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Falar sobre a Lei Paulo Delgado (nº 10.216 de 6 de abril de 2001) é um marco na
história do Brasil, porque ela tem um papel fundamental naquela que é uma
tentativa de uma reforma psiquiátrica brasileira, principalmente pela tentativa do
fechamento dos manicômios e pela tentativa de dar um tratamento digno para os
pacientes, com o objetivo de ressocialização na comunidade e um tratamento mais
humanizado.
A lei aprovada em 2001 tem como objetivo a busca por novos modelos de
tratamento aos pacientes com transtornos mentais no Brasil, abandonando as
antigas práticas que tinham como finalidade a tortura, o isolamento e punições para
aqueles que eram tidos como loucos. A tentativa com a lei é proteger a pessoa
humana de tratamentos fora do convencional e que mais causam traumas do que
realmente auxiliam em um processo de tratamento, mas também oferecer um outro
caminho que enxerga o paciente além da patologia, principalmente por priorizar a
ressocialização do mesmo na sociedade.
Mas como nem tudo são flores, existem também os lados negativos, que são muito
mais os desafios impostos pela sociedade. O tratamento daqueles tidos como
“loucos” pela sociedade mexe com questões financeiras, principalmente por parte
da esfera privada e também da indústria farmacêutica.
A falta de fiscalização para o cumprimento da lei por parte dos governantes acaba
abrindo margem para situações complicadas dentro das CTs, em que cada dono faz
a sua própria lei e se utiliza do jargão “processo de cura” como escudo para validar
comportamentos questionáveis com os pacientes.
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Conectas Direitos Humanos e Centro Brasileiro de Análise e Planejamento - CEBRAP. Financiamento público de comunidades
terapêuticas brasileiras entre 2017 e 2020. São Paulo, 2021. Disponível em
<https://www.conectas.org/wp-content/uploads/2022/04/Levantamento-sobre-o-investimento-em-CTs-w5101135-ALT5-1.pdf>
era feito antigamente onde era privilegiado o afastamento. Já foi comprovado que
afastamento, eletrochoque, lobotomia e outros métodos invasivos mais pioram do
que ajudam no trato, então é necessário um olhar mais humano e que abra mão da
medicina, e isso é o que o psicólogo pode e deve oferecer a todos aqueles que
precisam de acolhimento.
REFERÊNCIAS
Conectas Direitos Humanos e Centro Brasileiro de Análise e Planejamento -
CEBRAP. Financiamento público de comunidades terapêuticas brasileiras
entre 2017 e 2020. São Paulo, 2021. Disponível em
<https://www.conectas.org/wp-content/uploads/2022/04/Levantamento-sobre-o-inves
timento-em-CTs-w5101135-ALT5-1.pdf>