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História e Contexto da Saúde e Segurança no Trabalho no

Brasil

Conteudista: Prof. Me. Alessandro José Nunes da Silva  


Revisão Técnica: Prof.ª M.ª Leandra Antunes
Revisão Textual: Prof.ª Dra. Selma Aparecida Cesarin

Objetivo da Unidade:

Ensinar o aluno a ter um olhar crítico sobre as atividades de trabalho em iteração que
estejam envolvidas nos processos produtivos, visando a sensibilizar o aluno para a
temática dos agravos à saúde dos trabalhadores decorrentes das questões relacionadas
ao trabalho, despertando, assim, um olhar crítico e humano para o desenvolvimento de
ações que busquem a proteção e a prevenção no meio ambiente de trabalho.

ʪ Contextualização

ʪ Material Teórico

ʪ Material Complementar

ʪ Referências
1/4

ʪ Contextualização

Qual o papel do trabalho na vida humana?

Valorizar a construção da vida humana por meio dele, vez que foi por meio do trabalho que se iniciou o
desenvolvimento. Por isso, o ele se tornou uma atividade imprescindível e efetivada de toda civilização
humana, que criou, no seu cotidiano, o uso de bens socialmente necessários para a própria sobrevivência da
Sociedade. Com essa transformação, o mundo onde vivemos foi mudado pelo trabalho, tornando-se uma
atividade vital capaz de criar e recriar cotidianamente a vida dos seres humanos (ANTUNES; PRAUN, 2021).

Considerando que, no nosso dia a dia, o trabalho toma a maior parte do tempo, por que não deixar esse
espaço seguro e sustentável? Valorizando a vida?

Essas perguntas são princípios que norteiam a atuação do(a) Engenheiro(a) de Segurança do Trabalho e
que eles precisam pôr em prática em sua conduta profissional. 

Lembrando-se de que o Ministério do Trabalho e Previdência, em sua Campanha Nacional de Prevenção de


Acidentes do Trabalho, tem como tema a Segurança e Saúde no Trabalho É MAIS qualidade de vida para os
trabalhadores, visando a ambientes seguros e saudáveis, permite-se reduzir a possibilidade de acidentes e
adoecimentos no trabalho, preservando a vida e a integridade física. 
Vídeo
28 de Abril: Dia Mundial de Segurança e Saúde no Trabalho

28 de Abril: Dia Mundial de Segurança e Saúde no Trabalho


2/4

ʪ Material Teórico

Introdução
É importante saber que, nesta Unidade, abordaremos a evolução da concepção de Saúde e Segurança no
Trabalho no mundo e no Brasil, valorizando o papel das Instituições na busca de ações de prevenção e
proteção da saúde do trabalhador, com o principal objetivo de valorizar a vida e o meio ambiente e plantar
uma semente em busca da construção de uma cultura de segurança nas organizações sustentáveis.

A construção da prevenção dos acidentes no meio ambiente de trabalho, se apoiou, primeiramente, na


concepção técnica, na qual os profissionais da Engenharia atuavam para proteger as instalações em
situações em que ocorrem muitas variabilidades, portanto em situações não habituais. Assim, essas ações
técnicas e adotadas pela Organização possibilitaram, em alguns Setores, a diminuição dos acidentes de
trabalho e industrial (DANIELLOU; SIMARD; BOISSIÈRES, 2010). 

O papel da Engenheira para preservar a integridade da saúde dos trabalhadores e das Instalações é
fundamental para que nossa Sociedade possa caminhar para implementar a cultura de segurança nas
Organizações. 

Assim, esse material visa a capacitar o aluno para a compreender a construção da história da saúde e
segurança visando a ampliar o processo reflexivo dos Profissionais da Engenharia no campo da prevenção
de acidentes e adoecimentos.

A Evolução da Concepção de Saúde e Segurança no Trabalho


A partir da origem do ser humano, o trabalho apareceu, vez que o homem precisou criar estratégias para
conseguir sua alimentação e vestimentas.
Nesse sentido, o trabalho apareceu com as caçadas, a busca por vegetais e vestimentas para a própria
sobrevivência e, portanto, viver é necessariamente trabalhar para conseguir a evolução do ser humano e da
vida.

O homem, em busca do novo e com o objetivo de sustentação da vida, até mesmo por instinto, explorava o
então desconhecido, em busca da sobrevivência, o que podemos chamar de trabalho. 

Para realizar a caça e colher frutos para se alimentar, o homem construiu instrumentos para buscar
proteínas de animais e vitaminas, água e glicose dos vegetais.
Figura 1 – Ferramentas utilizadas pelo homem para realizar a caça e a
colheita
Fonte: Getty Images

#ParaTodosVerem: A figura é de armas de caça primitivas. O fundo é branco.  No lado


esquerdo tem um arco de flecha. Na parte superior tem as flechas. Na parte superior à
direita uma marreta. A parte central tem três pedras pontiagudas. Tem uma colher de pau.
 Abaixo das pedras pontiagudas ferramentas tipo machadinhas. E na parte inferior tem
uma lança. Há o título escrito: "Ferramentas utilizadas pelo homem para realizar a caça e a
colheita". Fim da descrição.

Importante!
A atividade de trabalho humana começa na busca de sua subsistência, quando o homem
nômade ia caçar, mas não era remunerado. Entretanto, com o passar do tempo e o
desenvolvimento da Sociedade, houve a necessidade de estipular, em forma de Lei, as
relações entre empregador e empregado. Assim surge o Trabalho Assalariado.

Quando surge o trabalho remunerado, ou seja, o trabalho humano assalariado, surge, também, a
preocupação com eficiência, competitividade e lucros. 

Muitas vezes, a preocupação com lucros rouba a cena de tal forma que não há espaço para preocupação
com o humano, tampouco com as condições de trabalho, e a atividade de trabalho pode gerar risco/perigo
para os trabalhadores no meio ambiente de trabalho.
O mundo do trabalho foi se transformando ao longo do tempo. Iniciamos uma viagem no tempo nos
primeiros séculos da Idade Média, na época do Feudalismo, que ocorreu por causa da migração da mão de
obra do campo para as cidades.

Assim, as terras dos feudos, em algumas situações, foram arrendadas, e o trabalho humano passou a ser
assalariado.

Nesse período, os artesãos e os pequenos comerciantes não moravam dentro dos feudos, moravam fora,
em comunidades conhecidas como burgos, que deram o nome à classe financeiramente privilegiada, que
ficou conhecida como Burguesia. 

Os habitantes dos burgos passaram a se preocupar em aumentar a área de suas operações e procuraram
expandir seus negócios em outros Mercados (localidades fora da vizinhança em que então negociavam).

Leitura
As Doenças dos Trabalhadores

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ACESSE

A Burguesia acumulava riquezas a partir da expansão de suas operações, que era basicamente o comércio. 
Nesse cenário, surge a figura dos “detentores dos meios de produção”, que tinham como objetivo principal
obter lucros a partir desses meios de produção.

A utilização dos Meios de Produção com o objetivo de gerar lucros (acumular riquezas) é a definição de
Capitalismo. 

Diferente desse sistema político e econômico, existia o Socialismo, que tinha como base a socialização dos
Meios de Produção, o bem comum a todos e a extinção da Sociedade dividida em classes.

Esse momento histórico é um marco para nossa Sociedade, bem como propicia muitas reflexões sobre o
trabalho!  

Reflita
É possível fazer segurança no trabalho sem uma regulação do Estado?

Durante esse período, com a franca expansão dos Mercados consumidores, a “onda do capitalismo
comercial” invadiu o mundo.

Na Inglaterra, ocorreu a descoberta da bomba hidráulica e da máquina a vapor em um momento em que


havia mão de obra disponível, matéria-prima abundante (carvão) e políticas favoráveis.

Assim explode a Revolução Industrial, advento que reinventaria, definitivamente, a face do mundo em termos de
consumo e produção.
No cenário da Revolução Industrial, os detentores dos Meios de Produção eram os donos de Indústrias, que
tinham como maior preocupação o lucro e a acumulação de riquezas, a partir da utilização desses seus
meios de produção e da utilização do trabalho humano.

Nesse cenário, equivocadamente ou não, houve a exploração do trabalho humano na forma de longas
jornadas de trabalho, até 18 horas por dia, trabalho feminino e infantil, além de, frequentemente, algumas
Organizações exporem seus trabalhadores a castigos físicos.

Reflita
Como foi o papel do Estado na regulação da exploração da mão de obra?

Ao redor do mundo, governos se mobilizaram para, de alguma maneira, impor limites à relação capital e
trabalho ou empregador e empregado, a fim de acabar com a exploração do trabalho humano.

O mundo do trabalho é dividido em regimes de trabalho e, dentre eles, destacamos: primitivo, escravo,
artesanal, feudal, socialista e capitalista, conforme apresentam as imagens, a seguir:
Figura 2 – Trabalho primitivo: o trabalhador “ser humano” usava para
satisfazer suas necessidades básicas, como se alimentar, abrigar-se etc.
Fonte: Getty Images

#ParaTodosVerem: A figura mostra seres humanos primitivos e mostra suas formas de caça
primitivas. O fundo é branco. Possui nove pessoas. Seis homens, duas mulheres e uma
criança. Três homens na parte superior simulam a caça com suas ferramentas. Na parte
superior uma mulher e criança carregam gravetos para fazer fogueira. Na parte inferior, do
lado esquerdo, tem um homem assando a carne com a mulher observando. Na parte
inferior, do lado direito, tem dois homens sentados, sendo que um está fazendo pedras
pontiagudas e o outro observa sentado em uma pedra. Fim da descrição.
Figura 3 – Trabalho escravo: o trabalhador “ser humano” era explorado e
submetido a condições desumanas, para garantir produção e exploração dos
meios naturais
Fonte: Getty Images

#ParaTodosVerem: A figura apresenta uma forma de repressão do trabalho escravo. O fundo


é amarelo, mostrando as areias do tempo da construção das pirâmides. Possui quatros
homens. Três deles em fila à distância de um braço cada, carregando no ombro esquerdo
uma cesta com pedras. Atrás deles há um homem com um chicote. Fim da descrição.
Figura 4 – Trabalho feudal: A atividade de trabalho era dividida entre o
senhor feudal, que tinha o poder centralizado, no qual organizava a proteção
e a manutenção das necessidades básicas dos servos que, por sua vez,
cuidavam das terras pertencentes a ele
Fonte: Getty Images

#ParaTodosVerem: A figura apresenta algumas atividades de trabalho no período feudal. O


fundo é branco mostrando 10 tipos de atividades. À esquerda, parte superior, há dois
homens utilizando uma ferramenta, mexendo com os fenos para alimentar os animais. À
esquerda, na parte inferior, há um trabalhador sobre uma carroça levando feno, com um
cavalo puxando a carroça. Na parte central e superior, há a atividade de trabalho de um bar,
onde um trabalhador está servindo um líquido ao cliente que está sentado à mesa.
Também há um ferreiro e uma senhora com gravetos nas costas. Na parte inferior, há um
médico atendendo uma pessoa acamada. Também há um religioso em pé e outro sentado
escrevendo. No lado direito superior, há uma mulher alimentando as galinhas e, na parte
inferior, um carrasco com um machado na mão. Fim da descrição.
Figura 5 – Trabalho artesanal: O trabalhador artesão organiza seu processo
produtivo de utensílios básicos utilizados no cotidiano, tais como móveis,
ferramentas e roupas. Eles conheciam todas as etapas de fabricação de uma
mercadoria: compravam a matéria-prima, confeccionavam o produto e
vendiam
Fonte: Getty Images

#ParaTodosVerem: A figura apresenta seis atividades artesanais. O fundo é branco. À


esquerda, na parte superior, há uma costureira, à esquerda, na parte inferior, há um
ourives, na parte central superior há um relojoeiro e na parte inferior há uma paisagista. Na
parte direita superior, há um sapateiro e na parte direita inferior há um vidreiro.  Fim da
descrição.
Figura 6 – Trabalho socialista: O trabalhador serve ao Estado, e o resultado
da atividade de trabalho é dividido entre todos. Nesse caso, o Estado tem o
poder sobre o processo de trabalho
Fonte: Getty Images

#ParaTodosVerem: A figura apresenta uma atividade de trabalho na plantação de arroz. O


fundo é verde da plantação e marrom do brejo. Possui muitos trabalhadores exercendo
atividade manual. A plantação de arroz possui vários níveis, uns bem desenvolvidos e
outros onde já ocorreu a colheita. Fim da descrição.
Figura 7 – Trabalho capitalista: O trabalhador vende sua atividade de
trabalho em questão de tempo, força, qualidade e o produto é trocado por
salário. Nesse caso, quem tem o poder sobre o processo de trabalho são os
donos dos meios de produção que empregam quem não tem
Fonte: Getty Images

#ParaTodosVerem: A figura apresenta uma atividade de trabalho na plantação de soja,


utilizando máquinas de colheita avançadas. O fundo é marrom da plantação de soja, as
vinte e três máquinas são vermelhas e estão em formato de V. A figura mostra uma
imensidão de plantação de soja. Fim da descrição.

Vídeo
Como Surgiu o Dia do Trabalhador? 1º de Maio 
COMO SURGIU O DIA DO TRABALHADOR? 1º DE MAIO - HISTÓRIA
Figura 8 – A foto mostra uma situação de trabalho na mineração
Fonte: Getty Images

#ParaTodosVerem: A figura apresenta uma atividade de trabalho na mineração. Um


trabalhador de, aparentemente, quarenta anos empurra um carrinho com uma pá dentro.
Ele está sujo da poeira da mineração. O local é escuro. Tem escoras de madeira que dão a
dimensão do túnel. Ele está com um capacete vermelho e com uma lanterna preso a esse
capacete. Fim da descrição. 

Saúde e Segurança no Trabalho no Brasil


No Brasil, a preocupação com a saúde, a segurança e a ergonomia nos locais de trabalho vêm se
destacando na Sociedade moderna, e isso se dá pelo fato de crescer, diariamente, o número de acidentes e
doenças relacionadas às atividades produtivas, nos mais variados campos de trabalho. 

Site
Iniciativa SmartLab Promoção do Trabalho Decente Guiada por Dados 
Para conhecer mais sobre os dados de acidentes de trabalhos no Brasil.

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ACESSE
No território brasileiro, as Legislações são relativamente recentes no campo da segurança do trabalho e
saúde do trabalhador. 

Até o início do século XX, a Economia nacional era focada no serviço braçal de escravos e na Agricultura e,
nessa época, já existiam acidentes decorrentes do trabalho. 

Em 1970, o Brasil era o campeão mundial de acidentes de trabalho e, desde então, começaram os avanços
na Área que preserva a saúde do trabalhador.  

Em meados de 1978, na tentativa de fixar medidas de segurança aplicadas à saúde no trabalho na rotina das
Empresas, foi instituída uma gama de estruturas legais representadas especialmente pelo Capítulo V da
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e pelas Normas Regulamentadoras (NRs) (ROSA; QUIRINO, 2018).

Vídeo
As Lutas dos Trabalhadores da Década de 1950 à Ditadura Militar

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ACESSE

Nesse período, o destaque ficou para a Área Médica, que atendia o trabalhador desde o ingresso na
Empresa, com os exames admissionais, até o término de seu Contrato de Trabalho, com os exames
demissionais, além de intervenções que visam a empoderar o trabalhador frente aos cuidados com sua
saúde durante sua vida laboral. 
A Segurança no Trabalho surge para subsidiar constantes transformações de processos no ambiente de
trabalho, no maquinário, nas ferramentas e nos produtos, visando ao aumento da qualidade de vida dos
trabalhadores durante suas jornadas de trabalho.

Tavares (2009, p. 16-7) destaca que diversos são os fatores que se relacionam à implantação de programas
de segurança e saúde do trabalho nos espaços organizacionais.

Dentre eles, a autora aponta:

Quadro 1 – Fatores influenciadores da segurança e exemplos

Fatores
influenciadores Detalhe dos fatores Exemplos
da segurança

O ônus pelo acidente do Decorrente de acidentes e


trabalho que se reflete em adoecimentos no
invalidez ou é fatal recai trabalho, como uma
sobre o Estado, seja ele na queda de altura, pode
aposentadoria, pensões, gerar uma aposentadoria
seja nos custos com a por invalidez. Esse
Aspectos saúde no processo de trabalhador, que poderia
sociais cuidado, nos trâmites estar produzindo e,
jurídicos (trabalhistas, civis e consequentemente,
previdenciários e até contribuindo para o
criminal), portanto, dividido desenvolvimento do país,
por toda a nação. É ela que não consegue mais e
paga, por meio da precisa de todo apoio
arrecadação de impostos. para sobreviver. 
Fatores
influenciadores Detalhe dos fatores Exemplos
da segurança

O aspecto humano tem


O mesmo acidente de
muitas faces, vez que não há
queda de altura pode
dinheiro que pague o preço
gerar a morte de um pai
de uma vida, assim como
de família, o que muda
não há indenização que
todo o contexto de vida
corresponda ao valor de
dos filhos e dos
uma mão, dentre outras.
familiares, gerando
Impossível mensurar o
muitos sofrimentos
significado, para os
nesse período. No caso
Aspectos familiares (filhos(as), mãe,
das sequelas, em que os
humanos pai, esposo(a)) saiu para
trabalhadores ficam
trabalhar e não voltou, ou
acamados, membros da
voltou sequelado, vítima de
família largam suas
um acidente de trabalho que
atividades para realizar o
poderia ter sido evitado.
cuidado, gerando muitas
Para a equipe de trabalho e
outras consequências,
para os gestores geram
como a redução da renda
fatores não quantificáveis
e da falta de perspectivas
como os traumas que um
futuras de vida.
acidente acarreta.
Fatores
influenciadores Detalhe dos fatores Exemplos
da segurança

O acidente deve estar


presente no controle de Um acidente fatal ou com
perdas industrial, uma vez sequelas pode levar a
que gera a queda na indústria a parar por um
produção de uma Empresa, momento ou muito
consequentemente, parando tempo. Empresas
o abastecimento de uma químicas pós acidente
Aspectos
cadeia produtiva. Os podem levar meses até
econômicos
acidentes de trabalho devem retomar as atividades. Os
ser considerados, pois, além prejuízos econômicos
do custo final dos produtos, são presentes, bem como
o acidente acarreta gastos a imagem da Empresa
com atendimento médico, frente à publicidade dos
transporte, remédios, acidentes.
indenizações, pensões etc.

Os acidentes trazem muitas


sequelas, fraturas, TCE, Um acidente com
queimadura, esmagamento da mão
politraumatismo, lesão em uma calandra pode
medular, amputação, fratura, levar a uma reconstrução
trauma visceral, intoxicação, da mão esmagada,
Aspectos da envenenamento e passando por muitas
saúde esmagamento, dentre cirurgias de reconstrução
outros. Que levam muito das veias, nervos, ossos e
tempo para o processo de músculos, que podem
recuperação e linha de levar mais de ano para
cuidado, bem como os uma evolução e retorno
transtornos pós- ao trabalho.
traumáticos.     
Fonte: Adaptado de TAVARES, 2009, p. 16-7

A Segurança no Trabalho e a ergonomia surgem, então, como campos que visam a subsidiar a segurança e
as transformações de processos no meio ambiente de trabalho, no maquinário, nas ferramentas e nos
produtos que são utilizados nas diferentes atividades laborais no decorrer da história, tendo como
característica o aumento da qualidade de vida dos trabalhadores durante sua jornada de trabalho.

Figura 9 – Fatos históricos da segurança e ergonomia no Brasil

#ParaTodosVerem: Figura colorida. Sobre fundo branco, utilizando quatorze setas coloridas.
Sete na parte superior e sete na inferior.  As setas mostram uma linha do tempo. Inicia-se
em 1919, com a criação da lei de acidentes de trabalho, e segue para 1923, com a criação
da caixa de aposentaria. Nas próximas setas temos, respectivamente, em 1930 a criação
do Ministério do Trabalho, em 1943 a criação da CLT, em 1966 a criação da Fundacentro,
em 1970 a criação de cursos universitários, em 1978 a criação das Normas
Regulamentadoras, em 1988 a Constituição Federal, em 1988 o fortalecimento das ações
da justiça e MPT, em 1992 a Convenção OIT da 155 sobre segurança e saúde dos
trabalhadores, em 1994 a criação do INSS, em 2011 a Convenção OIT 174, sobre
acidentes industriais maiores, em 2011 a Política Nacional de Segurança e Saúde no
trabalho e em 2012 a Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora. Há um
título escrito: "Fatos históricos da segurança e ergonomia no Brasil". Fim da descrição.

O Papel das Instituições na Prevenção e Proteção da Saúde do


Trabalhador
É notória a importância da participação das Instituições no desenvolvimento das ações de prevenção e
proteção da saúde do trabalhador.

Dentre elas, destacamos:

Figura 10 – Algumas Instituições importantes para a prevenção e proteção


da saúde do trabalhador
  
#ParaTodosVerem: Figura colorida. Sobre fundo branco, utiliza seis círculos conectados que
criam uma figura circular maior. E cada círculo tem um descritivo escrito com a cor do
círculo. Iniciando na parte superior do lado esquerdo em sentido horário, temos um círculo
em amarelo, escrito Ministério do Trabalho, outro em azul claro, escrito Ministério Público
do Trabalho, em seguida um azul oceano, escrito Representantes dos Trabalhadores
(Sindicatos), outro em azul escuro escrito Justiça do Trabalho, outro em roxo escrito
Ministério da Saúde e, por último, fechando o círculo maior, um em vermelho escrito
Ministério da Previdência. Na parte central do círculo maior, há escrito Centros de
pesquisa e universidades, Associação Brasileira de Normas Técnicas e Conselhos de
Regulamentação Profissional. O título da imagem é "Algumas Instituições importantes
para a prevenção e proteção da saúde do trabalhador". Fim da descrição.

No Brasil, por meio do Decreto nº 7.602, de 2011, instituiu a Política Nacional de Segurança e Saúde no
Trabalho – PNSST.

Leitura
Decreto n.º 7.602, de 7 de novembro de 2011

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ACESSE

A Política visa a promover saúde e melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores e trabalhadoras buscando
ações de prevenção, tais como: eliminar ou reduzir os riscos do meio ambiente de trabalho.

É importante frisar que os princípios passam pela universalidade do acesso, as ações de prevenção, a
precedência das ações de promoção, proteção e prevenção sobre as de assistência, reabilitação e
reparação, promover diálogo social e integração das ações institucionais.

Para dar conta desse desafio, foram instituídas algumas diretrizes norteadoras, conforme mostra a Figura
11, a seguir:

Figura 11 – Diretrizes da Política Nacional de Segurança e Saúde no


Trabalho

#ParaTodosVerem: Figura colorida. Sobre fundo branco, utilizando oito conexões coloridas
que criam uma figura circular maior. São oito partes. Cada parte tem um descritivo escrito
com a cor do círculo. Iniciando na parte superior do lado esquerdo em sentido horário. Cor
azul escuro com a frase Educação continuada de trabalhadores; cor laranja com a frase
Inclusão de todos os trabalhadores brasileiros no Sistema Nacional de Promoção e
Proteção da Saúde; cor cinza com a frase Harmonização da legislação e a articulação das
ações de promoção, proteção, prevenção, assistência, reabilitação e reparação da ST; cor
amarelo com a frase Adoção de medidas especiais para atividades laboriais de alto risco;
cor azul claro com a frase Estruturação de rede integrada de informações em ST; cor
verde com a frase Promoção da implantação de sistemas e programas de gestão da
segurança e saúde nos locais de trabalho; cor laranja escuro com a frase Reestruturação
da formação em Segurança e Saúde no Trabalho; cor marrom com a frase Promoção de
agenda integrada de estudos e pesquisas em Segurança e Saúde no Trabalho. O título da
imagem é: "Diretrizes da Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho ". Fim da
descrição.
Valorizando a Vida e o Meio Ambiente 
Para dar início a esse tema, precisamos relembrar que a construção da segurança do meio ambiente do
trabalho foi, ao longo do tempo, remodelando- se, com muitas disputas no campo social, saúde, político,
econômico e filosófico, dentre muitos outros conhecimentos. 

No momento atual, precisamos ficar atentos à necessidade de promover o Trabalho Decente no nosso país.

Site 
Observatório do Trabalho Decente nos Municípios Brasileiros
O crescimento econômico deve ser sustentável e inclusivo, buscando, assim, o emprego de
qualidade, com trabalho decente para todas e todos. Para saber mais, pesquise o contexto
econômico e social por região.

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ACESSE

Para isso, é necessário que os profissionais com formação no Campo de Saúde e Segurança diretamente
atuem e contribuam com os pilares estratégicos do trabalho decente, apresentados a seguir:
Figura 12 – Apresenta os pilares estratégicos do trabalho decente
 
#ParaTodosVerem: Figura colorida. Sobre fundo branco, seis círculos se conectam,
formando uma figura circular maior. Cada círculo tem um descritivo escrito com a cor que
possui. Iniciando na parte superior do lado esquerdo em sentido horário, temos o círculo
amarelo com a frase Remuneração Digna, círculo azul claro com a frase Proteção social e
o Diálogo social, círculo azul oceano com a frase Promoção de emprego de qualidade,
círculo azul escuro com a frase Segurança e Saúde no Trabalho, círculo roxo com a frase
Exercido em Liberdade, e, por último, fechando o círculo maior, o círculo vermelho, com a
frase Equidade. Na parte central do círculo maior está escrito Trabalho Decente capaz de
garantir vida digna. O título da imagem é: "Apresenta os pilares estratégicos do trabalho
decente ". Fim da descrição.

Leitura
Promoção do Trabalho Decente no Brasil
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ACESSE

Por uma Cultura de Segurança nas Organizações


Por que é importante compreender a Cultura?

Essa compreensão permite integrar as ações fragmentadas dentro de uma Organização e, assim, permite,
também, aprimorar as ações de proteção e prevenção dentro do meio ambiente de trabalho.

Importante!
Para Rocha e Vilela (2021):

“ A cultura pode ser definida como maneiras de agir compartilhadas, sendo repetidas e

convergentes, baseadas em maneiras de pensar, saberes, crenças e valores comuns. Falar


de cultura é se referenciar a maneiras de fazer e pensar compartilhadas no seio de um
determinado coletivo.”
A construção cultural dentro de uma Organização tem uma variação muito grande, vez que existem, ao longo
do tempo, muitas mudanças (vendas, troca de gestores, de diretores e de proprietários, dentre outros.). Por
isso, a cultura da Organização é progressivamente construída pelas interações dos indivíduos no curso da
História, determinando as maneiras de fazer e pensar do grupo como um todo (ROCHA; VILELA, 2021).

Vídeo
O que é Cultura de Segurança?

O QUE É CULTURA DE SEGURANÇA?


A Comissão de Saúde e Segurança (HSC – Health and Safety Commission) é um Órgão público não
departamental do Reino Unido, que foi criado pela Lei de Saúde e Segurança no Trabalho.

Essa Instituição define que:

“ A cultura de segurança de uma organização é o produto dos valores, atitudes, percepções,

competências e padrão de comportamento de indivíduos e grupos que determinam o


comprometimento, o estilo e a proficiência do gerenciamento da segurança do trabalho da
organização. Organizações com culturas de segurança positivas são caracterizadas pela
comunicação fundada na confiança mútua, pela percepção compartilhada da importância
da segurança e pela confiança na eficácia das medidas preventivas.”

- REASON, 1997, p. 194

Na catástrofe de Chernobyl, os investigadores apontaram que a cultura da Empresa é amplamente


enfraquecida quando, em todos os níveis da Organização, no que diz respeito à segurança industrial,
expõem as prioridades:

Prioridade da produção em detrimento da segurança;

Tolerância de não conformidades técnicas e de procedimentos em segurança;

Deficiências na formação e na comunicação de segurança;

Clima de trabalho deteriorado etc.


Vídeo
Acidentes do Trabalho: Ocorrência, Análise e Ação Regressiva

Acidentes do Trabalho: Ocorrência, Análise e Ação Regressiva

Para aprofundar esse olhar da cultura de segurança, o professor Hudson (2001) propõe os estágios de
maturidade de cultura de segurança conforme descrito a seguir:

Patológico: na maioria das vezes, neste estágio, praticamente não


existem profissionais que atuam com preocupação sobre a saúde e a
segurança no meio ambiente do trabalho e não há ações na Área de
Segurança do Trabalho na Organização. O máximo que se procura
fazer é atender à Legislação;
Reativo: os Profissionais de Saúde e Segurança podem não ter autonomia necessária ou não
têm formação para mudar de cenário. Nesse estágio, as ações da Organização da Área de
Saúde e Segurança no Trabalho são realizadas somente depois de acidentes de trabalho
terem acontecido. Ações não são sistemáticas, busca dar respostas aos acidentes do
trabalho, procurando remediar a situação;

Calculativo: os Profissionais de Saúde e Segurança têm mais autonomia e começam a trabalhar


com Equipes Multidisciplinares. Nesse estágio, a Organização tem sistema para gerenciar
riscos nos locais de trabalho, mas ainda não tem a visão sistêmica da saúde, segurança e
meio ambiente. Ações estão mais voltadas para quantificar os riscos;

Proativo: os Profissionais de Saúde e Segurança têm bastante autonomia e as atividades de


trabalho são entre equipes multidisciplinares. É o desenvolvimento do estágio de transição
para o estágio da cultura construtiva. O líder da Organização, com base nos valores da
organização, conduz as melhorias contínuas para a saúde, segurança e meio ambiente.
Procura se antecipar aos problemas antes que eles aconteçam;

Construtivo: os Profissionais de Saúde e Segurança têm que possuir muita experiência nas
Áreas de atuação, bem como é necessário um bom relacionamento com as Equipes
Multidisciplinares, vez que será cobrado por indicadores de melhorias constantemente. Existe
um Sistema Integrado de Saúde, Segurança e Meio Ambiente, no qual a Organização se baseia
e se orienta para realizar seus negócios. A Organização tem as informações necessárias para
gerir o Sistema de Segurança do Trabalho, e está constantemente tentando melhorar e
encontrar as melhores formas de controlar os riscos.

Para aprimorar este olhar e criar uma estruturação Gonçalves Filho et al. (2011) organiza uma proposta para
que as equipes de saúde e segurança das organizações possam criar a estratégia de implantar o Modelo
desenvolvido:

Informação: neste momento, os trabalhadores têm de relatar os erros,


os acidentes e os incidentes ocorridos dentro da Organização, que
geram indicadores para a Organização monitorar o desempenho da
segurança do trabalho;

Aprendizagem organizacional: a atuação da Organização visa a aprimorar as informações,


destacando as análises dos acidentes e dos incidentes em profundidade, sem procurar
culpados, e gerando propostas de ações de melhoria que serão implementadas, com
comunicação aos trabalhadores. Sempre ocorre a busca contínua de melhorar os processos
visando à segurança do trabalho;

Comunicação: uma Organização democrática necessita comunicar-se com todos os


trabalhadores e, por isso, a forma de comunicar os temas relativos à segurança do trabalho é
fundamental. Deve existir um canal aberto de comunicação entre os empregados e os
superiores hierárquicos. Inclui, também, se comunicação chega aos empregados, se é
compreendida por eles e se a Organização monitora a efetividade da comunicação;

Comprometimento: a Organização planeja e permite a organização das equipes, disponibiliza


recursos (tempo, dinheiro, pessoas) e suportes alocados para a gestão da segurança do
trabalho, pelos status da segurança do trabalho em relação à produção, pela existência de um
Sistema de Gestão da Segurança do Trabalho, em que constam a visão e os objetivos da
Organização, definição de responsabilidades, a política de treinamento e qualificação,
procedimentos, recompensas, sanções e auditorias. O verdadeiro comprometimento significa
mais que políticas escritas e mencionar a importância da segurança do trabalho nos
discursos, e é necessário haver coerência entre as palavras e a realidade;

Envolvimento: busca sempre que todos participem desse processo. O retorno de experiência é


uma estratégia, as equipes devem permitir a participação dos empregados nas questões de
segurança, como na análise dos acidentes e incidentes que lhe dizem respeito, na
identificação e na análise dos riscos do ambiente de trabalho, nas propostas de ações para
melhoria da segurança do trabalho e sua implementação, na elaboração e na revisão dos
procedimentos relacionados à sua atividade, no planejamento das suas atividades e na
participação em comitês de segurança, encontros de segurança etc.

Para refletir, a cultura de segurança somente pode ser observada em Organizações que tem compromissos
prévios.

O pesquisador Fleming (2001) descreve um alerta que o seu modelo de cultura de segurança somente é
aplicável em Organizações que atendam aos seguintes critérios:
Importante!
Tenha um adequado Sistema de Gestão da Segurança do Trabalho; 

A maioria dos acidentes de trabalho não é causada por falhas técnicas;

Atenda às Leis e às Normas sobre Segurança do Trabalho;

A segurança do trabalho é dirigida para evitar acidentes.

Em Síntese
Nesta Unidade, buscamos apresentar a evolução da concepção de Saúde e Segurança no
Trabalho no mundo e no Brasil.

Dentre elas, destacamos a construção legal e normativa nesse campo, bem como espaços
de construção política e espaço de formações de profissionais com a preocupação com a
segurança do trabalho e a saúde do trabalhador. 

Na evolução histórica, a participação dos trabalhadores foi fundamental para as melhorias


no campo da saúde e segurança dos trabalhadores.

Nesse contexto, a participação das Instituições também tem papel fundamental e, nesse
espaço, foi possível formar profissionais em defesa da saúde e segurança do trabalho, bem
como criar normas e regras para a prevenção e a redução de danos advindos do meio
ambiente de trabalho, pois, ao longo do tempo, as Instituições fortaleceram e
enfraqueceram, dependendo dos cenários políticos e econômicos.

A Unidade também aponta caminho para os futuros profissionais de segurança para olhar e
atuar em prol do trabalho decente e sustentável, podendo utilizar com estratégia o conceito
de cultura de segurança.

Por fim, a Unidade percorreu um longo espaço de tempo buscando dar subsídios históricos
para que os profissionais de segurança valorizem os papéis das Instituições, dos
trabalhadores e das Empresas na busca de ações de prevenção e proteção da saúde do
trabalhador, com o principal objetivo de valorizar a vida e o meio ambiente e plantar uma
semente em busca da construção de uma cultura de segurança nas Organizações
sustentáveis.
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ʪ Material Complementar

Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

  Sites  

The National Institute for Occupational Safety and Health – NIOSH


A NIOSH realiza programas e publicações sobre os problemas de saúde e
segurança ocupacional que sobrecarregam os trabalhadores.

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ACESSE

Fórum de Acidente de Trabalho


Conteúdos sobre casos de acidentes de trabalho, livros e fóruns de discussão
de casos. 

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ACESSE
  Vídeo  

SuAbertura da CANPAT 2021 


O uso do conceito da sustentabilidade empresarial para estimular ações de prevenção de acidentes e
doenças do trabalho.

Abertura da CANPAT 2021

  Leitura  

Enciclopedia OIT: Tomo I


 A Enciclopédia OIT traz material variado e rico no campo da Saúde e Segurança do Trabalho.

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ACESSE

  Livro  

Engenharia do Trabalho – Saúde, Segurança, Ergonomia e Projeto


BRAATZ, D.; ROCHA, R.; GEMMA, S. (org.). Engenharia do trabalho: saúde, segurança, ergonomia e projeto.
Santana de Parnaíba, SP: Ex Libris Comunicação, 2021.

No livro, as cinco seções: O Trabalho, Saúde dos Trabalhadores, Segurança no Trabalho, Ergonomia e
Projeto do Trabalho propõem ângulos de abordagem diferentes, para compreender melhor e integrar, em sua
origem, as diferentes facetas das situações de trabalho.

Decisões Desastrosas: as Causas Humanas e Organizacionais do Desastre do


Golfo do México
HOPKINS, A. Decisões desastrosas: as causas humanas e organizacionais do desastre do Golfo do México.
Tradução de Flora Maria Gomide Vezza. São Paulo: Blucher; ASAS, 2022.

A explosão no Golfo do México, na noite de 20 de abril de 2010, pegou a todos de surpresa, embora não
devesse. Por isso, o lançamento de decisões desastrosas: as causas humanas e organizacionais do
desastre do Golfo do México.
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ʪ Referências

ANTUNES, R.; PRAUN, L. Transformações do trabalho no mundo contemporâneo. In: BRAATZ, D.; ROCHA, R.;
GEMMA, S. (org.). Engenharia do trabalho: saúde, segurança, ergonomia e projeto. Santana do Parnaíba: Ex
Libris Comunicação, 2021. v. 1, p. 41-53. Disponível em: <http://engenhariadotrabalho.com.br/sobreolivro/>.
Acesso em: 23/07/2022.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Promulgada em 5 de outubro de 1988. Brasília/DF: 1988.
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em:
16/06/2022.

________. Decreto n. 7.602, de 7 de novembro de 2011. Dispõe sobre a Política Nacional de Segurança e Saúde no
Trabalho – PNSST. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
2014/2011/decreto/d7602.htm>. Acesso em: 14/06/2022

_______. Ministério da Saúde. Portaria nº 1.823, de 23 de agosto de 2012. Institui a Política Nacional de Saúde
do Trabalhador e da Trabalhadora. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília/DF, 24 ago.
2012. Seção I, p. 46-51. Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2012/prt1823_23_08_2012.html>. Acesso em: 14/06/2022.

DANIELLOU, F.; SIMARD, M.; BOISSIÈRES, I. Fatores Humanos e Organizacionais da Segurança Industrial: um estado
da arte. Traduzido do original Facteurs Humains et Organisationnels de la Sécurité Industrielle por R. Rocha,
F. Lima e F. Duarte. Número 2013-07 dos Cadernos da Segurança Industrial, ICSI, Toulouse, França.
Disponível em: <http://www.icsi-eu.org>. Acesso em: 20/07/2022.

FLEMING, M. Safety culture maturity model. Health and Safety Executive. Norwich: Colegate, 2001.
GONÇALVES FILHO, A. P.; ANDRADE, J. C. S.; MARINHO, M. M. O. Cultura e gestão da segurança no trabalho: uma
proposta de modelo. Gestão & Produção, São Carlos: v. 18, n. 1, p. 205-220, 2011.

HUDSON, P. Aviation safety culture. Holanda: Leiden University, 2001. p. 1-23.

RAMAZZINI, B. As doenças dos trabalhadores. 4. ed. Tradução de Raimundo Estrela. São Paulo: Fundacentro,
2016. Disponível em: <https://www.unicesumar.edu.br/biblioteca/wp-
content/uploads/sites/50/2019/06/Doencas-Trabalhadores-portal.pdf>. Acesso em: 16/06/2022.

REASON, J. Managing the risks of organizational accidents. Inglaterra: Ashgate Publishing Limited, 1997.
252 p.

ROCHA, R. S.; VILELA, R. A. G. Por uma Cultura de Segurança nas Organizações. Livro Engenharia do Trabalho –
Saúde, Segurança, Ergonomia e Projeto. Campinas: Libris, 2021. Disponível em:
<http://engenhariadotrabalho.com.br/sobreolivro/>. Acesso em: 23/07/2022

RODRIGUES, R. M. O Homem na Pré-História. 2.ed. São Paulo: Moderna, 2003.

ROSA, M. A. G.; QUIRINO, R. Ergonomia, saúde e segurança no trabalho: interseccionalidade com as relações de


gênero, CIENTEC – Revista de Ciência, Tecnologia e Humanidades do IFPE, Recife: v. 9, n. 3, 2018.

SMARTLAB. Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho. Disponível em: <https://smartlabbr.org/sst>. Acesso


em: 19/07/2022.

TAVARES, C. R. G. Segurança do Trabalho I. Natal: UFRN, 2009

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