal). (Incluído pela Lei nº 14.365, de 2022)§ 13. O disposto nos incisos
XIII e XIV do caput deste artigo aplica-se integralmente a processos e a procedimentos
eletrônicos, ressalvado o disposto nos §§ 10 e 11 deste artigo.

▪ O art. 7º-B, da EAOAB, dispõe que constitui crime violar direito ou prerrogativa de advogado
previstos nos incisos II, III, IV e V, caput do art. 7º, desta Lei, com pena de detenção, de 2 (dois) a
4 (quatro) anos, e multa. NOVIDADE!!

Observações:
→ Da violação de prerrogativas, será cabível o desagravo.
→ Requisitos para a busca e apreensão no escritório de advocacia:
a) O advogado tem que estar sendo investigado o no polo
passivo da ação criminal;
b) Acorrer membro da OAB;
c) Tem que ser pormenorizada;

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d) Tem que ser justificado;


e) Os outros documentos permanecem invioláveis.

 Se a OAB não for notificada da busca e apreensão ela é


nula.
 Tem que ser delimitado o objeto, constando no
mandado.

1) DESAGRAVO
▪ Ocorre quando o advogado é ofendido por motivo relacionado ao exercício profissional.
▪ É uma maneira de tornar pública a solidariedade da classe ao colega ofendido, mediante ato da
OAB.
▪ Tem que ser no calor dos fatos.
▪ Não depende da anuência do ofendido.
▪ Prazo para o Desagravo: 60 dias para analisar e 30 dias para realizar.

2) PRERROGATIVAS DA ADVOGADA (ART. 7º-A, EAOAB)

Estatuto da OAB
Art. 7-A. São direitos da advogada: (Incluído pela Lei nº 13.363, de 2016)
I - gestante:
a) entrada em tribunais sem ser submetida a detectores de metais e
aparelhos de raios X;
b) reserva de vaga em garagens dos fóruns dos tribunais;
II - lactante, adotante ou que der à luz, acesso a creche, onde houver, ou a local
adequado ao atendimento das necessidades do bebê;
III - gestante, lactante, adotante ou que der à luz, preferência na ordem das
sustentações orais e das audiências a serem realizadas a cada dia, mediante
comprovação de sua condição;
IV - adotante ou que der à luz, suspensão de prazos processuais quando for a única
patrona da causa, desde que haja notificação por escrito ao cliente.
§ 1. Os direitos previstos à advogada gestante ou lactante aplicam-se enquanto perdurar,
respectivamente, o estado gravídico ou o período de amamentação.

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§ 2. Os direitos assegurados nos incisos II e III deste


artigo à advogada adotante ou que der à luz serão concedidos pelo prazo previsto no art.
392 do Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943 (Consolidação das Leis do Trabalho).
§ 3. O direito assegurado no inciso IV deste artigo à advogada adotante ou que der à luz
será concedido pelo prazo previsto no § 6o do art. 313 da Lei no 13.105, de 16 de março
de 2015 (Código de Processo Civil).

DIREITOS

Gestante Mãe Lactante


 Direito à vaga de
 Creche ou fraldário local para as
estacionamento;  Prioridade de
necessidades do bebê;
 Não se submete aos pauta, pelo
 Suspensão do prazo processual por 30 dias,
detectores de metais e prazo de 120
se for a única advogada nos autos;
aparelhos de raio-x; dias.
 Prioridade de pauta, pelo prazo de 120 dias.
 Prioridade de pauta.

Gestante Adotante Lactante

Entrada sem detectores de metais


SIM NÃO NÃO
ou aparelhos de raio x

Reserva de vaga SIM NÃO NÃO

Preferências na ordem de
sustentação oral e audiências do SIM SIM SIM
dia

Acesso a creche e local adequado NÃO SIM SIM

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ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL (OAB)


▪ É um serviço público “sui generis”, ou seja, órgão único, pois, é um órgão de fiscalização a fim de
garantir direitos próprios.
▪ Nos moldes do art. 44, do EAOAB, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), serviço público, dotada
de personalidade jurídica e forma federativa, tem por finalidade:
I) defender a Constituição, a ordem jurídica do Estado democrático de direito, os direitos
humanos, a justiça social, e pugnar pela boa aplicação das leis, pela rápida administração
da justiça e pelo aperfeiçoamento da cultura e das instituições jurídicas;
II) promover, com exclusividade, a representação, a defesa, a seleção e a disciplina dos
advogados em toda a República Federativa do Brasil.
▪ Sua sigla é de uso exclusivo da entidade.
▪ Não possui vinculo funcional ou hierárquico com nenhum órgão da administração pública.
▪ Possui autonomia administrativa e financeira, por ser uma autarquia sui generis.
▪ Seus atos conclusivos são publicados no Diário Eletrônico da OAB.
▪ A OAB possui imunidade tributária total em seus bens e serviços (não paga impostos).
▪ O membro da OAB não ganha remuneração, mas ganha certa projeção profissional. Os membros da
Comissão exercem suas funções sem qualquer forma de remuneração, sendo considerado um
trabalho de relevante interesse público.
▪ Em razão da Lei 14.365/2022, é assegurada a competência exclusiva da OAB para fiscalizar o
efetivo exercício profissional e o recebimento de honorários.

Observação:
→ A OAB não é fiscalizada por qualquer Órgão ou Entidade Pública, tendo
seu próprio sistema de fiscalização interna (3ª Câmara do Conselho
Federal).
→ A OAB participa da realização dos concursos públicos.
o Quando o Concurso abarcar mais de um estado, a participação
compete ao Conselho Federal.
o Quando o Concurso abranger apenas um estado, a participação
compete a Seccional.

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1) FINALIDADE DA OAB
a) Defender a CRFB, a ordem jurídica do Estado Democrático de Direito, os direitos humanos, a
justiça social, sempre lutando pela boa aplicação das leis;
b) Promover com exclusividade a representação, a defesa, a seleção e a disciplina dos advogados em
todo o Brasil;
c) Defender a justiça social;
d) Defender os direitos humanos;
e) Defender a rápida aplicação da justiça;
f) Prover o aprimoramento da cultura e das instituições jurídicas.

Observações:
→ A OAB não é apenas um órgão de fiscalização.
→ Advogado que se torna presidente (subseção, seccional, federal), terá direito a
prerrogativas, como:
I. Legitimidade para fazer valer o estatuto, código de ética e o
regulamento geral;
o A legitimidade é delegável para um advogado de sua
escolha e/ou confiança.
II. Legitimidade para designar um assistente da OAB, em regra, da
comissão de prerrogativas, para acompanhar inquéritos ou
processos em que o investigado seja o advogado que estava em
exercício da sua função, por ser processo de interesse da OAB;
III. Legitimidade para requisitar cópias de processos de interesse da
OAB, desde que assuma o custo da cópia, justifique a requisição
de interesse da OAB e, caso seja sigiloso, mediante procuração do
advogado que responde.

2) ÓRGÃOS DA OAB (ART. 54 E SS., DO EAOAB)


2.1. CONSELHO FEDERAL
 É o órgão do Supremo da OAB, localizado em Brasília.
 É onde exaure o caminho administrativo > onde se “transita em julgado”.
 Edita e/ou altera o Código de Ética, o Regulamente Geral e o Provimento.

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 Composto por três conselheiros federais por Estado (três


conselheiros e três suplentes = delegação) > não ganham remuneração.
 A delegação não vota assunto do seu interesse direto, bem como, profere somente um voto >
um voto por delegação (três conselheiros).
 O presidente tem o voto de minerva.
 Os ex-presidentes também irão compor o Conselho Federal, com caráter de membros
vitalícios, tendo somente direito a voz.
 Só terão direito a voz e voto aqueles que estejam investidos no cargo.
 Em caso de abertura de curso de direito, o Conselho Federal vai opinar, ficando a cargo do
MEC a decisão final, tendo em vista que o parecer é apenas opinativo.
 É de atribuição do Conselho Federal as ações que discutem a Constituição Federal > Ação
Direta de Inconstitucionalidade, Ação Civil Pública, Mandado de Segurança Coletivo, Mandado
de Injunção Coletivo.

2.1.1. Composição do Conselho Federal:


 O Conselho Federal da OAB é composto por 3(três) Conselheiros Federais por
Seccional.
 A Diretoria do Conselho Federal da OAB é composta por:
Presidente
Vice-Presidente
Secretário Geral
Secretário Geral Adjunto
Tesoureiro

Observação: O Presidente do Conselho Federal é o único da


diretoria que não precisa ser Conselheiro Federal Seccional,
devendo ser apenas Advogado.

2.2. CONSELHO SECCIONAL – $$$$$


 É o Conselho Seccional que edita o seu Regimento Interno.
 A ação discutindo a constituição estadual é de competência do Conselho Seccional, e cada
Estado tem a sua Seccional.

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 O art. 105, do Regulamento Geral, estende a competência para


o mandado de segurança coletiva e a ação civil pública para a Seccional.
 Tudo relacionado a dinheiro ($) fica sob responsabilidade da Seccional > é ela que fixa a tabela
de honorários, assim como as anuidades.
 A Inscrição é de competência da Seccional, seja do Advogado pessoa física ou do Escritório de
Advocacia pessoa Jurídica.
 É a Seccional que cria o TED (Tribunal de Ética e Disciplina da OAB).
 É a Seccional que cria as Subseções.
 É de competência do Conselho Seccional as Ações que discutem a Constituição Estadual,
cuidar com o art. 105 do Regulamento Geral da Advocacia e da OAB, que amplia a atribuição
das Seccionais para Ação Civil Pública e Mandado de Segurança coletivo (que são ações de
atribuição do Estatuto do Conselho Federal da OAB.

2.3. SUBSEÇÃO
 É uma área autônoma que não possui personalidade jurídica própria, podendo compreender
um ou mais municípios, ou até mesmo um bairro de uma cidade.
 Criada por meio de Resolução, autorizada pela Seccional.
 É requisito ter no mínimo 15 advogados para sua criação.
 Se a Subseção possuir mais de cem advogados, vai ser criado o Conselho da Subseção.
 A Subseção é responsável por colher os documentos de inscrição dos Advogados e Escritórios
de Advocacia e enviá-los para a Seccional.

2.4. CAIXA DE ASSISTÊNCIA DOS ADVOGADOS


 Serve para prestar assistência aos inscritos.
 Metade do dinheiro da seccional vai para a caixa de assistência aos advogados > 50%
(cinquenta por cento) do $$$$$.
 Cada seccional tem sua caixa de assistência.
 Para sua criação deve ter no mínimo 1.500 (mil e quinhentos) advogados.
 Caso a caixa de assistência aos advogados seja extinta, o dinheiro dela retorna para a
seccional.
 Divisão do dinheiro da seccional (anuidade dos advogados):
10% - Conselho Federal;
3% - Fundo Cultural;
2% - Fundo de investimento e desenvolvimento da cidadania (FIDA)
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ADVOCACIA PRO BONO

▪ A advocacia pro bono é a advocacia gratuita, para quem não pode pagar.
▪ Permitido em favor das pessoas físicas e para as pessoas jurídicas (ONG’s e associações sem fins
lucrativos).
▪ Não é permitida para fins político-eleitorais.
▪ Não pode ser realizada como meio de angariar clientes.
▪ Os honorários de sucumbência caracterizam uma verba disponível, ou seja, poderão ser
direcionadas para o advogado, para a parte ou para ambos.
▪ Não há limite para advocacia pro bono.

Observação:
→ Quem tem cargo na OAB não pode firmar contrato oneroso com a própria
OAB.

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QUINTO CONSTITUCIONAL

▪ É o instituto pelo qual o advogado se torna desembargador, sem que precise passar pela
magistratura.
▪ 2/3 dos tribunais são compostos por Desembargadores advindos do quinto constitucional.

REQUISITOS:
I) 10 anos de efetivo exercício profissional – comprovação com 5 ações novas por ano durante
esses 10 anos;
II) Notório saber jurídico – presumido;
III) Reputação ilibada – não ter condenação ético ou criminal.

Observações:
→ Não pode estar em um cargo eleito da OAB (e se foi eleito não pode sair
no meio da gestão, tem que esperar acabar para se candidatar).
→ A OAB faz a lista sêxtupla.
→ O tribunal transforma a lista sêxtupla em lista tríplice;
→ O chefe do Poder Executivo (Governador) escolhe entre a lista tríplice
quem será o Desembargador.
→ Prazo impróprio de 20 dias para a escolha (Constituições Estaduais).
→ Se a vaga do Quinto Constitucional for para um Tribunal Interestadual
(que seja composto por mais de uma Seccional), a realização da lista
sêxtupla ficará a cargo do Conselho Federal. O Tribunal escolhe a lista
tríplice e o Presidente da República escolhe, dentre os 3(três) da lista, o
Desembargador.

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ELEIÇÕES DA OAB

▪ A gestão é de três anos.


▪ O voto é obrigatório a todos os advogados.
▪ Se o advogado não votar e nem justificar os motivos que o impediram de votar, será multado em
20% do valor da anuidade.
▪ Acontece na segunda quinzena do mês de novembro.
▪ Os cargos não são remunerados, são cargos honoríficos.

Observações:
→ O voto não é obrigatório para aqueles que possuem 50 anos de
exercício profissional.
→ Caso o advogado que componha a gestão da OAB tenha três faltas
consecutivas e sem justificativa, será excluído do cargo que possui.

1) REQUISITOS PARA SER CANDIDATO NAS ELEIÇÕES DA OAB


a) Três anos de efetiva inscrição;
b) Estar em dia com o pagamento das anuidades da OAB ($);
c) Não possuir cargo demissível “ad nutum” (cargo de livre nomeação e livre exoneração – cargo em
comissão);
d) Ter a “ficha limpa” (não possuir qualquer sanção disciplinar em sua ficha);
e) A inscrição deve estar ativa > não pode estar incompatível, impedido ou licenciado da OAB.

2) ELEIÇÕES DO CONSELHO FEDERAL


▪ A eleição para o Conselho Federal ocorre em 31 de janeiro, após à posse da Seccional.
▪ A votação é realizada pelos Conselheiros Federais eleitos de cada Seccional.
▪ A votação se dá por representante e não por delegação, ou seja, cada Conselheiro Federal profere
seu voto, ou seja, os próprios Conselheiros Federais votam.

Observações:
→ A votação para a nova Diretoria do Conselho Federal é presidida pelo
Conselheiro Federal mais velho.
→ A posse do Conselho Federal ocorre em 1 de fevereiro.
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▪ A votação é apenas para a Diretoria do Conselho Federal, que é composta por:


I) Presidente do Conselho Federal > não precisa ser Conselheiro Federal, bastando ser
advogado;
II) Vice-Presidente do Conselho Federal > precisa ser Conselheiro Federal;
III) Secretário Geral do Conselho Federal > precisa ser Conselheiro Federal;
IV) Secretário Geral Adjunto do Conselho Federal > precisa ser Conselheiro Federal;
V) Tesoureiro do Conselho Federal > precisa ser Conselheiro Federal.

Observação: Para concorrer às eleições do Conselho Federal deve


ser apresentada a carta de apoio de, no mínimo seis seccionais.

3) ELEIÇÕES DA SECCIONAL
▪ A chapa deve estar completa para concorrer às eleições Seccionais, devendo ser compostas:
a) Diretoria Seccional (5 integrantes > Presidente, Vice-Presidente, Secretário Geral,
Secretário Geral Adjunto e Tesoureiro);
b) Conselheiros Seccionais (mínimo 30 e máximo 80);
c) Conselheiros Federais (3 efetivos e 3 suplentes);
d) Diretoria da Caixa de Assistência ao Advogado (5 integrantes > Presidente, Vice-
Presidente, Secretário Geral, Secretário Geral Adjunto e Tesoureiro).

Observação: Começa com 30 conselheiros, e a cada 3.000 (três mil) novos


advogados inscritos na Seccional, aumenta 1 Conselheiro Seccional, até o
limite de 80 Conselheiros.

▪ Ou seja, a chapa deve ser composta de noventa e seis advogados, todos possuindo os cinco
requisitos para ser candidato, trabalhando de graça por três anos.
▪ As eleições da OAB são geridas pela Comissão Eleitoral, a qual é composta por cinco advogados.
A posse ocorre em 1 de janeiro.

Observação: Para o advogado fazer parte da Diretoria da


Caixa de Assistência aos Advogados, ele deve compor a chapa
Seccional.

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32 Martim Afonso

4) ELEIÇÕES DA SUBSEÇÃO
▪ As subseções possuem chapa própria dissociada da chapa da Seccional.
▪ Nas eleições para Subseção o advogado vota, em cédulas de votação diferente, nas Chapas que
concorrem nas Eleições Seccionais e as Chapas que Concorrem as Eleições da Subseção.
▪ Tendo a Subseção mais de cem advogados, será criado o Conselho da Subseção.
▪ A quantidade de membros do Conselho da Subseção obedecerá ao Regimento Interno de cada
Subseção.

5) COMISSÃO ELEITORAL
▪ Quem administra as eleições da OAB é o Conselho Eleitoral, composto por no mínimo 5
advogados, os quais tem o poder de gerir as eleições e decidir sobre as impugnações.

6) RECURSOS NAS ELEIÇÕES


▪ Os recursos interpostos referentes às eleições não têm efeito suspensivo.
▪ A eleição continua a ocorrer enquanto o recurso é julgado, pois, a eleição tem que acontecer
independente de recurso.
▪ Se for dado provimento (julgado procedente) ao recurso, após a realização das eleições será
convocada nova eleição.

7) GESTÃO TRIENAL
▪ 1º ANO
o 1 de janeiro é a posse da OAB, com Exceção do Conselho Federal.
o 31 de janeiro é a primeira reunião do Conselho federal, onde é feita a escolha da Diretoria
do Conselho Federal.
o 1 de fevereiro é a posse do Conselho Federal.
▪ 2º ANO
o Tem a Conferência Nacional da Advocacia Brasileira
o Não tem local definido.
o As Seccionais se habilitam para sediar a conferência.
o Cada Seccional apresenta um filme demonstrando os atrativos que possui para sediar a
Conferência Nacional da Advocacia Brasileira.

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33 Martim Afonso

Observação: Os advogados e
estagiários votam nos painéis da Conferência Nacional da Advocacia
Brasileira.

▪ 3º ANO:
o É realizada a nova Eleição para o novo triênio de gestão na segunda quinzena de
novembro.
o A Abertura do Edital para as novas Eleições acontece com 45(quarenta e cinco) dias
antecedência das eleições.

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34 Martim Afonso

INTERVENÇÃO

 É a última ratio.
 É a ferramenta onde órgão hierarquicamente superior faz valer as normas e regulamentos em
relação ao órgão hierarquicamente inferior, afastando a diretoria e colocando uma nova (nomeada
pelo órgão hierarquicamente superior).

CONSELHO FEDERAL → SECCIONAL → SUBSEÇÃO

Observação: Situações de natureza gravíssima


precisa do quórum de 2/3 para utilização da
Intervenção.

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TRIBUNAL DE ÉTICA E DISCIPLINA (TED)

 Órgão que julga os advogados.

 Os integrantes do TED têm cargo honorífico (voluntários).

 O Tribunal de Ética determina a absolvição ou aplicação de penalidade ao advogado.

 O julgamento é colegiado, mediante três advogados.

Relator
Revisor
Vogal

1) SUSPENSÃO PREVENTIVA DO ADVOGADO


▪ Disposto no art. 70, do EAOAB.
▪ O poder de punir disciplinarmente os inscritos na OAB compete exclusivamente ao Conselho
Seccional em cuja base territorial tenha ocorrido a infração, salvo se a falta for cometida perante
o Conselho Federal.
§ 1º. Cabe ao Tribunal de Ética e Disciplina, do Conselho Seccional competente, julgar
os processos disciplinares, instruídos pelas Subseções ou por relatores do próprio
conselho.
§ 2º. A decisão condenatória irrecorrível deve ser imediatamente comunicada ao
Conselho Seccional onde o representado tenha inscrição principal, para constar dos
respectivos assentamentos.
§ 3º. O Tribunal de Ética e Disciplina do Conselho onde o acusado tenha inscrição
principal pode suspendê-lo preventivamente, em caso de repercussão prejudicial à
dignidade da advocacia, depois de ouvi-lo em sessão especial para a qual deve ser
notificado a comparecer, salvo se não atender à notificação. Neste caso, o processo
disciplinar deve ser concluído no prazo máximo de noventa dias.
▪ Ocorre quando o advogado pratica um ato que traga repercussão prejudicial à imagem da
dignidade da advocacia (ampla repercussão na mídia).
▪ Será suspenso preventivamente pelo prazo mínimo de trinta dias e máximo de noventa dias.
▪ O recurso não possui efeito suspensivo.
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36 Martim Afonso

▪ Quem aplica é o Tribunal de Ética e Disciplina, onde o


advogado tenha a sua inscrição principal.
▪ A suspensão preventiva não é uma sanção, é medida cautelar.
▪ A pena é aplicada de imediato pelo TED, no calor dos fatos, e sem processo disciplinar, sem
ampla defesa, contraditório ou devido processo legal.

2) DA PENALIDADE APLICADA NO PROCESSO PRINCIPAL É APLICADO O INSTITUTO DA


DETRAÇÃO
▪ Detração é a subtração da pena aplicada no processo principal da pena já cumprida na
suspensão preventiva.

Observações:
→ Não é observado o princípio da territorialidade > na suspensão preventiva,
o advogado será julgado no local onde possui sua inscrição principal, e não
no locar onde ocorreu o fato.
→ O advogado é convocado a estar presente na seção do TED onde tem sua
inscrição principal.
→ Na suspensão preventiva, o recurso não tem efeito suspensivo, pois a
finalidade é o afastamento do advogado que praticou o ato que manchou a
imagem da dignidade da advocacia, tirando-o de circulação.
→ Os fatos gravíssimos que não tiverem ampla repercussão, mesmo
manchando a imagem da dignidade da advocacia, não são passíveis de
aplicação da suspensão preventiva.
→ O Conselho Federal pode aplicar a suspensão preventiva, desde que a
repercussão dos fatos seja em âmbito Nacional.

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37 Martim Afonso

PROCESSO DISCIPLINAR NA OAB

 Todos os processos disciplinares são sigilosos.


o Somente as partes terão acesso.
o O sigilo termina com o trânsito em julgado, onde a pena seja pública.
 O processo que nasce da suspensão preventiva deve ser julgado em até 90 dias, em caráter
urgente.
 Em regra, o advogado é julgado onde o fato ocorreu, por conta do princípio da territorialidade
(exceção na suspensão).
 O processo disciplinar está previsto no Código de Disciplina e Ética da OAB, a partir do art. 55.
 O processo disciplinar pode ser instaurado de ofício ou mediante requerimento do
representado. A instauração de ofício se dá mediante o conhecimento dos fatos pela autoridade.
 Denúncia anônima não é cabível.
 A denúncia pode ser recebida se vier de uma fonte idônea, como uma reportagem confiável.
 A denúncia não aceita prazo decadencial. A prescrição nasce do conhecimento dos fatos.
 A representação contra o advogado é endereçada para o Presidente do Tribunal de Ética e
Disciplina.
 Cabe ao Tribunal de Ética e Disciplina, do Conselho Seccional competente, julgar os processos
disciplinares, instruídos pelas Subseções ou por relatores do próprio conselho.
o Da decisão do TED cabe recurso, interposto para o conselheiro da seccional.
o O recurso pode ir para o conselho federal, se decidido por maioria.
 O termo de ajuste de conduta (TAC) serve para advogados com ficha limpa que seriam punidos
com censura ou por conta de publicidade irregular, visando desobstruir a pauta do Tribunal ao não
instaurar processo disciplinar.
 O arquivamento liminar é a extinção, sem qualquer instrução procedimental ou apreciação de
mérito, do processo ético-disciplinar destituído dos pressupostos legais de admissibilidade, nos
moldes do art. 58, § 3º, do CED (“ad referendum” do presidente).
 Assim que a representação for recebida/admitida, o advogado deverá apresentar a sua defesa
prévia, no prazo de 15 dias.
o Até o prazo dos embargos de declaração, aqui, são de 15 dias.
 É dever do advogado manter seu endereço atualizado, porque presume entregue a
correspondência da OAB no endereço fornecido pelo inscrito.

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38 Martim Afonso

o A publicação pode ser feita por edital. Caso o advogado não


responda, a OAB irá nomear um defensor dativo.
o O advogado dativo não ganha remuneração, mas ganha um incentivo curricular > prestação
de serviços.
 O foro privilegiado é cabível na OAB, conforme o art. 58, do CED.
o Os advogados são julgados pelo TED (sem foro privilegiado).
o A diretoria da subseção é julgada diretamente pela Seccional (foro privilegiado).
o Os conselheiros federais e o presidente da seccional são julgados pelo Conselho Federal, em
Brasília (2ª câmara).
o Os advogados que ganharam a medalha Ruy Barbosa, a diretoria do conselho federal e os ex-
presidentes do conselho federal serão julgados pelo Pleno.

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39 Martim Afonso

INFRAÇÕES E SANÇÕES DISCIPLINARES

Censura Suspensão Exclusão Multa


• É uma pena leve.
• Pena sigilosa →
• É uma pena grave. • É uma pena gravíssima
somente as partes
• Prazo de 30 dias (quórum de 2/3).
sabem (OAB e • Pena acessória
(mínimo) a 12 • Se aplicada 3x a
advogado). → sempre
meses (máximo) → suspensão, receberá a
• A partir de duas aplicada junto a
podendo ser exclusão.
censuras pode-se uma pena
prorrogável. • É a morte da inscrição
aplicar uma principal.
• É dada publicidade. do advogado → perde
suspensão. • Aplicada na
• Possui ampla o número da OAB para
• A censura pode ser censura e na
defesa, sempre.
convertida em suspensão.
contraditório e • O legitimado para
advertência. • A multa vai de
devido processo excluir é a Seccional.
• Aplicada caso o uma a dez
legal. • É dada publicidade.
advogado seja ficha anuidades.
• Art. 34, incisos XVIII • Art. 34, incisos XXVI ao
limpa.
ao XXV, EAOAB. XXVIII, EAOAB.
• Art. 34, incisos I ao
XVII, EAOAB.

▪ A licença da inscrição da OAB é uma autorização concedida pelo Conselho Seccional responsável,
para que o advogado se afaste provisoriamente de seu exercício da profissão
o Licenciamento não é sanção.

▪ O cancelamento da inscrição é algo mais sério do que apenas o licenciamento. Regulado pelo art.
11 do EAOAB, ocorre mediante processo administrativo, iniciado pelo próprio advogado, por ofício
do Conselho Seccional ou qualquer outra pessoa – a depender dos motivos pelo qual será iniciado.
▪ A advertência, prevista no art. 40 do EAOAB, é uma alternativa à sanção de censura diante de
circunstância atenuante.
o Não consta na ficha do inscrito.

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40 Martim Afonso

1) CRITÉRIOS DE APLICAÇÃO DAS SANÇÕES


I. Grau de Culpa
II. Consequências
III. Ficha pregressa

2) HIPÓTESES DE PERMANÊNCIA DA SUSPENSÃO (PODENDO ULTRAPASSAR 12 MESES)


▪ O advogado permanece suspenso quando:
I) Se recursar a prestar contas do dinheiro da parte, ficando suspenso até quitar a dívida
(art. 34, inc. XXI, EAOAB);
II) Se inepto profissionalmente, situação do advogado que não reúne as condições
mínimas de advogar, e fica suspenso até fazer prova de sua habilitação (art. 34, inc.
XXIV, EAOAB).

Observação: Para a prova da OAB não é necessário fazer


novo exame, apenas fazer prova de sua habilitação (diferente
do entendimento jurisprudencial).

3) REABILITAÇÃO DO ADVOGADO (ART. 41, EAOAB)


▪ A reabilitação é cabível em todas as sanções, desde que cumpra todos os requisitos.
▪ Instituto pelo qual o advogado excluído também volta a advogar, pois, todas as irregularidades
são apagadas da sua ficha.
▪ Os requisitos para reabilitação são:
a) Idoneidade moral;
b) Esperar passar um ano da exclusão;
c) Se o fato tiver sido crime, e trazer a reabilitação criminal.

4) ADVERTÊNCIA
▪ A advertência não é uma pena, é uma chance dada ao advogado.
▪ Caso o advogado não tenha recebido nenhuma penalidade e possuir os requisitos que autorizem
a conversão, a censura será convertida em advertência, sem constar nos assentos do
advogado, ou seja, em sua ficha funcional.
▪ Havendo a conversão da censura em advertência, o advogado continua ficha limpa (réu
primário), como se não tivesse existido qualquer sanção disciplinar imposta a ele.

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41 Martim Afonso

▪ Não há limite de vezes para a conversão da censura em


advertência, pois não existe a anotação na ficha do advogado.
▪ O julgador tem que justificar a conversão.

5) REQUISITOS PARA CONVERSÃO DA CENSURA EM ADVERTÊNCIA


a) Relevantes Serviços a OAB (ex.: defensor dativo);
b) O advogado que tem cargo na OAB;
c) Quando o advogado estiver atuando em defesa de suas prerrogativas (deslize ético em defesa
das prerrogativas);
d) O réu que tem bons antecedentes; é ficha limpa (a critério do julgador).

Observação: Quando o réu é primário, não tem obrigatoriedade de


converter → PODE CONVERTER, não sendo obrigatório.

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MACETE DO FIC FRIC

Exclusão Incisos XXVI ao XXVIII

Falsa prova para ingresso na OAB (não possui efeito


F
suspensivo)

Inidoneidade (ex.: condenado criminalmente, violência


I contra mulher, criança, adolescente, pessoa com deficiência,
lgbtqia+, etc)

Crimes infamantes (mancham a boa fama do advogado,


C
como tráfico de drogas ou furto de cargas)

Suspensão ($) Incisos XVII ao XXV

F Fraudar a lei junto com terceiros

Retenção ou extravio dos autos físicos (exige notificação


R
para devolução)

I Inépcia (advogado inepto profissionalmente)

Conduta incompatível com a advocacia (ex.: usuário de


C tóxicos, alcolismo, jogos de azar e a incontinencia pública e
escandalosa)

Observações:
→ Todas as outras infrações são sancionadas com censura!
→ Incisos I (se não for reincidente), II, III, IV, V, VI, VII, VIII, IX, X, XI, XII,
XIII, XIV, XV e XVI.

6) ATO PRATICADO POR ADVOGADO SUSPENSO


▪ Ato praticado por advogado suspenso é nulo → responderá perante a OAB pelo descumprimento
da suspensão determinada.
o Atos privativos, não privativos de advogado e os atos que o estagiário pode praticar
sozinho.

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▪ Atos que não são privativos de advogado, ou seja, atos que


qualquer pessoa pode praticar:
i. Habeas corpus;
ii. A postulação na Justiça do Trabalho 1º e 2º grau, com a exceção do TST → o advogado
é necessário no TST;
iii. Justiça de Paz;
iv. A postulação nos Juizados Especiais Cíveis até 20 salários mínimos;
v. A postulação nos Juizados Especiais Federais até 60 salários mínimos;
vi. A postulação nos Juizados Especiais da Fazenda Pública até 60 salários mínimos;
vii. Por força da súmula vinculante 5, não é necessário a defesa técnica de Advogado nos
Processos Administrativos Disciplinares (PAD).

7) ATOS PRIVATIVOS DE ADVOGADO


I) Assessoria Jurídica;
II) Consultoria Jurídica;
III) Gerência Jurídica;
IV) O visto no Contrato.

Observação: Com relação ao visto no contrato é importante lembrar que o


Advogado que realiza o visto no contrato não pode ter qualquer vínculo
com a junta comercial.

8) ATOS QUE O ESTAGIÁRIO PODE PRATICAR SOZINHO


I) Fazer carga de processos;
II) Obter certidões;
III) Petição de juntada (confecção e assinatura);
IV) Atos extrajudiciais, desde que esteja autorizado pelo advogado ou tenha substabelecimento
para a prática do ato.

Observações:
→ Os demais atos o Estagiário tem que praticar conjuntamente com o Advogado.
→ O Estagiário para o Exame da OAB é aquele estudante do curso de Direito que está
nos 2 últimos anos de faculdade e que possui regular inscrição de Estagiário junto
a OAB.

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9) PRESCRIÇÃO

Prescrição no Processo Disciplinar Prescrição


• Art. 25 e 25-A, EAOAB.
• Art. 43 e ss., EAOAB.
• Trata de dinheiro.
• A prescrição ocorre em 5 anos, contada
• O direito do cliente buscar os valores que o advogado
a partir do conhecimento oficial dos
não repassou prescreve em 5 anos.
fatos pela OAB (protocolo) →
• O advogado tem prazo de 5 anos para buscar os
prescrição quinquenal.
honorários que o cliente não quer pagar.

10) INTERRUPÇÃO DO PRAZO PRESCRICIONAL NO PROCESSO DISCIPLINAR


▪ Interrompe a instauração do processo > zera o prazo e recomeça a contagem.
▪ A notificação válida do advogado > zera o prazo e recomeça a contagem.
▪ A decisão condenatória recorrível > zera o prazo e recomeça a contagem.

Observação: A decisão absolutória não interrompe o prazo


prescricional → continua contando.

11) PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE NO PROCESSO DISCIPLINAR


▪ Se o processo ficar três anos parado, ocorre a prescrição intercorrente.
▪ Apenas ocorre quando o processo já está instaurado.
▪ Aquele que der causa à prescrição intercorrente responde por sua ocorrência.

12) PRESCRIÇÃO PARA O RESSARCIMENTO DE VLAORES LEVANTADOS


▪ Serve tanto para o cliente quanto para o advogado.
▪ A prescrição para o ressarcimento de valores levantados, tanto para o cliente quanto para o
advogado, é de cinco anos.
▪ O início do prazo se dá:
i. Vencimento do contrato;
ii. Trânsito em julgado;
iii. Última ação no serviço extrajudicial;
iv. Dia da transação em juízo;

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v. Dia da desistência da ação;


vi. Dia da renúncia do mandato.

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INCOMPATIBILIDADE E IMPEDIMENTO

1) INCOMPATIBILIDADE
▪ Art. 28, do EAOAB.
▪ Proibição total para advogar, ainda que em causa própria.
▪ Só poderá advogar se for exonerado do outro cargo.

Observações:
→ O estagiário que esteja revestido pelo manto da incompatibilidade,
ou seja, que esteja inserido em alguma dessas hipóteses de
incompatibilidade, não poderá se registrar como estagiário na OAB,
apenas podendo frequentar para ver como é.
→ Exceção do Art. 28, II para o Juiz Eleitoral advindo da advocacia (só
não poderá advogar contra a justiça eleitoral).

RAP DA INCOMPATIBILIDADE:
“Governador e o membro da mesa, mas que beleza, juiz e o promotor, e o assessor, o diretor, a polícia e
o militar. Na outra mão, a galera do carvão, o auditor, gente maneira, gerente de instituição financeira,
e a exceção, eu digo na moral, inciso II, juiz eleitoral!”

2) IMPEDIMENTO
▪ Art. 30, do EAOAB.
▪ Proibição parcial para advogar.
▪ A pessoa não pode advogar contra a fazenda/entidade que o remunera, mas poderá advogar
perante outras causas.
▪ Parlamentares não poderão advogar contra a administração pública, somente poderão advogar
contra particulares.

Observações:
→ Exceção para o docente de curso jurídico, que poderá
advogar, inclusive contra quem o remunera.

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HIPÓTESES:

INCOMPATÍVEIS (ART. 28 EAOAB) IMPEDIDOS (ART. 30 EAOAB)


Chefe do Poder Executivo (inciso I) e seus substitutos legais.
Membros da Mesa Diretora do Poder Legislativo (inciso I) e seus
substitutos legais.
Servidores da administração direta,
Pessoas com função de julgar > juízes e membros do MP.
indireta ou fundacional, contra a Fazenda
Membros do Poder Judiciário e os auxiliares (inciso II).
Pública que os remunera ou à qual seja
Serviços notariais e de registro (inciso IV).
vinculada (inciso I) → O procurador geral,
Atividades policial e militar, na ativa (inciso V e VI).
advogado geral, defensores gerais e
Responsável por lançamento, arrecadação e contribuições
dirigentes de órgãos jurídicos da
parafiscais/tributos > auditores (inciso VII).
administração pública direta e indireta.
Aquele que tem função ou cargo de direção na administração pública.
Direção e gerência em instituições financeiras (inciso VIII).
Afastamento temporário (Art. 28, 1º, EAOAB).

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HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS

1) HONORÁRIO CONTRATUAL OU CONVENCIONAL

▪ Honorário de tratativa com o cliente. Em regra, o compactuado é 20% do total na 1ª instância


e 30% na 2ª.
▪ O contrato e a forma de pagamento são pactuados entre o advogado e o cliente, salvo se feito
na forma da lei.
o Feito por escrito.
▪ A tabela de honorários é o patamar mínimo. O valor não poderá ultrapassar metade do valor
final.
▪ O cliente é responsável pelo pagamento das custas.
▪ O advogado prestará contas a qualquer tempo (fornece recibo).
▪ Se a forma de pagamento for sob a forma da lei, será:
i. 1/3 na assinatura do contrato;
ii. 1/3 quando sai a sentença;
iii. o restante é pago ao final.
▪ Poderá ser cobrado todo ao final, salvo disposição contrária.
▪ O advogado pode juntar o contrato de honorários e o juiz deverá deferir que os honorários sejam
deduzidos do montante do cliente, antes da expedição do alvará.
▪ A Lei 14.365/2022 assegurou o pagamento de honorários, de acordo com o previsto pelo
Código de Processo Civil, nos termos da decisão recente da Corte Especial do STJ.

2) HONORÁRIOS DE ARBITRAMENTO
▪ Honorários fixados pelo magistrado, visto algum problema, observando:
I) O valor da causa;
II) O trabalho realizado;
III) A tabela de honorários da OAB.

3) HONORÁRIO ASSISTENCIAL
▪ Honorário que incide na justiça do trabalho, nas ações coletivas movidas por associações de
classe e sindicatos, devidos ao advogado, sendo indisponível.

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4) HONORÁRIO DE SUCUMBÊNCIA
▪ Honorários devidos pela parte vencida ao advogado da parte vencedora.
▪ Serve para filtrar “aventuras jurídicas” e incentivar a boa advocacia.
▪ Caracterizam verba disponível, permitindo que o advogado a negocie.
▪ Devidos ao advogado, que poderá repassar ou dividir, com o cliente ou a sociedade de
advogados.

5) PAGAMENTO DE HONORÁRIOS
▪ É permitido o pagamento parcelado, em cartão de crédito, cheque, boleto ou dinheiro.
▪ Não é permitido o pagamento de honorário por meio de título de crédito.
▪ É vedado ao advogado reter valores, a título de compensação, sem autorização escrita do
cliente.
▪ Em caso de falência ou concordata, o crédito do advogado é chamado de credito privilegiado
> recebe antes dos últimos (quirografários).
▪ Os honorários possuem caráter alimentar, não podendo ser penhorados.
▪ Podem ser levados a protesto o cheque e a nota promissória.

Observação: A fatura não pode ser levada a protesto em ação de


cobrança de honorários.

6) CLÁUSULA DA QUOTA LITIS (ART. 50, DO CED)


▪ Do produto da ação, o advogado não pode ganhar mais do que o cliente vai ganhar.

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SOCIEDADE DE ADVOGADOS

 Não tem caráter mercantil.


 Registrada junto à Seccional.
 A sociedade não admite nome fantasia.
 A procuração deve ser individualizada e deverá constar o nome de todos os sócios.
 A sociedade não possui vínculo trabalhista.
 Os sócios de um mesmo escritório não podem defender interesse contrários (representação
de autor e réu).
 A Lei 14.365/2022 regulamentou a figura do advogado associado, assegurando a autonomia
contratual interna dos escritórios de advocacia.
 A criação da mesma sociedade com os mesmos sócios em outra seccional é chamada de Filial.
 A sociedade não assina as peças processuais (atos postulatórios), que devem ser assinadas
pelos sócios.

 A sociedade poderá assinar atos necessários para sua manutenção.

1) SOCIEDADE SIMPLES
▪ Sociedade composta por dois ou mais advogados.
▪ O nome da sociedade é o nome ou o prenome de um ou mais sócios.
▪ O sócio responde subsidiária e ilimitadamente pelos danos causados pela sociedade a
terceiros.
▪ O nome de sócio falecido será retirado da sociedade. Pode ser mantido, caso expresso em
contato.
o Se tiver previsão em contrato, mantém o nome do sócio falecido na sociedade, sendo
desnecessária a autorização dos herdeiros ou cônjuge do sócio falecido.
▪ A sociedade simples poderá ser convertida em sociedade unipessoal.

2) SOCIEDADE UNIPESSOAL
▪ Sociedade composta apenas por um advogado.
▪ O nome da sociedade é o nome ou prenome do advogado integrante.
▪ A sociedade é extinta em caso de morte do único sócio.
▪ O advogado só pode figurar como sócio de uma sociedade por seccional (Estado).

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▪ Paga imposto reduzido.

3) ADVOGADO EMPREGADO
▪ O advogado empregado submete-se ao comando, bem como ao poder disciplinador do
empregador que tem o direito de dirigir a prestação pessoal de seus serviços (art. 2º, da CLT).
▪ Iniciativa privada (não cabe para os advogados públicos).
▪ O advogado não perde sua autonomia ou independência profissional.
▪ O advogado empregado não é obrigado a praticar qualquer ato que não concorde ou que venha
a prejudicá-lo.
o Não é obrigado a propor ação ou recurso cujo fundamento o advogado empregado tenha
tese contrária.
▪ Não é obrigado a ter outro advogado atuando conjuntamente com ele.
▪ Não é obrigado a fazer favores de cunho pessoal.

4) ADVOCACIA PÚBLICA
▪ O advogado público, antes de tudo, é advogado, observando, igualmente, as regras gerais e
éticas próprias legalmente definidas pela OAB.
▪ O advogado público não licencia e nem cancela a OAB, mantém sua inscrição ativa para a
prática dos atos postulatórios.

5) JORNADA DE TRABALHO
▪ O advogado deve trabalhar 4 horas por dia, e 20 horas por semana.
▪ Em casos excepcionais, o advogado trabalha 8 horas por dia, e 40 horas por semana.
▪ A dedicação exclusiva não se presume, já que a regra é a 4 horas por dia e 20 horas por semana.

6) HORA EXTRA
▪ A hora extra das pessoas normais é de 50%, já a hora extra do advogado é de 100%. E se
trabalhar de 20 horas até as 5 horas da manhã, o advogado ganha mais 25% de adicional
noturno, ou seja, ele recebe 125%.

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NULIDADE DOS ATOS ADVOCATÍCIOS PRATICADOS


ILEGALMENTE

 A prática ilegal dos atos privativos de advogado por pessoas que não estejam regularmente
inscritas na OAB é nula de pleno direito do ato praticado, a qual pode:
I. ser declarada de ofício
II. a requerimento do interessado ou do Ministério Público
III. é imprescritível
IV. não pode ser ratificada pela parte interessada
V. não convalesce com o tempo
VI. ao ser declarada, apaga os efeitos produzidos
VII. não pode ser suprida ou sanada

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PROCURAÇÃO

 Instrumento pelo qual o cliente outorga poderes ao advogado.


o O cliente pode revogar a procuração.
 O advogado poderá renunciar a procuração, porém, a razão não poderá ser mencionada.
o Caso renuncie, precisará garantir o andamento por 10 dias (continua advogando).
o Será liberado caso outro advogado ingresse na causa antes antes dos 10 dias.
o Para renunciar, o cliente terá que receber a ciência inequivocamente.
 O advogado não pode aceitar procuração de quem já tenha patrono constituído, sem prévio
conhecimento deste, salvo por justo motivo ou para a prática de atos urgentes e inadiáveis.
 Para a prática de atos urgentes é defeso ao advogado a realização, sem procuração, desde que
realize a juntada posterior da procuração no prazo de 15 dias, prorrogáveis por mais 15 dias.
 Em razão da Lei 14.365/2022, o trabalho da advocacia pode ser prestado de forma verbal ou
por escrito, independente de mandato ou formalização de contrato.

1) RENÚNCIA AOS PODERES


▪ Caso o advogado não queira mais atuar no processo, poderá renunciar aos poderes conferidos
pelo cliente.
▪ Para ocorrer a renúncia, o advogado tem que dar a ciência inequívoca ao cliente,
preferencialmente por carta com aviso de recebimento (AR).
▪ Após a comunicação da renúncia, o advogado ainda permanece vinculado ao processo,
representando o cliente pelo prazo de dez dias, para que ele possa constituir novo advogado.
o O cliente precisará ter ciência de que não terá mais um advogado naquele processo
(precisa de novo patrono).
o A renúncia no processo não supre a ciência inequívoca do cliente.
▪ No momento em que o cliente não queira mais os serviços do advogado, poderá revogar os
poderes conferidos.

2) SUBSTABELECIMENTO

I) Substabelecimento sem reservas: O processo deixa de ser do advogado que substabeleceu,


ficando sob total responsabilidade do advogado substabelecido (novo).
• Sem reservas = “tchau”.

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• O advogado, antes de deixar a causa, terá que dar ciência


inequívoca do cliente > continua patrono por 10 dias.

II) Substabelecimento com reservas: Ato pessoal do advogado. O processo continua sendo do
advogado que substabeleceu, que dividirá os poderes com o novo advogado (substabelecido).
• Com reservas = “meu”.
• Não precisa da ciência do cliente.
• O advogado substabelecido é impedido de cobrar valores diretamente ao cliente.
• Qualquer cobrança de honorários deve ser feita ao advogado que substabeleceu a causa.

3) ADVOGADO COMO TESTEMUNHA


▪ O advogado pode figurar como testemunha (e depor) quando o fato for relacionado a um ato
da vida privada (quando não estava trabalhando). Como, por exemplo, numa batida de carro.
▪ O advogado não pode figurar como testemunha (não vai depor) quando teve ciência do fato
por conta do exercício profissional (quando estava trabalhando). Como, por exemplo, num fato
relacionado a um cliente.

4) ADVOGADO E O PREPOSTO
▪ O advogado não pode figurar no mesmo processo como advogado e preposto.

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PUBLICIDADE DO ADVOGADO

A publicidade na advocacia é meramente informativa, para manter os


novos advogados e aqueles que estão no marcado a mais tempo em pé de
igualdade.

O QUE NÃO PODE:


• Anunciar conjuntamente outro exercício profissional com o da advocacia
• Panfleto
• Adesivar carro
• Outdoor ou busdoor
• Carta de clientes
• Descontos especiais
• Foto ➜ A foto pessoal ou com outras pessoas é vedada, mas a foto do espaço físico do escritório
de advocacia é autorizada.

• Rádio
• Televisão
• Dar entrevistas para imprensa com habitualidade, tratando e comentando casos
sensacionalistas.

Observações:
→ Pode a publicidade meramente informativa (ex.: Revistas e periódicos),
desde que sejam endereçados a outros advogados, aos clientes ou a pessoas
que manifestem seu interesse.
→ O anúncio do escritório ou da sociedade poderão ser veiculados em jornais,
revistas, catálogos telefônicos, folders de eventos jurídicos ou publicações
do gênero, bem como sítios da internet, sendo vedado fazê-lo por
mensagens dirigidas a telefones celulares, televisão ou cinema, nem
podendo ser a mensagens publicitárias transmitidas por outro veículo
próprio de publicidade empresarial.
→ O cliente sempre procura o advogado, e não o advogado que vai atrás do
cliente.

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→ Nas entrevistas realizadas nos meios de


comunicação, o advogado apenas pode fornecer seu e-mail como forma de
contato.
→ Não pode dar o telefone.
→ Pode ter perfil profissional no facebook e instagram.
→ Pode placa indicativa do escritório (se for iluminada, tem que ser discreta).

1) CARTÃO DO ADVOGADO
O que pode:
• Nome;
• Número da OAB;
• Especialidades;
• Horário de trabalho;
• QR Code;
• Atividades de docência.
• Redes Sociais.

Observações:
→ Não é permitida a veiculação no cartão de outras atividades que
possam angariar clientes. Ex.: Juiz aposentado, promotor
aposentado, etc.
→ É proibida a prática de qualquer outra atividade profissional no
domicílio profissional do Advogado. Ex.: Escritório de Advocacia e
Consultório Médico.

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INSCRIÇÃO NA OAB

 Para os profissionais que se formam em Direito, além do título da graduação, o exercício da função
depende da inscrição na OAB. Caso contrário, todas as ações realizadas serão invalidadas e o
profissional pode ser processado por exercício irregular ou ilegal da advocacia.

1) REQUISITOS PARA INSCRIÇÃO DO ADVOGADO


a) Capacidade civil;
b) Diploma ou Certificado de conclusão de curso de direito, e o histórico escolar do ensino superior;
c) Regularidade eleitoral e militar;
d) Aprovação no exame da ordem;
e) Ausência de incompatibilidade;
f) Comprovação de idoneidade moral;
g) Não ter praticado crime infamante;
h) Prestar compromisso perante a OAB.

Observação: Não ter praticado crime qualquer crime que provoque forte repúdio
ético a comunidade, que manche negativamente a imagem da advocacia.

2) INIDONEIDADE
▪ A inidoneidade impede o registro na OAB.
o Instaura-se processo, com ampla defesa e contraditório, para analisar se o registro na
OAB ocorrerá ou não.
o Ex.: Violência contra a mulher, violência contra idosos, violência contra criança, violência
contra deficiente, violência contra indígenas, violência contra a comunidade LGBTQIA+,
etc.

3) ADVOGADO ESTRANGEIRO
▪ Exigências para ser inscrito na OAB, antes mesmo da prática de qualquer ato privativo de
advogado:
a) Prestar exame de ordem;
b) Prestar compromisso perante a OAB.
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58 Martim Afonso

Observações:
→ Precisa demonstrar que conhece o direito brasileiro.
→ O diploma de graduação e os demais documentos oficiais devem ser
autenticados no consulado Brasileiro no país onde foi emitido e depois
traduzidos para português, por tradutor público juramentado ou tradutor
judicialmente compromissado.
→ É possível a dispensa da autenticação, quando os documentos são enviados do
governo estrangeiro para o governo brasileiro, por via diplomática.
→ O diploma deve ser revalidado por órgão educacional brasileiro competente.

4) INSCRIÇÃO SUPLEMENTAR
▪ O advogado que possuir habitualidade do exercício da advocacia em outra seccional, que
não aquela da sua inscrição principal, deverá realizar sua inscrição suplementar na seccional.
▪ Será necessária caso ocorra habitualidade na advocacia, que se dá caso possua mais de 5 ações
novas por ano.
▪ Também é necessária a inscrição suplementar se o advogado virar sócio de escritório de
advocacia em seccional diversa daquela que possui a inscrição principal.

5) CANCELAMENTO DA INSCRIÇÃO
▪ Ocorrerá cancelamento da inscrição caso o advogado:
i. Assim o requerer;
ii. Sofrer penalidade de exclusão;
iii. Falecer;
iv. Passar a exercer, em caráter definitivo, atividade incompatível;
v. Perder os requisitos para inscrição.

6) LICENÇA DA INSCRIÇÃO
▪ Ocorrerá a licença da inscrição caso o advogado:
i. Assim o requerer, por motivo justificado;
ii. Passar a exercer, em caráter temporário, atividade incompatível;
iii. Sofrer doença mental curável.

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PARABÉNS PELO EMPENHO!

NÓS ACREDITAMOS
EM VOCÊ!!

Família CEJAS: Líderes em aprovação em todo o Brasil!

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