O sistema de saúde brasileiro se divide em duas faces: público e suplementar
(privado). O SUS tem o viés social, universalizando e integralizando o acesso ao serviço de saúde, o que proporciona maior controle do estado perante os desafio para manutenção do bem estar social e maior adesão da população as campanhas e tratamentos propostos, já que os insumos não são pagos diretamente, mas sim por cobrança indireta a partir dos impostos. Já o setor privado representado pelos planos de saúde, fiscalizados pela ANS, proporcionam uma melhor experiência de saúde, com hospitais bem equipados, exames e procedimentos sem fila de espera demorada, facilidade de acesso aos especialistas e equipe de saúde. O SUS se baseia em três princípios: universalização, equidade e integridade. É uma peça fundamental na vida dos brasileiros, porém, as falhas administrativas do governo interferem na qualidade do serviço e ao acesso da população, principalmente nas comunidades mais carentes. Infelizmente é possível encontrar algumas Unidades Básicas de Saúde (UBS) sucateadas, com falta de profissionais, com filas enormes para tratamentos, exames e procedimentos, as vezes a falta de alguns remédios essenciais para os pacientes, como por exemplo, insulina ou remédios para controlar a pressão alta e, também, a falta de leitos para internação. Os pontos fortes são baseados na gratuidade como um todo, levando em consideração os tratamentos com medicamentos caros, e gratuidade de vacinas para toda população, desde adultos, idosos e crianças, a gratuidade de cirurgias importantes e a gratuidade de exames importantes. Quanto à Argentina, de acordo com material disponibilizado (1) pela a Associação Brasileira de Economia da Saúde (ABrES), “o sistema de saúde está composto de três subsetores: a) público, que é gratuito e universal; b) privado que é voluntário e c) obras sociais, que é obrigatório para os trabalhadores de setor formal. O setor público gerido de forma descentralizada pelo Ministério de Saúde Nacional e pelos Ministérios das províncias (Estados), bem como seus órgãos dependentes centralizados e descentralizados. Como pontos fortes, podemos destacar o financiamento do setor, que de acordo com a ABrES, é provido “principalmente de fontes fiscais federais, estaduais e municipais e fornece serviços a toda população, principalmente aqueles que não estão cobertos por outros subsistemas”. Como pontos fracos, ainda segundo (ABrES) “a crise econômica e financeira da Argentina ampliou a parcela da população sem emprego e sem a cobertura propiciada pelas Obras Sociais, aumentando a pressão sobre o sistema público. O crescimento da pobreza decorrente da crise contribuiu com a piora de vários indicadores de saúde, em particular, a reversão da redução da mortalidade Faculdades Metropolitanas Unidas Desde 1968
infantil. O subsetor privado é maioritariamente utilizado pelos grupos de maior
nível de renda.” Quanto ao sistema de saúde do México, o país também segue o modelo composto por dois setores: público e privado. O privado segue o mesmo modelo que o Brasil, ou seja, pago por pessoas que têm a possibilidade e o poder aquisitivo para obter um plano de saúde. Porém, de acordo com artigo(2) pesquisado, “o sistema de saúde mexicano oferece benefícios de saúde muito diferentes, dependendo da população em questão. Isso porque, no país, existem três grupos diferentes de beneficiários de instituições de saúde: os trabalhadores do setor formal da economia, ativos e aposentados, e suas famílias são beneficiários de instituições de previdência social, que cobrem 48,3 milhões de pessoas. O segundo grupo de usuários inclui trabalhadores independentes, trabalhadores do setor informal da economia, os desempregados e pessoas fora do mercado de trabalho, assim como suas famílias e dependentes. O terceiro grupo é o da população que faz uso de serviços do sistema de saúde privado. Diante das questões consideradas, percebe-se que, apesar dos países – Brasil, Argentina e México, possuírem modelos de saúde público, que assegura o direito à saúde para a população, parte dela recorre à planos de saúde privados, justamente pelos pontos fracos apresentados. Obviamente, o sistema de saúde privado é excludente por possuir preços elevados e praticamente inacessíveis à população, principalmente em países em que há tamanha desigualdade social.