Você está na página 1de 23

CENTRO UNIVERSITÁRIO SALESIANO DE SÃO PAULO

ENGENHARIA CIVIL

LINHA ELÁSTICA EM VIGA ENGASTADA EM BALANÇO

ALEXSANDRO FANTACUSSI BRAMBILA RA: 150006060


ÂNGELO SOUZA NUNES RA: 140003164
CLÉBER RENAN DE ROSSI RA: 150001443
GUERLINX DORISCARD RA: 150001433
THAISLAN SOUSA JORGE RA: 150001455

AMERICANA
2016
CENTRO UNIVERSITÁRIO SALESIANO DE SÃO PAULO
ENGENHARIA CIVIL

LINHA ELÁSTICA EM VIGA ENGASTADA EM BALANÇO

Projeto integrado apresentado ao


Centro Universitário Salesiano de
São Paulo para obtenção de
pontuação complementar do
semestre de Engenharia Civil, sob a
orientação do Prof.º Diogo Lira
Cecílio, Prof.ª Rosani Gardin e
Prof. º Cassio Dessoti.

ALEXSANDRO FANTACUSSI BRAMBILA RA: 150006060


ÂNGELO SOUZA NUNES RA: 140003164
CLÉBER RENAN DE ROSSI RA: 150001443
GUERLINX DORISCARD RA: 150001433
THAISLAN SOUSA JORGE RA: 150001455

AMERICANA
2016
Lista de Tabelas

Tabela 1 ........................................................................................................... 10
Tabela 2 ........................................................................................................... 13
Tabela 3 ........................................................................................................... 14
Tabela 4 ........................................................................................................... 17
Tabela 5 ........................................................................................................... 18
Tabela 6 ........................................................................................................... 20
Lista de Figuras
Figura 1 .............................................................................................................. 7
Figura 2 .............................................................................................................. 7
Figura 3 .............................................................................................................. 7
Figura 4 ............................................................................................................ 10
Figura 5 ............................................................................................................ 11
Figura 6 ............................................................................................................ 13
Figura 7 ............................................................................................................ 15
Figura 8 ............................................................................................................ 17
Figura 9 ............................................................................................................ 19
Figura 10 .......................................................................................................... 21
Figura 11 .......................................................................................................... 22
Sumário

1. LINHA ELÁSTICA ........................................................................................ 6


2. INTEGRAÇÃO DIRETA ............................................................................... 7
3. MÉTODO DE EULER SIMPLES ................................................................ 11
4. MÉTODO DE EULER E BERNOULLI........................................................ 15
5. MÉTODO DE RUNGE KUTTA .................................................................. 19
6. CONCLUSÃO ............................................................................................ 21
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................... 23
1. LINHA ELÁSTICA
Linha elástica é a curva que representa o eixo da viga após a
deformação. A deflexão (𝑣) é o deslocamento de qualquer ponto no eixo da
viga. Quando a viga é flexionada, ocorrem em cada ponto ao longo do eixo
uma deflexão (𝑣), e uma rotação (𝜃) é o ângulo entre o eixo (𝑥) e a tangente à
curva da linha elástica em cada ponto. Tanto a deflexão quanto a rotação
variam em função da distância (𝑥) de um ponto da viga até o engaste da
mesma, o cálculo da linha elástica é importante para sabermos a deformação
da viga em qualquer ponto da viga, outro ponto importante que deve ser
analisado para o cálculo da linha elástica é as reações de apoio, momento
fletor, rotação e condições de contorno, estas propriedades dependem do tipo
de viga analisada, neste projeto iremos analisar uma viga engastada com
borda livre.

Elasticidade é o ramo da física que estuda o comportamento de corpos


materiais que se deformam ao serem submetidos a ações externas (forças
devidas ao contato com outros corpos, ação gravitacional agindo sobre sua
massa, etc.), retornando à sua forma original quando a ação externa é
removida.

Até um determinado limite, dependente do material e temperatura, as


tensões aplicadas são aproximadamente proporcionais às deformações. A
constante de proporcionalidade entre elas é chamada de módulo de
elasticidade ou módulo de Young. Quanto maior esse módulo, maior a tensão
necessária para o mesmo grau de deformação, portanto mais rígido é o
material. A relação linear entre essas grandezas é conhecida como lei de
Hooke:

𝐹 =𝐾×∆

A elasticidade linear, entretanto, é uma aproximação; os materiais reais


exibem algum grau de comportamento não linear.

A teoria da elasticidade estuda de forma rigorosa a determinação das


tensões, deformações e da relação entre elas para um sólido tridimensional.

Hipótese de pequenas deformações (alto): as seções transversais


permanecem planas e perpendiculares à curva neutra. Para grandes
deformações (baixo): as hipóteses não são mais respeitadas.
Figura 1

2. INTEGRAÇÃO DIRETA

A viga a ser analisada abaixo será calculada com os seguintes dados:

Comprimento da barra: 𝐿 = 5𝑚

Carga distribuída uniforme: 𝑞 = 10𝑘𝑁/𝑚

Módulo de elasticidade: 𝐸𝐼 = 10000𝑘𝑁 × 𝑚2

Figura 2

Figura 3
Cálculo das reações de apoio:

𝐻𝑎 = 0 , 𝑉𝑎 = 𝑞 × 𝐿 , 𝑀𝑎 = −𝑞 × 𝐿2 ÷ 2

𝑑𝑀⁄𝑑𝑥 = 𝑄(𝑥)

𝑑𝑄 ⁄𝑑𝑥 = −𝑞(𝑥)

Cálculo da cortante:

𝑄(𝑥) = ∫(−𝑞(𝑥))𝑑𝑥 = −𝑞 × 𝑥 + 𝑐

𝑄(0) = −𝑞 × 0 + 𝑐 = +𝑞 × 𝐿 → 𝑐 = 𝑞 × 𝐿

𝑄(𝑥) = −𝑞 × 𝑥 + 𝑞 × 𝐿

Cálculo do momento fletor:

𝑀(𝑥) = ∫(−𝑞 × 𝑥 + 𝑞 × 𝐿)𝑑𝑥

𝑀(𝑥) = −𝑞 × 𝑥 2 ÷ 2 + 𝑞 × 𝐿 × 𝑥 + 𝑐1

𝑀(0) = −𝑞 × 02 ÷ 2 + 𝑞 × 𝐿 × 0 + 𝑐1 = −𝑞 × 𝐿2 ÷ 2

𝑐1 = −𝑞 × 𝐿2 ÷ 2

𝑀(𝑥) = −𝑞 × 𝑥 2 ÷ 2 + 𝑞 × 𝐿 × 𝑥 − 𝑞 × 𝐿2 ÷ 2

Cálculo da equação diferencial da linha elástica:

𝑑2𝑦
𝐸𝐼 × = 𝑀(𝑥)
𝑑𝑥 2
Integrando 1 vez:

𝑑𝑦
𝐸𝐼 × = ∫(𝑀(𝑥))𝑑𝑥
𝑑𝑥
𝑑𝑦
𝐸𝐼 × = ∫(−𝑞 × 𝑥 2 ÷ 2 + 𝑞 × 𝐿 × 𝑥 − 𝑞 × 𝐿2 ÷ 2)𝑑𝑥
𝑑𝑥
𝑑𝑦
𝐸𝐼 × = −𝑞 × 𝑥 3 ÷ 6 + 𝑞 × 𝐿 × 𝑥 2 ÷ 2 − 𝑞 × 𝐿2 × 𝑥 ÷ 2 + 𝑐2
𝑑𝑥
Integrando 2 vezes:

𝐸𝐼 × 𝑑𝑦 = ∫(−𝑞 × 𝑥 3 ÷ 6 + 𝑞 × 𝐿 × 𝑥 2 ÷ 2 − 𝑞 × 𝐿2 × 𝑥 ÷ 2 + 𝑐2)𝑑𝑥

𝐸𝐼 × 𝑦(𝑥) = −𝑞 × 𝑥 4 ÷ 24 + 𝑞 × 𝐿 × 𝑥 3 ÷ 6 − 𝑞 × 𝐿2 × 𝑥 2 ÷ 4 + 𝑐2 × 𝑥 + 𝑐3
Condição de contorno:

Para y(0)=0:

𝐸𝐼 × 0 = −𝑞 × 04 ÷ 24 + 𝑞 × 𝐿 × 03 ÷ 6 − 𝑞 × 𝐿2 × 02 ÷ 4 + 𝑐2 × 0 + 𝑐3 = 0

𝑐3 = 0

Para y’(0)=0:

𝐸𝐼 × 𝑦 ′ (0) = −𝑞 × 03 ÷ 6 + 𝑞 × 𝐿 × 02 ÷ 2 − 𝑞 × 𝐿2 × 0 ÷ 2 + 𝑐2 = 0

𝑐2 = 0

Portanto a equação da linha elástica fica:

−𝑞 × 𝑥 4 ÷ 24 + 𝑞 × 𝐿 × 𝑥 3 ÷ 6 − 𝑞 × 𝐿2 × 𝑥 2 ÷ 4
𝑦(𝑥) =
𝐸𝐼
A equação da rotação fica:

−𝑞 × 𝑥 3 ÷ 6 + 𝑞 × 𝐿 × 𝑥 2 ÷ 2 − 𝑞 × 𝐿2 × 𝑥 ÷ 2
𝑦 ′ (𝑥) =
𝐸𝐼
A equação da deflexão máxima:

Quando 𝑥 = 𝐿:

−𝑞 × 𝐿4 ÷ 24 + 𝑞 × 𝐿 × 𝐿3 ÷ 6 − 𝑞 × 𝐿2 × 𝐿2 ÷ 4
𝛿𝑚á𝑥 = 𝑦(𝐿) =
𝐸𝐼
−𝑞 × 𝐿4
𝛿𝑚á𝑥 =
8 × 𝐸𝐼
Calculamos o valor da linha elástica pelo método de integração direta
em 6 pontos diferentes da viga, a seguir há uma tabela e um gráfico mostrando
os resultados, usando os seguintes dados:

Comprimento da barra: 𝐿 = 5𝑚

Carga distribuída uniforme: 𝑞 = 10𝑘𝑁/𝑚

Módulo de elasticidade: 𝐸𝐼 = 10000𝑘𝑁 × 𝑚2

Então:

−10 × 𝑥 4 ÷ 24 + 50 × 𝑥 3 ÷ 6 − 250 × 𝑥 2 ÷ 4
𝑦(𝑥) =
10000
MÉTODO EXATO
i Intervalo Distância (Xi) Linha Elástica (Yi)
0 1,00 0,00 0,000000
1 1,00 1,00 -0,005458
2 1,00 2,00 -0,019000
3 1,00 3,00 -0,037125
Tabela 1 4 1,00 4,00 -0,057333
5 1,00 5,00 -0,078125

Gráfico da Linha Elástica em função da


Distância
Distância (Xi)
0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 metros
0,000000

-0,010000

-0,020000

-0,030000
Linha Elástica (Yi):
-0,040000

Integração
-0,050000
exata
-0,060000

-0,070000

-0,080000

-0,090000

Figura 4
3. MÉTODO DE EULER SIMPLES
É um procedimento matemático de primeira ordem para solucionar
equações diferenciais ordinárias com valor inicial dado. É o tipo mais básico de
método explicito para integração numérica para equações diferenciais
numéricas.

Começando pelo ponto (t0, y0), podemos seguir na direção dada pela
inclinação. Usando um pequeno passo h, seguimos ao longo da reta tangente
até chegar ao ponto (t1, y1), onde:

𝑦𝑛+1 = 𝑦𝑛 + ℎ × 𝑓(𝑡𝑛 , 𝑦𝑛 ) e 𝑡𝑛+1 = 𝑡𝑛 + ℎ

Para exemplificar, usemos um passo (ℎ = 1) com os seguintes dados:

𝑦(0) = 1 , 𝑦′ = 𝑦

O método de Euler é dado por:

𝑓(𝑡0 , 𝑦0 ) = 𝑓(0,1) = 1

ℎ × 𝑓(𝑦0 ) = 1 × 1 = 1

𝑦0 + ℎ × 𝑓(𝑦0 ) = 𝑦1 = 1 + 1 = 2

Os passos acima devem ser repetidos para assim encontrar y2, y3 e y4.

𝑦2 = 𝑦1 + ℎ × 𝑓(𝑦1 ) = 2 + 1 × 2 = 4

𝑦3 = 𝑦2 + ℎ × 𝑓(𝑦2 ) = 4 + 1 × 4 = 8

𝑦4 = 𝑦3 + ℎ × 𝑓(𝑦3 ) = 8 + 1 × 8 = 16

Figura 5
Usando as fórmulas do método de Euler para 5 intervalos e mesmos
dados para o comprimento, carga e módulo de elasticidade, obtemos:

Substituindo os valores da carga, comprimento e módulo de elasticidade,


e simplificando a equação, temos:

−10 × 𝑥 3 ÷ 6 + 10 × 5 × 𝑥 2 ÷ 2 − 10 × 52 × 𝑥 ÷ 2
𝑦=
10000
−5 × 𝑥 3 + 75 × 𝑥 2 − 375 × 𝑥
𝑦=
30000
Então:

𝑥0 = 0

𝑦1 = 𝑦0 + ℎ × 𝑓(𝑥0 , 𝑦0 )

𝑦1 = 0 + 1 × (−5 × 03 + 75 × 02 − 375 × 0)/30000) = 0

𝑥1 = 𝑥0 + ℎ

𝑦2 = 𝑦1 + ℎ × 𝑓(𝑥1 , 𝑦1 )

𝑥1 = 0 + 1 = 1

𝑦2 = 0 + 1 × (−5 × 13 + 75 × 12 − 375 × 1)/30000) = −0,010167

𝑥2 = 𝑥1 + ℎ

𝑦3 = 𝑦2 + ℎ × 𝑓(𝑥2 , 𝑦2 )

𝑥2 = 1 + 1 = 2

𝑦3 = −0,010167 + 1 × (−5 × 23 + 75 × 22 − 375 × 2)/30000) = −0,026500

𝑥3 = 𝑥2 + ℎ

𝑦4 = 𝑦3 + ℎ × 𝑓(𝑥3 , 𝑦3 )

𝑥3 = 2 + 1 = 3

𝑦4 = −0,026500 + 1 × (−5 × 33 + 75 × 32 − 375 × 3)/30000) = −0,046000

𝑥4 = 𝑥3 + ℎ

𝑦5 = 𝑦4 + ℎ × 𝑓(𝑥4 , 𝑦4 )

𝑥4 = 3 + 1 = 4

𝑦5 = −0,046000 + 1 × (−5 × 43 + 75 × 42 − 375 × 4)/30000) = −0,066667


Tabela 2

MÉTODO DE EULER - 5 SUBINTERVALOS


i Intervalo Distância (Xi) Linha Elástica (Yi)
0 1,00 0,00 0,000000
1 1,00 1,00 0,000000
2 1,00 2,00 -0,010167
3 1,00 3,00 -0,026500
4 1,00 4,00 -0,046000
5 1,00 5,00 -0,066667

Notamos aqui uma grande diferença entre o resultado obtido em relação


à integração direta, o gráfico a seguir mostra a da deflexão nos 5 pontos
calculados.

Gráfico da Linha Elástica em função da


Distância
Distância (Xi)
0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 metros
0,000000

-0,010000

-0,020000

Linha Elástica (Yi):


-0,030000

Euler: 5
-0,040000
intervalos

-0,050000

-0,060000

-0,070000

Figura 6
Método de Euler usando 20 intervalos e mesmos dados anteriores:

Tabela 3 MÉTODO DE EULER - 20 SUBINTERVALOS


i Intervalo Distância (Xi) Linha Elástica (Yi)
0 0,25 0,00 0,000000
1 0,25 0,25 0,000000
2 0,25 0,50 -0,000743
3 0,25 0,75 -0,002154
4 0,25 1,00 -0,004164
5 0,25 1,25 -0,006706
6 0,25 1,50 -0,009717
7 0,25 1,75 -0,013139
8 0,25 2,00 -0,016917
9 0,25 2,25 -0,021000
10 0,25 2,50 -0,025342
11 0,25 2,75 -0,029899
12 0,25 3,00 -0,034633
13 0,25 3,25 -0,039508
14 0,25 3,50 -0,044493
15 0,25 3,75 -0,049561
16 0,25 4,00 -0,054688
17 0,25 4,25 -0,059854
18 0,25 4,50 -0,065045
19 0,25 4,75 -0,070248
20 0,25 5,00 -0,075456

O resultado final da deflexão na extremidade em balanço da viga está com uma


notável diferença em relação ao método de integração direta, abaixo temos um
gráfico mostrando o comportamento da linha elástica.
Gráfico da Linha Elástica em função da
Distância
Distância (Xi)
0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 metros
0,000000

-0,010000

-0,020000

-0,030000 Linha Elástica (Yi):

-0,040000
Euler: 20
intervalos
-0,050000

-0,060000

-0,070000

-0,080000

Figura 7

4. MÉTODO DE EULER E BERNOULLI


O modelo de viga de Euler-Bernoulli é uma simplificação da teoria linear
da elasticidade que fornece meios de calcular as características de deflexão de
uma viga sob um determinado carregamento (estático ou dinâmico), a qual é
constituída por uma equação diferencial parcial linear de quarta ordem.

O método de Euler Bernoulli é dado por:

𝜃𝑛 + 1 = 𝜃𝑛 + 𝛥𝑥 × ( 𝑦′′)

𝑌𝑛 + 1 = 𝑦0 + 𝛥𝑥 × 𝜃𝑛
𝑀𝑥
Esse método é aplicado a partir do 𝑌′′ = , usando as fórmulas do
𝐸𝐼
método de Euler Bernoulli para 5 intervalos e mesmos dados para o
comprimento, carga e módulo de elasticidade, obtemos:
𝑀𝑥 −5 × 𝑥 2 + 50 × 𝑥 − 125
=
𝐸𝐼 10000

Para exemplificar, usemos um passo (ℎ = 1) com os seguintes dados:

𝑀𝑥
𝜃𝑛 + 1 = 𝜃𝑛 + 𝛥𝑥 × ( )
𝐸𝐼

𝑌𝑛 + 1 = 𝑦0 + 𝛥𝑥 × 𝜃𝑛

𝑥0 = 0; 𝑥1 = 1; 𝑥2 = 2; 𝑥3 = 3; 𝑥4 = 4; 𝑥5 = 5;

𝜃(0) = 0 𝑦(0) = 0

𝑃𝑎𝑟𝑎 𝑥0 = 0

−5𝑥 2 + 50𝑥 − 125


𝜃1 = 0 + 1 × ( ) = −0,0125
10000

𝑦1 = 0 + 1 × (0) = 0

𝑃𝑎𝑟𝑎 𝑥1 = 1

−5𝑥 2 + 50𝑥 − 125


𝜃2 = −0,0125 + 1 × ( ) = −0,0205
10000

𝑦2 = 0 + 1 × (−0,0125) = −0,0125

𝑃𝑎𝑟𝑎 𝑥2 = 2

−5𝑥 2 + 50𝑥 − 125


𝜃3 = −0,0205 + 1 × ( ) = −0,0250
10000

𝑦3 = −0,0125 + 1 × (−0,0205) = −0,0330

𝑃𝑎𝑟𝑎 𝑥3 = 3
−5𝑥 2 + 50𝑥 − 125
𝜃4 = −0,0250 + 1 × ( ) = −0,0270
10000

𝑦4 = −0,0330 + 1 × (−0,0250) = −0,0580

𝑃𝑎𝑟𝑎 𝑥4 = 4

−5𝑥 2 + 50𝑥 − 125


𝜃5 = −0,0270 + 1 × ( ) = −0,0275
10000

𝑦5 = −0,0580 + 1 × (−0,0270) = −0,0850

A seguir vemos uma tabela e um gráfico que nos mostra os resultados


obtidos pelo método aproximado de Euler-Bernoulli, usando os mesmos dados
dos outros métodos e mostrando a diferença de resultados quando se usa 5 e
20 intervalos:

MÉTODO DE EULER E BERNOULLI - 5 SUBINTERVALOS


i Intervalo Distância(Xi) Rotação(y'i) Linha Elástica (Yi)
0 1 0,00 0,000000 0,000000
1 1 1,00 -0,012500 0,000000
2 1 2,00 -0,020500 -0,012500
3 1 3,00 -0,025000 -0,033000
4 1 4,00 -0,027000 -0,058000
5 1 5,00 -0,027500 -0,085000
Tabela 4

Linha Elástica em função da Distância


Distância (Xi)
0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 metros
0,000000

-0,010000

-0,020000

-0,030000 Linha Elástica (Yi):


-0,040000
Euler e Bernoulli: 5…

-0,050000

-0,060000

-0,070000

-0,080000

-0,090000

Figura 8
Notamos aqui que a aproximação começa por valores menores em
módulo do que os obtidos pela integração direta, mas no ponto de linha elástica
máxima este valor é maior em módulo. O resultado encontrado pelo método de
Euler Bernoulli é levemente mais aproximado do que o do método de Euler
simples e usando um valor maior de intervalos conseguimos notar melhor esta
diferença, abaixo vemos uma tabela usando 20 intervalos.

MÉTODO DE EULER E BERNOULLI - 20 SUBINTERVALOS


i Intervalo Distância(Xi) Rotação(y'i) Linha Elástica (Yi)
0 0,25 0,00 0,000000 0,000000
1 0,25 0,25 -0,003125 0,000000
2 0,25 0,50 -0,005945 -0,000781
3 0,25 0,75 -0,008477 -0,002268
4 0,25 1,00 -0,010734 -0,004387
5 0,25 1,25 -0,012734 -0,007070
6 0,25 1,50 -0,014492 -0,010254
7 0,25 1,75 -0,016023 -0,013877
8 0,25 2,00 -0,017344 -0,017883
9 0,25 2,25 -0,018469 -0,022219
10 0,25 2,50 -0,019414 -0,026836
11 0,25 2,75 -0,020195 -0,031689
12 0,25 3,00 -0,020828 -0,036738
13 0,25 3,25 -0,021328 -0,041945
14 0,25 3,50 -0,021711 -0,047277
15 0,25 3,75 -0,021992 -0,052705
16 0,25 4,00 -0,022188 -0,058203
17 0,25 4,25 -0,022313 -0,063750
18 0,25 4,50 -0,022383 -0,069328
19 0,25 4,75 -0,022414 -0,074924
20 0,25 5,00 -0,022422 -0,080527
Tabela 5
Gráfico da Linha Elástica em função da
Distância
Distância (Xi)
0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 metros
0,000000

-0,010000

-0,020000

-0,030000 Linha Elástica (Yi):


Euler e
-0,040000
Bernoulli: 20
-0,050000 intervalos

-0,060000

-0,070000

-0,080000

-0,090000

Figura 9

A linha elástica máxima para 20 intervalos pelo método de Euler simples


é de 𝑦 = −0,075456 e para o método de Euler e Bernoulli é de 𝑦 = −0,080527,
em comparação com o resultado da integração exata 𝑦 = −0,078125
concluímos que o resultado mais aproximado é obtido utilizando o método de
Euler e Bernoulli.

5. MÉTODO DE RUNGE KUTTA


Trata-se de um método por etapas, cada método de Runge-Kutta
consiste em comparar um polinômio de Taylor apropriado para eliminar o
cálculo das derivadas. Fazendo-se várias avaliações da função f a cada passo.
Estes métodos podem ser construídos para qualquer ordem a.

O método mais clássico de quarta ordem é definido da seguinte forma:

𝑦 ′ = 𝑓(𝑡, 𝑦), 𝑦(𝑡0 ) = 𝑦0

Então o método de quarta ordem é dado pelas seguintes equações:


𝑦𝑛+1 = 𝑦𝑛 + × (𝑘1 + 2 × 𝑘2 + 2 × 𝑘3 + 𝑘4)
6

𝑡𝑛+1 = 𝑡𝑛 + ℎ
Onde:

𝑘1 = 𝑓(𝑡𝑛 , 𝑦𝑛 )

ℎ ℎ
𝑘2 = 𝑓(𝑡𝑛 + , 𝑦𝑛 + × 𝑘1)
2 2

ℎ ℎ
𝑘3 = 𝑓(𝑡𝑛 + , 𝑦𝑛 + × 𝑘2)
2 2

𝑘4 = 𝑓(𝑡𝑛 + ℎ, 𝑦𝑛 + ℎ × 𝑘3)

Usando as fórmulas do método de Runge Kutta com 10 intervalos e


mesmos dados de antes, obtemos os seguintes resultados:

MÉTODO DE RUNGE KUTTA


i Intervalo Distância (Xi) k1 k2 k3 k4 Linha Elástica (Yi)
0 0,5 0,0 0,000000 0,000000 0,000000 0,000000 0,000000
1 0,5 0,5 0,000000 -0,002971 -0,002971 -0,005646 -0,001461
2 0,5 1,0 -0,005646 -0,008039 -0,008039 -0,010167 -0,005458
3 0,5 1,5 -0,010167 -0,012044 -0,012044 -0,013688 -0,011461
4 0,5 2,0 -0,013688 -0,015112 -0,015112 -0,016333 -0,019000
5 0,5 2,5 -0,016333 -0,017367 -0,017367 -0,018229 -0,027669
6 0,5 3,0 -0,018229 -0,018935 -0,018935 -0,019500 -0,037125
7 0,5 3,5 -0,019500 -0,019940 -0,019940 -0,020271 -0,047086
8 0,5 4,0 -0,020271 -0,020508 -0,020508 -0,020667 -0,057333
9 0,5 4,5 -0,020667 -0,020763 -0,020763 -0,020813 -0,067711
10 0,5 5,0 -0,020813 -0,020831 -0,020831 -0,020833 -0,078125
Tabela 6

Notamos que para o método de Runge Kutta a aproximação é muito


boa, pois os resultados obtidos são praticamente os mesmos, a seguir temos
um gráfico do comportamento da linha elástica para este caso.
Gráfico da Linha Elástica em função da
Distância
Distância (Xi)
0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 metros
0,000000

-0,010000

-0,020000

-0,030000
Linha Elástica (Yi):
-0,040000

-0,050000 Runge Kutta:


10 intervalos
-0,060000

-0,070000

-0,080000

-0,090000

Figura 10

6. CONCLUSÃO
Com os resultados obtidos pelos diversos métodos utilizados para
calcular a linha elástica com os diversos números de subintervalos, concluímos
que o Método de Euler é ineficaz, pois há uma grande discrepância entre os
resultados obtidos neste método em relação ao método de integração direta,
mesmo usando um número relativamente alto de subintervalos, já o Método de
Runge Kutta que parece muito mais trabalhoso a primeira vista, proporciona
uma aproximação exata do resultado mesmo usando intervalos extremamente
pequenos, o número de intervalos usados para o Método de Runge Kutta foi de
10, e isso nos deu uma solução igual ao do método de integração direta.

Percebemos também que a variação de rotação se torna cada vez maior


em função da distância X entre o engaste da viga até um ponto determinado, e
isso se deve, pois o valor do momento no engaste da viga é máximo e no final
da viga o momento é 0. Por consequência disso, o valor de variação da linha
elástica é maior na parte final da viga, porém o crescimento desta variação vai
diminuindo de acordo com essa distância X, em outras palavras, a “aceleração”
de crescimento da linha elástica é menor na extremidade livre da viga.

Gráfico da Linha Elástica em função da


Distância
Distância (Xi)
0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 metros
0,000000

-0,010000 Linha Elástica (Yi):

Integração exata
-0,020000

-0,030000 Euler: 5
intervalos
-0,040000
Euler: 20
-0,050000
intervalos
Euler e Bernoulli:
-0,060000 5 intervalos
Euler e Bernoulli:
-0,070000
20 intervalos
-0,080000 Runge Kutta: 10
intervalos
-0,090000

Figura 11
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

TIMOSHENKO, S. P. Mecânica dos Sólidos. V. 1, Rio de Janeiro: Livros


Técnicos e Científicos, 1998.

HIBBELER, R. C. Resistência dos Materiais. 7. Ed. São Paulo: Pearson


Prentice Hall, 2010.

CÁLCULO NUMÉRICO E GRÁFICO PARA ENGENHEIROS Revisado em


2001 Ítalo Alberto Gatica Ríspoli Professor Engenheiro Civil Msc Cálculo
Numérico e Gráfico para Engenheiros Prof. Ítalo Alberto Gatica...

www.gdace.uem.br/romel/MDidatico/MecanicaSolidosI/Capitulo4-
DeflexaodeVigas.pdf

www.mat.ufmg.br/~espec/Monografias_Noturna/Monografia_KarineNayara.pdf

www.cpdee.ufmg.br/~amesquita/teaching/sdl_2012a/IntegracaoNumerica.pdf

www.lemma.ufpr.br/wiki/images/d/d0/Metnum.pdf

www.usr.inf.ufsm.br/~gbaratto/graduacao/ELC1021/atual/textos/EDO/solucao_
EDO_pelos_metodos_Euler_Runge-Kutta.pdf

www.if.ufrgs.br/tex/metcompb/aulas/euler2/node2.html

www.fisica.ufjf.br/~sjfsato/fiscomp1/node38.html

Você também pode gostar