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#Quarto de Despejo: Carolina Maria de Jesus

Quarto de Despejo:
Carolina Maria de Jesus
Lista de 10 exercícios de Literatura com gabarito
sobre o tema Quarto de Despejo: Carolina Maria de
Jesus com questões de Vestibulares.

Você pode conferir as videoaulas, conteúdo de


teoria, e mais questões sobre o tema Quarto de
Despejo: Carolina Maria de Jesus.

Trocar de Disciplina

01. )FAMECA- Preparei a refeição matinal.


Cada filho prefere uma coisa. A Vera, mingau
de farinha de trigo torrada. O João José,
café puro. O José Carlos, leite branco. E eu,
mingau de aveia.

Já que não posso dar aos meus filhos uma


casa decente para residir, procuro lhe dar
uma refeição condigna.

Terminaram a refeição. Lavei os utensilios.


Depois fui lavar roupas. Eu não tenho
homem em casa. É só eu e meus filhos. Mas
eu não pretendo relaxar. O meu sonho era
andar bem limpinha, usar roupas de alto
preço, residir numa casa confortavel, mas
não é possível. Eu não estou descontente
com a profissão que exerço. Já habituei-me
andar suja. Já faz oito anos que cato papel.
O desgosto que tenho é residir em favela.

Fui no rio lavar as roupas e encontrei D.


Mariana. Uma mulher agradavel e decente.
Tem 9 filhos e um lar modelo.Ela e o esposo
tratam-se com iducação. Visam apenas
viverem paz. E criar filhos. Ela tambem ia
lavar roupas. Ela disse--me que o Binidito da
D. Geralda todos os dias ia preso. Que a
Radio Patrulha cançou de vir buscá-lo.
Arranjou serviço para ele na cadeia. Achei
graça. Dei risada!... Estendi as roupas
rapidamente e fui catar papel. Que suplicio
catar papel atualmente! Tenho que levar a
minha filha Vera Eunice. Ela está com dois
anos, e não gosta de ficar em casa. Eu
ponho o saco na cabeça e levo-a nos
braços. Suporto o peso do saco na cabeça e
suporto o peso da Vera Eunice nos braços.
Tem hora que revolto-me. Depois domino-
me. Ela não tem culpa de estar no mundo.

Refleti: preciso ser tolerante com os meus


filhos. Eles não tem ninguem no mundo a
não ser eu. Como é pungente a condição de
mulher sozinha sem um homem no lar.

!Carolina Maria de Jesus. Quarto de despejo: diário de

uma favelada, 1993. Adaptado.)

As informações do texto permitem


reconhecê-lo como

A. Uma análise, na qual o narrador questiona a sua


condição de vida, mostrando que, apesar de
sonhar com privilégios, prefere viver de forma
simples.

B. Um comparativo, no qual o narrador reconhece


que vive bem, ressaltando as vantagens de
vestir-se com roupas caras e de morar em uma
casa confortável.

C. Uma narrativa poética, na qual o narrador


expõe seu sofrimento, deixando claro que ele
decorre do fato de ter vários filhos para cuidar.

D. Um relato, no qual o narrador apresenta


situações do seu cotidiano, evidenciando as
dificuldades que enfrenta para sobreviver
como catadora de papel.

E. Um resumo, no qual o narrador desmerece sua


família e sua comunidade, as quais lhe
representam empecilhos para uma vida melhor
e com mais conforto.

02. )UFRGS- Instrução: A questão refere-se


à obra Quarto de despejo, de Carolina Maria
de Jesus.

Um tema em Quarto de despejo é


encontrado também no poema “O bicho”, de
Manuel Bandeira, transcrito a seguir.

O bicho

Vi ontem um bicho

Na imundície do pátio

Catando comida entre os detritos.

Quando achava alguma coisa,

Não examinava nem cheirava:

Engolia com voracidade.

O bicho não era um cão,

Não era um gato,

Não era um rato.

O bicho, meu Deus, era um homem.

Assinale a alternativa que identifica esse


tema recorrente nas duas obras.

A. A revolta e a indignação daqueles que sofrem a


miséria e a marginalização social.

B. O problema da fome, que avilta a dignidade


humana.

C. A aceitação da pobreza, que se tornou uma


condição inerente às sociedades modernas.

D. A esperança como forma de enfrentar o


sofrimento da fome e de garantir a
sobrevivência.

E. O ato de escrever funciona como modo de


driblar a fome.

03. )UFRGS- Sobre o livro Quarto de


despejo, de Carolina Maria de Jesus,
assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as
seguintes afirmações.

( ) A história, estruturada em forma de diário,


abarca cinco anos da vida de Carolina, que,
segundo a narradora, suporta sua rotina de
fome e violência através da escrita.

( ) A autora produz uma narrativa de grande


potência, apesar dos desvios gramaticais
presentes no texto.

( ) A narradora reflete sobre desigualdade


social e racismo. A força do texto está no
depoimento de quem sente essas mazelas
no corpo e ainda assim se apresenta como
voz vigorosa e propositiva.

( ) O livro, relato atípico na tradição literária


brasileira, nunca obteve sucesso editorial,
permanecendo esquecido até os dias de
hoje.

A sequência correta de preenchimento dos


parênteses, de cima para baixo, é

A. F – V – F – F.

B. V – F – V – V.

C. V – F – F – V.

D. V – V – V – F.

E. F – V – V – V.

04. )ENEM Libras 2017- Quarto de despejo

Carolina Maria de Jesus

Do diário da catadora de papel Carolina


Maria de Jesus surgiu este autêntico
exemplo de literatura-verdade, que relata o
cotidiano triste e cruel da vida na favela.
Com uma linguagem simples, mas
contundente e original, a autora comove o
leitor pelo realismo e pela sensibilidade na
maneira de contar o que viu, viveu e sentiu
durante os anos em que morou na
comunidade do Canindé, em São Paulo, com
seus três filhos Ao ler este relato —
verdadeiro best-seller no Brasil e no exterior
— você vai acompanhar o duro dia a dia de
quem não tem amanhã. E vai perceber com
tristeza que, mesmo tendo sido escrito na
década de 1950, este livro jamais perdeu a
sua atualidade.

JESUS, C. M. Quarto de despejo: diário de uma favela

da. São Paulo: Ática, 2007.

Identifica-se como objetivo do fragmento


extraído da quarta capa do livro Quarto de
despejo

A. Retomar trechos da obra.

B. Resumir o enredo da obra.

C. Destacar a biografia da autora.

D. Analisar a linguagem da autora.

E. Convencer o interlocutor a ler a obra.

05. )ACAFE- Sobre a obra Quarto de Despejo


k Diário de uma Favelada, todas as
alternativas estão corretas, exceto a:

A. Mesclando a oralidade da gíria com o


português formal, os 13 capítulos da obra
empolgam pela linguagem ágil e narrativa
naturalmente realista. Não por acaso, o livro
despertou o interesse de produtores de cinema
e de editores estrangeiros, interessados em
explorar aspectos sociais inerentes à vida nas
favelas.

B. A protagonista relata seu “desgosto por ser


mulher”, e diante das rivalidades e disputas
entre as mulheres da favela (incluindo a
narradora), ela afirma que gostaria de ter
nascido homem e que isso tornaria sua vida
mais fácil.

C. Os textos que deram origem ao livro foram


escritos entre 1955 e 1960 por uma moradora
da favela que se expandia às margens do rio
Tietê, no bairro do Canindé, e selecionados pelo
repórter Audálio Dantas.

D. Carolina em seu diário contrasta a ideologia


desenvolvimentista de Juscelino Kubitschek,
então presidente da república, com sua
condição de vida na favela, o que a impede de
nutrir simpatias por: "[...] o que o senhor
Juscelino tem de aproveitável é a voz. Parece
um sabiá [...] residindo na gaiola de ouro que é o
Catete. Cuidado sabiá, para não perder esta
gaiola, porque os gatos, quando estão com
fome, contemplam as aves nas gaiolas. E os
favelados são os gatos. Têm fome."

06. )UEL- Leia o trecho de Quarto de


despejo, de Carolina Maria de Jesus, e
responda a questão

15 de maio

Tem noite que eles improvisam uma


batucada e não deixa ninguém dormir. Os
visinhos de alvenaria já tentaram com abaixo
assinado retirar os favelados. Mas não
conseguiram. Os visinhos das casas de
tijolos diz:

– Os políticos protegem os favelados.

Quem nos protege é o povo e os Vicentinos.


Os políticos só aparecem aqui nas epocas
eleitoraes. O senhor Cantidio Sampaio
quando era vereador em 1953 passava os
domingos aqui na favela. Ele era tão
agradavel. Tomava nosso café, bebia nas
nossas xícaras. Ele nos dirigia as suas frases
de viludo. Brincava com nossas crianças.
Deixou boas impressões por aqui e quando
candidatou-se a deputado venceu. Mas na
Camara dos Deputados não criou um projeto
para beneficiar o favelado. Não nos visitou
mais.

... Eu classifico São Paulo assim: o Palacio, é


a sala de visita. A Prefeitura é a sala de
jantar e a cidade é o jardim. E a favela é o
quintal onde jogam os lixos.

JESUS, Carolina Maria de. Quarto de despejo: diário d

e uma favelada. 10ª ed. São Paulo: Ática, 2014. p.32.

Assinale a alternativa que estabelece a


exata correlação entre Quarto de despejo e
os romances Casa de pensão, de Aluísio
Azevedo, e Clara dos Anjos, de Lima Barreto

A. A miséria dos favelados de Quarto de despejo é


experimentada também pelos moradores da
pensão e pelos parentes do protagonista no
romance Casa de pensão.

B. As dificuldades enfrentadas pelas personagens


de Quarto de despejo numa cidade grande
como São Paulo têm pontos de contato com o
individualismo que cerca as personagens de
Casa de pensão.

C. A distância do acesso ao poder representada


em Quarto de despejo é equivalente ao caráter
desprotegido que atinge o protagonista de
Casa de pensão e as personagens que com ele
convivem.

D. A associação da favela ao lixo em Quarto de


despejo é uma retomada das condições de
moradia de personagens como Clara dos Anjos
e Cassi Jones na narrativa de Lima Barreto.

E. O descaso dos políticos focalizado em Quarto


de despejo é o comportamento que conduz a
protagonista Clara ao desespero quando ela se
vê abandonada por Cassi Jones e pelas
autoridades.

07. )IFSulDeMinas) Considerando os livros


“Quarto de despejo”, de Carolina Maria de
Jesus, e “O Cortiço” de Aluísio de Azevedo,
é correto afirmar que:

A. O segundo apresenta perspectiva naturalista e


determinista para seus personagens enquanto
que o primeiro apresenta aposta na mudança
de realidade por meio da escrita em um diário.

B. Bertoleza, personagem de “O Cortiço”,


assemelha-se à Carolina Maria de Jesus, autora
de Quarto de despejo, pois ambas são
dependentes e falta-lhes proatividade.

C. Os dois livros em questão reforçam a imagem


de sexo frágil para a mulher.

D. A metáfora do quarto de despejo não


estabelece qualquer relação com o contexto do
cortiço descrito no romance de Aluísio de
Azevedo.

08. )Unimontes) Sobre o livro Quarto de


despejo, de Carolina Maria de Jesus, todas
as afirmativas abaixo estão corretas,
EXCETO

A. A autora – mulher, negra, mãe solteira –


assinala a sua escrita com a consciência do que
é estar no “quarto de despejo” da grande cidade
de São Paulo.

B. O ato cotidiano de recolher resíduos da


sociedade paulistana é uma evasão de uma
mulher que se sente marginalizada

C. O diário Quarto de despejo é constituído de


fragmentos de vida reunidos em cadernos
encontrados nas ruas.

D. Os relatos diários são marcados por um olhar


de denúncias e pela descrição da rotina
marginal de sua autora.

09. )Unimontes) 1 DE JULHO... Eu percebo


que se este Diário for publicado vai maguar
muita gente. Tem pessoa que quando me
ver passar saem da janela ou fecham as
portas. Estes gestos não me ofendem. Eu
até gosto porque não preciso parar para
conversar. (...- Quando passei perto da
fabrica vi varios tomates. Ia pegar quando vi
o gerente. Não aproximei porque ele não
gosta que pega. Quando carregam os
caminhões os tomates caem no solo e
quando os caminhões saem esmaga-os.
Mas a humanidade é assim. Prefere vê
estragar do que deixar seus semelhantes
aproveitar. )JESUS, 1997, p. 69.)

Sobre o excerto acima e sobre o livro Quarto


de despejo, de Carolina Maria de Jesus, a
única afirmativa

INCORRETA é:

A. Para a autora, os papéis colhidos nas ruas são


sua fonte de sobrevivência e, mais tarde, a
matéria-prima para a escrita dos seus diários.

B. Os diários, além de uma forma de


extravasamento da raiva e de fazer-se
conhecer, eram, para a autora, um registro da
memória.

C. A dimensão social e humanística do romance é


perceptível por meio da confissão diarística da
narradora.

D. A linguagem de norma culta e singular da


escritora do povo legitima o lugar social de sua
autora.

10. )Unimontes) A narrativa "Quarto de


despejo )24 de dezembro de 1958-", da
escritora Carolina Maria de Jesus, texto que
integra a coletânea Nós e os outros, de
Marisa Lajolo, apresenta todas as
características abaixo, EXCETO

A. O discurso é bem elaborado e erudito,


demarcando o lugar social da personagem
narradora.

B. As marcas temporais do discurso possibilitam


pensar o texto como uma página de diário.

C. A narrativa, assim como outras da coletânea,


representa personagens que vivenciam
experiências de exclusão social.

D. Com linguagem poeticamente construída, o


texto da autora exemplifica um modo de vida
específico.

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