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Danilo Cajuhi
Esp. Em Estruturas

ESTRADAS
Fases do Projeto: Estudo de Viabilidades
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Danilo Cajuhi
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FASES DO PROJETO

Para a elaboração de um projeto de estradas as atividades são divididas em


fases, envolvendo equipes multidisciplinares na área da engenharia, que devem
executar ações coordenadas com o propósito de atingir-se o objetivo a que se
propõe. O projeto de uma estrada inicia com a escolha de um traçado de uma
diretriz principal, e a partir do qual são desenvolvidos os estudos

O traçado final é contemplado no projeto geométrico da rodovia, e é a partir dos


dados resultantes desse projeto que se segue os demais estudos:

➢ Hidrológico;
➢ Drenagem (obras de artes correntes, complementares e especiais);
➢ Geotécnico;
➢ Pavimentação;
➢ Desapropriação;
➢ Sinalização;
➢ Terraplenagem;
➢ Ambiental;
➢ Orçamento.
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FASES DO PROJETO

Reconhecimento ou
Anteprojeto

Exploração ou Projeto

Projeto Definitivo
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RECONHECIMENTO OU ANTEPROJETO

É a primeira fase da escolha do traçado de uma estrada. Tem por objetivo principal o
levantamento e a análise de dados da região necessários à definição dos possíveis locais por
onde a estrada possa passar. Nesta fase são detectados os principais obstáculos topográficos,
geológicos, hidrológicos e escolhidos locais para o lançamento de anteprojetos.

➢ Mapas rodoviários;
➢ Fotografias aéreas (aerofotogrametria);
➢ Cartas geográficas;
➢ Planos e estudos anteriores;
➢ Exploração topográficas em campo.
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RECONHECIMENTO OU ANTEPROJETO

A - Localização dos pontos inicial e final da estrada;

B - Indicação dos pontos obrigatórios de passagem;

➢ Pontos Obrigatórios de Passagem de Condição: São determinados por fatores não técnicos,
como fatores políticos, econômicos, sociais, históricos, etc.
➢ Pontos Obrigatórios de Passagem de Circunstância: A escolha desses pontos é, portanto, um
problema essencialmente técnico. (seja para se obter melhores condições de tráfego e/ou
para possibilitar obras menos dispendiosas).

C - Retas que ligam os pontos obrigatórios de passagem.

➢ Diretriz Geral: É a reta que liga os pontos extremos da estrada;


➢ Diretriz Parcial: É cada uma das retas que liga dois pontos obrigatórios intermediários.
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RECONHECIMENTO OU ANTEPROJETO

(C,D) Pontos Obrigatórios de Passagem de Condição;


(G) Pontos Obrigatórios de Passagem de
Circunstância;
(AB)Diretriz Geral;
(BC, CG, GE, ED, DA) Diretriz Parcial.
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RECONHECIMENTO OU ANTEPROJETO

Traçado de Vale

Traçado de Montanha
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Principais tarefas da Fase de Reconhecimento

1. Reconhecimento usando Mapas e Cartas;

2. Reconhecimento usando Aerofoto;

3. Reconhecimento usando Aerofotogrametria;

4. Reconhecimento com Imagens Orbitais;

5. Reconhecimento Terrestre.
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Principais tarefas da Fase de Reconhecimento

- RECONHECIMENTO USANDO MAPAS E CARTAS

No Brasil geralmente dispõe-se de Mapas ou Cartas em escalas pequenas, dando


apenas indicações dos cursos d’água e, esquematicamente, o relevo do terreno. O
estudo neste tipo de carta não é suficiente para a escolha da melhor alternativa de
traçado, sendo necessário deslocar-se ao campo e percorrer várias diretrizes
selecionadas em escritório, para se definir qual a melhor.

Assim como o Reconhecimento sobre o Mapa ou Carta deve ser seguido de uma
verificação no campo, esse reconhecimento visual do terreno é complementado por
um levantamento topográfico expedito, que permitirá fazer o desenho da(s)
faixa(s) reconhecidas(s), para as alternativas propostas em escritório.
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Principais tarefas da Fase de Reconhecimento

- RECONHECIMENTO USANDO AEROFOTOS

Por muitos anos os engenheiros rodoviários vêm usando fotografias aéreas em


projetos de estradas, inicialmente apenas com finalidade de estudos de alternativas
aos itinerários e depois em todas as fases de projetos. As possíveis rotas eram
examinadas em pares estereoscópicos e interpretadas às condições do terreno,
levando-se em conta:

➢ Ocupação do terreno;
➢ Volume de terraplanagem;
➢ Drenagem;
➢ Risco de deslizamentos;
➢ Localização de materiais para Sub-bases, Bases e Agregados de construção;
➢ Locais de transposição de Rios e Gargantas.
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Principais tarefas da Fase de Reconhecimento

- RECONHECIMENTO USANDO AEROFOTOS

➢ A primeira foto aérea foi tirada em 1858, por Tournachon de um balão, para ser usada na
confecção de mapas. Mas foi com a I Guerra Mundial que as aerofotos tornaram-se
realmente importantes, tendo sido fundamentais na II Guerra Mundial.
➢ Nos anos 1950 teve início do uso de aerofotogrametria como fonte de dados topográficos.
➢ No Brasil os métodos aerofotogramétricos foram usados em vários DERs (Departamentos
de Estradas de Rodagem) pelo Brasil, Brasil, por volta dos anos 1970.
➢ Nas décadas de 70 e 80 o antigo DNER (Departamento Nacional de Estradas de
Rodagem) usaram fotografias na fase de Reconhecimento em escalas como 1:10.000 e
1:20.000.
➢ Em 1996 o DNER chegou a especificar a escala de restituição de 1:5.000 apenas para
anteprojeto.
➢ A partir de 2006 o DNIT (Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes) e o
DER-SP passaram a especificar fotogrametria para projetos básicos (ou ante-projetos) e
projetos executivos (ou projetos finais).
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Principais tarefas da Fase de Reconhecimento

- RECONHECIMENTO USANDO AEROFOTOS

Estudo de traçado uso de anaglifo* para visualização em 3D sendo necessário um óculos


vermelho e azul

Anáglifo é uma imagem (ou um vídeo) formatada de maneira especial para fornecer um efeito tridimensional
estereoscópico quando visto com óculos de duas cores (cada lente com uma cor diferente).
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Principais tarefas da Fase de Reconhecimento

- RECONHECIMENTO USANDO AEROFOTOGRAMETRIA

A partir de levantamentos aerofotogramétricos pode-se fazer estudos estereoscópicos do


traçado, pelo emprego de mosaico controlado, em escalas de 1:5000. Chama-se de mosaico
um conjunto de fotografias aéreas, unidas em seus pontos comuns, constituindo um todo
referente a determinada região. Tem-se:

➢ Mosaico controlado: é quando a junção das fotografias individuais é feita mediante


controle das distâncias conhecidas de pontos no terreno, e que figurem nas fotografias;

➢ Mosaico não controlado: é Quando as fotografias são unidas pela simples superposição
dos pontos comuns, sem nenhum controle em face do terreno a que se refere.
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Principais tarefas da Fase de Reconhecimento

- RECONHECIMENTO USANDO AEROFOTOGRAMETRIA

Resolução de 2006 do DNIT


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Principais tarefas da Fase de Reconhecimento

- RECONHECIMENTO USANDO AEROFOTOGRAMETRIA

Restituição Planimétrica e Altimétrica


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Principais tarefas da Fase de Reconhecimento

- RECONHECIMENTO USANDO AEROFOTOGRAMETRIA

Restituição Planimétrica e Altimétrica


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Principais tarefas da Fase de Reconhecimento

- RECONHECIMENTO USANDO AEROFOTOGRAMETRIA

Vantagens

➢ É método de levantamento eficiente para mapeamento de grandes extensões;


➢ Pode ser mais seguro que outros métodos de levantamento, como em locais perigosos e
tráfego intenso;
➢ Permite levantamento e mapeamento de áreas inacessíveis;
➢ Cria um registro fotográfico da área do projeto, útil também para várias etapas do
projeto;
➢ Fornece produtos digitais de grande utilidade como ortofotos e MDT (Modelo Digital do
Terreno).
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Principais tarefas da Fase de Reconhecimento

- RECONHECIMENTO USANDO AEROFOTOGRAMETRIA

Desvantagens

➢ Definição de especificações adequadas de precisão com relação às exigências do cálculo


de massas de terraplanagem.
➢ Não é possível mostrar razoavelmente o terreno, quando a área é coberta por vegetação
densa.
➢ Atrasos por condições de tempo e nebulosidade em certas regiões e estações do ano.
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Principais tarefas da Fase de Reconhecimento

- RECONHECIMENTO COM IMAGENS ORBITAIS


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Principais tarefas da Fase de Reconhecimento

- RECONHECIMENTO COM IMAGENS ORBITAIS


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Principais tarefas da Fase de Reconhecimento

- RECONHECIMENTO COM IMAGENS ORBITAIS


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Principais tarefas da Fase de Reconhecimento

- RECONHECIMENTO COM IMAGENS ORBITAIS


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Principais tarefas da Fase de Reconhecimento

- RECONHECIMENTO COM IMAGENS ORBITAIS


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Principais tarefas da Fase de Reconhecimento

- RECONHECIMENTO TERRESTRE

No caso de insuficiência ou inexistência de elementos cartográficos da região, os trabalhos


de campo para o reconhecimento exigirão maiores detalhamentos para se definir os
elementos topográficos, capazes de fornecer indicações precisas das alternativas de
traçados.

História Recente

Inspeção local de todos os traçados possíveis. O engenheiro percorre, de automóvel, à


cavalo ou a pé, a região, levando uma bússula, um aneróide (barômetro) e acompanhado de
um guia que conheça todos os caminhos.

Todas as diretrizes são percorridas e uma avaliação dos traçados, baseada no espírito de
observação e outros elementos colhidos, é realizada objetivando selecionar uma ou duas
diretrizes para uma avaliação posterior.
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Principais tarefas da Fase de Reconhecimento

- RECONHECIMENTO TERRESTRE

Hoje

Os trabalhos de reconhecimento terrestre, quando são feitos, uma vez que existem fotos
aéreas e/ou imagens de satélites, são desenvolvidos numa inspeção local de todos os
traçados possíveis. O engenheiro percorre a região e mapeia os diferentes traçados com o
uso receptores receptores GPS (Global (Global Positioning Positioning System) System) e
acompanhado acompanhado de um guia que conheça conheça todos os caminhos.

Todas as diretrizes são percorridas e uma avaliação dos traçados, baseada no espírito de
observação e outros elementos colhidos, é realizada objetivando selecionar uma diretriz para
uma avaliação posterior.
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Principais tarefas da Fase de Reconhecimento

- RECONHECIMENTO TERRESTRE

Após o reconhecimento é feito um relatório completo e detalhado que recebe o nome de


Memorial do Reconhecimento, no qual devem ser justificadas todas as opções adotadas.
Basicamente, este relatório, que também é chamado de Relatório Preliminar, contém:

➢ Descrição dos dados coletados no reconhecimento;


➢ Descrição das alternativas estudadas;
➢ Descrição de subtrechos de cada alternativa, caso existam;
➢ Descrição das características geométricas adotadas;
➢ Apresentação dos quantitativos e custos preliminares (Orçamento Preliminar);
➢ Análise técnica-econômica e financeira dos traçados.
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Principais tarefas da Fase de Reconhecimento

- RECONHECIMENTO TERRESTRE

Além da parte de texto, deve ser


elaborado o desenho da linha de
reconhecimento em planta e perfil.
A escala das plantas a serem
apresentadas deve ser 1:20.000,
podendo-se aceitar, para trechos
muito extensos extensos (acima
de 400 km), a representação
representação na escala de
1:40.000 ou 1:50.000.

O perfil da linha de
reconhecimento deverá ser
apresentado nas escalas horizontal
de 1:20.000 ou 1:50.000 e
vertical 1:2000 ou 1:5000.
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CONTINUA NA
PRÓXIMA AULA
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ATIVIDADE DE CONSOLIDAÇÃO DO
CONHECIMENTO
Analisando a imagem abaixo de um relatório final de reconhecimento ou anteprojeto,
assinale a alternativa na qual consta os corretos Pontos Obrigatórios de Passagem e
sua respectiva justificativa.
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ATIVIDADE DE CONSOLIDAÇÃO DO
CONHECIMENTO
A) B = Pontos Obrigatórios de Passagem de Condição
(a, b) = Pontos Obrigatórios de Passagem de Circunstância - Topografia
(c, d, e, h, f, g) = Pontos Obrigatórios de Passagem de Circunstância - Hidrologia
(i, j) = Pontos Obrigatórios de Passagem de Circunstância – Obstáculo Físico

B) B = Pontos Obrigatórios de Passagem de Circunstância - Topografia


(a, b) = Pontos Obrigatórios de Passagem de Condição - Hidrologia
(c, d, e, h, f, g) = Pontos Obrigatórios de Passagem de Circunstância - Aéreo
(i, j) = Pontos Obrigatórios de Passagem de Circunstância – Obstáculo Físico

C) B = Pontos Obrigatórios de Passagem de Circunstância - Topografia


(a, b) = Pontos Obrigatórios de Passagem de Condição - Hidrologia
(c, d, e, h, f, g) = Pontos Obrigatórios de Passagem de Condição - Hidrologia
(i, j) = Pontos Obrigatórios de Passagem de Circunstância – Topografia

D) B = Pontos Obrigatórios de Passagem de Condição


(a, b) = Pontos Obrigatórios de Passagem de Condição - Hidrologia
(c, d, e, h, f, g) = Pontos Obrigatórios de Passagem de Condição - Hidrologia
(i, j) = Pontos Obrigatórios de Passagem de Condição – Topografia
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

PIMENTA, Carlos R T; SILVA, Irineu da; OLIVEIRA, Márcio P; SEGANTINE, Paulo C L.


Projeto Geométrico De Rodovias. [S. l.]: TLC, 2017. 344 p. ISBN 8535286217.

DNIT. Diretrizes básicas para estudos e projetos rodoviários: escopos básicos/


instruções de serviço. 3ª ed. Rio de Janeiro, 484p., 2006

DNER. Manual de projeto geométrico de rodovias rurais. Rio de Janeiro, 195p., 1999.

MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES (Brasil). DNER. MANUAL DE PROJETO DE OBRAS-DE-


ARTE ESPECIAIS. BRASIL: GOVERNO FEDERAL, 1996. 233 p.

NABAIS, RUI JOSÉ DA SILVA. Manual Básico de Engenharia Ferroviária 1ª ed. Editora
Oficina de Textos, 2014.

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