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CURSO DE GUIAS: TREINO PARA A LIDERANÇA
Mostrai-lhes que sabeis cumprir ordens, quer vos sejam dadas verbalmente,
quer sejam impressas ou escritas, e que as executais, quer o vosso Chefe
esteja presente ou não.
Baden-Powell
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CURSO DE GUIAS: TREINO PARA A LIDERANÇA
Estrutura • As patrulhas devem ser constituídas com base nos escuteiros do seu próprio
do Curso grupo/agrupamento.
• São criadas oportunidades para o convívio e a troca de experiências, nomea-
damente através da realização dos jogos, debates, trabalhos de grupo, o fogo
de conselho, etc.
• A patrulha é “acompanhada” por um “Tutor da Patrulha”, que é fundamental
para o sucesso do curso – ver mais à frente.
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CURSO DE GUIAS: TREINO PARA A LIDERANÇA
A elaboração deste Curso de Guias: Treino para a Liderança, utiliza linguagem escu(o)
tista “genérica”, não esquecer de fazer sempre, a respectiva correspondência:
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CURSO DE GUIAS: TREINO PARA A LIDERANÇA
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CURSO DE GUIAS: TREINO PARA A LIDERANÇA
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CURSO DE GUIAS: TREINO PARA A LIDERANÇA
PROGRAMA
Sexta-Feira,
16 de Janeiro
20:30 1 Chegada - Formação de Grupo - Informações
21:30 2 Exercício de Liderança
22:30 3 O QUE É A LIDERANÇA
23:00 Jogo Nocturno
23:45 Chocolate Quente - cama - luzes apagadas
Sábado,
17 de Janeiro
07:30 Alvorada, higiene, vestir
08:00 Pequeno Almoço
08:45 Içar da Bandeira e Reflexão Matinal
09:00 4 A MISSÃO DO GUIA DE PATRULHA
09:30 5 A LIDERANÇA NA PRÁTICA
10:30 Intervalo (Jogo Activo)
10:45 6 O CONSELHO DE GUIAS
12:00 Jogo
12:15 7 PLANEAMENTO (1)
12:45 Preparação do Almoço
13:30 Almoço
14:30 8 PLANEAMENTO (2)
15:15 Jogo
15:30 9 AJUDAR OS OUTROS A APRENDER - Apresentação
16:15 Jogo
16:30 10 AJUDAR OS OUTROS A APRENDER - Demonstração
17:30 Merenda
17:50 Preparação para a Instrução Técnica
18:10 11a INSTRUÇÃO TÉCNICA
18:55 Jogo
19:10 11b INSTRUÇÃO TÉCNICA
20:00 Jantar do Curso com convidado - Chefe Miguel Lontro
21:30 Fogo de Conselho
23:30 Luzes Desligadas
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Domingo,
18 de Janeiro
07:30 Alvorada
08:00 Pequeno Almoço
08:45 Içar da Bandeira e Reflexão Matinal
09:00 12 PLANEAMENTO ANUAL NA SECÇÃO (1)
09:15 13a TÉCNICAS DE LIDERANÇA (1)
10:15 Jogo
10:30 14 PLANEAMENTO ANUAL NA SECÇÃO (2)
11:30 13b TÉCNICAS DE LIDERANÇA (2)
12:30 Preparação do Almoço
13:15 Almoço
14:15 15 RELACIONAMENTO PESSOAL
15:00 Arrumações e Limpezas
15:30 16 E AGORA?
16:00 Formação de Grupo Final e Entrega de Certificados de Presença
16:30 Partida para casa
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CURSO DE GUIAS: TREINO PARA A LIDERANÇA
A EQUIPA
Pedro Ferraz
Grupo 10 - Associação dos Escoteiros de Portugal - Figueira da Foz
Ana Fonseca
Agrupamento 116 - Corpo Nacional de Escutas - Seia - Guarda
Paulo Renato
Agrupamento 358 - Corpo Nacional de Escutas - Sé Nova - Coimbra
Cristina Tavares
Agrupamento 972 - Corpo Nacional de Escutas - Midões - Coimbra
... ... ...
Agrupamento 1319 - Corpo Nacional de Escutas - S. Pedro FF - Coimbra
Alice Lopes
Carina Santos
Victor Fernandes
Agrupamento 1360 - Corpo Nacional de Escutas - Souselas - Coimbra
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CURSO DE GUIAS: TREINO PARA A LIDERANÇA
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CURSO DE GUIAS: TREINO PARA A LIDERANÇA
2 Exercício de Liderança
SUGESTÃO DE Sessão 2
Sexta, 16 de Janeiro
ABORDAGEM: Exercício de Liderança
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CURSO DE GUIAS: TREINO PARA A LIDERANÇA
White e Lippitt (1939) estudaram a liderança em estilos de comportamento do líder, na relação com o colabo-
rador.
O estilo de comportamento do líder refere-se ao que ele faz e como o faz. Estes autores consideram que exis-
tem três estilos de liderança:
- Autoritária
- Democrática
- Permissiva
2. ESTILO DEMOCRÁTICO
- As diretrizes são debatidas e decididas pelo grupo, sendo o papel do líder, de assistir e de estimular.
- É o grupo que esboça as providências e as técnicas para atingir os objetivos solicitando aconselhamento
técnico do líder, quando necessário, sugerindo este, duas ou três alternativas para o grupo escolher. As tarefas
ganham uma nova dimensão à medida que se sucedem os debates.
- É o grupo que decide sobre a divisão das tarefas e cada membro do grupo tem a liberdade para escolher o
seu companheiro de trabalho.
- O líder procura ser um membro igual aos outros, não se encarregando muito de tarefas. O líder é objetivo e
quando critica e elogia, limita-se aos factos.
3. ESTILO PERMISSIVO
- Os elementos do grupo têm liberdade completa para tomar as decisões com a participação mínima do líder.
- A participação do líder é limitada, esclarecendo apenas quem pode fornecer informações ao grupo.
- É o grupo que decide sobre a divisão das tarefas e escolhe os seus companheiros. O líder não participa.
- O líder não regula nem avalia o que passa no grupo. O líder apenas faz alguns comentários irregulares sobre
a atividade do grupo, quando é questionado.
2. LIDERANÇA DEMOCRÁTICA
- Desenvolve-se a amizade entre os vários membros do grupo.
- O líder e os colaboradores desenvolvem comunicações espontâneas, francas e cordiais. O trabalho desen-
volve-se a um ritmo suave e seguro, mesmo que o líder se ausente. Existe um clima de satisfação.
3. LIDERANÇA PERMISSIVA
- Apesar dos membros do grupo terem uma actividade intensa, a produção não é satisfatória.
- As tarefas desenvolvem-se ao acaso com oscilações e perde-se muito tempo com discussões. Fala-se mais de
problemas pessoais do que de assuntos relativos ao trabalho.
- Verifica-se um certo individualismo agressivo e pouco respeito pelo líder.
- O grupo que produz maior quantidade de trabalho é o autoritário, mas é o democrático que apresenta uma
maior qualidade no trabalho.
(adaptado de M. Odete Fachada, (2010), Psicologia das Relações Interpessoais, Lisboa, Edições Sílabo)
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CURSO DE GUIAS: TREINO PARA A LIDERANÇA
3 O QUE É LIDERANÇA
(O GUIA DE PATRULHA E A LIDERANÇA?)
Não é possível fazer uma lista das funções de Guia e de regras que estes têm
que seguir para serem bons Guias. Liderança é um processo em que um grupo
de pessoas é orientado por um Líder para a obtenção de um determinado ob-
jetivo. Todos os bons líderes possuem certas qualidades e características, muitas
das quais eles nem se apercebem que utilizam. Nesta primeira sessão deste
curso de Guias iremos falar sobre as obrigações de um Guia, e sobre os prob-
lemas que esses deveres causam.
O Guia que quer assegurar que a Tarefa, a Patrulha e o Indivíduo são levados
em consideração pode usar este “exame de consciência” abaixo, que pode ser
aplicado para qualquer atividade, reunião ou programa.
A Tarefa:
Planeei cuidadosamente o trabalho a fazer com a Patrulha? ... ... ... ... ... ... ...
Acompanhei continuamente a execução do trabalho? ... ... ... ... ... ... ... ... ...
A Patrulha:
A Patrulha envolveu-se na tomada de decisões e na execução do plano? ... ...
Usei os recursos disponíveis dentro da Patrulha? ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...
Coordenei a Patrulha eficazmente, e trabalhámos em grupo? ... ... ... ... ... ...
Representei os interesses da Patrulha quando se debateu a tarefa com outros?
O Indivíduo:
Contactei com todos os membros da Patrulha? ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...
Ajudei os outros Escuteiros a aprender coisas e técnicas novas? ... ... ... ... ...
Dei o exemplo? ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...
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CURSO DE GUIAS: TREINO PARA A LIDERANÇA
A PATRULHA O INDIVÍDUO
A TAREFA
As características da • Planear
Liderança • Avaliar
• Delegar e partilhar a direção
• Utilizar os recursos da Patrulha
• Coordenar a Patrulha
• Representar a Patrulha
• Comunicar
• Ajudar os outros a aprender
• Dar o exemplo
Um bom Guia prepara um plano para que seja dada a melhor utilização dos
recursos e tempo disponíveis. Quando o fazes, lembra-te:
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CURSO DE GUIAS: TREINO PARA A LIDERANÇA
uma das suas mais importantes vertentes: no Conselho de Guias, não estás lá
para dar a tua opinião, mas sim para representar a tua Patrulha. Discutiremos
este aspeto mais à frente. Por ora, lembra-te que se queres que as atividades
do Tribo/Expedição saiam boas, para bem de todos e de ti, tens que participar
no planeamento.
Avaliar “Na reunião da Patrulha Macaco que se seguiu ao acampamento, o Guia pe-
diu aos elementos da Patrulha que dissessem o que acharam que correu mal e
como poderiam ter feito melhor. O sentimento geral era que o acampamento
não tinha sido bem planeado. Felizmente, eles foram capazes de aprender a
lição, e decidiram começar a planear o próximo acampamento com a devida
antecedência.“
Delegar e “Os planos para o acampamento da Patrulha Macaco estavam feitos. As últimas
partilhar reuniões da Patrulha tinham sido usadas para reunir o material, decidir as emen-
a direção tas e selecionar a comida necessária. Todos os Escuteiros da Patrulha tiveram a
hipótese de ajudar a planear. Cada um tinha um trabalho, e todos aparentavam
estar a cumpri-lo a contento. Poucos dias antes do acampamento, o Zé, o Guia,
verificou se todos tinham executado os seus trabalhos – estava tudo feito, menos
o do Manel, que não havia consertado parte do equipamento a seu cargo. Para
tentar salvar a situação, o Zé sugeriu várias maneiras ao Manel como ele po-
deria remendar o material a tempo. Deu-lhe o endereço de um Pai que talvez
pudesse ajudar e pediu ao Manel que lhe telefonasse dentro de poucos dias
caso não conseguisse completar os remendos.“
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CURSO DE GUIAS: TREINO PARA A LIDERANÇA
A nossa Patrulha Macaco estava com problemas porque não estavam a uti-
lizar da melhor maneira os talentos individuais dos membros da Patrulha –
não estavam a usar os recursos da Patrulha.
• lista dos membros da Patrulha, completa com detalhes dos seus pas-
satempos, interesses, talentos, etc.;
• lista de contactos - pais, familiares, amigos, e as coisas em que eles te
podem ajudar;
• lista de organizações especializadas em tópicos de interesse para a
Patrulha e respetivos contactos;
• lista de locais que podem ser usados para atividades;
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CURSO DE GUIAS: TREINO PARA A LIDERANÇA
Para fazer isto, um Guia deve ter um plano de ação, como por exemplo este:
Antes da reunião
• discute cada tópico com a Patrulha;
• assegura-te que todos os assuntos são discutidos e que todos têm uma
opinião formada sobre eles;
• escuta atentamente as ideias de cada elemento, mesmo que sejam dife-
rentes;
• resume as opiniões expressas e obtém um consenso para cada tópico
mencionado;
• escreve as ideias consensuais ou da maioria, e outros pontos de vista que
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CURSO DE GUIAS: TREINO PARA A LIDERANÇA
Durante a reunião
• Apresenta as ideias da Patrulha;
• Ouve e respeita as ideias das outras Patrulhas;
• Faz concessões dentro dos limites das opiniões que trouxeste da tua
Patrulha;
• Toma notas sobre as decisões finais e outra informação que pode ser
útil;
• Se necessário, pede o adiamento da decisão final até que possas con-
sultar a tua Patrulha.
Após a reunião
• A Patrulha deve ser informada das decisões tomadas que lhe sejam
relevantes;
• As decisões devem ser explicadas, com as razões pela sua tomada;
• Informações úteis devem ser comunicadas à Patrulha.
A Patrulha, por sua vez, deve estar pronta a aceitar decisões tomadas pelo
Conselho de Guias ainda que contrárias às suas próprias ideias – decisões
estas em que o Guia da Patrulha participou e representou os seus pontos de
vista.
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CURSO DE GUIAS: TREINO PARA A LIDERANÇA
vindouros.
Ajudar os outros “O Zé estava sentado no Canto de Patrulha da Macaco, a tentar ensinar aos
a aprender seus Escuteiros como usar a machada. A Patrulha não parava quieta, e poucos
demonstravam algum interesse no que o Zé estava a dizer.”
Um caso típico? Seria muito mais fácil instruir a Patrulha no uso da machada
numa atividade ao ar livre. Aí haveria facilidades para todos usarem a machada
e experimentarem, ao invés de só olhar e ouvir.
Isto aplica-se em quase tudo na vida. Desde os nós que aprendes nos Escuteiros
aos exercícios de matemática (se não os praticares, não os aprendes, não é?).
Infelizmente, nem sempre é possível por cada Escuteiro de cada vez a aprender
um nó ou dar atenção a todos na reunião de Grupo. Na maior parte das vezes,
o Chefe demonstrará um nó à frente de todos ou dos Guias, e encarregar-vos-á
de por vossa vez o ensinardes aos vossos Escuteiros.
Dar o “O Zé, Guia da Patrulha Macaco, veio à Reunião de Piedade de calças de gan-
exemplo ga, uma t-shirt, e o lenço de Escuteiro. Na semana seguinte, vários membros da
Macaco vieram a uma atividade apenas parcialmente uniformizados, e o Chefe
passou-lhes uma descompostura. Os rapazes ressentiram-se porque o Zé não
levou “raspanete” na semana anterior por fazer o mesmo, e eles sim, por lhe
seguirem o exemplo.”
A nossa Patrulha realmente tinha razão para se queixar! Como escreveu B.-P.:
“o que vós mesmos fizerdes, os vossos Escuteiros farão também”. Os exemplos
do Chefe e do Guia são muito importantes; o seu comportamento, a sua ma-
neira de estar na vida, etc., imprimem-se nos seus respetivos Escuteiros. O teu
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CURSO DE GUIAS: TREINO PARA A LIDERANÇA
O bom Guia tem consciência das suas limitações e está sempre alerta para
se melhorar, e com o seu exemplo, melhorar os seus Escuteiros!
Olha para um “líder” que conheças e admires. Compara o que ele faz com
a lista que te damos e vê se algumas das suas características se encontram
aqui. Claro que poderás lembrar-te de muitas outras características que não
estão aqui, mas também nós não somos perfeitos...
SUGESTÃO DE Sessão 3
Sexta, 16 de Janeiro
ABORDAGEM: O QUE É A LIDERANÇA? (O GUIA DE PATRULHA E A LIDERANÇA)
Notas:
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CURSO DE GUIAS: TREINO PARA A LIDERANÇA
Vamos iniciar este tema abordando “o que é o Guia” e “o que ele faz”.
De Roland E. Phillips:
“O Guia não deve ser nem a ama-seca, nem o sargento berrão, nem o domador
de feras, mas apenas um irmão mais velho que conduz porque sabe, e a quem
se segue porque se gosta”
O melhor valor técnico – de nada te serve possuíres um distintivo se a tua conduta não
Escuteiro da corresponde à insígnia que usas na camisa do uniforme. Não são as insígnias
Patrulha que fazem o Escuteiro e menos ainda o Guia de Patrulha. A técnica Escutista
mais não é que o conhecimento inteligente das mil e uma maneiras de sair-se
bem e ser capaz de ajudar os outros.
valor físico – procura desenvolver as tuas forças corporais ao mesmo tempo
que a tua capacidade intelectual; o ideal da “mente sã em corpo são” não é de
outrora, e um corpo ágil e saudável é uma grande preciosidade.
valor intelectual – o 11º artigo (não oficial, mas reconhecido por todos) da
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CURSO DE GUIAS: TREINO PARA A LIDERANÇA
Lei do Escuteiro diz que “O Escuta não é parvo”. Embora a inteligência seja
independente do estudo, qualquer pessoa com dois dedos de testa tenta
desenvolver os seus conhecimentos, pois para dar mais na vida, é preciso
também ter mais.
valor moral – o teu carácter não deixará de se refletir em cada um dos teus
Escuteiros. Tens a Lei do Escuteiro como a base da tua vida, segue-a e serás
o melhor dos “homens”.
valor religioso – beatices não te levam nem ao Céu nem a lado nenhum.
Fé vivida com simplicidade e convicção, traduzida numa piedade simples e
espontânea e acompanhada por confiança em Deus terá muito mais influên-
cia e relevância para a vida dos teus Escuteiros e para a tua.
Por vezes poderás ter certos assuntos a tratar com os teus Escuteiros que
não lhes interessam muito (e talvez nem a ti) mas que tenham mesmo de ser
discutidos. Nesses casos, tenta “dourar a pílula”, e torna o assunto menos
aborrecido. Pode ser que os teus Escuteiros não percebam para que serve
falar disto ou daquilo mas se lhes explicares o porquê poderás despertar-
-lhes o interesse. Falaremos mais disto quando abordarmos as atividades da
Patrulha .
Toma cuidado com o que dizes. É vital que um Escuteiro criticado perceba
que o fazes apenas pela tua amizade por ele. Nunca descomponhas um
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CURSO DE GUIAS: TREINO PARA A LIDERANÇA
O teu fim:
• formar os teus Escuteiros, fazendo deles “homens” completos, cristãos
verdadeiros e cidadãos perfeitos
SUGESTÃO DE Sessão 4
Sábado, 17 de Janeiro
ABORDAGEM: A MISSÃO DO GUIA DE PATRULHA
Notas:
Com o auxílio do quadro negro, tentar obter no final um “quadro-resumo” idêntico (o mais aproximado
possível) com as seguintes conclusões:
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CURSO DE GUIAS: TREINO PARA A LIDERANÇA
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CURSO DE GUIAS: TREINO PARA A LIDERANÇA
5 A LIDERANÇA NA PRÁTICA
(Exercício Inicial)
SUGESTÃO DE Sessão 5
Sábado, 17 de Janeiro
ABORDAGEM: A LIDERANÇA NA PRÁTICA
Tarefa:
Uma embarcação de recreio, com seis tripulantes, naufragou durante uma enorme
tempestade em pleno Oceano Pacífico. Após várias horas à deriva, num bote salva-
-vidas, deram à costa numa ilha deserta.
No “kit” de material de socorro do salva-
-vidas, além da caixa de primeiros socor-
ros, encontrava-se uma catana, um rolo
de fio de sisal e um pedaço de pano bran-
co. Alguns deles tinham sido escuteiros
nos BSA - Boys Scouts of América, quando
ainda eram adolescentes. Tinham tam-
bém, aprendido na escola que naquela
zona era frequente a passagem de muitos
navios mercantes. Era contudo, necessá-
rio, e no mais curto espaço de tempo dar
sinal da sua presença com o material que
tinham disponível. Não tinham fósforos, a
madeira estava molhada... a única solu-
ção era içar uma bandeira, num mastro
improvisado, com a palavra SOS!
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CURSO DE GUIAS: TREINO PARA A LIDERANÇA
EQUIPA.
Trata-se de uma atividade simples aplicada mundialmente no treino em ações de formação dirigidas
a profissionais de diversas áreas e até para crianças e adolescentes: construir uma torre de espaguete
com um ovo no topo, em 18 minutos.
Exercícios simples como este podem estimular a criatividade e mostrar quantas vezes o nosso instinto
nos leva ao fracasso, principalmente quando somos adultos e temos medo de errar. Este desafio tra-
balha, principalmente as características do comportamento e pode ajudar os participantes a detetar
os seus pontos fortes e fracos.
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CURSO DE GUIAS: TREINO PARA A LIDERANÇA
6 O CONSELHO DE GUIAS
O Conselho de Guias é tão antigo corno o próprio Escutismo, sendo urna parte
integral do Sistema de Patrulhas. Foi Baden-Powell quem o inventou:
Esta última parte é muitas vezes a parte mais difícil de bem cumprir. Deixemos
pois urna coisa bem clara: tu és o delegado da tua Patrulha! Estás lá para fazer
valer os interesses, projetos e realizações dela; como responsável da Patrulha,
tens que pôr os Chefes ao corrente dos progressos e dificuldades de cada Escu-
teiro. Do mesmo modo, o que se decidir no Conselho de Guias e disser respeito
à Patrulha (tudo o resto é privado, e não deve ser falado com ninguém que não
seja membro do Conselho), deves relatá-lo à tua Patrulha.
Assim como tu tens que estar pronto para aceitar que a opinião dos teus ele-
mentos da Patrulha sobre qualquer assunto pode não ser a mesma que tu tens
– mas que no entanto é a escolha da maioria que terás que apresentar no Con-
selho – também tu e/ou a tua Patrulha terão que aceitar se o Conselho decidir
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CURSO DE GUIAS: TREINO PARA A LIDERANÇA
Além disso, por vezes no Conselho de Guias pode-se falar de algum assunto
mais delicado, ou respeitante à vida pessoal de um Escuteiro, e esses assun-
tos devem-se limitar às pessoas que tem necessidade de saber disso. Como
conselho geral nas tuas conversas sobre alguém, lembra-te das seguintes
perguntas:
Se a resposta a alguma destas perguntas for não, acho que deves pensar
muito bem, e talvez não dizer nada, afinal...
A honra e o nível Parece-te uma função estranha para um Conselho de Guias? Pois podes
do Grupo acreditar quando te dizemos que é a sua função mais importante, porque é
a que mais pessoas veem. Podem não saber que é o Conselho de Guias que
toma as decisões sobre esses assuntos, mas todos os notam. Referimo-nos
aos comportamentos dos Escuteiros da Tribo/Expedição.
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CURSO DE GUIAS: TREINO PARA A LIDERANÇA
Enquanto que é vital que os Guias venham preparados para uma reunião que
só acontece uma vez por mês, à qual, obviamente, nenhum pode faltar, num
Grupo que reúna o Conselho uma vez por semana, ou quinzenalmente, pode
delegar nos Guias a tarefa de sondarem a opinião da Patrulha sobre determi-
nado assunto e de comunicarem a opinião geral na próxima reunião.
Todas as reuniões devem ter um programa, e isso não é menos verdade no caso
do Conselho de Guias. Um programa assegura que tudo que é preciso debater,
é-o de facto, e a função de quem preside a qualquer reunião é garantir que
assim se passa. Quem quer que seja a presidir ao Conselho de Guias, tem as
obrigações de:
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CURSO DE GUIAS: TREINO PARA A LIDERANÇA
SUGESTÃO DE Sessão 6
Sábado, 17 de Janeiro
ABORDAGEM: O CONSELHO DE GUIAS
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CURSO DE GUIAS: TREINO PARA A LIDERANÇA
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Sessões 7 e 8
Sábado, 17 de Janeiro
PLANEAMENTO (1) E PLANEAMENTO (2)
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CURSO DE GUIAS: TREINO PARA A LIDERANÇA
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CURSO DE GUIAS: TREINO PARA A LIDERANÇA
Para que aconteça a efetiva aplicação do Escutismo, ou seja, para que os jovens
façam coisas e se aproveitem as imensas possibilidades das atividades ao ar
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livre, eles devem ser ensinados e capacitados tecnicamente para isso.
Na maioria das vezes os Chefes ensinam aos Guias de Patrulha, para que estes
transmitam os conhecimentos ou habilidades aos membros das suas patrulhas.
Outras vezes, o conhecimento é repassado a todos os membros da Tribo/Expe-
dição, num “sistema de bases”, em forma de “rodízio”, onde cada patrulha fica
durante um período de tempo numa “estação” e lá um Dirigente ensina alguma
coisa.
Não importa qual seja o sistema, existem várias formas diferentes para ajudar
neste processo de ensino-aprendizagem.
Demonstração Nesse processo os Dirigentes demonstram como se faz alguma coisa, passo a
passo. Por exemplo: para ensinar a montar uma tenda o Dirigente alcança me-
lhor resultados se usar este processo. Para isso deve conduzir a demonstração
seguindo algumas etapas:
• Em primeiro lugar o Dirigente informa exatamente o que vai ser ensinado;
• Depois executa a montagem, passo a passo, com uma ordem lógica;
• Repete a demonstração, reforçando os pontos chave;
• Orienta os jovens para que eles reproduzam a montagem, destacando
cuidados especiais;
• Reforça com uma segunda montagem feita pelos jovens, preferencialmente
sem interferência do Dirigente.
Este processo de demonstração pode ser usado para ensinar nós e ligações, uso
de ferramentas, técnicas de acender fogueiras, receitas para cozinha, etc. Mas,
deve merecer alguns cuidados:
• Só é indicado para grupos pequenos – uma patrulha, no máximo – pois é
necessário uma constante preocupação com o envolvimento dos jovens;
• Tudo aquilo que merecer um gesto específico, como por exemplo: “pegar o
cabo com a mão direita e cruzar sobre a esquerda”, deve ser ensinado com
o jovem olhando do mesmo ângulo do Dirigente, ou seja, por detrás de seu
ombro ou ao seu lado. Se o jovem estiver em posição invertida o risco de
erro é muito maior.
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CURSO DE GUIAS: TREINO PARA A LIDERANÇA
Instrução É um processo em que os jovens são levados a fazer alguma coisa seguindo
Dirigida as instruções escritas, e aprendem com isso.
Este mesmo processo de instrução dirigida pode ser usado para montagem
de códigos e mensagens, preparação de refeições, etc.. Contudo, deve me-
recer alguns cuidados:
• As regras devem ser bem claras, para evitar que os jovens ignorem ou
substituam os passos, adquirindo, assim, um conhecimento errado;
• É importante, neste tipo de instrução, que todos os adultos envolvidos
tenham graus de conhecimento similares da técnica apresentada, para
evitar informações distorcidas.
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CURSO DE GUIAS: TREINO PARA A LIDERANÇA
As maquetes podem ser feitas com uma grande diversidade de materiais, in-
cluindo plásticos, metais, madeira e um material próprio chamado cartão de
maquete. No Escutismo utilizam-se sobretudo, pauzinhos das “espetadas”, cola
e “fio norte” e tecidos para simular as tendas.
Em grupos de grande dimensão, pode acontecer que alguns jovens não enten-
dam de imediato a matéria abordada, deve contudo estimular-se aqueles que
sabem, a “apoiar” aqueles com maiores dificuldades para que assim mante-
nham o interesse pelo jogo.
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CURSO DE GUIAS: TREINO PARA A LIDERANÇA
OS AUTÓMATOS
Número de jogadores: uma ou várias Patrulhas.
Material: quatro cartões grandes.
Preparar quatro cartões contendo de um dos lados, um ponto e no verso,
um traço. Escolher quatro jogadores entregando a cada um deles um dos
cartões. Alinhar os jogadores colocando-os em frente do restante grupo a
uma distância considerável. Ao sinal do Chefe cada um mostra o seu cartão,
quer seja do lado do ponto ou do lado do traço ou coloca as mãos atrás
das costas. Um jogador escolhido pelo chefe deve dizer qual a letra forma-
da pela junção dos pontos e traços. Se errar perde dois pontos. Se acertar
ganha um ponto.
Este mesmo processo pode ser usado para ensinar Sinais de Pista, Alfabeto
Homográfico, Código Morse, etc.. Mas, deve merecer alguns cuidados:
Carta de Prego Recurso muito utilizado no Movimento Escutista é formado por uma sequên-
cia de instruções lacradas, abertas uma por uma, que levam os jovens a
tomar contacto com diferentes situações e a cumprir diferentes tarefas.
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CURSO DE GUIAS: TREINO PARA A LIDERANÇA
As instruções também ensinam como fazer determinadas coisas. Por exemplo,
um conjunto de cartas utilizadas num bivaque, em determinado momento pode
ensinar como fazer um curativo ou uma maca. Ou numa carta de um grande
jogo, ensinar como transmitir uma mensagem curta com lanterna e Código
Morse.
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CURSO DE GUIAS: TREINO PARA A LIDERANÇA
SUGESTÃO DE Sessões 9 e 10
Sábado, 17 de Janeiro
ABORDAGEM: AJUDAR OS OUTROS A APRENDER
Notas: À “plateia” deve ser dito para não falar ou gritar sugestões.
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CURSO DE GUIAS: TREINO PARA A LIDERANÇA
cutar a tarefa com pequenos passos; b) observar a “vítima” e ver quais os erros que faz.
RESUMO
O que ouço, esqueço;
O que vejo, lembro;
o que faço, sei.
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CURSO DE GUIAS: TREINO PARA A LIDERANÇA
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CURSO DE GUIAS: TREINO PARA A LIDERANÇA
11 INSTRUÇÃO TÉCNICA
SUGESTÃO DE Sessão 11
Sábado, 17 de Janeiro
ABORDAGEM: INSTRUÇÃO TÉCNICA
Método: (a) Montar um sistema de “bases”. Cada “Instrutor”/Tutor “oferece” uma técnica (por
exemplo, com executar “seis nós básicos”) e mostra aos Escuteiros como se pode en-
sinar esta técnica. Cada técnica “oferecida” tem o mesmo tempo pré-definido, o que
significa que ao soar um sinal sonoro, a “Patrulha” deve passar de imediato à base
seguinte.
Intervalo para o Jogo (ou animação).
(b) Na segunda fase, deste Módulo, Patrulha por Patrulha, recebe “instrução” de uma
das técnicas abordadas, por parte de um Guia que não, o da sua Patrulha. O tempo
de instrução é igual ao utilizado na fase anterior. Pode ser acompanhado pelo “instru-
tor” adulto, de cada uma das técnicas.
Técnicas em “oferta”:
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CURSO DE GUIAS: TREINO PARA A LIDERANÇA
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CURSO DE GUIAS: TREINO PARA A LIDERANÇA
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Expedição para o ano seguinte. Para isso deve ter em sem poder o Programa de
Atividades do Agrupamento, o Programa de Atividades da Região e o Programa
de Atividades da Associação.
As Atividades “Como regra geral, quando faltarem ideias, não queira impor nas atividades
Escutistas escutistas aquilo que pessoalmente você julgue que deve ser apreciado. Procure,
ao contrário, descobrir (ouvindo ou perguntando) quais as atividades que eles
mais gostam. Em seguida procure o modo de aproveitá-las, tornando-as eficien-
tes, úteis e benéficas aos jovens.”
(Baden-Powell, no Auxiliar do Chefe-Escuta)
Executar uma grande construção num acampamento é uma boa forma de en-
tender algumas leis da física; plantar uma árvore e ajudá-la a crescer é a melhor
forma de valorizar a natureza; compartilhar o que se faz, ensina a vivenciar a
solidariedade; cozinhar os próprios alimentos e limpar as panelas incorpora na
personalidade habilidades elementares de uso quotidiano.
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CURSO DE GUIAS: TREINO PARA A LIDERANÇA
Os jovens aprendem através das experiências que obtêm nas atividades. Isso
significa que:
• O programa de cada uma das patrulhas e da Expedição/Tribo devem
compreender uma grande variedade de atividades, de maneira a propor-
cionar aos jovens diversas oportunidades de aprendizagem.
• As atividades não podem ser improvisadas. Elas devem ser seleciona-
das, preparadas, desenvolvidas e avaliadas adequadamente.
• Não basta realizar atividades, só para que elas tenham êxito. É necessá-
rio também estar atento às experiências pessoais que cada jovem obtém,
o que se realiza através do acompanhamento do seu progresso pessoal.
Tipos de
AS ATIVIDADES FIXAS AS ATIVIDADES VARIÁVEIS
Atividades
EXEMPLOS DE EXEMPLOS DE
ATIVIDADES FIXAS ATIVIDADES VARIÁVEIS
Reuniões de Patrulha Especialidades
Reuniões de Expedição/Tribo Meio Ambiente
Actividades da Patrulha de Guias Reflexões, conhecimento de si mesmo e
Acampamentos e outras atividades de ar dos outros
livre Desportos
Fogos de Conselho Técnicas e Habilidades Manuais
Cerimónias Expressão Artísticas nas mais diversas
Jogos formas
Canções Serviços à Comunidade
A Aventura (curta, média ou grande, con- Vida Familiar
forme a duração) - ver no final Compreensão Intercultural
Direitos Humanos e Democracia
Educação para a Paz e Desenvolvimento
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Para que uma atividade possa ser incorporada no programa das patrulhas ou
da Expedição/Tribo, basta que ela seja:
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CURSO DE GUIAS: TREINO PARA A LIDERANÇA
Isto não significa que nestas reuniões cada um faz o que quer, nem que os
Dirigentes se abstenham de supervisionar, dar seu apoio estimulante ou zelar
pela segurança. Mas, deve ser uma estrutura flexível e que se adapte ao ca-
lendário de atividades aprovado pelo Conselho de Unidade.
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CURSO DE GUIAS: TREINO PARA A LIDERANÇA
Atividades É para fazer atividades ao ar livre que os jovens procuram o Movimento Es-
ao Ar Livre cutista. Desde o início, mesmo que os jovens ainda não estejam muito bem
preparados, a Expedição/Tribo deve realizar atividades ao ar livre, que não
sejam muito complexas nem exijam muita capacidade. Aos poucos, conforme
os jovens vão ganhando experiência, nas reuniões e nas próprias atividades ao
ar livre, aumentará a possibilidade de se realizarem atividades mais ricas e mais
complexas.
As atividades ao ar livre:
• realizam-se num ambiente natural que renova a vivência da mística e sim-
bologia e exploração de novos territórios com um grupo de amigos; os jo-
vens vivem aventuras que os põem em contacto com dimensões que até ali
eles desconheciam;
• contribuem para que os jovens desenvolvam a sua autonomia pessoal,
exercendo responsabilidades e superando dificuldades em um ambiente di-
ferente do existente no seio da família ou no seu ambiente habitual;
• fortalecem a coesão interna das patrulhas;
• criam um ambiente especial que facilita a conquista dos objetivos pessoais
de cada jovem, em todas as áreas de desenvolvimento.
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CURSO DE GUIAS: TREINO PARA A LIDERANÇA
O Jogo O jogo faz parte da natureza do ser humano. É uma atitude natural nos
jovens e o escutismo está concebido como um grande jogo. Esta “atitude
de jogo” leva o jovem a mostrar-se sem temores, permitindo aos Dirigentes
conhecê-lo melhor e identificar a forma de o apoiar.
Por outro lado o jogo pode ser visto como uma atividade, um meio espon-
tâneo de exploração de si próprio, dos outros e do mundo. Jogar implica
experimentar, provar até onde se pode chegar, aventurar-se, esforçar-se, co-
memorar. Jogar com os outros inclui compartilhar, ajudar uns aos outros,
organizar-se, a saber ganhar e a saber perder. Visto assim, o jogo é um fator
de introdução à vida social pois, como na vida quotidiana, existem regras
que todos devem respeitar.
Pelo jogo os jovens aprendem que não se pode ganhar sempre, que é neces-
sário colocar-se no lugar do outro, governar os seus impulsos físicos, conter-
-se e dominar a tendência da interpretação das regras em proveito próprio.
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CURSO DE GUIAS: TREINO PARA A LIDERANÇA
Os mais hábeis compartilham com os que têm menos habilidade e estes apren-
dem com aqueles. O jogo permite que até os menos hábeis se destaquem num
qualquer aspeto particular.
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CURSO DE GUIAS: TREINO PARA A LIDERANÇA
Como ponto importante deve-se realçar, que os jovens não devem ser usados
apenas como “mão de obra barata” para instituições que promovem eventos,
e que existem sempre há riscos quando se colocam jovens em contacto com
o trabalho e com público.
Outras A Expedição/Tribo pode ainda fazer inúmeras atividades, como, por exemplo:
Atividades
Ar livre
• Acampamentos, bivaques, hykes, pistas e outras atividades ao ar livre
(com sua patrulha ou com toda a Expedição/Tribo);
• Acantonamentos;
• “Passeios” em bicicletas, em barcos, ou a pé;
• Actividades no campo, na cidade, no mar, na montanha;
• Construções de campo, de porte médio (mesas, pórticos, bancos, etc.) e
de grande porte (pontes, torres, catapultas, etc.);
• Orientação com bússsola ou somente pela natureza;
• Construção de jangadas para navegação em rios, riachos, lagoas;
• Cálculo de alturas e distâncias;
• Cozinha Selvagem;
• Acampamentos suspensos;
• Abrigos naturais;
• Jogos de Cidade.
Jogos e Desportos
• Jogos:
• tradicionais;
• internacionais ou da antiguidade;
• de orientação, de emboscada;
• noturnos;
• de observação;
• grandes jogos: inspirados em histórias, banda desenhada, filmes,
lendas e outros;
• Desportos:
• Fora do comum;
• Inventados;
• Olimpíadas e torneios desportivos;
• Artes marciais;
• Corrida de Orientação;
• Grandes Jogos (inspirados em histórias, banda desenhada, filmes,
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lendas...)
Meio ambiente
• Acampamentos ecológicos;
• Campanhas sobre o lixo;
• Projeto ambiental de patrulha ou de Expedição/Tribo;
• Safáris fotográficos;
• Recolha de medicamentos fora de prazo;
• Observação da flora e fauna;
• Construção de caminhos ecológicos;
• Excursão para exploração das fontes de água;
• Auxílio aos guardas-florestais da região;
• Prevenção de incêndios;
• Realização de feiras de projetos ambientais;
• Cultivo de hortas orgânicas, hortas urbanas.
Atividades artísticas
• Criação de sketches humorísticos;
• Concurso de canções escutistas;
• Cantar as “Janeiras”;
• Filmes, vídeos ou documentários (sobre histórias inventadas, história do
Agrupamento/Grupo, etc.);
• Exposições fotográficas;
• Confeção de:
o instrumentos musicais
o máscaras
• Teatro de Rua;
• Mímica;
• Circo da Tribo/Expedição;
• Artesanato, esculturas em madeira, cerâmica, têxteis, etc.;
• Feiras de artesanato;
• Grupos de dança, coreografia;
• Visita a teatros ou centros culturais;
• Folclore, as tradições da sua região, do país;
• Fanfarras.
Comunidade
• Simulações de acidentes e desastres;
• Cursos de Primeiros Socorros;
• Serviços e boas ações de patrulha e da Tribo/Expedição;
• Campanhas pelos direitos humanos, direitos das crianças e adolescentes;
• Comemoração de datas especiais: das mulheres, da criança, dos direitos
humanos, etc.;
• Campanhas de recolha e conserto de brinquedos;
• Debates;
• Passeios e excursões a centros comunitários, serviços públicos;
• Feiras de trocas.
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Ciências
• Observação de estrelas ou visitas a planetários;
• Construção de uma estação meteorológica;
• Construção de foguetes;
• Debates sobre o aquecimento global.
Tecnologia
• Comunicações (Morse, semafórico, rádio, Internet, etc);
• Aeromodelismo, automodelismo, etc.;
• Feira de invenções;
• Invenções para melhorar a vida no acampamento;
• Utilização de fontes de energia “limpa” (sol, ventos, etc.);
• Manutenção e reparação do equipamento da patrulha;
• Construção e manutenção do canto de patrulha;
• Uso de ferramentas.
Fraternidade
• Participação nos eventos regionais, nacionais, mundiais;
• Participação no JOTA-JOTI;
• Coleção de insígnias, distintivos, selos, lenços...;
• Geminação com “patrulhas amigas” (de outros Agrupamentos/Grupos, de
outras Regiões ou de outros Países);
• Atividades com jovens que não são escuteiros, de outras religiões ou cul-
turas;
• Visitas a patrulhas e Tribos/Expedições de outros Agrupamentos/Grupos.
A Aventura como Projecto deve ter, pelo menos, uma grande actividade que
será o ponto mais alto. Esta deverá envolver toda a Unidade e nela irão pôr
em prática todas as técnicas aprendidas ao longo da sua preparação. Não
iremos desenvolver com profundidade esta temática, não porque não seja
importante, mas porque necessita de um tratamento exaustivo e que foge
ao âmbito deste Curso. Contudo apresentamos em seguida dois “Quadros
Comparativos” sobre a abordagem da AVENTURA em cada uma das duas
Associações Escu(o)tistas irmãs.
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CURSO DE GUIAS: TREINO PARA A LIDERANÇA
A Aventura
A Aventura é o nome que se dá à Grande Atividade da Tribo de Escoteiros.
Idealizar: Nesta fase cada Patrulha concebe uma ideia da Atividade (Aventu-
ra) a propor em Conselho de Tribo de Escoteiros. É preciso não esquecer que
a proposta das Patrulhas tem de incluir o tema, o tipo de actividade (se é um
acampamento ou outro tipo de actividade) e o local para a actividade. Se for
necessário podem pedir ajuda à Chefia de Tribo.
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CURSO DE GUIAS: TREINO PARA A LIDERANÇA
A Aventura
É a atividade típica da Secção, uma grande atividade que pela necessidade de planeamento, or-
ganização e valor educativo necessita de ser explorada com mais detalhe. Falamos do Projeto/A
Aventura.
O que é um Projeto?
É um conjunto determinado de ações inter-relacionadas que se planeiam e implementam com
vista a atingir um objetivo específico num determinado prazo. No Escutismo, é a principal “ferra-
menta” utilizada para organizar diferentes atividades visando um objetivo comum.
No início de cada Aventura, o Conselho de Guias define as datas de início e fim dessa mes-
ma Aventura e algumas ideias comuns, que devem estar presentes nos projetos de Aventura
das Patrulhas. Também define a data do Conselho de Expedição para a Escolha da Aventura.
Nesta altura, a Patrulha irá planear uma proposta de Aventura para apresentar ao Conselho
de Expedição. Este Conselho é uma reunião onde todos os Exploradores debatem e tomam
decisões sobre um assunto que seja importante para todos. No caso da Escolha da Aventura,
o Conselho de Expedição reúne para que sejam apresentadas as propostas das Patrulhas e para
que seja eleito, por votação individual de todos os Exploradores, o melhor Plano de Aventura
apresentado.
Após a Escolha da Aventura, as Patrulhas devem reunir para que os Guias ouçam dos elemen-
tos da sua Patrulha as sugestões de enriquecimento a levar ao Conselho de Guias e também,
muito importante, que funções gostariam de assumir por forma a cumprirem o seu progresso.
Assim o Guia irá bem preparado com sugestões de enriquecimento e com a proposta de pro-
gresso da sua Patrulha.
Este poderá optar por alterar algumas atividades ou datas, aproveitar boas ideias de outros
projectos e definir as funções específicas que cada elemento deverá ter na Preparação da
Aventura.
Neste momento começa o trabalho de todos os elementos, na preparação das Grandes Ativi-
dades: oficinas, angariações de fundos, jogos e dinâmicas... Preparação e vivência de tudo
quanto tenha sido definido no Plano de Aventura.
A Realização das Grandes Atividades são sempre os momentos mais aguardados, pois foi para
viver esses momentos que todos os elementos trabalharam e desempenharam as suas funções.
Para dar como terminada a Aventura é vivido um momento de Expedição de celebração, cujo
principal objectivo é marcar o Encerramento da mesma e fazer a entrega das insígnias conquis-
tadas.
É muito importante que exista um Painel bem visível na Base para que todos percebam como
está a Aventura.
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CURSO DE GUIAS: TREINO PARA A LIDERANÇA
SUGESTÃO DE Sessão 12 e 14
Domingo, 18 de Janeiro
ABORDAGEM: PLANEAMENTO ANUAL DA SECÇÃO (1) E (2)
Sessão 12 e 14
Domingo, 18 de Janeiro
PLANEAMENTO ANUAL DA SECÇÃO (1) E (2)
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CURSO DE GUIAS: TREINO PARA A LIDERANÇA
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CURSO DE GUIAS: TREINO PARA A LIDERANÇA
13 TÉCNICAS DE LIDERANÇA
SUGESTÃO DE Sessão 13
Sábado, 17 de Janeiro
ABORDAGEM: TÉCNICAS DE LIDERANÇA
7. No final em sessão plenária, cada Patrulha pode comentar a tarefa que lhe
calhou.
N.B. Os Tutores das Patrulhas têm uma grande importância no sucesso destas tarefas, através
do apoio dado ao responsável pelo Módulo e às Patrulhas.
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CURSO DE GUIAS: TREINO PARA A LIDERANÇA
c. MAPA DA ILHA (papel, lápis, vendas para os olhos, mesas, cadeiras, lona)
Uma sala pequena é uma “ilha”, composta por mesas e cadeiras e coberta
com uma lona. A patrulha está fora da sala; só podem estar na sala pessoas
com os olhos vendados. Ao Guia de Patrulha (GP), NÃO é permitido entrar
na sala e é a única pessoa que pode desenhar o mapa da ilha. Ele tem que
orientar a patrulha para entrar na sala, dar a volta à ilha e sair para lhe da-
rem uma descrição da ilha, para que este possa desenhar um mapa.
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CURSO DE GUIAS: TREINO PARA A LIDERANÇA
15 RELACIONAMENTO PESSOAL
3. Não deixes de fora os elementos mais tímidos ou novatos, fala para eles,
dá-lhes atenção, mostra que estás sempre a contar com a ajuda deles e que
são importantes para a Patrulha. Dá-lhes um elogio para os motivares e
perceberem que estão a ser úteis.
5. Não leves muito a sério um elemento que seja muito resmungão. Respon-
de-lhe com bom humor.
6. Não fales nas costas uns dos outros. Os elementos vão imitar-te e irão
acabar por falar de ti nas tuas costas. Dá um bom exemplo.
8. Se algum dos elementos for incorreto com outro, explica-lhe de que modo
foi incorreto e sugere-lhe que peça desculpa.
10. Não mostres ressentimentos para com alguém que tenha feito algo de
errado ou tenha prejudicado a Patrulha. A capacidade de perdoar é uma
virtude.
http://inkwebane.cne-escutismo.pt/Escutismo/OGuiadePatrulhaEquipa/10DicasparaoGuiadePatrulha/tabid/665/
Default.aspx
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CURSO DE GUIAS: TREINO PARA A LIDERANÇA
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CURSO DE GUIAS: TREINO PARA A LIDERANÇA
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CURSO DE GUIAS: TREINO PARA A LIDERANÇA
SUGESTÃO DE Sessão 15
Domingo, 18 de Janeiro
ABORDAGEM: RELACIONAMENTO PESSOAL
Notas: Registar no Quadro Negro as opiniões que forem surgindo e que irão servir de
reforço e síntese final.
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CURSO DE GUIAS: TREINO PARA A LIDERANÇA
E AGORA?
- uma proposta de continuidade -
CURSO DE GUIAS: TREINO PARA A LIDERANÇA AO AR LIVRE
Sexta-Feira,
XX de XXXXXXXXXX
18:00 - 19:00 Chegada - Formação de Grupo - Informações
19:15 - 19:45 Apresentação pessoal
Explicação do funcionamento do Curso
Cerimónia de Abertura com içar da Bandeira Nacional
Revisão como içar, arriar e dobrar a Bandeira Nacional
19:45 - 21:00 SELEÇÃO DE LOCAIS DE ACAMPAMENTO
21:00 - 21:45 Jantar (frio)
21:45 - 22:15 “LEAVE NO TRACE”
22:15 - 23:00 Ao Redor da Fogueira (conversa informal)
Sábado,
XX de XXXXXXXXXX
07:00 - 08:00 Alvorada, higiene, vestir e pequeno almoço
08:00 - 09:30 CORDAS
09:30 - 10:30 FERRAMENTAS
10:30 - 11:30 LOCAL DE FOGO
11:30 - 12:30 COZINHA
12:30 - 13:00 Almoço
13:00 - 15:00 PRIMEIROS SOCORROS
15:00 - 16:00 IDENTIFICAÇÃO DE PLANTAS
16:00 - 17:00 IDENTIFICAÇÃO DE ANIMAIS
17:00 - 19:00 Jogos Técnicos
19:00 - 20:00 Preparação do Jantar
20:00 - 21:00 Jantar
21:00 - 21:30 Preparação do Fogo de Conselho
21:30 - 23:00 Fogo de Conselho
23:00 - 23:00 Chocolate Quente
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CURSO DE GUIAS: TREINO PARA A LIDERANÇA
Domingo,
XX de XXXXXXXXXX
07:30 - 08:30 Alvorada, higiene, vestir e pequeno almoço
08:30 - 09:30 Celebração Eucarística
09:30 - 10:30 MOCHILA E TÉCNICAS DE MARCHA
10:30 - 12:00 ORIENTAÇÃO
12:00 - 13:30 Cozinha Selvagem
13:30 - 14:00 Desmontagem de Campo
14:00 - 14:30 Cerimónia de Encerramento
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CURSO DE GUIAS: TREINO PARA A LIDERANÇA
ANEXO
1 QUESTIONÁRIO Nº 1 - LIDERANÇA
Este questionário é para tu responderes em casa (ou onde quiseres) e diz res-
peito ao que iremos falar no início do nosso Curso de Guias. Não tens que o
levar para o Curso, nem que dizer a mais ninguém os resultados - é apenas
para tua própria informação.
a) falas tu?
b) falais todos?
c) nunca tens muito para dizer
a) acusam-te?
b) perguntam o que se passou?
c) limpam os cacos e não falam no assunto
3) Achas a vida:
a) difícil?
b) interessante?
c) chata?
a) oferecem-se?
b) desaparecem?
c) hesitam?
a) pedes ao Chefe?
b) fazes de conta que sabes, mas escusas-te?
c) pegas num livro e aprende-lo com o teu aprendiz?
a) dizes a um Chefe?
b) desistes?
c) tentas outra táctica?
a) abaixo da média?
b) medianos?
c) acima da média?
a) muito curta?
b) duração adequada?
c) muito longa?
a) coisas novas?
b) coisas que tu e a tua Patrulha já experimentaram?
c) um bocado de ambas?
a) Sim
b) Não
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CURSO DE GUIAS: TREINO PARA A LIDERANÇA
Pontuação
Pergunta Resposta
a) b) c)
1 1 2 0
2 1 2 0
3 1 2 0
4 2 0 1
5 2 1 0
6 2 0 1
7 0 2 1
8 1 2 3
9 0 1 2
10 1 0 2
11 1 0 2
12 2 2 0
13 2 1 0
14 1 2 3
15 3 0 -
Que tal?
A conclusão a tirar daqui é que estes testes são muito falhos. Servem para te
dar uma indicação do teu estado, mas não deixes que te tornem arrogante
ou desesperado(a). Queres um exemplo? Vê a pergunta 1. Pode ser que sejas
calado(a), e escolhas a alínea c), mas se calhar, na hora do “vamos ver”, é para
ti que todos se viram!
A elaboração deste Questionário, utiliza linguagem escu(o)tista “genérica”, mas não te esque-
ças de fazer sempre, a respectiva correspondência:
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CURSO DE GUIAS: TREINO PARA A LIDERANÇA
ANEXO
2 FICHA DE INSCRIÇÃO
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CURSO DE GUIAS: TREINO PARA A LIDERANÇA
70
CURSO DE GUIAS: TREINO PARA A LIDERANÇA
ANEXO
3 PLANEAMENTO DE ACTIVIDADES
- orientações para um Planeamento com Sucesso -
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CURSO DE GUIAS: TREINO PARA A LIDERANÇA
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CURSO DE GUIAS: TREINO PARA A LIDERANÇA
ANEXO
4 PARTICIPANTES
Patrulha Raposa - 10 AEP - Figueira da Foz Patrulha Coelho - 116 CNE - Seia
NOME IDADE NOME IDADE
Daila Alexandra 13 Matilde Escada 13
Ian Chande 12 Bruna Marcelino 12
Carolina Silva 13 Catarina Silva 13
Bernardo Freitas 13 Joana Pires 13
Francisco Silva 11 Margarida Gonçalves 10
Natacha Neves 13 Daniela Carvalho 10
Gonçalo Esteves 11
Patrulha Tigre - 358 CNE - Sé Nova Patrulha Ornintorrinco - 972 CNE - Midões
NOME IDADE NOME IDADE
Afonso Silva 13 João Artur 13
Guilherme Rodrigues 13 Sara Jorge 13
Guilherme Pereira 12 Inês Campos 13
Emanuel Saraiva 13 Joana Martins 11
Mª Matilde Marques 13 Eva Costa 12
Gaspar Mendes 11
Luís Carvalho 12
Carolina Moço 12
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CURSO DE GUIAS: TREINO PARA A LIDERANÇA
ALIMENTAÇÃO
Dia 16 de Janeiro
Chocolate Quente (noite)
Dia 17 de Janeiro
Pequeno Almoço - Leite com chocolate e pão com manteiga
Almoço - Arruz de Atum
Merenda - Sumo de laranja, croissants e queques
Jantar do Curso - Strogonoff de Perú
Dia 18 de Janeiro
Pequeno Almoço - Leite com chocolate e pão com manteiga
Almoço - Bacalhau à Brás
Nota: dois participantes do Grupo 10 AEP, são intolerantes à carne de porco.
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CURSO DE GUIAS: TREINO PARA A LIDERANÇA
ANEXO
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CURSO DE GUIAS: TREINO PARA A LIDERANÇA
OS PROTAGONISTAS
raposa coelho
tigre ornintorrinco
caranguejo cisne
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CURSO DE GUIAS: TREINO PARA A LIDERANÇA
ANEXO
6 O CERTIFICADO
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CURSO DE GUIAS: TREINO PARA A LIDERANÇA
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