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Disciplina
Saúde e Segurança no Trabalho
Professora Autora
Sylvia Maria Demolinari Lopes
CURSO TÉCNICO EM ALIMENTOS
INTRODUÇÃO
DEFINIÇÃO
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Junto com a posterior evolução industrial proporcionada pelo
desenvolvimento tecnológico e o domínio sobre forças cada vez mais
amplas, possibilitando a construção de variadas e complexas máquinas,
surgiram novos riscos e acidentes para a população trabalhadora:
engrenagens perigosas, gases e outros produtos químicos, poeira etc.
passaram a ameaçar o ser humano de tal forma que o obrigam a agir com
extrema cautela enquanto trabalha, uma vez que está suscetível, a
qualquer momento, de sofrer uma lesão irreparável ou até mesmo a
morte. Na época atual, o trabalho humano vem-se desenvolvendo sob
condições que geram riscos mais numerosos e mais graves do que
aqueles que há mais de cem anos ameaçavam o homem na sua busca
diária de prover a própria subsistência.
Em vista disso, as pessoas e as empresas passaram
progressivamente a ter maior preocupação com o elevado índice de
acidentes ocorridos. Atualmente, algumas das grandes preocupações nos
países industrializados são a saúde e a proteção do trabalhador no
desempenho de suas atividades.
Esforços vêm sendo direcionados para este campo, visando a uma
redução do número de acidentes e à efetiva proteção do acidentado e
seus dependentes. Não é sem motivos que as nações vêm-se
empenhando em usar meios e processos adequados para a proteção do
ser humano no trabalho, procurando evitar os acidentes que o ferem,
destroem equipamentos e ainda prejudicam o andamento do processo
produtivo.
Até nossos dias, essa área evolui e muda conceitos, ampliando sua
abordagem. O processo tradicional de segurança - baseado em trabalhos
estatísticos que servem para determinar como o trabalho afeta o elemento
humano, através de um enfoque meramente descritivo, sem implicar
atitudes concretas frente ao alto índice de acidentes - deu lugar a novas
abordagens sob as quais os acidentes deixam de ser eventos
incontroláveis, aleatórios e inevitáveis para se tornarem eventos
indesejáveis, cujas causas podem ser conhecidas e evitadas.
Para o desenvolvimento social e econômico de uma nação, é
essencial que tanto os órgãos governamentais quanto a iniciativa privada
vejam sua riqueza maior no ser humano e compreendam que investir em
segurança é um ótimo negócio.
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O TRABALHO
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ACIDENTES DE TRABALHO
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Para fins práticos, existe pouca diferença entre a doença profissional e a
doença do trabalho. A doença profissional é a que decorre da profissão e
inerente à função do trabalhador, como, por exemplo, o soldador.
A doença do trabalho é a patologia decorrente da exposição dos agentes
agressivos do meio ambiente do trabalho, não necessariamente da atividade
do trabalhador, podendo atingir quaisquer empregados.
Art. 21 - Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos
desta Lei:
II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em
conseqüência de:
a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou
companheiro de trabalho;
b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa
relacionada ao trabalho;
c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de
companheiro de trabalho;
d) ato de pessoa privada do uso da razão;
e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou
decorrentes de força maior;
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Com relação à garantia de emprego, em decorrência de acidente do
trabalho, assim dispõe a Lei 8.213/91:
Art. 118 - O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida,
pelo prazo mínimo de doze meses, a manutenção do seu contrato de trabalho
na empresa, após a cessação do auxílio-doença, independentemente de
percepção de auxílio-acidente.
Com relação ao Auxílio-Doença e Auxílio-acidente, confira o que diz o
Decreto 3.048/89:
Art.71 – Decreto 3.048/89 - O auxílio-doença será devido ao segurado
que, após cumprida, quando for o caso, a carência exigida, ficar incapacitado
para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de quinze dias
consecutivos. .......
Art. 104 – Decreto 3.048/89 - O auxílio-acidente será concedido, como
indenização, ao segurado empregado, exceto o doméstico, ao trabalhador
avulso e ao segurado especial quando, após a consolidação das lesões
decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultar seqüela definitiva,
conforme as situações discriminadas no anexo III, que implique: (Redação
dada pelo Decreto nº 4.729 , de 2003):
I - redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exerciam;
(Redação dada pelo Decreto nº 4.729 , de 2003)
II - redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exerciam
e exija maior esforço para o desempenho da mesma atividade que exerciam à
época do acidente; ou
III - impossibilidade de desempenho da atividade que exerciam à época
do acidente, porém permita o desempenho de outra, após processo de
reabilitação profissional, nos casos indicados pela perícia médica do Instituto
Nacional do Seguro Social.
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cumprimento.
Os seguintes termos da NBR 14.280 são amplamente utilizados nas
estatísticas e na parte conceitual acidentária:
Acidente pessoal – É aquele cuja caracterização depende de existir
acidentado, cuja consequência será a lesão do trabalhador envolvido.
Acidentes típicos são aqueles que ocorrem no exercício do trabalho,
como a queda de uma escada e troca de uma lâmpada na empresa, por
exemplo.
Acidente de trajeto – É o acidente sofrido pelo empregado no percurso
da residência para o trabalho ou deste para aquela.
Lesão imediata – é a lesão que se verifica imediatamente após a
ocorrência do acidente.
Acidente impessoal – é aquele cuja caracterização independe de existir
acidentado de ocorrência eventual que resultou ou poderia ter resultado em
lesão pessoal.
Acidentado – é o trabalhador vítima do acidente.
Lesão mediata (tardia) – é a lesão que não se verifica imediatamente
após a exposição à fonte da lesão; caso seja caracterizado o nexo causal, isto
é, a relação da doença com o trabalho, ficará caracterizada como doença
ocupacional.
Incapacidade permanente total – é a perda total da capacidade de
trabalho, em caráter permanente, exclusive a morte. Esta incapacidade
equivale à lesão que, não provocando a morte, impossibilita o acidentado,
permanentemente, de exercer o trabalho.
Incapacidade permanente parcial – é a redução parcial da capacidade
de trabalho, em caráter permanente.
Acidente com perda de tempo ou lesão incapacitante – é o acidente
pessoal que impede o trabalhador de retornar ao trabalho no dia útil imediato
ao do acidente ou de que resulte incapacidade permanente.
Acidente sem perda de tempo (sem afastamento) - é o acidente pessoal
cuja lesão não impede que o trabalhador retorne ao trabalho no dia útil
imediato ao do acidente, desde que não haja lesão incapacitante.
Morte (óbito) – cessão da capacidade de trabalho, pela perda da vida,
independente do tempo decorrido desde a lesão.
CAT – Comunicação de Acidente de Trabalho que deve emitida até o
primeiro dia útil após o acidente típico ou acidente de trajeto e doença
profissional, após o primeiro dia útil após o diagnóstico médico (Lei 8.213/91).
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SAÚDE DO TRABALHADOR E SUAS INTERFACES
POLÍTICAS E ASSISTENCIAIS
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Outro fator importante é a presença de produtos ou agentes nocivos nos
locais de trabalho. A presença destes não quer dizer que, realmente, existe
perigo para a saúde dependerá da combinação de diversos fatores, como por
exemplo, a concentração e a forma do contaminante no ambiente de trabalho,
o nível de toxicidade e o tempo de exposição da pessoa com estes produtos.
Desta forma, em qualquer tipo de atividade laboral, quer dizer atividade relativa
ao trabalho, torna-se indispensável a necessidade de investigar o ambiente de
trabalho para conhecer os riscos a que estão expostos os trabalhadores.
Avaliação de riscos
Para investigar os locais de trabalho na busca de eliminar ou neutralizar
os riscos,existem duas formas básicas de avaliação,confira:
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Destacam-se os seguintes artigos:
III - adotar as medidas que lhes sejam determinadas pelo órgão regional
competente;
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ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes e danos à saúde
dos empregados.
NORMAS REGULAMENTADORAS
NR 1 Disposições Gerais
NR 2 Inspeção Prévia
NR 3 Embargo e Interdição
NR 8 Edificações
NR 12 Máquinas e Equipamentos
NR 14 Fornos
NR 17 Ergonomia
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NR 18 Condições e Meio Ambiente de Trabalho na indústria da construção - PCMAT
NR 19 Explosivos
NR 25 Resíduos Industriais
NR 26 Sinalização de Segurança
NR 28 Fiscalização e Penalidades
NO TRABALHO
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aspectos relacionados à segurança e a saúde do trabalhador, inclusive
programas e estrutura que o empregador deverá possuir em seu
empreendimento para prevenir a ocorrência de acidentes do trabalho e
doenças ocupacionais.
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CIPA
CIPA significa Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, mas é uma
comissão formada por representantes do empregador e dos empregados, que
tem como objetivo a prevenção de acidentes edoenças decorrentes do
trabalho.
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Segurança e em Medicina do Trabalho, com a
finalidade de promover a saúde e proteger a
integridade do trabalhador no local de trabalho”.
O serviço deve dispor de um engenheiro de segurança e um médico do
trabalho. De acordo com o tamanho da empresa estes profissionais devem ser
funcionários ou podem ser contratados para se responsabilizarem pelo serviço.
O dimensionamento dos programas será feitos com base na NR, de
acordo com o tamanho, grau de risco e número de funcionários da empresa.
Pessoal:
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1. Obrigações do empregador
está de fato usando o equipamento, confiante que sua obrigação foi cumprida.
É um grande engano. A lei entende que o empregador tem de zelar pela
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segurança dos seus empregados independentemente da vontade destes,
cabendo-lhe obrigar empregado a fazer uso dos equipamentos de proteção
necessários.
É ainda obrigação do empregador
informar os seus empregados quanto aos riscos
presentes nas atividades que irão executar.
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CONHEÇA...
Fonte: http://1.bp.blogspot.com/_F54rQt_Dc4A/StXYR_uW1XI/AAAAAAAAAeo/5nje_CrA9V0/S1600-R/seguranca-no-trabalho-e.jpg
I - Proteção da cabeça
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b) óculos de segurança para trabalhos que possam causar ferimentos nos
olhos, provenientes de impacto de partículas;
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g) capacetes de segurança para proteção crânio nos trabalhos sujeitos a:
OUTROS:
Boné árabe:
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Capuz ou touca:
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2. Choque elétrico;
3. Agentes biológicos.
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5. Frio;
7. Radiações perigosas;
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III - Proteção para os membros inferiores
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IV - Proteção contra quedas com diferença de nível
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Trava-queda
de Segurança
V - Proteção auditiva
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VI - Proteção respiratória
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VII - Proteção do tronco
4) agentes meteorológicos;
5) agentes químicos;
Avental:
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VIII - Proteção do corpo inteiro
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Há calças com reforço adicional nas pernas, que podem ser usadas nas
aplicações onde exista alta exposição do aplicador à calda do produto
(pulverização com equipamento manual, por exemplo).
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Fonte: http://www.seguracoepi.com.br/up/im_produto_vitrine_up/15/fb1c7af86dcc5ddec7ca65eb37d76089.jpg
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SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA
FORMAS DE SINALIZAÇÃO
Comunicação verbal;
Sinais gestuais para que, quando a comunicação de viva voz não seja
possível, se possam dar as indicações necessárias.
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SINAIS COLORIDOS (PICTOGRAMAS)
SINAIS DE PROIBIÇÃO
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SINAIS DE AVISO
SINAIS DE OBRIGAÇÃO
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PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS
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SAIBA MAIS...
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COMBATE A INCÊNDIO
Como acabamos de ver Incêndio pode ser definido como o fogo que
foge do controle e para facilitar o estudo de prevenção e combate a incêndios,
adota-se uma classificação.
Existem quatro classes gerais de Incêndios:
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comum seu uso em incêndios da classe "B", agindo por abafamento. É
geralmente empregado em refinarias e em navios.
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CAUSAS DE INCÊNDIO
• Naturais
• Artificiais: Acidentais e Propositais
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Podem ocorrer por Causas artificiais quando o incêndio irrompe pela
ação direta do homem, ou poderia ser por ele evitado tomando-se as devidas
medidas de precaução.
a) Acidental
b) Proposital
RECOMENDAÇÕES
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10. Não substituir fusíveis queimados por moedas ou qualquer outro
complemento metálico, mas sim, por fusíveis próprios.
13. Não jogar pontas de cigarro a esmo e sim usar cinzeiros, apagando-as
antes de jogá-las fora, como também apagar os fósforos usados.
14. Não permitir que se façam ligações elétricas de emergência nem que se
sobrecarreguem as tomadas existentes.
15. Não usar fogareiros em locais não apropriados, seja para aquecer
alimentos, seja para preparar café, etc.
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BIBLIOGRAFIA
ANSELL, Jake; WHARTON, Frank. Risk: Analysis assessment and management. England:
John Wiley & Sons Ltda., 1992. 220p. ISBN 0-471- 93464-X.1992.
OLIVEIRA, Cláudio Antonio Dias. Segurança e medicina do trabalho. São Caetano do
Sul,SP: Yendis Editora, 2009. 161 p.
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