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PERCEPÇÃO CONSCIÊNCIA E

EMOÇÃO
ALUNO- 2ª SÉRIE
SAU 608
Feira de Santana 2022.M
Módulo
Percepção, Consciência e Emoção

Aluno
SAU 608
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA

Administração Superior:

Reitor: Prof. Evandro do Nascimento Silva


Vice-Reitora: ProfªAmaly Angeles Mussi

Departamento de Saúde:

Diretor: Prof. Antônio Cesar de Oliveira Azevedo

Colegiado do Curso de Medicina:

Coordenadora: Profª. Clara Aleida Prada Sanabria

Vice-Coordenadora: Profª.Nilma Lázara de Almeida Cruz Santos

Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida por qualquer meio, sem a
prévia autorização do Colegiado do Curso de Medicina da Universidade Estadual de
Feira de Santana.
Coordenadores das Comissões:

Avaliação: Prof. Dênio Santos Barros

Habilidades e Atitudes: Prof. Rinaldo Antunes Barros

PEASC: Prof. Marcelo Torres Peixoto

Planejamento Didático: Profa. Mônica de Andrade Nascimento

Desenvolvimento Docente: Prof. Antônio César Oliveira

Apoio ao discente: Profa. Dalva de Andrade Monteiro

Feira de Santana. Colegiado do Curso de Medicina.

AV. Transnordestina, S/A Novo Horizonte, Caixa Postal 252 e 294

CEP 44.036-900 - Feira de Santana-BA – Brasil tel. (75) 3161-8188 http://www.uefs.br

e-mail: colmeduefs@uefs.br
GRUPO DE PLANEJAMENTO DO MÓDULO

Coordenadores do Módulo:
Profa. Mônica Nascimento
Prof. Edson Souza

Tutores:
Profª. Adenilda Martins (DSAU)
Profª Edson Souza (DSAU)
Profª.Karina Ferreira (DSAU)

Professores Participantes:
Profa. Mônica de Andrade Nascimento (DSAU)
Profa. Maria da Conceição Andrade (DSAU)
Profa. Carla Menezes (DSAU)
Profa. Yanna do Vale (DSAU)
Prof. Hermelino Neto (DSAU)
Prof. Eduardo Cardoso (DSAU)
Prof. Márcio Carvalho (DSAU)
ATUAÇÃO DO COORDENADOR DO MÓDULO

Coordenador é um docente que atua no Curso de Medicina. Ele é responsável


pelo bom andamento das atividades, supervisão dos tutores, viabilização das
avaliações, e resolução dos problemas que surjam no cotidiano.

Funções:

● Planejar, construir e acompanhar as atividades do módulo.


● Manter bibliografia do módulo, atualizada, inclusive internet.
● Viabilizar a reposição de atividades que, eventualmente, não ocorram.
● Realizar avaliação somativa e final, se houver, e avaliação geral do
Módulo.
● Fazer devolutiva das avaliações no prazo máximo de 15 dias.
● Analisar relatório da Comissão de Avaliação sobre o Módulo.
● Fazer apresentação do Módulo, no início das atividades, para os alunos
● Preencher a caderneta no prazo legal
● Respeitar a semana padrão.

ATIVIDADES TUTORIAIS

No ABP é fundamental o trabalho em pequenos grupos. Por isto, cada grupo


tutorial é formado por um tutor e 8 a 10 alunos. A cada problema será
indicado, entre os alunos, em sistema de rodízio, um coordenador das
discussões e um secretário.
O tutor é um docente com treinamento especifico. Ele é o responsável pelo
desenvolvimento das atividades, avaliação formativa, horário e criação de
ambiente favorável ao aprendizado.

Dinâmica dos “8 passos”, dos grupos tutoriais:

1. Ler atentamente o problema e esclarecer os termos desconhecidos;


2. Identificar as questões (problemas) propostas pelo enunciado;
3. Oferecer explicações para estas questões com base no conhecimento
prévio que o grupo tenha sobre o assunto (formulação de hipóteses);
4. Resumir estas explicações (Coordenador);
5. Estabelecer objetivos de aprendizado que levem o aluno à comprovação,
ao aprofundamento e complementação das explicações;
6. Estudo individual respeitando os objetivos estabelecidos;
7. Rediscussão no tutorial dos avanços de conhecimento obtidos pelo grupo;
8. Avaliação formativa (auto-avaliação, interpares e do tutor).

2- Participantes

2.1 - Tutor - Funções:

● Cumprir rigorosamente o horário de início do tutorial, não permitindo o


acesso do aluno após o início da sessão (Construção de atitude);
● Participar, obrigatoriamente, da reunião pré-tutorial com todos os tutores;
● Nunca permitir que os discentes saiam sem os objetivos planejados para o
problema;
● Avaliar o tutorial com precisão: participação, nível da informação,
desempenho do coordenador, secretário, membros, conteúdo (o que faltou,
o que aprofundar). Realçar os pontos fortes dos discentes e esclarecer
sobre aqueles em que cada um deve melhorar, pontuar questões éticas;
● Observar se a avaliação oral está compatível com a ficha de avaliação;
● Esclarecer, individualmente, se preciso, o motivo da falta ao tutorial ou
queda de rendimento;
● Cobrar as fontes de estudo do problema, estimular uso de internet, evitar
“pescas”;
● Estimular a participação, evitar “monopolização”, fazer com que todos se
manifestem e garantir que todos abordem todos os conteúdos;
● Não permitir, nem atender celular, durante tutorial, ou sair antes do
intervalo;
● Orientar o grupo quando a discussão estiver repetitiva, sem avanços;
● Orientar através da formulação de questões, e não de explicações,
exceto em situações excepcionais. Nunca dar “aula teórica” ao grupo;
● Pontuar a importância do assunto abordado para a vida do discente
(motivação), estimular o estudo e a busca da diversidade de fontes;
● Especificar, claramente, os objetivos para o autoaprendizado (estudo
individual);
● Conhecer todos os objetivos e a estrutura do módulo temático e orientar os
alunos se houver alterações do planejamento;
● Ter sempre em mente que o PBL é centrado no aluno e não no professor;
● Orientar na escolha do coordenador e secretário para garantir o rodízio;
● Estimular os discentes a distinguir as questões principais das secundárias,
no problema;
● Inspirar confiança e facilitar o relacionamento, criando ambiente afetivo;
● Não ensinar o aluno, mas sim, ajudar o aluno a aprender;
● Ativar e estimular o uso dos conhecimentos prévios dos alunos;
● Conhecer a estrutura da Universidade e recursos disponíveis para orientar o
aluno;
● Estar alerta para problemas individuais dos alunos e disponível para
discuti-los ou encaminhamento quando interferirem no processo de
aprendizagem;
● Oferecer feed-back da experiência vivenciada nos grupos tutoriais para as
Comissões apropriadas, o Coordenador do Módulo e sugestões para
melhoria.

2.2 -Coordenador Discente

Definição: discente do tutorial escolhido no início da atividade pelo grupo ou


pelo tutor quando nenhum estudante manifestar interesse em exercer a função.

Funções:

● Orientar a discussão do problema, segundo a dinâmica dos 8 passos;


● Garantir a participação de todos, evitando a monopolização ou a
polarização das discussões entre poucos membros do grupo;
● Apoiar as atividades do secretário;
● Estimular a apresentação de hipóteses e o aprofundamento das discussões
pelos colegas e intervir quando a discussão não estiver avançando;
● Respeitar opiniões individuais, garantir que sejam discutidas pelo grupo
com seriedade e que tenham representação nos objetivos de
aprendizagem, se não forem refutadas;
● Resumir as discussões quando pertinente;
● Exigir que os objetivos de aprendizagem sejam específicos, claros, e
compreensivos;
● Solicitar auxílio do tutor quando pertinente;
● Controlar para que o grupo discuta dentro do tempo estipulado para o
tutorial.

2.3 - Secretário Discente

Definição: discente do tutorial escolhido no início da atividade pelo grupo ou


pelo tutor quando nenhum estudante manifestar interesse em exercer a função.

Funções:

● O secretário deve anotar em quadro, de forma legível e compreensível,


todas as discussões e os eventos ocorridos no grupo tutorial;
● Deve ser fiel às discussões ocorridas, claro e conciso em suas anotações e,
para isso, se preciso, deve solicitar a ajuda do coordenador e do tutor;
● Deve respeitar as opiniões do grupo e evitar privilegiar suas próprias
opiniões ou
● as opiniões com as quais concorde;
● Deve anotar com rigor os objetivos de aprendizagem apontados pelo grupo;
● Deve anotar as discussões posteriores e classificá-las segundo os objetivos
de aprendizagem anteriormente apontados.
● Participar ativamente das discussões do grupo.
CONFERÊNCIAS:

1. Organização geral do Sistema Nervoso – Profª. Carla Menezes


2. Aspectos morfofuncionais da medula espinhal – Profª Yanna do Valle
3. Vigília e sono – Prof. Eduardo Cardoso
4. Farmacologia dos benzodiazepínicos e hipnóticos – Profª.Mônica
Nascimento
5. Morfo-fisiologia da visão – Prof. Hermelino Oliveira Neto
6. Morfo-fisiologia: ouvido e nariz – Prof. Márcio Carvalho

PRÁTICAS:

Sistema Nervoso Central I (Telencéfalo) – Anatomia – Profa.


Sistema Nervoso Central II (Diencefalo), – Anatomia – Profa.
Sistema Nervoso Central III (tronco encefalico/cerebelo), – Anatomia – Profa.
Sistema Nervoso Central IV (Medula espinhal) – Anatomia – Profa.
Prova prática– Anatomia – Profa.
Sistema Nervoso Autônomo – Fisiologia - Profª
Ossos do ouvido interno (martelo, bigorna, estribo) – Anatomia Prof. Márcio
Carvalho
Sistema Nervoso Central e Periférico – Histologia - Profª. Maria da
Conceição Andrade - duas aulas
Ouvido e Nariz – Histologia - Profª. Maria da Conceição Andrade
Olho – Histologia - Profª. Maria da Conceição Andrade
Cronograma
DIA HORÁRIO GRUPOS ATIVIDADES LOCAL

08h Todos Protegido para Estudo

3ª feira
13.09.22 Tutorial P1: “Além do
14h Todos que os olhos podem Tutoriais
ver...”

08h Todos Protegido para estudo


4ª feira
14.09.22
14h Todos
Protegido para Estudo

CONFERÊNCIA:
11h Todos Profa. Carla/ SMU1
Organização geral do
5ª feira
15.09.22
Sistema Nervoso

14h Todos PEASC

08h Todos Protegido para Estudos

6ª feira
16.09.22
14h Todos Tutorial P2: “Como Tutoriais
uma noz

08h Todos Habilidades


2ª feira
19.09.22
14h Todos Protegido para Estudo

08h Todos Protegido para Estudo


3ª feira
20.09.22

14h Todos Tutorial P3:


Tutoriais
“Conexão”

8h Todos Protegido para Estudo


4ª feira
21.09.22 Grupos a Histologia: SNC
14h Profa. Conceição
definir
DIA HORÁRIO GRUPOS ATIVIDADES LOCAL

08h Todos Protegido para Estudo


5ª feira
22.09.22
14h Todos PEASC

08h Todos Protegido para Estudo


6ª feira
23.09.22
Tutorial P4: O
14h Todos Tutoriais
equilibrista

08h Todos Habilidades


2ª feira
26.09.22
14h Todos Protegido para Estudo

08h Todos Protegido para Estudo


3ª feira
27.09.22
14h Todos Tutorial P5: Tutoriais

CONFERÊNCIA:
Aspectos Profa. Yanna do Vale/
11h Todos
morfofuncionais da local a definir
4ª feira medula espinha
28.09.22
Grupos a
Profa. Conceição
14h definir Histologia: SNP

08h
Todos Protegido para Estudo
5ª feira
29.09.22

14h Todos PEASC

08h Todos Protegido para Estudo


6ª feira
30.09.22
Tutorial P6: “Insípida e
14h Todos Tutoriais
inodora”
DIA HORÁRIO GRUPOS ATIVIDADES LOCAL

08h Todos Habilidades


2ª feira
03.10.22
14h Todos Protegido para Estudo

08h Todos Protegido para Estudo

3ª feira
04.10.22

14h Todos Tutorial P7: “O ouvido Tutoriais


também se adapta”

08h Todos Protegido para Estudo

4ª feira
05.10.22
Grupos a Histologia ouvido e
14h Profa. Conceição
definir nariz

08h Todos Protegido para Estudo


5ª feira
06.10.22

14h Todos PEASC

08h Todos Protegido para Estudo

6ª feira
07.10.22
Tutorial P8: “Enxergar Tutoriais
14h Todos
o Mundo”

CONFERÊNCIAS:
Morfo-fisiologia: Prof. Márcio/SMU1
Sábado 8:30h Todos ouvido e nariz e
08.10.22 ossos do ouvido
interno
DIA HORÁRIO GRUPOS ATIVIDADES LOCAL

08h Todos Habilidades

2ª feira
10.10.22
Grupos a
14h HISTOLOGIA: OLHO Profa Conceição
definir

CONFERÊNCIA:
Aspectos
07h Todos Morfofuncionais da Prof Hermelino/SMU I
Visão
3ª feira
11.10.22

Tutorial P9:
14h Todos Tutoriais
“Movimento mágico”

4ª feira
Feriado
12.10.22

08h TODOS Protegido para Estudo


5ª feira
13.10.22
14h Todos PIESC

08h Todos Protegido para Estudo

6ª feira
14.10.22
Problema P10:
14h Todos Trapezista Tutoriais

08h Todos Habilidades


2ª feira
17.10.22
A definir CONFERÊNCIA: Vigília
Todos Prof.Eduardo/ a definir
e Sono

08h Todo Protegido para Estudo

3ª feira
18.10.22

14h Todos Tutorial P11: Corujão Tutoriais


DIA HORÁRIO GRUPOS ATIVIDADES LOCAL

CONFERÊNCIA:
15h Todos Farmacologia dos Profa. Monica/SMU 2
Benzodiazepínicos e
4ª feira
Hipnóticos
19.10.22

14h Todos Protegido para Estudo

8h Todos Protegido para Estudo

5ª feira
20.10.22
14h Todos PEASC

08h Todos Protegido para Estudo


6ª feira
21.10.22
Tutorial P11:
14h Todos Tutoriais
Devolutiva

AVALIAÇÃO DO MÓDULO: 4ª FEIRA, 26/10/22 ÀS 15h/SMU2


AVALIAÇÃO DE HISTOLOGIA: A DEFINIR COM PROFª. CONCEIÇÃO
PROBLEMAS
PROBLEMA 1

Estudante Coordenador a):__________________________________________


Estudante Secretário(a):____________________________________________

“Além do que os olhos podem ver...”

Em visita aos laboratórios do Departamento de Biologia, Maria, estudante do 1º


semestre, ficou curiosa em saber sobre as estruturas que compõem o corpo
humano, dentre elas, a do sistema nervoso central. Ficou se perguntando: “Se
fizesse uma observação ao microscópio, como se daria a produção e a ação
das substâncias envolvidas no estímulo nervoso?”

Objetivos:
Ligação de neurônios no cérebro pode chegar até 11
dimensões
Cientistas suíços conseguiram mapear o órgão de maneira mais detalhada
para descobrir novidades impressionantes
13/06/2017 - 18H37/ atualizado 19H05 / por Redação Galileu

Cientistas suíços conseguiram obter uma das mais complexas visões do neocórtex cerebral. O
grupo utilizou a técnica matemática da topologia algébrica para conseguir mapear as dimensões
do órgão e descobriu que ele é composto por estruturas geométricas que estendem-se em até 11
dimensões diferentes.Oneocortex é a parte mais desenvolvida do cérebro, responsável por nossa
razão e discernimento. O objetivo dos pesquisadores da Blue Brain Project é montar uma
reconstrução completa do cérebro humano utilizando um supercomputador. Para isso, eles fazem
uso da topologia algébrica, uma técnica matemática que permite calcular as propriedades de um
objeto ou espaço independente do seu formato.
Segundo os matemáticos, o método consegue discernir os detalhes do sistema neurológico
cerebral ao mesmo tempo em que é capaz de capturá-lo em sua totalidade. "Nós encontramos um
grande número e variedade de conexões diretas entre neurônios e cavidades entre eles, algo que
nunca foi visto antes em redes neurológicas, tanto biológicas quanto artificiais", explicou a equipe
em artigo publicado no periódico FrontiersofComputationalNeuroscience. Acredita-se que no
interior do cérebro exista uma média de 86 bilhões de neurônios, todos com múltiplas ligações
entre si. Foi observando a complexidade dessas ligações que os pesquisadores notaram a
variedade de dimensões e formas geométricas formadas por eles. De acordo com os cientistas, as
associações neurais podem formar desde hastes (figura em uma dimensão) a pranchas (duas
dimensões), cubos (três dimensões), caminhando para figuras cada vez mais complexas em
quatro, cinco e até onze dimensões. Apesar da conquista, os neurologistas explicam que ainda há
muito trabalho pela frente. É preciso entender a correlação entre essas conexões e as tarefas
cognitivas realizadas pelo cérebro, além do processo por trás da formação dessas formas tão
complexas.
(com informações de ScienceAlert)

REPRODUÇÃO DAS ESTRUTURAS CEREBRAIS (FOTO: PIXABAY)


FONTE: TEXTO E FIGURA DISPONIVEIS EM:
HTTPS://REVISTAGALILEU.GLOBO.COM/CIENCIA/NOTICIA/2017/06/LIGACAO-DE-NEURONIOS-NO-CEREBRO-PODE-C
HEGAR-ATE-11-DIMENSOES.HTML
PROBLEMA 2

Estudante Coordenador a):_________________________________________


Estudante Secretário(a):____________________________________________

“Como uma noz”

Maria Eduarda, estudante do Curso de Medicina, assistindo a uma necropsia


durante a aula de anatomia, observa o cérebro macroscopicamente e procura
compreender quais as estruturas que o compõem e suas funções.

Objetivos:
A Geometria do Sistema Nervoso
Para compreender a estrutura tridimensional do sistema nervoso é preciso visualizá-lo mentalmente, e para
isso é preciso conhecer certos pontos, linhas e planos usados como referência, as chamadas referências
anatômicas, A Figura 1 mostra as principais referências anatômicas para o sistema nervoso de um cão, e a
Figura 2, as que são usadas para o de um homem, No caso do cão, se o vemos de lado, tudo que está mais
próximo ao focinho é dito rostral ou anterior, enquanto o que está mais para trás é dito caudaI ou posterior. Do
mesmo modo, tudo que está para baixo é dito ventral ou inferior, enquanto o que está para cima é dorsal ou
superior. A nomenclatura acompanha a posição do corpo do animal, que, por ser quadrúpede, possui um
sistema nervoso organizado ao longo de um plano paralelo ao chão. Os termos, neste caso, originam-se das
partes do corpo do animal: o rosto, a cauda, o ventre e o dorso. Essas referências são todas relativas, e
dependem de planos móveis posicionados de diferentes modos. O plano coronal (ou frontal) pode ser movido
para frente e para trás, e permite definir o que é rostral e o que é caudal. Por convenção, pode- se escolher um
determinado plano coronal para ser o plano zero e fazer referência aos demais segundo seu afastamento do
plano zero, em milímetros. Um segundo plano é o horizontal, que pode ser movido para cima e para baixo, e
portanto, define o que é dorsal e o que é ventral. Igualmente, pode-se considerar um determinado plano
horizontal como plano zero e fazer referência aos demais em função de seu afastamento em milímetros. O
plano móvel perpendicular aos dois primeiros chama-se para sagital tal. Neste caso, o plano zero é o que
passa exatamente pelo meio do sistema nervoso, dividindo-o em duas metades aproximadamente si
métricas. Esse plano recebe o nome especial de sagital. As estruturas que se situam próximo à linha média,
onde está o plano sagital, são ditas mediais, enquanto as que estão mais para os lados são ditas laterais. Em
relação ao plano sagital, se estivermos considerando um dos lados como referência (seja o direito ou o
esquerdo), as estruturas situadas nesse mesmo lado são chamadas ipsilaterais (ouhomolaterais), enquanto
aquelas situadas no lado oposto são chamadas contralaterais. A maioria das áreas do sistema nervoso central
que comandam os músculos do lado direito, por exemplo, encontra-se no lado esquerdo. Diz-se então que o
comando motor, neste caso, é contralateral.
No caso do homem, que é bípede, a cabeça e os olhos apresentam-se inclinados 90° em relação ao corpo
(Figura 2). Assim, para o encéfalo as referências são as mesmas utilizadas para os mamíferos quadrúpedes. É
mais comum, entretanto, utilizar superior e inferior em vez de dorsal e ventral. Para a medula, as convenções
são diferentes, por conta do ângulo de 90" entre ela e o encéfalo. Anterior, no caso da medula humana, é
sinônimo de ventral, enquanto posterior é sinônimo de dorsal. O plano móvel que define essas referências para
a medula é chamado longitudinal. Por sua vez, as estruturas mais próximas da cabeça são ditas superiores, e
aquelas mais

Fonte: Lent, R, Cem bilhões de neurônios, 2ª edição, Atheneu


PROBLEMA 3

Estudante Coordenador a):__________________________________________


Estudante Secretário(a):____________________________________________

“Conexão”

Diego estava estudando um novo assunto da faculdade e, escrevendo seus


resumos, percebeu a importância da integração do comando voluntário com a
realização da tarefa. Ficou intrigado... como esse processo acontece? Quais
estruturas estão envolvidas? Lembrou que assistiu documentário na TV sobre
pessoas que sofreram um tipo raro de lesão do sistema nervoso, a síndrome
de encarceramento e recordou das palavras do médico: “...é como se o cérebro
estivesse “desconectado” do corpo, como se perdesse a capacidade de
comandá-lo...”

Objetivos:
PROBLEMA 4

Estudante Coordenador a):__________________________________________


Estudante Secretário(a):____________________________________________

O equilibrista

Godofredo, 34 anos de idade, garçom de palco de um programa de TV, é


levado ao atendimento de dependentes químicos do CAPSad porque, segundo
sua mãe, ele está com “problemas dialcu”: - Só anda bêbado dotô, inté
derramou café quente, enquanto servia Lula em entrevista ao vivo.
Ao conversar com Godofredo, ele nega veementemente o uso de bebida
alcoólica. Relata que sua fala está embolada e que geralmente perde o
equilíbrio; seus colegas acham que ele está sempre bêbado. A mãe o manda
ficar quieto e afirma que os sintomas da “bebedeira “começaram há 6 meses e
estão cada vez piores. O médico nota, ao examinar, uma total falta de
coordenação ao executar movimentos voluntários, uma fala com pronúncia
lenta, hesitante, no início da palavra ou sílaba; tremor nas mãos ao apontar
para um determinado alvo. O médico conversa com a mãe de Godofredo e
explica que tais alterações apresentadas por ele não devem ser pelo uso de
bebida alcoólica e sim por acometimento de uma estrutura do sistema nervoso
responsável principalmente pela coordenação muscular e manutenção do
equilíbrio.

Objetivos:
PROBLEMA 5

Estudante Coordenador a):__________________________________________


Estudante Secretário(a):____________________________________________

Carlinhos, 24 anos de idade, estudante de direito e assíduo frequentador de


bares da madrugada, dá entrada na emergência, encaminhado pelo resgate do
corpo de bombeiros, agitado e gritando “tire esse bicho de minhas costas”.
Após retenção por quatro seguranças, três faxineiros e oito estagiários de
enfermagem, você percebe que ele tem uma faca transfixada entre a sétima e
oitava vertebras torácicas. Após o primeiro atendimento, é encaminhado ao
serviço de neurocirurgia. Uma semana depois, você, estagiário de medicina na
emergência, volta ao hospital para mais um dia de atividades e resolve visitar
Carlinhos. Ele agradece a sua visita, pede desculpas pela agitação no
momento da admissão e lhe faz uma pergunta que ninguém ate agora
conseguiu responder: - Dr. por que não consigo mexer a perna direita e não
sinto dor na perna esquerda?
Você prontamente foi estudar anatomia da medula espinhal com suas diversas
vias aferentes e eferentes para poder entender o que houve com Carlinhos e
descobre que existe diversas outras síndromes medulares.

Objetivos:
PROBLEMA 6

Estudante Coordenador (a):_________________________________________


Estudante Secretário(a):____________________________________________

“Insípida e inodora”

Mônica, 42 anos de idade, esteve com uma forte gripe recentemente, ficando
com o nariz totalmente obstruído. Foi tratada adequadamente e já está bem.
Curiosa, ela perguntou a Clarissa, sua sobrinha e estudante de medicina, se
ela sabia o que tinha nas estruturas envolvidas no cheiro e no paladar porque
durante a gripe ela não sentia cheiro de nada e tudo o que comia ou bebia
estava meio sem gosto (só percebia o doce, o salgado, o azedo e o amargo), e
não conseguia diferenciar um alimento de outro e agora já estava tudo
normalizado.

Objetivos:
PROBLEMA 7

Estudante Coordenador a):__________________________________________


Estudante Secretário(a):____________________________________________

“O ouvido também se adapta”

Hugo é piloto e está aprendendo algumas acrobacias com um instrutor em seu


pequeno avião. Apesar de gostar muito, incomoda que os ouvidos tapam
conforme a altitude e precisa ficar deglutindo para que a função auditiva se
normalize. Além disso, após uma série de "loopings e parafusos" fica com a
sensação de que tudo ainda está girando e sente náuseas. Ele não sabe por
quê isto acontece, porém se interessou em estudar as estruturas responsáveis
por essas alterações e suas funções.

Objetivos:
PROBLEMA 8

Estudante Coordenador a):__________________________________________


Estudante Secretário(a):____________________________________________

“Enxergar o Mundo”

Carlos, 20 anos de idade, durante uma viagem, foi acompanhado de seu irmão
de 11 anos, visitar o Museu da Imagem e do Som e ficou maravilhado com as
fotos que viu. Já seu irmão, interessou-se mais pela ala do museu que
mostrava a evolução e o funcionamento das máquinas fotográficas. Notando
que, na maioria dos esquemas, a máquina fotográfica era comparada com o
funcionamento do olho humano, fez várias perguntas a Carlos: “Então eu tenho
duas máquinas fotográficas em minha cabeça?” “Por que eu não posso tirar
duas fotos ao mesmo tempo?” “E onde é revelado o filme que possuo no olho?”
“De que é feito minha máquina então?”
Carlos, sem jeito de admitir que não sabia, disse que iria ficar devendo essas
respostas até que pudesse ler sobre o assunto.

Objetivos:
PROBLEMA 9

Estudante Coordenador (a):_________________________________________


Estudante Secretário(a):___________________________________________

“Movimento mágico”

Lorena percebeu que seu joelho movimentava-se de forma involuntária quando


era percutido. Queria entender melhor quais eram as estruturas envolvidas
nesses processos e como estas estruturas funcionavam.

Objetivos:
PROBLEMA 10
Estudante Coordenador a):__________________________________________
Estudante Secretário(a):____________________________________________

“A Trapezista”
Rita de Cássia, 28 anos de idade, trapezista, há aproximadamente três meses,
vem sentindo grande dificuldade em exercer suas atividades circenses. Caiu
duas vezes do trapézio nas duas últimas apresentações e, por esse motivo, foi
dispensada temporariamente do circo para procurar auxilio médico. No dia do
seu ambulatório ela aparece... Relata que seu olho esquerdoficou totalmente
fechado há uma semana, mesmo sem sono, e que quando eleva a pálpebra
com seu dedo, o olho esquerdo está desviado para fora. Há duas semanas
notou uma dificuldade para mastigar e um desvio de seu queixo, como também
da língua. Quando passa a mão no rosto observa diferença na sensibilidade de
um lado para o outro. O médico, ao examinar, informa que os sintomas o leva a
pensar que vários nervos específicos da cabeça forma acometidos.

Objetivos:
PROBLEMA 11

Estudante Coordenador a):__________________________________________


Estudante Secretário(a):____________________________________________

“Corujão”

Dudu, preparando-se para o vestibular, frequentemente dormindo menos horas


de sono que o necessário para o repouso, tem demonstrado dificuldade para
concentração, sonolência e irritabilidade intensa, principalmente nas primeiras
horas da manhã. Por diversas vezes perdeu a 1ª aula ou foi observado
dormindo na sala de aula. O professor preocupado com o assunto contatou
com os pais, que informaram que ele só consegue deitar-se em torno das 2
horas da manhã e dá o maior trabalho para acordar às 6h30min. Ele dizia que
sentia seu corpo mudar quando mudava de dormindo para acordado.
Pensaram em dar medicamentos para fazê-lo dormir mais cedo e após uma
consulta médica, foi solicitado um exame que detecta o ciclo do sono para
avaliação de algum distúrbio.
O pai pesquisou quais as estruturas envolvidas e como o sono é regulado e o
que mudava no corpo quando estava acordado.

Objetivos:
Folha de São Paulo 31/08/2015
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA

JUNQUEIRA,L.C.; CARNEIRO,J. Histologia Básica. 10ª ed. Rio de Janeiro:


Guanabara Koogan, 2004.

GUYTON,A C.; HALL,J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 10ª ed. Rio de


Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.

BERNE,R.; LEVY,M.N. Princípios de Fisiologia. Rio de Janeiro: Guanabara


Koogan,1991.

MELLO, Aires. Fisiologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,1991.

TAVARES,P.; FURTADO,M.; SANTOS, F. Fisiologia Humana. São Paulo:


Atheneu, 1984

FARMACOLOGIA

RANG; DALE; RITTER. Farmacologia. 4ª ed., Guanabara Koogan, RJ, 2001.

GOODMAN; GILMAN. As bases Farmacológicas da Terapêutica. 10ª ed.


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