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DA IGREJA
TRADUÇÃO
Francisco Alves de Pontes, Fernanda Carolíne de Andrade
e Marcelo Dias
12-05888 CDD-286.732
índices para catálogo sistemático;
l. Igreja Adventista do Sétimo Dia: Doutrinas:
Cristianismo: Religião 286.732
Introdução 8
Declaração de Missão 10
Declaração de Valores ll
Missão Global 12
Mapa para a Missão 19
O Cuidado com a Criação 26
Cosmovísão Bíblica da Criação 28
Uma Afirmação a Respeito da Criação 29
Resposta à Afirmação a Respeito da Criação 38
Escrituras Sagradas 40
A Bíblia Sagrada 41
Métodos de Estudo da Bíblia 42
Confiança no Espírito de Profecia 52
Resolução Sobre o Espírito de Profecia 54
Meio Ambiente 55
Proteção do Meio Ambiente 56
Mudanças Climáticas 57
Família 58
Lar e Família 60
Matrimónio 61
Abuso e Violência na Eamília 63
Violência Domestica 64
Uso, Abuso e Dependência de Substâncias Químicas 67
Uso de Drogas 69
Cigarro e Ética 70
O Tabaco e o l lábito de Fumar 71
Jogos de A/ar 72
Atividades Competitivas 74
As Instituições de Saúde 82
Compromisso com a Saúde e a Cura 85
O Cuidado dos Pacientes Terminais 86
Aids 90
Aids: Uma Resposta Adventista 91
Epidemia de Aids 97
Desamparo e Pobreza 100
Pobreza Global 102
l lomossexualidade 104
União Homossexual c Casamento Cristão 105
Relações Humanas 107
Direitos Humanos 108
Relação Entre Patrões c Empregados l 10
As Mudanças Sociais e a Missão l 14
Pa/ 118
Mensagem de Pa/, às Pessoas de Boa Vontade 120
Apelo em Favor da Pa/ 121
A Crise de Kosovo 126
A Guerra no Iraque 128
A Guerra no Congo 129
Porte de Armas 130
Alfabetização 132
Liberdade Religiosa (I) 133
Liberdade Religiosa ( I I ) l 34
Minorias Religiosas e Liberdade Religiosa 135
Liberdade Religiosa, Evangelismo e Proselitismo 137
Catolicismo Romano 139
Movimento Ecuménico 141
Relações com Outras Igrejas Cristãs 152
A Relação Entre Igreja e Estado 154
Liberdade de Expressão e Difamação da Religião 161
Liberdade e Responsabilidade Teológica e Académica 163
Tolerância 173
Racismo 174
Bem-estar e Valor da Criança 176
Cuidado e Proteção de Crianças 178
Abuso Sexual de Menores 181
Comportamento Sexual 184
Doenças Sexualmente Transmissíveis 186
Pornografia 192
Assédio Sexual 194
Assédio 196
Clonagem Humana 199
Princípios Cristãos Para Intervenções Genéticas 205
Terapia Genética Humana 2Í4
Temas Sobre a Mulher 218
Aborto 219
Controle de Natalidade 223
Violência Contra Mulheres e Meninas 227
Mutilação Genital Feminina 228
Ano 2000 232
Marcas Registradas 233
Estratégias de Comunicação 235
Websites Aclven t istas 251
Assuntos Estratégicos 254
Princípios Éticos Para a Associação Geral 256
Conservação de Novos Membros 260
Uso do Dí/.imo 264
Reavivamento Espiritual e Mudanças Sociais 269
Princípios de Temperança e Aceitação de Doações 271
Filosofia Advcntista com Relação à Música 272
Observância do Sábado 276
Compromisso Total com Deus 293
Por motivo de espado, o nome "íidventista(s) do sétimo dia" foi reduzido para "advcnlista(s)",
excclOem alguns casos. Porém, as referências são sempre à Igreja Adventislã do Sétimo l)i.«m
«t srns membros. De igual modo. os títulos piTuis originais l ora m reduzidos, para que a busca
de urn documento se tornasse mais lâcil.
INTRODUÇÃO
Ray Dabrowski
bx-diretor do l Apartamento de Comwiicciçao da Associação Gera!
DECLARAÇÃO DE MISSÃO
Nossa Missão
A missão da Igreja Adventista é proclamar a todos os povos o
evangelho eterno, no contexto das três mensagens angélicas de
Apocalipse 14:6-12, levando-os a aceitar a Jesus como Salvador
pessoal e a unir-se à Sua igreja, c ajudando-os a se prepararem para
o Seu breve retorno.
Nosso Método
Desempenhamos esta missão sob a orientação do Espírito Santo
por meio de:
/. Pregação. Aceitando a ordem de Cristo (Mt 28:18-20), pro-
clamamos a todo o mundo a mensagem de um Deus amoroso, mais
plenamente revelado no ministério reconcilíador e na morte expia-
tória de Seu filho. Reconhecendo a Bíblia como infalível revelação
da vontade de Deus, apresentamos toda a sua mensagem, inclusive
o segundo advento de Cristo e a contínua autoridade da lei dos Dez
Mandamentos com o seu memorial cio sábado do sétimo dia.
2. Ensino. Reconhecendo que o desenvolvimento da mente e do
caráter é essencial para o plano redentor de Deus, promovemos o
desenvolvimento de uma compreensão e de um relacionamento ma-
duros com Deus, Sua Palavra e o Universo criado.
3. Cura. Ratificando a ênfase bíblica no bem-estar completo do
indivíduo, consideramos a preservação da saúde e a cura dos en-
fermos uma prioridade; e, por intermédio do nosso ministério aos
pobres e oprimidos, cooperamos com o Criador em Sua compassiva
obra cie restauração.
Nossa Visão
Hm harmonia com as grandes profecias das Escrituras, vemos
como o clímax do plano de Deus a restauração de toda a Sua criação
à plena harmonia com Sua perfeita vontade e justiça.
Esta declaraçSo foi aprovada c votada |>da Comissão Administrativa da Associação Clcral
no Concílio tia Primavera iv.ilí/.idn cru Silu-r S|>rmj;. Maryliind, em abril d t- 1993.
DECLARAÇÃO DE VALORES
Nossos Valores
Os valores adventistas se fundamentam na revelação de Deus
proporcionada por meio da Bíblia c da vida de Jesus Cristo. Nosso
senso de identidade e chamado surge de uma compreensão das pro-
fecias bíblicas, especialmente as que se referem ao tempo que an-
tecede imediatamente o retorno de Jesus. Consequentemente, toda
a vida torna-se uma experiência do crescimento e demonstração de
envolvimento com Deus e Seu reino.
Nosso sentido de missão é impulsionado pela compreensão de que
cada pessoa, independentemente das circunstâncias, tem valor infi-
nito para Deus. Portanto, é merecedora de respeito c dignidade. Por
meio da graça de Deus, cada pessoa é dotada com dons e revela-se
necessária nas diversas atividades da família eclesiástica.
Nosso respeito pela diversidade, individualidade c liberdade c
equilibrado pelo interesse pela comunidade. Somos todos um — uma
família mundial de f c, que busca representar o reino de Deus ao
mundo por meio de conduta ética, interesse mútuo e serviço em
amor. Nossa fidelidade a Deus inclui compromisso e apoio ao Seu
corpo, a Igreja.
l sij declaração loi aprovada c votada pela Comissão Administrativa da Associarão C!tirai
no Concílio Anual realizado cm Silvc-r Sprint!, Maryland, Fitados Unidos. t'm 10 de outubro
de 21)04.
MISSÃO GLOBAL
ter sentido para sociedades onde cristãos são uma minoria ou ine-
xistentes. A missão aos não cristãos levantará novas questões que
não estão abordadas nas Crenças Fundamentais, e respostas bíblicas
relevantes devem ser providenciadas. As seguintes sugestões podem
ajudar a abordar essa questão em particular.
a. A maneira pela qual as Crenças Fundamentais são apresen-
tadas e a linguagem usada devem ser cuidadosamente estudadas e
selecionadas a fim de facilitar a compreensão da mensagem da igreja
pelos não cristãos. Deve-se incentivar o desenvolvimento de estudos
bíblicos e instrumentos de ensino preparados de acordo com as ne-
cessidades locais.
b. A tarefa descrita acima deve ser realizada nos centros de estu-
do religioso, com a assistência de obreiros da linha de frente e em
consulta com a comunidade, teólogos, missiólogos e administradores
da igreja.
c. Os diretorcs dos centros de estudos religiosos devem encaminhar,
para estudo no escritório de Missão Global da Associação Geral, ques-
tões e preocupações locais, não abordadas nas crenças fundamentais.
Diretrizes Batismais
Na preparação de novos conversos para o batismo e para eles se
tornarem membros da Igreja Adventista, estas diretrizes devem ser
seguidas:
a. O candidato deve dar evidência clara de uma experiência pes-
soal de salvação pela té em Cristo e de uma compreensão clara da
mensagem advcntista.
I). O candidato deve ser guiado pela comunidade local de crentes
até que esta tenha condições de testificar que o candidato alcançou
um adequado conhecimento e experiência da fé adventista.
c. O voto hatismal, como contido no Manual da Igreja, deve ser
considerado como resumo das crenças c experiências mínimas re-
queridas para o batismo.
4. Formas de Adoração
A medida que a Igreja Adventista continua a entrar em contato
com muitas culturas diferentes em países não cristãos, o assunto
relacionado às práticas apropriadas de adoração se torna muito relevante.
Missão Global 15
5. Contextuaii/ação e Sincretismo
A contextualizacão é definida neste documento como a tentativa clara
e intencional de comunicar a mensagem do evangelho de maneira cul-
turalmente significativa. A contextualizacão adventista é motivada pela
séria responsabilidade de cumprir a comissão evangélica em um mundo
caracterizado pela diversidade. Essa contextualizacão está baseada na
autoridade das Escrituras e na orientação do Espírito. Almeja a comuni-
cação da verdade bíblica de uma forma culturalmente relevante. Nessa
tarefa, a contcxtualização deve ser fiel às Hscrituras e .significativa à nova
cultura, considerando que todas as culturas são julgadas pelo evangelho.
A contextualizacão intencional do modo como comunicamos nos-
sa fé e prática é bíblica, legítima c necessária. Sem ela, a igreja se
depara com os perigos da má comunicação e incomprccnsõcs, perda
de identidade e Sincretismo. Historicamente, a adaptação tem acon-
tecido ao redor do mundo como parte crucial da propagação das três
mensagens angélicas a todo grupo étnico, nação, tribo e povo. Isso
continuará acontecendo.
À medida que a igreja alcança mais áreas não cristãs, a questão
do Sincretismo — a mistura de verdade religiosa e erro — torna-se um
desafio e ameaça constante. Isso ocorre em todas as partes do mundo
e deve ser levado a sério na prática da contextualizacão. Esse assunto
Missão Global 17
Novo Regulamento A 20
A 20 05 Razões. A missão de Deus para este mundo motiva e orien-
ta nossa missão. Por essa ra/.ão, a missão é o sangue (a vida) da Igreja
Advenlista. A missão está entrelaçada com nossa identidade, define
quem somos e por que existimos. No início de nosso movimento, toma-
mos a Grande Comissão (Mt 28:18-20) como nosso mandato divino,
motivados pela visão do evangelho eterno alcançando todas as nações,
tribos, línguas e povos (Ap 14:6-12). A busca genuína por Deus nas re-
ligiões mundiais provê um caminho paru a proclamação do evangelho.
Com a bênção de Deus, nossa igreja tem crescido, alcançando os
limitei; mais distantes da Terra. Quando começamos, nossa missão
nos colocou entre os povos que tinham tradições cristãs. Hoje, no
entanto, a missão nos leva a populações que estão enraizadas em
outras religiões mundiais. Alem disso, cm algumas áreas do mundo,
a conversão ao cristianismo não é bem aceita ou até mesmo truz risco
de morte para a pessoa. A história cio cristianismo indica que isso
praticamente jamais deixou de acontecer.
Ao mesmo tempo, o espírito do momento estimula a aceitação
de todas as religiões mundiais como expressões válidas do espírito
humano e desencoraja esforços para persuadir as pessoas a muda-
rem de uma religião para outra. Alguns teólogos cristãos até mesmo
defendem que a tarefa das missões é confirmar as pessoas em sua
própria religião — tornar hindus melhores hindus, muçulmanos me-
lhores muçulmanos, budistas melhores budistas, e assim por diante.
Entre adventistas, pode-se notar uma variedade de iniciativas e
metodologias em relação a pessoas de religiões e culturas diferentes.
Ao mesmo tempo cm que o interesse cm missão é louvável, a proli-
feração de abordagens torna ainda mais imperativa a exposição arti-
culada, simples e clara, pela igreja organi/ada, da natureza de nossa
missão — o que é e como a cumprimos — firmemente fundamentada
na autoridade das Escrituras.
Precisamos encontrar nosso mapa para a missão nas instruções es-
pecíficas e nos atos de Jesus e dos apóstolos, de acordo com o relato das
Escrituras. Em Sua soberania, o Senhor toma iniciativas para Se revelar
Declarações da Igreja 20
Cristo. Eles amam uns aos outros (Jo 13:31, 32); são unidos, apesar das
diferenças de etnia, cultura, sexo ou condição social (Ef 2:12-14; Gl
3:28); e crescem cm graça (2Pc 3:18). Eles, por outro lado, saem para
lazer discípulos entre outros povos e levam o ministério de compaixão,
ajuda c cura de Jesus ao mundo (Mt 10:7, 8).
Apesar de outros cristãos também pregarem o evangelho, os ad-
ventistas entendem que seu chamado c especial para proclamar as
boas-novas de salvação e obediência aos mandamentos de Deus.
Essa proclamação acontece durante o tempo do julgamento de
Deus e na expectativa do breve retorno de Jesus, que finaliza o con-
flito cósmico (Ap 14:6, 7; 20:9, 10).
A missão adventista, portanto, envolve um processo de proclama-
ção, o qual forma uma comunidade de crentes que reúne "a perse-
verança dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus c a lê
em Jesus" (Ap 14:12). Eles se distinguem por uma vida de serviço ao
próximo c aguardam ansiosamente a segunda vinda cio Senhor,
Ele era e o que tinha feito. Anunciaram perdão e vida nova somente através
dEle, c convidaram as pessoas ao arrependimento, em todas as partes, em
vista cio julgamento iminente e do retorno de Jesus (At 2:38; 8:4; l Co 2:2).
Eles proclamaram que somente uma pessoa poderia ser corrctamente ado-
rada como Senhor - Jesus Cristo: "Porque, ainda que há também alguns
que se chamem deuses, quer no céu ou sobre a Terra, como há muitos
deuses e muitos senhores, todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem
são todas as coisas e para quem existimos; e um só Senhor, Jesus Cristo,
pelo qual são todas as coisas, e nós também, por Ele" (iCo 8:5, 6).
Apesar de terem modificado a abordagem de acordo com os ouvintes,
eles nunca se desviaram de proclamar a singularidade de Jesus como a
esperança do mundo. Jamais sugeriram que haviam ido ajudar os ouvintes
a ter uma experiência espiritual mais profunda dentro da própria religião.
Pelo contrário, eles desafiaram as pessoas a se voltarem para a salvação
oferecida cm Cristo. Apesar de o apóstolo Paulo, cm Atenas, começar seu
discurso no Areópago se referindo a deuses que as pessoas estavam adoran-
do, ele os levou à mensagem de Jesus e à Sua ressurreição (At 17:22-31).
2. Escritunis de Oulnis Religiões. Paulo fez referência a escritos não
bíblicos em seu discurso em Atenas e em suas cartas (At 17:38; iCo
15:33;Tt 1:12), mas deu prioridade às Escrituras (o Antigo Testamento)
em sua proclamação e instrução às novas comunidades cristãs (At 13:13-
47;2Tm3:16, 17; 4:2).
No testemunho adventista, as escrituras de outras religiões podem
ser úteis na construção cie pontes, apontando elementos de verdade que
encontram seu significado mais amplo e mais rico na lííblia. Esses escri-
tos devem ser usados numa tentativa deliberada de apresentar a Bíblia
às pessoas como a inspirada Palavra de Deus e para ajudá-las a transferir
sua lealdade para as Escrituras como fonte de fé e prática. No entanto,
a nutrição e crescimento espiritual dos novos crentes tem que acontecer
com base na Bíblia e cm sua autoridade exclusiva (veja a declaração
sobre "Missão Global").
3. Contextualização. Jesus, como nosso modelo, foi o exemplo perfei-
to de amor em Seus relacionamentos com outros. Ao imitá-Lo em nos-
sa missão, devemos abrir o coração em comunhão honesta e amorosa.
O apóstolo Paulo descreveu como ele adaptou sua abordagem aos ouvin-
tes; "Porque, sendo livre de todos, fi/-me escravo de todos, a fim de ganhar
o maior número possível. Procedi, para com os judeus, como judeu, a lim
Mapa para a Missão 23
lista declaração foi aprovada c voiada pela Comissão Administrativa da Associaçõo Gcr<il
cm 12 de outubro de l SI92, durante o Concílio Anu;il realizado cm Silvcr Spring, Maryland,
COSMOVISÃO BÍBLICA
DA CRIAÇÃO
Esta declaração foi votada <-' aprovada lida Comissão Administrativa da Associação Geral,
cm 2.-Í «U1 junho ilc 2010. e apresentada à Assembleia da Associação Cienil, realizada de 24 de
junho a .-! de julho de 2010.
UMA AFIRMAÇÃO A RESPEITO
DA CRIAÇÃO
Introdução
As primeiras palavras da Bíblia estabelecem o Fundamento para
tudo o que vem a seguir. "No princípio, criou Deus os céus e a terra"
(Gn 1:1). Por todas as Escrituras, a Criação é celebrada como vindo
das màos de Deus, que é louvado c adorado como Criador e Mante-
nedor de tudo o que existe. "Os céus proclamam a glória de Deus, e
o firmamento anuncia as obras das Suas mãos" (Si 19:1).
A partir dessa visão de mundo, flui uma série de doutrinas in-
terconectadas, encontradas no centro da mensagem adventísta: um
mundo perfeito sem pecado e morte, criado há não tanto tempo; o
sábado; a queda de nossos primeiros pais; a disseminação do pecado,
decadência e morte, atingindo toda a criação; a vinda de Jesus Cristo,
Deus encarnado, para viver entre nós e resgatar-nos do pecado pela
Sua morte e ressurreição; a segunda vinda de Jesus, nosso Criador e
Redentor; e a restauração final de tudo o que loi perdido pela queda.
Como cristãos que levam a ISíblia a sério e buscam viver pelos
seus preceitos, os adventistus têm uma visão nobre da natureza.
Acreditamos que, mesmo no presente estado decaído, a natureza re-
vela o poder eterno de Deus (Km l :20). Cremos que '"Deus é amor'
está escrito em cada botão cie flor que se abre e em cada folha que
cresce no campo" (Ellcn G. White, Caminho a Cristo, p. 10).
Para nós, as Escrituras são inspiradas em sua totalidade e servem
de teste para todos os outros caminhos, incluindo a nature/.a, através
da qual Deus Sc revela, Temos grande respeito pelo conhecimento
científico e aplaudimos a importância dos departamentos de ciên-
cias cm nossas instituições de ensino superior e de saúde. Também
valori/amos o trabalho dos cientistas e pesquisadores adventistas do
sétimo dia não empregados pela igreja. Educamos estudantes em
nossos colégios e universidade a respeito de como empregar o méto-
do científico com todo o rigor. Ao mesmo tempo, recusamo-nos a res-
tringir nossa busca pela verdade às limitações impostas unicamente
pelo método científico.
Declarações da Igreja ?()
— . •»— —
As Conferências de Ké e Ciência
Duas Conferências Internacionais de Fé e Ciência foram realiza-
das, nos Estados Unidos - cm Ogden, Utah, em 2002, e em Den-
ver, Colorado, cm 2004 - com ampla representação internacional
de teólogos, cientistas e administradores da igreja. Além disso, sete1
das 13 divisões da igreja realizaram conferências para todo o seu ter-
ritório ou regionalmente, lidando com a interação entre fé e ciência
nas explicações sobre as origens. A comissão organizadora expressou
seu agradecimento aos participantes dessas conferências pelas suas
contribuições para este relatório.
A agenda da conferência de Ogden foi planejada para informar os
participantes sobre a variedade de maneiras em que ambas, teologia
e ciência, oferecem explicações para a origem da Terra e da vida.
As agendas das conferências nas divisões foram determinadas pelos
vários organizadores, apesar de que a maioria incluiu muitos dos te-
mas tratados cm Ogden. A última conferência em Dcnver concluiu a
série de três anos de estudos. Sua agenda começou com resumos das
questões na teologia e na ciência, em seguida passou para os temas
de fé e ciência na vida da igreja. Essas questões incluem:
v O contínuo lugar do conhecimento académico na igreja. Como
a igreja mantém a nature/a confessional de seus ensinos e ao
mesmo tempo permanece aberta ao desenvolvimento em sua
compreensão da verdade?
Uma Afirmação a Respeito cLi Criação 33
Observações Gerais
1. Aplaudimos a seriedade c dignidade que caracteri/aram as
conferências.
2. Notamos o forte sentido de dedicação e lealdade à igreja que
prevaleceu nas conlerências.
3. Experimentamos, mesmo quando houve tensões, que relações
cordiais foram mantidas entre os participantes, sendo que a boa von-
tade transcendeu as diferenças de opinião.
4. Testemunhamos nessas conferências um alto nível de conver-
gência nas compreensões básicas, especialmente o papel normativo
das Escrituras, o apoio dos escritos de Ellen Cl. White e u crença de
todos em Deus como o Criador beneficente.
5. Não encontramos apoio ou defesa ao naturalismo filosófico,
ideia de que o Universo veio à existência sem a açao de um Criador.
6. Reconhecemos que o conflito entre as cosmovisões bíblica e
contemporânea impacta tanto os cientistas quanto os teólogos.
Declarações da Igreja 34
Descobertas
1. O grau das tensões quanto à compreensão das origens varia ao
redor do mundo. Nas áreas em que a ciência tem feito maior progres-
so na sociedade, as questões entre os membros são mais amplas. Com
o avanço da ciência entre todas as sociedades e sistemas educacio-
nais, haverá um aumento correspondente de membros preocupados
em conciliar o ensinamento da igreja com as teorias naturais sobre as
origens. Um grande número de estudantes adventistas do sétimo dia
frequenta escolas públicas em que a evolução é ensinada e promovida
cm sala de aula sem que seja dado acesso a materiais e argumentos
correspondentes em favor do relato bíblico das origens.
2. A reafirmação da crença fundamental da igreja em relação à cria-
ção é fortemente apoiada. A crença adventista do sétimo dia na criação
literal e histórica em seis dias é teologicamente coerente com o ensino
de toda a Bíblia.
3. A criação é um pilar fundamenta! no sistema de doutrinas dos ad-
ventistas do sétimo dia - ela se relaciona diretamente com muitas se não
todas outras crenças fundamentais. Qualquer interpretação alternativa
da história da criação precisa ser examinada à luz de seu impacto em
todas as demais crenças. Várias conferências de Fé e Ciência revisaram
interpretações alternativas de Génesis l, incluindo a ideia de evolução
teísta. Essas outras interpretações carecem de coerência teológica com
o todo das Escrituras e revelam áreas de incoerência com o restante da
doutrina adventista do sétimo dia. Elas são, portanto, substitutos inacei-
táveis para a doutrina bíblica da criação abraçada pela igreja.
Uma Afirmação a Respeito da Criação 35
Afirmações
Como resultado das duas conferências internacionais c das sete confe-
rencias nas divisões, a comissão organizadora relata as seguintes afirmações:
Recomendações
A Comissão Organizadora das Conferências Internacionais de Fé
e Ciência recomenda que:
1. Em vista de ser alegado por alguns que há falta de clareza na
Crença Fundamental n° 6, seja a compreensão histórica adventista
do sétimo dia da narrativa de Génesis afirmada mais explicitamente.
Uma Afirmação a Respeito da Criação 37
Conclusão
A Bíblia tem início com a história da criação. É concluída com a
história da re-criação. Tudo o que foi perdido pela queda de nossos
primeiros pais é restaurado. Aquele que no princípio fez todas as
coisas pela Palavra de Sua boca leva a longa batalha com o pecado,
o mal e a morte a uma conclusão triunfante e gloriosa. Ele é Aquele
que habita entre nós e morreu cm nosso lugar no Calvário. Assim
como os seres celestiais cantaram de alegria na primeira criação, os
redimidos da Terra proclamam: "Tu és digno, Senhor e Deus nosso,
de reeeber a glória, a honra e o poder, porque todas as coisas Tu
criaste, sim, por causa da Tua vontade vieram a existir c foram cria-
das proclamando em grande voz: Digno é o Cordeiro que foi morto
de receber o poder, e rique/a, e sabedoria, e força, e honra, e glória,
e louvor "(Ap 4:11; 5:12).
Como resposta ao relatório "Uma AHrmaç3o a Hespeito da Cria-lo", fsk- documento foi
aceito e votado pela Comissão Administrativa âa Associação Geral no Concílio Anual realizado
cm Silvcr Spring. MaryLmd. listados Unidos, cm 13 d r outubro de 2004.
ESCRITURAS SAGRADAS
Ksla declaração foi votada pela Comissão Administrativa da Associação (ienil e divulgada
pelo ubinete do então presidente Robeit LS. FWkenbenj durante a assembleia da Associação
(itT.il ri'iiliziida cm Ulrechl, l lokmda. de 2 ) de junlio a H de julho de 1995.
A BÍBLIA SAGRADA
Preâmbulo
Esta declaração é dirigida a todos os membros da Igreja Adventis-
la, tanto eruditos bíblicos quanto não especialistas, com o propósito
de prover orientação sobre como estudá-la.
Os adventistas reconhecem e apreciam as contribuições dos eru-
ditos da Bíblia que, ao longo dos anos, desenvolveram métodos pro-
veitosos e fidedignos de estudos das Sagradas Escrituras, coerentes
com os seus ensinos e reivindicações. Os adventistas estão prontos a
aceitar e seguir as verdades bíblicas, valendo-se de todos os métodos
de interpretação que se coadunem com o que as Escrituras di/.em de
si mesmas. Esses métodos encontram-se esboçados nas pressuposi-
ções detalhadas a seguir.
Nas últimas décadas, o método mais destacado no estudo da Bí-
blia é conhecido como o "método crítico-histórico". Os eruditos que
usam esse método, como formulado classicamente, trabalham com
base em pressuposições que, sem estudar primeiramente o texto bí-
blico, rejeitam os relatos dos milagres e outros eventos sobrenaturais
narrados na Bíblia. Mesmo um uso modificado desse método, o qual
retenha o princípio crítico, subordinando a Bíblia à razão humana, é
inaceitável para os adventistas.
O método crítico-histórico minimiza a necessidade de fé em Deus
e a obediência aos Seus mandamentos. Além disso, uma vez que esse
tipo de método oblitera o elemento divino da Bíblia como um livro
inspirado (incluindo sua resultante unidade) e deprecia ou discorda
da profecia apocalíptica e das porções escatológicas das Escrituras,
instamos com os estudiosos adventistas da Bíblia a evitarem o uso de
pressuposições c deduções associadas ao método crítico-histórico.
Em contraste com o método crítico-histórico e suas pressupo-
sições, cremos representar valiosa ajuda declarar os princípios de
estudo da Bíblia que sejam coerentes com os ensinos das próprias
Escrituras, que preservem sua unidade e se fundamentem na pre-
missa de que ela é a Palavra de Deus. Tal abordagem nos levará a
uma experiência satisfatória e compensadora com Deus.
Métodos cie Kstudo da Bíblia 43
•t —
Espírito lhe indicou que escrevesse. Cada um fa/ sua própria contri-
buição especial para o enriquecimento, a diversidade c a variedade
das Escrituras (O Grande Conflito, p. 5, 6). O leitor deve permitir
que cada escritor bíblico surja e seja ouvido, ao passo que simultane-
amente reconhece a unidade básica da autorrevelação.
Quando passagens paralelas parecem indicar discrepância ou
contradição, pru< n i r a harmonia f u n d a m e n t a l . I r n l i . i mi i n m i c < ] i i r
as diferenças podem ter suas origens em pequenos erros dos copistas
(Mensagens Escolhidas, v. l , p. 16) ou podem ser o resultado de dife-
rentes ênfases e escolhas de material de variados autores que escre-
veram sob a inspiração e orientação do Espírito Santo para diferentes
audiências, sob diferentes circunstâncias (Mensagens Escolhidas, v. l,
p. 21, 22; O Grande Conflito, p. 6).
E possível não conseguir conciliar pequenas diferenças em de-
talhes irrelevantes à mensagem principal e clara da passagem. Em
alguns casos, o escrutínio terá que ser interrompido até que mais
informações e melhores evidências estejam disponíveis para resolver
uma aparente discrepância.
16. As Escrituras foram escritas com o propósito prático de re-
velar a vontade de Deus à família humana. Entretanto, a fim de não
interpretar mal certas declarações, é importante considerar que elas
foram dirigidas às pessoas de cultura oriental e expressas em sua
forma de pensamento.
Expressões como "o Senhor endureceu o coração de Faraó" (Ex
9:12) ou "um espírito maligno, enviado de Deus" (lSm 16:15), os Sal-
mos imprecatórios, ou os "três dias c três noites" de Jonas, compara-
dos com a morte de Cristo (Mt 12:40), comumcntc são mal compre-
endidos por serem interpretados hoje cie um ponto de vista diferente.
Um conhecimento prévio da cultura do Oriente Médio é indispen-
sável para compreender tais expressões. Por exemplo, a cultura hebraica
atribui a um indivíduo a responsabilidade por atos que ele não cometeu,
mas permitiu que ocorressem. Por essa razão, os escritores da Bíblia co-
mumente apresentam a Deus como tendo executado ativamente o que
em nosso pensamento ocidental diríamos que Ele permitiu ou não evi-
tou que acontecesse. É o caso do endurecimento do coração do Faraó.
Outro aspecto das Escrituras que confunde a mente moderna é a
ordem divina a Israel para empenhar-se em guerra e destruir nações
Declarações da Igreja 50
Conclusão
Na introdução de O Grande Conflito (p. 7), Ellen Wh i te declara:
"A Escritura Sagrada, com suas divinas verdades, expressas em lin-
guagem de homens, apresenta uma união do divino com o humano.
União semelhante existiu na natureza de Cristo, que era o Filho de
Deus e Filho do homem. Assim, é verdade com relação à Escritura,
como o foi em relação a Cristo, que 'o Verbo Se fez carne c habitou
entre nós' (Jo 1:14)."
Da mesma maneira como é impossível aos que não aceitam a
divindade de Cristo compreender o propósito de Sua encarnação,
é também impossível para aqueles que vêem a Bíblia meramente
como um livro humano compreender sua mensagem, apesar de seus
métodos cuidadosos e rigorosos.
Mesmo eruditos cristãos que aceitam a natureza divino-humana
da Escritura, mas cuja abordagem metodológica os leva a demorar-se
grandemente nos aspectos humanos da Escritura, correm o risco de
esvaziar a mensagem bíblica de seu poder, relegando-a a um segundo
plano, enquanto se concentram no meio de transmissão da mensa-
gem. Eles se esquecem de que o meio e a mensagem são insepará-
veis, e de que o meio sem a mensagem é como uma concha vazia que
não pode atender às necessidades espirituais da humanidade.
Um cristão consagrado usará apenas os métodos capazes de l;i/er
total justiça à nature/a dupla e inseparável das Escrituras, aumen-
tando sua capacidade de entender c aplicar a sua mensagem e de
fortalecer sua fé.
Estii declaração foi aprovada f votada pela Comissão Administrai i vá da Associação Geral,
em 12 tle outubro de 19Sh, durante o Concílio Anual realizado no Riu de Janeiro.
CONFIANÇA NO ESPIRITO
DE PROFECIA
IXta declaração fui aprovada c votada pfla assemMeia da Associação Geral realizada em
Utrccht, na Holanda, cm 30 de junho de 1995.
RESOLUÇÃO SOBRE O ESPÍRITO
DE PROFECIA
Esta declaração foi aprovada f votada pela Comissão Administrativa da Associação Gemi
c divulgada pelo gabinete do então presidente Rnbert S. Folkenberg, durante a assembleia da
Associação Geral realizada em Utrecht, Holanda, de 29 de junho a 8 de julho de
PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE
Kstn declaração loi aprovada c votada pela Comissão Administrativa da Associarão Gera)
para (íhiilgaçãn pelo gabinete d" entào prcsidrnU- llobc-rt S. HulkfTirxT^, durante o Conalio
Aiiuiil realizado cm Sã(j JHSÍ-. Costa Mica, do l" a H) de outubro de 1996.
MUDANÇAS CLIMÁTICAS
Hsta declaraçflo foi aprovada c vnlíitlii jx-lii Comissão Atlministr;itiv;i dii Associarão Geral,
cm 19 de dezembro de I99S,
FAMÍLIA
Esta declaração fni divulgada pelo eniào presidente da Associação Geral, Neal C. Wilson,
após consulta com os 16 vice-presidentes mundiais da Igreja Advenlista, em S de julho de
1990, durante a assembleia da Associação CJenil reiili/.ada cm Indianápolis, Indiana.
LAR E FAMÍLIA
Esta declaração foi divulgada pelo entik} presidente da Associação Geral. Neal C. Wilson,
após consulta com 16 \"ke presidentes mundiais díi Igreja Adventista, cm 27 de junho de
. durante a assembleia da Associação Cer.il n\ili/ada em Nova Orlcans, Louisiana,
MATRIMONIO
l .M. i i li'i L i i . n ^ i n 11 ii .i|irn\ , u l , i c \ o l . n l . i pele l ' ( M i n-,-..K i X i J r n m i M l .ii i\ ,1 d.t V.M I ( i.i^.V i ( .1 i . i l
e hlx.-r.nLi para publicação pelo gabinete do então presidente líoberl S. Polkcnbcri;, na assom-
b l f i a da Associação Geral realizada em Ulreclit. Holanda, de 29 de j u n h o a 8 de julho de- 1995.
VIOLÊNCIA DOMESTICA
Esta declaração foi votada pula Comissau Administrativa tia Associação Geral cm 27 de
agosto de 1996 c enviada para consideração pelo Concílio Anual rcali/ado cm São José", Coii.t
H i c H . d e t " , i l ( ) d e outubro de 1996.
USO, ABUSO E DEPENDÊNCIA DE
SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS
Esta declaração to i divulgada pelo então presidente da Associação Geral, Ncal C. Wilson,
após consulta com os 16 vice-presidentes mundiais da Igreja Advenlista, em julho de 1990,
durante a assembleia da Associação Geral realizada em Indianápolis, Indiana.
USO DE DROGAS
Esta declaríii,-ã(j foi divulgada pelo então presidente da Associação Geral. Neal C. Wilson.
.ir>ós ironsulta com os 16 vice-prcsidenles mundiais da Igreja Adventista, em junho cie
durante a assembleia da Associai,-â o (ieral realizada em Nova Orleans, Louisiana.
CIGARRO E ÉTICA
Esta decbraciio foi iiprovada c votada pela Comissão Administrativa da Associarão (.lor.il
pnra ser divulgada pelo gabinete do então presidente Hol>eii S. l 'nlkcnliiTg, duraiile o Concílio
Anual cm São José, Costa Mica, de l" a 10 de outubro de 1996.
O 'IABACO E O HABITO DE FUMAR
Esta declaração Foi votada pcLi comissão administrativa da Associação Geral e divulgada
|ifli) gabinete do então presidente Robert Folkenberg, durante a assembleia t Li Associação
< .ri.il rc-.ili/iida em Utrccht. Holanda, de 29 dt- junho a 8 de julh o de 1495.
JOGOS DE AZAR
Esta declaração foi votada pela Comissão Administrativa da Associação Geral para divul-
gação durante a assembleia da Associação Geral realizada em Toronto. Canadá, de 29 de junho
a 9 de julho de 2000.
ATMDADES COMPETITIVAS
Introdução
A Igreja Adventista c suas várias organizações, em sua preocupa-
ção com a competição e a rivalidade, desejam esclarecer sua posição
e recomendar certas diretrizes para atividades que possam envolver
competição. Estas proposições visam dar instrução e orientação a
membros, igrejas, associações e instituições da igreja, em conformi-
dade com a perspectiva da Bíblia e do Espírito de Profecia.
O Plano Divino
1. Um caminho melhor. O ideal é a cooperação e a unidade na igre-
ja de Deus, conforme ilustrado em l Coríntios 12:12-31, em que as
partes da igreja, simbolizadas pelas partes do corpo, trabalham juntas
para o bem do todo. Há solidária cooperação; não há rivalidade.
2. O plano de Deus para Sua obra. "A formação do caráter é a obra
mais importante que já foi confiada a seres humanos; e nunca antes foi
seu diligente estudo tão importante como hoje [...J; nunca antes jovens
foram defrontados por perigos tão grandes como hoje. [...] O plano de
vida estabelecido por Deus tem um lugar para cada ser humano. Cada
um deve aperfeiçoar os seus talentos até o máximo ponto; e a fideli-
dade no fazer isto coníere honra à pessoa, sejam muitos ou poucos
os seus dons. No plano divino não há lugar para a rivalidade egoísta"
(Educação, p. 225, 226).
Situações Específicas
Em conformidade com as declarações de propósito enunciadas,
as seguintes diretrizes são recomendadas para minimizar o uso de
competições caracterizadas pela rivalidade como ferramenta motiva-
dora dentro da igreja:
1. Não se deve estimular a exibição de atividades comerciais e
altamente competitivas.
2. Procurar atividades alternativas satisfatórias que evitem o pre-
judicial envolvimento competitivo.
3. No desenvolvimento de incentivos para a ação e participação
individuais, e o aperfeiçoamento pessoal no trabalho da igreja, estru-
turar o programa de tal forma que os indivíduos se relacionem com
um padrão de desempenho que não envolva rivalidade entre pessoas,
igrejas e instituições.
4. H importante que o ato de reconhecer os esforços ou realiza-
ções de indivíduos ou grupos seja de tal maneira que a glória pelo
sucesso do esforço seja dada a Deus, em vez de fomentar a glorifica-
ção de indivíduos.
5. Deve-se planejar uma atividade ou um programa que propor-
cione certo nível de sucesso para cada participante, ajudando a pre-
servar a individualidade, a identidade, a personalidade e a constante
dependência de Deus. Cada pessoa receberá algum grau de reco-
nhecimento. Mas tal reconhecimento deve evitar extravagâncias ou
diferenças extremas.
6. Ao reconhecer as realizações, deve-se procurar melhorar a efi-
ciência da pessoa no trabalho do Senhor.
7. Os relatórios estatísticos envolvendo crescimento em número
de membros e em questões financeiras devem ser usados para incen-
tivar as boas obras, e não como ferramentas que expressem atitudes
de rivalidade, criadas para facilitar a eficiência de organizações.
8. Os sistemas de avaliação com notas nas instituições educa-
cionais devem refletir o crescimento e o desenvolvimento pessoal
do estudante, bem como o seu domínio das exigências essenciais da
matéria, cm vez de refletir sua posição relativa entre os colegas.
Atividades Competitivas
Esportes Intcrescolares
Os adventistas se opõem a um programa organizado de campeo-
natos esportivos entre escolas envolvendo seu sistema educacional.
As duas razões básicas para isso são as seguintes:
1. Os riscos inerentes às rivalidades competitivas têm o potencial
de aumentar em eventos interorgani/acionais.
2. O tempo, o pessoal e os recursos financeiros são geralmente
desproporcionais ao número de pessoas em condições de participar.
Conclusões
1. Os cristãos devem atuar com os mais elevados motivos em sua
busca de excelência atlélica.
2. Os jogos amistosos ocasionais envolvendo instituições em reu-
niões sociais conjuntas não são classificados como atletismo inter-
mural ou interescolar.
3. Todos têm talentos - uns mais, outros menos. Deus espera
fidelidade no serviço sem considerar os talentos ou a remuneração
(Mt 20:1-16). Embora os talentos sejam distribuídos diferentemen-
te, Deus espera que as pessoas desenvolvam ao máximo a sua capa-
cidade; e lhes será dada responsabilidade segundo a sua fidelidade.
O lembrete das Escrituras c: "Tudo quanto fi/erdes, l'a/,ci-o de todo
o coração, como para o Senhor e não para homens, cientes de que
recebereis do Senhor a recompensa da herança" (Cl 3:23, 24).
l . l', reconhecido que em i n u i l o s sistemas educacionais d promoção de um nível escolai
para outro se baseia na obtençflode ali.is nolascm e.\;imes competitivos. A admissão às escolas
profissionais e de pós-graduaçlo, necessárias no preparo para determinadas vocações, c nmcc
didn àqueles que se destacarem acima de seus colegas em certos exame-, ou pela conquista de
alias notas cm classe. Também o sucesso em profissões muito disputadas só pude ser alcança-
do pelo desempenho em um nível mais elevado i|ue os outros. Sendo que alguns aspectos da
competição são inerentes i) vida moderna, o verdadeiro cristã» os minimi/ará o máximo possí-
vel. Espera-se que as diivli i/es aqui apresentadas sejam proveitosas na erradicação da rivali-
dade egoísta ou competição doentia, que ê prejudicial ao desenvolvimento do carálcr criM.lo
Esta declaração Io i aprovada pela Comissão Administrativa da Associação Geral, em 7 de
outubro cie 19HH, durante sessão do Concílio Anual realizado em Nairobi, Quénia,
AS INSTITUIÇÕES DE SAÚDE
Princípios
1. Cristo ministrou à pessoa como um todo. Seguindo Seu exem-
plo, a missão da Igreja Adventista inclui um ministério de cura ao ser
humano como um todo - corpo, mente e espírito. O ministério da
cura inclui cuidado e compaixão pelos enfermos e sofredores, lam-
bem inclui a preservação da saúde. O ensino dos benefícios do cum-
primento das leis de saúde, o inter-relacionamento das leis naturais
e espirituais, a responsabilidade do ser humano perante essas leis e
a graça de Cristo (que assegura o viver vitorioso) estão integrados no
ministério da cura.
2. As instituições de saúde (hospitais, clínicas médico-dentárias.
sanatórios e asilos, centros de reabilitação, etc.) funcionam como
parte integral do ministério total da igreja e seguem as normas da
mesma. Isso incluí a manutenção da santidade do sábado, promo-
vendo uma atmosfera sabática para os funcionários e pacientes, evi-
tando atividades de rotina, diagnósticos facultativos e terapias op-
cionais no sábado. Essas normas também incluem o incentivo de
uma dieta ovolactovegetariana isenta de estimulantes e álcool e um
ambiente livre da fumaça do cigarro. C) controle do apetite será pro-
movido, o uso de drogas com potencial para o abuso será controlado
c não serão permitidas técnicas que envolvam o controle de uma
mente por outra. As instituições são dirigidas como parte da igreja,
com atividades e práticas claramente definidas como o testemunho
cristão típico dos adventistas.
3. As instituições adventistas de saúde conferem alta prioridade à
dignidade pessoal e às relações humanas. Isso acontece por estarmos
em harmonia com a reafirmação da dignidatlc humana por Cristo e
Sua demonstração de amor, que perdoa e ajuda sem levar em cnnt;i
o passado e mantém o direito de escolha individual no futuro. Isso
inclui diagnósticos e tratamentos apropriados por pessoas compe-
tentes; um ambiente seguro e solícito que contribua para a eura da
mente, corpo e espírito; e educação nos hábitos saudáveis de vida.
Também envolve cuidado de acordo com a vontade do paciente ter-
minal e a sua família.
As Instituições de Saúde 83
lístii declaração foi divulgada pela Comissão Administrativa da Associação Geral durante
o Concílio Anu;il n\ili/.ido um Nairòbi, Quénia, em outubro de 1988.
COMPROMISSO COM A
SAÚDE E A CURA
l^ste documento foi votado pela Comissão Administrativa <ta Associação í lurai na assem-
bleia do Concílio A n u a l rrali/ado c-m Silvvr Spring. Marylaiul. KsUidos Unidos, cm 14 de
outubro de 2009.
O CUIDADO DOS PACIENTES
TERMINAIS
Esta declaração de consenso foi aprovada c votada pela Comissão Administrativa da Asso-
ciação Geral, em 9 de outubro de 1992, durante sessão do Concílio Anual realizado em Silver
Spring, Maryland.
AIDS
Esta declaração foi apresentada pelo então presidente da Associação Geral, Neal C. Wil-
son, depois de consulta com os 16 vice-presidentes mundiais da Igreja Adventista, em 5 de
julho de 1990. durante a assembleia da Associação Geral realizada cm Indiíinápolis, Indiana.
AIDS: UMA RESPOSTA ADVENTISTA
Introdução
A Aids (síndrome da imunodeficiência adquirida) se agiganta a
cada semana. Tememos por nós mesmos e por nossas famílias. Preo-
cupamo-nos ao ver que não há nenhuma vacina ou cura à vista para
os próximos anos. Acima de tudo, querendo ser fortes, nos sentimos
desajustados em face de algo que está se tornando a epidemia do
nosso tempo.
Como reagirão os adventistas à crise global? Como reagirão a ad-
ministração de nossa igreja, seu sistema educacional, seu sistema de
saúde e as igrejas locais? Como reagirão as pessoas? Por sua reação à
epidemia da Aids, os adventistas demonstram sua missão e seu pro-
pósito. Devemos indagar: "Nossa missão e nosso propósito revelam
fielmente o caráter de Deus conforme refletido na vida e nas ações
de Jesus Cristo?" Desejando revelar o amor redentor de Cristo, pre-
cisamos separar a doença do problema da moralidade, demonstrando
uma atitude positiva e compassiva para com as pessoas com Aids,
oferecendo aceitação e amor, e suprindo suas necessidades físicas
e espirituais. Devemos sentir-nos envergonhados quando vemos a
rejeição social de pessoas com Aids.
Devemos estar bem informados sobre os perigos e meios de pro-
pagação da Aids. Devemos u t i l i / a r a informação para proteger-nos e
partilhar com outros a prevenção.
O que é a Aids?
A Aids é uma doença contagiosa causada por um vírus denomi-
nado vírus da imunodeficiência humana (HIV). O vírus penetra no
sangue e invalida uma parte vital do sistema imunológico do corpo
humano. Isso deixa o corpo incapa/, de se defender contra uma am-
pla variedade de infecções e certos tipos de câncer.
A ciência medica está trabalhando intensamente para combater
a Aids. Alguns medicamentos retardam o início da Aids e outros de-
monstram-se eficazes contra algumas das infecções adquiridas pelas
pessoas com Aids, mas atualmente não há nenhuma vacina ou cura
para a Aids e provavelmente não haverá no luturo próximo.
Declarações da Igreja 92
Sintomas da Aids
Logo depois de adquirir o vírus, os seres humanos podem transmitir
a enfermidade, embora se sintam bem e não tenham nenhum sintoma.
O exame de sangue comumente usado para o vírus permanece negativo
por dois a seis meses depois do contato inicial e, em casos raros, mais de
do/e meses. Depois que o exame de sangue para o vírus se torna positi-
vo, as pessoas geralmente continuam livres de sintomas por vários anos.
Durante esse período de incubação, elas podem continuar propagando o
vírus a outros. A Aids geralmente se desenvolve dentro de cinco a quinze
anos, a partir da infecção. Neste momento (1990), parece que quase to-
dos os infectados por H1V desenvolverão finalmente os sintomas e mor-
rerão dessa enfermidade.
Um estágio intermediário da infecção, chamado Complexo Relacionado
com a Aids ou CRA (em inglês, Aids-Helated Complex ou ARC), mostra-se
em uma variedade de sintomas, inclusive perda do apetite, perda drásti-
ca de peso, febre, erupções na pele, gânglios linfáticos intumescidos, diar-
reia, suores noturnos, fadiga e fraqueza. As pessoas atacadas [iodem morrer
de CRA sem desenvolver as infecções específicas associadas com a Aids.
As pessoas com Aids comumente sofrem repetidos acessos de enfermida-
de, muitos deles por causa das infecções, Estes podem ser assinalados por
pneumonia, graves infecções da boca, garganta ou intestinos, diarreia, perda
de peso, febre prolongada e cânceres incomuns. O vírus pode também ata-
car o sislema nervoso e prejudicar o cérebro, causando perda de memória e
de coordenação, fraqueza profunda e mudança de personalidade.
Este documento do estudo foi publicado pda (.'omissão sobre Aids díi Associação Geral
r divulgado |>i'lu Departamento de Saúde c lemperança durante a assembleia da Associação
Ccral realizada em Indlanápolis, Indiana, em
EPIDEMIA DE AIDS
Análise
A epidemia global de Aids exerce um profundo impacto sobre a
missão evangélica mundial da Igreja Adventista. Os dirigentes da igreja
são chamados a reagir por meio de iniciativas em educação, preven-
ção e serviço à comunidade, e através de atos pessoais de bondade
para com as pessoas e famílias envolvidas na crise. A Aids não respeita
fronteiras nacionais, a condição de membro da igreja, género, estado
civil, educação, renda ou posição social. Em muitos países, ela está
dizimando a população, tirando a vida de muitas pessoas, inclusive de
membros da Igreja Adventista. Todos, principalmente os jovens, que
estão crescendo em uma era de frouxidão moral, precisam ser ensina-
dos nos princípios bíblicos da sexualidade. Devem conhecer o desígnio
divino de que a intimidade sexual seja experimentada dentro da pro-
teção do pacto matrimonial. A liderança deve fornecer aos membros
informação digna de crédito, apresentada em sua própria linguagem
e sensível à sua própria cultura. A igreja é chamada a ser ao mesmo
tempo uma voz profética e compassiva, o porta-voz e as mãos de Deus
ao estender o ministério cie Cristo à comunidade.
A missão global da igreja, ao alcançar todos os povos, atrai para a
sua comunhão muitos que estavam contaminados pelo vírus da Aids
antes de se unirem a ela ou que estão contaminados por terem mem-
bros da família com a doença. A epidemia é de tal magnitude que
nenhuma família permanecerá finalmente intocada. Muitos são in-
fectados sem nenhuma ação da sua parte. A atitude de julgamento é
sempre inadequada, principalmente porque a tonte da contaminação
não pode ser determinada com certe/a. Muitos têm experimentado
vergonha, temor e agonia devido ao fato de membros da família terem
sofrido e morrido de Aids. Frequentemente, eles se sentem compeli-
dos a manter em sigilo sua dolorosa situação. Do mesmo modo como
Cristo veio para oferecer cura a um mundo sofredor, assim os adventis-
tas são comissionados a cuidar compassivamente daqueles que sofrem
e estão contaminados pelo vírus da Aids. Os membros podem servir
com segurança como auxiliadores, no lar e nas instituições de saúde,
se forem educados de maneira correia para agir assim.
Declarações cia Igreja 98
Recomendações
A Igreja Advcntista reconhece sua responsabilidade cristã de rea-
gir à crise global da Aids e seus efeitos devastadores sobre a humani-
dade. Ela deseja atuar de múltiplas maneiras, que incluem:
1. Estender o ministério de ensino e restauração de Cristo, que
sem preconceito cuidava de todos os necessitados. Devemos nos em-
penhar em esforços para reduzir o risco de as pessoas contraírem
Aids e, compassivamente e sem atitude de julgamento, cuidar de
todos aqueles que são afetados quando um indivíduo sofre de Aids.
2. Designar uma pessoa em cada Divisão para que, juntamente
com o pessoal e os recursos financeiros conseguidos, possa respon-
der aos desafios da Aids através de iniciativas apropriadas e esforços
cooperativos com outras entidades da comunidade ou do país.
3. Desenvolver e administrar programas de educação sobre a Aids,
utilizando o recurso do HIV/AIDS Cuide (Guia Sobre HIV/AIDS)
quando aplicável. 1 Os programas devem estar contextualizados de
acordo com as peculiaridades linguísticas e culturais, e dirigidos a:
a. Pastores. Os cursos de educação contínua e as reuniões minis-
teriais devem preparar os pastores para lidar com membros
atingidos pela crise da Aids. Os pastores precisam de infor-
mação sobre como promover a prevenção, desenvolver um
ministério compassivo e desempenhar funções eclesiásticas
como a realização de um serviço fúnebre para uma pessoa
contaminada pela Aids.
b. Professores. Aos docentes devem ser oferecidos educação per-
manente e treinamento local, com ênfase na transmissão dos
valores espirituais e no desenvolvimento de habilidades entre
os jovens para enfrentar as pressões sexuais.
c. Pais, Os pais devem ser conscienti/ados quanto à necessida-
de de ter um estilo de vida que preserve os valores cristãos,
reconhecendo que as relações conjugais e qualquer uso de
álcool ou de outras substâncias ofensivas têm um efeito nega-
tivo direto sobre os valores c as práticas sexuais de seus filhos.
d. Membros da igreja. Os membros podem ser ensinados por
meio de sermões, lições da Lscola Sabatina, aconselhamento
pré-maríta! e atividades que fortaleçam o casamento, semi-
nários sobre a Aids e currículos educacionais que apresentem
Epidemia de Aids 99
Esta declaração foi divulgada por Neal C. Wilson, então presidente da Associação Curai,
após consulta com os 16 vice-presidentes mundiais da Igreja Adventista. em S de julho de
1990. dur;inle a assembleia da Associação Geral realizada em Indianápolis. Indiana.
POBREZA GLOBAL
l .sl;i declarac&O foi aprovada e votada pela Comissão Administratívu da Associarão Geral,
em 2 í de junho de 2010, e divulgada na assembleia da Associação Geral, reali/.nl.i em \tlanta,
Geórgia, Listados Unidos, de 24 de junho a -í de julho de 2010.
HOMOSSEXUALIDADE
Ksta declaração foi votada em 3 de outubro de 1999. tlunintc o Concílio Anua! da Comis-
são Administra li vá dii Associação Cloral roali/udo cm Silvcr Sprinft, Marylaiul.
UNIÃO HOMOSSEXUAL E
CASAMENTO CRISTÃO
l .sit- documento foi aprovado e veiado pela Comissão Administrativa da Associação Geral,
cm 9 de março de 200-4.
RELAÇÕES HUMANAS
Esta declaração Itii aprovada c votada pela Comissão Administrativa da Associação Cícral
c divulgada pelo gabinete do então presidente líolxTl S. Folkenberg, durante a assembleia d.)
Associacãu Geral realizada em Utrechl, Holanda, de 29 de junho a 8 de julho de 1995.
DIREITOS HUMANOS
(Declaração Feita a Propósito do 50" Aniversário
da Declaração Universal dos Direitos l Iiinianos)
Ksla declaração foi votada pela Comissão Administrativa da Associarão Geral, em l 7 dt:
novembro de 199}}, e divulgada pelo Departamento de Relações Públicas da Associação Geral.
RELAÇÃO ENTRE PATRÕES
E EMPREGADOS
Introdução
Membros, entidades e instituições da Igreja Advcntista fazem
parle de quase todos os sistemas políticos e legais do mundo. De
tempos em tempos, membros e administradores da igreja buscam
orientação sobre como os cristãos devem responder às solicitações
ou exigências feitas por patrões, organizações de trabalho e governos.
Tendo em vista a grande variedade de situações políticas, legais e
culturais, c impossível oferecer recomendações específicas que se
apliquem igualmente a todos os lugares. Os princípios bíblicos e va-
lores espirituais, no entanto, provêem um fundamento comum.
A história das relações entre patrões e empregados é testemunha
das falhas e dos excessos aos quais as instituições humanas e orga-
nizações estão propensas. A industrialização cia sociedade introduziu
mudanças consideráveis na maneira como o trabalho era organiza-
do, administrado e realizado. Grupos ou associações de pessoas do
mesmo ramo de trabalho levaram à formação dos sindicatos, que se
tornaram agentes de negociações coletivas em favor dos empregados.
A relação entre os sindicatos e os empregadores tem variado de ad-
versários para colaboradores.
Atuulmente, são diversas as influências que atuam sobre o ambien-
te de trabalho; sistemas políticos, legislação e políticas de comércio,
economia, tecnologia, sindicatos e organizações profissionais. Essas
entidades preenchem funções desde a regulação da indústria, licen-
ciamento de profissionais, definição de trabalho, advocacia e represen-
tação de empregados, codificação de melhores práticas e a formulação
de condutas éticas. A multiplicidade de organizações e funções desafia
a generalização, Portanto, é importante identificar e reiterar princípios
e valores gerais que provêem uma base cristã para lidar com questões
particulares no ambiente de trabalho.
A visão advcntista da relação entre patrões e empregados é baseada
nos ensinamentos e narrativas da Bíblia, especialmente aqueles que
lidam com criação, pecado e seus efeitos sobre pessoas e comunidades,
Relação Kntrc Patrões e Empregados III
Princípios e valores
1. Os seres humanos, apesar de corrompidos peio pecado, ainda
apresentam semelhança com Deus ((in 1:26, 27). Portanto, todos de-
vem ser tratados com respeito e justiça. A liberdade para exercer julga-
mento moral e ético é um ingrediente essencial na dignidade humana.
2. Para um cristão, o senhorio de Jesus Cristo permeia toda
a vida; suas atitudes, ações c relacionamentos (Is 8:13; M t 6:24;
At 5:29; Cl 3:23, 24). Outras fontes de autoridade devem estar su-
bordinadas à autoridade de Cristo e, a não ser como complemento,
não são nem seguras, nem confiáveis.
"O mundo não deve ser critério para nós. Deixai que o Senhor
atuc. Ouça-se a vo/, do Senhor" (Ellen G. White, Testemunhos Para
Ministros, p. 463).
'"Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a
tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento,
e ao teu próximo como a ti mesmo' {Lc 10:27). Essas palavras resu-
mem todo o dever do homem. Significam a consagração de todo o
ser, corpo, alma e espirito, ao serviço de Deus. Como [iodem os ho-
mens obedecer a essas palavras e ao mesmo tempo comprometer-se
a apoiar aquilo que priva seus vizinhos da liberdade do ação? E como
podem os homens obedecer a essas palavras e formar combinações
que roubam às classes mais pobres as vantagens que justamente lhes
Declarações da Igreja 112
Esm di-claração foi votada durank- o Concílio Anual da Associação Geral, irn l -l de outu-
bro 111 2003, em Silvcr Spríng. Marybnd. listados Unidos.
AS MUDANÇAS SOCIAIS
E A MISSÃO
Esta declaração foi liberada por Neal C. Wilsun, então presidente da Associação Geral,
após consulta com l d vice-presldentes mundiais da Igreja Adventista, em 27 de junho de
1985, durante a assembleia da Associação Geral realizada em Nova Ork-.ms, Louisiana.
MENSAGEM DE PAZ ÀS PESSOAS
DE BOA VONTADE
Hstii declaração Ini BOOtade pela assembleia da Associação Geral reuli/ada em Dálias.
Tr\,is. cm abril de 1980.
APELO EM FAVOR DA PAZ
Guerra Total
A humanidade tem, desde o meio cio século passado, vivido em uma
era de guerra total. Essa guerra total implica a possibilidade teórica de,
exceto pela providência de Deus, os habitantes da Terra poderem ex-
terminar complcramente a civilização. Armas nucleares e bioquímicas
de destruição em massa estão apontadas para diversos centros popu-
lacionais, Nações e sociedades inteiras estão mobilizadas para a guerra
ou são alvo dela. Quando explodem os conflitos, são conduzidos com a
maior violência e destruição. As justificativas para a guerra têm se torna-
do mais complexas, apesar de os avanços tecnológicos tornarem possível
maior precisão na destruição de alvos, com um mínimo de efeitos civis.
Os Pilares da Paz
Tanto da perspectiva cristã como da prática, qualquer paz duradoura
envolve pelo menos quatro ingredientes: diálogo, justiça, perdão e re-
conciliação.
Diálogo. Precisa haver diálogo e conversação, em vez de provocações
c gritos de guerra. A paz duradoura não provém de meios violentos, mas
é alcançada por meio de negociação, diálogo e, inevitavelmente, compro-
misso político. A longo pra/o, o discurso racional tem autoridade superior
à força militar. Os cristãos, em particular, devem sempre estar prontos a
"arrazoar", conforme diz a liíblia.
Justiça, Infelizmente, o mundo está mergulhado na injustiça, e uma con-
sequência disso é a discórdia. Justiça e paz andam juntas, da mesma forma
que a injustiça está unida à guerra. A pobreza e a exploração humana criam
descontentamento c falta de esperança, que levam ao desespero e à violência.
Apelo em Favor da Paz 123
Por outro lacto, "a Palavra de Deus não sanciona nenhum plano que
enriqueça uma classe pela opressão c o sofrimento de outra" (Ellen G.
White, A Ciência do Bom Viver, p. 187).
A justiça requer respeito aos direitos humanos, em especial à liberdade
religiosa, que lida com as mais profundas aspirações e dá sustentação a
todos os direitos humanos. A justiça requer a não discriminação, respeito
pela dignidade e igualdade humanas e uma distribuição mais igualitária
do que é necessário para viver. As políticas sociais e económicas podem
produzir a paz ou o descontentamento. O interesse advcntista pela justiça
social fica evidente através do apoio e da promoção da liberdade religiosa, e
por meio das organizações c departamentos da igreja que atuam para aliviar
a pobreza e as condições de marginalização. Tais esforços da parte da igreja
podem, no decorrer do tempo, reduzir os ressentimentos e o terrorismo.
Perdão. O perdão é normalmente considerado necessário para res-
taurar relacionamentos desfeitos. Ele é destacado na oração que Jesus
pediu que Seus seguidores fizessem {Mt 6:12). No entanto, não devemos
negligenciar suas dimensões coletivas, sociais e até mesmo internacio-
nais. Para haver paz é vital remover as cargas do passado, ir além dos
desgastados campos de batalha e atuar na direção da reconciliação. No
mínimo, isso requer sanar injustiças c violência do passado; e, nas me-
lhores condições, isso envolve o perdão, que absorve a dor sem retaliação.
Devido à natureza humana pecaminosa e à violência resultante dela,
alguma forma de perdão é necessária para quebrar o ciclo de ressenti-
mento, ódio e revanche em todos os níveis. O perdão vai contra a essên-
cia da natureza humana. É natural para seres humanos agir com revan-
chismo c pagar o mal com o mal.
Há, no entanto, em primeiro lugar, a necessidade de promover uma
cultura de perdão na igreja. Como cristãos c líderes eclesiásticos, é nosso
dever ajudar as pessoas e nações a se libertarem das correntes da violên-
cia do passado e recusarem a repetição continuada, geração após gera-
ção, da condição de violência e ódio.
Reconciliação. O perdão provê uma base para a reconciliação e a
restauração dos relacionamentos que se tornaram alienados e hostis.
A reconciliação é o único caminho para o sucesso quando o objctivo
é a cooperação, a harmonia e a paz.
Apelamos às igrejas e aos líderes cristãos para que exercitem um minis-
tério de reconciliação e ajam como embaixadores da boa vontade, abertura
Declarações da Igreja 124
e perdão (ver 2Co 5:17-19). Essa sempre será uma tarefa difícil e sensível.
Tentando evitar as muitas ciladas políticas do caminho, devemos, no en-
tanto, proclamar a liberdade — liberdade da perseguição, da discriminação,
da pobre/a extrema e de outras formas cie injustiça. É uma responsabilida-
de cristã empenhar- se para providenciar protcção àqueles que estão em
perigo de serem violados, explorados e aterrorizados.
Pacificadores
A Igreja Adventista deseja se posicionar a favor da harmonia não coer-
civa do reino vindouro de Cristo. Isso requer o estabelecimento de pon-
tes para promover a reconciliação entre os vários lados de um conflito.
Nas palavras do profeta Isaías, "serás chamado reparador de brechas e
restaurador de veredas para que o país se torne habitável" (Is 58:12).
Jesus Cristo, o Príncipe da Paz, quer que Seus seguidores sejam pacifi-
cadores na sociedade, e por isso os chama de bem-aventurados (Mt 5:9).
A Esperança Cristã
Mesmo que a pacificação possa parecer uma tarefa muito dilícil,
há a promessa e a possibilidade de transformação através da reno-
vação. Toda violência e terrorismo são na verdade um aspecto do
conflito contínuo, em termos teológicos, entre Cristo e Satanás. O
cristão tem esperança por causa da segurança de que o mal - o mis-
tério da iniquidade - vai continuar até ser derrotado pelo Príncipe da
Paz, e o mundo será renovado. Essa é nossa esperança.
O Antigo Testamento, apesar do relato de guerras e violências,
aponta para uma nova criação e promete, da mesma forma que o
Novo Testamento, o fim do ciclo vicioso da guerra e do terror, quan-
do armas serão destruídas e, em lugar delas, serão providenciadas
ferramentas para a agricultura, e a paz e o conhecimento de Deus e
Seu amor cobrirão todo o mundo como as águas cobrem os oceanos
(ver Is 2:4, 11:9).
Enquanto isso, precisamos, em todos os relacionamentos, seguir
a regra áurea, que requer que façamos aos outros o que desejaríamos
que fosse feito a nós {ver Mt 7:12). Isso significa não somente amar
a Deus, mas amar como Deus ama (ver IJo 3:14, l 5; 4: l l , 20, 21).
I.M.i declarai,-.!" foi votada iluranlc o concilio il;i Cnin. n 1-1,1 il.i fmniss.in \ d m i m s i i , i t i v . i
tia Aasoclaçflo Geral, t-m 18 cie abril de 2002, realizado em Silvor Spring. Murybnd. Estados
Unidos.
A CRISE DE KOSOVO
Esta declaração oficial cm n o nu1 da Igirju Adventisla foi divulgada oní J dr ilc/rmimi tlt-
20US |)do Departamento de Comunicação da Associação Geral, cm Silver Sprinj;, Maryland,
Ksludos Unidos.
PORTE DE ARMAS
Bsta declaração foi liberada pelo cnlão presidente da Associação Geral, Neal C. Wilson,
após consulta com os 16 vice-presidcntcs d;i Igreja Adventísta, em S de julho de 1990, durante
a assembleia da Associação Cieral realizada em Indianápolis. Indiana.
ALFABETIZAÇÃO
l si,i declaração Foi aprovada pela Comissão Administrativa da Associação Gemi e divulga-
da pelo gabinete do então presidente Robcrt S. Folkenberg, ilunmU' ;i assembleia d;i Associa-
ção Gerul realizada em Utrecht, Holanda, de 2l> de junho a S de julho de 1995,
LIBERDADE RELIGIOSA (I)
Esta declaração fui u provada c votad.i pela Comissão Administrativa da Associação Geral
c divulgada pelo gabinete do então presidente Robert S. Rolkenberg, durante a assembleia da
Associava» Geral reali/adu t1 m Utrechi. Holanda, de 29 de junho a B de julho de
LIBERDADE RELIGIOSA (II)
Esta declaração foi aprovada c votada pela Comissão Administrativa da Associarão Geral
para ser divulgada pelo gabinete do então presidente Hoherl S, holki-nborg, durante <> Concílio
Anu.il re.ili/.ulo cm São J o st1, C'mia Itica. de l" a 10 de outubro de 1996.
MINORIAS RELIGIOSAS E
LIBERDADE RELIGIOSA
l M.i il.'i Idr.iv-" 1 l"i \ot.uLi cm 29 de setembro ilt- 1999, dunintf o Concílio Anual il.i Co-
missão Administrativa da Assni-i.i^fto (;i>™l rc.iliAido cm Silvcr Spring, Maryland.
LIBERDADE RELIGIOSA,
EVANGELISMO E PROSELITISMO
l M,i declaração loi votlda pela Comissão Administrativa da Associação ticr.il p.ir.i ser
i l m i l i L . n l . i durante .1 assembleia da Associação Geral realizada cm Toronto, Canadá, de 21) de
junho j S do |ulho de 2000.
CATOLICISMO ROMANO
Esta declaração foi registrada em H tU- abril tli- 1497 pda Comissão Administrativa da
Associação Gerai e divulgada pelo gabinelc do então presidente línbcrt S. Holkenbcrg.
MOVIMENTO ECUMÉNICO
obediência (veja Jo 17:6, 13, 17, 19, 23, 26). Os "ecumentusiastas" (para
criar uma palavra) parecem tomar como certas a unidade orgânica final e
a comunhão da grande maioria das igrejas. Enfatizam o "escândalo da di-
visão" como se esse fosse realmente- o pecado imperdoável. A apostasia e
a heresia são grandemente ignoradas. Contudo, o Novo Testamento mos-
tra a ameaça da inserção anticristã dentro do "santuário de Deus" (2Ts
2:3, 4). O quadro escalológico da igreja de Deus antes cia segunda vinda
não é o de uma mcgaigreja reunindo toda a humanidade, mas o de um
"remanescente" da cristandade, aqueles que "guardam os mandamentos
de Deus c têm o testemunho de Jesus" (veja Ap 12:17).
Há claramente um ponto no qual a heterodoxia e um estilo de vida
não cristão justificam a separação. C) Concílio Mundial de Igrejas não
enxerga este ponto. A separação e a divisão a fim de proteger e preservar
a pureza e a integridade da igreja e sua mensagem são mais desejáveis do
que a unidade em mundanismo e erro.
Além disso, os adventistas sentem-se desconfortáveis com o fato de
que os líderes do Concílio Mundial de Igrejas parecem dar pouca ênfase
à santificação c ao reavivamento pessoal. Há indicações de que alguns
vêem tal ênfase como um antiquado resíduo pictista, não um ingredien-
te vital de uma vida crista dinâmica. Preferem abafar a piedade pessoal
em favor da moralidade social. Contudo, na compreensão adventista, a
santidade pessoal é o material do qual é feita a moralidade social. Sem
cristãos genuinamente convertidos, qualquer unidade organizacional for-
mal c artificial e de pouca relevância.
e uma boa consciência (lPé 3:15, 16). Contudo, há nas fileiras ecuméni-
cas um perigo quase implícito de amenidade e relativização das crenças.
Todo o conceito de heresia é questionado. Ultimamente, questiona-se
até mesmo a ideia de "paganismo".
A ideia de que todas as formulações denominacionais de verdade
são relativas e estão condicionadas ao tempo, sendo portanto parciais
e inadequadas, f a/ parte de alguns pressupostos ecuménicos. Alguns
ccumenislas iriam ainda mais longe, a ponto de defender a necessidade
de síntese doutrinária, juntando várias crenças cristãs em uma espécie de
abordagem de eoquetel. Afirma-se que todas as igrejas estão desequili-
bradas c que é a tarefa do ecumenismo restaurar o equilíbrio c a harmo-
nia. Dentro da diversidade conciliadora do movimento ecuménico, pre-
sumivelmente todos, nas palavras de Frederico o Grande, "serão salvos à
sua própria maneira".
Os adventistas crêem que, sem sólidas convicções, uma igreja tem
pouco poder espiritual, l ia o perigo de que a areia movediça ecuménica
de amcnização doutrinária absorva as igrejas em morte denominacional. E
claro que é exatamente por isso que esperam os entusiastas ecuménicos.
Contudo, os adventistas acham que se deve resistir vigorosamente a lais
irresoluções doutrinárias; de outro modo, o autodesarmamento espiritual
será o resultado e uma era verdadeiramente pós-cristã viria sobre nós.
Cooperação Kcumênica?
Devem os adventistas cooperar ecumenicamente? Os adventistas
devem cooperar à medida que o evangelho autêntico é proclamado e
as gritantes necessidades humanas estão sendo satisfeitas. A Igreja Ad-
ventista não quer nenhum envolvimento quanto a tornar-se membro do
movimento e recusa quaisquer relações comprometedoras que tendam
a enfraquecer o seu testemunho inconfundível. Contudo, os adventis-
tas desejam ser "cooperadores conscientes". O movimento ecuménico,
como uma agência de cooperação, tem aspectos aceitáveis; como agên-
cia para a unidade orgânica das igrejas, é muito mais suspeito.
Este documento de estudo apareceu pvi.i primeir.i vê/ em Panem For 1'rogre^. lhe !!'>!<'
aiitl FunctiotiufC.hurch Orguniztition (Heviewand Hi-rald, 1985), de Walier líaymond Beachc
líi-rt líevcrly lieacli; foi preparado por Hert B. Beachc divulgado em i.mie\ão mm ;i assembleia
da Assoeiação (ieral reali/ada t-m i\m;i Orleans. Louisiana. em j u n ho de 1985.
RELAÇÕES COM OUTRAS
IGREJAS CRISTÃS
Introdução
Deus é amor. Seu governo universal é baseado na obediência voluntária
por parte de Sua criação. Essa obediência é despertada por Sua benevolên-
cia magnífica1. Somente uma fé que repousa no coração humamr c apenas
ações motivadas por amor* são aceitáveis a Deus. O amor, no entanto, não
está sujeito à regulamentação civil. Não pode ser despertado por decreto
nem sustentado por estatuto. Portanto, todos os esforços para legislar sobre
a fé estão, pela própria natureza, em oposição aos princípios da verdadeira
religião e, consequentemente, em oposição à vontade divina, 4
Deus colocou nossos primeiros pais na Terra com habilidade para
escolher entre o bem e o mal.5 As gerações subsequentes, nascidas no
mundo, têm recebido uma opção similar. Essa liberdade para escolher,
concedida por Deus, não deve ser infringida pelo ser humano.
A relação apropriada entre religião e estado foi mais bem exempli-
ficada na vida de nosso Salvador e exemplo, Jesus Cristo. Como parte
da divindade, Jesus exerceu autoridade inigualável na Terra. Ele tinha
insight divino,'' poder divino 7 e um caráter santo." Se alguém na história
do mundo teve o direito de forçar outros a adorar como Ele ditasse, esse
alguém era Jesus Cristo. Mas Jesus jamais usou a força para fa/er avançar
0 evangelho.'' Os seguidores de Cristo devem imitar Seu exemplo.
A Igreja Adventista tem procurado, desde seu início, seguir o exemplo
de Cristo ao advogar a liberdade de consciência como parte integral de
sua missão evangélica. À medida que o papel tia igreja na sociedade se
expande, é apropriado declarar os princípios que guiam nossa igreja em
sua extensão mundial nos contatos com os governos das regiões nas quais
operamos.
1 jbcrdade de Consciência
No centro da mensagem adventista, está nossa crença permanente
de que a liberdade de consciência precisa ser garantida a todos. A liber-
dade de consciência inclui liberdade para crer e praticar livremente a fé
religiosa escolhida, liberdade para não crer ou praticar uma fé religiosa,
A Relação Entre Igreja e Estado 155
Participação no Governo
A Igreja Adventista é consciente da longa história de envolvimento do
povo de Deus nas questões civis. José exerceu o poder civil no Egito."' Si-
milarmente, Daniel alcançou o topo do poder civil em Babilónia, e aquela
Declarações da Igreja 156
que eliminem a assistência para o avanço de Sua causa.*1 Por outro lado,
a igreja tem advertido contra a união entre igreja e estado/2
Portiinto, quando as leis de uma nação sancionam a assistência gover-
namental às igrejas c às suas instituições, nossos princípios nos permitem
receber os fundos, desde que não impliquem em condições que inibam
nossa habilidade de praticar e promover livremente nossa fé, contratar
somente advcntístas, manler liderança formada somente por adventislas
e observar os princípios expressos na Bíblia e nos escritos de Ellen G.
VVhite, de modo a não comprometê-los. Além disso, para evitar uma união
entre igreja e estado, os fundos do governo não devem ser aceitos para
pagar atividades religiosas tais como cultos, cvangelismo c publicação de
textos religiosos, ou para os salários daqueles que atuam na administração
da igreja ou no ministério evangélico, exceto para a provisão de serviços
espirituais àqueles cuja vida seja totalmente' regulada pelo Estado, já que
oferecer tal assistência é impraticável sem o envolvimento do Estado."
Em instâncias em que aceitar fundos do governo não viola os prin-
cípios existentes, o recebimento de tais fundos deve ser objeto de uma
cuidadosa consideração. O contínuo recebimento de lundos do governo,
em vez de contribuições financeiras isoladas, apresenta um perigo par-
ticular. É virtualmente impossível para as instituições não se tornarem,
pelo menos parcialmente, dependentes dos fluxos contínuos de fundos
governamentais. Taís fundos do governo geralmente são acompanhados
de regulamentações governamentais. Ainda que esses regulamentos pos-
sam não violar princípios cristãos, quando o dinheiro é recebido inicial-
mente, eles estão sujeitos à mudança. Caso um regulamento que rege o
recebimento de íundos do governo mude e passe a requerer o abandono
dos princípios de nossas instituições conforme descritos na Bíblia e nos
escritos de Ellen G. White, tais fundos sistemáticos do governo devem
ser recusados, mesmo que, como resultado, a instituição tenha que ser
fechada, vendida ou reestruturada significativamente.
Ao receberem fundos do governo, os adventislas devem lidar com eles
com a mais apurada integridade. Isso inclui conformidade estrita aos re-
gulamentos que se aplicam aos fundos c LISO cie padrões de contabilidade
rigorosos. Se não existirem procedimentos para assegurar tal conformida-
de, os lundos devem ser recusados.
Em algumas circunstâncias excepcionais, advcntistas só podem es-
tabelecer presença em um país se operarem programas controlados pelo
A Relação Entre Igreja c Estado 159
Conclusão
Deus colocou cada pessoa na Terra com a capacidade de distinguir
entre o certo e o errado, sob a orientação do Espírito Santo e de acor-
do com Sua Palavra. Esta declaração, portanto, não pretende tomar o
lugar do conselho divino, nem foi desenvolvida para ser uma interpre-
tação autoritária dele. Em vez disso, a declaração serve para expressar
a compreensão da Igreja Advcntista neste momento.
A maneira pela qual os adventistas conduzem as relações entre
igreja e estado tem um impacto significativo em sua atuação mundial.
Devemos, portanto, abordar esse tema com muita reflexão e oração.
Aluando sob a influência do Espírito Santo, os adventistas continua-
rão a defender o princípio bíblico da liberdade de consciência.
1. "Deus deseja de Iodas as Suas criaturas o serviço de amor. serviço que brolc de uma aprecia-
ção de Seu caráter Kle não tem pra/er na obediência forcada; e a Iodos concede \oniadc livre, para
que Lhe possam prestar serviço voluntário" (Etien C. VVhite.ftrfríoTCasc 1'njft-itis, p. 34).
2. Ezt-quiel 36:26.
3. l Corínlios l í.
4. O exemplo do anlijyi Israel, sob o governo teocrátieo, às ve/es é usado para justificar estói-
cos .tiu.iis [i.ini se legislar sobre questões religiosas, i.iis justificativas aplicam o precedente bíblico
de maneira errada. Por um período relativamente curió da história da Terra, Deus usou métodos
particulares para preservar Sua mensagem no mundo. Ksses métodos eram baseados numa aliança
mutuamente estabelecida entre Deus e uma lamilia que cresceu para tornar-se uma nação ickiii-
\.mii'nli- peijLiciu. Durante esse período. Deus governou dirctamcntc de uma maneira que Ele não
escolheu mais la/ê-lo. A experiência de governo diretn de l Vi is, tom base em uma ali.inça iirmada
mutuamente, apesar de ser de inestimável imnori.iiiaa para nossa compreensão sobre o Senhor, não
r diirLimeiile aplicável a como as nações modernas devem ser governadas. Pelo contrário, o exemplo
mais aplicável de relacionamento entre torcia <• esiadoé o provido por Jesus Cristo.
5. (iênesis i.
6. Ver, por exemplo. João 4:17-19.
7. Ver, por exemplo. João 11.
8. l João 2: l.
9. Rem pelo contrário, Jesus explicitamente declarou qm- o Seu reino não c desle mundo e.
portanto. Seus servos não foram comissionados a exercer o poder através da torça (João I8;36).
10. \cr, por eu-mplo. a Declaração Universal de Direitos Humanos das Nações Unidas, artigo
l S; a Convenção Americana de Direitos Humanos, artigo 12; a Carta Africana de Direitos l Itimanos
e dos Povos, artigo 8; a Convenção Europeia para a Protceão dos Direitos do l tomem e Liberdades
Fundamentais, artigo 9-, a Constituição da República da Ai rica do Sul, artigo I S ; a Constituição da
Declarações da Igreja 160
•> »
República Federativa do Brasil, artigo 5; a Constituição ila República da Coreia do Sul, artigo _?(),
a ( '(instituição da Comunidade da Austrália, artigo ! 16; a Constituição da índia, artigos 25-28; a
Constituição dos Estados Unidos da América. Primeira limenda.
U. l Pedro 2:1.í-17.
12. Romanos 13.
13. Atos 5:29; "O povo de Deus deve reconhecer o governo humano como unia instituição
divina, de modo que ensinará obediência às autoridades como sendo um sagrado dever, cm sua legí-
tima cslera. f nlrclanlo, quando as suas pretensões entram cm conflito com os reclamos de Deus. a
palavra de Deus precisa ser reconhecida como estando acima de toda e qualquer legislação humana.
C) 'assim di/ o Senhor' não pode ser |x>slo de Lido, ou trocado por um 'assim di/ a igreja ou o t-stado'.
A corou de Cristo deve ser erguida acima dos diademas de potestades terrestres" 11 .Ilen C. White,
Testemunhas I'urn n Igreja, v. 6, p. 402),
14. Mateus 22:39.
15. Ver, por exemplo, Lucas 4; 18; Mateus 5:1-12; Lucas 10:30-37.
16. Génesis 41:40-57.
17. Daniel 6:3.
18. "fendes pensamentos i|Uc não ousais exprimir, de poderdes um dia alcançar as alturas da
grande/a intelectual; de poderdes assentar-vos em conselhos deliberativos e legislativos, coopcrandi i
na elaboração de leis para a nação: \ada há de errado nessas aspirações. 1'odeis, cada um de vós,
estabelecer um alvo. Não vos deveis contentar com reali/aeões mesquinhas. Aspirai à altura, e não
vos poupeis trabalhos para alcançá-la " (lillen C. White, Fundamentos da EducaçOoí YiM<i. p, H2).
19. "llido quanto, pois. quereis que os homens vos laçam, assim fa/.ei-o vós tam!>ém a eles"
(Mateus 7:12).
20. Os adventistas devem votar, mas de\em ta/é-lo em oração. Ver lillen C. White, MenSBfffns
/ M <-//iKÍ<i5, v. 2. p. 337 (admoestando advcnlistas a volar), EDenG. White, Fundamentos da Educa-
ção Cristã, p, 475 (não é seguro votar em partidos políticos); c Ellen G, While, /ÍICH/ÍJS F/wois, p. 127
(os advciilisias se lornam participantes dos pecados dos políticos se eles ajudam a eleger candidatos
que não apoiam a liberdade religiosa),
21. lillcn G. While, Ftatdamgntasda Educação Cristã, p. 475.
22. Génesis 12:15-20.
23. Génesis 41.
24. Êxodo 4-12.
25. Ester 8,
26. Daniel 3-5.
27. Daniel 1:21.5:31-6:28.
28. Atos 23-26.
29. "Não estamos cumprindo a \ontade di1 Deus se nos deixarmos ficar em quietude, naila ta/en-
do para preservar, i liliordade de consciência" ( l - Ilen (!. White. li"tíí>ninnliti\ l'/mu Igreja ,vn\. 5, p. 714).
30. "Reis, governadores e parlamentos devem chegar ao conheci mento da verdade através do
seu testemunho, lissa é a única fornia de o testemunho da lu/ e da verdade alcançar as autoridades"
(lillen Ci, While. nViw-ir «,ul l icrald, l 5 de abril de ItWOl.
3 L "Enquanto estivermos neste mundo, e o Kspíritode Deus Se estiver esforçando com o mun-
do, lanto devemos receber como prestar lavores. Devemos darão mundo a lu/da verdade segundo
ê apresentada nas Escrituras Sa^r-aLis. e do mundo devemos receber aquilo que Deus os move ,i
t.i/er ,i taviir de Sua tau-.,i. < l Senhor ainda toca no coração dos reis e governadores em lavor de Seu
povo, e compele aos que esl.io tão profundamente interessados na questão da liberdade religiosa não
dispensai quaisquer favores ou e^imir-se do auxílio que Deus tem movido os homens a dar para o
ax.in^u de Sua causa" (l.llen G. White, li^tciiiiiiiliii'. l\nn VliimlrrA. p, 197-203).
32. "A união da igreja com o estado, não importa quão fraca possa ser, conquanto pareç.i levar i>
mundo m, as perlo da igreja, não leva, em realidade, senão a igreja para mais perlo do mundo" 11,Ilen
G. While, O Craiu/í' Conflito, \>. 297).
33. Essa categoria inclui capelães retidos jwlo estado para prover serviços espirituais àqueles
que servem ao exército, aos que estão encarcerados, aos que estão em hospitais públicos e cuja vida
cM.i também restrita às instituições públicas ou reguladas pelo estado,
34. Apocalipse 14:6-12.
Liberdades
1. Liberdade de expressão. Embora o direito à opinião particular
seja uma parte da herança humana como criaturas de Deus, ao acei-
tar um emprego cm um colégio ou universidade adventista o profes-
sor reconhece certos limites à expressão de opiniões pessoais.
Como membro de uma profissão erudita, ele deve reconhecer
que o público julgará sua profissão por suas declarações. Portanto,
ele será exato, respeitador da opinião dos outros e exercerá ade-
quada restrição. Deixará claro quando não falar em nome da insti-
tuição. Ao expressar opiniões particulares, terá em mente o efeito
sobre a reputação e os objetivos da instituição.
2. Liberdade de pesquisa. O erudito cristão empreenderá a pes-
quisa dentro do contexto de sua fé e da perspectiva da ética cristã.
Ele é livre para fazer pesquisa responsável com o devido respeito
pela segurança e decência públicas.
3. Liberdade de docência. O professor conduzirá suas ativida-
des profissionais e apresentará sua matéria de estudo dentro da
cosmovisào descrita no parágrafo introdutório deste documento.
Como especialista nos limites de uma determinada disciplina,
ele tem direito à liberdade na sala de aula para discutir honesta-
mente sua matéria. Todavia, não introduzirá em seu ensino as-
s u n t o controverso não relacionado com sua matéria de estudo.
Liberdade académica é liberdade para buscar o conhecimento
e a verdade na área da especialização i n d i v i d u a l . Não dá licença
para expressar opiniões controversas sobre assuntos que estão
I jbcrchide e Responsabilidade 'léológica e Académica 171
Responsabilidade Compartilhada
Precisamente como a necessidade de liberdade académica tem
um significado especial em uma instituição da igreja, assim as limi-
tações colocadas sobre ela refietem as preocupações especiais de
tal instituição. A primeira responsabilidade do professor e dos di-
rigentes da instituição e da igreja é buscar e disseminar a verdade.
A segunda responsabilidade é a obrigação dos professores e dos
dirigentes da instituição e da igreja de se aconselharem quando
as descobertas académicas tiverem relação com a mensagem e a
missão da igreja.
O verdadeiro erudito, humilde cm sua busca da verdade, não
recusará dar ouvidos às conclusões e ao conselho de outros. Ele re-
conhece que os outros também descobriram e estão descobrindo a
verdade. Aprenderá deles e buscará ativamente o seu conselho no
que concerne à expressão de opiniões incoerentes com aquelas ge-
ralmente ensinadas por sua igreja, pois sua preocupação é com a
harmonia da comunidade da igreja.
Por outro lado, espera-se que os dirigentes da igreja promovam uma
atmosfera de cordialidade cristã dentro da qual o erudito não se sinta
ameaçado caso suas conclusões difiram dos pontos de vista tradicional-
mente aceitos. Sendo que o crescimento dinâmico da igreja depende
do estudo constante de dedicados eruditos, o presidente, o corpo de
dirctores e os dirigentes cia igreja protegerão o erudito, não apenas por
sua causa, mas também por causa da verdade e do bem-estar da igreja.
A posição doutrinária histórica da igreja foi definida em assem-
bleia pela Associação Geral e está publicada no Sercnth-day Ad-
ventist Yeurbook (Anuário Adventista do Sétimo Dia) sob o título de
"Crenças Fundamentais". Espera-se que o professor de uma insti-
tuição educacional da igreja não ensine como verdade o que é con-
trário a essas verdades fundamentais. Ele deve se lembrar de que a
verdade não é o único produto do cadinho de controvérsias; surge
também a ruptura. O erudito consagrado exercerá discernimento na
apresentação de conceitos que possam ameaçar a unidade da igreja
e a eficiência da atuação da igreja.
Declarações da Igreja 172
Implementação
Recomenda-se que este documento sobre liberdade académica
seja apresentado ao corpo docente e ao conselho de cada universi-
dade ou colégio por sua administração, a fim de que seja utilizado
como base para o preparo cia declaração de liberdade académica da
própria instituição.
Este documento foi aprovado e votado pela Comissão Administrativa d;i Assoei;n,'ão Gera
em J I de outubro de 1987, durante o Concílio Anual realizado em Washington, D.C.
TOLERÂNCIA
l .sia dedaraçfio foi aprovada e votada pela Comissão Administrativa da Assolação Geral
c diMilg.ida pelo gabinete do então presidente Robert S. roBcenberg. durante a assembleia da
Associação Geral realizada em Utrecht, Holanda, de 29 de-junho a H di-julho de [995,
RACISMO
Esta declaração foi apresentada por Neal C. Wilson, então presidente tia Associação Ge-
ral, após consulto com os 16 vicc-presidcnles mundiais da Igreja Advcnlista, em 27 de j u n h o
de I98S, durante a assembleia da Associação Cloral realizada em Nova Orleans, Lmiisiana.
BEM-ESTAR E VALOR DA CRIANÇA
Bsta declaração foi votada pela Comissão Administrativa da Associação Cicr.il par.i st-r
divulgada durante a iissumMcia da Assodação C a-ral rt-ali/atla em Toronto, Canadá, de 2SI de
Junho a 9 de julho do 2006.
CUIDADO E PROTECÃO
DECRIANÇAS
Correçào Redentiva
A Igreja Adventista estabelece como prioridade a educação de
pais baseada na igreja com a finalidade de ajudá-los a desenvolver
habilidades necessárias para uma abordagem redcntiva da correção.
Muitas crianças recebem punições severas em nome de um conceito
bíblico de disciplina. A correção caracterizada pelo controle severo,
punitivo e ditatorial frequentemente leva ao ressentimento e à rebe-
lião. Ta! disciplina está também associada com o alto risco de danos
físicos e psicológicos nas crianças bem como maior possibilidade de
os jovens recorrerem à coerção e violência para resolver suas dife-
renças com os outros. Em contraste, exemplos das Escrituras, assim
como uma grande quantidade cie pesquisas, confirmam a clctivida-
de das formas mais gentis de disciplina, as quais permitem que as
crianças aprendam a respeito das consequências de suas escolhas
Cuidado e Proteção de Crianças 179
Ksl.i dcc l u ração foi aprovada c votada peia Comissão Administrativa da Associarão Geral,
cm 23 de junho de 2010, c divulgada na assem 1)1 c ia d.i Associação Geral rcali/ada cm Ail.mi.i,
Gcórgiíi, l-istiitlos Unidos, de 24 de junho a 3 dejulho de 2010.
ABUSO SEXUAL DE MENORES
iisle documento está baseado cm princípios expressos nas seguintes pá svagens bíblicas
Gn 1:26-28; 2:18-25; Lv 18:20; 2Sm 13:1-22; Mt 18:6-9; ICo 5:1-5; Ef 6:1-4; Cl 3:18-21;
ITm 5:5-8.
Esta declaração foi votada cm 1" de abril de 1997. durante o Concílio da Primavera da
Comissão Administrativa da Associação Geral realizado em Loma Linda, Califórnia.
COMPORTAMENTO SEXUAL
lístíi declaração foi aprovada L- vohida pela Comissflo Adminisirativ;i du AsMiciação Ccral
em 12 de outubro d ir 1987. durante u Concílio Anual realizado em Washington, D.C.
DOENÇAS SEXUALMENTE
TRANSMISSÍVEIS
Princípios Bíblicos
Embora esses esforços sejam benéficos, de muitas maneiras, eles são
apenas uma resposta a situações existenciais criadas pelo impacto do
pecado. Nas Escrituras, Deus traçou um plano superior para guiar-nos
quanto ao uso do dom da sexualidade. Com base em uma série de princí-
pios norteadorcs, esse plano apresenta em termos práticos o ideal de Deus
para Seu povo, o qual deve viver em LI m mundo acometido pelo pecado.
1. A relação sexual é reservada para o matrimónio. A sexualidade é
urn presente de amor para a humanidade (Gn 1:26, 27). A Palavra cie
Declarações tia Igreja 188
cada indivíduo (Ts 43:3, 4, 7; Mt 12:12; Lc 12:7; 15:1-32, IPe 1:18, 19);
protegendo o traço e vulnerável (Rm 15:1; !Ts5:14;Hb 13:3); promovendo
e preservando a vida e a saúde (Jo 10:10; l Co 6:19; 3Jo 2); e chaman-
do homens e mulheres para tomarem sua posição elevada como povo
escolhido c santo de Deus (Ef 4:1; 5:8; IPe 1:15, 16; 2:5, 9). Os ministros
da igreja devem encontrar as pessoas onde elas estão (lCo 3:l, 2; 7:1-28) c
chamá-las para um nível mais elevado (Lc 19:5-10; Jo 8:3-11; At 17:18-34).
O processo de desenvolvimento espiritual é antecipado na vida cristã.
A mudança para o cristão envolve conversão (Jo 3:3, 7; At 3:19; Rm 12:2;
2Co 5:17) e crescimento (Pv 4:18; Lc 2:52; Ef 3:17-19; 4:11-15; 2Pe
3:18). Na conversão, os crentes aceitam a vida perfeita de Cristo como sua
própria pela fé e experimentam uma transformação de valores por meio do
Espírito Santo (Jo 3:5; Gl 2:20). Forças internas e externas podem provocar
ralhas no pensamento ou na conduta (Cl 5:16-18; IJo 3:20), mas o com-
promisso com o progresso na vida cristã induzido pela graça (ICo 15:10;
Fp 3:12-14; Cl 1:28, 29) c a confiança nas fontes divinas (Rm 8:5-7; Gl
5:24, 25) produzirão crescimento na direção de Cristo {Gl 5:22-25; Ef 5:1).
As Escrituras requerem que os seres humanos progridam moral e espi-
ritualmente no decorrer de sua vida (Lc 2:52; l Co 13:11; 14:20). Planejar
e facilitar tal crescimento é essencial para o cumprimento da missão do
evangelho (Mt 28:20; Ef 4:14-24). E tarefa da educação religiosa atender
o desenvolvimento individual e apresentar a verdade de um modo que to-
dos possam entender (Mt 11:15), levando-os a ampliar sua compreensão
sem fazê-los tropeçar (Rm 14:1-21; l Co 8:9-13). Embora seja necessário
fazer alguma concessão aos que têm menos conhecimento ou maturidade
(Mt 13:34; Jo 16:20;At 17:30; l Co 3:1, 2), os indivíduos devem progredir
rumo a um entendimento mais completo da vontade de Deus {Jo 16:13)
e a uma total expressão de amor para com Deus e o próximo (Mt 22:37-
39; Jo 13:35; 8:9; 13:11; IJo 3:14; 4:11, 12). Soba bênção de Deus, a
apresentação clara de Sua Palavra c a atenção cuidadosa ao processo do
desenvolvimento do discípulo produzirão fruto espiritual, mesmo entre
aqueles que se envolverem em pecado sexual (l Co 6:9-11).
Implicações
l. A igreja afirma a visão bíblica de sexualidade como um atributo sau-
dável da natureza humana criada por Deus, algo para ser desfrutado e usa-
do de modo responsável no casamento, como parte cio discipulado cristão.
Declarações da Igreja 190
Apelo
Estamos enfrentand o uma crise que põe em perigo a vida e o
bem-estar de muitas pessoas, incluindo os membros da igreja. Jovens
e adultos estão em perigo. A igreja deve desenvolver, sem demora,
uma estratégia de educação e prevenção. Os profissionais das áreas
de saúde, serviço social, educação e ministério, entre outras, devem
ser mobilizados. Essa crise demanda atenção prioritária ao uso de
cada recurso ou método disponível na igreja para alcançar o lar, a es-
cola, os membros e a comunidade. O destino de uma geração inteira
está em jogo e estamos na corrida contra o tempo.
l . IVsquisas indicam que a camisinha, quando corrctamenle usada. Icm OITI-a de 97% de
eficácia n;i prevenção il.i gravidez e ceiv.i di' H S d 90'í de eficácia nu prevenção da Iransmissão
de vírus, L-onlornie us.id.i pela população CU] ^cral. fínlre os grupos que a usam t-onstantemen-
te c do maneira correia, a eficácia chega a aproximadamente 9796,
Eslí) declaração loi votada f m 27 de setembro de 1998, durante o Concilio Anual da Co-
missão Administrativa dii Associação Ceral rca!i/ado em ("o/ do Iguaçu.
PORNOGRAFIA
l ua declaração foi liberada por Ncal C, Wilson, cnlã" presidente da Associação Geral,
<i|>ús consulta com os 16 vice-presidentcs mundiais d;i Igreja Adventista, em S do julho de
1990, <luninle ^ assembleia tia Associação (lt-r.il ir.ili/ada em Indianápolis, Indiana.
ASSEDIO SEXUAL
Glossário
/Melo: Uma das formas alternativas de urn gene particular.
Cada gene de um organismo pode existir em diferentes formas.
l£ssas pequenas diferenças são responsáveis por algumas das va-
riações que observamos em diferentes indivíduos dentro de po-
pulações naturais. Por exemplo, diferentes alelos para genes que
produzem a proteína do sangue, a hemoglobina, determinarão
qufio bem as células do sangue carregarão o oxigénio.
Célula germinal: Célula reprodutora. Em animais mamífe-
ros e seres humanos, as células germinais são o espermato/oide
e o óvulo.
C V/ii/í/ somática: Qualquer célula do corpo de um animal
mamífero ou de um ser humano, exceto as células germinais.
(Citoplasma: Todo o conteúdo de uma célula, exceto seu nú-
cleo, O citoplasma é o lugar onde muitos processos importantes
ocorrem, incluindo o agrupamento de proteínas e enzimas e a
produção de elementos celulares. () citoplasma também con-
tém o mitocôndrias, pequenos corpos que são responsáveis pela
quebra de alimento para produ/Jr a energia necessária para as
atividades da célula.
Clones: Dois ou mais indivíduos com material genético
idêntico. Clones humanos ocorrem naturalmente na forma de
"gémeos idênticos". Embora os gémeos comecem a vida com o
mesmo material genético, desenvolvem diferenças físicas dis-
tintas (impressão digital, por exemplo). Além cio mais, eles se
tornam completamente únicos, indivíduos com personalidades
distintas como resultado de suas experiências diferentes e esco-
lhas independentes. Um indivíduo concebido por transferência
nuclear de células somáticas seria, no mínimo, tão dilerente de
seu progenitor (ou de sua progenitora) quanto gémeos naturais.
Embrião: O estágio inicial cie desenvolvimento de um óvu-
lo fecundado. i\n transferência nuclear de células somáticas,
refere-se ao desenvolvimento do estágio inicial de um óvulo
dentro do núcleo, após ter sido fundido com a célula somática.
Espernntio-oiilí". Célula reprodutora masculina.
Declarações da Igreja 204
1. Pode haver situações futuras nas quais u clonajçem humana seja considera-
il.i l i c n c l i i .1 r i M O I . i l m r l i l r ,u r i l . i l |HISM\I-|. j -\riiiiilii. iin.i<'in.ii CÍTCUnSíânCÍaS n r .
quais a clonagem possa ser contemplada dentro tio contexto do ai sã mento como o úni-
co meio disponível de reprodução para um casal incapaz para a procriação normal.
Cm outros casos, pais em potencial podem ser portadores de alflos geneticamente
defeituosos v, ;issim. desejar evilar o risco de ler filhos com uma doença genética,
C) uso de transferência nuclear de células somáticas poderia ajudá-los a icr uma criança livre
de uma desordem genética. Muitas das preocupações sobre identidade e dignidade pessoal
ainda permaneceriam, nu-snio no contexto da lidelid.ule tarnilur. Assim como nas oulra-. for-
mas de reprodução humana assistida, benefícios potenciais no método da transferência nuclear
de células somáticas devem ser pesados contra os riscos.
l st a declaração loi votada no dia 27 de setembro de I99S, durante o Concílio Anu;.il da
Associação Geral, realizado em 1W do Iguaçu, lírasil.
PRINCÍPIOS CRISTÃOS PARA
INTERVENÇÕES GENÉTICAS
Introdução
Muitos dos novos progressos cia genética são resultado de crescen-
te conhecimento da estrutura fundamental dos genes, não apenas nos
seres humanos, mas em todos os domínios da vida sobre a Terra. Entre
esses progressos, estão o mapeamento genético (as palavras cm itálico são
definidas em um glossário no final deste documento, novos meios para
testes genéticos, novas possibilidades pura a engenharia genética c uma
variedade de estratégias eugênicas que teriam sido inconcebíveis apenas
alguns anos atrás. Resumindo, o novo conhecimento genético tem pro-
du/.iclo poder sem precedentes. Com esse poder tem vindo o potencial
para imenso bem ou mal. H com tão grande poder vem também grande
responsabilidade. Do ponto de vista da lê cristã, somos responsáveis pelo
uso desse poder não somente paru com a humanidade, mas também para
com todos os reinos da vida criada que Deus confiou à nossa mordomia.
Finalmente, somos responsáveis diante cio Criador do Universo, que nos
responsabiliza pelo cuidado uns dos outros na Terra.
Quando o conjunto dos seres criados saiu das mãos do Criador, era
"muito bom" (Gn 1:31). A dotação genética que Adão e Eva receberam
de seu Criador era sem defeitos. As doenças genéticas que os seres hu-
manos agora sofrem não são apenas o resultado de variação normal. Elas
se desenvolveram através de mutação nociva. Ao restaurar ogenoma hu-
mano a uma condição mais saudável, a ciência moderna da saúde pode
tentar recuperar um pouco da condição original da criação. Até onde es-
sas úteis intervenções genéticas sejam conduzidas em harmonia com os
princípios cristãos, elas são bem-vindas como cooperação com a intenção
divina de aliviar os dolorosos resultados do pecado. Qualquer tentativa
de declarar princípios abrangentes de ética para intervenções genéticas
se defronta com a complexidade de um campo da ciência rapidamente
em mudança. Desde a descoberta da estrutura molecular do DNA, o co-
nhecimento da genética através de uma extensão cada vez mais ampla de
fornias de vida floresceu. Muitos dos progressos em informação e capaci-
dade tecnológica tem sido acompanhados de significativas preocupações
Declarações da Igreja 206
Preocupações Éticas
Para ter um vislumbre correio da questão, é bom considerar uma
amostra das atuais preocupações éticas para as quais procuramos de-
clarar princípios cristãos, lassas preocupações podem ser colocadas
em quatro categorias básicas: a santidade da vida humana, a prote-
ção da dignidade humana, a aceitação das responsabilidades sociais
e a preservação da criação de Deus.
Princípios
/ . Confiàencialidaâe. O amor cristão requer que a confiança seja
mantida nas relações humanas. A proteção da confidencialidade é
essencial a tal confiança. A firn de salvaguardar a privacidade pes-
soal e proteger contra discriminação injusta, a informação sobre a
constituição genética de uma pessoa deve ser mantida em segredo,
a menos que a pessoa queira partilhar o conhecimento com outros.
No caso em que outros possam sofrer dano sério e evitável sem a
informação genética acerca de outra pessoa, há a obrigação moral de
partilhara informação necessária (Mt 7:12; Fp 2:4).
Declarações da Igreja 210
Glossário
Célula germimitivcr. Célula reprodutora.
Célula somática: Qualquer célula cie um corpo além das cé-
lulas reprodutoras.
Cromossomo: O bastonete condensado constituído de um li-
l.imento linear de DMA entretecido com proteína que é a estru-
tura portadora dos genes das células vivas. O ser humano tem
vinte- c três pares de cromossomos.
Declarações da Igreja 212
Este documento foi adotado pela Comissão da Visão Cristã da Vida Humana cm março de
1991! e votado pela Comissão Administrativa da Associação Geral, em l 3 de junho de 1995.
TERAPIA GENÉTICA HUMANA
Introdução
Recentes avanços na medicina e na tecnologia genética possi-
bilitam tratar doenças humanas alterando os genes nas células do
doente. Embora os métodos do campo emergente da medicina ge-
nética estejam ainda cm desenvolvimento, o ritmo cias experiências
científicas e os avanços recentes sugerem que a terapia genética será
uma opção médica versátil e comum. Essa perspectiva torna neces-
sário que os cristãos identifiquem os princípios morais de sua fé que
se aplicam à prática da terapia genética humana.
Descrição Geral
A terapia genética faz uso do DNA ou RNA, substâncias que ca-
racterizam os genes, para curar ou amenizar defeitos congénitos ou
doenças adquiridas. O material genético terapêutico pode ser designa-
do para substituir genes defeituosos nas células dos pacientes ou para
prover informação genética suplementar para regulari/ar a função dos
genes normais. O DNA pode vir de quase qualquer fonte {animais,
plantas, micróbios, vírus) ou pode ser sintético (sem correspondente na
natureza). O efeito do material introdu/ido pode ser intencionalmente
temporário ou permanente. Frequentemente, os resultados alcançados
pela terapia genética não podem ser obtidos por nenhum outro meio.
As doenças que foram tratadas primeiramente pela terapia genética
eram relativamente raras. Mais tarde, o foco mudou para tratamentos
genéticos de enfermidades comuns: câncer, doenças do coração, hiper-
tensão, diabetes, etc.
Descobrir métodos eficientes de introduzir genes em um grande nú-
mero de células que se beneficiariam deles tem sido o desafio técnico
limitando a utilidade da terapia genética. Na maioria dos testes clínicos,
os vírus são usados como "vetores" ou "veículos" para carregar o novo
DNA, pois são incrivelmente eficientes em infectar células com seus
próprios genes. Um vírus vetor é tipicamente construído removendo os
genes que o vírus usaria para duplicar ou prejudicar sua célula hospedeira
e substituindo-os com genes terapêuticos. Adenovírus (vírus do resfriado
comum), rctrovírus (parentes do HIV), vírus adenoassociados (pequenos
'lèrapia Ceitética I lumana 215
vírus que não causam doença), vírus da herpes e muitos outros têm sido
usados em vários casos. Todos os vírus vctores tem características que li-
mitam sua utilidade, e frequentemente há um risco médico envolvido no
seu uso. Outros meios para inserir genes nas células que não envolvem
vfrus podem também ser desenvolvidos; no entanto, métodos não virais
são geralmente menos eficazes.
Princípios Bíblicos
Tendo em vista que a terapia genética ainda está no seu início, é
nossa responsabilidade como cristãos pensantes estar a par de seu
potencial para satisfa/er as necessidades humanas, entender os ris-
cos biológicos e genéticos que esta acarreta e evitar seu uso impró-
prio. Decisões nessa área complexa e em expansão devem estar em
harmonia com os seguintes princípios bíblicos:
'lérapia Genética I lumana 217
|-sic documento Iní adotado pela Comissão da Visão Cristã du Vida Humana dd Asso-
ciação Cifrai cm aliril de 2000 c airecfonada aos departamentos e inslituiçôos da igreja que
considerarem útil seu conleiído.
TCMAS SOBRE A MULHER
lista declaração foi aprovada c votada pda Comissão Administrativa da Associação Geral
c divulgada \n-\o gabinete d<» cmão presidente líohcrt S. Folkenberg, durante a assembleia da
Associação t leral realizada cm Utrecht, f lolenda, de 24 de Junho u S de julho de 1995.
ABORTO
Orientações
Os adventistas desejam lidar com a questão do aborto 1 de manei-
ra que revelem fé em Deus como Criador e Mantenedor de toda a
vida e de modo que reflitam a responsabilidade c a liberdade cristãs.
Embora haja diferença de pensamento sobre o aborto entre os ad-
ventistas, o texto abaixo representa uma tentativa de prover orienta-
ções quanto a uma série de princípios e temas. As orientações estão
lundamentadas nos amplos princípios bíblicos, apresentados para
estudo no fim deste documento. :
1. O ideal de Deus para os seres humanos atesta a santidade da
vida humana, eriada à imagem de Deus, e exige o respeito pela vida
pré-natal. Contudo, as decisões sobre a vida devem ser feitas no
contexto de um mundo caído. O aborto nunca é um ato de peque-
nas consequências morais. Assim, a vida pré-natal nunca deve ser
irreíletidamentc destruída. O aborto somente deveria ser praticado
por motivos muito sérios.
2. O aborto é um dos trágicos dilemas da degradação humana.
As atitudes condenatórias são impróprias para os que aceitaram o
evangelho. Os cristãos são comissionados a se tornar uma comuni-
dade de fé amorosa e carinhosa, auxiliando as pessoas em crise ao
considerarem as alternativas.
3. De forma prática e tangível, a igreja, como uma comunidade
de apoio, deve expressar seu compromisso de valorizar a vida huma-
na. Isso deve incluir:
a. O fortalecimento do relacionamento familiar.
b. Instrução de ambos os sexos quanto aos princípios cristãos da
sexualidade humana.
c. ênfase na responsabilidade do homem e da mulher no planeja-
mento familiar.
cl. Apelo a ambos para que sejam responsáveis pelas consequên-
cias dos comportamentos incoerentes com os princípios cris-
tãos.
e. Criação de um clima seguro para o desenvolvimento de discus-
sões sobre as questões morais associadas ao aborto.
Declarações da Igreja 220
Introdução
"I: ,1 vicia eterna é esta: que Te conheçam a Ti, o único Deus ver-
dadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste" (Jo 1 7:3). Em Cristo há a
promessa da vida eterna, mas, uma vex que a vida humana é mortal,
os seres humanos são confrontados com temas difíceis com relação à
vida e à morte. ( >s seguintes princípios referem-se à pessoa como um
todo (corpo, alma c espírito), um todo indivisível (Gn 1:7; iTs 5:23).
l AbottO, ciinformo compreendido neste documento, é definido como qualquer aeão que
vise pôr Hm a uma gravide? já estabelecida, £ diferente do controle d r natalidade, tjiie é a
i n iene."i o ile Impedir LI <;r.i\ idez,
2, A persjieclK.i fundamenta] dessas onruUcucs foi extraída de um extenso estudo da
liscrítura, conforme demonstrado no documento "Princípios Para uma Visão Cristã da Vida".
l.sMs oiifnUicões foram aprovadas e votadas |>ela Comissão Administrativa d.t \s-m M
ão Geral em 12 de outubro de 1992, durante o Concílio Anual rcali/ado cm Silvcr Spring.
CONTROLE DE NATALIDADE
Introdução
Como parte de sua missão mundial, os advcntistas tem o firme com-
promisso de prover cuidados de saúde que preservem e restaurem o ser
humano cm sua totalidade. Por "totalidade" queremos di/er o desenvol-
vimento das dimensões físicas, intelectuais, sociais e espirituais da vida
de uma pessoa, unificadas através de um relacionamento amoroso com
Deus e expressas através de serviço aos outros. Os adventistas crêem que
cada ser humano c criado à imagem de Deus como uma pessoa única, e
não uma dualidade de corpo e alma. Por isso, cremos num ministério de
graça que afete todos os aspectos da vida humana, incluindo o hcm-cstar
físico c emocional.
O ministério ao ser humano em sua totalidade leva os adventistas a
se preocuparem com a difusão da prática de mutilação feminina. 1 Geral-
mente chamada de "circuncisão feminina" ou, mais recentemente, "corte
genital feminino", essa prática atualmente aleta milhões de mulheres e
meninas a cada ano. A estatística não inclui meninas que morrem como
resultado das formas mais radicais de mutilação genital. Essas práticas
vão desde a extirpação do prepúcio c litoral à completa remoção da vul-
va, com estreitamento da abertura vaginal. Nossa preocupação central,
expressa nesta declaração, dix. respeito a todas as formas de danos que
levem à disfunção física ou trauma emocional. Além disso, tais proce-
dimentos são frequentemente realizados com instrumentos sujos, sem
anestesia, em jovens meninas entre doze e catorze anos de idade. Hemor-
ragia, choque, infecção, incontinência, dano aos órgãos próximos e cica-
trizes são resultados frequentes. Em adição ao dano físico, a mutilação
genital é também emocionalmente traumática.
Mulheres que íoram sujeitas à mutilação genital também são fre-
quentemente afligidas com uma variedade de problemas de saúde de
caráter ginecológico, incluindo fístulas, infecções crónicas e problemas
com a menstruação. No casamento, a relação sexual é geralmente dolo-
rosa, traumática, tornando necessária uma reabertura da cavidade vagi-
nal. O nascimento de um bebé pode também ser impedido em função
cm 23 de junho de 2010. c divulgada na assembleia da Associação Geral realizada em Allanla.
licórgia, listados Unidos, de 24 de j u n h o ;i í de julho de 2010.
Mutilação Genital Feminina 229
Princípios Bíblicos
A oposição da Igreja Adventista à mutilação genital feminina é base-
ada nos seguintes princípios bíblicos:
1. Preservação dii vida e da mude. A Bíblia apresenta a excelência da
criação de Deus, incluindo a criação dos seres humanos (Gn 1:31; SI
139:13, 14). Deus é a Fonte e o Mantenedor da vida humana (Jó 33:4;
Si 36:9; Jo 1:3, 4; At 17:25,28). Deus nos chama à preservação da vida
humana e responsabiliza a humanidade por sua destruição (Gn 9:5, 6;
Êx20:13; Dt 24:16; Jr 7:3-34). O corpo humano é "o templo do Espírito
Santo" e os seguidores de Deus são motivados a cuidar de seu corpo e
preservá-lo, o que inclui o dom da sexualidade dada por Deus, como
uma responsabilidade espiritual (l Co 6:15-19, ARC). A mutilação geni-
tal feminina é danosa à saúde, ameaçadora à vida e prejudicial à função
sexual. Por isso, é incompatível com a vontade de Deus.
2. Bênção da Intimidade marital. As Escrituras celebram o presente
divino da intimidade sexual dentro do matrimónio (Ec 9:9; Pv 5:18, 19;
Ct 4:16-5:1; Hb 13:4). A prática da mutilação genital feminina deveria
Declarações da Igreja 230
Conclusão
A mutilação genital feminina ameaça a saúde física e emocio-
nal. Por isso, os adventistas se opõem a essa prática. A igreja con-
clama seus profissionais de saúde, instituições médicas e educa-
cionais c todos os membros, junto com as pessoas de boa vontade.
Mutilação Genital Feminina 231
Lssa classificação foi extraída cie t-enuiU1 <>i-iuhií Mtililiitiuir. ,-\ fniiit \\'ll(), LW/( 'í:'í;,
í M l'\ SiíKfKicn/ Itienebra; Organização Mundial de Saúde, 1997).
Este documento foi adotado pela C'.ornissào da Visão Cristã da Vida Humana da Asso-
< I.K,."!!! ( .ri, 1 1 <-m . i l n i l Jt . ' [ u m p J H , , n ii K 11 In aos deparlami utos ..... .lilu çõi - ' l • gn M que
considerarem ú i i l seu conteúdo.
ANO 2000
Esta declarBÇ&O foi votada cm 29 de setembro de 1999, durante o Concílio Anual da Co-
missão Administrativa da Associação Geral realizado em Silvcr Spring, Muryland,
MARCAS REGISTRADAS
Diretri/es
As marcas registradas da igreja, tais como "Adventista do Sétimo Dia",
"Adventista" e "Ministério", só podem ser usadas em conexão com os mi-
nistérios denominacionais e atividades não comerciais de grupos leigos c
profissionais aprovados. O uso dessas marcas registradas será controlado
pela Associarão Geral por intermédio da sua Gomissào de Marcas Regis-
tradas. As marcas da igreja não devem ser usadas de nenhuma maneira
que comprometa a condição de isenção de impostos da igreja.
Procedimentos
/. Entidades existentes. As entidades da igreja que têm status deno-
minacional e. estão incluídas no Sei>enth-day Adventist Yearljook (Anuário
Adventista do Sétimo Dia} por ocasião da adoção desta praxe e procedi-
mento, podem usar as marcas registradas em seus nomes c ministérios.
2. Nowis entidades administrativas denominacionais. Novas entidades
administrativas, como Missões, Associações, Uniões e Divisões, aprova-
das pela Comissão da Associação Geral podem usar as marcas registradas
em seus nornes e ministérios.
3. Novas instituições denominacionais. Quando novas instituições so-
licitarem status denominacional (veja NAD C 47), a Comissão do Plano
de Aposentadoria encaminhará todas as solicitações das instituições que
usam uma das marcas registradas à Comissão de Marcas Registradas da
Associação Geral para liberação antes de a solicitação ser aprovada pela
Comissão do Plano de Aposentadoria.
4. igrejas locais. As igrejas e grupos locais podem usar us marcas regis-
tradas em seus ministérios uma vê/, que seu SÍÍÍÍMS tenha sido aprovado
pela associação ou missão local.
5. Grupos leigos. Os grupos leigos e profissionais podem solicitar per-
missão por escrito ao secretário da Comissão de Marcas Registradas da
Associação Geral. Os artigos e estatutos de tais grupos devem indicar
que eles são independentes da igreja e não são seus agentes. Depois de
receber o aviso por escrito da aprovação da Associação Geral, tais grupos
podem usar as marcas registradas somente para fins não comerciais.
6. Revogação âa permissão. Por justa causa, a Comissão da Associação
Declarações da Igreja 234
Contexto
No Concílio Anual de 1992, foi tomada uma resolução, determi-
nando que questões de interesse da igreja mundial sejam comuni-
cadas, sob a direção do presidente da Associação Geral, para todos
os níveis da igreja por meio da mídia impressa já estabelecida. Essa
resolução também propõe o uso mais amplo da mídia eletrônica e
exorta as administrações a dar prioridade ao seu uso.
Os objetivos dessa abordagem de comunicação mundial incluem
manter a unidade de crença e missão, nutrindo a vida espiritual dos
membros, provendo informação sobre as posições da igreja em ques-
tões públicas e faz.cndo oposição aos elementos divisionistas,
Não foi o propósito da Comissão de Estratégias de Comunicação
de 1993-1994 repetir o trabalho da comissão anterior; em vez disso,
ela procurou reforçar, suplementar e fortalecer suas propostas.
No Concilio Anual de 1993, uma resolução foi tomada identifican-
do a comunicação como uma das seis questões em toco que precisam
ser abordadas pela igreja. A Comissão de Estratégias de Comunicação,
em parte, foi uma resposta dircta à resolução de 1993, O relatório da
comissão aborda a necessidade de "preparar uma estratégia que forne-
ça direção para a comunicação dentro e fora da igreja" (Concílio Anual
250-93G, "Worlcl Survcy Commision Report and Recommendations
for Strategic Planning", 1993; Annual Council Booklet, p. 28).
Declarações dn Igreja 236
2) Implementação
a) Cada Divisão/União deve rever seus sistemas de comunica-
ção interna e preparar recomendações à comissão administra-
tiva da Divisão sobre sistemas apropriados e exequíveis, que
atendam a suas necessidades. Relatórios sobre as resoluções
tomadas e o modo como sistemas funcionam hoje devem ser
relatados ao vice-presidcntc da Associação Geral responsável
pela comunicação.
b) E necessário haver pelo menos uma comunicação mensal
da Associação/Missão com a congregação local, de modo a
prover Fortalecimento na fé, conexão com a missão e mensa-
gem da igreja, e informações sobre progressos alcançados e
desafios.
c) Devem ser incluídos nos materiais mínimos de fortalecimen-
to na fé, disponíveis a cada adventista, os seguintes pontos:
1 I ) Como aceitar a Cristo.
(2) A maneira de viver como um cristão adventista.
(3) Como fazer parte da vida da congregação e da sociedade.
(4) As crenças fundamentais da igreja.
Estratégias de Comunicação 239
3) Benefícios projetados
a) Sistemas capazes de estabelecer comunicação de forma efi-
ca/. e rápida dentro da igreja.
b) Cada membro poderá se fortalecer na fé, além de ter conexão
com a mensagem e missão da igreja e receber informação
sobre progresso e desafios denominacionais.
c) Um testemunho adventista consciente, através do qual a
igreja possa ampliar e expandir sua missão.
d) Membros que revelem amor e esperança por meio da demons-
tração da qualidade de vida criada pela plenitude em Cristo.
2) Implementação
a) Um programa de treinamento para equipar, informar, educar
e inspirar desenvolvido pelo departamento de comunicação
em consulta com a administração.
Declarações da Igreja 240
3) Benefícios projctados
a) Congregações e membros capazes de se comunicar eficien-
temente uns com os outros, com outras entidades da igreja e
com sua comunidade.
b) Comunicação que pode ser recebida positivamente por todos
os tipos de membros.
c) Distribuição efetiva de comunicação.
d) Confiança na liderança e melhor compreensão de questões e
desafios que afetam a igreja e sua missão.
2) Implementação
a) Todas as atividadcs missionárias devem ser sensíveis aos três
fundamentos básicos do evangelismo: (1) relevância para o
ouvinte; (2) boa vontade do ouvinte para com a verdade; e
Estratégias de Comunicação 241
3) Benefícios projetados
a) Ministérios que comunicam o evangelho de forma que res-
ponda às necessidades sentidas e crie esperança em Cristo.
b) Instituições que provam desenvolvimento integral e comuni-
quem esperança.
c) Conscientização pública a respeito da Igreja Adventista como
a fonte preferida de desenvolvimento integral.
d) Materiais ministeriais para as congregações usarem, os quais
estabeleçam relação entre as necessidades das pessoas ou
grupos e os recursos da igreja.
Declarações da Igreja 242
2) Implementação
a) Desenvolvimento em todos os níveis, sob a dircção do depar-
tamento de comunicação, de um plano ativo c intencional na
comunidade, com a participação e o reconhecimento tanto
das entidades da igreja como de seus membros.
b) A criação de uma rede internacional udventista de notícias,
sob a direção do departamento de comunicação, para prover
informação para as principais agências de notícias do mundo
e agências de imprensa não adventistas. As notícias devem
descrever as atividades internacionais da igreja, incluindo
aquelas que melhoram a qualidade de vida.
c) O desenvolvimento e adoçào de um pacote de identidade co-
letíva, incluindo logotipo e símbolos, sob a direção do depar-
tamento de comunicação, para uso por toda a igreja mundial.
d) O estabelecimento de um programa cie certificação atrelado ao
departamento de comunicação para ser usado na avaliação da
imagem que as congregações loaiis projetam em sua comunida-
de. As qualidades lundamentais incluem: a aparência da igreja, a
hospitalidade da congregação e a interação com a comunidade.
Estratégias de Comunicação 243
3) Benefícios projetados
a) A percepção pública da igreja cada vez mais focalizada no
cumprimento da Comissão Evangélica de maneira que apri-
more a vida das pessoas c da comunidade.
b) Toda n igreja trabalhando em conjunto para conquistar me-
lhor aceitação por parte do público enquanto cumpre sua
missão.
c) Coesão e consistência na percepção da imagem.
4. Divisões e Uniões
Considerando o amplo leque de tecnologias necessárias para es-
tabelecer comunicação com as congregações locais, a diversificada
percepção pública da igreja em países dentro das Divisões, e a neces-
sidade de usar plataformas e abordagens de comunicação adaptadas a
contextos diferentes nos quais a igreja íunciona, um maior desenvolvi-
mento da estratégia tem que continuar nos níveis de Divisão e União.
Declarações da Igreja 244
Recomendado:
a. Requisitar que cada Divisão utili/e o processo participativo
desenvolvido para identificar as "seis questões em foco', tendo
em vista implementar e desenvolver a estratégia de comuni-
cação e prover relatórios sobre as iniciativas estratégicas para
serem revistas pelo Concílio de Estratégia de Comunicação.
b. Requisitar que as comissões das Divisões/Uniões implemen-
tem a estratégia de comunicação dentro do território da Divi-
são e que estabeleçam alvos mensuráveis para a avaliação das
iniciativas de comunicação.
c. Recomendado:
1) Requisitar que o recém-estabclecido Conselho de Comuni-
cação faça do desenvolvimento de um plano de implementa-
ção de três, cinco e dez anos a sua maior prioridade.
2) Adotar o seguinte plano cie implementação de três anos
como plano provisório até que o plano formal esteja pronto.
Esse plano provisório deve ser coordenado com os calendá-
rios da igreja como um todo. (O trabalho de coordenação
deve ser responsabilidade do vice-presidente que aconselha
o departamento de comunicação e do diretor de comunica-
ção com assessoramento do assistente do presidente.)
a) 1995
(1) Terceiro trimestre: desenvolvimento de um currículo
de treinamento para compreensão e uso da estratégia;
provisões orçamentarias feitas no orçamento de 1996
para a implementação da estratégia.
(2) Quarto trimestre: Pesquisa de base feita em 100 mer-
cados-alvo, com pelo menos 40% deles localizados em
áreas onde a igreja tem pouca ou nenhuma atividade.
A estrutura da pesquisa deve ter 10 perguntas básicas
comuns para todas as divisões.
Declarações da Igreja 246
b)1996
( l } Primeiro trimestre: Dar início a uma revisão estratégica
de um ano pelas instituições, departamentos e divisões
mundiais sobre como contextualízar e adotar o plano
para situações locais; o desenvolvimento de planos de
açòes para a implementação, começando no primeiro
trimestre de 1997.
(2) Segundo trimestre: relatórios iniciais recebidos de todas
as divisões mundiais sobre um plano de gerenciamento
de crise, incluindo quatro componentes básicos:
(a) Protocolos escritos sobre gerenciamento de crise.
(b) Porta-voz nomeado.
(c) Organograma n ser seguido numa crise.
(d) Estratégias para antecipar respostas para crises.
(3) Terceiro trimestre: relatórios iniciais recebidos tle todas as
divisões do mundo sobre resultados da estratégia na área
de evangelismo, incluindo três componentes básicos:
(a) Pesquisa de base antes da iniciativa evangelística.
(b) Resumo de como a estratégia foi utili/ada na ini-
ciativa evangelística.
(c) Pesquisa após a iniciativa evangelística para medir
e avaliares resultados.
(4) Quarto trimestre: relatórios iniciais recebidos de todas as
divisões do mundo sobre atividade de identidade públi-
ca, incluindo três componentes básicos:
(a) Pesquisa de base em mercados determinados.
(b) Três por cento de melhoramento da imagem pública
em mercados com presença adventista estabelecida.
(c) Cinco por cento de melhoramento da imagem pú-
blica em mercados sem presença adventista.
(5) Relatório para o Concílio Anual de 1996 de três iniciati-
vas experimentais:
(a) Gerenciamento de crises.
(b) Evangelismo.
(c) Identidade pública.
(6) Registro dos planos para implementação regional
para 1997.
Kstratégias de Comunicação 247
c) 1997
(1) Primeiro trimestre: lançamento da implementação re-
gional contextuatizada para continuar por todo o ano de
1997.
(2) Segundo trimestre: relatório para o Concílio de Prima-
vera de 1997 pelas divisões mundiais e instituições da
igreja sobre o lançamento da implementação.
(3) Terceiro trimestre: pesquisa sobre iniciativas estratégicas
pelo Conselho de Comunicação.
(4) Quarto trimestre: relatório para o Concílio Anual de 1997
sobre o progresso das iniciativas regionais.
d)1998
Primeiro trimestre: revisão c avaliação das iniciativas regionais.
2) Termos de referência
a) Implementar o tema da comunicação: "Esperança com foco
numa qualidade de vida que é completa em Cristo."
b) Recomendar planos de ação aos departamentos, Divisões e/
ou instituições para auxiliá-los a criar comunicação que seja
coerente com a estratégia.
Declarações da Igreja 248
3) Base administrativa
a) Formada a partir da Comissão Administrativa da Associação
Geral, deve se reportar a ela.
b) Reportar-se à Comissão de Orçamento e Planejamento Es-
tratégico da Associação Geral através da Comissão Adminis-
trativa.
c) Reuniões serão alternadas anualmente entre Maryland, Estados
Unidos, e locais nas Divisões mundiais, sendo que a Associação
Geral será responsável pelas despesas de viagem.
2. Funções do departamento
Recomendado:
a. Requisitar à Associação Geral que estude mais a fundo como
podem ser coordenadas as funções do Departamento de Li-
berdade Religiosa e Relações Públicas, visto que se relacionam
de perto com as funções do Departamento de Comunicação.
Declarações da Igreja 250
4. Recursos de estratégia
Recomendado:
a. Desenvolver uma lista de profissionais adventistas com pre-
paro e conhecimento particular na área de facilitaçao de
mudança corporativa. Garantir os serviços de uma ou mais
dessas pessoas para trabalhar com o Conselho de Estratégia
de Comunicação para avaliar a estratégia e criar a estrutura
necessária para garantir o envolvimento coletivo desejado e a
mudança necessária para alcançar os objetivos estratégicos.
b. Estabelecer grupos de apoio que desenvolvam bases de dados
úteis para a igreja ao formular relectses para a mídia que lidem
com áreas de interesse da igreja e do seu público.
Este relatório tm preparado pela Comissão de Estratégias tk- Comunicação Geral e aceito
|ii'!.i asscmbk-ia da igreja mundial rcali/ada em Um-chl, l lolamla, em 194S.
WEBSITES ADVENTISTAS
11. Muito cuidado deve ser tomado na seleção de links para ou-
tros websites. As informações apresentadas em websites com linfó
no site de uma entidade dcnominacional devem promover a missão,
mensagem c valores da igreja, Orientações legais devem ser obtidas
quanto às possíveis implicações de algum tipo de comercialização
no website, levando em consideração a condição religiosa e sem fins
lucrativos da organização.
12. Entidades denominacionais que patrocinam websites são res-
ponsáveis por certificar-se de que a administração e o conteúdo do
site estão em conformidade com as leis, incluindo requisitos para
proteção de privacidade de crianças que possam accssar o website ou
ter a foto publicada nele.
13. E recomendado que os usuários tenham opção para o envio
de perguntas e comentários.
Estas dlretrizes foram votadas pela Comissão Administralivii da Associação Geral durante
o Concílio Anual realizado i'm Sifvtr Spring, Maryland, Estados Unidos, cm H) tk- outubro
de 2006.
ASSUNTOS ESTRATÉGICOS
() ideal de Cristo para Sua igreja era que ela reíletisse Sua obra,
pois foi Ele quem disse: "Estabelecerei a Minha igreja." Cristo tam-
bém afirmou que pretendia apresentá-la ao Seu Pai como uma igreja
perfeita, sem mancha ou defeito. Esse ideal será alcançado à medida
que os membros respondam ao amor de Cristo na cruz, humildemente
se submetam ao senhorio de Cristo como apresentado nas Escrituras e
dependam completamente do poder e da orientação do Espírito Santo.
A Associação Geral, cm resposta à missão de Cristo, está enfati-
/ando três questões estratégicas: qualidade de vida, unidade e cres-
cimento. E nosso profundo desejo que na lormação de uma comu-
nidade cie fé, cada um experimente compromisso incondicional com
Cristo. Esse compromisso resulta numa experiência pessoal de amor
e alegria, em participação na vida da igreja e em serviço de compai-
xão à comunidade maior no mundo.
Os líderes da Associação Geral desenvolverão e cumprirão com
seus serviços no campo mundial de tal maneira que o senhorio de
Jesus Cristo encontre expressão na Igreja Adventista através de:
Nossa Missão
A missão da Igreja Advcntista é proclamar a todas as pessoas o
evangelho eterno, no contexto das três mensagens angélicas de Apo-
calipse 14:6-12, levando-as a aceitar a Jesus como seu Salvador. No
escopo dessa missão, a Associação Geral existe para guiar a igreja a
dar um testemunho mundial do reino de Deus c fazer discípulos para
Jesus Cristo.
Nossa Responsabilidade
Os empregados da Associação Gera] crêem que:
* Somos responsáveis primeiro para com Deus, nosso Criador.
Ações individuais e coletivas devem refletir Seu caráter e exihir Seu
amor.
v Somos responsáveis para com as comunidades nas quais tra-
balhamos c vivemos e também para com a comunidade m u n d i a l .
Aceitamos o desafio de sermos indivíduos exemplares e cidadãos
dedicados. Defendemos as boas ações e a caridade. Encorajamos o
desenvolvimento cívico, a melhora na qualidade de vida, segurança,
saúde e educação para todos.
•/ Somos responsáveis para com nossos amigos da igreja. Acei-
tamos a responsabilidade por sólidas decisões de liderança e uma
mordomia apropriada.
* Somos mutuamente responsáveis dentro do ambiente de tra-
balho. Cada pessoa merece ser tratada com respeito e dignidade; ter
sua função e contribuição reconhecida e afirmada; trabalhar num
ambiente seguro; experimentar uma atmosfera de desafios, comuni-
cação aberta e contentamento.
Nossos Valores
* Valorizamos a Bíblia como a referência primária para o direcio-
namento e a qualidade de vida.
«/ Valorizamos a excelência cm tudo que fazemos.
Princípios Éticos Para a Associação Geral 257
Este a|H'lo loi aprovado [K-Ut Ccimissãn Administrativa d,i Assni Lição (loral na reunião da
primavera, realizada cm Silvcr Spring. Maryland, Estados Unidos, cm 10 Jc abril de 2007,
USO DO DIZIMO
Introdução
O plano de Deus para o sustento de Sua obra na Terra é realizado por
meio do dí/imo e das ofertas voluntárias de Seu povo. O dí/.imo é a fonte
prineipal de fundos para a proclamação total do evangelho a todo o mundo
pela Igreja Adventista. Isso inclui um esforço evangelístico equilibrado e
amplo voltado ao público e à nutrição espiritual dos membros da igreja.
Sendo que o dízimo é reservado para um propósito especial, as ofertas vo-
luntárias devem prover íundos para muitas funções da obra do evangelho.
Lata declaração foi aprovada pela Comissão Administrativa da Associação Geral para ser
divulgada pelo gabinete do então presidente Roberl S. l-olkenberg, durante u Concílio Anual
) cm São José, Costa Rica, de 1° a 10 de outubro de 1996.
PRINCÍPIOS DE TEMPERANÇA
E ACEITAÇÃO DE DOAÇÕES
l-.slíi declaração foi aprovada o votada pela Comissão Administrativa da Associaçõo Gemi
cm l l de ouilibro de 1992, durante o Concílio Anual reali/ado em Silvcr Spring. Maryland.
FILOSOFIAADVENTISTA COM
RELAÇÃO À MÚSICA
o ser humano. Embora não seja destinada a louvar a Deus, pode ter
um lugar autêntico na vida do cristão. Em sua escolha, devem ser
seguidos «s princípios apresentados neste documento.
1 "[A música] é um dos meios mais eficazes par;i impressionar o coração com as verdades
espirituais" (Educação, p. 168).
2 O Lar Adventista, p. 408. Kla também afirma que no futuro, "imediatamente antes da
H-riiiinação da graça", "haverá grilos com tambores, música e dança. Os sentidos dos seres
racionais ficarão tão confundidos que não st1 pode conliar neles quanto a decisões retas. E islo
será chamado operação do Espírito Sanlo. í) Ksnírito Sutilo n u n c a S t- revela por tais métodos,
cm tal confusão e ruído. Isso é uma invenção de Satanás para encobrir seus engenhosos méto-
dos para anular o eleito da pura, sincera, elevadora, enoorecedora e santíficante verdade para
este tempo" (Mensagens Escolhidas, v. 2. p. 36).
3 Educação, p. 167.
4 Educação, p. 168.
5 Reconhecemos que em algumas culturas u harmonia não ó tão imporlanle quanto em
outras culturas.
Estas orientações foram aprovadas c votadas durante o Concílio Anual da Associação Ge-
rui. em l _í de outubro de 2004.
OBSERVÂNCIA DO SÁBADO
Propósito e Perspectiva
O principal objetivo deste documento sobre a observância do sá-
bado é oferecer conselhos ou orientações aos membros da igreja que
desejam urna experiência mais rica e significativa na observância do
sábado. Espera-se que crie uma motivação para uma genuína refor-
ma quanto à guarda do sábado em âmbito mundial.
Sabendo que a comunidade mundial de adoradores encontra nu-
merosos problemas quanto à observância do sábado, originários de
determinados contextos culturais e ideológicos, procuramos levar es-
sas dificuldades em consideração. O documento não pretende abran-
ger todas as questões relativas à guarda do sábado, mas apresentar
princípios bíblicos e cliretrizes do Espírito de Profecia que ajudem os
membros da igreja em seu esforço para seguir a orientação do Senhor.
Lspera-sc que os conselhos dados neste documento sejam úteis. Em
última análise, entretanto, as decisões tomadas sob circunstâncias críticas
devem ser motivadas pela fé e ii confiança pessoal no Senhor Jesus Cristo.
proveito mundanos c lícito nesse dia; mas como Deus cessou Seu labor
de criar e repousou ao sábado, e o abençoou, assim deve o homem deixar
as ocupações da vida diária, e devotar essas sagradas horas a um saudável
repouso, ao culto e a boas obras" (O Desejado de 'Iodas a Nações, p. 207).
Esse conceito, entretanto, não apoia a inatividade total. O Antigo e
o Novo '(estamentos nos convidam a cuidar das necessidades c aliviar o
sofrimento dos outros, pois o sábado é um bom dia para todos, particular-
mente para os humildes e oprimidos (Êx 23:12; Mt 12:10-13; Mc 2:27;
Lc 13:1 1-17; Jo 9:1-21).
Contudo, nem mesmo as boas obras devem obscurecer a principal
característica da observância do sábado, a saber, o repouso (Gn 2:1-3).
Isso inclui tanto o repouso físico (Êx 23:12) como o espiritual em Deus
(Mt 11:28). O repouso espiritual leva o observador do sábado a procurar
a presença de Deus c a manter comunhão com Ele no culto (Is 48:13),
tanto na meditação silenciosa (Mt 12:1-8) como na adoração pública
Qr 23:32; 2Rs 4:23; 11:4-12; ICr 23:30; Is 56:1-8). Seu objetivo c reco-
nhecera Deus como Criador e Redentor (Cn 2:1-3; Dt 5:12-15), e é com-
partilhado pela família isoladamente e pela comunidade maior (Is 56: l -8).
6. O sáhailo e a autoridade da Palavra de Deus. Ellen White assinala
que o mandamento do sábado é único, pois contém o "selo da lei de
Deus". Unicamente ele "apresenta não só o nome, mas o título do Le-
gislador. Declara ser Ele o Criador dos céus e da Terra, e mostra, assim,
o Seu direito à reverência c culto, acima de todos. Fora deste preceito,
nada há no Decálogo que mostre por autoridade de quem foi dada a lei"
(O Grande Conflito, p. 452).
O sábado, como o sinal do Criador, aponta para Sua autoridade e Seu
direito de propriedade. Uma significativa observância do sábado, portan-
to, indica a aceitação de Deus como Criador e Possuidor, e reconhece
Sua autoridade sobre toda a criação, inclusive o próprio ser. A observân-
cia do sábado baseia-se na autoridade da Palavra de Deus. Não há para
ela outra razão lógica. Os seres humanos têm a liberdade de entrar em
relacionamento com o Criador do Universo como um Amigo pessoal.
Os guardadores do sábado podem ter que enfrentar resistências de-
vido ao seu compromisso com Deus de santificar o sábado. Para aqueles
que não reconhecem a Deus como seu Criador, parece arbitrário ou inex-
plicável que alguém deixe seu trabalho no dia de sábado meramente por
motivos religiosos. A observância significativa do sábado testifica o talo
Observância do Sábado 279
bem-estar espiritual dos filhos. Tanto por preceito, como por exemplo,
devem proporcionar o tipo de estrutura c atmosfera que torne o sábado
um deleite e uma parte tão vital da vida cristã que, mesmo muito tempo
depois de deixar o lar, os filhos continuem os costumes que lhes foram
ensinados na infância.
Em harmonia com a ordem para "inculcar" as palavras e os manda-
mentos de Deus aos filhos (Dt 6:4-9), os membros adultos da família
devem ensinar os filhos a amar a Deus e a guardar Seus mandamentos.
Devem ensiná-los a ser leais a Deus c a seguir Sua direção.
Desde a mais tenra infância, as crianças devem ser ensinadas a partici-
par do culto familiar, a fim de que o culto na casa de Deus se torne uma ex-
tensão do costume da família. Também desde a infância, as crianças devem
ser ensinadas sobre a importância da frequência à igreja, aprendendo que a
verdadeira observância do sábado envolve ir à casa de Deus para o culto e
o estudo da Bíblia. Os adultos da família elevem dar o exemplo, assistindo
aos cultos de sábado, formando um padrão que será visto como importante
quando os filhos tomarem decisão sobre aquilo que tem valor na vida. Atra-
vés de discussões, enquanto as crianças crescem e se tomam mais maduras,
e por meio cio estudo da Bíblia, deve-se-lhes ensinar o significado do sábado,
sua relação com o viver cristão e sua natureza permanente.
5. Preparo para o sábado. Se o sábado eleve ser observado devidamen-
te, a semana inteira deve ser programada de tal maneira que todos os
membros estejam prontos para receber o santo dia quando ele chegar.
Isso significa que os membros adultos da família farão planos para que
as tarefas domésticas (a compra e o preparo de alimentos, o preparo das
roupas c todas as outras necessidades da vicia diária) sejam completadas
antes do pôr do sol de sexta-feira. O dia de repouso deve tornar-se o eixo
em torno do qual gira a roda da semana inteira. Quando se aproximar o
pôr do sol e o anoitecer de sexta-feira, adultos e crianças poderão saudar
o sábado com tranquilidade de consciência, tendo concluído todos os
preparativos e com a casa pronta para passar as seguintes 24 horas com
Deus c uns com os outros. As crianças podem ajudar nesse sentido, as-
sumindo responsabilidades de preparo para o sábado de acordo com seu
grau de maturidade. A maneira como a família se aproxima do início do
sábado, ao pôr do sol de sexta-feira, e passa a noite de sexta-feira constitui
o cenário para o recebimento das bênçãos que o Senhor tem em reserva
para todo o dia que se segue.
Observância do Sábado 281
Este documento foi votado pela Comissão Administrativa cia Associação Geral, t-m 9 de
julho de 1990, durante ;i assembleia d<t Associação Cícral realizada em IndianápollB, Indiana.
COMPROMISSO TOTAL COM DEUS
l Ima Declaração de Responsabilidade Kspirítual da Família da 1'e
A história da Igreja Advcntista está cheia de exemplos de indivíduos
e instituições que foram ou são vibrantes testemunhos de sua fé.
Devido à sua total entrega ao Senhor e à apreciação de Seu amor
ilimitado, todos eles têm o mesmo objetivo: partilhar com outros as
boas-novas. Um texto bíblico fundamental os têm motivado. É um
texto que inflama a alma cios adventistas em toda a parte. É chamado de
comissão evangélica, a ordem do próprio Senhor, conforme registrada
em Mateus 28:19 e 20: "Ide, portanto, fazei discípulos de todas as
nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;
ensinando-os a guardar todas as eoisas que vos tenho ordenado."
Essa ordem, dada pelo próprio Senhor, é simples, bela c obrigató-
ria. É para cada seguidor, seja ele membro, pastor ou administrador:
Ide... ensinai... bati/ai... fazei discípulos. Este princípio incendeia
a missão da igreja e fixa a norma para qualquer avaliação de sucesso.
Atinge a todos, não importa a sua responsabilidade, sejam leigos ou
empregados da igreja. Abrange todos os elementos da vida da igreja,
desde a igreja local até a Associação Geral, nas escolas e colégios, ca-
sas publieadoras, instituições de saúde e organizações de alimentos
saudáveis. A promessa está encapsulada nos votos batismais, nas de-
clarações missionárias, nos alvos e objetívos, nas praxes e nas consti-
tuições e estatutos "para testemunhar de Sua amorosa salvação", "fa-
cilitar a proclamação do evangelho eterno", "suprir as multidões com
o pão da vida" e "educá-los no preparo para o Seu breve retorno". A
ordem quádrupla do ide... ensinai... batizai... fazei discípulos soa
onde quer que os adventistas trabalhem ou se reunam.
À medida que a igreja cresce em tamanho e complexidade, mais e
mais membros, pastores e administradores têm feito sérias indagações
acerca de como a igreja se relaciona com a comissão evangélica. As
rodas e engrenagens da igreja produ/.em apenas produtos e serviços
que, embora acima da média, não podem ser rapidamente distinguidos
de seus correlativos seculares? Ou a igreja faz com que seus produtos
e serviços básicos revelem ao mundo o caminho da vida eterna? Nada
deve ser excluído dessas interrogações, sejam os cultos de adoração na
igreja, sejam os programas e produtos organizacionais ou institucionais.
Declarações d;i Igreja 294
r.sif documento !<>i discutido c votado pula Comissão Administrativa iki Associação Geral
durante o Concilio Anua] n-uli/iido cm São José, Cosia Rica. de l" a 10 de outubro de 199(1.