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Recorrendo à Justiça………………………………………………………………………. 12
Dicas Importantes…………………………………………………………………………... 14
Realização……………………………………………………………………..………………. 15
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Para ingressar com ação judicial pedindo o tratamento, Atestados médicos redigidos com letra legível contendo
serão necessários os seguintes documentos: obrigatoriamente:
1- Comprovante do requerimento aos responsáveis pela saúde do 1- O nome completo do paciente;
Estado e Município, que pode ser feito tanto pelo requerente
2- O nome da doença com o respectivo Código Internacional de
(dependente químico ou um familiar, por exemplo) quanto pelo
Doenças (CID);
advogado ou defensor público;
3- Caso o dependente químico já tenha sido avaliado por
2- Relatórios de outras clínicas/comunidades terapêuticas, caso já profissional de saúde, ele já terá o diagnóstico da Dependência
tenha sido internado; Química ou Alcoolismo (por exemplo: CID 10 - F.14.2 dependência
3- Documentos (RG e CPF) do paciente e do requerente (pai, mãe, de cocaína ou o crack);
filho, etc.); 5- A necessidade imediata da internação em clínica médica
especializada;
4- Comprovante de renda demonstrando não possuir recursos
suficientes. São considerados comprovantes de renda documentos 6- A consequência de não se realizar o referido tratamento;
como o holerite, extrato de conta bancária, declaração de imposto
de renda, declaração do trabalho, documento do INSS, etc.; 7- A data do atestado, com assinatura e número do CRM;
8- A provável duração do tratamento.
5- Comprovante de residência, como conta de energia elétrica e
telefone (fixo ou celular); Com essa documentação, o advogado ou Defensor Público poderá
ingressar com a ação mais apropriada, buscando com que o direito
6- Orçamentos com preços de clínicas desejadas;
do cidadão seja devidamente implementado.
Recorrendo à Justiça
Como recorrer para internar em clínica particular
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Anexo
Fundamentos jurídicos para a internação custeada pelo poder público
No mundo todo, poucos são os Estados que dispõe tantos direitos sociais à sua população como faz Ainda, o artigo 12 do Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Culturais e Sociais, dispõe que
nossa República. Tais direitos são verdadeiras garantias de bem estar social e não devem ser “1. Os Estados-partes no presente Pacto reconhecem o direito de toda a pessoa de desfrutar o mais
interpretadas apenas como palavras de boas intenções. elevado nível de saúde física e mental” e que “2. As medidas que os Estados-partes no presente
Os chamados “Direitos Humanos de Segunda Geração” evoluíram nos ordenamentos jurídicos e hoje Pacto deverão adotar, com o fim de assegurar o pleno exercício desse direito, incluirão as medidas
o direito à saúde é garantido, nada menos, pela Constituição Federal, Lei do SUS – Lei Federal nº que se façam necessárias de assegurar: d) A criação de condições que assegurem a todos
assistência médica”.
8080/90, pela Lei nº 10.216/01 e, por fim, pelo Pacto Internacional dos Direitos Econômicos,
Culturais e Sociais. Consigne-se, também, os ensinamentos de Luiz Alberto David Araújo e Vidal Serrano Nunes Júnior,
em seu “Curso de Direito Constitucional”, Editora Saraiva, 7a Edição, 2.003, p.436:
Constitui também diretriz constitucional concernente aos serviços públicos de saúde: o atendimento
integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais. “dentre os princípios informativos do SUS está inscrito o dever de assistência integral, o que
pressupõe o dever do Estado, de maneira universal e igualitária, de dispensar atendimento integral
Neste sentido, norma expressa na Lei nº 10.216/01, que traduz os direitos dos portadores de
à saúde a quantos dele necessitarem. A regra constante do inciso II do art.198 da Constituição
transtornos mentais:
Federal tem eficácia plena e aplicabilidade imediata, não dependendo de regulamentação
“Art. 2º Nos atendimentos em saúde mental, de qualquer natureza, a pessoa e seus familiares ou infraconstitucional. De qualquer modo, a questão também já foi objeto da legislação ordinária, em
responsáveis serão formalmente cientificados dos direitos enumerados no parágrafo único deste específico pelo artigo 6o, I, d, da Lei n.8.080/90, que declara textualmente estarem incluídas no
artigo.” campo de atuação do SUS a “assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica”.
Parágrafo único. São direitos da pessoa portadora de transtorno mental: Além disso, o direito à saúde está diretamente ligado aos princípios da dignidade da pessoa humana
e ao maior direito a ser tutelado pela lei - que é a vida.
I - ter acesso ao melhor tratamento do sistema de saúde, consentâneo às suas necessidades;
II - ser tratada com humanidade e respeito e no interesse exclusivo de beneficiar sua saúde, visando Deste modo é direito do paciente o acesso à internação em clínica que atenda às suas
alcançar sua recuperação pela inserção na família, no trabalho e na comunidade; necessidades. Por isso, é dever do Poder Executivo, após o legislativo ter criado tais leis dando
garantias à população, a materialização de seu direito constitucional de viver e ter a sua saúde
III - ser protegida contra qualquer forma de abuso e exploração; tutelada pelos entes estatais.
IV - ter garantia de sigilo nas informações prestadas;
E, não sendo fornecido o tratamento adequado pela União, Estado ou Município, possui o paciente
V - ter direito à presença médica, em qualquer tempo, para esclarecer a necessidade ou não de sua direito de recorrer ao judiciário para garanti-lo. Neste sentido:
hospitalização involuntária;
VI - ter livre acesso aos meios de comunicação disponíveis; “Agravo de Instrumento- Dependente Químico- Direito à Saúde- Dever do Estado de prestar
assistência- Tratamento médico- Risco à integridade física dos familiares e demais pessoas.
VII - receber o maior número de informações a respeito de sua doença e de seu tratamento; Necessidade reconhecida- Deferimento. Recurso negado”
VIII - ser tratada em ambiente terapêutico pelos meios menos invasivos possíveis;
(AI n. 990.10.037553-9, 1a Câmara de Direito Público, Rel. Desembargador Danilo Panizza, j. 13.4.2010).
IX - ser tratada, preferencialmente, em serviços comunitários de saúde mental”.