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QUESTÃO 01

Leia o cartum.

Ivan Cabral. Disponível em: <http://www.ivancabral.com/2015/03/charge-do-dia-mapa-da-dengue.html>. Acesso em: 22 mar. 2015.

As preposições têm a função de ligar palavras ou orações, sinalizando uma relação de sentido entre
elas.

No título “Mapa da dengue”, a preposição DE (presente na contração DE+A) indica o conteúdo ou


assunto a que se refere o mapa. No entanto, a fala do mosquito indica outra interpretação para essa
expressão, sugerindo que a preposição sinaliza a ideia de

(A) companhia, caracterizada pela relação do mosquito com o Brasil.


(B) posse, que é reforçada pelo pronome possessivo “meu”.
(C) instrumento, pois o mosquito é o transmissor da dengue.
(D) lugar, tendo em vista que o mapa representa o Brasil.

QUESTÃO 02
Leia a tirinha
OS MALVADOS

DAHMER, André. Disponível em: <http://www.malvados.com.br/tirinha1706.jpg>. Acesso em: 05 abr. 2015.

As preposições sinalizam relações de sentido entre as palavras.


Nessa tirinha, a preposição

(A) DE (3º quadrinho) ressalta a ideia de conteúdo, pois a essência humana é alvo da comparação
da personagem.
(B) EM (3º quadrinho, da contração em + os) ressalta a ideia de posse, pois se refere a algo que
pertence aos pássaros.
(C) PARA (1º quadrinho) introduz uma explicação para o fato de os pássaros se ajudarem e se
revezarem.
(D) PARA (1º quadrinho) introduz uma finalidade, já que alcançar um bem comum é o objetivo dos
pássaros.

QUESTÃO 03
Leia o texto.
Compras de Natal

A cidade deseja ser diferente, escapar às suas fatalidades. Enche-se de brilhos e cores; sinos
que não tocam, balões que não sobem, anjos e santos que não se movem, estrelas que jamais
estiveram no céu.
As lojas querem ser diferentes, fugir à realidade do ano inteiro: enfeitam-se com fitas e flores,
neve de algodão de vidro, fios de ouro e prata, cetins, luzes, todas as coisas que possam
representar beleza e excelência.
Tudo isso para celebrar um Meninozinho envolto em pobres panos, deitado numas palhas, há
cerca de dois mil anos, num abrigo de animais, em Belém.
[...]
MEIRELES, Cecília. In: Quatro Vozes. Rio de Janeiro: Record, 1998. p. 80. (Fragmento)

Releia o seguinte trecho, transcrito do segundo parágrafo:

“As lojas querem ser diferentes, fugir à realidade do ano inteiro: enfeitam-se com fitas e flores...”

A oração que aparece após o sinal de dois-pontos estabelece uma relação de sentido com a oração
anterior.

Tal relação poderia ser explicitada, caso os dois-pontos fossem substituídos pela conjunção

(A) CONTUDO, que indica uma oposição à realidade do ano inteiro.


(B) PORQUE, tendo em vista que a última oração explica o que é ser diferente.
(C) POR ISSO, uma vez que a última oração é uma consequência do desejo das lojas.
(D) QUANDO, já que o trecho indica o tempo (O Natal) em que se passa a narrativa.

Leia estas tira da Mafalda para responder à questão 04:


QUESTÃO 04
A conjunção porque, presente no último quadro da tira, estabelece no contexto a relação de

(A) adversidade.
(B) causa.
(C) Consequência conclusão.
(D) Conclusão consequência.

Leia um trecho do Artigo de Cláudio de Moura Castro, publicado na Revista Veja com o título A
Mágica da Educação, para responder à questão 05:

Vale a pena refletir sobre o elo entre a educação e o que acontece com nossa vida profissional.

Sabemos que, ao deixar a escola e procurar um emprego, o número de anos de estudo é o mais
poderoso determinante do que vamos ganhar. Como regra geral, quanto mais se estuda, mais o
sálário inicial é elevado – embora varie de acordo com a oferta e a procura de competências. Se
acreditarmos que o contracheque reflete nossa contribuição para a produtividade da empresa, os
anos de estudo são a maior fonte de progresso. [...]

No dia em que pleiteamos um emprego, o mercado valoriza o que aprendemos na escola. Portanto,
há boas razões para a escola ensinar aquilo que conta para um bom desempenho profissional.

Quem estudou pouco ou nada não só começa com um salário medíocre, mas permanece a vida toda
atolado no mesmo nível.

CASTRO, Claudio Moura. I, edição de 6 de março de 2013.

QUESTÃO 05
O argumento no qual o autor se apoia é:

(A) Estudo profissionalizante abre portas para o mercado de trabalho.


(B) O contracheque varia de acordo com a escola onde se estudou.
(C) O mercado de trabalho está em busca de sucessos inexistentes.
(D) Quanto mais estudo, maior a chance de sucesso profissional.

QUESTÃO 06
Leia o texto.

O celular do Aurélio

[...]
Há no Brasil cerca de 264 milhões de celulares ativos, o que significa
1,3 por habitante. Palavras compostas como “pós-pago” e “pré-pago”
são cada vez mais usadas para referir-se a linhas telefônicas.
As linhas deveriam ser “pós-pagas” e “pré-pagas; e os aparelhos,
sim, “pós-pagos” e “pré-pagos”. Mas o fato é que tais palavras não
constam do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, 5ª edição,
2009, da Academia Brasileira de Letras, que registra quase 390 mil
palavras. É o vocabulário oficial, portanto. Pois o Volp ignorou “pós-
pago” e “pré-pago” porque foi editado há quatro anos, quando talvez
ainda não fossem tão frequentes. Por isso, os dicionários também as
ignoram. Todos, até os grandes, como Houaiss impresso e digital, o
Aurélio impresso e o Aulete digital. Todos, com exceção do Aurélio
digital, 5ª edição, que as registra gloriosamente.
Gloriosamente, mas com uma peculiaridade, resultante de algum descuido da editora Positivo
em relação ao plural. “Pós-pago”. Adjetivo. 1. Diz-se de linha telefônica em que se paga
posteriormente pelas ligações feitas, ger. de mês em mês. 2. Diz-se de aparelho próprio para esse
tipo de linha. Substantivo masculino. 3. Essa linha ou aparelho. [Pl.:pré-pagos.]” Distraídos, os
editores registram um espantoso “pré-pagos” como plural de “pós-pago”.[...].

MACHADO, Josué. Revista Língua Portuguesa, São Paulo: Segmento, n.92, p.41. Junho de 2013. (Fragmento)
Releia o trecho: “Todos, com exceção do Aurélio digital, 5ª edição, que as registra gloriosamente.”

O advérbio “gloriosamente” foi empregado no texto para indicar uma circunstância de

(A) concessão.
(B) intensidade.
(C) modo.
(D) tempo.

QUESTÃO 07
Releia a passagem retirada do segundo parágrafo do texto:

“... quando talvez ainda não fossem tão frequentes.” (linhas 8-9)

Nesse trecho, foram mantidas a progressão, a continuidade e a coerência do texto apesar da


omissão de um vocábulo. Qual é ele?

(A) anos.
(B) aparelhos.
(C) linhas.
(D) palavras.

QUESTÃO 08
(ENEM-2001) No trecho abaixo, o narrador, ao descrever a personagem, critica sutilmente um outro
estilo de época: o romantismo.

“Naquele tempo contava apenas uns quinze ou dezesseis anos; era talvez a mais atrevida criatura
da nossa raça, e, com certeza, a mais voluntariosa. Não digo que já lhe coubesse a primazia da
beleza, entre as mocinhas do tempo, porque isto não é romance, em que o autor sobredoura a
realidade e fecha os olhos às sardas e espinhas; mas também não digo que lhe maculasse o rosto
nenhuma sarda ou espinha, não. Era bonita, fresca, saía das mãos da natureza, cheia daquele
feitiço, precário e eterno, que o indivíduo passa a outro indivíduo, para os fins secretos da criação.”

ASSIS, Machado de. Memórias Póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Jackson,1957.

A frase do texto em que se percebe a crítica do narrador ao romantismo está transcrita na


alternativa:

(A) “... o autor sobredoura a realidade e fecha os olhos às sardas e espinhas ...”
(B) “... era talvez a mais atrevida criatura da nossa raça ...”
(C) “Era bonita, fresca, saía das mãos da natureza, cheia daquele feitiço, precário e eterno, ...”
(D) “Naquele tempo contava apenas uns quinze ou dezesseis anos; ...”

QUESTÃO 09
O Realismo é uma reação contra o subjetivismo romântico, o artista dessa corrente literária
pretende alcançar a objetividade do fotógrafo, ser um documentarista imparcial da realidade visível.
Identifique, entre os trechos grifados, todos de Machado de Assis, aquele em que se percebe o
emprego de ironia.

(A) Marcela amou-me durante quinze meses e onze contos de réis; nada menos. Meu pai, logo que
teve a aragem dos onze contos, sobressaltou-se deveras; achou que o caso excedia as raias do
capricho juvenil.
(B) Em verdade, dizia-me Marcela, quando eu lhe levava alguma seda, alguma joia; em verdade,
você quer brigar comigo... Pois isto é coisa que se faça... um presente tão caro...
(C) Capitu estava melhor e até boa. Confessou-me que apenas tivera uma dor de cabeça de nada,
mas agravara o padecimento para que eu fosse divertir-me. Não falava alegre, o que me fez
desconfiar que mentia.
(D) O pior é que era coxa. Uns olhos tão lúcidos, uma boca tão fresca, uma compostura tão senhoril;
e coxa! Esse contraste faria suspeitar que a natureza é às vezes um imenso escárnio.

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