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História do Brasil

O Brasil foi descoberto em 22 de Abril de 1500 por Pedro Álvares Cabral, fruto de
suas expedições à procura da Índia. Essa descoberta ocorreu devido a expansão
marítima europeia, também conhecido por Grandes Navegações que teve seu início
no princípio do século XV.
A Europa a partir do século XII começou a desenvolver sua economia e a expandir
tanto o comércio como a agricultura. Essa expansão durou até meados do século XIV,
período no qual a Europa passou por algumas crises, como rebeliões de camponeses e
doenças, sendo a mais famosa delas a Peste Negra. Devido a essas crises, a Europa
entrou em um período de retrocesso econômico, retrocesso que só seria interrompido
caso a Europa conseguisse expandir sua base geográfica, sendo esse o principal
motivo para o início das Grande Navegações ou Expansão Marítima.

*Chegada ao Brasil

Um total de treze embarcações lideradas por Pedro Álvares Cabral deixou Portugal
no dia 09 de Março com destino ao Brasil, chegando no dia 21 de Abril, mas só
ancorando em Porto Seguro, litoral da Bahia, no dia 22 de Abril de 1500, data que
ficou conhecida como o descobrimento do Brasil. De início essa nova terra ganhou o
nome de Vera Cruz, depois Santa Cruz e posteriormente de Brasil, devido ao pau-
brasil, um dos recursos naturais mais explorados pelos portugueses.

O Brasil colonial

Quando os Portugueses chegaram à terra que futuramente se chamaria Brasil, se


depararam com os habitantes nativos da região, que ganharam o nome de índios.
Havia diversos grupos de índios ou tribos e cada grupo reagiu de uma maneira
diferente à chegado dos portugueses. Alguns agiram violentamente buscando o
confronto contra os invasores, outros foram mais passivos e aceitaram melhor a
colonização.
Nos primeiros anos de colonização, a principal atividade econômica realizada pelos
portugueses foi a exploração do pau-brasil, obtida principalmente através de trocas
com os índios. Os índios ofereciam a madeira e em troca ganhavam tecidos, facas e
outros objetos de pouco valor para os portugueses.

*Capitanias hereditárias – colonização do Brasil

Um importante passo para a colonização do Brasil pelos portugueses foi a criação das
capitanias hereditárias, que eram áreas reservadas às pessoas escolhidas pela coroa
portuguesa, que em sua maioria eram pessoas que possuíam alguma ligação com a
coroa, sendo gente da pequena nobreza, comerciantes e etc. Ao todo o Brasil foi
dividido em 15 capitanias ou áreas e entregues para essas pessoas, que ficaram
conhecidas como capitães donatários, sendo um dos mais famosos Fernão de
Noronha, que recebeu do Rei a primeira capitania do Brasil, sendo conhecida nos dias
atuais de Ilha de Fernando de Noronha. Nenhum representante grande da coroa
portuguesa ficou responsável por uma capitania, simplesmente porque na época não
era tão atrativo igual os negócios conduzidos na Índia e em Portugal.
Os donatários embora possuidores dessas capitanias, não eram seus donos, sendo
apenas uma espécie de “inquilino” da coroa portuguesa. Isso significava, dentre
outras coisas, que o donatário não poderia vender nem dividir a capitania, além de
terem que pagar impostos pela exploração da área. Na sua essência, as capitanias
hereditárias significaram o início da colonização do Brasil pelos portugueses, além de
uma tentativa de integrar a mais nova colônia à economia portuguesa da época.
Em sua grande maioria, as capitanias fracassaram, seja por falta de recursos,
inexperiência e ataques realizados por índios, e as poucas que obtiveram algum tipo
de sucesso conseguiram unir uma atividade açucareira produtiva com um
relacionamento menos agressivo com os nativos da região.

*O Governo Geral

A instituição do governo geral representou um avanço rumo à organização


administrativa da colônia, tendo em vista o recente fracasso das capitanias
hereditárias. Dentre os principais motivos que fizeram o Rei de Portugal Dom João
III enviar em 1549 o primeiro governador-geral do Brasil, chamado de Tomé de
Souza, podemos citar o início de uma crise nos negócios com a Índia e o recente
sucesso da Espanha em sua colônia americana com relação a exploração de metais
preciosos. Junto com Tomé de Souza, vieram também os primeiros jesuítas, que
tinham com missão catequizar os povos indígenas da região. Tomé de Souza
começou seus esforços para a organização da colônia, criando a primeira capital do
Brasil, chamada de São Salvador, localizado na Bahia e que nos dias atuais é
conhecida como Salvador. São Salvador foi a capital do Brasil até o ano de 1763.

*A colonização se consolida

Após as primeiras décadas marcadas principalmente pelo esforço português de


manter as terras recentemente conquistadas, enfim a colônia começa a ter um
importante papel na economia portuguesa. Basicamente o Brasil fornecia a Portugal
gêneros alimentícios e minérios de grande importância, como o ouro, por exemplo.

*Escravização de Índios e Negros

De início os colonos portugueses tentaram forçar os índios a trabalharem nas


lavouras, porém uma série de fatores culturais e comportamentais dos índios
influenciaram para que essa ideia fosse abandonada. Primeiramente os índios não
eram acostumados a jornadas de trabalho longas, tendo em vista que seu estilo de
vida tinha como base somente a realização de trabalhos que garantissem sua
existência, como caça, pesca e etc. Outro fator importante que impossibilitava a
escravização dos índios era a possibilidade de revolta, tendo em vista que eles
estavam em sua própria casa e a conheciam muito bem.
Com a escravização dos povos nativos não dando tão certo como era esperado, coube
aos portugueses buscar outra solução, ou melhor, outro povo para ser explorado,
sendo os negros escolhidos para essa missão. Os negros se adaptaram melhor ao
trabalho escravo, por terem uma resistência física melhor que a dos índios, eles
suportaram a quantidade de trabalho, além de uma possibilidade de revolta reduzida,
por não conhecerem a região. Isso não significa que os negros aceitaram a escravidão
de maneira passiva, houve fugas em massa e agressões contra os senhores feudais,
fazendo com que a relação entre os escravos e os senhores de terra fosse bastante
atribulada.
Vários argumentos foram utilizados para justificar a escravização dos negros por
parte dos brancos donos de terras, um deles falava a respeito de que os negros eram
inferiores aos brancos. Com base em seus crânios, deduziam que os negros possuíam
uma inteligência inferior, além de serem emocionalmente instáveis. Com isso, os
defensores da escravidão argumentavam de que os negros estavam biologicamente
destinados à sujeição aos brancos.

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